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Aula 05.08.2019
Prova: 30 de setembro B1
Atividade avaliativa: 16 de setembro – grupos de até 08 pessoas – tema do trabalho será
abordado na prova
Prisões
Medidas Cautelares
Sujeitos Processuais
Procedimentos
Noções Iniciais
Prisões
Modalidade:
1 – Pena (penal)
2 – Processual - provisória: Preventiva (CPP), Temporária (lei 7960/89), Flagrante (CPP)
3 – Civil (alimentos)
4 – Administrativa: a) militares – CCPM; b) extradição (lei 6.815/80 – estatuto do estrangeiro)
5 – Averiguação (vedada pela CF) → abuso de autoridade
Obs.: quem vai preso recebe uma via do Mandado de Prisão para que saiba o motivo e o
fundamento legal da prisão. Há também a identificação de quem cumpre o mandado de
prisão.
Aula 12.08.2019
Processo Penal II
https://letsqueiroz.jusbrasil.com.br/artigos/339694551/sujeitos-do-processo-penal
Peculiaridades:
a) modalidade de prisão processual (prisão processual não viola o princípio da presunção
de inocência)
b) é lavrada, isto é, decidida, por uma autoridade policial/administrativa
c) qualquer do povo pode prender em flagrante delito, a autoridade policial e seus agentes
devem prender quando estiverem em uma situação de flagrante delito
d) independe de mandado de prisão
Modalidades:
a) flagrante facultativo: aquele facultado a qualquer do povo
b) flagrante obrigatório: constitui um dever da autoridade policial e seus agentes
c) flagrante próprio ou real: ocorre quando o indivíduo é surpreendido enquanto pratica ou
quando acabou de praticar (artigo 302, incisos I e II)
d) flagrante impróprio ou quase flagrante: quando o indivíduo é surpreendido logo após
praticar o crime (inciso III, primeira parte)
e) flagrante ficto ou presumido: quando o indivíduo é surpreendido logo depois à prática do
crime em situação que faça ser ele o autor presumido do fato (artigo 302, inciso IV do CPP)
f) flagrante esperado: ocorre quando a polícia através de informações recebidas por
qualquer meio se prepara para uma eventual situação futura que pode vir ou não a
acontecer. Neste caso é pacífico o entendimento da absoluta legalidade da prisão caso ela
venha a ocorrer. Flagrante válido.
g) flagrante prorrogado, retardado ou postergado (lei 12850 de 2013): confere maior
efetividade, flagrante válido.
h) flagrante provocado: agentes de segurança tomam parte ativa, crime impossível,
flagrante nulo, relaxado
Sujeitos do flagrante
1. Condutor/apresentante
2. Testemunhas
3. Conduzido/apresentado
Sujeito Passivo/autor
Aula 26.08.2019
Prisão em flagrante
Espécies (…) Forjado: situação material é adulterada pelo agente da segurança pública, é
mais grave ainda. É flagrante nulo. É forjada, criada, a prova é plantada, é uma falsa
situação de flagrante. Houve uma deturpação da realidade. Relaxado o flagrante.
4. Interrogatório
→ os detidos serão interrogados um a um, individualmente, a boa prática determina que os
policiais que efetuaram a prisão também não acompanhem.
- Direito ao silêncio: é um direito constitucional. Não gera nenhum tipo de presunção em
seu desfavor.
- Presença do advogado: pode acompanhar o interrogatório imediatamente. Não precisa de
procuração. Advogado só acompanha, não pode interferir, não responde. Só pode orientar.
- Direito de comunicar seu advogado e alguém de sua família também.
6. Emissão da nota de culpa: recibo da prisão com duas informações, ou seja, o motivo pelo
qual o sujeito está sendo preso, o crime ou os crimes e o nome da autoridade que efetuou
a prisão. Porque está preso e quem prendeu. Não tem nada a ver com confissão. Não é
uma concordância com aquilo que está sendo imputado. A nota de culpa deve ser passada
em 24 horas. O sujeito não pode ficar detido indefinidamente.
Obs.: culpa não é sinônimo de responsabilidade.
Está concluído o Auto de prisão em flagrante.
Ele deverá ser remetido ao Poder Judiciário. Crime estadual - comarca, crime federal para
o juiz federal.
Se o preso declara que não tem advogado é necessário o envio de cópia do auto de prisão
para a Defensoria Pública. Hoje enviado eletronicamente.
