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Indicações de bibliográficas:
Art. 28, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40 Lei 11343/06
Lei 6368/73
Art. 288 do CP
Súmula 512 STJ
Informativo 509, 527, 604 do STF
Palavras-chave:
Aula – 03
LEI DE DROGAS
Lei 11343/06
Caso ofereça droga para alguém para que consuma sozinho estará praticando o crime de tráfico
do art. 33 caput. Caso use de forma compartilhada será o crime do §3º.
Ocasionalmente, que não ocorre de forma reiterada. Basta apenas uma vez, mas não precisa ser
apenas uma.
Nesse caso pode ser ter a oferta algumas vezes porém não há reiteração.
O tráfico de drogas tem o lucro como elemento ínsito ao delito. Se o agente oferece droga com o
objetivo de lucro, pratica o art. 33 caput.
Se oferecer a droga na roda para mais de uma pessoa haverá o concurso formal impróprio.
Consumação
Com a oferta. Não é preciso que a pessoa aceite a oferta ou que venha a usar a droga. O uso é
um especial fim de agir.
Não se exige que no momento o agente esteja portando a droga consigo. Basta a oferta
Mas se ele tiver a droga e efetivamente usa-lá, incide em concurso de crimes com o art. 28.
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas
de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que
o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas
nem integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012)
Natureza jurídica
Primariedade
Bons antecedentes
Não se dedicar a atividades criminosas
Não se provam fatos negativos de que por exemplo o individuo não integra organização criminosa
ou se dedica atividades criminosas. Será um inversão do ônus da prova porque caberá a
acusação provar
Aplicabilidade
Pena de 3 a 15 anos
Lei 11.343 / 06
Pena de 5 a 15 anos.
Retroatividade
A aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33 §4º da lei de drogas não afasta a
hediondez do crime de tráfico de drogas.
Bis in idem
O juiz não pode considerar a quantidade de drogas para a redução do §4º (1/6 a 2/3) porque já é
considerada a quantidade na dosimetria da pena base.
A quantidade de droga só pode ser utilizada em somente uma das etapas da aplicação da pena.
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59
do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a
conduta social do agente
STJ - Não se aplica a causa de diminuição se o réu foi condenado a associação ao tráfico.
O legislador não quis que o condenado permaneça em liberdade, com a redução pode ficar
abaixo de 4 anos a pena e dar causa a PRD.
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são
inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada
a conversão de suas penas em restritivas de direitos.
A Constituição traz o principio da individualização da pena e não pode uma lei estabelecer um
mesmo regime de pena para todos por exemplo (generalizar)
Vedar a substituição da PPL para PRD viola o princípio constitucional da individualização da pena
O STF declarou inconstitucionais os dispositivos 33§4º e 44º da lei de drogas só no que toca na
substituição. O Senado editou a resolução 5/2012, mas só suspendeu o art. 33§4º e não
abrangeu o art. 44 da lei. (grande equivoco do Senado)
Com isso os Tribunais começaram a substituir a PPL com PRD no tráfico por conta desse HC.
Além disso o regime semiaberto ou aberto pode também ser aplicado.
STF, HC 133928 /SP – Deve haver a substituição da pena de PPL por PRD
Art. 34 da Lei.
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a
qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário,
aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou
transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
O objeto esta ligado a manufatura da droga, a droga por si só ainda não existe.
Não, basta que sejam utilizados nessa finalidade ilícita, ainda que tenham sido fabricados para
finalidade lícita.
Ex.: lamina de barbear, papelotes, sacos plásticos, fita crepe, tampa de caneta.
O art. 34 é subsidiário com relação ao 33. O agente só responde pelo crime de tráfico 33 caput,
ou seja, havendo a prática de ambos no mesmo contexto ele fica absorvido pelo art. 33. (Luis
Flávio Gomes e Renato Marcão – Livro sobre drogas - )
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou
não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil
e duzentos) dias-multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a
prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.
Associação Criminosa
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer
crimes: (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de
2013) (Vigência)
Sendo permanente tem a consequência penal de que se uma nova lei vier se aplica ainda que
mais severa.
Os agentes tem que se associar de forma permanente e estável com o especial fim de agir de
praticar o tráfico
A associação deve ser estável, a associação criminosa e para o tráfico jamais pode ser eventual,
assim diferencia-se a associação para o mero concurso de pessoas.
STF informativo 509 HC 139.942 /SP - Dessa forma a conduta é atípica se não houver o animus
permanente e duradouro
Consumação
O crime se consuma com a efetiva associação. Não precisa praticar o delito de tráfico.
Tentativa
Não cabe.
Crime hediondo
A associação para o tráfico não é crime equiparado para hediondo porque a lei usa critério legal e
a lei não diz sobre a associação.
Exceção à teoria monista do concurso de pessoas porque um responde pelo art. 33 caput e o
outro pelo art. 36
Consumação
Art. 37 da lei
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à
prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1 o, e 34 desta Lei:
Ex.: Tem loja de malas e faz fundos falsos nas malas para o tráfico.
Consumação
O agente nos pode ser integrante da organização porque se compuser a organização pratica o
art. 35 e estará associado para o tráfico
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o
paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Se houver consequência, a vítima morrer ou sofrer lesão corporal o agente responderá por
esses crimes