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Processo Penal II

Atividade Defensiva e Persecutória

Aula 05.08.2019
Prova: 30 de setembro B1
Atividade avaliativa: 16 de setembro – grupos de até 08 pessoas – tema do trabalho será
abordado na prova

Prisões
Medidas Cautelares
Sujeitos Processuais
Procedimentos

Noções Iniciais
Prisões

Modalidade:
1 – Pena (penal)
2 – Processual - provisória: Preventiva (CPP), Temporária (lei 7960/89), Flagrante (CPP)
3 – Civil (alimentos)
4 – Administrativa: a) militares – CCPM; b) extradição (lei 6.815/80 – estatuto do estrangeiro)
5 – Averiguação (vedada pela CF) → abuso de autoridade

O instrumento jurídico que corporifica a ordem de prisão é o Mandado de Prisão. Sempre


será necessário, exceto quando a ordem for cumprida na presença do próprio magistrado
ou em caso de flagrante delito.
Obs.: exceção da prisão em flagrante delito

A prisão processual tem caráter acautelatório. Não é antecipação de responsabilidade. Não


é cumprimento antecipado de pena. Fumaça do bom direito e perigo da demora.
A prisão preventiva e temporária tem que ter mandado de prisão.
Quem determina a prisão em flagrante é o delegado de polícia, trata-se de uma autoridade
administrativa.

Obs.: quem vai preso recebe uma via do Mandado de Prisão para que saiba o motivo e o
fundamento legal da prisão. Há também a identificação de quem cumpre o mandado de
prisão.

Aula 12.08.2019
Processo Penal II

Atividade B1: 16.09

Tema: Sujeitos Processuais


- Juiz: suspeição, impedimento (Tais)
- Ministério Público (Jiva)
- Defensoria Pública (Matheus)
- Advogado (Sérgio)
- Assistente de Acusação (Vinícius)
Grupos de até 8 pessoas.
Entrega: marcello.carraro@anhanguera.com

https://letsqueiroz.jusbrasil.com.br/artigos/339694551/sujeitos-do-processo-penal

Prisão em Flagrante (art. 301, CPP)

Fundamento: a possibilidade da prisão em flagrante delito justifica-se em primeiro lugar


como meio de cessar a prática criminosa; em segundo lugar preservar as provas e a autoria
do crime (autoria e materialidade).
É uma espécie de prisão duplamente excepcional:
a) primeiro por ser uma medida cautelar, uma prisão processual
b) segundo porque é decretada por uma autoridade administrativa (delegado de polícia),
enquanto que as demais prisões competem à autoridade judicial (juiz).

Peculiaridades:
a) modalidade de prisão processual (prisão processual não viola o princípio da presunção
de inocência)
b) é lavrada, isto é, decidida, por uma autoridade policial/administrativa
c) qualquer do povo pode prender em flagrante delito, a autoridade policial e seus agentes
devem prender quando estiverem em uma situação de flagrante delito
d) independe de mandado de prisão

Modalidades:
a) flagrante facultativo: aquele facultado a qualquer do povo
b) flagrante obrigatório: constitui um dever da autoridade policial e seus agentes
c) flagrante próprio ou real: ocorre quando o indivíduo é surpreendido enquanto pratica ou
quando acabou de praticar (artigo 302, incisos I e II)
d) flagrante impróprio ou quase flagrante: quando o indivíduo é surpreendido logo após
praticar o crime (inciso III, primeira parte)
e) flagrante ficto ou presumido: quando o indivíduo é surpreendido logo depois à prática do
crime em situação que faça ser ele o autor presumido do fato (artigo 302, inciso IV do CPP)
f) flagrante esperado: ocorre quando a polícia através de informações recebidas por
qualquer meio se prepara para uma eventual situação futura que pode vir ou não a
acontecer. Neste caso é pacífico o entendimento da absoluta legalidade da prisão caso ela
venha a ocorrer. Flagrante válido.
g) flagrante prorrogado, retardado ou postergado (lei 12850 de 2013): confere maior
efetividade, flagrante válido.
h) flagrante provocado: agentes de segurança tomam parte ativa, crime impossível,
flagrante nulo, relaxado

Auto de Prisão em Flagrante


Sequência de procedimento:
- Oitiva do condutor
- Oitiva das testemunhas
- Apreensão de objetos (instrumento, produto, pessoas)
- Interrogatório
- Arbitramento de fiança

Sujeitos do flagrante
1. Condutor/apresentante
2. Testemunhas
3. Conduzido/apresentado
Sujeito Passivo/autor

Aula 26.08.2019

Prisão em flagrante

Espécies (…) Forjado: situação material é adulterada pelo agente da segurança pública, é
mais grave ainda. É flagrante nulo. É forjada, criada, a prova é plantada, é uma falsa
situação de flagrante. Houve uma deturpação da realidade. Relaxado o flagrante.

Sequência do procedimento da lavratura de uma prisão em flagrante


unidade de polícia judiciária local: polícia civil (estadual) ou polícia federal conforme o crime.
O flagrante deve ser lavrado no local da prisão. Isso é o que diz o Código mas na prática
não é assim.
- na prática é preso em um local e levado para outro. É quase que a regra.

1. Oitiva do condutor: o condutor é aquele que efetivamente efetuou a prisão em flagrante.


Auto de prisão em flagrante é que determina a prisão. O delegado de polícia é que faz isso.
O relato será reduzido a termo. Todo auto de prisão em flagrante tem pelo menos duas
pessoas, o condutor e o conduzido. Tem que ter pelo menos duas pessoas, se não tem
detido não há prisão em flagrante e se não tem condutor também. O condutor é ouvido sem
a presença do conduzido.

2. Oitiva das testemunhas/vítimas: reconstrução do fato


- testemunhas presenciais: pode não haver, receio de comprometimento.
- testemunhas instrumentais (não havendo as presenciais): também chamadas de
testemunhas formais ou fedatárias, testemunha de apresentação, não tem nada a
apresentar ao fato. Apenas cumpre uma formalidade legal. Testa apenas que viu o detido
ser apresentado, não sabe nada do fato. È uma testemunha burocrática.

3. Apreensão de eventuais objetos


- instrumento do crime: é aquilo que o indivíduo utiliza para praticar o crime. Arma de fogo
ou arma branca por exemplo. Vão passar por perícia para produzir prova. Devem ser
apreendidos. Fins probatórios.
- produto do crime: é a vantagem obtida com a prática criminosa, a joia furtada por exemplo.
É apreendido para depois ser entregue ao legítimo proprietário. Fins probatórios e
ressarcitórios.

4. Interrogatório
→ os detidos serão interrogados um a um, individualmente, a boa prática determina que os
policiais que efetuaram a prisão também não acompanhem.
- Direito ao silêncio: é um direito constitucional. Não gera nenhum tipo de presunção em
seu desfavor.
- Presença do advogado: pode acompanhar o interrogatório imediatamente. Não precisa de
procuração. Advogado só acompanha, não pode interferir, não responde. Só pode orientar.
- Direito de comunicar seu advogado e alguém de sua família também.

