Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Direito Penal
Lei penal no tempo
Art. 2º do CP
b) Concomitantes
Tentativa Não têm nenhuma relação com a
Art. 14, II, do CP conduta e produzem o resultado
A causa que efetivamente produziu o independentemente desta, no
resultado surge no exato momento da entanto, por coincidência, atuam
conduta do agente. Para caracterizar ao menos crime tentado, deve o exatamente no instante em que a
agente passar pelos atos preparatórios e dar início ação é realizada.
c) Supervenientes (art. 13, §1°, do CP) à execução do delito, que, por razões alheias à
sua vontade, não alcance a consumação. c) Supervenientes
A causa que efetivamente produziu o
resultado ocorre depois da conduta São causas que atuam após a
praticada pelo agente. conduta.
Arrependimento
posterior
Art. 16 do CP
Erro de tipo acidental
Crime praticado sem violência ou grave
ameaça à pessoa;
O agente repara o dano provocado ou restitui
Excludentes de ilicitude
Erro quanto à pessoa
a coisa, de forma voluntária, até o Art. 23 do CP
recebimento da denúncia ou da queixa; Art. 20, § 3º, do CP)
Causa obrigatória de diminuição da pena. O agente desenvolve conduta voltada a atingir
a pessoa pretendida, mas, confundindo-se em
relação à sua identidade, atinge pessoa Estado de necessidade
Crime impossível diversa; Art. 24 do CP
Art. 17 do CP
Consideram-se as condições e qualidades da Conduta de quem, não tendo o dever legal de
vítima pretendida. enfrentar o perigo atual, o qual não provocou
Por ineficácia absoluta do meio: o meio de por sua vontade, sacrifica um bem jurídico
execução ou instrumento utilizado pelo agente ameaçado por esse perigo para salvar outro,
será incapaz de produzir qualquer resultado. próprio ou alheio, cuja perda não era razoável
Pela impropriedade absoluta do objeto:
compreende a pessoa ou coisa sobre o qual
recai a conduta do agente.
Do Crime exigir.
Erro na execução ou
Legítima defesa aberratio ictus
Art. 73 do CP
Art. 25 do CP Resultado diverso do pretendido
Exige a presença simultânea dos seguintes ou aberratio criminis Por acidente, o agente, em vez de atingir a
requisitos: pessoa pretendida, atinge pessoa diversa;
Art. 74 do CP
Por erro nos meios de execução, o agente, em
Agressão injusta; vez de atingir a pessoa pretendida, atinge
O agente pretendia praticar um crime, mas acaba
praticando crime diverso do pretendido. pessoa diversa.
Atual ou iminente;
Contra direito próprio ou alheio;
Reação com os meios necessários;
Consequências Consequências
Moderação no uso dos meios necessários; Resultado simples => o agente responde pelo
resultado produzido a título de culpa, se o fato é Resultado simples => consideram-se as
Elemento subjetivo: consciência de que previsto como crime culposo; condições e qualidades da vítima pretendida;
está reagindo a injusta agressão.
Resultado duplo => aplica-se a regra do
Resultado duplo => aplica-se a regra do concurso concurso formal de crimes.
formal de crimes.
Teoria do crime culposo
Art. 18, II, do CP
Identidade de infrações.
Cooperação
dolosamente distinta
As circunstâncias e as condições de
Próprio agente Fato caráter pessoal não se comunicam,
salvo quando elementares do crime.
Penas restritivas de direitos e violência
doméstica ou familiar contra a mulher
Penas restritivas de
direitos
Art. 44 do CP Súmula 588 do STJ Reincidência
A prática de crime ou contravenção penal
contra a mulher com violência ou grave Art. 63 do CP
ameaça no ambiente doméstico
Conceito impossibilita a substituição da pena
privativa de liberdade por restritiva de
Penas substitutivas das privativas de direitos. Conceito
liberdade, expressamente previstas
em lei; Há reincidência somente quando o
novo crime for cometido após a
Para autores de infrações penais sentença condenatória de que não
consideradas mais leves. cabe mais recurso.
