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PROCESSO PENAL

RESUMOS ILUSTRADOS
@MARCELOMAPAS
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material. O nosso material é feito com muita
dedicação para te ajudar a alcançar os seus objetivos
nos estudos. Espero que você goste!

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pirataria, conforme o art. 184 do Código Penal.

Entretanto, acreditamos que você


é uma pessoa de bem e que
jamais faria uma coisa dessas.
Agradecemos a sua compreensão
e desejamos um ótimo estudo.

Resumosmapasdireito
Marcelo.mapaseresumos@gmail.com
SUMÁRIO
Conceito e características ..............................................................................................................................................5
Sistemas Processaais I .....................................................................................................................................................6
Sistemas Processaais II ....................................................................................................................................................7
Interpretação da Lei Processual I ...................................................................................................................................8
Interpretação da Lei Processual II................................................................................................................................09
Interpretação da Lei Processual III...............................................................................................................................10
Aplicação da Lei Penal no Espaço I ..............................................................................................................................11
Aplicação da Lei Penal no Espaço II .............................................................................................................................12
Aplicação da Lei Penal no Espaço III ............................................................................................................................13
Aplicação da Lei Penal no Tempo I................................................................................................................................14
Aplicação da Lei Penal no Tempo II...............................................................................................................................15
Aplicação da Lei Penal no Tempo III..............................................................................................................................16
Aplicação da Lei Penal no Tempo IV.............................................................................................................................17
Aplicação da Lei Penal no Tempo V............................................................................................................................. 18
Aplicação da Lei Penal no Tempo VI.............................................................................................................................19
Fontes do Direito Processual Penal............................................................................................................................20
Princípios I ............................................................................................................................................................................21
Princípios II...........................................................................................................................................................................22
Princípios III..........................................................................................................................................................................23
Princípios IV..........................................................................................................................................................................24
Princípios V. .........................................................................................................................................................................25
Valor Probatório I................................................................................................................................................................26
Valor Probatório II ..............................................................................................................................................................27
Inquérito Policial - Conceito e Características .......................................................................................................28
Inquérito Policial - Instauração .....................................................................................................................................29
Inquérito Policial - Prazos ...............................................................................................................................................30
Inquérito Policial - Procedimentos ..............................................................................................................................31
Inquérito Policial - Arquivamento I................................................................................................................................32
Inquérito Policial - Arquivamento II...............................................................................................................................33
Inquérito Policial - Macete .............................................................................................................................................34
Inquérito Policia - Requisições - Autoridade Policial .............................................................................................35
Acordo de não Persecução Penal ................................................................................................................................36
Ministério Público .............................................................................................................................................................37
Ação Penal ...........................................................................................................................................................................38
Ação Penal Pública - Conceito e Características ...................................................................................................39
Ação Penal Pública - Prazos I..........................................................................................................................................40
Ação Penal Pública - Prazos II ........................................................................................................................................41
Ação Penal Pública - Condicionado à Representação ..........................................................................................42
Ação Penal Pública - Condicionado à Representação - Prazos .........................................................................43
Ação Penal Pública Incondicionada I............................................................................................................................44
Ação Penal Pública Incondicionada II...........................................................................................................................45
Ação de Iniciativa Privada ..............................................................................................................................................46
Ação de Iniciativa Privada - Princípios I ......................................................................................................................47
Ação de Iniciativa Privada - Princípios II ....................................................................................................................48
Prazo para queixa crime ..................................................................................................................................................49
Aditamento da queixa crime .........................................................................................................................................50
Princípios da Jurisdição ..................................................................................................................................................51
Competência (Relativa x Absoluta ) ...........................................................................................................................52
Competência - Justiça comum, Estadual e Federal .............................................................................................53
Competência - Prerrogativa de função .....................................................................................................................54
Competência por distribuição ......................................................................................................................................55
Competência - Continência ...........................................................................................................................................56
Teoria das Provas - Procedimento Judicial ..............................................................................................................57
Teoria das Provas - Obejto da Prova ...........................................................................................................................58
Teoria das Provas - Não precisa ser aprovados......................................................................................................59
SUMÁRIO
Teoria das Provas - Classificação das Provas ........................................................................................................60
Teoria das Provas - Contradita .....................................................................................................................................61
Prova Testemunnhal ........................................................................................................................................................62
Provas Ilegais .....................................................................................................................................................................63
Sujeitos Processuais .......................................................................................................................................................64
Juiz .........................................................................................................................................................................................65
Formas do Processo I ......................................................................................................................................................66
Formas do Processo II .....................................................................................................................................................67
Medidas Cautelares - Aplicação e Espécies ............................................................................................................68
Medidas Cautelares - Requisitoes ..............................................................................................................................69
Medidas Cautelares - Descumprimento da obrigação imposta .......................................................................70
Imunidades Prisionais ......................................................................................................................................................71
Prisões I ................................................................................................................................................................................72
Prisões II .............................................................................................................................................................................. 73
Prisões III...............................................................................................................................................................................74
Prisões em Flagrante I......................................................................................................................................................75
Prisões em Flagrante II.....................................................................................................................................................76
Prisões em Flagrante III....................................................................................................................................................77
Prisão Temporária .............................................................................................................................................................78
Mandado de Prisão ...........................................................................................................................................................79
Prisão Especial ...................................................................................................................................................................80
Interceptação Telefônicas I ..........................................................................................................................................81
Interceptação Telefônicas II..........................................................................................................................................82
Procedimentos e Classificações .................................................................................................................................83
Citações e Intimações ....................................................................................................................................................84
Citações ...............................................................................................................................................................................85
Apelação ...............................................................................................................................................................................86
Questões .............................................................................................................................................................................87
CONCEITO E CARACTERÍSTICAS

CONCEITO:

O Direito Processual Penal é o Conjunto de


normas e princípios que regulam:

A aplicação do Direito Penal;


As atividades persecutórias da Polícia judiciária;
A estrutura dos Órgãos da função jurisdicional.

É RAMO DO DIREITO PÚBLICO.

CARACTERÍSTICAS

Autonomia: Não é submisso ao


Direito Penal, pois possui
princípios e regras próprias.
Instrumentabilidade: É um meio
para fazer atuar o Direito Penal
material.
Normatividade: É uma disciplina
normativa, de caráter dogmático.

