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DIREITO PROCESSUAL PENAL

Inquérito Policial:

CF. Art 144 A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
através dos seguintes órgãos:

PF, PRF, PFF, PC, PM E CORPO DE BOMBEIROS MILITARES.

Investigar a autoria e materialidade do delito – procedimento administrativo (não é processo,


é anterior ao processo).

Características: Discricionário, Escrito, Sigiloso, Oficialidade, Indisponibilidade (o delegado


deve levar até o fim o inquérito), Inquisitivo (sem contraditório e nem ampla defesa),

Competência para o inquérito: CPP, Art. 4° A polícia judiciária será exercida pelas autoridades
policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das
infrações penais e da sua autoria.

Paragrafo Único: A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades


administrativas a quem por lei seja cometida a mesma função.

PRAZOS: Indiciado preso: 10 dias e improrrogável – Indiciado solto: 30 dias e prorrogáveis


(requerimento do delegado e autorização pelo juiz)

Regras especiais: Investigação da PF – indiciado preso: 15 dias prorrogáveis por igual período.

Indiciado solto: 30 dias e prorrogáveis (requerimento do delegado e autorização pelo juiz)

Lei 11.343/2006 (lei de drogas) – O inquérito policial será concluído no prazo de 30 dias, se o
indiciado estiver preso, e de 90 dias quando solto.

Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério
Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.

Notitia Criminis: Notícia do Crime: é a comunicação a uma autoridade policial da ocorrência de


uma infração.

ESPONTÂNEA (cognição imediata) – INDIRETA (cognição mediata) – Com força coercitiva (prisão
em flagrante)

VÍCIOS NO INQUERITO: irregularidades no inquérito não tem força para contaminar o futuro
processo.

CPP, Art. 21 – Incomunicabilidade; inconstitucional.

CPP, art. 6 e 7 – Providências;

6º - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciado para que não se alterem o estado e conservação das coisas,
até a chegada dos peritos criminais;

II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais.

IV – ouvir o ofendido;

V – ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do
Título VII, deste livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que lhe
tenham ouvido a leitura;

VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras
perícias;

VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer


juntar aos autos sua folha de antecedentes;

IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social,
sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele,
e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e
caráter.

INDICIAMENTO: comunicação ao investigado, para que o mesmo tenha ciência as


investigações.

Encerramento: final com relatório, emitido ao juízo competente juntamente com os autos.

Final do inquérito – passagem ao MP – 1. aceitar o inquérito e oferecer denúncia/ 2. Requisitar


novas diligências/ 3. Arquivamento por não reconhecer denúncia. – Passagem para o juiz em
todos os casos.

No arquivamento quando o juiz discordar pode ele pedir para que outro procurador oferte a
denúncia, ou ainda o mesmo inquérito pode ser passado ao procurador geral, é um caso de
exceção, onde ele fará outro procurador oferecer a denúncia ou ele mesmo procurador geral a
fará. O mesmo para o arquivamento.

Só será desarquivado o inquérito com a chegada de novas provas.

PRISÃO EM FLAGRANTE

Prisão cautelar – prisão sem pena; prisão em flagrante, prisão preventiva, prisão temporária,
prisão decorrente de pronuncia e sentença condenatória recorrível.

Espécies de Flagrante.

Próprio: a pessoa é presa praticando a ação, ou quando acabou de cometer a infração penal.
Impróprio: o agente é perseguido logo após cometer a infração, em situações que fazem
presumir, que o agente é responsável pela mesma.

Presumido: o agente é perseguido logo depois cometer a infração, em situações que fazem
presumir, que o agente é responsável pela mesma, esse é encontrado com objetos ou
matérias que presumam ou levem a crer que ele seja o mesmo o autor da infração. (lapso de
tempo maior)

Compulsório ou Obrigatório: Autoridade policial obrigado a executar a prisão, presenciando


uma situação de flagrante.

Facultativo: Qualquer pessoa do povo pode efetuar a prisão em flagrante. (se quiser)

Preparado ou Provocado: peça teatral, para o agente ser pego em flagrante (agente corrupto).