Requisitos objetivos
Aplicação
da Pena CRIME + CRIME = REINCIDENTE (art. 63 do
CP)
CRIME + CONTRAVENÇÃO = REINCIDENTE
a) Quantidade da pena aplicada: (art. 7º da LCP)
Nos crimes dolosos, praticados CONTRAVENÇÃO + CONTRAVENÇÃO =
sem violência ou grave ameaça, Requisitos subjetivos REINCIDENTE (art. 7º da LCP)
apenados com reclusão ou
detenção: pena de até 4 anos. CONTRAVENÇÃO + CRIME = NÃO
REINCIDENTE
Crime culposo: a substituição a) Réu não reincidente em crime doloso:
será possível independentemente
da quantidade da pena imposta. Exceção => art. 44, § 3º, do CP: Se, em face de
condenação anterior, a medida for socialmente
b) Natureza do crime cometido: recomendável e a reincidência não se tenha operado em
virtude da prática do mesmo crime, será possível aplicar a
Crimes dolosos: crimes cometidos substituição.
sem violência ou grave ameaça à
pessoa. b) A culpabilidade, os antecedentes, a conduta ou a personalidade
ou ainda os motivos e circunstâncias recomendarem a substituição.
Aplicação da pena
e reincidência Segunda fase da fixação da pena:
circunstâncias agravantes e atenuantes
Art. 68 do CP
Agravante
1ª fase: circunstâncias do art. 59 do CP; Somente pode ser aplicada se
expressamente prevista em lei. Terceira fase da aplicação da pena: causas
2ª fase: atenuantes e agravantes; de aumento e de diminuição da pena
3ª fase: causas de diminuição e de Atenuante Com a causa de aumento ou de
aumento. Pode ser aplicada embora não prevista diminuição de pena, o juiz pode aplicar
em lei, levando em conta circunstância pena acima da máxima ou inferior à
relevante, anterior ou posterior ao crime mínima cominada em abstrato.
Eficácia temporal da (art. 66 do CP).
condenação anterior para Crimes que não
efeito da reincidência
Art. 64, I, do CP Aplicação induzem reincidência
Art. 64, II, do CP
Aplicação da Pena
Concurso formal imperfeito Aplicação da pena
As penas devem ser somadas, adotando-
se o critério do cúmulo material. Crime continuado Crime continuado comum: aplica-
se a pena do crime mais grave,
Art. 71 do CP aumentada de 1/6 até 2/3.
Causas de
revogação do sursis
Revogação obrigatória Revogação facultativa
Art. 81 do CP Art. 81, § 1º, do CP
Beneficiário é condenado, em sentença irrecorrível, Condenado deixa de cumprir qualquer
por crime doloso => se a nova condenação for outra condição imposta;
O condenado deverá cumprir integralmente somente à pena de multa, não haverá revogação do
a pena privativa de liberdade cuja execução benefício; Condenação irrecorrível, por crime
se encontrava suspensa, desconsiderando o culposo ou contravenção, à pena
tempo que permaneceu no período de Beneficiário frustra, embora solvente, a execução
de pena de multa ou não efetua, sem motivo privativa de liberdade e restritiva de
prova, ainda que tenha cumprido as direitos.
condições impostas. justificado, a reparação do dano;
Beneficiário descumpre a condição do § 1º do art. 78
do CP (prestação de serviços à comunidade ou
limitação de fim de semana).
Conceito Requisitos subjetivos
Destinado a antecipar o retorno do
condenado ao convívio social, mediante
determinadas condições e de forma
precária, desde que preenchidos os Bom comportamento durante a Não cometimento de falta grave nos últimos 12
requisitos legais. execução da pena; meses - STJ considera objetivo;
Bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído;
Requisitos objetivos Súmula nº 441 do STJ: A falta grave não
Aptidão para prover a própria subsistência
interrompe o prazo para obtenção de
Art. 83, I, II, IV e V, do CP livramento condicional. mediante trabalho honesto.
