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com
Sistemas de processo penal:
Inquisitivo:
• Um único órgão acusa e julga
• O juiz dá início à ação e julga ao final
• Não há imparcialidade do julgador
• O procedimento é sigiloso
• Não há contraditório e a defesa é meramente decorativa
Acusatório:
• Distribuição das funções de acusar, defender e julgar a
órgãos diferentes
• Há imparcialidade do julgador
• Em regra o procedimento é público
• Há contraditório e ampla defesa
• A liberdade do réu é a regra
• O pacote anticrime adotou expressamente esse sistema
no CPP
Misto:
• A fase investigatória e persecutória preliminar é
conduzida por um juiz
• Na fase acusatória são assegurados todos os direitos do
acusado e independência entre acusação, defesa e juiz
Juiz das garantias:
• Introduzido no CPP pelo pacote anticrime
• A ideia é que um juiz atue na fase investigatória e outro
atue na fase processual
• O marco divisório do juiz das garantias e do juiz “comum”
da instrução e julgamento é o recebimento da
denúncia/queixa
• O juiz é responsável pelo controle da legalidade da
investigação e pela salvaguarda dos direitos individuais
• Suas decisões não vinculam o juiz da instrução e
julgamento
• O juiz das garantias não atua nas infrações me menor
potencial ofensivo
• O juiz “comum” que praticar qualquer ato de
competência do juiz de garantias ficará impedido de
funcionar no processo
• Algumas competências:
• Receber o APF para o controle da legalidade da prisão
• Ser informado sobre a instauração de qualquer
investigação criminal
• Sobre a prisão provisória ou outra medida cautelar:
decidir sobre o requerimento, prorrogar (contraditório em
audiência pública e oral), substituir ou revogar
• Prorrogar o prazo de duração ou trancar o inquérito
policial
• Requisitar documentos, laudos e informações ao
delegado
• Decidir sobre os requerimentos de: interceptação
telefônica, de fluxo de comunicação em sistemas de
informática; afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de
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dados e telefônico; busca e apreensão domiciliar; acesso a
informações sigilosas; outros meios de obtenção de prova
que restrinjam direitos fundamentais do investigado
• Julgar HC impetrado antes do oferecimento da denúncia
• Determinar a instauração de incidente de insanidade
mental
• Decidir sobre o recebimento de denúncia/queixa
• Decidir sobre a homologação de acordo de não
persecução penal ou os de colaboração premiada, quando
feitos durante a investigação
Atenção: o ministro Luiz Fux entendeu que o juiz das
garantias tem vício de inconstitucionalidade e suspendeu
sua eficácia por prazo indeterminado
Direito de defesa:
• Introduzido no CPP pelo pacote anticrime
• A regra é que não haja contraditório e ampla defesa no IP,
mas nos seguintes casos o investigado poderá constituir
defensor: servidores vinculados à PF, PRF, PFF, PC, PM,
corpo de bombeiros e polícias penais figurarem como
investigados em IPs e demais procedimentos extrajudiciais,
cujo objeto da investigação seja a fatos relacionados ao uso
da força letal praticado no exercício profissional, de forma
consumada ou tentada
• O investigado deve ser citado da instauração do
procedimento e pode constituir defensor em até 48h
• Passado o prazo de 48h sem nomeação de defensor pelo
investigado, a instituição a que estava vinculado à época
dos fatos deve ser intimada para indicar defensor para
representar o investigado no prazo de 48h
Inquérito policial:
• Procedimento administrativo prévio ao processo
• Informativo, inquisitório, busca autoria e materialidade
do fato, presidido pela autoridade policial judiciária
• Escrito, inquisitivo, sigiloso, dispensável, indisponível,
oficial, cautelar
• Notitia criminis: é o conhecimento tomado do fato
• Direta: a autoridade descobre sozinha
• Indireta: quando há a delatio criminis
• Coercitiva: decorrente do APF
• Delatio criminis: é a informação dada de um fato
• Simples: qualquer pessoa do povo informa um crime de
ação penal pública
• Postulatória: quando o ofendido relata um crime de
ação penal privada
• Inqualificada: informação anônima. Enseja a notitia
direta
• Início do IP:
• AP incondicionada: de ofício pelo delegado (portaria),
requisição do juiz ou MP, requerimento do ofendido (cabe
recurso para o chefe de polícia) ou APF
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• AP condicionada: representação do ofendido ou
requisição do ministro da justiça
• AP privada: queixa do ofendido
• Do despacho que indefere o requerimento do IP cabe
recurso para o chefe de polícia
• HC não arquiva o IP, mas gera o trancamento
• Não há nulidade em IP
Arquivamento e desarquivamento do IP:
Atenção: assunto alterado pelo pacote anticrime!
• MP ordena o arquivamento e remete os autos à instância
de revisão ministerial para homologação
• Atualmente o arquivamento é realizado no âmbito do MP
(antes era na justiça: o MP requeria o arquivamento e o juiz
homologava. Hoje não existe mais o controle judicial)
• Atualmente é possível o desarquivamento em qualquer
hipótese
• Se a vítima/seu representante não concordar com o
arquivamento poderá, no prazo de 30 dias do recebimento
da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância
competente do MP
Atenção: o ministro Luiz Fux entendeu sobre a
inconstitucionalidade do arquivamento do IP (falta de
previsão orçamentária para implementar), e suspendeu por
prazo indeterminado
Prazo para finalizar o IP:
• CPP: 10 dias preso e 30 + 30 dias solto
• Lei de drogas: 30 + 30 dias preso e 90 + 90 dias solto
• Lei federal: 15 + 15 dias preso e 30 + 30 dias solto
Poder de investigação do MP:
É pacífico o entendimento que o MP tem poder de
investig., não tendo a polícia judiciária (delegado) o
monopólio
• MP pode investigar
• MP não pode instaurar e presidir o inquérito policial (no
MP há um procedimento próprio, que é o PIC)
Condições da ação penal:
• Possibilidade jurídica do pedido: a conduta deve se
amoldar em um fato típico
• Interesse de agir: a via judicial é obrigatória. O Estado não
pode exercer o jus puniendi fora da ação penal
• Justa causa: lastro probatório mínimo, apto a justificar o
ajuizamento da ação penal
Atenção: pela literalidade do CPP, o pacote anticrime
colocou a justa causa como um pressuposto autônomo, não
ligado às condições da ação penal. Entretanto, a doutrina
continua entendendo que a justa causa é, sim, uma
condição da ação penal
• Legitimidade ativa: MP nas ações pública e vítima ou seu
representante nas ações privadas
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• Legitimidade passiva: quem praticou o crime (menores de
18 anos não podem ser sujeitos passivos em hipótese
alguma)
Pessoa jurídica na ação penal:
• Polo ativo: PJ pode figurar no polo ativo, sendo
representadas por quem os contratos ou estatutos
designarem (ou pelos diretores ou sócios-gerentes)
• Polo passivo: STF e STJ entendem que a PJ pode figurar no
polo passivo de ação penal por crime ambiental
Acordo de não persecução penal:
• Introduzido no CPP pelo pacote anticrime. Antes só era
previsto em uma resolução do CNMP
• Acordo em que o imputado se conforma com a imposição
de uma sanção (não privativa de liberdade) em troca de
eventual benefício (como redução da pena)
•Formalizado por escrito
• Firmado pelo MP, investigado e seu defensor
• Homologado pelo juiz em audiência (será verificada a
voluntariedade e legalidade do acordo):
• Se o juiz homologar: devolverá os autos ao MP para que
execute perante o juízo de execução penal
• Se o juiz não homologar: devolverá os autos ao MP para
que:
• Reformule a proposta: no caso de considerar
inadequada, insuficiente ou abusiva
• Analise a necessidade de complementação das
investigações ou oferecimento da denúncia: no caso de
recusar a homologação do acordo
• Da decisão que recusa a homologação cabe RESE
• Hipóteses que autorizam o MP a propor o acordo:
• Reparo do dano ou restituição da coisa à vítima, salvo
impossibilidade
• Renúncia voluntária a bens e direitos indicados pelo MP
como instrumentos, produto ou proveito do crime
• Prestação de serviço à comunidade ou entidades
públicas pelo período da pena mínima menos 1 a 2/3 (local
a ser indicado pelo juízo da execução)
• Pagamento de prestação pecuniária a entidade pública
ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução
• Cumprimento, por prazo determinado, de outra
condição indicada pelo MP, desde que proporcional e
compatível com a infração penal
• Hipóteses que não autorizam o MP a propor o acordo:
• Se couber transação penal de competência do JECRIM
• Reincidência ou elementos probatórios que indiquem
conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto
se insignificantes
• Agente que foi beneficiado nos últimos 5 anos do
cometimento da infração por acordo de não persecução,
transação penal ou suspensão condicional do processo
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• Crimes do âmbito de violência doméstica ou familiar, ou • Membros do MP

precitado contra mulher em razão do sexo feminino • Prefeitos
• Descumpridas as condições do acordo, o MP deve TRF:
comunicar ao juízo para que o acordo seja rescindido e • Crimes comuns e de responsabilidade:
