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SUMÁRIO
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas da Revisão Turbo do curso
preparatório para a 2ª Fase OAB. Além disso, recomenda-se que o aluno assista as aulas
acompanhado da legislação pertinente.
Leis especiais
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E-book da Semana de Revisão
OAB 2ª Fase Penal
Usuário ≠ traficante
· Usuário nunca será preso (art. 28 da Lei de Drogas).
Sim! Art. 33 da Lei 11.343/06 (parte final). Exemplo: Um oficial de Justiça conduzindo
10kg de drogas, a partir da Sede do Fórum até o local em que ela será destruída, sendo
escoltado pela polícia. Veja que ele possui a autorização para carregá-la.
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E-book da Semana de Revisão
OAB 2ª Fase Penal
EXEMPLO:
O fato de plantar a droga maconha para uso próprio, enquadra-se no art. 28, § 1º, da Lei
11.343/06. Por outro lado, se a plantação da droga tiver como objetivo a comercialização,
será tipificado no art. 33, § 1º, inc. II, da Lei 11.343/06.
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E-book da Semana de Revisão
OAB 2ª Fase Penal
Remessa ao juiz – art. 54 Defesa preliminar – art. 55; Juiz recebe a denúncia,
– remete ao MP (onde fala em acusado, designa audiência una,
deveria ser denunciado, concentrada – art. 56
pois ainda não foi recebida
a denúncia); a defesa deve
arrolar testemunhas, no
máximo 5, sob pena de
preclusão
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E-book da Semana de Revisão
OAB 2ª Fase Penal
2 Lavagem de dinheiro
A Lei 9.613/98 (lavagem de dinheiro) incide em qualquer infração penal, seja crime
ou contravenção penal.
A denúncia deve conter justa causa, a qual é duplicada, em razão de que deve
conter os dois crimes.
EXEMPLO:
EXEMPLO:
Se o sujeito praticou o delito de tráfico internacional de drogas (Art. 70), e com esse
dinheiro cometeu a lavagem, a competência será da Justiça Federal.
A atual lei brasileira é uma lei de 3ª geração, pois aceita qualquer infração como
antecedente para a Lavagem;
Crime
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OAB 2ª Fase Penal
Infiltração de Agentes:
Autorização Judicial;
Não podemos ter outra forma de obter a prova;
Pode ser requerida pelo MP ou por representação da Autoridade Policial;
Prazo de 6 meses – renováveis;
O agente deve guardar proporcionalidade na sua atuação (responderá pelos
excessos);
3 Tortura
A tortura deve ser diferenciada de maus tratos com base na intensidade do
tratamento, do sofrimento físico e mental. Os delitos de tortura são equiparados a
hediondo, sendo presentes as modalidades: tortura prova, tortura castigo, tortura
discriminatória e tortura crime.
EXCEÇÃO: A tortura por omissão não é equiparada a hediondo.
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OAB 2ª Fase Penal
4 Terrorismo
Lei nº 13.260/16
No Brasil, não é exigível que se tenha mais de um indivíduo para caracterizar-se
terrorismo.
Elementos do terrorismo: ato violento, finalidade, elemento teatral, ausência de
arrependimento.
O ato da preparação também é considerado terrorismo, não só o consumado.
A competência sempre será da Justiça Federal e atribuição da Polícia Federal.
5 Ordem tributária
Lei 8.137/90
A materialidade do crime de omissão de pagamento de tributo depende do
lançamento, quando o sujeito teve a chance de pagar e não o fez. Faltando o
lançamento, é caso de atipicidade, com fundamento na Súmula Vinculante 24.
O pagamento do débito tributário, a qualquer tempo, extingue a punibilidade
do acusado.
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OAB 2ª Fase Penal
6 Organização criminosa
Conceito
Art. 1º, § 1º. Considera-se organização criminosa a associação de:
Requisitos:
Procedimentos
Trifásico.