Efeitos da Condenação
Efeitos específicos
Art. 92 do CP
Perda de cargo, função Incapacidade para o exercício do Inabilitação para dirigir veículo =>
pública ou mandato eletivo: poder familiar, tutela ou curatela => depende das seguintes condições:
a) quando aplicada pena privativa de liberdade depende das seguintes condições: a) crime doloso;
por tempo igual ou superior a 1 ano, nos crimes b) que o veículo tenha sido utilizado
praticados com abuso de poder ou violação de a) vínculo entre o autor do fato e a vítima;
b) crime doloso; “como meio” para a sua prática.
dever para com a Administração Pública;
b) quando for aplicada pena privativa de c) que seja cominada pena de reclusão.
liberdade por tempo superior a 4 anos nos
demais casos.
Morte do agente
Sendo personalíssima a responsabilidade penal, a
morte do agente faz com que o Estado perca o Perdão judicial
direito de punir, não se transmitindo a seus herdeiros
qualquer obrigação de natureza penal. O juiz, não obstante comprovada a prática da
infração penal pelo sujeito culpado, deixa de
aplicar a pena em face de justificadas
circunstâncias.
Anistia, graça ou indulto
Ex: art. 121, §5º, do CP e art. 180, §5º, do CP.
Anistia: é direcionada a fatos e não pessoas e a
competência é do Congresso Nacional (ex: Lei É uma decisão declaratória - não gera
6.683/79) - apaga todos os efeitos penais. reincidência (art. 120 do CP e Súmula 18 do
STJ).
Graça: de iniciativa do Presidente da República e
é individual - não apaga os efeitos penais
secundários - continua sendo reincidente se
cometer novo crime.
Extinção da
Indulto: de iniciativa do Presidente da República e
é coletivo - não apaga os efeitos penais
Punibilidade Renúncia ou perdão
secundários - continua sendo reincidente se do ofendido
cometer novo crime (Súmula 631 do STJ).
Queixa-crime
Cuidado: crimes hediondos ou equiparados
não possuem direito a anistia, graça ou Decadência, perempção Perdão do
indulto. Renúncia
e prescrição ofendido
Homicídio qualificado
Art. 121, § 2º, do CP
Mediante paga ou promessa Com emprego de veneno, fogo, explosivo, Para assegurar a execução, a ocultação, a
de recompensa, ou por outro asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou impunidade ou vantagem de outro crime;
motivo torpe; cruel, ou de que possa resultar perigo
comum; Contra agente de segurança pública;
Motivo fútil; Com emprego de arma de fogo de uso
À traição, de emboscada, ou mediante
dissimulação ou outro recurso que dificulte restrito ou proibido;
Feminicídio; ou torne impossível a defesa do ofendido; Contra menor de 14 anos.
Crimes
contra a Vida
Homicídio contra Feminicídio Homicídio funcional
menor de 14 anos
Art. 121, § 2º, VI, § 2º-A, do CP Art. 121, § 2º, VII, do CP
Art. 121, § 2º, IX, do CP
Causa de aumento de pena: Contexto de violência doméstica Praticado contra integrantes dos
e familiar; OU órgãos de segurança pública, bem
I – 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é como seus parentes consanguíneos
pessoa com deficiência ou com doença que Menosprezo ou discriminação à até terceiro grau;
implique o aumento de sua vulnerabilidade; condição de mulher.
II – 2/3 (dois terços) se o autor é ascendente, Necessário que o homicídio tenha
padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, sido praticado no exercício da
companheiro, tutor, curador, preceptor ou função ou em decorrência dela.
empregador da vítima ou por qualquer outro
título tiver autoridade sobre ela.
Infanticídio
Perdão judicial Art. 123 do CP
Art. 121, § 5º, do CP
Induzimento, instigação
Conceito ou auxílio a suicídio ou a
Aplicável somente ao autor do
Homicídio cometido pela mãe contra
automutilação
homicídio culposo.
seu filho, nascente ou recém-nascido,
sob a influência do estado puerperal.