5. Arbitramento de fiança se cabível: afiançáveis os crimes com pena privativa de liberdade


máxima abstrata em até 4 anos. É uma garantia paga em dinheiro. Valor de 1 a 100 salários
mínimos. Paga preferencialmente em dinheiro. Escrivão abre uma conta judicial com os
dados do processo – civil BB (estadual) – federal CEF. O depósito é feito em juízo. Só é
movimentado com autorização judicial.

6. Emissão da nota de culpa: recibo da prisão com duas informações, ou seja, o motivo pelo
qual o sujeito está sendo preso, o crime ou os crimes e o nome da autoridade que efetuou
a prisão. Porque está preso e quem prendeu. Não tem nada a ver com confissão. Não é
uma concordância com aquilo que está sendo imputado. A nota de culpa deve ser passada
em 24 horas. O sujeito não pode ficar detido indefinidamente.
Obs.: culpa não é sinônimo de responsabilidade.
Está concluído o Auto de prisão em flagrante.
Ele deverá ser remetido ao Poder Judiciário. Crime estadual - comarca, crime federal para
o juiz federal.

Se o preso declara que não tem advogado é necessário o envio de cópia do auto de prisão
para a Defensoria Pública. Hoje enviado eletronicamente.

Em Campinas o indivíduo que é preso, depois da lavratura do auto de prisão em flagrante


é levado para o 2º DP no São Bernardo. Cadeia Pública fica anexa ao 2º DP, gerenciada
pela Polícia Civil, de lá vai para o Centro de Detenção Provisória, lá vai haver a separação,
presos processuais, condenados, etc. CDP é gerenciada pelo SAP (Secretaria de
Administração Penitenciária).

7. Envio dos autos ao Juiz, MP, Def. Pública


- art. 306, CPP
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa
por ele indicada. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao
juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de
seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. (Redação dada pela Lei nº 12.403,
de 2011).
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada
pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

Obs: prazo de 24h não tem relação com a situação de flagrante, mas sim com o prazo para
entrega da Nota de Culpa ao preso e remessa integral dos autos ao juiz, sob pena de
relaxamento da prisão.
Também deverão receber cópia dos autos o MP (por força de sua Lei Orgânica) e a
Defensoria Pública (quando não tiver advogado).

Com os Autos em mãos, o juiz poderá:


a) relaxar a prisão;
b) decretar a preventiva ou
c) conceder liberdade provisória (cumulada ou não com as medidas cautelares alternativas).
A Resolução 213/15, do CNJ, instituiu a chamada audiência de custódia.
Basicamente, a citada Resolução determina que todo preso, seja em razão de flagrante
delito, prisão preventiva, temporária ou em razão de sentença penal condenatória, incluindo
os casos de captura ou recaptura de foragidos, deverá ser apresentado à autoridade
judiciária no prazo máximo de 24hs., contadas do momento da prisão.
O objetivo é verificar a legalidade da prisão, o respeito à integridade física e psíquica do
preso, bem como analisar a possibilidade da concessão de uma medida cautelar alternativa
à prisão, quando cabível (concessão de fiança etc).
Não serão discutidas questões relacionadas aos motivos que justificaram a prisão.

Assim, nos casos de prisão em flagrante, após a conclusão do procedimento e lavratura do


auto de prisão em flagrante, o preso deverá ser encaminhado imediatamente ou em até
24h à presença do juiz competente.
Neste momento, presentes o representante do MP e o defensor, nomeado ou dativo, o
magistrado se certificará do respeito à integridade do preso, regularidade do flagrante,
possibilidade de aplicação de medida alternativa menos gravosa que a prisão ou, por fim,
a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva.
A realização da audiência não gera prevenção do juízo.

Obs: existe um projeto de lei que pretende inserir a audiência de custódia no CPP, porém
ainda não foi convertido em lei. Assim, hoje, o fundamento normativo do citado
procedimento é a mencionada Resolução do CNJ, que de acordo com a doutrina majoritária
tem força normativa originária.

Prazos para conclusão do IPL (Inquérito Policial):


Acusado preso: 10 dias, sob pena de concessão de liberdade;
Acusado solto: 30 dias prorrogáveis.
Na Justiça Federal o prazo no caso de réu preso é de 15 dias prorrogáveis por mais 15 dias;

- Audiência de Custódia: não há menção do CPP. Não é só em prisão em flagrante. Principal


função é verificar as condições em que ocorreu a prisão. Juiz, advogado, MP e o próprio
preso fazem parte da audiência. O objetivo é saber como foi a prisão. Verificar se as
garantias fundamentais do preso foram respeitadas.
Resolução 213/2015 do CNJ é a previsão legal. Não é lei mas tem força de lei porque o
poder normativo do CNJ emana da Constituição. Qualquer preso tem que ser apresentado
no prazo de 24 horas para uma autoridade judicial para avaliação das condições em que
se deu a prisão. Preso federal a um juiz federal. Tomar ciência das condições da prisão.
Não se discute fato, prova e inocência. A única finalidade é saber como foi a prisão. O juiz
não entra no mérito. Só quer saber como está a integridade do preso. O Brasil é signatário
do Pacto de São José da Costa Rica. Lá que diz que todo preso deve ser apresentado em
24 horas a um juiz. Esse juiz não fica prevento, não gera prevenção.
Tem que passar pelo IML antes de ir para a Cadeia Pública.
Juiz vai analisar se precisa manter o indivíduo preso. Juiz analisa o flagrante, ver se não há
vício formal, ou se o juiz entender que não era caso de prisão em flagrante ele será relaxado.
Flagrante relaxado é aquele que tem vício, o indivíduo pode sair da audiência de custódia
solto. Pode também homologar o flagrante se não tiver vício. Converter em preventiva.
Antes a prisão em flagrante se prolongava no tempo.
Tem que decidir ou pela conversão do flagrante em preventiva ou concede liberdade
provisória (tornozeleira eletrônica, prisão domiciliar, etc.)
Aula 02.09.2019

Flagrante delito

Comunicações
- Juiz
- MP
- Defensoria Pública

Com os autos do flagrante em mãos, em 24 horas, o juiz deverá realizar a Audiência de


Custódia (Res. 213/2015 CNJ)
Obs.: obrigatória em todas as prisões.

No caso de flagrante:
1. Verificar a legalidade do procedimento
Se constatado vício o juiz relaxa o flagrante. É o correto, o juiz não anula e sim relaxa o
flagrante. Se o flagrante estiver perfeito o juiz vai homologar o flagrante.

2. Conceder Liberdade Provisória: mediante fiança, é uma garantia que o sujeito paga em
dinheiro.
Medidas cautelares (são providências processuais) alternativas: tornozeleira eletrônica,
entregar o passaporte, recolhimento domiciliar, proibição de se aproximar de testemunhas,
proibição de frequentar determinados lugares.

3. Decretar a Prisão Preventiva: se não for o caso de conceder liberdade provisória. Vai
para o CDP. Não tem prazo. Dura enquanto perdurarem os motivos.

Prisão Preventiva (Art. 311 e ss. CPP)

Segunda modalidade de prisão processual. A primeira foi o flagrante delito.

Natureza Jurídica: medida cautelar. Fumus boni iures e periculum em mora.


É uma prisão processual, é uma medida cautelar, ainda não é uma pena. Não vincula a
decisão final do juiz. Não é antecipação de julgamento.