Obs: prazo de 24h não tem relação com a situação de flagrante, mas sim com o prazo para
entrega da Nota de Culpa ao preso e remessa integral dos autos ao juiz, sob pena de
relaxamento da prisão.
Também deverão receber cópia dos autos o MP (por força de sua Lei Orgânica) e a
Defensoria Pública (quando não tiver advogado).
Obs: existe um projeto de lei que pretende inserir a audiência de custódia no CPP, porém
ainda não foi convertido em lei. Assim, hoje, o fundamento normativo do citado
procedimento é a mencionada Resolução do CNJ, que de acordo com a doutrina majoritária
tem força normativa originária.
Flagrante delito
Comunicações
- Juiz
- MP
- Defensoria Pública
No caso de flagrante:
1. Verificar a legalidade do procedimento
Se constatado vício o juiz relaxa o flagrante. É o correto, o juiz não anula e sim relaxa o
flagrante. Se o flagrante estiver perfeito o juiz vai homologar o flagrante.
2. Conceder Liberdade Provisória: mediante fiança, é uma garantia que o sujeito paga em
dinheiro.
Medidas cautelares (são providências processuais) alternativas: tornozeleira eletrônica,
entregar o passaporte, recolhimento domiciliar, proibição de se aproximar de testemunhas,
proibição de frequentar determinados lugares.
3. Decretar a Prisão Preventiva: se não for o caso de conceder liberdade provisória. Vai
para o CDP. Não tem prazo. Dura enquanto perdurarem os motivos.
Pressupostos: ambos devem estar presentes. Prova de autoria (quem foi) e prova de
materialidade, da existência do crime (pó branco é droga, por exemplo).
A. Prova da materialidade e
B. Indícios suficientes de autoria (tudo leva a crer que aquele crime foi praticado por aquela
pessoa, não é certeza mas também não podem ser meros indícios) +
Hipótese de Cabimento:
1. Crime Doloso punido com reclusão a PPL superior a 4 anos; ou
2. Reincidente em crime Doloso; ou
3. Violência doméstica ou familiar quando necessário para adoção das medias protetivas;
ou
4. Dúvidas quanto à identidade do indivíduo
Fundamentos:
2. Garantia da Ordem Econômica: este fundamento tem como objetivo fortalecer a atuação
estatal no combate aos crimes previstos na lei que trata da ordem econômica (lei contra
crimes da ordem econômica).; ou
4. Garantia de Aplicação da Lei Penal: neste caso a prisão preventiva tem por objetivo evitar
que o indivíduo empreenda fuga frustrando a sua eventual condenação. Entretanto, são
necessários indícios concretos dessa eventual fuga. Foi tirar passaporte, tornou líquido seu
patrimônio. Preciso de elementos concretos.; ou
Quem decreta?
Somente o juiz decreta a prisão preventiva. Competência privativa da autoridade judicial,
membro do judiciário. Somente membros do poder judiciário (juiz, desembargador e
ministros).
A pedido de quem:
a) O juiz, de ofício, durante a fase processual;
b) A autoridade policial, mediante representação, durante a investigação policial;
c) O MP mediante requerimento, durante qualquer fase.
Quando?
Durante a investigação policial e na fase da instrução processual. Pode ser decretada até
o trânsito em julgado da sentença condenatória. Desde a instauração do inquérito até o
trânsito em julgado. Tanto na fase de investigação quanto na fase processual.
Aula 09.09.2019
Hipóteses: crime doloso PPL reclusão superior a 4 anos, reincidente em crime doloso,
violência doméstica ou familiar, dúvida fundada quanto a identidade da pessoa. Os
requisitos são alternativos.
Crime culposo não cabe e também as excludentes de ilicitude.
Quem decreta?
Quando?
Durante a investigação policial e na fase da instrução processual. Pode ser decretada até
o trânsito em julgado da sentença condenatória. Desde a instauração do inquérito até o
trânsito em julgado. Tanto na fase de investigação quanto na fase processual.
1. O juiz pode decretar de ofício na fase processual portanto na fase de investigação o juiz
não age de ofício, tem que ser provocado.
2. Na fase investigativa (durante o inquérito policial) o delegado de polícia pode representar
ao juiz competente pela prisão preventiva de alguém, ouvindo-se sempre o membro do
Ministério Público (titular da ação penal).