1) Fase de negociação e acordo;
2) Fase de homologação judicial;
3) Fase de sentença.
Cuidado:
O artigo 4°, parágrafo 16, dispõe que nenhuma sentença condenatória será proferida
com fundamento apenas das declarações do agente colaborador;
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OAB 2ª Fase Penal
Atenção:
2 - Nos depoimentos que prestar, o
1 - Nenhuma sentença condenatória será proferida
colaborador
com fundamento apenas nas declarações de
renunciará, na presença de seu defensor,
agente colaborador
ao direito ao silêncio e estará sujeito ao
compromisso legal de dizer a verdade.
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OAB 2ª Fase Penal
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OAB 2ª Fase Penal
1 Nulidades
Conceito de nulidade
Nulidade é o vício que contamina determinado ato processual, praticado sem a
observância da forma prevista em lei, podendo invalidar o ato ou o processo, no todo
ou em parte.
É uma violação ao modelo legal, que gera prejuízo para as partes. Se não houver
prejuízo, não há que se falar em nulidade.
Art. 563 do CPP - Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não
resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.
Nulidade não é peça processual, nulidade é uma matéria que se pode alegar em
qualquer peça, em tópico de preliminar.
Fundamentação
1) Constituição Federal: artigo 5º
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
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OAB 2ª Fase Penal
EXEMPLO:
EXEMPLO:
2 Provas
Princípios importantes
a) contraditório: significa que toda prova realizada por uma das partes admite a
produção de uma contraprova pela outra. Significa garantir a participação das
partes no processo, bem como o poder de influência na decisão judicial.
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EXEMPLO:
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OAB 2ª Fase Penal
Deve seguir o previsto no artigo 226 do CPP. O STJ entende pela ilegalidade do
reconhecimento efetuado fora do padrão do artigo 226 CPP, reconhecendo que
tal reconhecimento ilegal não pode justificar uma condenação.
Cadeia de custódia
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OAB 2ª Fase Penal
3 Crimes em espécie
Teses de absolvição
É importante verificar se realmente estão presentes as elementares do tipo penal, se
o fato descrito no enunciado realmente configura o crime.
Sistema "cara/crachá"
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OAB 2ª Fase Penal
Momento consumativo
Se atentar para o momento consumativo dos crimes, pois pode ser cobrada tese
relacionada a isso.
Exemplo: O sujeito aborda a vítima na rua com uma arma de fogo e a obriga a
transferir R$1.000,00 para determinada conta. A vítima tenta fazer a transferência,
mas ela não é concluída por falha no aplicativo. A autoridade policial indicia o
sujeito por extorsão tentada (artigo 158 do CP c/c artigo 14, II, do CP). A capitulação
delitiva está correta?
Não, a extorsão foi consumada, pois se trata de um crime formal. Conforme a
súmula 96 do STJ, o crime de extorsão consuma-se independentemente da
obtenção da vantagem indevida.
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OAB 2ª Fase Penal
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OAB 2ª Fase Penal
Processo Penal
1 Procedimento do Júri
IMPORTANTE:
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OAB 2ª Fase Penal
Art. 593, III, c, CPP Quando houver erro ou injustiça à aplicação da - Retificação da pena / art.
pena ou da medida de segurança 593, §2º, CPP
- Nulidade do julgamento,
Quando a decisão dos jurados for submissão do réu a novo Júri - art.
Art. 593, III, d, CPP manifestamente contrária à prova dos 593, §3º, CPP
autos - Novos jurados – 449, I, CPP +
Súmula 206 do STF
2 Execução Penal
A competência é do juiz da Vara de Execuções Criminais, de acordo com o art. 66 (rol
exemplificativo) da Lei 7.210/84.
OBS: Ver súmula 192 do STJ.
Progressão de regime:
TEMPO + COMPORTAMENTO
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OAB 2ª Fase Penal
Regressão de regime:
A regressão de regime está prevista nos artigos 118 e 146-C, parágrafo único, da LEP.
