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Princípio do Juiz Natural: Ninguém será processado senão pela autoridade competente.
PRINCÍPIO DE NÃO PRODUZIR PROVA CONTRA SI MESMO: O PRESO SERÁ INFORMADO
SOBRE SEUS DIREITOS, ENTRE OS QUAIS DE PERMANECER CALADO.
Se aplica ao preso, ao solto, ao investigado, ao indiciado, ao réu.
O investigado tem o direito de ser advertido quanto aos seus direitos, inclusive o de
ficar calado.
Inexigibilidade de dizer a verdade:
A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda
que em situação de alegada autodefesa.
Confissão: O réu pode confessar, mas o réu não pode ser obrigado a confessar. E ele
pode confessar, e depois mudar a versão.
Lei processual no tempo: Se vier uma lei nova, ela será aplicada desde logo, sem prejuízo
daquilo que já foi feito sob a vigência da lei anterior. Aplicação IMEDIATA das normas
novas.
OBS.: NO DIREITO PROCESSUAL PENAL NÃO IMPORTA SE A LEI NOVA FOR PREJUDICIAL
AO RÉU. NÃO HÁ QUE SE FALAR EM PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI MAIS
GRAVOSA.
Sistema processual penal:
Sistema acusatório:
Separação das funções (acusamento, defesa, julgamento);
Contraditório e ampla defesa;
Verdade possível;
O réu é sujeito de direitos;
O juiz está equidistante.
SÚMULA 711: A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME
PERMANENTE, SE A SUA (LEI) VIGÊNCIA É ANTERIOR À CESSÃO DA CONTINUIDADE OU DA
PERMANÊNCIA.
Lei temporária: Lei que possui vigência predeterminada, isto é, tem uma data específica
para ser revogada. Aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
Lei excepcional: Lei editada em razão de algum evento excepcional. Aplica-se ao fato
praticado durante sua vigência.
CARACTERÍSTICAS LEI TEMPORÁRIA E LEI EXCEPCIONAL:
Auto revogáveis;
Ultrativas.
Lei penal intermediária: Lei benéfica que teve vigência após a prática do ato, porém foi
revogada antes do julgamento do réu.
INQUÉRITO POLICIAL:
Procedimento administrativo consistente em atos que vão ser praticados visando colher
elementos referentes a materialidade e a autoria delitiva. Tem como objetivo colher
elementos de informação.
Se estiver diante de uma ação penal pública, o titular da ação penal é o MP.
Se estiver diante de uma ação penal de iniciativa privada, o titular da ação é o ofendido.
Não se produz provas no inquérito.
Não é um processo judicial.
Não há contraditório e ampla defesa.
QUEM PRESIDE O INQUÉRITO POLICIAL É O DELEGADO DE POLÍCIA.
O Ministério Público pode, atendidos determinados requisitos, proceder a investigação
criminal. Mas não pode presidir inquérito policial.
CARACTERÍSTICAS:
Procedimento escrito: Produzido por escrito.
PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL: PODE DISPENSAR O INQUÉRITO QUANDO AQUILO QUE
SE PRETENDE PRODUZIR COM ELE JÁ TEM EM MÃOS.
Procedimento sigiloso: Em regra, o inquérito é sigiloso.
SÚMULA VINCULANTE 14: É DIREITO DO DEFENSOR, NO INTERESSE DO
REPRESENTADO, TER ACESSO AMPLO AOS ELEMENTOS DE PROVA QUE, JÁ
DOCUMENTADOS EM PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO REALIZADO POR ÓRGÃO
COM COMPETÊNCIA DE POLÍCIA JUDICIÁRIA, DIGAM RESPEITO AO EXERCÍCIO DO
DIREITO DE DEFESA.
Inquisitorial.
Discricionário: Margem do delegado de escolha para o que se fazer em determinado
caso concreto.
Procedimento Oficial: Atribuição do delegado de polícia.
PROCEDIMENTO OFICIOSO: O DELEGADO NÃO PODE INSTAURAR SEMPRE INQUÉRITO
DE OFÍCIO.
Procedimento indisponível: A autoridade policial não pode mandar arquivar autos do
inquérito.
Procedimento temporário: Tem prazo para encerrar o inquérito. Quando o investigado
tá solto, o inquérito poderá ser prorrogado.
Abuso de autoridade:
Fishing expeditions: Iniciar investigação sem qualquer notícia de um crime.
Indiciamento: Atribuir provável autoria ou participação de uma infração penal a alguém.