Pressupostos: ambos devem estar presentes. Prova de autoria (quem foi) e prova de
materialidade, da existência do crime (pó branco é droga, por exemplo).
A. Prova da materialidade e
B. Indícios suficientes de autoria (tudo leva a crer que aquele crime foi praticado por aquela
pessoa, não é certeza mas também não podem ser meros indícios) +

Hipótese de Cabimento:
1. Crime Doloso punido com reclusão a PPL superior a 4 anos; ou
2. Reincidente em crime Doloso; ou
3. Violência doméstica ou familiar quando necessário para adoção das medias protetivas;
ou
4. Dúvidas quanto à identidade do indivíduo

Fundamentos:

1. Garantia da Ordem Pública: entende-se como garantia da ordem pública a necessidade


de privar o indivíduo de sua liberdade de forma cautelar a fim de evitar a reiteração delitiva
(evitar que o sujeito continue praticando crime). Não são fundamentos a gravidade do crime,
tampouco, ou seja, muito menos, o clamor social. de grande repercussão social. A
gravidade do crime não á argumento; ou.

2. Garantia da Ordem Econômica: este fundamento tem como objetivo fortalecer a atuação
estatal no combate aos crimes previstos na lei que trata da ordem econômica (lei contra
crimes da ordem econômica).; ou

3. Conveniência da Instrução Penal: neste caso busca-se evitar que o indivíduo em


liberdade tumultue ou atrapalhe as investigações ou a instrução processual. Exemplos:
ameaçando testemunhas, destruindo ou adulterando provas, deturpando a verdade dos
fatos, alterar o local do crime; ou

4. Garantia de Aplicação da Lei Penal: neste caso a prisão preventiva tem por objetivo evitar
que o indivíduo empreenda fuga frustrando a sua eventual condenação. Entretanto, são
necessários indícios concretos dessa eventual fuga. Foi tirar passaporte, tornou líquido seu
patrimônio. Preciso de elementos concretos.; ou

5. Descumprimento das cautelares alternativas: há uma ordem preferencial quanto às


medidas cautelares, devendo o juiz dar preferência às mais brandas recorrendo à prisão
somente em último caso, porém, descumpridas as medidas menos invasivas anteriormente
impostas haverá fundamento para o decreto prisional.
- medidas cautelares alternativas: tornozeleira eletrônica, proibição de frequentar
determinados lugares, proibição de falar com testemunhas, proibição de deixar o país. Não
confundir com penas alternativas.

Preciso ter: Dois pressupostos + uma hipótese de cabimento + um fundamento.

Quem decreta?
Somente o juiz decreta a prisão preventiva. Competência privativa da autoridade judicial,
membro do judiciário. Somente membros do poder judiciário (juiz, desembargador e
ministros).

A pedido de quem:
a) O juiz, de ofício, durante a fase processual;
b) A autoridade policial, mediante representação, durante a investigação policial;
c) O MP mediante requerimento, durante qualquer fase.
Quando?
Durante a investigação policial e na fase da instrução processual. Pode ser decretada até
o trânsito em julgado da sentença condenatória. Desde a instauração do inquérito até o
trânsito em julgado. Tanto na fase de investigação quanto na fase processual.

Por quanto tempo?


Não há prazo legal previamente estabelecido. Sua duração está condicionada à sua
necessidade. Até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
Preventiva não é antecipação de pena.

Aula 09.09.2019

Prisões processuais ou prisões provisórias.


Prisão provisória é gênero que inclui a prisão em flagrante, a prisão preventiva e a prisão
temporária. É um preso cautelar, um preso processual. Cautelar é um acessório.

Prisão Preventiva (artigo 311 e ss, CPP)

Pressupostos: materialidade (demonstrar que o crime aconteceu) e indícios suficientes de


autoria. São elementos cumulativos.
Persecução penal: conjunto de atividades dos órgãos estatais na busca da aplicação do
direito penal.
Polícia Judiciária – MP – Judiciário
suspeita – indícios - certeza

Hipóteses: crime doloso PPL reclusão superior a 4 anos, reincidente em crime doloso,
violência doméstica ou familiar, dúvida fundada quanto a identidade da pessoa. Os
requisitos são alternativos.
Crime culposo não cabe e também as excludentes de ilicitude.

Fundamentos: garantia de ordem pública, garantia da ordem econômica, conveniência da


instrução Penal, garantia de aplicação da lei penal, descumprimento das cautelares
alternativas anteriormente impostas.

Quem decreta?

Quando?
Durante a investigação policial e na fase da instrução processual. Pode ser decretada até
o trânsito em julgado da sentença condenatória. Desde a instauração do inquérito até o
trânsito em julgado. Tanto na fase de investigação quanto na fase processual.

1. O juiz pode decretar de ofício na fase processual portanto na fase de investigação o juiz
não age de ofício, tem que ser provocado.
2. Na fase investigativa (durante o inquérito policial) o delegado de polícia pode representar
ao juiz competente pela prisão preventiva de alguém, ouvindo-se sempre o membro do
Ministério Público (titular da ação penal).
3. O Ministério Público (titular da ação penal) pode requerer à autoridade competente que
é o juiz, pela prisão preventiva tanto na fase investigativa quanto na fase processual.

Por quanto tempo?


Enquanto o juiz entender que ela se faz necessária. Não tem prazo pré estabelecido.

Onde é cumprida?
É cumprida nos Centros de Detenção Provisória. Não vai para a penitenciária nem para a
colônia penal.

Atenção: ainda quanto ao local de cumprimento excepcionalmente a prisão preventiva


poderá ser cumprida em domicílio (prisão preventiva domiciliar) nas seguintes hipóteses:
1. Quando o indivíduo contar com mais de 80 anos de idade.
2. Quando estiver gravemente enfermo.
3. Quando ele for a única pessoa responsável por menor de 6 anos ou deficiente.
4. No caso de gravidez a partir do sétimo mês de gestação ou gravidez de risco.

Súmulas: 52 do STJ e a 64 também do STJ.

Mandado de Prisão Preventiva – também é feita audiência de custódia onde se analisa


como se deu a prisão. Se seus direito e garantias foram preservados.

Prisão Temporária – (Lei 7.960/89). Não está no CPP e sim em uma lei específica. Mais
voltada para a fase da investigação. Tem requisitos mais brandos. É mais passageira. Tem
prazo pré estabelecido. Cinco dias prorrogáveis por mais cinco. Tem requisitos mais
genéricos. Prendo para encontrar a prova. Vocacionada para a investigação policial. Na
prática é mais fácil do juiz conceder.

Obs.: preventiva é para preservar as provas e o processo.

Pressupostos:
1. Prova da materialidade (fumus boni iuris) e
2. Indícios suficientes de autoria do crime. (periculum em mora)

Fundamentos
1. Imprescindível para a investigação; ou
2. Indiciado sem residência fixa; ou
3. Indiciado com identidade desconhecida ou duvidosa.

Hipóteses de Cabimento
1. Homicídio doloso
2. Sequestro e cárcere privado
3. Roubo
4. Extorsão
5. Estupro
6. Epidemia com morte
Etc.

Quem decreta?
É o juiz. Somente autoridade judicial.

Quando?
A prisão temporária só é decretada na fase da investigação policial.

