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10.09.

2020
AÇÃO PENAL

Conceito: é um ramo do direito público, composto de normas (CPP) e princípios (CF) para
servirem de instrumentos para aplicar no caso prático e resolver a lide.

 Art. 4º a 23/CPP – Título II – INQUÉRITO POLICIAL (L 13.964/19, Pacote anticrime; L


12.830/13 - investigação criminal; Súmula Vinculante 14/STF.
 Persecução Penal: perseguir o crime, atividade estatal de buscar a justiça pelo crime até o
limite. 1ª etapa: investigativa, investiga o fato para se este valha a configuração penal; 2ª
etapa: processo penal, iniciada pela ação penal provocada pelo estado ou vítima (querelante).

Inquérito Policial: é o procedimento adm de caráter investigativo composto por rol de


diligências e presidido pelo delegado de polícias, busca apurar a existência de um crime e a
autoria do agente que pratica o ato. Recepcionado pelo MP ou pelo QUERELANTE e
mandado poreles aos juízes de garantia.
Características:
a) É um procedimento Administrativo, pois é presidido por autoridade adm (delegado) e não
judiciária. Precede a fase processual.
b) Tem caráter investigativo.
c) Não existe um rito pré-estabelecido por lei, ele é executado pela discricionariedade de quem
o conduz.
d) Escrita. 405,§1°/CPP, possibilita o áudio visual no processo escrito, pois representa a
fidelidade das informações.

24.09.2020 Formas Instauração/Ingresso do Inquérito Policial.

1.1. De Ofício - Art. 5,I : assim que tomar conhecimento da suposta infração penal, deve a
autoridade de ofício instaurar um inquérito por meio de uma portaria (peça inicial do
delegado de polícia, no momento em que está instaurando o inquérito policial.
1.2. Requisição do Juíz ou do MP - Art. : requisição é sinônimo de ordem, o juíz dá a ordem ao
delegado para instaurar o inquérito, estando esse na obrigação de o fazer.
1.2.1.1º corrente: não há hierarquia entre juíz e delegado
1.2.2.2º corrente: o delegado não está sendo obrigado pelo juís, mas sim, cumprindo seu dever
legal.

1.3. Requerimento pela vítima - Art. 5§1 : a vítima faz o requerimento.


"§ 1oO requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o
autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência."
1.4.Auto de Prisão em flagrante - Art. /cpp : diferente das outras formas, pois o delegado inicia
com tudo o inquérito policial, pois o que compõe o inquérito estão sendo já entregues no flagrante.
Diligências: são os atos administrativos que serão executados durante o inquérito policial (ex: Art.
6º e 7º / CPP - elenca algumas das diligências, como por exemplo: reconstituição do crime, quebra
de sigilo bancário, infiltração de agente policial, telefônico, testemunhos etc.) executa-se todas
aquelas que o delegado achar necessário para o cumprimento do seu dever.
"Art. 7oPara verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo,
a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
contrarie a moralidade ou a ordem pública." ~ reconstituição do crime desde que não fira a
moralidade ou a ordem pública, com finalidade de verificar qual versão melhor demonstra a
versão dos fatos. O investigado não é obrigado a participar da reprodução simulada dos fatos
(*ninguém é obrigado a fazer prova contra si próprio).
01.10.2020
Indiciamento
L12.830/13 - § 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria,
materialidade e suas circunstâncias. *instaurado o inquérito policial, a partir do momento em que
o delegado indicia um suspeito/investigado, recai sobre ele todas a qualidade de principal
autor/suspeito das diligencias colhidas, até seu indiciamento. É um ato privativo do delegado a qual ele imputa
ao investigado a autoria delitiva, pois para ele, como presidente da investigação, as diligencias apontam para este suspeito,
fundamentado mediante análise técnica jurídica, despacho fundamentado segundo o §6º, L12.830/13.
Do que é composto este indiciamento?
1. Interrogatório: quando o delegado informou o seu real indiciamento.
2. boletim de identificação criminal: banco de dados que colhe as impressões digitais;
dados característicos pessoais; circunstâncias do suposto crime; tipificação penal; o
delegado que indiciou e a delegacia;
3. Relatório de Vida Pregressa: investigação social; se há moradias, propriedades;
fotografias, frontal e de perfil; DVC ( divisão de vigilância e capturas - antecedentes
criminais).

Prazos: Art. 10/CPP - O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do
dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto,
mediante fiança ou sem ela.*deve se contar 10 dias se o indiciado estiver preso, a contar comdia do
indicio/momento em que foi preso, improrrogável. Ou 30 dias se estiver solto, mesmo que sob fiança, prorrogável por
quantas vezes for necessária a prorrogação.

PACOTE ANTI-CRIME - Art. 3º-B § 2º: Se o investigado estiver preso, o juiz das
garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério
Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o
que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente
relaxada. SUSPENSO(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019). *em conflito com o art.10
que é improrrogável abre 2 correntes. 1) prorrogável por 15 dias. A regra válida é do
art. 10/cpp. Há exceções nas leis especiais.

Valor Probatório do Inquérito Policial


Tem valor relativo, pois ele expressa a primeiro momento buscar na
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. (Redação dada
pela Lei nº 9.043, de 9.5.1995)

Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades


administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.

Artigo 129 da Constituição Federal de 1988


Constituição Federal de 1988
ÍNDICE TEMÁTICO
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos
direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da
União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição ;
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando
informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade

Conclusão do Inquérito Policial.


Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver
notícia.
A ação Penal em regra é Pública (Art. 100/CP) dependendo do caso deve ser interposta pela
representação do ofendido ou do MP, exceto se a lei prevê ação penal privada expressamente, quando o fato
ilícito pede a QUEIXA (queixa crime).

 Ação Penal Pública INCONDICIONADA: ações que não precisam da representação da vítima, o MP
toma a frente, pois é de seu interesse. Ex: Lei Maria da penha
 Ação Penal Pública CONDICIONADA: É necessária a queixa da vítima para dar prosseguimento no
processo. Ex: art.171/cp,§5° (estelionato)

 Ação Penal Pública Condicionada por requisição do Ministro da Justiça : É necessária a requisição do
ministro da justiça. Crimes contra a honra praticado com o presidente da república. O promotor não
tem competência de ingressar com esta ação.

CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL


1. Condições Gerais: as que devem estar presente em qualquer processo penal para que a
denuncia/queixa ser aceita pelo juiz. Art. 395/CP
1.1. Interesse de agir;
1.2. Legitimidade; CADI
1.3. Possibilidade Jurídica: este precisa está previsto em lei.
1.4. Justa causa: é a somatória dos elementos presente.

2. Condições Específicas/Especiais: são aquelas que além das gerais, se fazem presente quando a lei
expressar; Ex: crimes que exigem representações da vítima; os que exigem

Ação Penal Privada Personalíssima - Art. 236/CP: Contrair casamento, induzindo em erro essencial
o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser
intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento,
anule o casamento.

Ação Penal Privada e Subsidiária da pública: após o inquérito policial, o promotor fica inerte,
vencendo o prazo para oferecer a queixa crime, após os 15 dias (quando solto) e 5 dias (quando preso
o suspeito) conta-se o prazo de 6 meses de a vítima entrar com ação penal privada subsidiária.

***A regra é a Ação Penal Pública, para casos mais específicos torna-se ação privada, e por vezes,
apara ingressar a ação pública é necessário a representação da vítima.

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