3) Imperícia.
a Vida Se resultar lesão corporal de natureza
grave ou gravíssima;
Se resultar morte.
Aborto
Arts. 124 a 128 do CP
Aborto provocado pela gestante ou com Aborto provocado por terceiro sem o
seu consentimento (art. 124) consentimento da gestante (art. 125 do CP)
Lesão Corporal
Lesão corporal contra Violência doméstica
agente de segurança pública Lesão corporal no contexto de Art. 129, § 9º, do CP
Art. 129, § 12, do CP violência doméstica e familiar
Praticada contra ascendente, descendente,
contra a mulher irmão, cônjuge ou companheiro, ou com
Praticada contra autoridade ou agente descrito Art. 129, §13, do CP quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda,
nos arts. 142 e 144 da CF/1988, integrantes do prevalecendo-se o agente das relações
sistema prisional e da Força Nacional de domésticas, de coabitação ou de
Segurança Pública, no exercício da função ou hospitalidade;
em decorrência dela, ou contra seu cônjuge,
companheiro ou parente consanguíneo até Incide se a lesão corporal for de natureza leve.
terceiro grau, em razão dessa condição; Praticada contra a mulher, por razões Se for grave, gravíssima ou seguida de morte,
da condição do sexo feminino. incidirá, ainda, causa de aumento de pena em
Aumento da pena de um a dois terços; 1/3, nos termos do art. 129, § 10, do CP.
Crime hediondo.
Calúnia
Art. 138 do CP Difamação
Art. 139 do CP
Atribuir a outrem, falsamente, a prática de fato
definido como crime;
Desacreditar publicamente uma pessoa, ofendendo
O fato atribuído deve ser definido como crime; sua reputação;
O fato criminoso deve ser determinado => um Exemplo: espalhar o fato de que a vítima não pagou
caso concreto; aos credores “A”, “B” e “C”, quando as dívidas X, Y e
Z venceram;
A imputação de fato definido como crime deve
ser falsa; Se o agente imputar falsamente fato definido como
contravenção: difamação.
Se o fato for verdadeiro: não há crime de calúnia.
Ofensa à dignidade ou ao decoro de outrem. É suficiente que o ato seja revestido de idoneidade ofensiva.
Consumação
Calúnia, difamação e injúria
Quando a vítima toma ciência da imputação ofensiva,
independentemente de sentir-se ou não atingida em sua ESCRITA:
honra subjetiva.
Admite tentativa
Injúria em razão de raça, cor, Se a injúria consiste na utilização Se a injúria consiste em violência
etnia ou procedência nacional. de elementos referentes a ou vias de fato, que, por sua
religião ou à condição de pessoa natureza ou pelo meio empregado,
idosa ou com deficiência. se considerem aviltantes.
Furto
Art. 155 do CP
Roubo
Art. 157 do CP Roubo próprio Roubo impróprio
Conceito Conceito
Meios violentos
Retirar de outrem bem móvel, sem a sua permissão. Retirar de outrem bem móvel, sem a
sua permissão, com o emprego de
Furto noturno: Art. 155, § 1° do CP grave ameaça ou violência contra a Antes ou Após a subtração
pessoa, ou, por qualquer outro durante a da coisa a fim de
Furto privilegiado: Art. 155, § 2° do CP meio, reduzir à impossibilidade de execução da assegurar a
resistência. subtração. impunidade.
Furto qualificado: Art. 155, § 4° do CP
Extorsão
Art. 158 do CP
Dano
Art. 163 do CP
A diferença em relação ao roubo concentra- Extorsão qualificada
se no fato de a extorsão exigir a participação Art. 158, §§ 2° e 3° do CP
ativa da vítima fazendo alguma coisa,
tolerando que se faça ou deixando de fazer
algo em virtude da ameaça ou da violência Destruir, inutilizar ou
sofrida. deteriorar coisa alheia.
