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DIREITO PROCESSUAL PENAL

 PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL:


 Os princípios não têm caráter absoluto.
 Princípio da presunção da não culpabilidade: Ninguém será considerado culpado até o
trânsito em julgado de sentença.
 Princípio do devido processo legal: Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens
sem o devido processo legal.
 Formal: Procedimento previamente definido para que só então no final possa ter a
imposição de uma pena.
 Substancial: Negativa a impossibilidade de supressão de garantias, e ao princípio da
proporcionalidade.

 Princípio do contraditório: São assegurados aos acusados o contraditório e ampla defesa.


 Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem
defensor.

 Princípio da ampla defesa:


 Defesa técnica ou processual: Demanda um advogado inscrito na OAB, habilitado.
 Autodefesa ou defesa material: Disponível para o réu (direito de audiência, e direito de
presença).
 Quando a lei autorizar, o réu tem capacidade postulatória autônoma.
 OBS.: NO PROCESSO PENAL, A FALTA DE DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA.

 Princípio da publicidade: Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão


públicos.
 Princípio da busca da verdade:
 Verdade possível: A verdade é reconstruída a partir das provas/testemunhas, podendo
ter erros; proibição de provas ilícitas; se não chegar a um juízo de certeza vai levar a
absolvição do réu por causa do princípio do indubio pro reu.

 Princípio do Juiz Natural: Ninguém será processado senão pela autoridade competente.
 PRINCÍPIO DE NÃO PRODUZIR PROVA CONTRA SI MESMO: O PRESO SERÁ INFORMADO
SOBRE SEUS DIREITOS, ENTRE OS QUAIS DE PERMANECER CALADO.
 Se aplica ao preso, ao solto, ao investigado, ao indiciado, ao réu.
 O investigado tem o direito de ser advertido quanto aos seus direitos, inclusive o de
ficar calado.
 Inexigibilidade de dizer a verdade:
 A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda
que em situação de alegada autodefesa.
 Confissão: O réu pode confessar, mas o réu não pode ser obrigado a confessar. E ele
pode confessar, e depois mudar a versão.

 Princípio da não autoincriminação: No processo penal não há nenhuma presunção de


culpa quando da recusa do agente em se submeter ao exame de DNA, ao contrário do
direito civil. Essa recusa também não é crime de desobediência.
 OBS.: A PESSOA QUE É CHAMADA PARA SER TESTEMUNHA DE UMA AÇÃO PENAL TEM
A OBRIGAÇÃO DE FALAR E FALAR A VERDADE, PORÉM SE EM DETERMINADO
MOMENTO HOUVER RISCO DA TESTEMUNHA SE AUTOINCRIMINAR, ELA TEM O
DIREITO SE RECUSAR A RESPONDER.
 OBS.: O PRINCÍPIO DA AUTOINCRIMINAÇÃO, VAI SE ESTENDER, EXCEPCIONALMENTE, A
TERCEIROS.

 PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO: ASSEGURA O DIREITO DE REVISÃO DE UM


JULGADO POR OUTRO TRIBUNAL SUPERIOR. NÃO ESTÁ EXPRESSO NA CF.
 Princípio da correlação: O juiz só pode sentenciar o réu baseado nos fatos narrados na
denúncia.
 Princípio da identidade física do juiz: O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a
sentença.
 PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA: NÃO SE PODE TER UM PROCESSO PENAL VISANDO A
PUNIÇÃO DAQUELES QUE NÃO SEJAM OS POSSÍVEIS AUTORES DA AÇÃO PENAL.

 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL:


 O ACORDO ENTRE AS PARTES SEM INTERVENÇÃO ESTATAL NÃO EXISTE.
 Persecução penal: Conjunto de medidas que vão ser tomadas pelo estado desde a prática
de um fato criminoso até a punição daquele que praticou o mesmo fato criminoso.
 Analogia é aplicar uma norma a outra situação da qual não tenha uma previsão normativa.
 A LEI PROCESSUAL PENAL ADMITIRÁ INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA E APLICAÇÃO
ANALÓGICA, BEM COMO O SUPLEMENTO DOS PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO.
 A lei processual penal admite suplemento dos princípios gerais do direito. Porém não deve
ser interpretada sempre restritivamente, isso porque ela pode ser interpretada analógica,
sistemática e ser ampliar intensivamente.
 Lei processual penal no espaço:
 Territorialidade: Aplica-se aos crimes praticados no território brasileiro, e também da
extraterritorialidade, isto é, aplica-se a lei penal brasileira também aos crimes
ocorridos no exterior.

