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Doutrinadores como André Estefam irá explicar que o inicio deste beneficium, ocorre
de forma progressiva, ou seja, será obtido pelo preso através de um processo onde a
fase da liberdade provisória irá ocorrer apenas no final. Já Damásio de Jesus terá
outro entendimento sobre o assunto, que será “O instituto, na reforma penal de 1984,
não constitui mais um direito subjetivo de liberdade do condenado nem incidente de
execução. É medida penal de natureza restritiva de liberdade, de cunho repressivo e
preventivo. Não é um benefício.”
O beneficio só será concedido para o réu que tenham pena restritiva de liberdade caso
cumpria o requisitos que estão dispostos no art.83, Código Penal, onde irá dispor
elementos objetivos e elementos subjetivos sobre o assunto:
“Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica subordinado o
livramento.
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações seguintes:
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho;
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação;
c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia autorização
deste.
§ 2° Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras obrigações, as
seguintes:
a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade incumbida da
observação cautelar e de proteção;
b) recolher-se à habitação em hora fixada;
c) não frequentar determinados lugares.
Contudo, o livramento condicional do réu pode passar por revogação caso ele não
cumpra as determinações legais previstas na LEP ou volte ha prática ilícita e como
forma de comprovação para a revogação deste último item terá que ter uma sentença
transitada em julgado. Sendo assim, a doutrina sustenta que o réu não poderá
novamente ter este benefício consentido.
Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo
justificado, a reparação do dano; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Revogação facultativa
§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra
condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por
contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Prorrogação do período de prova
§ 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção,
considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar o
período de prova até o máximo, se este não foi o fixado. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Se durante o tempo do benefício o réu não se eximir de cumprir as determinações
legais do benefício sua pena será extinta. Está condição é tratada como uma medida
alternativa ao cumprimento da pena. Importante destacar que apenas após a decisão
condenatória que o juiz poderá adotar está medida para o réu.
Fonte:
JESUS, Damásio. Direito penal, parte geral. 28. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.