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Aula dia 16/10/2023

Da Prisão e Das Medidas Cautelares e da Liberdade Provisória – Art. 282


a 300 do CPP.
Prisão Processual – decorrente de flagrante, temporária e preventiva, sem o
exaurimento do processo.
Promotor não pode por si só decretar prisão, mas requisitar.
Na eventualidade do acusado encontrar-se em comarca diversa da processante, exige-
se a expedição de carta precatória para o cumprimento de sua prisão processual
(cautelar).
O art. 289-A exige que o juiz de direito ao expedir mandado de prisão
concomitantemente providenciará o registro por mandado no banco de dados do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Conforme o art. 390 do CPP caso o réu pratique o crime em uma comarca, mas seja
capturado em outra deverá ser formalizada a prisão no local da captura e na sequência
será o preso, as comunicações e demais documentos encaminhados ao local da
consumação, pois conforme o art. 70, caput, do CPP adotamos a teoria do resultado
para determinar o delegado local e o juízo natural do feito.
Art. 295, CPP – estudar
PRISÃO EM FLAGRANTE – ART. 301 E 310 DO CPP
O art. 301 do CPP prevê duas formas de flagrantes, o facultativo e o compulsório.
Facultativo: trata-se da hipótese de que qualquer pessoa pode prender o agente
criminoso no caso de estado flagrancial.
Obrigatório/compulsório: se refere ao delegado de polícia e a todos os demais
policiais, exigindo a lei que tais pessoas devam prender em flagrante se for o caso. O
art. 13, §2º, do CP prevê a figura do garante ou garantidor, cuja pessoas elencadas não
respondem por omissão, mas como partícipes do crime perpetrado.
Flagrante próprio ou real: abrange os casos previstos incisos I e II do art. 302 do CPP.
Flagrante impróprio ou quase flagrante:
Flagrante presumido ou ficto: ocorre quando o agente é encontrado logo depois com
instrumentos, armas, objetos ou papéis que permitam presumir ser o autor da infração
penal.
Sujeito passivo
Quem pode ser preso? Qualquer pessoa.
Exceção: a) Presidente da República (art. 86, CF) - não pode responder por crime
comum; b) menores de 18 anos; c) diplomatas estrangeiros, quando houver tratado ou
convenção subscrito pelo Brasil.
Nos casos de crimes afiançáveis e pessoas que não podem ser crimes em flagrante – a)
deputados e senadores; b) juízes e promotores; c) advogados, quando a conduta se
relacione ao desempenho da atividade advocatícia.
Crimes que não admitem as prisões em flagrante - a) crimes de trânsito: conforme o
art. 301 do CTB (11.503/97), caso o motorista socorra a vítima ou providencie o
socorro, não poderá ser preso em flagrante; b) nos casos de infrações penais de menor
potencial ofensivo, concordando o agente em assinar o termo de comparecimento em
juízo, caberá ao delegado elaborar termo circunstanciado e liberar o agente, sendo
vedada a lavratura do flagrante.
OBS: conforme o art. 236 do Código Eleitoral (lei 4737/65), o eleitor não pode ser
preso no período de 5 dias antes do início das eleições, durante as eleições e até 48
horas após o encerramento das eleições. Esta vedação se refere a mandados de prisão,
mas não impede a prisão em flagrante delito.
FLAGRANTE ESPERADO – ocorre nos casos em que existe previamente a notícia de que
haverá a prática de uma infração penal em determinado lugar, oportunidade em que os
policiais aguardam a prática e na sequência realizam a prisão em flagrante. Nestes
casos, os policiais não induzem ou facilitam a prática do crime, tratando-se de flagrante
válido.

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