 Lei processual no tempo: Se vier uma lei nova, ela será aplicada desde logo, sem prejuízo
daquilo que já foi feito sob a vigência da lei anterior. Aplicação IMEDIATA das normas
novas.
 OBS.: NO DIREITO PROCESSUAL PENAL NÃO IMPORTA SE A LEI NOVA FOR PREJUDICIAL
AO RÉU. NÃO HÁ QUE SE FALAR EM PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI MAIS
GRAVOSA.
 Sistema processual penal:
 Sistema acusatório:
 Separação das funções (acusamento, defesa, julgamento);
 Contraditório e ampla defesa;
 Verdade possível;
 O réu é sujeito de direitos;
 O juiz está equidistante.

 Crime permanente: A consumação do crime vai perdurar ao longo do tempo. Ex.:


Sequestro.

 SÚMULA 711: A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME
PERMANENTE, SE A SUA (LEI) VIGÊNCIA É ANTERIOR À CESSÃO DA CONTINUIDADE OU DA
PERMANÊNCIA.

 Lei temporária: Lei que possui vigência predeterminada, isto é, tem uma data específica
para ser revogada. Aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
 Lei excepcional: Lei editada em razão de algum evento excepcional. Aplica-se ao fato
praticado durante sua vigência.
 CARACTERÍSTICAS LEI TEMPORÁRIA E LEI EXCEPCIONAL:
 Auto revogáveis;
 Ultrativas.

 Lei penal intermediária: Lei benéfica que teve vigência após a prática do ato, porém foi
revogada antes do julgamento do réu.

 INQUÉRITO POLICIAL:
 Procedimento administrativo consistente em atos que vão ser praticados visando colher
elementos referentes a materialidade e a autoria delitiva. Tem como objetivo colher
elementos de informação.
 Se estiver diante de uma ação penal pública, o titular da ação penal é o MP.
 Se estiver diante de uma ação penal de iniciativa privada, o titular da ação é o ofendido.
 Não se produz provas no inquérito.
 Não é um processo judicial.
 Não há contraditório e ampla defesa.
 QUEM PRESIDE O INQUÉRITO POLICIAL É O DELEGADO DE POLÍCIA.
 O Ministério Público pode, atendidos determinados requisitos, proceder a investigação
criminal. Mas não pode presidir inquérito policial.
 CARACTERÍSTICAS:
 Procedimento escrito: Produzido por escrito.
 PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL: PODE DISPENSAR O INQUÉRITO QUANDO AQUILO QUE
SE PRETENDE PRODUZIR COM ELE JÁ TEM EM MÃOS.
 Procedimento sigiloso: Em regra, o inquérito é sigiloso.
 SÚMULA VINCULANTE 14: É DIREITO DO DEFENSOR, NO INTERESSE DO
REPRESENTADO, TER ACESSO AMPLO AOS ELEMENTOS DE PROVA QUE, JÁ
DOCUMENTADOS EM PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO REALIZADO POR ÓRGÃO
COM COMPETÊNCIA DE POLÍCIA JUDICIÁRIA, DIGAM RESPEITO AO EXERCÍCIO DO
DIREITO DE DEFESA.
 Inquisitorial.
 Discricionário: Margem do delegado de escolha para o que se fazer em determinado
caso concreto.
 Procedimento Oficial: Atribuição do delegado de polícia.
 PROCEDIMENTO OFICIOSO: O DELEGADO NÃO PODE INSTAURAR SEMPRE INQUÉRITO
DE OFÍCIO.
 Procedimento indisponível: A autoridade policial não pode mandar arquivar autos do
inquérito.
 Procedimento temporário: Tem prazo para encerrar o inquérito. Quando o investigado
tá solto, o inquérito poderá ser prorrogado.

 Notitia Criminis: Conhecimento quanto ao fato criminoso.


 OBS.: É POSSÍVEL INSTAURAR INQUÉRITO POR MEIO DE DENÚNCIA ANÔNIMA, DESDE
QUE O DELEGADO DE POLÍCIA TOME AS CAUTELAS MÍNIMAS NECESSÁRIAS PARA
VERIFICAR SE TEM BASE PARA A NOTÍCIA.

 INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL:


 Crimes de ação penal pública incondicionada:
 O delegado de polícia poderá instaurar DE OFÍCIO;
 Requisição da autoridade judiciária ou do MP;
 Requerimento do ofendido ou de seu representante legal;
 Notícia de qualquer pessoa;
 Auto de prisão em flagrante.
 Crime de ação penal pública condicionada:
 Só poderá instaurar inquérito se houver representação do ofendido;
 A representação não exige formalidade específica;
 Prazo DECADENCIAL.
 Crime de ação penal de iniciativa privada:
 A autoridade policial somente poderá proceder o inquérito a REQUERIMENTO de
quem tenha qualidade para intentá-la:
 Ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo;
 No caso de morte de ofendido ou declarado ausente, poderá prosseguir a ação
o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão;
 Prazo DECADENCIAL.

 Abuso de autoridade:
 Fishing expeditions: Iniciar investigação sem qualquer notícia de um crime.
 Indiciamento: Atribuir provável autoria ou participação de uma infração penal a alguém.
Quem faz o indiciamento é o somente o DELEGADO.
 O delegado deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
 Direto: Sabe onde tá o indiciado.
 Indireto: Não se sabe onde está localizado o indiciado, logo, o delegado poderá iniciar
o indiciamento mesmo na ausência do suspeito.
 Desindiciamento: Quando o delegado percebe que o suspeito não foi a pessoa que
cometeu o ato criminoso.
 Somente o delegado pode desindiciar, salvo em algumas situações que o poder
judiciário poderá desindiciar.

 Arquivamento do inquérito: Quem ordena o arquivamento do inquérito é o MP.


 A vítima, o investigado e à autoridade policial deve ser comunicada quanto ao
arquivamento.
 Arquivamento implícito: Omissão do MP em propor ação penal quanto a alguém ou
quanto a algum fato.
 Arquivamento indireto: MP não oferece denúncia porque ele diz que está diante de
incompetência da autoridade jurisdicional.
 Trancamento do inquérito: Encerramento anômalo do inquérito.
 Determinado pelo Poder Judiciário;
 Medida excepcional de paralisar o inquérito policial.

 Desarquivamento do inquérito:
 Poderá desarquivar o inquérito se tiver notícia de NOVAS PROVAS.

 EVENTUAIS VÍCIOS DO INQUÉRITO NÃO CONTAMINAM A AÇÃO PENAL, OU SEJA, NÃO


FAZEM COM QUE A AÇÃO PENAL SEJA NULA.

 A PARTICIPAÇÃO DO MP NA FASE INVESTIGATÓRIA CRIMINAL NÃO ACARRETA O SEU


IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO PARA OFERECIMENTO DA DENÚNCIA.

 OS INSTRUMENTOS DO CRIME, BEM COMO OS OBJETOS QUE INTERESSAREM À PROVA,


ACOMPANHARÃO OS AUTOS DO INQUÉRITO.

 NAS COMARCAS EM QUE HOUVER MAIS DE UMA CIRCUNSCRIÇÃO POLICIAL, A


AUTORIDADE COM EXERCÍCIO EM UMA DELAS, PODERÁ, NOS INQUÉRITO A QUE ESTEJA
PROCEDENDO, ORDENAR DILIGÊNCIAS EM CIRCUNSCRIÇÃO DE OUTRA.

 NOS CRIMES DE AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA, OS AUTOS DO INQUÉRITO SERÃO


REMETIDOS AO JUÍZO COMPETENTE, ONDE AGUARDARÃO A INICIATIVA DO OFENDIDO OU
DE SEU REPRESENTANTE, OU SERÃO ENTREGUES AO REQUERENTE, SE O PEDIR, MEDIANTE
TRASLADO.

 ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL:


 Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal ou
circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com
pena mínima inferior a 4 anos, o MP poderá propor acordo de não persecução penal.
 Condições:
 Confissão formal ou circunstancial;
 Reparar o dano ou restituir a coisa à vítima;
 Renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo MP;
 Prestar serviço à comunidade ou a entidade pública por período correspondente à
pena mínima cominada ao delito diminuída de um a 2/3;
 Pagar prestação pecuniária;
 Cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo MP.

 Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente decretará


a extinção de punibilidade.
 A celebração e o cumprimento do ANPP não constarão de certidão de antecedentes
criminais.