Extorsão mediante sequestro
Art. 159 do CP
Crimes contra o
Aumento de pena:
Patrimônio
Em depósito necessário;
Na qualidade de tutor, curador,
síndico, liquidatário, inventariante,
Receptação
testamenteiro ou depositário Art. 180 do CP
judicial;
Em razão de ofício, emprego ou Escusas absolutórias
profissão.
Art. 181 a 183 do CP
Fato de adquirir, receber, transportar,
conduzir ou ocultar, em proveito
a) Cônjuge, na constância da sociedade próprio ou alheio, coisa que sabe ser
conjugal; Imunidade absoluta produto de crime, ou influir para que
terceiro, de boa-fé, a adquira, receba
Hipóteses ou oculte.
b) Ascendente ou descendente, seja o
parentesco legítimo ou ilegítimo, seja
civil ou natural.
Estupro Consumação: prática do ato de libidinagem.
Art. 213 do CP Tentativa: quando iniciada a execução, o ato
sexual visado não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente.
Conduta típica: Conduta típica:
Formas qualificadas: art. 213, §§ 1º e 2º, do CP.
Constranger = impedir a liberdade, forçar ou Prática de conjunção carnal ou de ato
coagir para obter a conjunção carnal. libidinoso diverso contra homens ou
Ato libidinoso = destinado a satisfazer a Violação sexual mulheres, mediante fraude ou outro meio
lascívia, o apetite sexual do agente. que impeça ou dificulte a livre manifestação
Conjunção carnal = é a cópula vagínica. mediante fraude de vontade da vítima.
Art. 215 do CP Cuidado
Sujeito passivo: Se a vítima estiver absolutamente embriagada,
Consuma-se o delito com a prática do absolutamente narcotizada, dormindo, em
Atualmente, o estupro poderá ter como ato de libidinagem. estados de inconsciência, elevada senilidade,
sujeito passivo homens ou mulheres, quando deficiência física que a incapacite de resistir
constrangidos à prática de atos libidinosos etc., teremos estupro contra vulnerável.
de qualquer natureza.
Crimes contra a
Importunação sexual
Dignidade Sexual
Art. 215-A do CP Cuidado
Estupro de vulnerável
Incide o crime de estupro de vulnerável Art. 217-A do CP
Atenção: crime que contém subsidiariedade independentemente do consentimento da
expressa, ou seja, aplicam-se as penas da vítima ou do fato de ela ter mantido
importunação sexual se a conduta não relações sexuais anteriormente ao crime Conduta típica
Conduta típica:
caracteriza crime mais grave. (art. 217-A, § 5º, do CP).
A consumação ocorrerá com a conjunção 1) Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
Praticar ato libidinoso, carnal ou ato libidinoso diverso da libidinoso com menor de 14 anos;
Conduta típica: 2) Com pessoa portadora de enfermidade ou
com o propósito de conjunção carnal.
satisfazer sua lascívia deficiência mental ou incapaz de
ou a de terceiro. discernimento para a prática do ato;
Formas qualificadas: art. 217-A, §§ 3º e 4º, 3) Ou que, por qualquer outra causa, não
Cuidado do CP. apresenta condições de oferecer resistência.
Se o agente se masturbar em praça pública, sem
visar a uma pessoa determinada, estará praticando Ação penal: art. 225 do CP.
o crime de ato obsceno (art. 233 do CP). Se o agente não sabia que a
Importante: vítima era menor de 14 anos de
Importante: nos crimes contra a dignidade idade, pode incidir o erro de
A consumação ocorre com a prática do ato sexual, a ação penal será sempre pública tipo (art. 20, caput, do CP).
libidinoso. incondicionada.
Falsificação de
documento público Moeda falsa
Art. 297 do CP
Art. 289 do CP
Conduta típica
Conduta típica Consumação e tentativa
Falsidade material, ou seja, aquela que
diz respeito à forma do documento; Falsificar, fabricando ou alterando, moeda O crime consuma-se no momento da
metálica ou papel-moeda de curso legal fabricação ou da alteração da moeda,
Falsificar: significa formar, criar um no País ou no estrangeiro; desde que idônea a iludir;
documento;
Alterar: significa modificar o documento. É essencial que a falsificação seja A tentativa é possível.
convincente, isto é, capaz de iludir os
destinatários da moeda.