3. O Ministério Público (titular da ação penal) pode requerer à autoridade competente que
é o juiz, pela prisão preventiva tanto na fase investigativa quanto na fase processual.
Onde é cumprida?
É cumprida nos Centros de Detenção Provisória. Não vai para a penitenciária nem para a
colônia penal.
Prisão Temporária – (Lei 7.960/89). Não está no CPP e sim em uma lei específica. Mais
voltada para a fase da investigação. Tem requisitos mais brandos. É mais passageira. Tem
prazo pré estabelecido. Cinco dias prorrogáveis por mais cinco. Tem requisitos mais
genéricos. Prendo para encontrar a prova. Vocacionada para a investigação policial. Na
prática é mais fácil do juiz conceder.
Pressupostos:
1. Prova da materialidade (fumus boni iuris) e
2. Indícios suficientes de autoria do crime. (periculum em mora)
Fundamentos
1. Imprescindível para a investigação; ou
2. Indiciado sem residência fixa; ou
3. Indiciado com identidade desconhecida ou duvidosa.
Hipóteses de Cabimento
1. Homicídio doloso
2. Sequestro e cárcere privado
3. Roubo
4. Extorsão
5. Estupro
6. Epidemia com morte
Etc.
Quem decreta?
É o juiz. Somente autoridade judicial.
Quando?
A prisão temporária só é decretada na fase da investigação policial.
Quanto tempo?
Regra: cinco dias, excepcionalmente prorrogáveis por mais cinco dias. Exceção: trinta dias,
excepcionalmente, em caso de absoluta necessidade prorrogável por mais trinta quando
se tratar de crimes hediondos e equiparados (tráfico, tortura e terrorismo).
Também passa pela audiência de custódia. Juiz analisa as condições em que se deu a
prisão, se não houve abuso ou uso de força desnecessária.
Aula 16.09.2019
Prisão processual não é antecipação de pena. É uma medida cautelar. Não significa que
vai haver condenação. Não ocorre a violação do princípio da presunção de inocência. A
Cautelar serve para preservar o mérito.
Fundamentos:
- Aplicação da lei penal
- Garantia da investigação ou instrução penal
- Evitar a prática de novos crimes ou garantia da ordem pública
A. Quem decreta?
Quem decreta única e exclusivamente pela autoridade judicial.
B. Quando?
Tanto na fase investigativa, de inquérito policial, e também na fase processual. Na fase
processual o juiz pode decretá-las de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público.
Na fase da investigação, ou seja, de inquérito, o juiz não pode decretar de ofício. Ele vai
depender de representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério
Público.
Obs.: de acordo com a redação do CPP (artigo 282, § 3º) sempre que possível deve o
magistrado antes de aplicar qualquer cautelar alternativa dar oportunidade para a defesa
se manifestar.
Conceito
É uma garantia prestada em dinheiro, pedras ou metais preciosos, títulos da dívida pública
ou por hipoteca de imóvel inscrita em primeiro lugar que garante ao flagranteado e ao
acusado (réu em processo penal) a possibilidade de aguardar em liberdade o avanço da
persecução penal (sequência de atos praticados pelo Estado na busca da aplicação da lei
penal).
Quem aplica?
A autoridade policial no momento da lavratura do auto de prisão em flagrante nos
casos de crime com pena privativa de liberdade máxima abstrata de até 4 anos. Ex. Furto
simples. O valor pode variar entre 1 e 100 salários-mínimos (considerando o crime e a
condição financeira do detido).
A fiança poderá também ser arbitrada pelo magistrado em qualquer caso. O valor
ficará entre 10 a 200 salários-mínimos considerando a gravidade do crime e a condição
financeira do detido).
Obs.: a fiança arbitrada pela autoridade policial (delegado) pode ser revista pelo juiz que
poderá revogá-la, reduzir o seu valor, aumentar o seu valor ou mesmo aplicá-la caso isso
não tenha sido feito antes.
Qual valor?
Ministério Público: é um órgão independente. Não pertence a nenhum dos três poderes.
Tem autonomia administrativa. O Ministério Público é dividido em Ministério Público da
União e Ministério Público dos Estados. A função do Ministério Público é a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesse sociais e individuais indisponíveis. Os
interesses sociais são aqueles difusos e coletivos (meio ambiente, consumidor, portadores
de deficiência, idosos). Os interesses individuais indisponíveis são aqueles relacionados,
por exemplo, com o direito à vida, saúde, liberdade. O Ministério Público é o titular da ação
penal e sua atuação é fundamental na persecução criminal, ou seja, nos atos do Estado
em busca da aplicação da lei penal.