1. O juiz não decreta de ofício, somente se provocado.


2. A autoridade policial, ouvido previamente o MP, pode representar pela prisão temporária.
3. O Ministério Público pode requerer a prisão temporária.

Quanto tempo?
Regra: cinco dias, excepcionalmente prorrogáveis por mais cinco dias. Exceção: trinta dias,
excepcionalmente, em caso de absoluta necessidade prorrogável por mais trinta quando
se tratar de crimes hediondos e equiparados (tráfico, tortura e terrorismo).

Também passa pela audiência de custódia. Juiz analisa as condições em que se deu a
prisão, se não houve abuso ou uso de força desnecessária.

Aula 16.09.2019

Prisão processual não é antecipação de pena. É uma medida cautelar. Não significa que
vai haver condenação. Não ocorre a violação do princípio da presunção de inocência. A
Cautelar serve para preservar o mérito.

Medidas Cautelares (alternativas) Art. 282, CPP.


Não são tão invasivas quanto a prisão processual, mas também não deixam o sujeito livre.
A regra é a liberdade plena. Depois passa para as cautelares e depois a prisão, que é a
exceção absoluta.
Pressupostos – Necessidade e Adequação (perigo da demora e fumaça do bom direito)
Obs.
1. Regra: liberdade plena
2. Exceção: restrições cautelares
3. Exceção Absoluta: Prisão

Fundamentos:
- Aplicação da lei penal
- Garantia da investigação ou instrução penal
- Evitar a prática de novos crimes ou garantia da ordem pública

Art. 319, CPP – Espécies:


- Comparecimento periódico em juízo (assinar carteirinha – utilizada em várias situações
processuais e penais)
- Proibição de ir a determinados lugares
- Proibição de contato com pessoas determinadas
- Proibição de saída da Comarca
- Recolhimento Domiciliar
- Suspensão do exercício de cargo, emprego ou função
- Internação provisórias
- Monitoramento Eletrônico
- Proibição de sair do país
- Fiança

Obs.: Podem ser aplicadas isoladas ou cumulativas. O que determina é a necessidade.

A. Quem decreta?
Quem decreta única e exclusivamente pela autoridade judicial.

B. Quando?
Tanto na fase investigativa, de inquérito policial, e também na fase processual. Na fase
processual o juiz pode decretá-las de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público.
Na fase da investigação, ou seja, de inquérito, o juiz não pode decretar de ofício. Ele vai
depender de representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério
Público.

C. Por qual duração?


Vai durar enquanto for necessária.

Obs.: de acordo com a redação do CPP (artigo 282, § 3º) sempre que possível deve o
magistrado antes de aplicar qualquer cautelar alternativa dar oportunidade para a defesa
se manifestar.

Fiança (art. 336, CPP)

Conceito
É uma garantia prestada em dinheiro, pedras ou metais preciosos, títulos da dívida pública
ou por hipoteca de imóvel inscrita em primeiro lugar que garante ao flagranteado e ao
acusado (réu em processo penal) a possibilidade de aguardar em liberdade o avanço da
persecução penal (sequência de atos praticados pelo Estado na busca da aplicação da lei
penal).

Quem aplica?
A autoridade policial no momento da lavratura do auto de prisão em flagrante nos
casos de crime com pena privativa de liberdade máxima abstrata de até 4 anos. Ex. Furto
simples. O valor pode variar entre 1 e 100 salários-mínimos (considerando o crime e a
condição financeira do detido).
A fiança poderá também ser arbitrada pelo magistrado em qualquer caso. O valor
ficará entre 10 a 200 salários-mínimos considerando a gravidade do crime e a condição
financeira do detido).
Obs.: a fiança arbitrada pela autoridade policial (delegado) pode ser revista pelo juiz que
poderá revogá-la, reduzir o seu valor, aumentar o seu valor ou mesmo aplicá-la caso isso
não tenha sido feito antes.

Lembrando que fiança é uma garantia. Fica depositado em juízo.


A fiança será:
a. revogada ou cassação: quando foi aplicada e não deveria ter sido, foi erroneamente
aplicada
b. quebrada: quando o afiançado descumprir as condições impostas pelo juiz
concomitantemente à fiança haverá a sua quebra. Neste caso o indivíduo perderá metade
do valor depositado.
c. perdimento: se ao final do processo aquele que prestou fiança for condenado e não se
apresentar para dar início ao cumprimento da pena será decretado o perdimento da fiança.
Neste caso todo o valor será revertido aos cofres públicos.

São crimes inafiançáveis:


- Crimes hediondos (lei 8072/90) e equiparados (tráfico de drogas, terrorismo e tortura)
- Crimes de racismo previsto na lei 7716/89
- Crimes praticados contra o estado democrático de direito e a ordem constitucional
- Ao indivíduo que tiver dado causa à quebra da fiança anteriormente imposta.

Qual valor?

Matéria do Trabalho – Sujeitos do Processo Penal

Juiz: é o sujeito processual que se denomina Estado-Juiz. Sua principal característica é a


imparcialidade. O juiz não pode se recusar a julgar uma causa. Deve prover a regularidade
do processo e se utilizar de seu poder de polícia se necessário. Incompatibilidades podem
ocorrer como impedimento e suspeição. Ao juiz é vedado exercer outro cargo ou função a
não ser educador.

Ministério Público: é um órgão independente. Não pertence a nenhum dos três poderes.
Tem autonomia administrativa. O Ministério Público é dividido em Ministério Público da
União e Ministério Público dos Estados. A função do Ministério Público é a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesse sociais e individuais indisponíveis. Os
interesses sociais são aqueles difusos e coletivos (meio ambiente, consumidor, portadores
de deficiência, idosos). Os interesses individuais indisponíveis são aqueles relacionados,
por exemplo, com o direito à vida, saúde, liberdade. O Ministério Público é o titular da ação
penal e sua atuação é fundamental na persecução criminal, ou seja, nos atos do Estado
em busca da aplicação da lei penal.
Promove em caráter privativo a ação penal pública. Provoca a atividade jurisdicional para
que seja apreciada e decidida uma pretensão punitiva. Fiscaliza a execução da lei.

Defensoria Pública: incumbe à Defensoria Pública a orientação jurídica e a defesa, em


todos os graus, dos necessitados. É um instrumento indispensável para o exercício dos
direitos humanos. No âmbito do processo penal representa papel importante na defesa
técnica para que o princípio da ampla defesa seja exercido. Age em prol das pessoas
hipossuficientes economicamente, aquelas que não tem condições de arcar com as
despesas processuais e honorários advocatícios. O Defensor Público é um garantidor do
princípio da ampla defesa e do contraditório. Pode o magistrado desconstituir uma defesa
privada deficiente e nomear um Defensor Público. O Defensor Público atua em benefício
do acusado zelando pelas garantias do indivíduo perante o Estado acusador garantindo
que princípios como o contraditório, ampla defesa e paridade das armas sejam aplicados.

Advogado: é o defensor constituído pelo acusado, aquele que vai elaborar sua defesa
técnica. O advogado é indispensável à administração da justiça e deve sempre buscar
decisão favorável ao seu constituinte. O acusado tem o direito de consultar um advogado
antes do interrogatório bem como o direito de permanecer calado, o seu silêncio não pode
ser interpretado em seu desfavor. Para atuar deve possuir instrumento de mandato, isto é,
a procuração que deverá ser juntada aos autos do processo criminal. O advogado que atua
na área penal é uma garantia ao acusado.