Falsificação de
documento particular
Consumação e tentativa
O crime consuma-se com a falsificação Crimes contra a Art. 298 do CP
Fé Pública
ou alteração do documento, sendo
prescindível o uso efetivo deste;
Conduta típica
A tentativa é possível;
Também se trata de falsidade material, ou
Súmula nº 17 do STJ: “Quando o falso se seja, aquela que diz respeito à forma do
exaure no estelionato, sem mais documento;
potencialidade lesiva, é por este
absorvido” => Regra de que o crime-fim Falsidade ideológica Falsificar: significa formar, criar um
absorve o crime-meio. documento;
Art. 299 do CP
Alterar: significa modificar o documento.
Peculato-desvio (art.
Peculato-apropriação
(art. 312, caput, 1ª 312, caput, 2ª parte, Peculato-furto (art. Corrupção passiva
parte, do CP): do CP): 312, § 1º, do CP):
Art. 317 do CP
O agente tem a posse (ou O agente tem a posse O agente não tem a posse
detenção) lícita do bem da coisa e lhe dá ou detenção do bem, mas Conduta típica
móvel, público ou particular, destinação diversa da se vale da facilidade que lhe
e inverte esse título, pois exigida por lei, agindo proporciona a qualidade de Três são as condutas típicas previstas:
passa a comportar-se como em proveito próprio funcionário público para
se dono fosse. ou de terceiro. realizar a subtração. Solicitar: o funcionário solicita
vantagem;
Receber: o funcionário recebe a
Crimes contra a
Conduta típica Corrupção ativa
Qualquer ato ou emprego de palavras
Administração Art. 333 do CP
que causem vexame, humilhação, falta de
respeito ao funcionário público; Pública Conduta típica
No exercício da função, OU em razão do
exercício da função.
OFERECER vantagem indevida;
PROMETER vantagem indevida.
Descaminho Contrabando
Art. 334 do CP Art. 334-A do CP
Consumação e tentativa
Crimes contra a
Administração da Justiça
Comunicação falsa de Conduta típica Denunciação caluniosa
crime ou de contravenção O agente dá causa à instauração de: Art. 339 do CP
Art. 340 do CP
Inquérito policial;
Procedimento investigatório criminal;
Elemento subjetivo:
Processo judicial;
O agente comunica à autoridade a Processo administrativo disciplinar;
prática de crime ou contravenção
penal que não se verificou; Inquérito civil;
Ação de improbidade administrativa.
Não há a imputação a uma pessoa Dolo: imprescindível que o
determinada da prática de crime. denunciante saiba (dolo direto)
Contra pessoa, imputando-lhe crime, infração
ético-disciplinar ou ato ímprobo de que o sabe que o denunciado é inocente.
inocente.
É possível a tentativa.
Conduta típica
Consuma-se no momento em que, prestado o
efetivo auxílio, o agente favorecido obtém êxito
em sua ocultação, ainda que momentaneamente.
Crimes contra a
Administração da Justiça
Favorecimento real
Art. 349 do CP Delito acessório: sua tipificação fica na Consumação e tentativa
dependência da existência de um crime
antecedente, que pode ser de qualquer
Conduta típica natureza.
O crime consuma-se no momento
em que o agente presta auxílio,
independentemente de saber se o
Somente haverá o crime de agente conseguiu ou não tornar
O agente presta a criminoso, fora seguro o proveito do crime
dos casos de coautoria ou de favorecimento real se o agente não
estava previamente ajustado com os anterior.
receptação, auxílio destinado a
tornar seguro o proveito do crime autores do delito antecedente. Se
houve prévio ajuste, o agente É possível a tentativa.
responderá pelo mesmo delito, em
concurso de pessoas.