Antes de regredir o regime, o preso deve ser ouvido, pois ele tem o direito de
se justificar - art. 5º, LV, CF e art. 118, § 2º, da Lei de Execução Penal.
Remição da pena:
Para aqueles detentos que estudam ou trabalham, também pode se aplicar ambas as
ocasiões, quando compatíveis - art. 126 e 127 da LEP;
Livramento Condicional:
O livramento condicional está previsto no art. 83 do Código Penal.
Indulto:
O indulto é um perdão via decreto judicial, que extingue a punibilidade. No entanto,
mesmo que o agente tenha sido indultado, mantem-se os efeitos da reincidência. Ver
súmula 631 do STJ.
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OAB 2ª Fase Penal
Agravo em Execução:
É o recurso cabível das decisões do Juiz da Vara de Execução Penal, nos termos do
art. 197 da LEP;
Prazo de 5 dias para interposição, conforme súmula 700 do STF;
O processamento deste recurso é idêntico ao do Recurso no Sentido Estrito,
portanto aplicamos o art. 589 do CPP - que dispõe sobre o Juizo de Retratação;
Contrarrazões ao Agravo em Execução utiliza-se o art. 588 do CPP - Prazo de 2 dias.
Rito
Peça bipartida Base legal
Deve ser adotado o
Interposição Juiz de 1º Grau mesmo rito do recurso Art. 197 da Lei 7.210/84
em sentido estrito, (LEP)
Razões Tribunal notadamente no que
se refere ao prazo,
juízo de retratação e Juízo de retratação
processamento
Identificação Na peça de interposição, lembre-se
de postular o juízo de retratação,
O último ato processual
informado no enunciado é uma
decisão do juízo da execução!
Agravo em conforme artigo 589 do CPP
Execução Prazo
Conteúdo O prazo para interposição é, em
regra, de 5 dias, a contar da
Não há um rol taxativo, sendo cabível para impugnar intimação (Súmula 700 do STF)*
qualquer decisão proferida pelo juízo da execução penal, *na prova da OAB as razões são apresentadas
cuja competência é definida no art. 66 da LEP, como, por junto com a interposição, no prazo de 5 dias
exemplo, em relação aos seguintes temas:
Decisão que concede ou nega a progressão de regime;
Pedidos
Decisão que determina a regressão do regime carcerário e
perda dos dias remidos; Conhecimento, provimento e
Decisão que indefere o pedido de unificação das penas; reforma da decisão
Decisão que concede ou nega o pedido de livramento condicional;
Decisão que indefere o pedido de saídas temporárias; Pedir tudo o que foi alegado
Decisão que concede ou nega o pedido de indulto, comutação, remição. nas teses
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OAB 2ª Fase Penal
3 Revisão Criminal
Base legal
Identificação
Sentença transitada em julgado Art. 621 do CPP (indicar inciso
Não cabe em prol da
correspondente)
sociedade, somente em
prol do réu Prazo
Pode ocorrer a qualquer tempo,
Competência inclusive após a extinção da pena
É originária dos tribunais,
jamais sendo apreciada por Legitimidade
juiz de primeira instância
Revisão Do réu ou do procurador
legalmente habilitado ou, no caso
Conteúdo
Criminal de morte do réu, do cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão
(Art. 623 do CPP)
sentença condenatória contrária ao texto
expresso da lei penal;
Pedidos
sentença com contrariedade à evidência dos
autos; Absolvição;
sentença condenatória fundada em Alteração da classificação do crime;
depoimentos, exames ou documentos Modificação da pena;
comprovadamente falsos;
Anulação do processo;
após a sentença, se descobriram novas
provas de inocência do condenado ou Indenização;
circunstância que determine ou autorize Pode solicitar a concessão de liminar,
diminuição especial da pena. se for o caso.