Assistente de acusação: é a posição ocupada pelo ofendido, ao lado do Ministério Público,


manifesta pretensão contraposta à do acusado. A vítima pode intervir como assistente a
qualquer momento no curso do processo. As atividades do assistente são: propor meios de
prova, reperguntar às testemunhas, participar de debates orais, arrazoar os recursos
interpostos pelo MP ou por ele próprio.

Liberdade Provisória
Conteúdo da prova termina aqui.

Aula 07.10.2019

Atividade B2
Entrega 11.11.2019
Tema: Classificação das Decisões no Processo Penal (interlocutória simples e mista,
terminativas de mérito, com força de Definitiva, sentença de Mérito)
e-mail: marcello.carraro@anhanguera.com

Procedimentos (art. 394 e ss. do CPP)

1. Distinção entre processo e procedimento


Processo é uma relação jurídica que une autor, réu e o Estado-Juiz. A partir dela as partes
estão sujeitas à faculdades e ônus.
Procedimento é a forma como a relação processual evolui. A depender do objeto principal
segue-se um determinado caminho.

2. Sistemas processuais

a) Inquisitivo: é caracterizado pela concentração de funções em um mesmo sujeito


processual. O sujeito processual incumbido de formular a acusação é também aquele que
irá valorar a prova e aplicar o direito ao final.
Obs.: não é porque existe concentração de funções que não há ampla defesa, contraditório
e devido processo legal. Não há incompatibilidade.

b) Acusatório: nesse sistema existe uma clara separação das funções processuais.
Obs.: é o sistema adotado pelo nosso CPP, com ressalvas.
Produção de provas de ofício, de forma supletiva. Isto está na lei apesar de contrariar a
essência do processo acusatório.

c) Misto: juiz de garantia, Itália. Neste sistema a fase judicial é composta por dois momentos
distintos. Uma primeira fase inquisitiva marcada pela presença do chamado “juiz de
garantias”, cabe a este deferir ou indeferir a produção de provas sob manto da reserva de
jurisdição, fazendo a análise de legalidade quanto as mesmas.

Reserva de jurisdição: entende-se como toda providência que depende de expressa


autorização judicial por implicar em relativização de direito ou garantia fundamental.
Exemplo: interceptação telefônica; quebra de sigilo fiscal ou bancário e busca e apreensão
domiciliar.
Já a segunda fase é marcada pela presença “do juiz julgador”, cabendo a este com
base naquilo que a acusação e defesa trouxerem ao processo julgar o mérito da causa.

Obs.: inquérito não faz parte do processo. É um procedimento administrativo ainda que no
bojo do inquérito determinadas situações necessitem de uma autorização judicial. Não há
contraditório nem ampla defesa e também não se formula acusação.

3. Espécies de procedimentos

A) previstos no CPP

a) Comum
- ordinário
- sumário

b) Especiais
- Juri
- Crimes praticados por funcionário público
- Contra a propriedade imaterial

B) Previstos na legislação extravagante

a) Sumaríssimo (lei 9099/95)


b) Eleitoral (Lei 4737/65)
c) Drogas (Lei 11343/06)
d) Competência dos Tribunais (Lei 8038/90) – competência originária

Aula 14.10.2019

Procedimento Comum Ordinário


Previsão legal: CPP

Cabimento: crimes com PPL máxima abstrata igual ou superior a 4 anos, exceto nos casos
de procedimento especial ou conexão.

Procedimento especial: crimes dolosos contra a vida, crime de drogas por exemplo.
Sequência de Atos

1. Oferecimento da peça acusatória

2. Recebimento ou Rejeição da Acusação

3. Citação do Acusado

4. Apresentação da “Resposta à Acusação”

5. Absolvição sumária?

6. Audiência de Instrução e Julgamento

7. Sentença

1. Oferecimento da peça acusatória


Em se tratando de ação penal pública cujo legitimado ativo é o Ministério Público a
peça inicial acusatória é denominada denúncia.
Nos casos de ação penal privada, cujo legitimado ativo é a própria vítima do fato
chamada querelante a peça inicial acusatória é denominada queixa-crime.

Promotor de Justiça atua na primeira instância (juízo estadual).


Procurador de Justiça atua na segunda instância, é o promotor de justiça que atua na
segunda instância estadual.
Chefe do MP Estadual é o Procurador-Geral de Justiça

MP Federal são Procuradores da República, não importa se na primeira ou segunda


instância. Atua na justiça federal da primeira à última instância.
Chefe do MP Federal é o Procurador-Geral da República.

Prazo para oferecimento de denúncia: cinco dias se houver investigado preso. 15 dias se o
investigado estiver solto. Prazo do MP é impróprio. Não perde o direito de oferecer denúncia.
Não gera preclusão.

Junto à denúncia já deve ser oferecido o rol de testemunhas de acusação. Podem ser
arroladas até oito testemunhas por fato imputado ao acusado no procedimento comum
ordinário.

2. Recebimento ou Rejeição da Acusação

Oferecida a peça acusatória caberá ao juiz partindo de uma análise superficial verificar a
presença dos requisitos mínimos formais necessários a dar causa à instalação do processo
penal.
Caso presentes os requisitos a peça será recebida (consequências: interrupção da
prescrição, o investigado agora é formalmente réu).
Se, porém, a peça acusatória no entendimento do magistrado não cumprir os requisitos
mínimos ela será rejeitada. É como se ela fosse indeferida.
No caso de rejeição poderá o interessado recorrer à instância superior por meio do Recurso
em Sentido Estrito.

3. Citação do Acusado
A regra é por oficial de justiça.
No processo penal admite-se a citação por:
1. citação pessoal feita pelo oficial de justiça (essa é a regra). O juiz expede um mandado
de citação. É pessoal mesmo.
2. citação por edital: é cabível quando o indivíduo estiver em local ignorado. Paradeiro do
acusado é incerto.
Caso o citando não compareça em juízo tampouco nomeia advogado, por força do art. 366
do CPP, o juiz determinará a suspensão do processo e também da prescrição.
3. citação por hora certa: é reservada aos casos em que o oficial de justiça se convence de
que o acusado está se furtando à ação da justiça, ou seja, dificultando intencionalmente o
ato de citação.

4. Apresentação da “Resposta à Acusação”


Na resposta à acusação devem ser trazidos todos os argumentos favoráveis à defesa,
incluindo as questões processuais bem como de mérito. Também é o momento oportuno
para a apresentação das exceções processuais. Deve ser apresentada no prazo de dez
dias, caso o acusado não nomeie advogado ou em havendo nomeação o advogado deixe
de apresentar a defesa caberá ao magistrado nomear um advogado dativo ou determinar
a remessa dos autos à defensoria pública. De qualquer forma haverá defesa técnica no
processo. Não há processo penal sem defesa técnica.
Obs.: aqui é o momento oportuno para que a defesa apresente o seu rol de testemunhas.

