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Arquivo Aula - Processo Penal - II

Aula: 30/03/2019

Medidas cautelares pessoais Art. 319 CPP: é a restrição de liberdade


imposta a pessoa, antes do réu ser condenado.Podendo ser:

Pessoais: Restringir a liberdade da pessoa

Reais: Busca e apreensão.

Objetivo é a garantia útil do processo, evitando frustração de seus atos e


consequências.

Tem como característica a provisoriedade, acessoriedade e


instrumentalidade.

Trata-se de uma medida provisória, não sendo um ato contínuo do processo,


sendo provisório, sendo acessória ao processo, um instrumento do processo.

Requisitos: Vale-se no processo penal o fumus comissi delicti aparência do


fato delituoso tenha ocorrido e periculum in libertatis, aparência do bom
direito, perigo de situação de liberdade daquela da pessoa.

Princípios: Esta medida deverá observar os princípios para sua imposição,


sendo portanto:

Necessidade: Deve ser extremamente necessário, apenas se o conjunto


comprobatório demonstrar sua indisponibilidade.

Adequação: Ela deve ser adequada ao caso concreto, sendo suficiente para
satisfazer as necessidades do caso concreto.

Proporcionalidade: O juiz deve avaliar o processo e verificar se aquela


medida é proporcional ao caso concreto, se as conseqüências decorrentes
daquela medida são proporcionais a direito tutelado.

Gradualidade: A prisão deve ser vista como ultimo caso a ser aplicado, última
ratio, sendo última medida a ser aplicada antes de se restringir a liberdade de
uma pessoa.
Medida cautelar por excelência é a prisão provisória.

Os incisos I ao IX, estabelecem as medidas cautelares diversas da prisão.

Prisão x Liberdade

Prisão pena é aquela mediante condenação pelo juiz, sendo cumprida.

Prisão cautelar é aquela de caráter provisório como medida acessória do


processo.

A pena cumprida deve ser considerada como cumprida, após a condenação.

O custodiado não deverá ficar não mesmo local de quem cumpre prisão pena.

Princípios constitucionais: A regra é que a prisão deve ser vista como


excessão.

Art.5 da CF – Direito a liberdade, só poderá ser presa a pessoa, se houver


ordem escrita de uma autoridade judiciária, ou flagrante delito.

Devido processo legal: Ninguém será privado da liberdade sem o devido


processo legal.

Presunção de inocência: Somente será considerado culpado até o trânsito


em julgado de penal de condenatória.

CPP 282 a 300 das Disposições Gerais – Ler os artigos

A necessidade de adequação da medida a gravidade do crime.

Poderão ser aplicadas isoladas ou cumulativamente

As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das


partes ou quando no curso da investigação criminal, por representação
da autoridade policial, ou requerimento do MP. Paragrafo 2

Possibilidade de contraditório: Mudança recente, trazidas pela Lei


Anticrime, disposta no parágrafo 3

Liberdade como regra geral: Art. 283 – Ninguem poderá ser preso salvo em
flagrante delito, ou mediante ordem expedida por autoridade judiciária
competente.
É necessária a ordem escrita por autoridade competente

Mandado de prisão Art 285 a 288

Art 287- Se a infração for inafiançável,mesmo na falta do mandado, não irá


obstar a prisão do agente, porém terá ser levado ao juiz competente para
audiência de custódia.

Prisão em Flagrante

O flagrante delito é aquele se vê praticar e assim se suscita no próprio instante,


a necessidade de conservar ou restabelecer a ordem jurídica violada.

Fundamento: Necessidade, evidência probatória, e senso comum.

O flagrante atende ao impulso natural do homem de bem, em prol da


segurança e da ordem.

Art.301 a 310 Ler os artigos

Artigo 301 trata de Legitimidade

Art. 302 trata das espécies de flagrante

Flagrante impróprio: é perseguido logo após,pela autoridade, ofendido ou


qualquer pessoa

Próprio: Logo depois o ofendido é perseguido.

Súmula 145 STF não há crime quando a preparação do flagrante, quando a


pessoa é induzida a cometer o delito.

O flagrante preparado distingue-se do flagrante esperado, pois no flagrante


esperado o delito ocorreria mesmo sem a intervenção da policia.

Não envolve autorização judicial, devendo ser apenas comunicada ao juízo.

Procedimento: Prevista no art. 304 a 306,

Deve-se observar o procedimento, pois em caso de descumprimento destes


procedimentos, haverá o relaxamento da prisão, pois tornará uma prisão ilegal.

Remédios processuais serão relaxamento de prisão, se negado, habeas


corpus.
Arquivo Aula – 06/04/2020

Prisão preventiva: Art. 311 a 316 do CPP- Prisão preventiva revela a sua
cautelaridade na tutela da persecução penal, objetivando impedir que eventuais
condutas praticadas pelo alegado autor ou por terceiros venham assegurar a
utilidade do processo, para aplicação da penal

Fundamento: Necessidade

Pressupostos: Prova de existência do crime, indícios suficientes de autoria e


perigo gerado por ele estado de liberdade art. 312 CPP.