5
SISTEMAS PROCESSUAIS
A Constituição de 1988 adota o Sistema acusatório,
bem como o Código de Processo Penal — agora,
expressamente, em razão da inclusão do art. 3º-A
promovida pela Lei 13.964/2019 (Pacote Anticrime).

Art. 3º-A do CPP. O processo


penal terá estrutura acusatória,
vedadas a iniciativa do juiz na
fase de investigação e a
substituição da atuação
probatória do órgão de acusação.

SISTEMA ACUSATÓRIO:

Separação entre os órgãos da acusação, defesa e julgamento;


Liberdade de defesa e igualdade de posição entre as partes;
Vigente o contraditório;
Livre apresentação das provas pelas partes;
NE PROCEDAT JUDEX EX OFFICIO: Os interessados podem dar
impulso inicial ao processo.
O processo é público, salvo algumas situações previstas em lei.

6
SISTEMAS PROCESSUAIS

SISTEMA INQUISITIVO:

No processo penal não há contraditório ou ampla defesa;


O juiz é o responsável por julgar, acusar e defender. Tudo
acontece apenas com o comprometimento da
imparcialidade do magistrado;

O procedimento é sigiloso;
Não existe a igualdade processual;
Admite a existência de provas ílicitas;
Existem características desse sistema no
inquérito policial brasileiro.

SISTEMA MISTO OU ACUSATÓRIO FORMAL:

O Misto conteria características do acusatório e do


inquisitivo; Constituído de duas fases:

1º Instrução inquisitiva - de investigação


preliminar e instrução preparatória;
2º um posterior juízo contraditório - de
julgamento.

7
INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL
PREVISÃO LEGAL:

Art. 3º do CPP — A lei processual penal admitirá


interpretação extensiva e aplicação analógica, bem
como o suplemento dos princípios gerais de direito.

ANALOGIA ≠ INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA


ANALOGIA: É um método de
integração, ou seja, existe uma
lacuna na norma, busca-se suprir
tal lacuna valendo-se de um
dispositivo aplicado em um caso
semelhante.

INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: É um
método de interpretação.

O QUE É INTERPRETAR?

INTERPRETAR É BUSCAR O SENTIDO DA LEI, É


DESCOBRIR O SEU SIGNIFICADO.

8
INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL
INTERPRETAÇÃO QUANTO À ORIGEM:

AUTÊNTICA (ou legalista):


quando o significado é dado
pela própria lei.
DOUTRINÁRIA (ou científica):
Advinda dos estudiosos da
matéria;

JUDICIAL (ou jurisprudencial): Originada das


interpretações dos magistrados e da jurisprudência.

INTERPRETAÇÃO QUANTO À ORIGEM:

TELEOLÓGICA: Busca-se a finalidade da lei.


LITERAL (gramatical ou sintática): Busca-se o sentido
das palavras ou expressões usadas pelo legislador.
LÓGICA: Utiliza-se de raciocínio e conclusão para
compreender a lei.
HISTÓRICA: Analisa o contexto da votação legislativa, os
debates, etc.
SISTEMÁTICA: Confronta-se a norma interpretada com
as demais normas do sistema jurídico.

9
INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL
INTERPRETAÇÃO QUANTO AO RESULTADO:

DECLARATÓRIA: Quando há exata correspondência entre


o texto da lei e a vontade do legislador. Não há
necessidade de estender ou restringir o alcance do
enunciado.
RESTRITIVA: Quando o texto
da lei diz mais do que o
legislador queria, o intérprete
precisa restringir o alcance do
enunciado.
EXTENSIVA OU AMPLIATIVA:
Quando o texto da lei diz
menos do que se pretendia, é
necessário estender/ampliar o
alcance do enunciado.

PROGRESSIVA: Quando o intérprete realiza a adaptação


do texto da lei à realidade social vigente naquele
determinado momento.

10
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

Princípio da Territorialidade ou Lex


REGRA fori ou Locus regit actum

A lei processual penal brasileira é aplicada a todos os


processos criminais em curso no território nacional;
A atividade jurisdicional penal brasileira é somente
exercida nos limites do território nacional;
Há a exclusão da lei processual estrangeira no
território nacional;
Princípio da unidade — O Código de Processo Penal é
a fonte primária do processo penal, não existindo
um“Código Estadual de Processo Penal”.

EXCEÇÕES

O art. 1º, parte final, do CPP, afirma que,


embora se aplique o Código de Processo Penal
no território brasileiro, existem algumas
ressalvas que dizem respeito a não incidência
do Código de Processo Penal

Decreto-lei n.º 3.689/41 —, que dará espaço à aplicação de outra lei


processual penal brasileira.

11
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO
EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS
PRERROGATIVAS
EXCEÇÕES CONSTITUCIONAIS

PRESIDENTE DA REPÚBLICA;
MINISTROS DE ESTADO, Quando os crimes forem
ligados com os dos Presidente da República;
MINISTROS DO STF, Nos crimes de responsabilidade.

ATENÇÃO:

Embora haja legislação específica tratando do processo por


crimes de responsabilidade, é possível aplicar, subsidiariamente, o
Código de Processo Penal, como no caso de haver alguma omissão
legislativa, conforme o art. 39 da Lei n.º 1.079/50 (STF, ED na ADPF
n.º 378/DF, rel. Min. Roberto Barroso, j. 16/03/16).

PROCESSOS DE COMPETÊNCIA

JUSTIÇA ELEITORAL — Legislação especial, dessa


forma, aplica-se de forma subsidiária.
JUSTIÇA MILITAR — Aplica-se de forma subsidiária.

12
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

IMUNIDADES DIPLOMÁTICAS
EXCEÇÕES E DE CHEFES DE GOVERNOS
ESTRANGEIROS

DIPLOMATAS, imunidade absoluta, aplicada a todo


delito, mesmo que não esteja ligado a sua função;

As imunidades são extensíveis à sua


família, desde que com ele viva e que
não seja nacional do Estado
acreditado;
Os CHEFES DE ESTADOS
estrangeiros e os membros de sua
comitiva também estão acobertados
pela imunidade diplomática, assim
como os membros da ONU e OEA.