Promove em caráter privativo a ação penal pública. Provoca a atividade jurisdicional para
que seja apreciada e decidida uma pretensão punitiva. Fiscaliza a execução da lei.
Advogado: é o defensor constituído pelo acusado, aquele que vai elaborar sua defesa
técnica. O advogado é indispensável à administração da justiça e deve sempre buscar
decisão favorável ao seu constituinte. O acusado tem o direito de consultar um advogado
antes do interrogatório bem como o direito de permanecer calado, o seu silêncio não pode
ser interpretado em seu desfavor. Para atuar deve possuir instrumento de mandato, isto é,
a procuração que deverá ser juntada aos autos do processo criminal. O advogado que atua
na área penal é uma garantia ao acusado.
Liberdade Provisória
Conteúdo da prova termina aqui.
Aula 07.10.2019
Atividade B2
Entrega 11.11.2019
Tema: Classificação das Decisões no Processo Penal (interlocutória simples e mista,
terminativas de mérito, com força de Definitiva, sentença de Mérito)
e-mail: marcello.carraro@anhanguera.com
2. Sistemas processuais
b) Acusatório: nesse sistema existe uma clara separação das funções processuais.
Obs.: é o sistema adotado pelo nosso CPP, com ressalvas.
Produção de provas de ofício, de forma supletiva. Isto está na lei apesar de contrariar a
essência do processo acusatório.
c) Misto: juiz de garantia, Itália. Neste sistema a fase judicial é composta por dois momentos
distintos. Uma primeira fase inquisitiva marcada pela presença do chamado “juiz de
garantias”, cabe a este deferir ou indeferir a produção de provas sob manto da reserva de
jurisdição, fazendo a análise de legalidade quanto as mesmas.
Obs.: inquérito não faz parte do processo. É um procedimento administrativo ainda que no
bojo do inquérito determinadas situações necessitem de uma autorização judicial. Não há
contraditório nem ampla defesa e também não se formula acusação.
3. Espécies de procedimentos
A) previstos no CPP
a) Comum
- ordinário
- sumário
b) Especiais
- Juri
- Crimes praticados por funcionário público
- Contra a propriedade imaterial
Aula 14.10.2019
Cabimento: crimes com PPL máxima abstrata igual ou superior a 4 anos, exceto nos casos
de procedimento especial ou conexão.
Procedimento especial: crimes dolosos contra a vida, crime de drogas por exemplo.
Sequência de Atos
3. Citação do Acusado
5. Absolvição sumária?
7. Sentença
Prazo para oferecimento de denúncia: cinco dias se houver investigado preso. 15 dias se o
investigado estiver solto. Prazo do MP é impróprio. Não perde o direito de oferecer denúncia.
Não gera preclusão.
Junto à denúncia já deve ser oferecido o rol de testemunhas de acusação. Podem ser
arroladas até oito testemunhas por fato imputado ao acusado no procedimento comum
ordinário.
Oferecida a peça acusatória caberá ao juiz partindo de uma análise superficial verificar a
presença dos requisitos mínimos formais necessários a dar causa à instalação do processo
penal.
Caso presentes os requisitos a peça será recebida (consequências: interrupção da
prescrição, o investigado agora é formalmente réu).
Se, porém, a peça acusatória no entendimento do magistrado não cumprir os requisitos
mínimos ela será rejeitada. É como se ela fosse indeferida.
No caso de rejeição poderá o interessado recorrer à instância superior por meio do Recurso
em Sentido Estrito.
3. Citação do Acusado
A regra é por oficial de justiça.
No processo penal admite-se a citação por:
1. citação pessoal feita pelo oficial de justiça (essa é a regra). O juiz expede um mandado
de citação. É pessoal mesmo.
2. citação por edital: é cabível quando o indivíduo estiver em local ignorado. Paradeiro do
acusado é incerto.
Caso o citando não compareça em juízo tampouco nomeia advogado, por força do art. 366
do CPP, o juiz determinará a suspensão do processo e também da prescrição.