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OAB 2ª Fase Penal
Direito Penal
1 Nexo de causalidade
Consequências:
O problema é resolvido pelo art. 13, caput, do CP: Há exclusão da causalidade
decorrente da conduta. Ou seja, o agente responde somente por aquilo que deu
causa. Se o enunciado apontar dolo de lesão corporal, por exemplo, o agente
responderá por aquilo que deu causa: lesão corporal (leve, grave ou gravíssima).
Consequências:
No caso de causas relativamente independentes preexistentes ou
concomitantes, o agente responde pelo resultado pretendido (cuidado: a
condição deve ser conhecida do agente ou ao menos existir possibilidade
de conhecimento, sob pena de responsabilidade penal objetiva). Já no caso
de causas relativamente independente superveniente o agente responde
pelos atos até então praticados.
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OAB 2ª Fase Penal
O sujeito prevê o resultado e assume o risco O sujeito também prevê o resultado, mas
de produzi-lo. Segue em diante na sua acha que não vai ocorrer, ou tem habilidade
atitude criminosa, indiferente ao resultado, para que não ocorra o resultado.
ele aceita o resultado. Assim, responde na
modalidade dolosa.
3 Princípio da insignificância
O princípio da insignificância é causa de excludente de tipicidade. O fato é
materialmente atípico, apesar de estar previsto na lei como infração penal, em razão
da pequena (insignificante) lesão ao bem jurídico tutelado.
IMPORTANTE:
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OAB 2ª Fase Penal
Iter criminis
O iter criminis é o conjunto de fases pelas quais passa o delito. É o caminho do crime:
Os ato preparatório não constituem crime, é necessário dar início a execução do delito.
Tentativa
Tentativa é a execução iniciada de um crime, que não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente.
É uma causa de redução da pena, em que se considera a pena do crime consumado
diminuida de 1/3 a 2/3.
Desistência voluntária:
O agente dá início à execução do delito, mas não esgota a sua potencialidade lesiva,
desistindo de dar prosseguimento nos atos executórios.
Arrependimento eficaz:
O agente esgota os meios executórios, mas antes da consumação ele se arrepende e
evita o resultado.
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IMPORTANTE:
Devem decorrer de atos voluntários, ainda que não sejam espontâneos. Ou seja, não
se exige que a ideia de interromper os atos executórios ou de se arrepender tenha se
originado na mente do agente, se admitindo que o agente seja influenciado por
terceira pessoa.
Além disso, é necessário que a atuação do agente seja apta a evitar a produção do
resultado, sendo, portanto, eficaz. Se o crime alcançou a consumação, o agente
responderá pelo delito (isso porque o arrependimento não foi eficaz).
Consequências:
O agente responde pelos atos praticados, se forem típicos. Exemplo: O
sujeito que entra em uma residência, mas desiste de furtar o celular,
responde por violação de domicílio e não tentativa de furto.
6 Arrependimento posterior
Trata-se de causa obrigatória de diminuição da pena que incide quando o agente,
responsável pelo crime praticado sem violência ou grave ameaça à pessoa, repara o
dano provocado ou restitui a coisa, desde que por ato voluntário do agente, até o
recebimento da denúncia ou da queixa.
Se a reparação do dano ou restituição da coisa ocorrer depois do recebimento
da denúncia, incide a atenuante genérica prevista no artigo 65, III, “b”, do CP.
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OAB 2ª Fase Penal
CUIDADO:
Peculato culposo: Nos termos do artigo 312, § 3º, do Código Penal, no caso do
peculato culposo, se anterior à sentença transitada em julgado, a reparação é
causa de extinção da punibilidade; se a reparação do dano for posterior à
sentença irrecorrível, incide causa de diminuição da pena até metade da pena
imposta.
Estelionato mediante emissão de cheque sem fundos: No caso da emissão de
cheque sem suficiente provisão de fundos, a reparação do dano até o
recebimento da denúncia impede o prosseguimento da ação penal, adotando-se
uma interpretação a contrario sensu da Súmula 554 do Supremo Tribunal Federal.