CÔNSUL, possui imunidade


penal relativa, referindo-se
tão somente aos atos
consulares praticados.

13
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO
Art. 2 - A lei processual penal aplica-se-á desde logo,
sem prejuízo da validade dos atos realizados sob
vigência da lei anterior. (Aplicação imediata).

Adota-se no Brasil a teoria do ISOLAMENTO DOS


ATOS DO PROCESSO. PRINCÍPIO TEMPUS REGIT
ACTUM = O TEMPO REGE O ATO.

A Lei processual penal será


aplicada IMEDIATAMENTE
(art. 2º do CPP);
A Lei, uma vez publicada,
produzirá efeitos para o
futuro — EX NUNC;
Os atos praticados durante a
vigência da lei anterior são
completamente válidos.

Ex: Durante o andamento do processo, iniciou-se a


realização de um ato processual, vindo agora o
surgimento de uma nova lei processual, o ato
iniciado será praticado conforme a lei anterior,
uma vez encerrado tal ato, a nova lei processual
poderá ser aplicada aos atos futuros.

14
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO
REGRA GERAL

A lei processual penal NÃO retroage, nem mesmo para


beneficiar o acusado (ao contrário do que ocorre com o
Direito Penal, nos termos do art. 5º, XL, da CF).

“Quanto à norma puramente


processual, não há que se falar em
retroatividade: ela não atingirá atos
processuais já praticados e regerá
os atos futuros” (STF, HC n.º
109.295/SP, rel. Min. Ricardo
Lewandowski, j. 14/02/12).

EXCEÇÕES
A Lei de Introdução ao Código de Processo Penal
— Decreto-lei n.º 3.931/41 — traz algumas situações
específicas acerca da aplicação da norma processual
no tempo. Vejamos:

“O prazo já iniciado, inclusive o estabelecido para a


interposição de recurso, será regulado pela lei anterior,
se esta não prescrever prazo menor do que o fixado no
Código de Processo Penal” (art. 3º da LICPP).

15
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

EXCEÇÕES

Exemplo: na lei n.º 1, o prazo para recorrer é de 10 dias;


no curso do prazo recursal, sobrevém a lei n.º 2, dispondo
que o prazo, agora, é menor, de 5 dias — nesse caso, o
prazo a ser aplicado é o da lei anterior, de dez dias. Se a
nova lei trouxer prazo maior durante o curso do prazo
vigente, aplicar-se-á esta nova lei.

“Já tendo sido


interposto recurso, as
condições de
admissibilidade, a
forma e o julgamento
serão regulados pela
lei anterior” (art. 11 da
LICPP).

“As ações penais, em que já se tenha iniciado a


produção de prova testemunhal, prosseguirão,
até a sentença de primeira instância, com o rito
estabelecido na lei anterior” (art. 6º da LICPP).

16
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

LEI PROCESSUAL HÍBRIDA

Existe a norma material (de Direito Penal) e a norma


de direito instrumental (de Direito Processual Penal);
A chamada norma processual mista, híbrida ou
norma processual material — é aquela norma que
possui conteúdo tanto processual como penal;

SE A NORMA FOR MISTA, APLICA-SE A REGRA DA EXTRATIVIDADE

Poderá retroagir (aplicar-se a


fatos passados anteriormente ao
início da sua vigência).
Se o conteúdo
material da
norma
processual for Poderá ser ultrativa (aplicar-
benéfico se a fatos ocorridos durante
sua vigência mesmo após a sua
revogação;

SE O CONTEÚDO MATERIAL NÃO há extratividade, não


DA NORMA PROCESSUAL retroagirá e nem será
FOR MALÉFICO ultrativa.

17
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

NORMAS HETEROTÓPICAS
Isso quando há normas puramente penais dentro de
uma norma processual e quando há normas
puramente processuais dentro de uma norma penal.

Ex.: O direito ao silêncio, está previsto no Código de processo


penal, art. 186, apesar disso é uma norma puramente penal.

Assim, deve-se analisar o


conteúdo da norma em si —
e não o corpo em que está
inserida —, aplicando-se as
consequências disso
(tempus regit actum ou
retroatividade).

OBSERVAÇÕES

Em normas mistas, NÃO é admitido a cisão da norma (STJ,


RMS n.º 113.376/RJ, rel. Min. Laurita Vaz, j. 02/06/05), isto
é, veda-se a aplicação apenas do conteúdo material e a
não aplicação do conteúdo processual (ou vice-versa).

18
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

OBSERVAÇÕES

As normas relativas à execução penal possuem conteúdo


material, podendo ter extratividade (STJ, HC n.º
100.277/RJ, rel. Min. Celso Limongi, j.20/10/09).
Toda lei que se relaciona, de alguma forma, com o direito
de punir (jus puniendi), reforçando ou reduzindo os
direitos penais subjetivos do acusado, deve ser
considerada lei penal material, ainda que prevista em
diplomas legais que regulem apenas matérias processuais.

19
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

Integração da lei;
Criar norma diante da lacuna legal;
APLICAÇÃO Analogia;
Pode ser usado:

- Direito penal;
- Direito processual penal.

INTERPRETAÇÃO

Fórmulas genéricas para aplicar


ao caso concreto.
Pode ser usado:

- Direito penal;
- Direito processual penal.

FORMAIS

IMEDIATAS MEDIATAS

Lei; Costumes;
Constituição Federal 1988; Princípios;
Tratados Int. de Dir. Humanos Doutrina;
(TIDH); Jurisprudências;
Tratados, convenções e regras Analogia.
de Direito internacional.

20
PRINCÍPIOS

PUBLICIDADE
Previsão legal: Art. 93, IX, CF/88,
art. 5º, LX, CF/88, art. 8º, 5,
CADH, art. 792, CPP.
Em regra os atos praticados
no âmbito do processo
penal são públicos.

