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Liberdade Provisória
Artigo 5, LXVI – “Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a
liberdade provisória com ou sem fiança”
Linha de raciocínio: princípios do processo penal – inquérito – ação penal
(competência) – prisão cautelar.
Objetivo é possibilitar a aplicação do Direito Penal.
Estado democrático regido pela constituição, a qual traz o princípio do “ESTADO DE
INOCÊNCIA”.
O princípio do estado de inocência é a regra, pois a liberdade se executada subdivide-se em:
condenação com trânsito em julgado (aqui se obtém o cumprimento de pena); e, quando existir
requisitos para prisão cautelar.
Assim, a liberdade provisória consiste na possibilidade do investigado/acusado aguardar o
julgamento em liberdade [quando existir a prática do crime]. Posto isso, o artigo 5, inciso LXVI da
CF/88 dará a garantia fundamental, enquanto, os artigos 321 ao 350 do CPP dará as formas que dão
a liberdade.
Lei 9099/95
CTB
Vedada Inconstitucionalidade a ser averiguada
Sempre que a lei não vedar a fiança
Com fiança – juiz verifica os requisitos da
Permitida
preventiva.
Sem fiança
Anotações de aula:
Transação penal ( lei 9099/95), a pessoa não fica presa, tão somente, assina um termo
para sua liberdade. Assim, sempre questionar quanto a ausência dos requisitos da
preventiva.
Quando a fiança é paga com objeto que poderá se deteriorar, será, possivelmente, que o
agente complemente rotineiramente para saldar as “dívidas”.
Sem fiança, o acusado tem direito a liberdade provisória, mas não poderá prestar a
fiança. Hipóteses:
a- Fatos são praticados amparados por uma causa excludente de ilicitude; a
própria lei autoriza – artigo 23 do CP.
b- Artigo 323 do CPP- rol dos crimes inafiançáveis. A lei 12403/11 alterou e
introduziu outras medidas, para que dificultasse a liberdade dos agentes
que cometeram os crimes do rol.
Observação: o objetivo era dificultar a liberdade dos acusados, porém o
autor esqueceu que nestes crimes cabe a liberdade provisória. Ex.: da
pessoa que furta algo, não considerado inafiançável, assim cabendo com
fiança, porém o juiz pode aplicar outras medidas. Com isso, o instituto da
liberdade provisória acabou por facilitando para tais crimes. Por isso, que
98 % dos casos é preso com o fundamento da ordem pública.
Observação2: o fato de o crime ser inafiançável não significa, por si só que
a liberdade provisória não será concedida. Para que o juiz negue a
Liberdade Provisória, deverá analisar se estão presentes ou não os
requisitos da preventiva. Caso conceda a liberdade provisória, certamente,
irá impor outra medida cautelar prevista no artigo 319 do CPP.
Ex.: O artigo 217 – A do CP. Crime de reclusão de 8 a15 anos. É cabível
a LP? Resposta: Em tese sim, se estiverem ausentes os requisitos da
prisão preventiva, será cabível a LP. É sem fiança (extensão da lei), uma
vez que o crime é inafiançável.
Provas
Subdivide-se em:
A- Teoria geral da prova (conceito/ ônus/ ilícitas ou derivadas) – artigo 155/157 do CPP.
B- Provas em Espécies
Artigo 156, II – remete-se a fase processual; assim, admitindo que o juiz haja de ofício. E,
no inciso I, em fase de IP provoca a ruptura da acusação e o principio da imparcialidade do
julgador.
Lei 9034/95 – reprimir o crime organizado. LEI MORTA. Artigo 2 desta lei que o juiz
poderia agir de oficio na fase do IP, porém é usual na Lei Geral.
X
a- Sistema da prova legal/ Sistema tarifado: ausência de liberdade na formação de
convicção do julgador. Assim, a lei verifica qual tipo de crime e vai demandar,
qual ato deve ser tomado; ou seja, a lei define o crime ou crime tem lei prevista.
Observe que a confissão pode deixar qualquer prova inutilizada. A confissão é a
rainha das provas. [sistema arcaico]. Os meios de provas estavam previstos na lei
para servir a depender do crime praticado. A prova era valorada de acordo com a
lei. Sistema deixa de ser utilizado, pois o Juiz era visto como um matemático.
b- Sistema de íntima convicção: o juiz passa a ter liberdade de valorar as provas; e
não precisa fundamentar ou externar sua decisão. Provas = valor relativo. O juiz
irá analisar o conjunto probatório contido no processo, passando a analise de
tudo, assim, gerando uma problemática, tendo em vista que o juiz não necessitava
fundamentar ou demonstrar qualquer ato para prolatar a sentença. Necessário
fundamentar para dar ciência as partes dos motivos ao qual levou o nobre
julgador a decidir, o que também possibilita às partes impugnarem, o que
atualmente acontece. – NESTE SISTEMA NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE
CONTRADITÓRIO.
c- Sistema do livre convencimento motivado: o juiz passa a ter liberdade de analisar
as provas ou o conjunto probatório. [PROVAS=VALOR RELATIVO]. Exige
que o juiz fundamente ou exponha os motivos que o levou a dar tal decisão. O
sistema obriga o juiz a expor todos os motivos. O artigo 93, IX, da CF – juiz tem
o DEVER de fundamentar. O artigo 156 do CPP diz que o juiz não poderá
fundamentar-se utilizando de provas do IP. [SISTEMA ADOTADO NO
BRASIL].
Observações: Há duas situações que trazem resquícios do sistema da íntima convicção. O
tribunal do Juri, pois os jurados que julgam [ os setes jurados] – FATO/JUIZ LEIGO. Artigo 158 e
artigo 155 ,§ único do CPP. O exame de corpo de delito vale mais que a confissão. Artigo 155, §
único – provas quanto ao estado de pessoas (idade, parentesco, estado civil), deverão ser produzidas
de com a lei civil [CPC] – artigo 406 do CPC.
Valor das Provas produzidas no IP.
Provas Ilícitas
O artigo 5, inciso LVI da CF – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios
ilícitos. Assim, cabendo a doutrina e a jurisprudência em definir o tema. [ vedação expressa na CF ].
O artigo 157 do CPP (redação dada pela lei 11690/08, lei 11711/08 e 11709/08) – conceito
legal do que é provas ilícitas, só, assim, foi possível com o advento das leis em 2008.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!!!
Antes da lei 11690/08 Conceito era dado pela doutrina e jurisprudência
Após a lei 11690/08 Conceito dado pela lei/legal.