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Espécies
São três espécies de prisão cautelar:
a) Prisão em Flagrante;
b) Prisão Temporária;
c) Prisão Preventiva.
Prisão em flagrante
Procedimento do flagrante
Espécies/modalidades de flagrante.
Prisão preventiva
Hipóteses em que se admite prisão preventiva São elas, de acordo com o art.
312, CPP:
A) Nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima
superior a 4 (quatro) anos (inciso I);
B) Se o agente tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença
transitada em julgado, ressalvado o disposto no art. 64, I, do Código Penal
(configuração do período depurador) (inciso II);
C) Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a
execução das medidas protetivas de urgência (inciso III);
D) Quando houver dúvidas sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta
não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la (neste caso, o preso deve
imediatamente ser posto em liberdade após a identificação, salvo de outra
hipótese recomendar a manutenção da medida) (parágrafo único).
Revogação da prisão preventiva.
Isso é possível se, no transcorrer do processo, verificar a autoridade judicial a
falta de motivo para que subsista a prisão preventiva.
Assim, em sentido contrário, também poder decretá-la se sobrevierem razões
que a justifiquem. De toda forma, a decisão que decretar, substituir ou denegar
a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada, nos termos dos
parágrafos dos artigos 315, CPP.
Elas estão no art. 319, do CPP, e são inovação trazida pela Lei nº 12.403/2011
São elas:
A) Comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo
juiz, para informar e justificar atividades (inciso I);
B) Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer
distante destes locais para evitar o risco de novas infrações (inciso II);
C) Proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por
circunstâncias relacionadas ao fato, dela o indiciado ou acusado deva
permanecer distante (inciso III);
D) Proibição de ausentar-se da Comarca, quando a permanência seja
conveniente ou necessária para a investigação/instrução (inciso IV);
E) Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o
investigado ou acusado tenha residência e trabalhos fixos (inciso V);
F) Suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza
econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a
prática de infrações penais (inciso VI);
G) Internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com
violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou
semi-imputável e houver risco de reiteração (inciso VII);
H) Fiança, nas infrações penais que a admitem, para assegurar o
comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução de seu andamento ou
em caso de resistência injustificada à ordem judicial (inciso VIII);
I) Monitoração eletrônica (inciso IX).
Tal medida já havia sido trazida para o âmbito da execução penal, pela Lei nº
12.258/10, e, agora, também o foi para o prisma processual. O art. 310, II,
CPP, fornece um “norte” para a aplicação de medidas cautelares diversas da
prisão. De acordo com tal dispositivo, o juiz, ao receber o auto de prisão em
flagrante, deverá converter esta prisão em preventiva, se presentes os
requisitos do art. 312, CPP, e se revelarem inadequadas as medidas cautelares
diversas da prisão.
Isso somente demonstra que, seguindo tendência iniciada na execução penal,
de aprisionamento corporal via pena privativa de liberdade somente quando
estritamente necessário, também assim passa a acontecer no ambiente
processual, o que retira da prisão preventiva grande poder de atuação ao se
prevê-la, apenas, em último caso.
Assim, atualmente, primeiro o juiz verifica se é caso de liberdade provisória
pura e simples; depois, se é caso de liberdade provisória com medida cautelar
diversa da prisão; depois, se é caso de liberdade provisória mais a cumulação
de medidas cautelares diversas da prisão; e, apenas por último, se é caso de
aprisionamento processual. Assim, toda e qualquer decisão exarada pela
autoridade judicial quanto ao tema “prisões processuais” deve ser
fundamentada.
Neste diapasão, outra questão que merece ser analisada diz respeito à
possibilidade de cumulação de medidas cautelares diversas da prisão. Ora,
pode ser que, num determinado caso concreto, apenas uma medida cautelar
não surta efeito, e, ainda assim, não seja o caso de se impor prisão processual
ao acusado. Nesta hipótese, é perfeitamente passível de se decretar mais de
uma medida cautelar diversa da prisão. É o caso da proibição de acesso a
determinados lugares (art. 319, II) e a determinação de comparecimento
periódico em juízo (art. 319, I), como exemplo, ou da suspensão do exercício
da função pública (art. 319, VI) e da proibição de ausentar-se da Comarca (art.
319, IV), como outro exemplo, ou da monitoração eletrônica (art. 319, IX) e da
fiança (art. 319, VIII), como último exemplo. Tudo depende, insiste-se, da
necessidade da medida, e da devida fundamentação feita pela autoridade
policial.
Fiança
A fiança é instituto que teve seu âmbito de aplicação reforçado e ampliado pela
Lei nº 12.403/11, seja através de sua permissão para delitos que antes não a
permitiam, seja através de sua existência como medida cautelar diversa da
prisão, seja como condicionante ou não da concessão de liberdade provisória.
Em regra, a fiança é requerida à autoridade judicial, que decidirá em quarenta e
oito horas (art. 322, parágrafo único, do Código de Processo Penal).
A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração
cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a quatro anos (art.
322, caput, CPP).
De acordo com os arts. 323 e 324, do Código de Processo Penal, não será
concedida fiança:
A) Nos crimes de racismo (art. 323, inciso I). Segue-se, aqui, o art. 5º, XLII, da
Constituição Federal;
B) Nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,
terrorismo e nos definidos como crimes hediondos (art. 323, inciso II). Segue-
se, aqui, o art. 5º, XLIII, da Constituição Federal;
C) Nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o Estado Democrático (art. 323, inciso III). Segue-se,
aqui, o art. 5º, XLIV, da Constituição Federal;
D) Aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente
concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se
referem os arts. 327 e 328 do Código de Processo Penal (art. 324, inciso I);
E) Em caso de prisão civil ou militar (art. 324, inciso II);
F) Quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão
preventiva (art. 312) (art. 324, inciso III); G) Art. 3º, da Lei nº 9.613/98 (“Lei de
Lavagem de Capitais”). Tal dispositivo preceitua que os crimes previstos na
“Lei de Lavagem de Capitais” são insuscetíveis de fiança;
H) Art. 31, da Lei nº 7.492/86 (“Lei de Crimes contra o Sistema Financeiro”). Tal
dispositivo afirma que os crimes previstos nesta lei, e apenados com reclusão,
não serão passíveis de fiança se presentes os motivos ensejadores da prisão
preventiva.
Valor da fiança
Dispensa/redução/aumento da fiança
A) Depósito em dinheiro;
B) Pedras, objetos ou metais preciosos;
C) Títulos da dívida pública;
D) Hipoteca de imóvel.
Perda da fiança
Cassação da fiança
Reforço da fiança