Desse princípio podem-se


extrair 3 direitos:
1) Direito de assistência à
realização dos atos
processuais - o público, as
partes e os advogados podem
acompanhar os atos
processuais;
2) Direito de narração dos Exceção: A própria CF/88
atos processuais - da prevê que, em algumas
mesma forma que pode situações, essa publicidade
assistir, pode descrever os poderá ser restrita apenas
atos processuais; às partes e a seus
3) Consulta dos autos - advogados ou, apenas, a
seus advogados.
qualquer pessoa pode Pois, vez ou outra, o direito à
acessar os autos. intimidade deve prevalecer
sobre o direito à informação.
21
PRINCÍPIOS
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
Garante o direito de revisão de uma causa
por tribunais superiores .

IN DUBIO PRO REO OU FAVOR REI


Havendo dúvida entre as teses de
acusação ou defesa, prevalece a
defesa. Utiliza-se na dúvida
sempre a interpretação mais
favorável ao réu.

DEVIDO PROCESSO LEGAL


Respeito ao processo legal estabelecido
em lei e aos demais princípios;
Ninguém será processado, senão por
crime previsto em lei;
Respeito aos Dir. Individuais.

DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO


Prestação jurisdicional deve ser
realizada dentro de um prazo razoável.

22
PRINCÍPIOS

INTRANSCENDÊNCIA
Veda-se a instauração de processo penal senão
contra o responsável pela conduta criminosa.

AUTORIEDADE
Em regra, são as autoridades
públicas que dão impulso ao
processo penal.

PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
Previsão legal: Art. 5º, LVII, CF/88.
Também chamado de não culpabilidade;
Direito do acusado de não ser declarado
culpado, senão após o trânsito em julgado
de sentença penal condenatória;
Excepcionalidade de prisões cautelares;
Ônus da prova, em regra, do acusado.

JUIZ NATURAL
Previsão legal: Art. 5º, XXXVII e LIII, CF/88;
Vedação dos tribunais de exceção;
Busca da imparcialidade do julgador.

23
PRINCÍPIOS

AMPLA DEFESA
Divide-se em autodefesa e
defesa técnica;
Visa garantir todos os
meios e recursos para uma
defesa adequada.

VEDAÇÃO DA DUPLA
PUNIÇÃO VEDAÇÃO DAS
PROVAS ILÍCITAS
Tem em vista impedir
que um indivíduo seja Provas ilícitas
responsabilizado devem ser retiradas
duplicamente pelo do processo.
mesmo fato.

PARIDADE DE ARMAS

Busca garantir igualdade de


condições entre acusação e
defesa.

24
PRINCÍPIOS

NÃO AUTOINCRIMINAÇÃO
Nemo Tenetur Se Detegere
Ninguém será obrigado a produzir provas contra si.

Oficiosidade Contraditório
O poder público em Necessidade de ouvir a
regra, age de ofício e outra parte sobre
através de seus órgãos alegações realizadas.
oficiais.

PLENITUDE DE DEFESA

Princípio específico para


tribunal do júri;
Votos dos jurados é sigiloso e
dispensa fundamentação;
A plenitude de defesa visa
equilibrar a desvantagem do
réu, lhe permitindo maior
argumentação ao seu favor.

25
VALOR PROBATÓRIO

O conteúdo do inquérito é meramente


INFORMATIVO (Possui valor probatório relativo,
pois as provas não são colhidas com aplicação dos
princípios constitucionais ao contraditório e ampla
defesa).

Persecução racional
O juiz pode dar o valor que bem lhe
aprouver às provas aproveitadas nos
autos, porém, deve sempre
demonstrar os motivos
(Fundamentação) que o levaram a
tomar a decisão.

Provas cautelares
As provas cautelares são
aquelas que, em face da
urgência, são realizadas antes
do momento adequado.

26
VALOR PROBATÓRIO

Prova não repetível

Trata-de daquela que não pode ser


realizada NOVAMENTE NA FASE JUDICIAL.

Ex.: Um laudo pericial realizado na fase


do I.P. de um objeto que perecerá em um
mês. Logo, na fase judicial o juiz não
conseguirá mandar realizar um novo
laudo, pois o objeto não existe mais.

prova antecipada
É aquela que pode ser determinada
antes da ação penal, de ofício pelo
juiz, devido à urgência e relevância da
prova.

URGÊNCIA Provas que devem ser


realizadas imediatamente.

RELEVÂNCIA
Provas importantíssimas
para o processo penal.

27
INQUÉRITO POLICIAL

CONCEITO
Procedimento administrativo;
Conduzido pela polícia
judiciária;
Busca elucidar a prática da
infração penal e sua autoria.

CARACTERÍSTICAS
Natureza inquisitória;
Escrito;
Dispensável;
Indisponível;
Sigiloso;
Discricionário;
Administrativo;
Informativo;
Oficioso;
Oficialidade.

FASES
A persecução penal se desenvolve, originalmente em
duas fases:
Investigação preliminar;
Processo judicial.

28
INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO
De ofício;
Por requisição de autoridades
públicas;
Por requerimento do ofendido;
Por denúncia de terceiros;
Não pode ser instaurado tendo
como base unicamente denúncia
anônima.

ANTECEDENTES
Atestado de antecedentes, a autoridade policial não
poderá mencionar quaisquer anotações referentes à
instauração de inquérito policial.

MINISTÉRIO PÚBLICO

A participação do MP nas
investigações não acarreta o
seu impedimento ou suspeição
para o OFERECIMENTO DA
DENÚNCIA.

29
INQUÉRITO POLICIAL

POLÍCIA LEGISLATIVA

PODE

Prender em flagrante;
Realizar inquérito.

PRAZOS

RÉU SOLTO RÉU PRESO


REGRA 30 DIAS Prorrogável 10 DIAS IMprorrogável
JUSTIÇA FEDERAL 30 DIAS Prorrogável 15 DIAS Prorrogável
Prorrogável Prorrogável
LEI DE DROGAS 90 DIAS DUPLICADOS 30 DIAS DUPLICADOS

CONTRA A ECONOMIA 10 DIAS IMprorrogável 10 DIAS IMprorrogável

30
INQUÉRITO POLICIAL
Ministério público - Ação pública
DESTINATÁRIOS Ofendido - Ação privada.

AUTORIA
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

MATERIALIDADE
DISCRICIONÁRIO

INDISPONÍVEL Autoridade policial não pode arquivar.