depois seja oferecida denúncia • Juízes federais da área de sua jurisdição (incluídos os da
• A celebração e o cumprimento do acordo não constarão justiça militar e do trabalho)
da FAC • Membros do MPU
• Cumprido integralmente o acordo, haverá extinção da • Prefeitos, quando praticarem crimes federais
punibilidade STF:
Obs.: a não celebração do acordo não permite o • Crimes comuns:
oferecimento da ação penal privada subsidiária da pública, • PR e vice
uma vez que o MP não foi inerte • Membros do congresso
• Ministros do STF
Competência da justiça federal:
• PGR
• União for interessada como autora, ré, assistente ou
• Crimes comuns e de responsabilidade:
oponente
• Ministros de Estado
• Causas entre Estado estrangeiro e organismo
• Comandantes da marinha, exército e aeronáutica
internacional e município ou pessoa
• Membros dos tribunais superiores
• Crimes políticos e infrações penais contra bens, serviços e
• Membros do TCU
interesses da União, salvo as contravenções
• Chefes de missão diplomática de caráter permanente
• Crimes previstos em tratado/convenção
STJ:
• Causas sobre direitos humanos
• Crimes comuns:
• Crimes contra organização do trabalho
• Governadores
• Crimes contra o sistema financeiro e ordem econômica
• Crimes comuns e de responsabilidade:
• HC em matéria criminal
• Desembargadores dos TJs
• MS e HD contra ato de autoridade federal
• Membros dos TCE e TCDF
• Crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves
• Membros dos TRF, TER, TRT ou TCM
• Crimes de ingresso ou permanência irregular de
• Membros do MPU que oficiem perante tribunais
estrangeiro
• Execução de carta rogatória, após o exequatur Competência do júri e prerrogativa de função:
• Execução de sentença estrangeira (causas de • Foro privilegiado previsto na CF: prevalece o foro
nacionalidade e naturalização) • Foro privilegiado só na CE: prevalece o júri
• Disputa sobre direitos indígenas
Competência territorial:
• PGR pode suscitar em qualquer fase do IP ou processo,
• Crimes plurilocais comuns: teoria do resultado (onde se
incidente de deslocamento de competência para a justiça
consuma a infração)
federal nos casos de grave violação de direitos humanos
• Crimes plurilocais contra a vida: teoria da atividade (onde
Competência do tribunal do júri: começa a execução)
• Homicídio • Juizados especiais: teoria da atividade
• Instigação ou induzimento ao suicídio • Atos infracionais: teoria da atividade
• Infanticídio • Crimes tentados: último ato de execução
• Aborto doloso • Crimes praticados em aeronaves ou embarcações: local
Obs.: consumados ou tentados em que primeiro aportar ou pousar, ou no último local que
tenha aportado ou pousado
Competência que envolvem militar:
Crime doloso contra vida praticado por militar: Conexão e continência:
• Contra civil: tribunal do júri Conexão (crimes): 2 ou mais pessoas cometendo 2 ou mais
• Contra militar: justiça militar infrações
• Das forças armadas contra civil: justiça militar da União • Intersubjetiva por simultaneidade ocasional: duas pessoas
comentem infrações diversas no mesmo local e na mesma
Competência em razão da pessoa:
época, sem que estejam ligadas
TJs:
• Intersubjetiva por reciprocidade: os agentes praticam as
• Crimes comuns e de responsabilidade:
infrações uns contra os outros
• Juízes estaduais e do DF
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• Intersubjetiva por concurso: não importa o local e o
momento, desde que os agentes tenham atuado em
concurso
• Objetiva teleológica: uma infração serve para facilitar a
outra
• Objetiva consequencial: uma infração é cometida para
ocultar ou garantir a impunidade de outra
• Instrumental: a prova da ocorrência de uma infração e
sua autoria influencia na caracterização de outra
Continência (pessoas): 2 ou mais pessoas cometendo uma
única infração (lembrar dos soldados que batem
continência para uma só pessoa)
• Cumulação subjetiva: duas ou mais pessoas são acusadas
pela mesma infração
• Concurso formal: uma só conduta o agente pratica dois
ou mais crimes, sem ter a intenção de praticá-los
Competência:
• Regra geral: local que se consumar a infração
• Crime tentado: local do último ato de execução
• Se local incerto: prevenção
• Se local desconhecido: domicílio do réu
• Crime continuado/permanente: prevenção
• Crimes conexos/continentes:
1º: local do crime com pena máxima mais grave
2º: local do maior número de crimes
3º: prevenção
• Crime de ação exclusivamente privada: querelante pode
escolher o domicílio do réu, ainda que conhecido o lugar da
infração
Obs.: a inobservância da competência por prevenção gera
nulidade relativa
Exceções:
• Meios de defesa indireta, que não buscam impugnar o
mérito, mas algum ponto periférico (acusado busca a
extinção do processo sem conhecimento do mérito)
• Autuadas em apartado ao processo principal
• Em regra não têm efeito suspensivo
• Podem ser:
• Dilatórias: não extinguem o processo, mas procrastinam
o desenvolvimento
• Peremptórias: extinguem o processo
Suspeição:
• Amigo íntimo, inimigo capital, CAD que esteja
respondendo a processo por fato análogo, conselho,
credor, devedor, tutor ou curador, sócio, acionista ou
administrador de sociedade interessada
• Só pode ser arguida até a sentença (se for depois a parte
pode buscar a anulação dos atos)
• Interposta a exceção, o juiz pode:
• Acolher: deve se afastar do processo e remeter os autos
ao substituto (decisão irrecorrível)
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• Não acolher: deve autuar em apartado e apresentar
resposta escrita em 3 dias, remetendo os autos em 24h
para julgamento pelo tribunal
Incompetência:
• Só para incompetência territorial, que é relativa. As
incompetências absolutas devem ser em preliminar
• Verbal ou por escrito no prazo da defesa
• Juiz pode reconhecer de ofício e remeter ao subst.
• MP pode alegar quando atuar como fiscal da ordem
• Interposta a exceção, o juiz pode:
• Acolher: deve ser remetido ao competente e o processo
seguirá (os atos anteriores são ratificados)
• Não acolher: juiz continua no feito e toma por termo a
declinatória, se feita oralmente
• Recursos:
• Decisão que acolhe: RESE
• Decisão que rejeita: não cabe recurso, mas HC
Coisa julgada:
• Uma ação repete outra que já foi julgada
• Mesmas partes, pedido e causa de pedir
• Recursos:
• Decisão que acolhe: RESE
• Decisão que rejeita: não cabe recurso, mas HC
Litispendência:
• Uma ação repete outra em curso
• Mesmas partes, pedido e causa de pedir
• Recursos:
• Decisão que acolhe: RESE
• Decisão que rejeita: não cabe recurso, mas HC
• Decisão declarada de ofício pelo juiz: apelação, pois a
decisão será na sentença
Ilegitimidade da parte:
• Na titularidade da causa: ex.: quando é oferecida queixa
em ação pública. A exceção será peremptória nesse caso
(não pode ser sanada)
• Na capacidade processual: ex.: quando menor de 18 anos
apresenta queixa sem representante. A exceção será
dilatória nesse caso (pode ser sanada)
Restituição de coisas apreendidas:
• As coisas só podem ser restituídas depois do TJ
• Instrumentos/produtos do crime não podem ser
restituídos nem depois do TJ
• Pode ser ordenada por termo nos autos, se não houver
dúvida quanto ao direito, por:
• Autoridade policial
• Juiz
• O pedido será autuado em apartado se:
• Houver dúvida quanto ao direito, e o requerente terá 5
dias para provar
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• Se as coisas estiverem em poder de terceiro de boa-fé, • Arresto preparatório tem validade de 15 dias. Depois o
que será intimado para alegar e provar seu direito (só o juiz interessado deve inscrever a hipoteca legal
decidirá) • Bens móveis lícitos:
• O MP sempre será ouvido • Retirada dos bens móveis penhoráveis do agente e
• Dúvida sobre o verdadeiro dono: juiz remete para o juízo depósito para quem o juiz determinar
cível e ordena o depósito • Se os bens forem fungíveis e de fácil deterioração deve
• Coisas facilmente deterioráveis: avaliadas e leiloadas (o haver a venda e depósito dos valores
dinheiro será depositado ou entregue ao terceiro)
Diferenças: apreensão, sequestro, hipoteca e arresto:
• 90 dias após o TJ: juiz decretará a perda em favor da
Apreensão: bens móveis que tenham finalidade probatória
União se não for pedida a restituição
ou que constituam produto direto da infração
• Serão inutilizados ou recolhidos ao museu criminal (se
Sequestro: bens imóveis que constituam produto direto da
houver interesse na conservação):
infração e bens móveis ou imóveis que tenham sido
• Instrumentos do crime perdidos para a União
adquiridos com o lucro vindo do crime
• Coisas confiscadas
Hipoteca: bens imóveis que integram o patrimônio lícito do
Medidas assecuratórias: acusado
Sequestro: Arresto: bens imóveis do patrimônio lícito do acusado
• Bens imóveis ou móveis que tenham sido adquiridos com (preparatório da hipoteca) e bens móveis de origem lícita
o produto do crime ou que se constituam em proventos da que pertençam ao acusado
infração
Teoria geral da prova:
• Não precisa prova plena, basta indícios veementes
• Juiz não pode fundamentar sua decisão com base
• Só o juiz pode decretar (de ofício, a requerimento do MP
exclusivamente no IP, salvo se for prova cautelar, não
ou ofendido, ou por representação da polícia)
repetível ou antecipada