Forjado: peça feita, buscando incriminar o agente (agente lícito).

Prorrogado ou retardado: Somente contra o crime organizado, não aplicar o flagrante


compulsório, buscando obter mais provas.

Esperado: o agente policial, sabe do dia e hora de execução de uma infração penal, assim se
antecipando a ação inflacionária, assim faz o flagrante logo antes do crime acontecer.

Nas várias espécies de crime:

Crime Permanente: se propaga no tempo, a prisão pode ser realizada em qualquer momento,
enquanto o crime não cessar.

Crime Habitual: não cabe prisão em flagrante, pela impossibilidade do tempo do flagrante.

Crime Continuado: cabe a prisão em flagrante em cada conduta.

PRISÃO PREVENTIVA E PRISÃO TEMPORÁRIA.

Preventiva: prisão cautelar, a requerimento do ministério público, por representação da


autoridade policial ou ate mesmo ex ofício.

Pressupostos: Materialidade comprovada e indícios de autoria, para prisão poder ser


decretada.

Hipóteses: A preventiva pode ser decretada como: Garantia da ordem pública, Garantia da
aplicação da lei penal, Garantia da ordem econômica e Garantia ou tutela da instrução
criminal (tranquila produção probatória, réu ameaçando testemunhas, maquiando provas)

Admissibilidade da prisão preventiva: CPP, Art 313º Em qualquer das circunstâncias, previstas
no artigo anterior, será admitida a decretação da prisão preventiva nos crimes dolosos:

I – punidos com reclusão;

II – punidos com detenção quando se apurar que o indiciado é vadio ou, havendo dúvida
sobre sua identidade, não fornecer ou não indicar elementos para esclarecê-la;
III – se o réu tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em
julgado, ressalvado o disposto no parágrafo único art. 46 do CP

Apresentação espontânea: não existe prisão em flagrante, mas é admissível a prisão


preventiva.

CPP, art.317 A apresentação espontânea do acusado à autoridade não impedirá a decretação


da prisão preventiva nos casos em que a lei a autoriza. (havendo excludente de ilicitude o
agente não pode ter a prisão preventiva decretada)

PRISÃO TEMPORÁRIA (Lei n. 7.960/89) – de cunho cautelar, decretada somente pelo juiz na
fase do inquérito policial, seja por representação da autoridade policial, seja por requerimento
do Ministério público.

Prazos: de 5 dias prorrogável por igual período. (Regra Geral.)

Prazo nos crimes Hediondos: 30 dias prorrogáveis por igual período

TEORIA GERAL DAS PROVAS

CPP, Art. 156 sendo, porém facultado ao juiz de ofício:

II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências


para dirimir dúvida sobre ponto relevante.

Principiologia da Prova:

Garantia da jurisdição (o juiz não tem iniciativa de prova) – CPP, Art. 155 O juiz formará sua
convicção pela livre apreciação da prova produzia em contraditório judicial, não podendo
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

Presunção da Inocência: nível interno – juiz e acusador deverão tratar réu como inocente /
Nível externo: limitação à publicidade abusiva.

Ônus Probatório: quem deve provar e a acusação. / a comprovação da prova será de


responsabilidade de quem a fizer.

In dubio pro societate:

CONTRADITÓRIO NAS PROVAS: Postulação – possibilidade de postular (apontar) / Admissão –


possibilidade de impugnar decisão que admite a prova (decisão para produção da prova) /
Valoração – controle da racionalidade (importância da prova).

Direito a defesa: Defesa técnica – paridade de armas, instrumentalizar o contraditório. /


Autodefesa – defesa positiva (declaração, participação na reconstituição do crime), defesa
negativa (direito de silêncio)

Comunhão das provas: a prova faz parte do processo é não somente de quem a aponta.
PROVAS EM ESPECIE

PROVA pericial e exame de corpo de delito.

Perícia: não possui valor absoluto, não está acima das outras provas.