 AÇÃO PENAL:
 Direito do MP ou da vítima de ingressarem juízo, solicitando a prestação jurisdicional.
 Espécies:
 Ação penal pública: Se a lei nada disser (se é ação penal privada), a ação penal é
pública incondicionada.
 Incondicionada: MP inicia a ação penal se valendo de uma denúncia, age sem
qualquer condição.
 O delegado e o MP são obrigados a agir se estiver diante de justa causa.
 Indisponibilidade: O MP não poderá desistir da ação penal.
 O MP pode pedir absolvição do réu se chegar à conclusão de que não há provas
o suficiente que provem que o indivíduo acusado é o culpado da infração penal.
 DIVISIBILIDADE: O MP PODE OFERECER DENÚNCIA CONTRA UM ACUSADO, E
PROSSEGUIR COM AS INVESTIGAÇÕES QUANTO A UM SEGUNDO ACUSADO.
 Oficiosidade: A ação penal deve ser iniciada de ofício pelo MP. Não se aplica à
ação penal pública CONDICIONADA.
 Inércia: O juiz não pode se movimentar sem prévia manifestação da pessoa
privada ou do MP.
 Crimes contra a dignidade sexual.
 Crime Maria da Penha.

 Condicionada à Representação do ofendido: MP inicia a ação penal por meio de


uma denúncia, só pode agir se tiver prévia representação do ofendido.
 QUEM TEM LEGITIMIDADE PARA PROPOR AÇÃO PENAL PÚBLICA
CONDICIONADA É O MP, NO ENTANTO, O MP SÓ PODERÁ AGIR SE HOUVER
PREVIAMENTE REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO.
 QUEM TEM O DIREITO DE REPRESENTAÇÃO PODERÁ SER EXERCIDO,
PESSOALMENTE OU POR PROCURADOR COM PODERES ESPECIAIS.
 A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
 PRAZO PARA A REPRESENTAÇÃO DECADENCIAL DE 6 MESES INICIADO A PARTIR
DO CONHECIMENTO DO AUTOR DO CRIME.
 Obs.: Nas ações penais públicas condicionadas à representação do
ofendido, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz.
 Crime de estelionato.

 Condicionada à Requisição do Ministro da Justiça: MP inicia a ação penal por meio


de uma denúncia, porém só pode agir se houver requisição do Ministro da Justiça.

 Ação penal privada:


 Exclusiva ou propriamente dita: É a regra. Apenas se inicia mediante queixa do
ofendido ou representante legal ou sucessores;
 Personalíssima: Apenas a vítima pode iniciar a ação penal. Em caso de morte da
vítima, gera a extinção da punibilidade do agente;
 Oportunidade ou conveniência: O agente privado decide se quer ou não iniciar a
ação penal.
 Disponibilidade: O agente privado decide se quer ou não continuar a ação penal.
 INDIVISIBILIDADE: NÃO SE PODE DEIXAR DE FORA UM DOS AUTORES DO FATO
CRIMINOSO NA AÇÃO PENAL PRIVADA, SE SE PROCESSA UM DOS AUTORES
DEVERÁ PROCESSAR OS DEMAIS TAMBÉM. Não se pode escolher quem pode
processar, ou processa todos ou não processa nenhum.
 Inércia: O juiz não pode se movimentar sem prévia manifestação da pessoa privada
ou do MP.
 Causa extintiva de punibilidade:
 Decadência (6 meses): Não poderá mais punir o agente decorrente do decurso
do tempo previsto em lei.
 OBS.: PEDIDO DE INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO OU DEMORA NA
INVESTIGAÇÃO, NÃO INTERROMPE E NEM SUSPENDE O PRAZO
DECADENCIAL.
 Renúncia: Ato unilateral, não precisa que a outra parte aceite, e voluntário. A
renúncia concedida a um dos coautores estende-se aos demais. Antes do início
da ação penal. Aplica-se às ações exclusivamente privada e privada
personalíssima. Não admite retratação.
 Perdão do Ofendido: Ato bilateral (depende de aceitação) e voluntário.
Processo já está em andamento. Pode ser expresso ou tácito. O perdão
concedido a um dos coautores estende-se aos demais, mas só irá produzir
efeitos àqueles que aceitaram, os que não aceitarem terá a ação penal
continuada. Aceito o perdão o juiz julgará extinta a punibilidade.
 Perempção: Descaso/desinteresse do querelante com a ação penal. 30 dias
seguidos de inércia do querelante.

 AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA: DIANTE DA INÉRCIA DO MP, A


VÍTIMA PODERÁ PROPOR AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA. SÓ
ACONTECE SE HOUVER INÉRCIA DO MP.
 Só é cabível diante da inércia do MP naqueles crimes que se pode individualizar
uma vítima.
 O prazo para oferecer ação penal privada subsidiária da pública é de 6 meses,
contados a partir da inércia do MP.

 A denúncia ou a queixa devem vir acompanhados de elementos que foram produzidos em


uma investigação que possibilitem concluir que realmente aconteceu um crime e que o
indivíduo que está no polo passivo (réu) foi o culpado (JUSTA CAUSA - Materialidade e
indícios de autoria).