3. citação por hora certa: é reservada aos casos em que o oficial de justiça se convence de
que o acusado está se furtando à ação da justiça, ou seja, dificultando intencionalmente o
ato de citação.
5. Absolvição sumária?
É uma absolvição antecipada.
Após a manifestação escrita da acusação e da defesa, caso o juiz esteja convicto de uma
das quatro hipóteses a seguir será o réu absolvido sumariamente.
a) atipicidade do fato
b) causa de exclusão de ilicitude, também chamadas de justificantes
c) excludentes de culpabilidade, também chamadas de dirimentes
d) extinção da punibilidade
c) oitiva das testemunhas arroladas pela defesa: primeiro pergunta a defesa depois a
acusação. Ao final o juiz. É o único momento em que a defesa fala primeiro e a acusação
depois.
d) esclarecimentos dos peritos (não é comum que o perito compareça à audiência)
Aula 21.10.2019
- Conclusão: relatório encerra o inquérito policial. Não importa se teve sucesso ou não.
Relata o que foi ou não produzido no inquérito. Relata o resultado das diligências realizadas.
O que apurou ou deixou de apurar.
i) devolução com “cota”: MP analisou as diligências e não se deu por satisfeito pois entende
que há providências pendentes. Os autos do inquérito são devolvidos à Polícia, à
autoridade policial. Ex.: determinada perícia não foi feita, perícia na arma. A cota é um breve
lançamento.
ii) pedido de arquivamento: pedido de arquivamento é feito ao juiz. MP não tem competência
para arquivar. Se o juiz concorda o inquérito encerra, mas se o juiz entender que não manda
para o chefe do MP, Procurador Geral de Justiça se Estadual. Se o órgão superior do MP
insistir no arquivamento o juiz nada pode fazer para que não haja usurpação. Se o chefe
concorda com o juiz ele mesmo oferece.
iii) oferecimento da ação penal: MP analisa o inquérito e oferece a denúncia. Prazo de 5
dias se o investigado estiver preso e 15 dias se estiver solto. Perda do prazo de 5 dias o
investigado pode requerer revogação da prisão. Perda do prazo de 15 dias nada acontece.
Fase Processual
1. Oferecimento da Peça Acusatória: em regra é uma denúncia mas pode ser uma queixa
crime. Com a inicial deve ser anexado o rol de testemunhas. 8 testemunhas por crime
imputado ao acusado. Prazo de 5 dias se o investigado estiver preso e 15 dias se estiver
solto.
2. Recebimento ou Rejeição: recebida a denúncia o indivíduo passa a ser réu. O juiz recebe
a denúncia ou não mas não é antecipação de julgamento. É preliminar, superficial. Análise
prelibatória. Juiz nem fundamenta para não se tornar impedido, não pode pré julgar a causa,
não pode antecipar julgamento, não fundamenta apesar do artigo 96 da CF. Receber e
rejeitar não tem sinônimo. É recebimento ou rejeição.
Sujeito vira réu e a certidão no fórum passa a ser positiva. Não é antecedente criminal.
Ocorre a interrupção da prescrição com o recebimento da denúncia.
Prescrição ocorre na maioria das vezes entre o crime e o recebimento da denúncia.
Recurso em Sentido Estrito (RESE ou RSE)
h) Pedidos genéricos: oportunidade para as partes pedirem algo. Um laudo por exemplo. A
audiência então é encerrada. O pedido tem que ser acatado pelo juiz.
j) Sentença
7. Diligências Complementares
9. Sentença:
Aula 28.10.2019
Cabimento: aos crimes com PPL máxima abstrata inferior a 4 anos (Obs.: desde que
incabível qualquer outro procedimento especial) – contra a vida, eleitoral, prerrogativa de
função
Atenção: Aos crimes de menor potencial ofensivo (Lei 9099/95) em que o réu não for
localizado para citação pessoal será aplicado o procedimento Sumário.
No rito sumaríssimo não se faz citação por edital, então se aplica o Sumário.
Crimes de menor potencial ofensivo: PPL máxima abstrata de até 2 anos, começa no
sumaríssimo mas o acusado não foi encontrado.
4) Momento do Interrogatório (Art. 57): interrogatório como primeiro ato da audiência. Hoje
a maioria dos juízes aplica o CPP jogando o interrogatório para o final da audiência.
Obs.: Alegações finais escritas são denominadas memoriais.
