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1. Medidas Cautelares
Procedimento judicial que visa prevenir, conservar, defender ou assegurar a eficácia de um
direito. juiz pode autorizar quando for manifesta a gravidade, quando for claramente
comprovado um risco de lesão de qualquer natureza, ou na hipótese de ser demonstrada a
existência de motivo justo, amparado legalmente”. Por fim, é necessário ressaltar que as
medidas cautelares poderão ter caráter preparatório, quando forem requeridas antes da
propositura do processo principal, ou incidental, quando requeridas após a proposição do
processo principal.
2. Prisão em Flagrante
medida restritiva da liberdade, de natureza cautelar e processual, consistente na prisão,
independente de ordem escrita do juiz competente, de quem é surpreendido cometendo,
ou logo após ter cometido, um crime ou uma contravenção”.
É de suma importância ressaltar que, conforme o artigo 301 do CPP, qualquer do povo
poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja
encontrado em flagrante delito.
3. Prisão Preventiva
A prisão preventiva poderá ser decretada, de acordo com o art. 311, em qualquer fase da
investigação policial ou do processo penal pelo juiz, de ofício, por requerimento do
Ministério Público, do querelante ou do assistente ou por representação de autoridade
policial, sendo limitado a tal autoridade requerê-la apenas na fase pré-processual.
A decretação dessa prisão deve ser fundamentada, conforme o art. 312
Tal prisão não tem prazo máximo em lei, devendo respeitar, portanto, os princípios da
razoabilidade e proporcionalidade; poderá ser revogada, decretada novamente ou
substituída por medidas cautelares, desde que falte motivo ou ocorrer razões que a
justifiquem. Essas decisões deverão obrigatoriamente ser motivadas.
4. Prisão Temporária
A prisão temporária, diferentemente das demais aqui citadas, não possui previsão no
Código de Processo Penal, mas sim na Lei nº 7.690/89, originada da Medida Provisória nº
111/1989. Capez conceitua a mesma como uma “prisão cautelar de natureza processual
destinada a possibilitar as investigações a respeito de crimes graves, durante o inquérito
policial”.
Poderá ser decretada apenas pela autoridade judicial, devendo haver, ainda, o
requerimento do Ministério Público ou a representação da autoridade policial (neste caso, o
Ministério Público deverá ser ouvido antes de haver decisão), com prazo de 5 dias,
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. O juiz deverá
fundamentar e prolatar o despacho que decretar a prisão temporária no prazo de 24 horas
desde o recebimento da representação ou requerimento
Passados os 10 dias máximos previstos em lei, o réu será ser posto imediatamente em
liberdade, exceto se já houver sido decretada sua prisão preventiva.
5. Prisão Domiciliar
Essa modalidade de prisão substituirá a preventiva e será admissível quando o agente for
maior de 80 anos; for debilitado por grave doença; for imprescindível aos cuidados especiais
de pessoa menor de seis anos de idade ou com deficiência; for gestante; for mulher e ter
filho com até 12 anos de idade incompletos; for homem, sendo o único responsável pelos
cuidados do filho de até 12 anos de idade incompletos.
O juiz, conforme o parágrafo único do art. 318, exigirá prova idônea dos requisitos
supracitados.
trata sobre as medidas cautelares que não decorram na prisão do indiciado. Tais medidas,
contempladas pelo artigo 319 do CPP, estão no rol de medidas cautelares pessoais
A liberdade provisória será concedida sempre que os requisitos do art. 282 estiverem
ausentes. Poderá ser imposto, se necessário, as medidas cautelares do art. 319, citadas
previamente.
a liberdade provisória, com ou sem fiança, é um instituto compatível com a prisão em
flagrante, mas não com a prisão preventiva ou temporária.
Conclusivamente, entendemos que a liberdade provisória poderá ser concedida com ou sem
fiança: em ambos os casos, é possível a aplicação cumulada de outras medidas cautelares.
A fiança, já citada por Nucci, é uma garantia real para o réu responder ao processo em
liberdade; considera-se uma caução, sendo que será devolvido integralmente com as
devidas correções monetárias em caso de absolvição definitiva ou de extinção da
punibilidade e será destinado para o pagamento das custas processuais, de indenização e de
multa se o réu for condenado.
Na prisão em flagrante, a fiança será concedida pela autoridade policial apenas se a infração
possuir pena privativa de liberdade igual ou inferior a quatro anos. Em outras situações, a
fiança será requerida ao juiz, que deverá arbitrá-la em 48 horas.
O art. 323 e 324, por sua vez, estabelece os crimes que não admitirão fiança:
Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança:
O valor da fiança, conforme o art. 325, será de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos em
crimes com pena restritiva de liberdade máxima de 4 (quatro) anos e de 10 (dez) a 200
(duzentos) salários mínimos em crimes com apenadas com mais de quatro anos.
O parágrafo 1º deste mesmo artigo ressalva que, conforme a situação econômica do preso,
a fiança poderá ser dispensada, ser reduzida em até ⅔ (dois terços) ou ser aumentada em
até 1000 (mil) vezes.
O art. 326 estabelece que para a fixação da fiança, o juiz deverá levar em consideração a
natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as
circunstâncias indicativas de sua periculosidade e a importância provável das custas do
processo até seu fim.
que o Ministério Público terá vista do processo para requerer o que julgar conveniente após
a fixação da fiança, uma vez que esta não depende de audiência do MP.
Por fim, diz o art. 334 que a fiança pode ser prestada em qualquer fase do processo, desde
que não haja sentença penal condenatória transitado em julgado.