• Da decisão cabe apelação
• Livre convencimento motivado: o juiz deve valorar a
• Pode ser revogado ou substituído a qualquer tempo
prova da maneira que entender mais conveniente
Hipoteca legal:
• Fatos que não precisam ser provados: evidentes,
• Bens imóveis lícitos, que não têm a ver com o crime
notórios, inúteis e presunções legais
• A especialização da hipoteca pode ser requerida pelo
• Direitos que precisam ser provados: municipal, estadual e
ofendido em qualquer fase do processo
estrangeiro
• Doutrinadores entendem que a hipoteca também pode
Princípios:
ser requerida em fase investigatória
• Contraditório: a parte tem direito de contraprovar
• Certeza da infração e indícios suficientes da autoria
• Comunhão: autuada no processo, a prova deixa de ser da
• Requerimento pelo ofendido, seu representante legal ou
parte e passa a ser do processo
herdeiros, ou pelo MP, desde que o ofendido seja pobre e
• Oralidade: a prioridade é que as provas sejam produzidas
requeira a efetivação da medida ou haja interesse da FP
em audiência, na presença do juiz (subprincípios:
• Parte deve estimar o valor da responsabilidade civil
concentração, publicidade e imediação)
• Da decisão cabe apelação
• Autorresponsabilidade das partes: as partes respondem
Arresto:
pelo ônus de provar o fato que tenham que provar (ex.: se
• Ocorrência da infração/existência material do crime e
o autor da AP não prova autoria/materialidade, arcará com
indícios de autoria
a consequência da absolvição do acusado)
• Para que seja autorizado o arresto não é necessário que o
• Não auto-inciminação: a parte não é obrigada a produzir
réu se desfaça dos bens
prova contra si mesmo
• A indisponibilidade dos bens não traz prejuízos ao réu,
Ônus da prova:
pois ele terá seus bens desbloqueados, se absolvido no fim
• Acusador: deve provar a autoria e materialidade do fato
do processo
• Acusado: deve provar os fatos que alega em sua defesa
• Requerimento no IP e no processo: ofendido, seu
Formas de produção de prova:
representante legal ou herdeiros, ou pelo MP, desde que o
• Antecipada: como é prova cautelar, devem estar
ofendido seja pobre e requeira a efetivação da medida ou
presentes a existência de indícios de autoria e
haja interesse da FP
materialidade do fato e perigo de que a demora na
• Não cabe recurso, mas cabe MS
produção torne impossível a realização
• Bens imóveis lícitos preparatórios da hipoteca legal:
• Após a fase de instrução processual: basta que o juiz
tenha dúvida sobre ponto relevante
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Provas ilícitas:
• Ilícitas: produzidas com violação de normas de direito
material. São inadmissíveis no processo e devem ser
desentranhadas
• Ilícitas por derivação: embora sejam lícitas, derivam de
uma ilícita. De acordo com a teoria do fruto dos frutos da
árvore envenenada, também são consideradas ilícitas e
deverão ser desentranhadas do processo
Obs.: as ilícitas por derivação poderão ser usadas quando
puderem ser obtidas por uma fonte independente
Não confunda:
• Prova: é todo elemento pelo qual se procura mostrar a
existência e a veracidade de um fato. Sua finalidade, no
processo, é influenciar no convencimento do legislador
• Elemento de prova: todos os fatos ou circunstâncias em
que reside a convicção do juiz (como depoimento de
testemunha, resultado da perícia, conteúdo de um
documento)
• Meio de prova: instrumentos ou atividades pelos quais os
elementos de prova são introduzidos no processo (como
testemunha, documento, perícia)
• Fonte de prova: pessoas ou coisas das quais possa se
conseguir a prova (como a denúncia)
• Meio de investigação da prova: procedimento que tem o
objetivo de conseguir provas materiais (como a busca e
apreensão, interceptação telefônica)
• Objeto de prova: fatos principais ou secundários que
reclamem uma apreciação judicial e exijam uma
comprovação
Exame de corpo de delito:
• Busca comprovar a materialidade de infrações que
deixam vestígios
• Prioridade na realização da perícia: violência doméstica e
familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso ou
PCD
• Se não for possível fazer o exame, outra prova pode
suprir a falta
• O requerimento para um exame de corpo de delito não
pode ser indeferido
• Peritos p/ a realização do exame: 1 oficial ou 2 não oficiais
Interrogatório do réu:
• O juiz ouve o acusado sobre o fato que lhe é imputado
• É direito do acusado que não pode ser negado, sob pena
de nulidade absoluta
• O acusado tem direito ao silêncio (que não gera
confissão)
• Momentos de realização do interrogatório:
• Após a produção de prova oral na audiência: no proced.
comum ordinário e sumário, no JECRIM e no júri
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• Antes da instrução criminal: no procedimento da lei de
drogas e abuso de autoridade
Princípios do interrogatório:
• Obrigatoriedade: a falta de intimação acarreta nulidade
(o réu pode escolher não falar, mas tem direito ao
interrogat.)
• Ato personalíssimo: réu ñ pode ser ouvido por procuração
• Publicidade: mas pode haver o sigilo em determinados
casos (se acarretar prejuízo ou perturbação da ordem)
• Individualidade: cada réu será ouvido separadamente (e
um não pode presenciar o interrogatório do outro)
Confissão:
• Acusado reconhece a prática do fato que lhe é imputado
• Requisitos para validade:
• Verossimilhança das alegações aos fatos
• Clareza na exposição dos motivos
• Coincidência com o que apontam as demais provas
• Pessoalidade (não pode ser por procurador)
• Caráter expresso
• Oferecimento perante o juiz competente
• Espontaneidade (não pode sob coação)
• Capacidade do acusado para confessar
• O valor é relativo e deve ser valorado pelo juiz
• É divisível: o juiz pode considerar válida só algumas partes
• É retratável: o réu pode voltar atrás e retirar a confissão
Prova testemunhal:
• Tem alto valor no processo penal
• Ainda que compromissada, a testemunha não precisa
falar a verdade em relação a fatos que possam incriminá-la
(não responderá pelo crime de falso testemunho)
• Todas as pessoas podem ser testemunhas
• São proibidos de depor quem deve guardar segredo em
razão de ofício, salvo se desobrigadas pela parte
interessada
Tipos de testemunhas:
• Referida: citada por outra testemunha (não entra no nº)
• Judicial: inquirida pelo juiz sem ter sido arrolada
• Própria: presta depoimento sobre o fato objeto da AP
• Imprópria: depõe sobre outros fatos que têm influência
• Compromissada: presta o compromisso de dizer a
verdade
• Não compromissada/informante: está dispensada do
compromisso em razão da presunção que suas declarações
são suspeitas. São os menores de 14 anos, doentes mentais
e parentes do acusado (não entram no nº máximo)
Número máx. de testemunhas p/ cada fato e p/ cada réu:
• Procedimento ordinário: 8
• Procedimento sumário: 5
• Procedimento sumaríssimo: 3
• 1ª fase do júri: 8
• 2ª fase do júri: 5
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Contradita: • Se ausentes os moradores: vizinho será intimado

• Impugnação à testemunha • A coisa/pessoa procurada será apreendida e posta sob
• Hipóteses: custódia da autoridade
• Pessoas que não devem prestar compromisso • Finda a diligência: auto circunstanciado assinado por 2
• Pessoas que não devem depor testemunhas
• Casa = compartimento habitado, aposento ocupado de
Prova documental:
habitação coletiva, compartimento não aberto ao público,
• Qualquer documento escrito, público ou particular
onde alguém exerce profissão
• Foto autenticada tem o mesmo valor do original
• Autoridade/seus agentes podem ir em território de
• Possui o valor que o juiz atribuir, mas os documentos
jurisdição alheia (ainda que em outro Estado) quando
públicos possuem maior valor e fazem prova dos/das:
estiverem no seguimento de pessoa/coisa, devendo-se
• Fatos ocorridos na presença da autoridade que
apresentar à autoridade local antes ou após a diligência
elaborou
Obs.: STJ entende que boleia de caminhão não é casa
• Declarações de vontade emitidas na presença da autori.
que lavrou o documento Impedimento e suspeição:
• Fatos e atos nele documentados • As disposições se aplicam aos juízes, membros do MP e
• Instrumentos particulares assinados pelas partes e por 2 demais funcionários da justiça
testemunhas provam as obrigações firmadas entre elas Impedimento:
• Ele próprio ou seu cônjuge/companheiro ou parente em
Busca e apreensão:
linha reta/colateral até o 3º grau, inclusive:
Domiciliar:
• Como defensor ou advogado, órgão do MP, autoridade
• Hipóteses:
policial, auxiliar da justiça ou perito
• Prender criminoso
• For parte ou diretamente interessado no feito
• Apreender coisas achadas/obtidas por meios criminosos
• Ele próprio tiver servido como testemunha
• Apreender instrumentos de falsificação/contrafação
• Tiver funcionado como juiz de outra instância,
• Apreender armas e munições
pronunciado de fato ou de direito sobre a questão
• Descobrir objetos para a prova da infração/defesa
Suspeição:
• Apreender cartas abertas
• Amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer parte
• Apreender pessoas vítimas de crimes
• Ele próprio, seu cônjuge/companheiro, ascendente ou
• Colher quaisquer elementos
descendente estiver respondendo por fato análogo, sobre
Pessoal:
cujo caráter criminoso haja controvérsia
• Hipóteses:
• Ele próprio, seu cônjuge/companheiro ou parente até o
• Ocultação de arma proibida
3º grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a
• Apreender coisas achadas/obtidas por meios criminosos
processo que tenha de ser julgado por qualquer dar partes
• Apreender instrumentos de falsificação/contrafação
• Tiver aconselhado qualquer das partes
• Apreender armas e munições
• For credor ou devedor de qualquer das partes
• Descobrir objetos para a prova da infração/defesa
• For tutor ou curador de qualquer das partes
• Apreender cartas abertas
• For sócio, acionista ou administrador de sociedade
• Colher quaisquer elementos
interessada no processo
• Quem realiza: de ofício ou a requerimento a autoridade
judiciária ou por expedição de mandado (autoridade policial Funções do MP no processo penal:
não) • Promover, privativamente, a ação penal pública
• Mandado deve ser subscrito pelo escrivão e assinado pela • Fiscalizar a execução da lei
autoridade
Prisão preventiva:
• Busca pessoal independerá de mandado quando:
Requisitos:
• For prisão
Indícios de autoria e prova da materialidade
• Houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na
MAIS
posse de arma ou objeto que constitui corpo de delito
Garantia da ordem pública, garantia da ordem econômica,
• Quando a medida for determinada na busca domiciliar
conveniência da instrução criminal, para assegurar a
• Horário: de dia, salvo se o morador permitir a noite
aplicação da lei penal ou por descumprimento de outra
• O executante lê o mandado e intima o morador a abrir a
medida cautelar (GGCA)
porta. Se desobedecer, a porta será arrombada
MAIS
• Pode haver força contra coisas
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Crimes dolosos com PPL máxima acima de 4 anos,
reincidência em qualquer crime doloso, violência doméstica
para garantir a execução das medidas protetivas de
urgência e se tiver dúvidas sobre a identificação civil
Características:
• No IP ou na ação em curso
• Decretada pelo juiz por (nunca de ofício – pacote
anticrime):
• Requerimento do MP
• Requerimento do querelante
• Requerimento do assistente
• Representação da autoridade policial (nessa hipótese o
juiz deverá ouvir o MP antes de decretar)
• Não será decretada a preventiva se o agente praticar a
infração sob qualquer das excludentes de ilicitude
Prisão temporária:
Requisitos:
Imprescindível para as investigações do IP ou indiciado sem
residência fixa ou dúvidas sobre a identidade
MAIS
Indícios de autoria e prova da materialidade em homicídio
doloso, sequestro ou cárcere privado, roubo, extorsão,
extorsão mediante sequestro, estupro, atentado violento
ao pudor, rapto violento, epidemia com resultado morte,
envenenamento de água qualificada pela morte, quadrilha
ou bando, genocídio, tráfico, tortura, terrorismo, sistema
financeiro
Características:
• Decretada pelo juiz por (nunca de ofício):
• Representação autoridade policial (juiz ouve o MP)
• Requerimento do MP
• Somente durante o IP (durante a ação não)
• 5 + 5 dias (prorrogação por extrema necessidade)
• 30 + 30 dias para crimes hediondos ou equiparados
• Após o prazo: posto imediatamente em liberdade, salvo
se já foi decretada a prisão preventiva
• Despacho que autorizar a prisão deve ser fundamentado
e prolatado em 24h do pedido
Juiz pode, de ofício ou a requerimento do MP e do
advogado:
• Determinar que o preso lhe seja apresentado
• Solicitar informações e esclarecimentos da autoridade
policial
• Submeter a exame de corpo de delito
Prisão domiciliar:
Substituição da prisão preventiva pela domiciliar:
• Maior de 80 anos
• Extremamente debilitado por doença grave
• Imprescindível aos cuidados de menor de 6 anos/PCD
• Gestante
• Mulher com filho de até 12 anos
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• Homem e único responsável por filho de até 12 anos
• Juízes, membros do MP, da DP e advocacia pública têm
direito a prisão em sala de Estado maior, sob pena de
prisão domiciliar
Gestante ou mulher responsável por crianças:
• Não pode ter sido com violência ou grave ameaça
• Não pode ter sido contra seu filho ou dependente
Hipóteses de prisão domiciliar da LEP:
• Maior de 70 anos
• Acometido de doença grave
• Com filho menor ou deficiente físico ou mental
• Gestante
Prisão em flagrante:
• Qualquer do povo pode
• Autoridade policial e seus agentes devem
• Tipos de flagrantes:
• Próprio: está cometendo ou acabou de cometer
• Impróprio: é perseguido logo após (não tem prazo)
• Presumido: é encontrado logo depois com instrumentos
Obs.: lembrar do IPE (impróprio perseguido – presumido
encontrado)
• Infrações permanentes: flagrante enquanto não cessar a
permanência
• Falta de testemunhas da infração: 2 pessoas que
presenciaram a apresentação do preso assinam o APF
• Acusado não assina: APF é assinado por 2 testemunhas
• Comunicação imediata: prisão e local onde o preso se
encontra
• 24h: encaminhamento do APF ao juiz e para a DP (caso o
acusado não informe o nome do advogado)
• 24h: entrega da nota de culpa ao preso
• Juiz deve, ao receber o APF:
• Relaxar a prisão ilegal
• Converter em preventiva
• Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança
Liberdade provisória:
• Juiz deve conceder a provisória se não estiverem
presentes os requisitos da preventiva (pode impor medidas
cautelares)
• Fiança (que é sempre definitiva):
• Pela autoridade policial: pena máxima até 4 anos
• Pelo juiz: pena máxima maior que 4 anos (decide em
48h)
• Concessão independente da oitiva do MP (mas depois
ele terá vista e pode requerer o que quiser)
• Pode ser prestada enquanto não transitar em julgado
• Não se concede fiança:
• RAÇÃO + TTT
• Quem já quebrou fiança no mesmo processo
• Em prisão civil ou militar
• Quando presentes os requisitos da preventiva
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• Parâmetros de valores:
• 1 a 100 SM: pena máxima até 4 anos
• 10 a 200 SM: pena máxima maior que 4 anos
• Situação econômica do preso pode:
• Dispensar a fiança
• Reduzir até 2/3
• Aumentar até 1000x
• Quebra da fiança:
• Perda da metade do valor
• Não comparecimento do réu intimado
• Mudança de residência sem prévia permissão ou
ausência da residência por mais de 8 dias
• Ato de obstrução ao andamento do processo
• Descumprimento de medida cautelar
• Resistência injustificada a ordem
• Prática de nova infração penal dolosa
• Perda da fiança:
• Réu que não se apresentar para o início do
cumprimento da pena
• Cassação da fiança:
• Que se reconheça não ser cabível
• Inovação na classificação para delito inafiançável
• Reforço da fiança:
• Autoridade que toma fiança insuficiente
• Depreciação ou perecimento dos bens
• Inovada a classificação do delito
• Se não houver o reforço: fiança ficará sem efeito
• Fiança de hipoteca: MP executa no juízo cível
Medidas cautelares:
Requisitos:
• Necessidade para aplicação da lei penal
• Adequação da medida
• Se o crime tiver como pena uma PPL
Aplicação:
• No processo:
• De ofício
• A requerimento das partes
• Na investigação:
• Representação da autoridade policial
• Requerimento do MP
Intimação da parte contrária:
• Regra: deve intimar com cópia do requerimento e peças
necessárias (os autos ficam em juízo)
• Exceção: não intima nos casos de urgência ou perigo de
ineficácia da medida
Descumprimento da medida: de ofício ou a requerimento
do MP, seu assistente ou querelante, o juiz poderá:
• Substituir a medida
• Impor outra em cumulação
• Decretar a prisão preventiva (só quando não for possível
sua substituição por outra medida)
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Espécies:
• Comparecimento periódico em juízo
• Proibição de frequência em determinados lugares
• Proibição de manter contato com algumas pessoas
• Proibição de ausentar-se da comarca
• Recolhimento domiciliar a noite e nas folgas
• Suspensão do exercício de cargo público ou de atividade
econômica quando houver justo receio de sua utilização
para a prática de ilícitos
• Internação provisória
• Fiança
• Monitoração eletrônica
• Entrega de passaporte em 24h
Suspensão da prescrição:
• Transação penal: não suspende e nem interrompe a
prescrição
• Suspensão condicional do processo: suspende a
prescrição
Citações e intimações:
Citação:
• Ato pelo qual chama o réu para integrar a ação (formação
completa do processo com a citação)
• Pode ser por:
• Mandado: se o réu estiver no mesmo território
• Precatória: se o réu estiver fora do território (se o juízo
deprecado for errado, ele deverá remeter para o certo,
desde que haja tempo para fazer a citação). Pode ser
expedida por via telegráfica se for urgente
• Rogatória: réu no estrangeiro e em lugar sabido.
Suspende-se o curso da prescrição até o cumprimento
• Edital: réu que não é encontrado. Prazo de 15 a 90 dias
para afixação na porta do edifício e publicação na imprensa
• Hora certa: suspeita de ocultação + procura do oficial
por 2x + certidão da ocorrência. Também se aplica à
precatória
• Pelo chefe do serviço: citação do militar
• Pessoal: citação do réu preso
• Réu revel na citação por:
• Edital: ficarão suspensos o processo e a prescrição, o
juiz pode determinar a produção antecipada de provas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão prev.