Requisitos: Art 312 CPP

Garantia da ordem pública, garantia da ordem pública, por conveniência da


instrução criminal, ou assegurar a aplicação da lei penal.

Devem ser analisados juntamente com os pressupostos.

Deve ser uma medida motivada, e fundamentada, devendo indicando fatos


novos que justifiquem a aplicação da medida.

Garantia da ordem pública: O clamor público não pode servir de motivo para
decretar a prisão preventiva da pessoa.

Garantia da ordem pública não se destina a proteção da lei penal, e sim a


proteção da própria sociedade para que não seja afetada em razão das ações
do infrator.

Garantia da ordem Econômica: É a manutenção da livre concorrência e


destruir o sistema financeiro nacional, deve ser necessariamente ligado a fatos
concretos que aquele indivíduo irá agredir a ordem econômica.

Conveniência da instrução criminal: Para garantir que o indivíduo não irá


destruir provas, criando falsas provas, ou ameaçando testemunhas.

Aplicação da lei penal: Quando o indivíduo está prestes a fugir, indícios


concretos que farão com que ele não será penalizado.

A prisão preventiva poderá ser autônoma ou subsidiária.

Também poderá ser decretada quando ha dúvida da identidade civil da pessoa


que cometeu o delito.

Momento da decretação: Art.311 – CP

O juiz não poderá determinar prisão preventiva pelo juiz de ofício


A prisão preventiva só poderá ser determinada – Art. 313 CPP

Impossibilidade de excludentes – Art.314 – A prisão preventiva não será


decretada se o juiz verificar pelas provas constantes nos autos se o indivíduo
praticou a legitima defesa, exercício regular do direito do artigo 23 e seus
incisos do CP.

Não se considera fundamentada a decisão segundo o art. 315 CPP.

Deve trazer elementos do caso concreto, devendo ser analisado o processo,


fundamentado

Art. 316 trata da revogação da prisão preventiva

O juiz poderá revogar a prisão preventiva, se no curso do processo verificar


que os motivos que levou a prisão, não existem mais, sobrevindo razões que
justifiquem.

A prisão preventiva deve revisada a cada 90 dias, por decisão fundamentada,


sob pena tornar prisão ilegal.

A prisão preventiva poderá ser convertida em prisão domiciliar, segundo o art.


317 e 318.

Prisão temporária – Lei 7960/89

Para época de criação considerava-se como uma prisão para averiguação.

Necessidade de cuidado para utilização.

Deve-se observar os requisitos art.282 do CPP

Deve-se necessariamente ser convertido em prisão preventiva.

È uma cautelaridade para investigação preliminar, e não para o processo.

Necessário atender o fumus comissi delicti e periculum libertatis

Fumus comissi delicti – Art. 1

Hipóteses previstas no art.1 e seus incisos – Trata-se de rol taxativo, devendo


atender a essas hipóteses para poder ser decretada a prisão temporária.

Art.2 – Prazo e lei 8072/90 art 2 paragrafo 4

Findo o prazo, deverá ser relaxada, sob pena de abuso de autoridade,podendo


ser decretada por 5 dias, ou prorrogável por igual prazo, a requerimento da
autoridade policial ou MP.
Os crimes hediondos, tortura, trafico de entorpecentes, terrorismo, por 30 dias
prorrogável por igual prazo.

Decorrido o prazo da prisão temporária, deverá autoridade judiciária que faz a


custódia do preso, liberar independentemente de nova ordem judicial.

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Aula 13/04/2020

Medidas cautelares reais

Tutelar o processo (assegurar a prova)

Tutela do interesse econômico da vítima e do estado (reparação do dano,


garantia da pena pecuniária e custas processuais – Art. 140 CPP

Servem para assegurar a prova, e também pela tutela de interesse econômico


da vítima, reparação de dano.

São medidas que adquiriram especial relevância nos últimos anos

Incidem sobre bens móveis e imóveis

Duplo interesse, a depender do caso, processual probatório, patrimonial da


vítima

Sequestro de bens móveis, de imóveis, hipoteca legal de bens imóveis, arresto


prévio de bens móveis e imóveis

Aqui poderá se falar em fumus bomi iuris e periculum in mora.

Sequestro de bens móveis e imóveis – Art. 125 a 133-A

Incide somente nos bens móveis e imóveis adquiridos como proventos da


infração.Não recai sobre bens pré existentes.

Pressupostos: Indicíos veementes proveniência ilícita dos bens

Competência para requerer o seqüestro art. 127

Deve-se demonstrar o fumus comisso delicti e o periculum in mora


Incumbe ao requerente demosntrar o nexo causal que os bens foram
adquiridos com proveitos do crime.

Tempo gerador do perigo pelo perecimento do objeto, a ser demonstrado pelo


requerente.

Competencia para determinar o seqüestro art 127 CPP

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