Da Prisão e Das Medidas Cautelares e da Liberdade Provisória – Art. 282
a 300 do CPP. Prisão Processual – decorrente de flagrante, temporária e preventiva, sem o exaurimento do processo. Promotor não pode por si só decretar prisão, mas requisitar. Na eventualidade do acusado encontrar-se em comarca diversa da processante, exige- se a expedição de carta precatória para o cumprimento de sua prisão processual (cautelar). O art. 289-A exige que o juiz de direito ao expedir mandado de prisão concomitantemente providenciará o registro por mandado no banco de dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Conforme o art. 390 do CPP caso o réu pratique o crime em uma comarca, mas seja capturado em outra deverá ser formalizada a prisão no local da captura e na sequência será o preso, as comunicações e demais documentos encaminhados ao local da consumação, pois conforme o art. 70, caput, do CPP adotamos a teoria do resultado para determinar o delegado local e o juízo natural do feito. Art. 295, CPP – estudar PRISÃO EM FLAGRANTE – ART. 301 E 310 DO CPP O art. 301 do CPP prevê duas formas de flagrantes, o facultativo e o compulsório. Facultativo: trata-se da hipótese de que qualquer pessoa pode prender o agente criminoso no caso de estado flagrancial. Obrigatório/compulsório: se refere ao delegado de polícia e a todos os demais policiais, exigindo a lei que tais pessoas devam prender em flagrante se for o caso. O art. 13, §2º, do CP prevê a figura do garante ou garantidor, cuja pessoas elencadas não respondem por omissão, mas como partícipes do crime perpetrado. Flagrante próprio ou real: abrange os casos previstos incisos I e II do art. 302 do CPP. Flagrante impróprio ou quase flagrante: Flagrante presumido ou ficto: ocorre quando o agente é encontrado logo depois com instrumentos, armas, objetos ou papéis que permitam presumir ser o autor da infração penal. Sujeito passivo Quem pode ser preso? Qualquer pessoa. Exceção: a) Presidente da República (art. 86, CF) - não pode responder por crime comum; b) menores de 18 anos; c) diplomatas estrangeiros, quando houver tratado ou convenção subscrito pelo Brasil. Nos casos de crimes afiançáveis e pessoas que não podem ser crimes em flagrante – a) deputados e senadores; b) juízes e promotores; c) advogados, quando a conduta se relacione ao desempenho da atividade advocatícia. Crimes que não admitem as prisões em flagrante - a) crimes de trânsito: conforme o art. 301 do CTB (11.503/97), caso o motorista socorra a vítima ou providencie o socorro, não poderá ser preso em flagrante; b) nos casos de infrações penais de menor potencial ofensivo, concordando o agente em assinar o termo de comparecimento em juízo, caberá ao delegado elaborar termo circunstanciado e liberar o agente, sendo vedada a lavratura do flagrante. OBS: conforme o art. 236 do Código Eleitoral (lei 4737/65), o eleitor não pode ser preso no período de 5 dias antes do início das eleições, durante as eleições e até 48 horas após o encerramento das eleições. Esta vedação se refere a mandados de prisão, mas não impede a prisão em flagrante delito. FLAGRANTE ESPERADO – ocorre nos casos em que existe previamente a notícia de que haverá a prática de uma infração penal em determinado lugar, oportunidade em que os policiais aguardam a prática e na sequência realizam a prisão em flagrante. Nestes casos, os policiais não induzem ou facilitam a prática do crime, tratando-se de flagrante válido.
Da não violação ao princípio constitucional da presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF/88) em face da execução provisória da pena após condenação em segunda instância