• Hora certa: será nomeado defensor dativo
• Processo segue sem o acusado que:
• Citado/intimado pessoalmente não comparecer sem
motivo justificado
• Mudar de endereço e não comunicar ao juízo
Obs.: carta rogatória só suspende a prescrição, e citação
por edital suspende a prescrição e o processo
Intimação:
• Ato pelo qual comunica a parte de um ato processual
• Pode ser por:
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• Publicação: defensor constituído, advogado e assistente
(deve ter o nome do acusado, sob pena de nulidade)
• Escrivão, mandado ou via postal com AR (ou por outro
meio idôneo): se não houver órgão de publicação
• Pessoal: MP e defensor nomeado
• Por despacho na petição em que for requerida
• Intimação pessoa do escrivão dispensa a publicação
Sentença:
• Pelo princípio da identidade física do juiz, quem presidir a
instrução deve proferir a sentença, salvo nos casos de:
promoção, licença, afastamento, convocação, demissão,
aposentadoria e exoneração
• Princípio da correlação: o julgar não pode julgar de forma:
• Extra petita: julgamento de fato diverso do que foi
posto
• Ultra petita: julgamento que vai além do que foi pedido
• Citra petita: não julgamento de todos os fatos narrados
• Embargos de declaração: 2 dias
Emendatio libelli:
• O juiz dá definição jurídica diversa ao crime, sem mudar o
fato, ainda que aplique pena mais grave
Mutatio libelli:
• Encerrada a instrução, o MP dá nova definição jurídica do
fato. Aditamento da denúncia ou queixa em 5 dias
• Se o MP não fizer, o juiz remeterá os autos ao PGJ
• Defensor do acusado é ouvido em 5 dias
• A requerimento das partes, juiz designará dia e hora para
continuação da audiência
• Havendo aditamento, cada parte poderá indicar 3
testemunhas, no prazo de 5 dias
• STF não permite que haja mutatio na 2ª instância
• O juiz está adstrito aos termos do aditamento, não
podendo julgar com base na denúncia originária
Casos de sentença absolutória:
• Prova da inexistência do fato/falta da existência
• Fato for atípico
• Prova que o réu não concorreu para a infração/ falta de
prova que concorreu
• Hipóteses de exclusão do crime ou isenção da pena ou
fundada dúvida da existência
• Falta de prova suficiente para condenação
Formas de intimação da sentença:
• Escrivão deve dar conhecimento da sentença ao MP até 3
dias (sob pena de suspensão de 5 dias)
• Intimação da sentença do querelante ou assistente:
pessoalmente, na pessoa do advogado (se não for
encontrado: por edital, com prazo de 10 dias)
• Réu preso: pessoalmente
• Réu que livrou-se solto ou que prestou fiança:
pessoalmente ou pelo defensor constituído (se não for
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encontrado: por edital com prazo de 90 dias se a pena for
igual ou maior de 1 ano, e 60 dias se a pena for inferior)
• Ao defensor constituído pelo réu com mandado de prisão
aberto e que não foi encontrado (se o defensor não for
encontrado: por edital com prazo de 90 dias se a pena for
igual ou maior de 1 ano, e 60 dias se a pena for inferior)
• Réu não encontrado e sem defensor: por edital com
prazo de 90 dias se a pena for igual ou maior de 1 ano, e 60
dias se a pena for inferior
• Prazo para apelação começa após o fim do prazo do edital
(salvo se não for feita outra intimação no prazo)
Mandado de segurança penal:
• Garantir ao advogado o direito de entrevistar cliente
• Assegurar a juntada de documentos em qualquer fase
processual
• Contra apreensão indevida de objetos
• Assegurar ao terceiro de boa-fé a restituição de coisas
apreendidas
• Contra despacho que inadmite assistente acusação
• Assegurar ao advogado vista do IP ou o direito de
acompanhar
• Contra indeferimento de habilitação do assistente
• No sequestro, arresto ou restituição de coisas
apreendidas
Instrução criminal:
Procedimento comum:
• Ordinário: PPL máxima igual ou superior a 4 anos
• Sumário: PPL máxima inferior a 4 anos
• Sumaríssimo: infrações de menor potencial ofensivo
• Crimes hediondos têm prioridade sobre os outros
Procedimento comum ordinário:
• Rejeição ou recebimento da denúncia/queixa:
• Rejeição:
• Manifestamente inepta
• Falta pressuposto processual/condição para ação
• Falta justa causa para a ação
• Recebimento: se não for caso de rejeição liminar, o juiz
receberá a inicial e citação o acusado para responder em 10
dias (se o réu não apresentar resposta ou não constituir
defensor, o juiz nomeará defensor, que terá vista dos autos
por 10 dias)
• Se a citação for por edital: prazo começa a partir do
comparecimento pessoal do acusado ou defensor
• Alegações do acusado na resposta: preliminares e tudo
que for de interesse à defesa
• Exceções são autuadas em apartado
• Após a resposta, o juiz deve absolver sumariamente se:
• Houver manifesta de excludente de ilicitude ou
culpabilidade (salvo a inimputabilidade)
• Fato for atípico
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• Houver extinção da punibilidade
• Juiz que presidiu a instrução deve proferir a sentença
• Prazo máximo para a AIJ: 60 dias
• Ordem da AIJ: tomada de declarações do ofendido, oitiva
de testemunhas da acusação e da defesa, esclarecimentos
dos peritos, acareações, reconhecimento de pessoas/coisas
e interrogatório do acusado
• Esclarecimento dos peritos depende de requerimento
• 8 testemunhas compromissadas para cada parte (a parte
pode desistir da inquirição de qualquer delas)
• Alegações finais orais por 20 minutos para a acusação e
defesa, prorrogáveis por mais 10 minutos. Após, o juiz
profere a sentença
• Mais de um acusado: defesa individual para cada
• Assistente do MP tem 10 minutos após a manifestação do
MP, prorrogáveis por mais 10 minutos
• Causa complexa ou com vários acusados: juiz pode
conceder 5 dias para apresentação dos memorias (e a
sentença deve ser proferida em 10 dias)
• Diligência imprescindível (de ofício/a requerimento):
audiência concluída sem alegações finais. Realizada a
diligência, as partes devem apresentar as alegações finais
em 5 dias (por memorial) e a sentença deve ser proferida
em 10 dias
• Registro dos depoimentos: sempre que possível será por
recursos de gravação (se for por meio audiovisual não há
necessidade de transcrição)
Procedimento comum sumário:
É parecido com o ordinário, mas apresenta diferenças:
• O prazo para realização de audiência é de até 30 dias
• O número de testemunhas é de 5 para cada parte
• Após a AIJ o juiz não pode ordenar diligências
• As alegações finais são sempre orais (não pode ter
memoriais), nos seguintes prazos:
• Primeiro acusação: 20 min + 10 min
• Depois a defesa: 20 min + 10 min
• Se houver mais de um acusado: o tempo para acusação
e a defesa será individual
• Assistente do MP: 10 min após a manifestação do MP
(se houver o assistente, a defesa também ganha + 10 min)
• A sentença é oral
Obs.: se o JECRIM encaminhar os autos de infrações de
menor potencial ofensivo para o juízo comum, deverá ser
observado o procedimento sumário
Procedimento do Tribunal do Júri:
Primeira fase:
• Ao receber a denúncia/queixa, o juiz cita o acusado para
responder por escrito em até 10 dias – se não apresentar
resposta o juiz nomeia defensor para oferecer em até 10
dias, dando vista dos autos
• Número de testemunhas na 1ª fase: 8 para cada parte
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• Apresentada a defesa, o juiz ouve o MP/querelante sobre
preliminares e documentos em 5 dias
• Inquirição de testemunhas e realização de diligências em
até 10 dias
• Ordem da AIJ:
• Tomada de declarações do ofendido, se possível
• Inquirição de testemunhas da acusação
• Inquirição de testemunhas da defesa
Atenção: às testemunhas ouvidas por carta precatória não
se aplica a regra que as testemunhas de acusação devem
ser ouvidas antes que as da defesa
• Esclarecimentos dos peritos (dependem de prévio
requerimento e de deferimento pelo juiz)
• Acareações
• Reconhecimento de pessoas e coisas
• Interrogatório do acusado
• Debate
• Provas produzidas em uma só audiência, e o juiz pode
indeferir as irrelevantes, impertinentes ou protelatórias
• Alegações orais:
• Primeiro acusação: 20 min + 10 min
• Depois a defesa: 20 min + 10 min
• Se houver mais de um acusado: o tempo para acusação
e a defesa será individual
• Assistente do MP: 10 min após a manifestação do MP
(se houver o assistente, a defesa também ganha + 10 min)
• A doutrina entende que pode haver a substituição das
alegações orais pelas escritas (memoriais) no prazo
sucessivo de 5 dias
• O juiz proferirá a decisão após o debate ou em até 10 dias
• As decisões do juiz podem ser de:
• Pronúncia: o acusado é enviado para a segunda fase
(juiz se convence da materialidade do fato e da existência
de indícios suficientes de autoria ou participação. A
pronúncia interrompe a prescrição, ainda que o Tribunal do
Júri venha a desclassificar o crime)
• Impronúncia: juiz não se convence da materialidade do
fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou
participação
• Absolvição sumária: o juiz já absolve o acusado sem
enviá-lo ao julgamento em plenário quando:
• Provada a inexistência do fato
Provado não ser o acusado autor ou partícipe
• O fato não constituir infração penal
• Demonstrada uma causa de exclusão de ilicitude
• Demonstrada causa de isenção de pena, salvo a
inimputabilidade por doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, quando esta não for a
única tese defensiva
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• Desclassificação: o juiz desclassifica o crime para outro
que não seja doloso contra a vida (fora da competência do
júri)
• Cuidado: a desclassificação imprópria desclassifica o fato
para outro crime também doloso contra a vida (de
homicídio para infanticídio, por exemplo)
• O procedimento deve ser concluído em até 90 dias
Segunda fase:
• Tem início com a preclusão da pronúncia (quando ela se
torna irrecorrível ou quando, interposto o recurso, ele não
foi provido)
• Juiz determina a intimação do MP/querelante e do
defensor para apresentarem testemunhas em até 5 dias
• Número de testemunhas na 2ª fase: 5 para cada parte
(cuidado: na primeira fase as partes podem apresentar até
8 testemunhas)
(Continuação da segunda fase na caixinha “procedimento
da 2ª fase do Júri”)
Disposições sobre o Júri:
Alistamento anual dos jurados:
• Mais de 1 milhão de habitantes: 800 a 1500 jurados
• Mais de 100 mil habitantes: 300 a 700 jurados
• Menor população: 80 a 400 jurados
• Publicação oficial da lista dos jurados: até 10 de outubro
• Alteração da lista: até 10/nov (publicação definitiva)
• Jurado que integrou o conselho de sentença nos últimos
12 meses deve ser excluído da lista geral de jurados
Desaforamento:
• É o deslocamento do julgamento pelo júri para comarca
distinta de onde tramitou o processo
• Pode ser determinado pelo Tribunal:
• A requerimento do MP/querelante
• A requerimento do assistente
• A requerimento do acusado
• Por representação do juiz
• Motivos que ensejam o desaforamento:
• Interesse de ordem pública
• Dúvida sobre a imparcialidade dos jurados
• Segurança pessoal do réu
• Não tiver sido designada data para o julgamento após 6
meses do trânsito em julgado da pronúncia (por excesso de
serviço)
• Só existe o desaforamento se houver o julgamento em
plenário, ou seja, depois da decisão de pronúncia
Organização da pauta:
• Preferência de julgamentos:
• Acusados presos
• Presos que estiverem na prisão há mais tempo
• Se estiverem presos pelo mesmo tempo, aqueles que
foram pronunciados primeiro
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• Assistente só será admitido se tiver pedido a habilitação
em até 5 dias antes da sessão que pretende atuar
Sorteio e convocação dos jurados:
• MP, OAB e defensoria serão intimadas para acompanhar
o sorteio dos jurados, mas a ausência não adiará a sessão
• Entre o 15º e 10º dia útil antes da reunião, o juiz deverá
retirar cédulas até completar o número de 25 jurados
Função de jurado:
• Serviço público relevante e obrigatório
• Somente maior de 18 anos de notória idoneidade
• Recusa injustificada, não comparecimento na sessão ou
saída antes de ser dispensado: multa de 1 a 10 SM
• Não pode haver desconto no salário do jurado que
comparecer à sessão do Júri
Composição do Júri e formação do conselho de sentença:
• 1 juiz togado (que é o presidente) + 7 jurados (sorteados
dentre os 25) que compõem o conselho de sentença
• Impedidos de servir no mesmo conselho: marido e
mulher, ascendente e descendente, sogro e genro/nora,
irmãos e cunhados (durante o cunhadio), tio e sobrinho,
padrasto/madrasta ou enteado.