5. Absolvição sumária?
É uma absolvição antecipada.
Após a manifestação escrita da acusação e da defesa, caso o juiz esteja convicto de uma
das quatro hipóteses a seguir será o réu absolvido sumariamente.
a) atipicidade do fato
b) causa de exclusão de ilicitude, também chamadas de justificantes
c) excludentes de culpabilidade, também chamadas de dirimentes
d) extinção da punibilidade

6. Audiência de Instrução e Julgamento


a) declaração do ofendido, que é a vítima, que é parte no processo. A figura do ofendido
não se confunde com a das testemunhas. A sua inquirição, o seu questionamento, é feita
diretamente pelo interessado, ou seja, a acusação lhe pergunta de forma direta, após as
perguntas são feitas pela defesa também de forma direta e ao final, caso o magistrado
entenda que há algum ponto a ser esclarecido questionará diretamente o ofendido.

b) oitiva das testemunhas de acusação: feita da mesma maneira, segue a mesma


sistemática da oitiva do ofendido. Primeiro pergunta a acusação depois a defesa. Ao final o
juiz.

c) oitiva das testemunhas arroladas pela defesa: primeiro pergunta a defesa depois a
acusação. Ao final o juiz. É o único momento em que a defesa fala primeiro e a acusação
depois.
d) esclarecimentos dos peritos (não é comum que o perito compareça à audiência)

e) fase de acareação: retomada das oitivas confrontando.

f) reconhecimento de pessoas e coisas: arma do crime, fulano.

g) interrogatório do acusado: tornou-se uma oportunidade de defesa

Aula 21.10.2019

Procedimento Comum Ordinário

Fase pré-processual – Inquérito Policial é um procedimento, não existe a formulação de


uma acusação. É realizado pela autoridade policial, preside o inquérito. A finalidade é
esclarecer os fatos, buscar materialidade e autoria. Binômio materialidade e autoria.
Ninguém é condenado ou absolvido por isso no inquérito não há o contraditório e ampla
defesa. É um procedimento e não um processo. Busca-se o esclarecimento dos fatos. O
inquérito não é indispensável. Não é o único instrumento investigativo. É conduzido dentro
da polícia judiciária. Receita Federal, INSS, Fiscalização Ambiental podem investigar.

- Instauração: auto de prisão em flagrante, por portaria determinando o início da


investigação ou através de um requerimento chamado de notícia crimes.

- Prazo: 10 dias se o investigado estiver preso (caso de prisão em flagrante) e 30 dias se o


investigado não estiver preso. 30 dias pode ser prorrogado – 30 mais 30 mais 30… No caso
dos 10 dias é interessante que não se prorrogue para que o investigado

- Conclusão: relatório encerra o inquérito policial. Não importa se teve sucesso ou não.
Relata o que foi ou não produzido no inquérito. Relata o resultado das diligências realizadas.
O que apurou ou deixou de apurar.

- Remessa: em regra o inquérito é remetido ao MP. Se crime de competência federal MP


Federal, se estadual, MP Estadual, se militar MP Militar Federal. Exceção é o MP do
Trabalho que não tem atribuição criminal. Recebido pode entender que:

i) devolução com “cota”: MP analisou as diligências e não se deu por satisfeito pois entende
que há providências pendentes. Os autos do inquérito são devolvidos à Polícia, à
autoridade policial. Ex.: determinada perícia não foi feita, perícia na arma. A cota é um breve
lançamento.
ii) pedido de arquivamento: pedido de arquivamento é feito ao juiz. MP não tem competência
para arquivar. Se o juiz concorda o inquérito encerra, mas se o juiz entender que não manda
para o chefe do MP, Procurador Geral de Justiça se Estadual. Se o órgão superior do MP
insistir no arquivamento o juiz nada pode fazer para que não haja usurpação. Se o chefe
concorda com o juiz ele mesmo oferece.
iii) oferecimento da ação penal: MP analisa o inquérito e oferece a denúncia. Prazo de 5
dias se o investigado estiver preso e 15 dias se estiver solto. Perda do prazo de 5 dias o
investigado pode requerer revogação da prisão. Perda do prazo de 15 dias nada acontece.

Fase Processual
1. Oferecimento da Peça Acusatória: em regra é uma denúncia mas pode ser uma queixa
crime. Com a inicial deve ser anexado o rol de testemunhas. 8 testemunhas por crime
imputado ao acusado. Prazo de 5 dias se o investigado estiver preso e 15 dias se estiver
solto.

2. Recebimento ou Rejeição: recebida a denúncia o indivíduo passa a ser réu. O juiz recebe
a denúncia ou não mas não é antecipação de julgamento. É preliminar, superficial. Análise
prelibatória. Juiz nem fundamenta para não se tornar impedido, não pode pré julgar a causa,
não pode antecipar julgamento, não fundamenta apesar do artigo 96 da CF. Receber e
rejeitar não tem sinônimo. É recebimento ou rejeição.
Sujeito vira réu e a certidão no fórum passa a ser positiva. Não é antecedente criminal.
Ocorre a interrupção da prescrição com o recebimento da denúncia.
Prescrição ocorre na maioria das vezes entre o crime e o recebimento da denúncia.
Recurso em Sentido Estrito (RESE ou RSE)

3. Citação: recebida a peça acusatória o juiz manda citar o réu.


A regra é pelo Oficial de Justiça pessoalmente, citação por edital (local incerto e não sabido),
citação por hora certa (quando tenta ludibriar). No caso da citação por edital se o indivíduo
não comparece nem tampouco nomeia advogado artigo 366 do CPP. Processo não pode
seguir em revelia. Suspende o processo e a prescrição também é suspensa. É expedido
um mandado de prisão pelo juiz. Pode ser preso onde quer que esteja. A suspensão é pelo
período máximo do prazo prescricional.

4. Defesa – Resposta à Acusação é a peça processual (prima da Contestação). Rol de


testemunhas, 8 por fato. Processo não avança sem resposta à acusação. Ampla defesa
através da defesa técnica e da auto defesa (silêncio). Defesa técnica é indeclinável. Não
pode dispensar. Pode abrir mão da auto defesa, da defesa técnica não. Advogado dativo,
defensor público ou advogado constituído pelo indivíduo.

5. Absolvição Sumária: absolvição antecipada. Se o juiz estiver em dúvida não absolve.


Só se estiver convicto. Aí vai a fundo na análise de provas.
Fato evidentemente atípico.
Justificantes (excludentes de ilicitude) ou dirimentes (excludentes de culpabilidade)
Extinta a punibilidade.