VALOR PROBATÓRIO RELATIVO

Não há contraditório;
Não há ampla defesa.

ARQUIVAMENTO DO I.P

Com a entrada em vigor da lei n.


13.964/2019, conhecida como
pacote “anticrime”, pretendeu-se a
alteração do principio gestor de
todo o conteúdo do processo penal.

31
INQUÉRITO POLICIAL

ARQUIVAMENTO DO I.P

Art. 28. Ordenado o arquivamento


do inquérito policial ou de quaisquer
elementos informativos da mesma
natureza, o órgão do Ministério
Público comunicará:
à vítima;
ao investigado; e
à autoridade policial; e

Encaminhará os autos para a instância de revisão


ministerial para fins de homologação, na forma da lei.

§ 1º Se a vítima, ou seu
representante legal, não
concordar com o arquivamento
do inquérito policial:

Poderá, no prazo de 30 (trinta)


dias do recebimento da
comunicação:

Submeter a matéria à revisão da instância competente do


órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.

32
INQUÉRITO POLICIAL

ARQUIVAMENTO DO I.P
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em
detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do
arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela
chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial.

PODE-SE DESARQUIVAR
A atribuição para desarquivar o Inquérito Policial é do
Ministério Público. Surgindo fatos novos, deve a
autoridade policial representar neste sentido, mostrando-lhe
que existem fatos novos que podem dar ensejo a nova
investigação. SÚMULA 524 STF

STF - SIM, é possível


desarquivar.
CAUSA EXCLUDENTE DE ILICITUDE STJ -NÃO é possível
desarquivar.

NÃO SE PODE DESARQUIVAR


Atipicidade do fato;
Causa extinta de punibilidade
(salvo certidão de óbito falsa);
Excludente de culpabilidade.

33
INQUÉRITO POLICIAL

CONCEITO Procedimento administrativo

discricionário
Dispensável objetiva buscar
de caráter Escrito
Materialidade
Inquisitivo
Indisponível Autoria
INÍCIO Sigiloso de ofício
Requisição
ação pública incondicionada
Requerimento
Flagrante
ação pública condicionada
Requisição Representação
Ação
Requerimento

34
INQUÉRITO POLICIAL

REQUISIÇÕES - AUTORIDADE POLICIAL

A reaquisição é uma ordem;


Poderão requerer de quaisquer órgãos do poder
público ou empresas de iniciativa privada.

Dados de informações cadastrais da


vítima ou de suspeitos.

AS REQUISIÇÕES CONTERÃO:

Será atendida em 24 horas;


Nome de autoridade requisitante;
Número de inquérito policial;
Identificação da unidade policial
judiciária responsável pela
investigação.

APLICADO PARA CRIMES:


Envio de crianças ou adolescentes para exterior;
Sequestro;
cárcere privado;
Redução de condição análoga à escravidão;
Trafego de pessoas;
Extorsão de crimes de liberdade;
Extorsão mediante sequestro.

35
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL

Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o


investigado confessado formal e circunstancialmente a
prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com
pena mínima inferior a 4 (quatro) anos…

O Ministério Público poderá propor acordo de não


persecução penal, desde que:
- Necessário e suficiente para reprovação e prevenção do
crime, mediante as seguintes condições ajustadas
cumulativa e alternativamente:

I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto


na impossibilidade de fazê-lo;
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados
pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou
proveito do crime;
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas;

IV - pagar prestação pecuniária;


V - cumprir, por prazo determinado,
outra condição indicada pelo Ministério
Público, desde que proporcional e
compatível com a infração penal
imputada

36
MINISTÉRIO PÚBLICO

Oferecer a denúncia;
SOBRE A DENÚNCIA Requerer arquivamento.

TITULARIDADE DA AÇÃO
Titular da ação privativa não
é o ministério público.

A participação do MP nas investigações do inquérito


policial não acarreta:

Impedimento ou
Suspeição da DENÚNCIA.

37
AÇÃO PENAL

Direito de solicitar a prestação jurisdicional e a


aplicação do direito penal ao caso concreto.

INÍCIO - Denúncia ou queixa

Instrumental;
CARACTERÍSTICAS Direito autônomo;
Direito abstrato;
Direito subjetivo;
Direito público.

CONDIÇÕES DA AÇÃO
Interesse de agir;
Possibilidade jurídica do pedido;
Legitimidade da parte;
Justa causa;

PRAZOS (QUEIXA - CRIME)

30 Dias - Crimes contra a propriedade


material que deixam vestígios.
6 Meses - (A contar do conhecimento da autoria).

A contar do fim do prazo do MP no caso da


ação PENAL SUBSIDIÁRIA.

38
AÇÃO PENAL PÚBLICA

A ação penal será pública quando proposta pelo


Ministério Público, podendo ser incondicionada ou
condicionada, tendo seu fundamento na Constituição
Federal, art. 129, I.

Segundo o art. 24, § 2°, CPP, que


torna ação penal pública todo o
crime praticado em detrimento
de patrimônio ou interesse de
União, Estado ou Município.

a) obrigatoriedade;
PRINCÍPIOS: b) Indisponibilidade;
c) Oficialidade.

PRAZO PARA O OFERECIMENTO DA DENÚNCIA

réu preso - 5 dias.


réu solto ou afiançado - 15 dias

Contado da data em que o órgão do


Ministério Público receber os autos
do inquérito policial.

39
AÇÃO PENAL PÚBLICA:
PRAZO PARA O OFERECIMENTO DA DENÚNCIA

No último caso, se houver


devolução do inquérito à
autoridade policial ( art. 16 ),
contar-se-á o prazo da data em que
o órgão do Ministério Público receber
novamente os autos.

PRAZOS ESPECÍFICOS PARA CRIMES DA LEI DE DROGAS

Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial,


de Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças de
informação, dar-se-á vista ao Ministério Público para, no
prazo de 10 (dez) dias, adotar uma das seguintes
providências:

I - requerer o arquivamento;
II - requisitar as diligências que
entender necessárias;
III - oferecer denúncia, arrolar
até 5 (cinco) testemunhas e
requerer as demais provas que
entender pertinentes.