• Não pode servir o jurado que:
• Tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo
processo, independentemente da causa determinante do
julgamento posterior
• No caso de concurso de pessoas, houver integrado o
conselho que julgou o outro acusado
• Tenha manifestado prévio intuito de condenar/absolver
Ausência das partes no julgamento em plenário:
• Ausência do MP:
• Justificada: adia o julgamento p/ a próxima desimpedida
• Injustificada: o PGJ deve ser notificado
• Ausência do advogado do acusado:
• Justificada: adia o julgamento para uma nova data (a lei
não diz que será a próxima data desimpedida)
• Injustificada: se não for constituído outro advogado, a
AB será notificada e o julgamento será adiado para uma
nova data. Nesse caso, a defensoria será intimada para
atuar no caso, com antecedência de pelo menos 10 dias
• Ausência de acusado solto, assistente de acusação ou
advogado do querelante: se eles tiverem sido regularmente
intimados, o julgamento não será adiado, sendo realizado
normalmente
• Ausência de acusado preso:
• Regra: julgamento será adiado
• Exceção: se houver pedido de dispensa de
comparecimento subscrito por ele e seu defensor
• Ausência de testemunha:
• Regra: julgamento não será adiado
• Exceção: será adiado se uma das partes tiver requerido
a sua intimação por mandado, declarando ser
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imprescindível o seu depoimento e indicando a sua
localização. Se, por acaso, ainda assim a testemunha não
for encontrada no local indicado, o julgamento será
realizado
Procedimento da 2ª fase do Júri:
Instrução em plenário:
1 – Jurados prestam compromisso
2 – O juiz presidente, o MP, o assistente, o querelante e o
defensor tomarão as declarações do ofendido, se possível
3 – Inquirição das testemunhas de acusação (ordem das
perguntas: juiz, MP, assistente de acusação, querelante e
defensor do acusado)
4 – Inquirição das testemunhas de defesa (ordem das
perguntas: juiz, defensor do acusado, MP, assistente de
acusação e querelante)
5 – Acareações, reconhecimento de pessoas e coisas,
esclarecimento dos peritos, leitura das peças relativas às
provas colhidas por carta precatória e às provas cautelares,
antecipadas ou não repetíveis
6 – Interrogatório do acusado, se estiver presente
• Podem formular perguntas diretamente ao acusado: MP,
assistente, querelante e defensor, nessa ordem (sistema do
exame cruzado ou cross examination)
• Jurados podem formular perguntas para as testemunhas,
para o acusado e para o ofendido (se possível), mas sempre
através do juiz presidente (sistema presidencialista)
Debates orais:
• Primeiro a acusação fala por 1h30min. Se houver
assistente de acusação, ele fala após o MP, mas dentro
desse prazo da acusação (não há acréscimo – o MP e o
assistente devem acordar a divisão desse tempo)
• Depois a defesa fala por 1h30min
• Se for o caso de réplica, a acusação tem 1h para falar
• Se houver réplica e a defesa quiser tréplica, pode falar
por mais 1h (só haverá tréplica se a acusação replicar)
• Se houver mais de um acusado, o tempo para a primeira
fala da acusação e da defesa será acrescido de 1h, e no
caso de réplica e tréplica será dobrado
Ordem da quesitação:
• A materialidade do fato
• A autoria ou a participação
• Se o acusado deve ser absolvido
• Se existe causa de diminuição de pena alegada p/ defesa
• Se existe circunstância qualificado ou causa de aumento
de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões
posteriores que julgaram admissível a acusação
Sentença:
• Após a quesitação, o juiz presidente proferirá a sentença,
que pode ser de condenação ou absolvição
Recursos:
• Cabe apelação, no prazo de 5 dias, quando:
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• Ocorrer nulidade posterior à denúncia
• For a sentença do juiz presidente contrária à lei ou à
decisão dos jurados
• Houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena
ou da medida de segurança
• For a decisão dos jurados manifestamente contrária à
prova dos autos
• A apelação pode atacar a decisão:
• Dos jurados: o Tribunal não pode reformar a sentença,
devendo desconstituir o Júri e sujeitar o réu a um novo
julgamento, por um novo Conselho de Sentença
• Do juiz presidente: o Tribunal pode reformar a decisão
Não confunda:
Rejeição da denúncia ou queixa no procedimento ordinário:
• Manifestamente inepta
• Faltar pressuposto processual para a ação penal
• Faltar condição para a ação penal
• Faltar justa causa para a ação penal
Absolvição sumária no procedimento ordinário:
• Manifesta causa de excludente da ilicitude do fato
• Manifesta causa de excludente da culpabilidade do
agente, salvo a inimputabilidade
• Fato narrado evidentemente não constitui crime
• Extinta a punibilidade do agente
Absolvição sumária no procedimento do Júri:
• Provada a inexistência do fato
• Provado não ser o agente autor ou partícipe do fato
• O fato não constituir infração penal
• Demonstrada causa de isenção de pena ou exclusão do
crime, salvo a inimputabilidade, salvo quando ela for a
única tese defensiva
Não confunda as 4 possibilidades no Júri:
Pronúncia:
• Juiz se convence da materialidade do fato E
• Juiz se convence da existência de indícios suficientes de
autoria ou participação
Impronúncia:
• Juiz não se convence da materialidade do fato OU
• Juiz não se convence da existência de indícios suficientes
de autoria ou de participação
Absolvição sumária:
• Provada a inexistência do fato
• Provado não ser o agente autor ou partícipe do fato
• O fato não constituir infração penal
• Demonstrada causa de isenção de pena ou exclusão do
crime, salvo a inimputabilidade, salvo quando ela for a
única tese defensiva
Desclassificação:
• Juiz se convence que o fato não é crime de competência
do Tribunal do Júri (remeterá os autos para o juízo que
entende competente)
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Procedimento comum sumaríssimo:
• O rito da lei 9.099/95 é bifásico: primeiro tenta-se a
aplicação de um instituto despenalizador na audiência
preliminar. Se não for possível, passa-se à AIJ
• A segunda fase do processo se inicia com a denúncia ou
queixa orais
• O MP pode propor a suspensão condicional do processo
• Citação, notificação e intimação para as partes com
menção do dia e hora para a AIJ após o oferecimento (e
não o recebimento) da denúncia ou queixa
• Na audiência, o defensor responde à acusação e o juiz
decide se recebe ou não a denúncia ou queixa
• Todas as provas serão produzidas na AIJ
• Dispensa do relatório (resumo do proc.) na sentença
• Recursos na lei 9.099/95:
• Apelação: pelo MP, réu ou defensor
• Julgamento por uma turma de 3 juízes de 1º grau
• Prazo de 10 dias (no CPP são 5 dias para interpor e 8
dias para arrazoar))
• Contra decisão que rejeitou a inicial ou para modificar
a sentença
• Recorrido é intimado para responder em 10 dias
• Embargos de declaração:
• Prazo de 5 dias (no CPP são 2)
• Contra decisão obscura, contraditória ou omissa
• Interrompem o prazo pra interposição de recurso
• Podem ser orais
• Erros materiais podem ser corrigidos de ofício
Suspensão condicional do processo:
• Quem propõe é o MP. Se houver requisitos para a
suspensão, mas o promotor não propor, o juiz remeterá a
questão ao PGJ
• Pena mínima igual ou inferior a 1 ano
• É cabível mesmo se o processo não for do JECRIM
• Período de prova/tempo de suspensão: de 2 a 4 anos
• Após o período de prova, será extinta a punibilidade
• Se houver descumprimento, o benefício será:
• Obrigatoriamente revogado se o agente:
• Praticar outro crime
• Não reparar o dano
• Poderá ser revogado se o agente:
• For processado por contravenção no prazo
• Descumprir qualquer outra condição imposta
• Não corre a prescrição durante a suspensão
• Não se aplica a suspensão à lei Maria da Penha
• Se o agente não aceitar a suspensão, processo segue
Procedimento para o julgamento dos funcionários públicos:
• Queixa ou denúncia instruídas com documentos ou
justificação que façam presumir a existência do delito ou
declaração fundamentada da impossibilidade de
apresentação dessas provas
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• O juiz manda autuar a denúncia ou queixa e ordena a
notificação do acusado, para responder por escrito em até
15 dias
• Acusado com residência desconhecida ou fora da
jurisdição: será nomeado um defensor, que deve
apresentar a resposta preliminar (pode ser apresentada
com documentos e justificações)
• Se o juiz se convencer da inexistência do crime ou
improcedência da ação, rejeitará a denúncia ou queixa, em
despacho fundamentado
• Se o juiz se convencer da existência do crime ou
procedência da ação, recebe a denúncia ou queixa e cita o
acusado. A ação seguirá o rito comum ordinário
Processo de restauração de autos extraviados ou
destruídos:
• Autos extraviados ou destruídos em 1ª ou 2ª instância
serão restaurados
• Se existir e for exibida cópia autêntica ou certidão do
processo, elas serão consideradas como originais
• O juiz deve determinar as diligências necessárias para a
restauração dos autos
• As diligências devem ser concluídas em até 20 dias, salvo
motivo de força maior, e, depois, os autos serão conclusos
para julgamento
• Depois de estar concluso para julgamento, o juiz poderá
requisitar à autoridades esclarecimentos em até 5 dias
• Selos e taxas já pagos não serão novamente cobrados
• Quem deu causa ao extravio responderá em dobro pelas
custas, além da responsabilidade criminal
• Julgada a restauração, ela valerá pelos originais
• Se, no curso da restauração, os originais aparecerem, o
processo continua nele e a restauração fica em apenso
Nulidades:
• Pas de nullité sans grief: só haverá nulidade se houver
prejuízo
• Hipóteses de nulidade:
• Incompetência, suspeição ou suborno do juiz
(incompetência do juízo só anula os atos decisórios. O