1) Conceito de crime de menor potencial ofensivo: é todo aquele cuja pena máxima abstrata
seja de até dois anos.
Também estarão sujeitos ao procedimento sumaríssimo todas as contravenções penais
independentemente da pena abstrata, ainda que seja superior a dois anos e os crimes para
os quais seja prevista de forma abstrata somente pena de multa (art. 28 da lei de drogas,
posse de drogas para consumo pessoal).
Obs.: há entendimento no STF e no STJ que eventual concurso de crimes deverá ser
considerado na aplicação ou não do procedimento sumaríssimo.
2) Princípios
Oralidade
Celeridade
Informalidade (simplicidade)
Economia Processual
3) Institutos
Art. 60, caput – Termo Cirsunstanciado de Ocorrência (TCO)
Art. 60, parágrafo único – Prisão em flagrante
Art. 74 – composição com o Ofendido
Art. 76 – Transação Penal
Aula 04.11.2019
Institutos
Procedimento
a) Fase Preliminar: conduzida por mediadores e conciliadores.
Audiência preliminar. Audiência de conciliação.
Tentada a composição. Se não houver acordo o promotor já pode oferecer a denúncia, mas
não é comum.
b) Procedimento Sumaríssimo: audiência de instrução e julgamento. Presidida por um juiz.
Peça acusatória
Citação: tem que ser pessoal, senão manda para o sumário.
Defesa (pode ser oral ou por escrito)
Recebimento ou Rejeição
Oitivas
Sentença
Aula 11.11.2019
Competência: crimes dolosos contra a vida. Aborto, homicídio doloso, indução ao suicídio,
infanticídio.
Composição: 7 juízes leigos (conselho de sentença)/1 juiz togado. Não existe hierarquia.
Os jurados têm absoluta autonomia. São soberanos.
Características: colegiado e heterogêneo
Princípios:
Plena defesa: as partes podem lançar meio de uma argumentação extra jurídica. Qualquer
argumento é válido no plenário do júri. Nem racional precisa ser. É para convencer os
jurados. A decisão dos jurados não tem fundamento. Não justificam. Não identifica quem
votou o que.
Sigilo das votações: os jurados votam sim e não.
Soberania dos vereditos: ninguém muda, nem o juiz togado nem o tribunal.
Competência mínima: crimes dolosos contra a vida, mas pode ter mais.
Obs.: todo ser humano é um homicida em potencial. Ideia do tribunal de juri, julgado por
seus pares.
Procedimento
1ª fase: sumário da culpa – reprodução do procedimento comum ordinário com poucas
diferenças
1. Peça acusatória: denúncia oferecida pelo MP
2. Recebimento ou Rejeição: juiz recebe ou rejeita
3. Citação: recebida o juiz determina a citação
4. Resposta à acusação: prazo de 10 dias depois de citado, rol de testemunhas
5. Vista ao MP: abre-se vista ao MP, não está previsto no procedimento ordinário.
6. Audiência de Instrução e Julgamento
7. Alegações Finais
8. Decisão
Aula 18.11.2019
Procedimento escalonado
- 1ª fase – sumário da culpa: muito semelhante ao procedimento comum ordinário
- 2ª fase – juízo da causa
Desclassificação (recurso em sentido estrito): não se trata de crime doloso contra a vida.
Impronúncia (apelação): juiz togado entende que não há elementos mínimos de autoria e
materialidade. Se surgirem novos elementos o MP pode fazer nova denúncia. Não é uma
absolvição. Não é absolvido nem condenado. Processo é arquivado.
Plena defesa: qualquer tipo de argumento, jurídico ou extra jurídico. No Tribunal do Juri a
decisão compete a leigos e não ao juízo técnico. Não é preciso fundamentar. Foge da
argumentação jurídica.
Sigilo das votações: não se revela o teor do voto. São sete jurados. No quatro para.
Soberania dos vereditos: aquilo que foi votado pelos jurados nem o juiz togado muda. Nem
o tribunal em caso de recurso pode mudar o que foi decidido pelos jurados.
No Tribunal do Juri o recurso é limitado. Posso questionar partes do que foi decidido. Ataco
fragmentos da decisão. Pode ocorrer que seja submetido a um novo corpo de jurados.
Desaforamento: envio do processo de uma comarca para outra por questões pré definidas.
Comum em cidades pequenas. Repercussão social do fato. Risco de corpo de jurados
parcial.