6. Audiência de Instrução e Julgamento

Acusação fala primeiro.

a) Oitiva vítima: primeiro o promotor pergunta para a vítima.


b) Oitiva testemunhas da Acusação
c) Oitiva testemunhas de Defesa
d) Esclarecimentos do perito
e) Acareação
f) Reconhecimento de Pessoas e Coisas
g) Interrogatório: ato privativo do juiz. Acusado fala se quiser. O silêncio não gera presunção
em desfavor. Antes de 2012 o interrogatório era o primeiro ato, era um meio de prova,
versão dos fatos antes das testemunhas. Hoje é um dos últimos atos instrutórios, tornou-
se um meio de defesa. Pode explorar as fraquezas nas narrativas, por exemplo.
Terminado o interrogatório pode haver pedidos de diligência.

h) Pedidos genéricos: oportunidade para as partes pedirem algo. Um laudo por exemplo. A
audiência então é encerrada. O pedido tem que ser acatado pelo juiz.

i) Alegações Finais: feitas oralmente.

j) Sentença

7. Diligências Complementares

8. Memoriais: peça escrita da alegação final.

9. Sentença:

Aula 28.10.2019

Procedimento Comum Sumário (Art. 394, inc. II, CPP)

Cabimento: aos crimes com PPL máxima abstrata inferior a 4 anos (Obs.: desde que
incabível qualquer outro procedimento especial) – contra a vida, eleitoral, prerrogativa de
função

Atenção: Aos crimes de menor potencial ofensivo (Lei 9099/95) em que o réu não for
localizado para citação pessoal será aplicado o procedimento Sumário.
No rito sumaríssimo não se faz citação por edital, então se aplica o Sumário.
Crimes de menor potencial ofensivo: PPL máxima abstrata de até 2 anos, começa no
sumaríssimo mas o acusado não foi encontrado.

Há 2 diferenças entre o Procedimento Comum Ordinário e Sumário, a saber:


1) 5 Testemunhas
2) Alegações finais orais: é obrigatório. Não há previsão por escrito mas na prática tem
Memoriais.

Procedimento Especial da Lei 11.343/06 (Drogas) Legitimado sempre o MP. É


incondicionada.
Exceção: art. 28 – droga para consumo

- Segue a sequência do Procedimento Comum Ordinário, exceto:


1) Prazo do IPL (inquérito policial): 30 dias investigado preso, 90 dias investigado solto.
Lembrando no CPP 10 e 30 dias.
Havendo necessidade os prazos poderão ser duplicados (Art. 51, 11343/06)

2) Número de testemunhas – 5 (por fato imputado ao acusado)


Prazo para o MP oferecer Denúncia – 10 dias (Art. 54)
No CPP: 5 dias preso, 15 dias se investigado solto.

3) Defesa Prévia em 10 dias (Art. 55):


Peça acusatória – juiz recebe ou rejeita – se recebe manda citar o denunciado, uma vez
citado denunciado apresenta resposta à acusação.
Na Lei de Drogas é diferente. MP oferece a peça acusatória – antes de receber ou rejeitar
o juiz manda intimar o acusado para que apresente defesa preliminar, prévia, pré-
processual, depois disso o juiz vai decidir se recebe ou rejeita a peça acusatória. Se recebe
interrompe a prescrição e o indivíduo passa a ser réu.

4) Momento do Interrogatório (Art. 57): interrogatório como primeiro ato da audiência. Hoje
a maioria dos juízes aplica o CPP jogando o interrogatório para o final da audiência.
Obs.: Alegações finais escritas são denominadas memoriais.

Procedimento Sumaríssimo (Lei 9.099/95 e 10.259/01) Juizado Especial Civil e Criminal no


âmbito estadual, a outra no âmbito federal, respectivamente. São normas híbridas, tem
disposições de direito penal e processo penal, conteúdo material e processual.

Previsão Constitucional: Art. 98, I, CF.

1) Conceito de crime de menor potencial ofensivo: é todo aquele cuja pena máxima abstrata
seja de até dois anos.
Também estarão sujeitos ao procedimento sumaríssimo todas as contravenções penais
independentemente da pena abstrata, ainda que seja superior a dois anos e os crimes para
os quais seja prevista de forma abstrata somente pena de multa (art. 28 da lei de drogas,
posse de drogas para consumo pessoal).
Obs.: há entendimento no STF e no STJ que eventual concurso de crimes deverá ser
considerado na aplicação ou não do procedimento sumaríssimo.

Quem não estará sujeito aos mandamentos do procedimento sumaríssimo:


1. Crimes militares (estão fora da 9099)
2. Crimes de competência originária dos tribunais (deputado estadual, prerrogativa de
função, processo não vai para o Jecrim) – não aplico o procedimento mas aplico os
institutos.
3. Crimes eleitorais que envolvam como pena a perda ou cassação do mandato.

2) Princípios
Oralidade
Celeridade
Informalidade (simplicidade)
Economia Processual

3) Institutos
Art. 60, caput – Termo Cirsunstanciado de Ocorrência (TCO)
Art. 60, parágrafo único – Prisão em flagrante
Art. 74 – composição com o Ofendido
Art. 76 – Transação Penal
Aula 04.11.2019

Proc. Sumaríssimo (Lei 9.099/95 e 10.259/01)

Institutos

1. Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) – Art. 60


Em se tratando de crime de menor potencial ofensivo a autoridade policial dispensará a
instauração do inquérito policial (IPL) substituindo-o pelo TCO, ou TC. Trata-se de um
boletim de ocorrência circunstanciado no qual caberá à autoridade policial consignar todos
os elementos necessários à elucidação do fato.
Obs.: é um BO mais completo, mais detalhado.
Se, porém, o fato, ainda que de menor potencial ofensivo, demandar uma investigação mais
complexa, deverá neste caso ser instaurado o inquérito.
Em se tratando de flagrante delito de crime de menor potencial ofensivo não será lavrado
a auto de prisão em flagrante se o autor do fato se comprometer a comparecer em juízo
quando intimado.

2. Composição com o Ofendido – Art. 74


Nos crimes de ação penal privada e nos crimes de ação penal pública condicionada à
representação do ofendido celebrado o acordo de natureza civil em autor e vítima haverá
automaticamente renúncia ao direito de queixa e representação, ocasionando a extinção
da punibilidade.

3. Transação Penal – Art. 76


Nos crimes de ação penal pública poderá o Ministério Público “propor um acordo” antes
mesmo do oferecimento da denúncia. A transação consiste na aplicação imediata de uma
pena restritiva de direito em troca do não oferecimento da denúncia.
São requisitos para o cabimento da transação penal:
1. Crime de menor potencial ofensivo
2. Crime de ação penal pública
3. O interessado nunca tenha sido condenado à pena privativa de liberdade.
4. Que o interessado não tenha se beneficiado de outra transação penal nos últimos 5 anos.
5. Que a culpabilidade indique que a transação seja suficiente.
Culpabilidade é juízo de valor.

Quem oferece a transação é o MP, o juiz só homologa.

4. Suspensão Condicional do Processo – Art. 89


“Surcis” processual.
Oferecida a peça acusatória pelo MP, isto é, a denúncia, poderá o membro do parquet
propor em conjunto com a denúncia a suspensão condicional do processo. Tal instituto
consiste na suspensão do processo por um período de 2 a 4 anos, chamado período de
prova, no qual o réu ficará sujeito às restrições impostas. Ao final do prazo sem a revogação
do benefício será declarada extinta a punibilidade, evitando-se uma eventual condenação.
Requisitos para a concessão do benefício:
1. Que o fato seja punido com pena mínima abstrata igual ou inferior a um ano.
2. Que o réu não esteja sendo processado nem nunca tenha sido processado por outro
crime.
3. Que a culpabilidade indique o cabimento da medida.
Obs.: a suspensão condicional do processo somente será deferida após o recebimento da
denúncia.
Obs.: não confundir suspensão condicional do processo (“surcis” processual) com
suspensão condicional da pena.
Obs.: Súmulas
a) SV 35
b) 696 e 723 – STF
c) 243 – STJ

Procedimento
a) Fase Preliminar: conduzida por mediadores e conciliadores.
Audiência preliminar. Audiência de conciliação.
Tentada a composição. Se não houver acordo o promotor já pode oferecer a denúncia, mas
não é comum.
b) Procedimento Sumaríssimo: audiência de instrução e julgamento. Presidida por um juiz.
Peça acusatória
Citação: tem que ser pessoal, senão manda para o sumário.
Defesa (pode ser oral ou por escrito)
Recebimento ou Rejeição
Oitivas
Sentença

Aula 11.11.2019

Procedimento do Juri (art. 405 e ss, CPP)

Fundamento Constitucional: art. 5º, XXXVIII, CF

Competência: crimes dolosos contra a vida. Aborto, homicídio doloso, indução ao suicídio,
infanticídio.