processo deve ser remetido ao juízo competente)
• Ilegitimidade da parte (pode ser sanada a qualquer
tempo, por ratificação dos atos)
• Deficiência/contradição dos quesitos e respostas
• Falta de:
• Denúncia, queixa, representação, portaria ou APF
(podem ser supridas até a sentença final)
• Exame de corpo de delito
• Nomeação de defensor ao réu que não tiver
• Nomeação de curador ao menor de 21 anos
• Intervenção do MP em todos os termos da AP
• Citação do réu e prazos da acusação e defesa (falta de
citação/intimação para a parte pode ser sanada com o
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comparecimento da parte, e o juiz pode suspender ou adiar
o ato se a irregularidade prejudicar direito da parte)
• Sentença de pronúncia, libelo e entrega da cópia com
o rol de testemunhas, nos processos do júri
• Intimação do réu para o julgamento do júri
• Intimação das testemunhas
• Presença de pelo menos 15 jurados no júri
• Sorteio dos jurados e sua incomunicabilidade
• Quesitos e respectivas respostas
• Presente da acusação e defesa no julgamento
• Sentença
• Recurso de ofício nos casos estabelecidos em lei
• Intimação das decisões que permitem recurso
• Quórum p/ julgamento no STF e trib. de apelação
• Omissão de formalidade essencial
• Atos que não forem sanados serão renovados ou
retificados
• A nulidade de um ato causará a dos atos que diretamente
dependam ou sejam consequência
• O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que
ela se estende
Recursos:
Princípios: duplo grau de jurisdição, taxatividade,
singularidade, unirrecorribilidade, unicidade, non
reformatio in pejus, voluntariedade, fungibilidade
(inexistência de má-fé e erro grosseiro e observância do
prazo do recurso correto, complementariedade e
colegialidade
Efeitos: obstativo, devolutivo, suspensivo, translativo,
substitutivo, regressivo, extensivo
Juízo de admissibilidade: juízos a quo e ad quem
Recursos nas homologações:
• Homologação de laudo apresentado pelo árbitro na
conciliação cível: irrecorrível
• Homologação de composição dos danos civis no JECRIM:
irrecorrível
• Homologação de transação penal: apelação
• Decisão que concede, nega ou revoga suspensão
condicional do processo: RESE
RESE:
Cabimento:
• Não recebe denúncia/queixa
• Conclui pela incompetência do juízo
• Julga procedentes as exceções (salvo de suspeição)
• Pronúncia do réu
• Concede/nega/arbitra/cassa/julga inidônea a fiança
• Julga quebrada/perdido o valor da fiança
• Indefere/revoga requerimento de prisão preventiva
• Concede liberdade provisória
• Relaxa prisão em flagrante
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• Decreta prescrição/outra causa extinção da punibilidade
• Indefere o pedido de reconhecimento da prescrição/
outra causa de extinção da punibilidade
• Anula o processo de instrução criminal (todo/parte)
• Inclui/exclui jurado na lista geral (prazo: 20 dias)
• Denega/julga deserta a apelação
• Ordena suspensão do processo por questões prejudiciais
• Decide o incidente de falsidade
• Concede/nega a ordem de habeas corpus
• Recusa homologação à proposta de acordo de não
persecução penal
Prazo:
• Regra: 5 dias da intimação
• Exceções:
• Decisão que inclui/exclui jurado: 20 dias
• Assistente acusação não habilitado: 15d após o MP
Processamento:
• Endereçamento: tribunal ad quem
• Interposição: tribunal a quo
• Por termo ou por petição
• Razões de recurso 2 dias depois do recurso
• Juízo de retratação em 2 dias (só pode uma vez)
• Regra de julgamento:
• Tribunal competente para a lide principal
• Inclui/exclui jurado da lista: presidente do TJ/TRF
• Efeitos:
• Regra: regressivo e devolutivo
• Terão também efeito suspensivo as decisões que:
decretar o perdimento da fiança, denegar a apelação, julgar
quebrada a fiança (em relação à perda da metade do valor)
e que pronunciar o réu (recurso suspende o julgamento
pelo júri)
Apelação:
Cabimento:
• Sentenças definitivas do juiz singular (1º grau)
• Decisões definitivas ou com força de definitivas que não
caibam o RESE
• Decisões do júri que:
• Ocorrer nulidade após a pronúncia
• For contrária à lei expressa ou decisão dos jurados
(tribunal ad quem faz a retificação)
• Houver erro ou injustiça na aplicação da pena (tribunal
ad quem, se der provimento, faz a retificação)
• For manifestamente contrária à prova dos autos
(tribunal ad quem sujeitará o réu a novo julgamento)
• Decisões do JECRIM (prazo: 10 dias):
• Homologa ou deixa de homologar transação penal
• Rejeita a denúncia/queixa
• Sentença definitiva de condenação/absolvição
• A apelação tem preferência sobre o RESE
Prazo:
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• Regra: 5 dias da intimação
• Assistente de acusação:
• Habilitado nos autos: 5 dias
• Não habilitado: 15 dias
• Para arrazoar: 3 dias
Processamento:
• Endereçamento: tribunal ad quem
• Interposição: tribunal a quo (se ele denegar seguimento
pode ser impetrado o RESE)
• Razões de recurso (são facultativas e a falta só gera
irregularidade, e não nulidade):
• Regra: 8 dias
• Contravenção que tramita no juízo comum: 3 dias
• JECRIM: razões e apelação são apresentadas juntas
• Efeitos:
•Regra: evolutivo e, em regra, suspensivo (não tem efeito
regressivo)
• Exceção em que não haverá efeito suspensivo: apelação
de sentença absolutória não impede que o réu preso seja
posto em liberdade, e o recurso exclusivo do acusado na
sentença condenatória abranda o efeito suspensivo
• Pode gerar efeito extensivo, se fundado em motivos
que não sejam exclusivamente pessoais
Embargos infringentes/de nulidade:
• Admitem-se embargos quando a decisão de 2ª instância:
• Não for unânime
• For desfavorável ao réu
• Só a defesa pode opor
• Prazo de 10 dias a partir da publicação do acórdão
• Desacordo parcial: embargos restritos à matéria
divergente
• Diferença entre os embargos:
• Infringentes: são usados para atacar decisão de mérito
• De nulidade: são usados p/ atacar nulidades processuais
Embargos de declaração:
• Buscam o esclarecimento de:
• Obscuridade: a decisão não é clara
• Ambiguidade: a decisão permite + de uma interpretação
• Contradição: a decisão possui, por exemplo, parágrafos
dizendo coisas opostas
• Omissão: a decisão deixa de pronunciar sobre algum
ponto relevante do processo
• Prazo:
• No CPP: 2 dias
• No Jecrim: 5 dias (podem ser opostos oral também)
• Os embargos de declaração interrompem o prazo para a
interposição de outro recurso
• Erros materiais (equívocos) podem ser corrigidos de
ofício, sem a necessidade de interposição dos embargos
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Revisão criminal:
Aspectos gerais:
• Ação autônoma de impugnação de competência
originária dos Tribunais (juiz singular não julga uma revisão)
• Deve ser ajuizada após o trânsito em julgado de sentença:
• Condenatória
• Absolutória imprópria absolve o acusado, mas impõe o
cumprimento de uma medida de segurança)
• A finalidade é desconstituir a sentença por erro judiciário
• Pode ser ajuizada a qualquer momento, inclusive após o
cumprimento da pena ou a morte do acusado (pelo CADI)
• Não é preciso que a parte esgote todas as instâncias
ordinárias para que ela ajuíze a revisão
• Regra geral: não cabe a revisão pro societate, somente
pro reo; salvo quando o acusado se vale da própria torpeza
para escapar da aplicação de lei (ex: acusado que junta uma
certidão de óbito falsa. Assim, o MP pode ajuizar a revisão
para desconstituir a sentença)
• A prova já deve estar pré constituída no ajuizamento
• Não há efeito suspensivo na revisão, salvo se houver uma
sentença teratológica (que contém uma nulidade absurda)
• Cabe recurso especial, recurso extraordinário e embargos
de declaração contra decisão que indeferir a revisão
• O condenado pode ajuizar outras revisões, desde que
apresente novas provas
Pedidos que podem ser feitos na revisão:
• Absolvição
• Alteração da classificação jurídica do delito
• Modificação da pena
• Anulação do processo
• Indenização (esse pedido deve vir expresso na revisão, já
que o Tribunal não pode conceder a indenização de ofício)
Legitimidade para ajuizar a revisão (precisa de advogado):
• Réu
• Procurador legalmente habilitado
• No caso de morte, pelo CADI (cônjuge/companheiro,
ascendente, descendente ou irmão)
• Ainda que não previsto de forma expressa no CPP, o MP
também é parte legítima para ajuizar a revisão
Hipóteses de cabimento da revisão:
• Contrariedade ao texto expresso da lei penal, processual
penal e da Constituição Federal
• Contrariedade à evidência dos autos
• Decisão fundada em depoimentos, exames ou docs.
comprovadamente falsos (que tenham influenciado
diretamente na decisão)
• Descoberta de novas provas em favor do condenado
• Nulidade do processo
Cabimento ou não da revisão (jurisprudência):
• Modificação do fundamento da sentença absolutória
própria: não cabe
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• Extinção da punibilidade:
• Antes de decisão cond./absolutória imprópria: não cabe
• Depois de decisão cond./absolutória imprópria: cabe
• Decisão que concede perdão judicial: não
• Em juizados especiais: cabe, mas a revisão será julgada
pelas Turmas Recursais, e não os Tribunais
• Impeachment: não cabe, pois é uma decisão política
• No Tribunal do Júri: cabe (o próprio Tribunal pode dar a
nova decisão, sem submeter o acusado a novo julgamento)
Carta testemunhável:
• Cabimento:
• Decisão que denegar o recurso
• Decisão que admite o recurso, mas obsta o seguimento
• Tem aplicação residual. Só cabe quando não houver
nenhum outro recurso cabível (ou seja, somente nos casos
de negar seguimento/obstar o seguimento de RESE ou
agravo de execução)
Atenção: da negativa de seguimento de apelação cabe RESE
• Prazo: 48 horas
• Sempre deve ser interposta por petição, já com as razões
• Endereçamento ao escrivão ou secretário (e não para o
juiz prolator da decisão. Cuidado!)