RESUMINDO:
Atenuante
Desistência Arrependimento Arrependimento genérica do art.
voluntária eficaz posterior 65, III, b, do CP
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OAB 2ª Fase Penal
7 Crime impossível
Ocorre quando o meio ou instrumento que o sujeito utilizou para a execução do
delito leva a impossibilidade absoluta de consumação do crime. Está previsto no
artigo 17 do Código Penal.
Consequências:
Não constitui crime. Trata-se, pois, de fato atípico!
Se for alegar em resposta acusação Absolvição sumária - art. 397, III, do CPP;
Se for alegar em memoriais ou apelação Absolvição - art. 386, III, do CPP;
Se for alegar em procedimento do júri Absolvição sumária, art. 415, III, do CPP.
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8 Erro de tipo
O erro de tipo é o erro que recai sobre um dos elementos constitutivos do tipo penal.
Há uma falsa percepção da realidade que cerca o agente. O agente desenvolve uma
conduta sem saber que está praticando um fato típico.
Ocorre quando não pode ser Ocorre quando pode ser evitado
evitado pela normal diligência. pela diligência ordinária, resultando
de imprudência ou negligência.
Exclui o dolo e a culpa, sendo o fato
atípico. Exclui o dolo, mas não a culpa,
respondendo o agente por crime
culposo, se previsto em lei.
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OAB 2ª Fase Penal
9 Excludentes de ilicitude
Estado de necessidade:
É a causa de exclusão da ilicitude da conduta de quem, não tendo o dever legal de
enfrentar o perigo atual, a qual não provocou por sua vontade, sacrifica um bem
jurídico ameaçado por esse perigo para salvar outro, próprio ou alheio, cuja perda não
era razoável exigir. Exemplo: Um pedestre joga-se na frente de um motorista, que, para
preservar a vida humana, opta por desviar e colidir com outro que se encontrava
estacionado nas proximidades.
Legítima defesa:
Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Exemplo: “A”
está perseguindo “B” para atacá-lo a golpes de faca. “B” poderá sacar de uma arma
para repelir a injusta agressão.
É o desempenho de uma atividade ou a prática de uma conduta autorizada por lei, que
torna lícito um fato típico. Exemplo: prisão em flagrante realizada por um particular.
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10 Excludente de culpabilidade
Inimputabilidade
Artigo 26, caput, do Código Penal: inimputabilidade pode ser por
doença/enfermidade mental ou por embriaguez completa/acidental.
Se for reconhecida a inimputabilidade por doença mental, o juiz deverá proferir
sentença absolutória imprópria, aplicando medida de segurança.
Nos casos do parágrafo único do art. 26 do CP, ingressam as doenças mentais
que não retiram do sujeito a capacidade intelectiva ou volitiva, MAS DIMINUEM
essa capacidade. Trata-se de causa de diminuição da pena.
Consequências:
Se for um erro de proibição inevitável, o sujeito é isento de pena. Se for
um erro evitável, ocorre uma redução da pena.
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OAB 2ª Fase Penal
11 Teoria da Pena
Fixação da pena
1ª Fase:
Pena base do mínimo legal, considerando as
circunstâncias judiciais favoráveis (Súmula 444
do STJ) - Inquérito policial ou ação penal em
curso não afastam a pena do mínimo legal.
2ª Fase:
Considerar a presença de eventual agravante
(afastar – art. 61 e 62 do CP) e de eventual
atenuante (apontar – art. 65 e 66 do CP).
3ª Fase:
Observar as causas de aumento de pena que quer
afastar, e causas de diminuição que quer apontar.
OBS: Aqui a pena pode ficar abaixo do mínimo
legal, de modo que deve-se buscar a fração que
mais irá diminuir a pena.
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Fixação da pena
SURSIS
Requisitos
Objetivos Subjetivos
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