Todas as provas são relativas; nenhuma delas terá, ex vi legis, valor decisivo, ou
necessariamente maior prestígio que outras.

CPP. Art. 182 O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em
parte.
AULAS GRAN

PROCESSUAL PENAL

INQUÉRITO POLICIAL:

É um procedimento administrativo efetivado no âmbito da polícia judiciária, com fim de reunir


elementos mínimos de autoria e materialidade, visando fornecer justa causa ao titular da ação
penal.

● O inquérito pode se iniciar na polícia civil e depois ser passado para a polícia federal
caso o fato seja de competência desta, sem prejuízo do inquérito.

● O STF, não admite dois inquéritos para tratar de mesmo fato. (constrangimento ilegal)

Características:

● Dispensável: o delegado não pode dispensar o inquérito, esse é dispensável para o


início da ação penal;

● Inquisitivo: sem contraditório e ampla defesa;

Pode haver absolvição exclusivamente com base em elementos do IP? SIM;

● Escrito: Depoimento pode ser gravado, desde que de forma não sub reptícia
(escondida)

● Sigiloso: em regra, mas não se aplica ao juiz e ao MP. (advogado do investigado, nos
autos já integrados no inquérito) SV.

● Discricionário: conveniência e oportunidade das ações de investigação; (exceto aqueles


vinculados, como o exame de corpo de delito);

● Oficial: Titularidade; as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais


exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de
Estado.

OBS: Outros inquéritos, MP, CPI, Polícia Legislativa, Inquérito Judicial, Inquérito Militar;

● Oficioso: O delegado é obrigado a instaurar o IP. (para instauração do inquérito deve


haver justa causa)
● Indisponível: Prossegue inquérito até o seu encerramento. (Somente juiz arquiva
inquérito);

Instauração do IP;

● Se inicia por Auto de prisão em flagrante ou Portaria (notitia criminis);

Espécies de Notitia Criminis:

● Cognição direta (imediata, espontânea ou não qualificada)


● Cognição indireta (mediata, provocada ou qualificada)

Notitia criminis postulatória; a própria vítima vai comunicar a autoridade policial. (qualquer
tipo de crime)

Notitia criminis popular: qualquer do povo comunica (somente vai instaurar se for, ação penal
pública incondicionada)

Delação apócrifa: anônima (não se instaura IP somente com a delação apócrifa)

ATOS DE INVESTIGAÇÃO

Diferentes de ato de prova, os atos de investigação acontecem no inquérito e não possuem


contraditório e ampla defesa, esses atos serão novamente analisados no momento da ação
penal, para que possuam valor de ato de prova.

● Reprodução simulada dos fatos: não se pode conduzir coercitivamente o autor a essa
reprodução, pois ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. (não cabe a
reprodução simulada dos fatos, em crimes contra a moral e bons costumes)

Indiciamento: ato personalíssimo – feito pelo delegado.

Momento de ocorrência: em qualquer momento do inquérito (não se fala em indiciamento na


fase judicial) – o delegado não é obrigado a indiciar.

Consequências do indiciamento:

● Boletim de vida pregressa – (Art. 6º, VII e IX, CPP)


● Identificação – nesse caso identificação criminal, criança e adolescente sem
identificação civil / suspeita na identificação civil de qualquer pessoa.

OBS: pode ser conduzido coercitivamente para identificação criminal.

Encerramento:
Relatório minucioso e objetivo;

Deve tipificar o fato, mas o mesmo não é vinculado, assim sendo alguém pode ser indiciado por
furto, denunciado pelo promotor por roubo e sentenciado pelo juiz por latrocínio.

● Indicação de testemunhas se pertinente para a fase judicial;


● Objetos apreendidos:
● Prescindível ( não se precisa de inquérito para se oferecer denúncia, menos ainda de
relatório)

Prazos para conclusão:

● Acusado preso: 10 dias / Acusado solto: 30 dias (regra geral)

Opções do MP ao receber o inquérito:

● Denúncia;
● Declínio da competência; (a atribuição da denúncia não é sua)
● Novas diligências;
● Arquivamento provisório;
● Arquivamento;
Juiz quem arquiva, (arquivamento por falta de prova; fato atípico, extinção da punibilidade e
excludente de ilicitude).
Discordância no arquivamento entre juiz e promotor, juiz remete inquérito ao chefe do MP.

