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ADVOCACIA CRIMINAL - PRÁTICA PROCESSUAL PENAL

INTRODUÇÃO

MINDSET - noção de preparação para atuação

Mindset da defesa penal.

Para criar essa mentalidade defensiva, eu tenho que começar a ler Aury Lopes Junior,
Alexandre de Morais da Rosa.
Nucci é meio termo, não serve para tese defensiva.
Tem que fazer uma imersão em teses defensivas.

Hermenêutica filosófica e heidegger.

ESTUDO DE JURISPRUDÊNCIA

Saber onde encontrar decisões, ou seja, tem teses, como a da adequação social que
se vc procurar no STJ e STF você não vai encontrar, mas se procurar no TJ do RS,
você encontra julgados nesse sentido.

COMO PESQUISAR JURISPRUDÊNCIA

Pesquisar de maneira mais específica.


Se você quiser achar alguma coisa relacionada, por exemplo, com apreensão de
veículo em crime de tráfico de drogas é preciso utilizar na pesquisa: TRÁFICO.
APREENSÃO. VEÍCULO.
Se não achar, é necessário fazer uma pesquisa mais ampla, daí a pesquisa ficaria:
CRIME. APREENSÃO. VEÍCULO

DEFESAS ORAIS

Saber qual seu público.


colocar citações doutrinárias e jurisprudenciais, por isso a necessidade de ter um
banco de citações de doutrina e jurisprudência.
MÓDULO 04 - PRISÃO E LIBERDADE

NECESSIDADE E ADEQUAÇÃO DA MEDIDA

Fazer o requerimento de liberdade na hipótese de decretação de prisão preventiva no


início da audiência para que se possa impetrar habeas corpus da decisão.

Hoje o juiz não pode mais prender preventivamente de ofício, é necessário o prévio
requerimento.

Sempre que for fazer um pedido de relaxamento da prisão ou revogação da


preventiva, olhar o artigo 282, do CPP.

Na hipótese de aplicação de medida cautelar diversa da prisão sem a intimação prévia


do defensor, é possível impetrar HC alegando cerceamento de defesa em razão da
ausência do contraditório, haja vista a não observância do artigo 282, §3º do CPP,
requerendo a nulidade da medida.

Decisão do STJ no RHC 75716 - a defesa deve ser ouvida antes da decretação
da prisão preventiva em audiência.

GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA

Fundamentos dentro da ordem pública:

- reiteração delitiva. Se forem crimes diversos não será necessariamente


reiteração delitiva. A prisão preventiva não é um instrumento de segurança
pública, logo não é meio de prevenção de crimes.

- Crime violento. Não é apenas pelo mero fato do crime ser violento que vai
justificar a prisão preventiva. O juiz deve mostrar que a violência naquele crime
é extraordinária, caso contrário estaríamos diante de tipos penais com prisões
preventivas automáticas, o que não existe no nosso ordenamento jurídico. A
gravidade concreta é necessária. Súmula 781 do STF = a gravidade abstrata
do crime não justifica a aplicação do regime fechado.

GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA

Está relacionada a crimes do direito penal econômico.

Para agentes que trabalham no setor econômico, a ordem econômica estaria


garantida se o agente fosse suspenso, pois não voltaria a delinquir. Logo, não seria
necessária a decretação da prisão preventiva.
Por que a prisão de alguém estabilizaria a ordem econômica?

CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL

Se a liberdade atrapalha a instrução, poderá ser decretada a prisão preventiva.

Para utilização desse fundamento, o juiz deverá fundamentar em fatos concretos, ter
provas de que o acusado está tentando destruir provas, coagir testemunhas, etc.

O juiz não poderá dizer que se fulano ficar solto PODERÁ intimidar a testemunha. Ele
DEVE NECESSARIAMENTE TER TENTADO.

Dependendo do que foi feito pelo acusado, considerando que ninguém é obrigado a
produzir provas contra si mesmo, ele não tem que contribuir ativamente para a
investigação, dessa forma se ele escondesse um documento ele não poderia ter sua
prisão preventiva decretada.

Da mesma forma, ninguém é obrigado a comparecer para ser interrogado.