 SUJEITOS PROCESSUAIS PENAIS:


 Sujeitos principais: JUIZ, ACUSADOR, ACUSADO.
 JUIZ: Deve ser imparcial. É um dever do juiz de julgar.
 Vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio.
 Impedimento:
 Taxativo: A causa de impedimento deve estar descrita na lei;
 Objetivo: Vínculo entre o juiz e o objeto do litígio;
 Presunção absoluta de parcialidade: O juiz não pode julgar por ter vínculo
interno com o processo.
 Suspeição: O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por
qualquer das partes.
 Não poderá ser amigo íntimo ou inimigo de qualquer uma das partes.
 Rol não taxativo;
 Circunstâncias subjetivas: Dúvida da imparcialidade;
 Presunção relativa de parcialidade;
 Vício externo;
 A SUSPEIÇÃO NÃO PODERÁ SER DECLARADA NEM RECONHECIDA, QUANDO A
PARTE INJURIAR O JUIZ OU DE PROPÓSITO DER MOTIVO PARA CRIÁ-LA.

 OBS.: O IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO DECORRENTE DE PARENTESCO POR


AFINIDADE CESSARÁ PELA DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO QUE LHE TIVER DADO
CAUSA, SALVO SE TIVER DESCENDENTES DOS DOIS. NO ENTANTO, MESMO QUE
NÃO HAJA DESCENDENTE, NÃO FUNCIONARÁ COMO JUIZ O SOGRO, PADRASTO,
CUNHADO, GENRO OU ENTEADO.

 PARTES:
 Ministério Público: Deverá ele iniciar a ação penal pública incondicionada ou
condicionada, e ele tem que provar a acusação. O MP apesar de ser parte do
processo, ele deverá ser imparcial.
 A PARTICIPAÇÃO DE MEMBRO DO MP NA FASE INVESTIGATÓRIA CRIMINAL NÃO
ACARRETA O SEU IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO PARA O OFERECIMENTO DA
DENÚNCIA.
 ACUSADO: Ser humano (+18 anos) ou pessoa jurídica (crimes contra o meio
ambiente).
 A impossibilidade de identificação do acusado com seu verdadeiro nome não
retardará a ação penal, quando certa a identidade física.
 NO PROCESSO PENAL, A FALTA DE DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA.

 Sujeitos secundários: Assistente de acusação, ofendido.

 COMPETÊNCIA:
 JUSTIÇA COMUM:
 FEDERAL:
 COMPETE PROCESSAR E JULGAR OS CRIMES POLÍTICOS E AS INFRAÇÕES PENAIS
PRATICADAS EM DETRIMENTO DE BENS, SERVIÇOS OU INTERESSE DA UNIÃO OU DE
SUAS ENTIDADES AUTÁRQUICAS OU DE EMPRESAS PÚBLICAS.
 Justiça Federal não julga contravenções penais.
 É de competência da Justiça Federal processar e julgar crimes consistentes em
disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente
quando praticados por meio da internet.
 Compete processar e julgar a disputa sobre direitos indígenas.
 COMPETE JULGAR CRIME CONTRA A VIDA EM DESFAVOR DE POLICIAIS MILITARES,
CONSUMADO OU TENTADO, PRATICADO NO CONTEXTO DE CRIME DE ROUBO
ARMADO CONTRA ÓRGÃOS, AUTARQUIAS OU EMPRESAS PÚBLICAS DA UNIÃO.

 ESTADUAL: Quando não for da justiça especial e nem da federal, é competência da


justiça estadual.
 É DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR CRIME EM QUE O
INDÍGENA FIGURE COMO AUTOR OU VÍTIMA.

 JUSTIÇA ESPECIAL:
 MILITAR:
 Crime militar próprio: Só pode ser praticado por militar.
 Crime militar impróprio: Tanto o militar como um civil podem praticar o crime.
 Justiça militar da União: Pode processar e julgar tantos civis quanto militares.
 Justiça militar Estadual: Só pode processar e julgar militares dos Estados.
 Os crimes quando dolosos praticados contra a vida e cometidos por militares
contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri.
 OBS.: QUANDO ESSES CRIMES FOREM COMETIDOS POR MILITARES DAS FORÇAS
ARMADAS CONTRA CIVIL, SERÃO DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR DA
UNIÃO.

 ELEITORAL: Quando o indivíduo tem o objetivo de atrapalhar o processo eleitoral.

 COMPETÊNCIA POR PRERROGATIVA DE FORO: Só vai ter o foro por prerrogativa de função
apenas os crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções.
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