40
AÇÃO PENAL PÚBLICA:

TITULARIDADE DA AÇÃO
PENAL PÚBLICA
O Ministério Público é titular
exclusivo da ação penal
pública, tanto na forma
incondicionada quanto na
condicionada. Art. 129, I, CF.

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO


Essa é uma das espécies de ação penal pública, do que a
representação é condição de procedibilidade para a sua
deflagração por parte do Ministério Público.

Ela está prevista no Código de Processo Penal, em seu art.


24, caput. A representação deve ser feita pelo ofendido
ou seu representante legal.

Todavia, caso o ofendido tenha


tenha falecido, a representação
passará para seus familiares, ou
seja, cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão, na forma
do art. 24, §1º, CPP.

41
AÇÃO PENAL PÚBLICA:
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À
REPRESENTAÇÃO

A representação pode ser feita ao Ministério Público, ao juiz


ou à autoridade policial (art. 39, caput, do CPP). A Retratação
da representação é possível até o oferecimento da
denúncia (art. 25 do CPP).

Art. 25,CPP - A representação será irretratável, depois de


oferecida a denúncia.

É possível a retratação da
retratação da representação
infinitas vezes, desde que feita
dentro do prazo decadencial.

PRAZO PARA O OFERECIMENTO DA REPRESENTAÇÃO

Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante


legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o
exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a
saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29 , do dia em que se
esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.

42
AÇÃO PENAL PÚBLICA
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À
REPRESENTAÇÃO

A forma de ofertar a representação pode ser oral ou


escrita, sendo que ela deve ser apresentada para o
Ministério Público. O conteúdo da representação
refere-se a informações que possam servir à
apuração do fato e da autoria na forma do art. 39, CPP.

Caso a representação contenha elementos suficientes para a


propositura da ação penal, o Ministério Público DISPENSARÁ o
inquérito policial e irá impetrar a denúncia no prazo de 15 dias.

AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA

A ação pública incondicionada é regra, ou seja,


quando o crime nada dispuser acerca de como se deve
processá-lo, a forma é a incondicionada. Essa é a
orientação do art. 100, caput, Código Penal:

A ação é pública, salvo quando a


lei expressamente a declara
privativa do ofendido.

43
AÇÃO PENAL PÚBLICA
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
Quando a ação for pública condicionada ou movida
mediante queixa-crime, a lei expressamente demonstrará
qual será a forma utilizada.
EXEMPLO:

Art. 147, CP - Ameaçar alguém, por palavra,


escrito ou gesto, ou qualquer outro meio
simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou
multa.
Parágrafo único - Somente se procede
mediante representação.

Quando for de ação penal privada, o Código Penal


expressamente diz também, conforme se destaca da
redação do artigo 145, do CP.

Art. 145 - Nos crimes


previstos neste Capítulo
somente se procede
mediante queixa, salvo
quando, no caso do art. 140,
§ 2º, da violência resulta
lesão corporal.

44
AÇÃO DE INICIATIVA PRIVADA

Essa forma de provocar a jurisdição é própria do ofendido


ou de seu representante legal, sendo o Código de
Processo Penal enfático nesse sentido:

Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha


qualidade para representá-lo caberá intentar
a ação privada.

Falecimento ou declaração de ausente:

Art. 31. No caso de morte do ofendido ou


quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou
prosseguir na ação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.

Comprovado a sua pobreza:


Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz,
a requerimento da parte que comprovar a
sua pobreza, nomeará advogado para
promover a ação penal.

45
AÇÃO DE INICIATIVA PRIVADA

Relativamente incapaz e não tiver representante legal:

Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou


retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os
interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido
por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério
Público, pelo juiz competente para o processo penal

ATENÇÃO:
O maior de 18 (dezoito) anos não
necessita de curador para reger seus
direitos, posto que com a capacidade
plena ele exercerá de forma autônoma o
direito de propor queixa-crime, por meio
de advogado instituído.

PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PRIVADA

Oportunidade:
O ofendido terá direito de escolher
entre processar ou não o autor de uma
infração penal, ainda que existam
provas suficientes para a condenação.

46
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PRIVADA

Disponibilidade:
Uma vez intentada a queixa-crime, o
ofendido poderá desistir de
prosseguir no processo, por meio dos
institutos do perdão e da renúncia.

Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um


dos autores do crime, a todos se estenderá;
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos,
sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.

Indivisibilidade:

Caso o autor da queixa-crime esteja


diante de uma situação que envolva
mais de um réu, ele deverá propor a
ação penal contra todos, não
podendo escolher contra quem
impetrará a ação.

Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao


processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua
indivisibilidade.

47
PRAZO PARA DA QUEIXA-CRIME

Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal,


decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo
de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no
caso do art. 29 , do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.

Dessa forma, caso violado o prazo de


seis meses ocorrerá o fenômeno da
decadência, sob a qual incidirá a
extinção da punibilidade prevista no
art. 107, IV, CP.

TITULARIDADE DA AÇÃO PENAL PRIVADA


O autor da queixa-crime é chamado de querelante, enquanto o réu
é chamado de querelado.

Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador


com poderes especiais, devendo constar do
instrumento do mandato o nome do querelante e
a menção do fato criminoso, salvo quando tais
esclarecimentos dependerem de diligências que
devem ser previamente requeridas no juízo
criminal.

Assim a queixa-crime deve ser precedida


de uma procuração com poderes
especiais. Devendo conter nesta última o
nome do querelante e querelado, bem
como a menção ao fato criminoso.

48
ADITAMENTO DA QUIEXA-CRIME

Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido,
poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos
os termos subsequentes do processo.

O promotor de Justiça ou Procurador irá


atuar como custi legis, devendo ao final
posicionar-se pela condenação ou
absolvição do querelado.

AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA


O Ministério Público é o titular exclusivo da ação penal pública,
tanto na forma incondicionada quanto na condicionada, na esteira do
art. 129, I. Quando o Ministério Publico for inerte na propositura da
ação penal, ou seja, não cumprir os prazos assinalados no item
anterior.

Nesse caso, caberá a chamada ação


penal privada subsidiária da
pública, em que o ofendido, por meio
de advogado, irá intentar a ação penal
privada, por meio da queixa-crime,
diante da inércia ministerial.

Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e
oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer
elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do
querelante, retomar a ação como parte principal.
49
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO

Só pode ser exercida por quem tenha


INVESTIDURA sido regulamente investido (JUIZ)

Não pode delegar, devido sua


INELEGIBILIDADE competência.

INEVITABILIDADE a jurisdição impõe-se independente


da vontade das partes.

INAFASTABILIDADE A lei não pode excluir da apreciação


lesão ou ameaça ao direito.

proibição dos tribunais de exceção e


JUIZ NATURAL garantia do juiz competente.

CARACTERÍSTICAS

SUBSTUTIVIDADE;
INÉRCIA;
IMUTABILIDADE;

50
COMPETÊNCIA
É o limite da jurisdição, ou seja, a lei traz limites à
atividade jurisdicional de uma autoridade jurídica,
determinando, assim, a competência do julgador até
onde o juiz pode falar do direito.

RELATIVA ABSOLUTA
Pode ser prorrogada; Jamais pode ser
logo sua inobservância prorrogada, acarretando,
gera nulidade relativa. pela sua inobservância,
nulidade absoluta.
(Art. 564, CPP). Pela
incompetência, suspeição
ESPÉCIES ou suborno do juiz.

A) Lugar da consumação do crime;


B) Domicílio ou residência do réu;
C) Natureza da infração;
D) Distribuição, etc.

EM RAZÃO DO LUGAR
REGRA: lugar da consumação (art. 79,
CPP), ou subsidiariamente, o local do
domicílio do réu (autor do crime) art.
72, CPP.

51
COMPETÊNCIA

EM RAZÃO DA MATÉRIA
Estabelecida em razão da
natureza do crime praticado.
(Trata-se de competência
absoluta, portanto não pode ser
alterada e nem prorrogada, sob
pena de gerar NULIDADE
ABSOLUTA).

JUSTIÇA COMUM

ESTADUAL

Julga todos os crimes que não forem


da justiça federal ou especial, trata-
se de competência residual.

FEDERAL

Os crimes previstos na
constituição federal (Art.109).

52
COMPETÊNCIA

JUSTICA ESPECIAL

JUSTIÇA MILITAR
JUSTIÇA ELEITORAL
JUSTIÇA DO TRABALHO

PRERROGATIVA DE FUNÇÃO

Essa competência é determinada de acordo com a


qualidade das pessoas incriminadas. TRATA-SE DE
COMPETÊNCIA ABSOLUTA.
ART. 84 A ART. 87, CP

FOROS PRIVILÉGIADOS

COMPETÊNCIA POR DISTRIBUIÇÃO


Art. 75, CPP - Quando houver mais de um juiz
competente no foro do processo, a competência será
determinada pro distribuição.

53
COMPETÊNCIA

COMPETÊNCIA POR DISTRIBUIÇÃO


Ocorre quando concorrer
dois ou mais juízes
igualmente competentes,
ou jurisdição cumulativa .

CONEXÃO
Ocorre quando duas ou mais
infrações praticadas se vinculam,
nexo, algo em comum que autoriza
reunir todos os crimes em um único
processo, para ficar mais fácil apurar
a verdade dos fatos.

Não é possível a cisão em processos diferentes,


porque uma causa está contida na outra. Pela
continência, o juiz é obrigado a reunir todos os crimes
em um único processo. Art.77, CPP.

54
COMPETÊNCIA
CONTINÊNCIA

COMO ESTABELECER A COMPETÊNCIA:

1. Aplicar a regra geral de competência prevista


no art. 70 do CPP, ou seja, lugar da
consumação do crime;
2. Existência de matéria especial;
3. Juiz de competência para julgar o caso;
4. Realizada a distribuição (Sorteio aleatório).

Reunião, seja por conexão ou por continência - REGRAS

A) Concurso de jurisdição:
ESPECIAL X COMUM = ESPECIAL.
B) JURI X OUTRO ÓRGÃO DE JURISDIÇÃO = JÚRI.
C) Concurso de jurisdição diversas categorias =
Prevalecerá a mais alta, de Maior Graduação.
D) Concurso de Crimes eleitoral x Justiça comum =
Justiça eleitoral por ser uma justiça especial.

55
TEORIA DAS PROVAS

PROCEDIMENTO JUDICIAL
É obrigatório a presença do
advogado, assegurado o
direito de entrevista prévia
e reservada com o mesmo.

NÃO ASSEGURADO O DIREITO A


ENTREVISTA PRÉVIA E
RESERVADA COM O DEFENSOR.

1. CORRENTE: Causando prejuízo


será nulo o interrogatório.
2. CORRENTE: Interrogatório
deverá ser realizado novamente.

QUALIFICAÇÃO DO ACUSADO

Juiz realiza as perguntas (Art. 187, CPP).


Réu responde às perguntas sobre sua pessoa.
O réu responde às perguntas sobre o fato.
Tem o direito de ficar em silêncio, o que não enseja
na confissão. (Art.186, CPP).
Tem o direito de ser informado antes de iniciar o
interrogatório. É garantido no interrogatório em
sede policial.

56
TEORIA DAS PROVAS

PROVA
produzido pelas partes ou mesmo pelo juiz.

OBJETO DA PROVA
Fatos que geram dúvidas
ao magistrado e
precisam ser
comprovaras.

REGRA
Sistema do livre convencimento
motivado. O juiz valora a prova
conforme a análise dos fatos.

EXCEÇÃO
Íntima convicção;
Prova pré-definida.

57
TEORIA DAS PROVAS

NÃO PRECISAM SER PROVADOS

situações conhecidas por parcela


FATOS NOTÓRIOS significativa da população.

FATOS EVIDENTES Que podem ser facilmente demonstrado.

FATOS INÚTEIS Não possuem relevância para a causa.

PRESUNÇÕES LEGAIS Fatos presumidos por lei.

JUIZ (Direto).
DESTINATÁRIO AS PARTES (Indireto)

PROVA PERICIAL

UM PERITO OFICIAL: Não


precisa prestar compromisso.
DOIS PERITOS NÃO
OFICIAIS: Deve prestar
compromisso.