GARANTIA DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

O risco deve ser concreto, não abstrato. O juiz tem que juntar, por exemplo, histórico
de fuga do acusado, no mínimo atual ou próximo. Ou seja, se o acusado fugiu há 10
anos, não pode ser usado para justificar.

A ausência em audiência não pode ser usada para justificar prisão por risco de fuga,
ele está apenas exercendo seu direito de defesa.

O juiz pode decretar a preventiva se ele for citado por edital e não comparecer, pois
pode significar que ele fugiu.

Ele não pode desaparecer totalmente.

Prisão preventiva apenas porque mudou de endereço na mesma cidade não justifica
a preventiva.

FATO CONCRETO E ATUAL

REQUISITOS 313 CPP

- crimes dolosos e com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos;


Se houver o cometimento de mais de um crime, e eles não tiverem pena
máxima superior a 4 anos, não será considerada a soma das penas dos crimes
e sim os crimes isoladamente. Logo, não caberá a prisão preventiva.
-
- Ter sido condenado por crime doloso, com sentença transitada em julgado;
Reincidência será dentro do prazo de 5 anos. Se já se passaram cinco anos
do trânsito em julgado não será cabível a prisão preventiva. Isso porque esse
inciso deve ser lido em conjunto com o inciso primeiro. Caso contrário, seria
direito penal do autor e não do fato.

- O crime envolver violência doméstica.

Os requisitos não são cumuláveis.

CASOS EM QUE NÃO SE PODE PRENDER PREVENTIVAMENTE

- HC 309740 - STJ - o tribunal para manter a prisão não pode suprir a ausência
de motivação. Exemplo: o tribunal não pode dizer que o juiz não fundamentou
bem e suprir essa fundamentação para manter a prisão preventiva. Ele não
pode criar novos fundamentos para a prisão.

- Gravidade abstrata: a gravidade abstrata do crime não ofende a ordem pública,


é necessário demonstrar o que está extra elemento do crime. Exemplo, matar
alguém é consequência normal do crime de homicídio.

- Clamor público e comoção social: o juiz pode usar esse argumento na ordem
pública. No entanto, esses dois elementos não tem relação com ordem pública,
a gravidade concreta do fato sim.

- Para assegurar a segurança do acusado: ameaças de linchamento, por


exemplo. Não justifica a prisão.

- Para que o réu compareça a todos os atos do processo.

- Se eventual condenação não resultar em prisão. Se ao final a pessoa não for


continuar presa, ele não será apenado com pena privativa de liberdade.

- Fundamento em fatos pretéritos ou futuros. Sempre que for analisar prisão


preventiva, deve-se verificar: motivo concreto e recente. Não se pode prender
em motivo abstrato, passado ou futuro.

FIANÇA

Art. 330, do CPP. Em cada comarca a fiança é paga de um jeito. O mais comum é o
pagamento ao escrivão na delegacia.
Art. 327 e 328, do CPP - são as condições para concessão da fiança. São quase as
mesmas do regime semiaberto, com exceção do comparecimento em todos os atos
do processo.

Art. 334, do CPP - a fiança pode ser concedida a qualquer momento, antes do transito
em julgado.

Art. 5º da CF - incisos XLII a XLIV - Art. 323 e 324 do CPP - crimes inafiançáveis.

MÓDULO 12 - RECURSOS .

1. TIPOS DE RECURSOS

Podem ser classificados quanto a fonte - CONSTITUCIONAIS E LEGAIS

CONSTITUCIONAIS: recurso extraordinário, especial e ordinário (é um recurso


dentro de uma ação autônoma de impugnação, fora do processo criminal, os outros
vão subindo dentro de uma mesma ação).

LEGAIS: previstos no CPP e leis especiais. Ex: apelação, recurso em sentido estrito,
embargos de declaração, infringentes e de nulidade, agravo em execução.

Os recursos como regra são voluntários - art. 574, CPP.

RECURSOS NECESSÁRIOS: é o juiz que deve necessariamente remeter os autos


para a instância superior, para dar validade a decisão. Art 574, do CPP traz as
hipóteses.

RECURSOS - CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM OS MOTIVOS:

ORDINÁRIOS: basta que exista um inconformismo da parte.

EXTRAORDINÁRIO e ESPECIAL: necessidade de prequestionamento e repercussão


geral, ter o fundamento previsto na constituição. Tem que preencher os requisitos
especiais.

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