OBS: juiz não pode arquivar inquérito de ofício, depende de requerimento de promotor.

Prisão em flagrante:

Comunicar a prisão imediatamente: para família, juiz e MP.

Resumir a termo as oitivas apresentadas;

● Primeiro a ser ouvido, o condutor;


● Segundo às testemunhas; (testemunhas de apresentação ou presenciais) – a falta de
testemunhas não impede a lavratura do auto de prisão em flagrante;
● Terceiro, a vítima; (a autoridade policial deverá zelar pela incomunicabilidade entre
condutor, vítima e testemunhas, sendo inquiridos separadamente);
● Interrogatório do suspeito; (o réu tem o direito de permanecer calado, e de ser
acompanhado de advogado – mas mesmo sem a presença dele o interrogatório
prosseguirá sem prejuízo)
● Assinaturas: são colhidas após cada depoimento; (caso a pessoa seja analfabeta ou não
possa por algum motivo não assinar, haverá assinatura de testemunhas, o flagranteado
se recusar – serão 2 testemunhas)
● Indiciamento;
● Nota de culpa: feita em até 24h
● Recolhimento à prisão ou fiança:

OBS: da lavratura de auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a


existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de
eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
PRISÃO TEMPORÁRIA (LEI Nº 7960/89) (Cabe somente em alguns crimes)

É modalidade de prisão cautelar e constitui medida de investigação policial, a ser


determinada em alguns crimes e quando imprescindível para a busca dos elementos probatórios
de autoria e materialidade;

● Ocorre durante o inquérito policial;

A prisão temporária será DECRETADA pelo JUIZ, em face da REPRESENTAÇÃO da


AUTORIDADE POLICIAL OU DE REQUERIIMENTO DO MP, e terá o prazo de 5 dias,
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade;

OBS: juiz não decreta prisão temporária de oficio, ou seja, deverá ser provocado pelo delegado
ou MP

OBS²: Crimes hediondos, prazo de 30 dias prorrogáveis por igual período;

REQUISITOS PARA A PRISÃO TEMPORÁRIA:

I – quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

II – quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao
esclarecimento de sua identidade;

PRISÕES – ASPECTOS GERAIS

Encarceramento do preso provisório – (Flagrante, temporária ou preventiva)

● As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem definitivamente


condenadas, nos termos da lei de execução penal;

Prisão especial: consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão comum;

I – os ministros de estado;

II – os governadores ou interventores, o prefeito do DF, seus respectivos secretários, os prefeitos


municipais, os vereadores e os chefes de polícia;

III – os membros do Parlamento Nacional do Conselho de Economia Nacional e das


Assembleias Legislativas dos Estados;

IV – os cidadãos inscritos no “Livro de Mérito”

V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do DF e dos territórios;


VI – os magistrados;

VII – os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República;

VIII – os ministros de confissão religiosa;

IX – os ministros do Tribunal de Contas;

X – os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando


excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função;

XI – os delegados de polícia e os guardas-civis do Estados e Territórios, ativos e inativos;

OBS: não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhido em
cela distinta do mesmo estabelecimento;

Transporte de preso especial:

O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum;

USO DE ALGEMAS:

Só é licito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à


integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente
ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da
responsabilidade civil do Estado;

USO DE ALGEMAS EM MULHERES EM SITUAÇÕES ESPECIAIS

É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos médico-hospitalares


preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem como em mulheres
durante o período de puerpério imediato;

USO DA FORÇA

Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de


tentativa de fuga do preso;

USO DE ARMA DE FOGO

Não é legítimo o uso de arma de fogo:

I – contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que não represente risco imediato de morte
ou de lesão aos agentes de segurança pública ou a terceiros;
II – contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, exceto quando o ato
represente risco de morte ou lesão aos agentes de segurança pública ou a terceiros;

OBS: o morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua casa será levado à presença da
autoridade para que se proceda contra ele como for de direito; (CPP)

REQUESITO DO MANDADO DE PRISÃO

a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade judicial;


b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais
característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada quando o afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução;

PROCEDIMENTO PARA CUMPRIMENTO DO MANDADO

1) o mandado será passado em duplicata e o executor entregará ao preso, logo depois da


prisão, um dos exemplares com declaração do dia, hora e lugar da diligência. Da entrega
deverá o preso passar recibo no outro exemplar; se recusar, não souber ou não puder
escrever, o fato será mencionado em declaração, assinada por duas testemunhas.

OBS: se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará à prisão, e o
preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado;

INFORMAÇÕES DOS DIREITOS DO PRESO

O preso será informado sobre seu direito de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a
assistência da família e de advogado e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado,
será comunicado à Defensoria Pública;

Ninguém será recolhido à prisão sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou
carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo executor ou apresentada a guia expedida
pela autoridade competente, devendo ser passado recibo da entrega do preso, com declaração de
dia e hora;

AÇÃO PENAL

“É o direito do estado-acusação ou da vítima de ingressar em juízo, solicitando a prestação


jurisdicional, representa pela aplicação das normas de direito penal ao caso concreto. Por meio
da ação, tendo em vista a existência de uma infração penal precedente, o Estado consegue
realizar a sua pretensão de punir o infrator”.

Fundamento Constitucional:
A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito (art. 5º, XXXV,
CF/88)

Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
(art. 5º, LIX, CF/88)

ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL:

Pública; titular MP, privativamente a ação penal pública. (ação penal pública será promovida
por denúncia do MP)(quando a lei exigir de requisição do Ministério da Justiça ou de
representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representa-lo)

● Incondicionada =
● Condicionada =

Privada;

● Genérica =
● Personalíssima =
● Subsidiaria da pública =

PRAZO OFERECIMENTO DA DENÚNCIA: prazo contado da data em que o órgão do MP


recebe os autos do inquérito policial;

Réu Preso = 5 dias / Réu solto = 15 dias

Prazo diferenciados

● Abuso de autoridade = 48 h
● Crimes contra a economia popular = 2 dias (preso ou solto)
● Crimes eleitorais = 10 dias
● Lei de tóxicos = 10 dias
● Lei de falência = 15 dias se decidir aguardar a apresentação da exposição
circunstanciada a ser apresentada pelo administrador judicial
● Crimes de ação penal pública de competência originária nos tribunais = 15 dias

Princípios que regem a ação penal pública

● Oficial
● Legal
● Oficiosidade
● Indisponibilidade
● Divisibilidade
● Intrascêndencia
Habeas Corpus:

LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania;

● Legitimidade ativa: o habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu
favor ou de outrem, bem como pelo ministério público;

OBS: juiz pode expedir de ofício habeas corpus.

A coação considerar-se-á ilegal;

I – quando não houver justa causa;

II – quando alguém estiver preso por mais tempos do que determina a lei;

III – quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;

IV – quando houver cessado o motivo que autorizou a coação; (prisão preventiva)

V – quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;(fiança,
delegado determina em crimes punidos com até 4 anos, e acima disso somente o juiz)

VI – quando o processo for manifestamente nulo; (citação errada, sem presença de advogado)

VII – quando extinta a punibilidade;

Competências para processar e julgar o HC;

STF: Presidente da república; Senadores; Deputados; PGR; Tribunal de contas da união e os


próprios membros STF;

STJ: Ministro de Estado, Comandante da marinha, exército ou da Aeronáutica, Governador;


(ressalvada a competência da justiça eleitoral) – Julgar em recurso ordinário, em única ou em
última instância pelos Tribunais regionais federais ou estaduais.

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