Composição: 7 juízes leigos (conselho de sentença)/1 juiz togado. Não existe hierarquia.
Os jurados têm absoluta autonomia. São soberanos.
Características: colegiado e heterogêneo

Princípios:
Plena defesa: as partes podem lançar meio de uma argumentação extra jurídica. Qualquer
argumento é válido no plenário do júri. Nem racional precisa ser. É para convencer os
jurados. A decisão dos jurados não tem fundamento. Não justificam. Não identifica quem
votou o que.
Sigilo das votações: os jurados votam sim e não.
Soberania dos vereditos: ninguém muda, nem o juiz togado nem o tribunal.
Competência mínima: crimes dolosos contra a vida, mas pode ter mais.
Obs.: todo ser humano é um homicida em potencial. Ideia do tribunal de juri, julgado por
seus pares.

Característica Procedimento Escalonado (duas fases distintas)

Procedimento
1ª fase: sumário da culpa – reprodução do procedimento comum ordinário com poucas
diferenças
1. Peça acusatória: denúncia oferecida pelo MP
2. Recebimento ou Rejeição: juiz recebe ou rejeita
3. Citação: recebida o juiz determina a citação
4. Resposta à acusação: prazo de 10 dias depois de citado, rol de testemunhas
5. Vista ao MP: abre-se vista ao MP, não está previsto no procedimento ordinário.
6. Audiência de Instrução e Julgamento
7. Alegações Finais
8. Decisão

Desclassificação (Art. 419, CPP) entenda-se reclassificar o crime tirando a competência do


Tribunal do Juri
Impronúncia (Art. 414, CPP): contexto probatório frágil. Não afirma nada. É como se fosse
um arquivamento. Não está condenado mas também não está absolvido. O juiz vai
impronunciar.
Pronúncia (Art. 413, CPP): há elementos de autoria e materialidade. O Juiz vai pronunciar
o acusado. Manda para o plenário. Vai para o juri popular.
Absolvição Sumária (Art. 415, CPP):
Hipóteses:
Todas elas se baseiam na certeza absoluta:
1. Inexistência do fato
2. Não ser o réu autor ou partícipe: o fato aconteceu
3. Atipicidade do fato: não é fato típico
4. Dirimentes ou justificantes: excluem a culpabilidade (dirimentes) ou a ilicitude

Obs.: no caso de inimputabilidade o acusado somente será absolvido sumariamente se não


houver nenhuma outra tese defensiva mais benéfica. Negativa de autoria por exemplo.

No caso de pronúncia inicia-se a segunda fase.

2ª fase: Juízo da Causa (pronúncia)

Art. 422 do CPP


1. Prazo de 5 dias para as partes indicarem o rol de testemunhas (5) e documentos.
2. Designação de data e hora do julgamento.
3. Instrução em plenário
3.1. Oitiva do ofendido (primeiro quem pergunta é o juiz, depois o MP, assistente de
acusação e a defesa). Juízes leigos também podem perguntar.
3.2. Oitiva das testemunhas (acusação e defesa). Primeiro juiz, depois o MP, assistente de
acusação e em seguida a defesa.
3.3 Interrogatório do acusado
3.4 Debates orais
1h 30 MP: acusação
1h 30 Defesa
1h réplica: acusação oferece réplica.
1h tréplica: para a defesa

4. Votação dos jurados:


5. Sentença

Obs.: Ordem dos Quesitos


1. Materialidade
2. Autoria
3. O jurado absolve o acusado?

Aula 18.11.2019

Procedimento do Juri (continuação)

Procedimento escalonado
- 1ª fase – sumário da culpa: muito semelhante ao procedimento comum ordinário
- 2ª fase – juízo da causa

4 possibilidades finda a instrução no sumário da culpa


Pronúncia (recurso em sentido estrito - REZE): juiz togado se convence que há elementos
de crime doloso contra a vida e encaminha para o Tribunal do Juri.

Desclassificação (recurso em sentido estrito): não se trata de crime doloso contra a vida.

Impronúncia (apelação): juiz togado entende que não há elementos mínimos de autoria e
materialidade. Se surgirem novos elementos o MP pode fazer nova denúncia. Não é uma
absolvição. Não é absolvido nem condenado. Processo é arquivado.

Absolvição sumária (apelação): enfrenta o mérito, é uma sentença.


Somente em caso de pronúncia tenho a segunda fase.

Obs.: debates orais em Plenário

É proibido juntar documento novo e o uso de “argumentos de autoridade”.


O uso de algemas será feito quando necessário. (presos preventivamente) – pré disposição
dos jurados
Obs.: Serão feitas tantas sequências de quesitos quantos forem os crimes imputados ao
acusado.

Obs.: ausências no plenário


- MP: juiz adia
- Advogado: adiado na primeira vez, juiz notifica a defensoria pública
- Acusado: se solto foi intimado e não compareceu é julgado à revelia, se não foi intimado
juiz adia o julgamento.
- Testemunhas: se não comparecer condução coercitiva.
- Jurados:

Obs.: jurados considerados funcionários públicos para fins penais enquanto no


desempenho da função. Crimes próprios dos agentes públicos. Crimes funcionais.

Quesitos tem uma ordem lógica:


- o primeiro diz respeito à materialidade, se sim
- foi o fulano (autoria), se sim
- o juri absolve o fulano?
Daqui em diante os demais quesitos vão ser formulados de acordo com as teses
apresentadas por acusação e defesa.

Ampla defesa: todos os meios com argumentação jurídica.

Plena defesa: qualquer tipo de argumento, jurídico ou extra jurídico. No Tribunal do Juri a
decisão compete a leigos e não ao juízo técnico. Não é preciso fundamentar. Foge da
argumentação jurídica.

Sigilo das votações: não se revela o teor do voto. São sete jurados. No quatro para.

Soberania dos vereditos: aquilo que foi votado pelos jurados nem o juiz togado muda. Nem
o tribunal em caso de recurso pode mudar o que foi decidido pelos jurados.

No Tribunal do Juri o recurso é limitado. Posso questionar partes do que foi decidido. Ataco
fragmentos da decisão. Pode ocorrer que seja submetido a um novo corpo de jurados.

Desaforamento: envio do processo de uma comarca para outra por questões pré definidas.
Comum em cidades pequenas. Repercussão social do fato. Risco de corpo de jurados
parcial.

Procedimentos comum ordinário, sumário, sumaríssimo, drogas, funcional e juri.

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