Quem faz o indiciamento é o somente o DELEGADO.
O delegado deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
Direto: Sabe onde tá o indiciado.
Indireto: Não se sabe onde está localizado o indiciado, logo, o delegado poderá iniciar
o indiciamento mesmo na ausência do suspeito.
Desindiciamento: Quando o delegado percebe que o suspeito não foi a pessoa que
cometeu o ato criminoso.
Somente o delegado pode desindiciar, salvo em algumas situações que o poder
judiciário poderá desindiciar.
Desarquivamento do inquérito:
Poderá desarquivar o inquérito se tiver notícia de NOVAS PROVAS.
AÇÃO PENAL:
Direito do MP ou da vítima de ingressarem juízo, solicitando a prestação jurisdicional.
Espécies:
Ação penal pública: Se a lei nada disser (se é ação penal privada), a ação penal é
pública incondicionada.
Incondicionada: MP inicia a ação penal se valendo de uma denúncia, age sem
qualquer condição.
O delegado e o MP são obrigados a agir se estiver diante de justa causa.
Indisponibilidade: O MP não poderá desistir da ação penal.
O MP pode pedir absolvição do réu se chegar à conclusão de que não há provas
o suficiente que provem que o indivíduo acusado é o culpado da infração penal.
DIVISIBILIDADE: O MP PODE OFERECER DENÚNCIA CONTRA UM ACUSADO, E
PROSSEGUIR COM AS INVESTIGAÇÕES QUANTO A UM SEGUNDO ACUSADO.
Oficiosidade: A ação penal deve ser iniciada de ofício pelo MP. Não se aplica à
ação penal pública CONDICIONADA.
Inércia: O juiz não pode se movimentar sem prévia manifestação da pessoa
privada ou do MP.
Crimes contra a dignidade sexual.
Crime Maria da Penha.
PARTES:
Ministério Público: Deverá ele iniciar a ação penal pública incondicionada ou
condicionada, e ele tem que provar a acusação. O MP apesar de ser parte do
processo, ele deverá ser imparcial.
A PARTICIPAÇÃO DE MEMBRO DO MP NA FASE INVESTIGATÓRIA CRIMINAL NÃO
ACARRETA O SEU IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO PARA O OFERECIMENTO DA
DENÚNCIA.
ACUSADO: Ser humano (+18 anos) ou pessoa jurídica (crimes contra o meio
ambiente).
A impossibilidade de identificação do acusado com seu verdadeiro nome não
retardará a ação penal, quando certa a identidade física.
NO PROCESSO PENAL, A FALTA DE DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA.
COMPETÊNCIA:
JUSTIÇA COMUM:
FEDERAL:
COMPETE PROCESSAR E JULGAR OS CRIMES POLÍTICOS E AS INFRAÇÕES PENAIS
PRATICADAS EM DETRIMENTO DE BENS, SERVIÇOS OU INTERESSE DA UNIÃO OU DE
SUAS ENTIDADES AUTÁRQUICAS OU DE EMPRESAS PÚBLICAS.
Justiça Federal não julga contravenções penais.
É de competência da Justiça Federal processar e julgar crimes consistentes em
disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente
quando praticados por meio da internet.
Compete processar e julgar a disputa sobre direitos indígenas.
COMPETE JULGAR CRIME CONTRA A VIDA EM DESFAVOR DE POLICIAIS MILITARES,
CONSUMADO OU TENTADO, PRATICADO NO CONTEXTO DE CRIME DE ROUBO
ARMADO CONTRA ÓRGÃOS, AUTARQUIAS OU EMPRESAS PÚBLICAS DA UNIÃO.
JUSTIÇA ESPECIAL:
MILITAR:
Crime militar próprio: Só pode ser praticado por militar.
Crime militar impróprio: Tanto o militar como um civil podem praticar o crime.
Justiça militar da União: Pode processar e julgar tantos civis quanto militares.
Justiça militar Estadual: Só pode processar e julgar militares dos Estados.
Os crimes quando dolosos praticados contra a vida e cometidos por militares
contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri.
OBS.: QUANDO ESSES CRIMES FOREM COMETIDOS POR MILITARES DAS FORÇAS
ARMADAS CONTRA CIVIL, SERÃO DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR DA
UNIÃO.
COMPETÊNCIA POR PRERROGATIVA DE FORO: Só vai ter o foro por prerrogativa de função
apenas os crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções.
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