• Competência para julgamento: Tribunal
• A carta testemunhável segue o trâmite do recurso que se
pretende destrancar (RESE ou agravo de execução)
• Se a carta já estiver bem instruída o Tribunal já pode,
desde logo, julgar o recurso destrancado
• Efeito devolutivo, sem efeito suspensivo
Não confundir os prazos:
• Apelação no CPP: 5 dias p/ interposição e 8 dias p/ razões
• Apelação no Jecrim: 10 dias
• RESE: 5 dias para interposição e 2 dias para razões
• Agravo em execução: 5 dias p/ interpor e 2 dias p/ razões
• Carta testemunhável: 48 horas
• Embargos de declaração no CPP: 2 dias
• Embargos de declaração no Jecrim: 5 dias
• Embargos infringentes e de nulidade: 10 dias
Habeas corpus:
• É ação constitucional autônoma de impugnação (também
chamada de remédio constitucional ou writ)
• Não precisa de advogado para impetrar o HC
• O procedimento deve ser célere, gratuito e informal
• Cabimento: sofrer/ameaça de violência ou coação na
liberdade de locomoção por:
• Ilegalidade
• Abuso de poder
• Só cabe o HC se o crime puder, de alguma forma, cercear
a liberdade de locomoção
• Quando ocorre a coação ilegal:
• Não houver justa causa
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• Alguém estiver preso por mais tempo do que determina
a lei
• Quem ordenar a coação não tiver competência
• Houver cessado o motivo que autorizou a coação
• Não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em
que a lei autoriza
• O processo for manifestamente nulo
• Já extinta a punibilidade
• Nomenclaturas no HC:
• Impetrante: quem impetra o HC, seja a própria pessoa
ou terceiro (PJ pode impetrar em favor de pessoa física)
• Paciente: beneficiário do HC
• Impetrado: autoridade pública ou particular que
ilegalmente atentou contra a liberdade de locomoção
• MP pode impetrar o HC
• Juízes e tribunais podem expedir o HC de ofício
• Procedimento do HC:
• Logo que o HC for recebido, se o paciente estiver preso
e houver necessidade, ele poderá ser apresentado ao juiz
• Após as diligências, o juiz decidirá em 24 horas
• Se a decisão for favorável, o paciente logo deve ser
posto em liberdade, salvo se estiver preso por outro motivo
• Deve conter na petição inicial do HC:
• A pessoa que está sofrendo o constrangimento
• A autoridade coatora
• A especificação da modalidade de violência ou ameaça
que justifique a medida
• A assinatura e a identificação do impetrante
Execução penal:
Trabalho do preso/remição da pena:
• Natureza mista: direito e dever do preso condenado (para
o preso provisório e político é facultativo)
• Se o condenado não trabalhar, haverá falta grave
• Preso provisório só pode trabalhar dentro da prisão
• Características do trabalho como:
• Direito:
• Remuneração (pelo menos 3/4 do SM)
• Jornada de trabalho (de 6h a 8h, com descanso
domingos e feriados)
• Remição da pena:
• Trabalho: tanto o provisório como o fechado, desde
que em regime fechado ou semiaberto. Proporção: 3 dias
de pena diminui 1 dia de pena
• Estudo: todos os presos podem remir. Proporção:
12h de estudo divididas em pelo menos 3 dias diminui 1 dia
de pena
• Leitura: regulamentação pelo CNJ
• É possível acumulação de trabalho/estudo/leitura
• Em caso de acidente, o preso continua sendo
beneficiado pela remição
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• No caso de falta grave, o preso pode perder até 1/3
dos dias remidos
• Benefício de conclusão de estudo: preso ganha 1/3
para remição
• É vedada remição ficta (o preso não ganha a remição se o
Estado não proporcionar o trabalho)
Juizados especiais federais criminais:
• Princípios: simplicidade, informalidade, economia
processual, celeridade e oralidade
• Processamento de infrações de menor potencial ofensivo:
• Contravenções (só JECRIM estadual, federal não, ainda
que seja contra bens e serviços da União)
• Crimes com pena máxima até 2 anos
• Competência territorial: teoria da atividade
• Termo circunstanciado (TCO): equivale ao IP. Peça que
investiga infrações de menor potencial ofensivo
• Não haverá prisão em flagrante ou fiança se o agente se
comprometer a participar da audiência preliminar
• A prioridade é reparar o dano da vítima, não a PPL
Jecrim (9.099/95):
• Trata da conciliação, julgamento e execução das infrações
penais de menor potencial ofensivo (IMPO) por juízes
togados ou togados e leigos
• Constituem IMPO:
• Todas as contravenções penais
• Crimes cuja pena máxima seja até 2 anos cumulados ou
não com multa
• Juiz leigo pode elaborar uma proposta de sentença, mas o
poder decisório cabe ao juiz togado
• Conexão e continência são causas de prorrogação de
competência
• Princípios: oralidade, simplicidade, celeridade, economia
processual e informalidade
• Os atos processuais são públicos e podem ser realizados
em horário noturno e em qualquer dia da semana
• Não precisa de carta precatória para a realização de ato
em outra comarca (pode ser por telefone ou e-mail, p.ex)
• Sempre que possível haverá a reparação dos danos
sofridos e aplicação de pena não privativa de liberdade
• Citação:
• Sempre pessoal (não há citação por edital). Se o réu não
for encontrado, o processo será remetido ao juízo comum,
que, aí sim, poderá fazer a citação por edital
• Deve ser realizada preferencialmente no juizado. Se não
for possível, será por mandado
• Intimação:
• Por correspondência, com aviso de recebimento pessoal
ou, se for PJ ou firma individual, por entrega ao
encarregado da recepção
• Se for necessário, pode ser por oficial de justiça,
independentemente de mandado ou carta precatória
• Pode ser, ainda, por qualquer meio idôneo de
comunicação
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• No JECRIM não há o inquérito policial, mas o termo
circunstanciado de ocorrência (TCO), que é um relato
simples do fato ocorrido, contendo a descrição dos fatos e
identificação dos envolvidos
• Não se impõe prisão em flagrante ou se exige fiança do
autor do fato que, após a lavratura do TCO, for
imediatamente encaminhado ao juizado ou assume o
compromisso de comparecer
• Na audiência preliminar, o juiz esclarecerá sobre a
composição dos danos e da aceitação da proposta de
aplicação imediata de pena não privativa de liberdade
• Se aceita, a composição de danos será homologada pelo
juiz, constituindo título executivo cível
• Se for crime de ação penal privada ou pública
condicionada à representação:
• O ofendido/representante tem o prazo de 30 dias para
oferecer a composição, sob pena de decadência
• A homologação da composição importa em renúncia do
direito de representação ou queixa
• Se não houver conciliação nem transação penal, o MP
deve oferecer denúncia oral, se não houver necessidade de
novas diligências (se as diligências forem mais complexas,
os autos serão enviados ao juízo comum)
• Na audiência, deve ser ouvido o advogado do réu e o juiz
decidirá se aceita ou não a denúncia ou queixa
• Se aceitar: serão ouvidas as vítimas e testemunhas. Em
seguida, o réu será interrogado e ao final haverá os debates
entre acusação e defesa. Por fim, a sentença
• Se não aceitar a denúncia ou queixa, caberá apelação a
ser julgada por uma turma com 3 juízes de 1º grau
Suspensão condicional do processo:
• Crimes com pena mínima igual ou inferior a 1 ano
• Quem oferece é o MP, ao oferecer a denúncia
• Prazo de suspensão do processo: 2 a 4 anos, desde que o
acusado não esteja sendo processado ou tenha sido
condenado por outro crime
• É a imposição de certas condições que devem ser
cumpridas por um período de prova (2 a 4 anos)
• O acusado pode não aceitar a proposta de suspensão
condicional e optar pelo prosseguimento da ação
• São condições para a proposta:
• Reparação do dano, salvo impossibilidade
• Proibição de frequentar determinados lugares
• Proibição de ausentar-se da comarca sem autorização
do juiz
• Comparecimento mensal pessoal e obrigatório ao juízo
• A suspensão será obrigatoriamente revogada se o
beneficiário for processado por outro crime ou não reparar
o dano sem motivo justificável
• A suspensão poderá ser revogada se o beneficiário for
processado por contravenção ou descumprir qualquer
outra condição imposta
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Institutos despenalizadores do JECRIM:

Composição de danos civis:
• Casos de ação privada ou pública condicionada à rep.
• O autor repara o dano e a vítima aceita
• Deve ser feita por escrito e homologada pelo juiz
• Eficácia de título executivo (executável no juízo cível)
• Importa em renúncia ao direito de representação ou
queixa (atenção: no CP a reparação de danos não tem esse
efeito de renúncia)
Obs.: se não houver composição de danos, a vítima poderá
representar contra o autor do fato depois (oral em
audiência ou no prazo decadencial de 6 meses)
Transação penal:
• Casos de ação pública incondicionada ou quando a vítima
representar contra o autor do fato
• MP quem propõe a transação pena, que é aplicação de
uma PRD e/ou multa (se for só multa, o juiz poderá reduzir
até metade)
• A aceitação da transação não implica em reincidência
• A transação não consta da FAC, salvo para fins de não
permitir que o benefício seja utilizado no prazo de 5 anos, e
não tem efeitos civis
• Cabe apelação
• Se o autor do fato não cumprir a transação, o MP
continua a persecução penal (o acordo não faz coisa julgada
material)
• Não se aplica a transação à lei Maria da Penha

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