58
TEORIA DAS PROVAS

CLASSIFICAÇÕES DAS PROVAS


Art.155, CPP
Cautelares;
Não repetíveis;
Antecipadas.

SISTEMA DE VALORAÇÃO
Livre conhecimento motivado.
(REGRA GERAL).
Tarifário;
Intíma convicção.

BUSCA E APREENSÃO

Pessoal;
PROVA PERICIAL Domiciliar:
- Necessidade de mandado;
- NÃO poderão ser realizadas
no período entre as 21 horas e
às 05 horas.
- Rol de cabimento (CPP) é
exemplificativo.

59
TEORIA DAS PROVAS

CONTRADITA
Pessoas proibidas de depor: (Art. 298, CPP).
Pessoas que não podem depor:

Aqueles que tomam ciência do fato em razão do ofício ou


profissão. Salvo se desobrigados pela parte interessada.

ARGUIÇÃO DE DEFEITO
Indicação de suspeição: Juiz
não é obrigado a excluir a
testemunha.

DISPENSADO DE PRESTAR COMPROMISSO COM A VERDADE

Menor de 14 anos;
Doentes
PROVAe deficientes
PERICIAL mentais;
ascendentes ou descendentes;
cônjuge;
afins em linha reta;
irmãos;
pai e mãe;
filho adotivo do acusado.

60
PROVA TESTEMUNHAL

NÚMERO DE TESTEMUNHAS

Até 8 testemunhas
P. COMUM ORDINÁRIO (Art. 401 do CPP).

Até 5 testemunhas
PROCEDIMENTO SUMÁRIO (Art. 532 do CPP).

O número de testemunha é definido


OBS: por cada ato.

Ex.: 3 fatos proc. comum 3 x 8 = 25 testemunhas (Até)

61
PROVAS ILEGAIS

O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada


inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão.
(Art. 157, Lei 13.964/2019)

ILÍCITA Violam normas de direito material

TEORIA DA ÁRVORE ENVENENADA


Art. 157 do CPP
Provas obtidas por meio de uma
primeira que foi descoberta por meios
ilícitos. Deverão ser descartadas.

Quando não houver nexo de causalidade entre a


ADMITIDA: prova ilícita e derivada.

Quando as derivadas puderem ser obtidas de forma independente.

ILÍCITAS ILEGÍTIMAS

Violam normas de violam norma


direito material. processual
Ex.: Prova obtida por
meio de tortura. Art.159, CPP

62
SUJEITOS PROCESSUAIS
DIREITOS DO ACUSADO
Não produzir provas contra si;
sentenciado e julgado pela autoridade competente;
Ampla defesa e contraditório;
Entrevista prévia e reservada com o defensor.

DEFENSOR DO ACUSADO

A sua falta no processo penal constitui nulidade


absoluta. A deficiência da defesa técnica só anulará se
prejudicar o réu. SÚMULA 523 do STF

AUXILÍARES DA JUSTIÇA ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO


PODE REQUERER
Peritos e
Intérpretes Prisão preventiva do acusado.
Perguntas as testemunhas.

Desempenha as funções do
MINISTÉRIO PÚBLICO estado-acusador.

Fiscal da lei;
atua Como: Autor da ação
Nos Crimes de ação penal pública.

63
JUIZ

SUSPEIÇÃO Hipóteses do Art. 254, CPP

Presume-se que poderia ou não ser parcial.

O JUIZ PODE SER DAR COMO SUSPEITO:


Se não o fizer: As partes podem arguir a suspeição — Art.98, CPP.

Se a parte de forma
proposital, criar situação de
suspeição, ela não poderá ser
declarada. (Art. 256, CPP).

POLÍCIA ADMINISTRATIVA PODER JURISDICIONAL

Garante a ordem no Relativo à conclusão


curso do processo. do processo.
(Art.251, CPP).

IMPEDIMENTO O juiz está impedido de


exercer jurisdição.
Hipóteses do Art. 252 do CPP. Presunção absoluta que
juiz seria parcial.
Rol taxativo

64
FORMAS DO PROCESSO

Rito e amplitude com que


QUANTO AO RITO são praticados os atos
processuais.

SUMÁRIO RITO ORDINÁRIO


Crime cuja sanção = Ou + de 4 anos PPL
máxima cominada.
- 4 anos PPL

ESPECIAL SUMARISSÍMO

Júri, bem como aqueles Infração penais de menor


instituídos em leis potencial ofensivo, na forma da
extravagantes. lei N. 9.099/95

LUGAR
Via de regra, os atos processuais têm lugar na sede do
juízo, excluídos dos casos em que a lei ou sua própria
natureza exigirem a prática em local diverso.

65
FORMAS DO PROCESSO

TEMPO Dois aspectos a serem considerados:

ÉPOCA em que os atos devem ser


praticados;
PRAZO (Distância temporal entre os atos
do processo) para sua execução. Os
prazos podem ser:

ORDINÁRIOS OU
DILATÓRIAS

São aqueles que admitem


REDUÇÃO ou PRORROGAÇÃO, por
vontade das partes.

ACELERATÓRIOS

Quando ocorre a fixação de


um prazo máximo, dentro do
qual o ato deve ser
necessáriamente praticado.

Falada ou
MODO QUANTO A LINGUAGEM Escrita

66
FORMAS DO PROCESSO

QUANTO A ATIVIDADE:
Processo inicia-se pelo impulso das
partes e desenvolve-se,
predominantemente, pelo impulso
social.

A causa da perda da faculdade processual


TEMPORAL está na omissão da prática de
determinado ATO NO PRAZO ASSINADO.

LÓGICA Decorrente de incompatibilidade.

CONSUMATIVA

Validade exercida.

67
MEDIDAS CAUTELARES

Poderão ser aplicadas isoladas


APLICAÇÃO ou cumulativamente.

NÃO PODE:

Não pode ser decretada de


ofício pelo juiz, seja durante:

Inquérito policial;
Ação penal.
ESPÉCIES:

Prisões;
Medidas cautelares
diversas da prisão.

REQUISITOS
Trata-se o fumus boni júris pela Fumus boni júris;
plausibilidade do direito Periculum in mora;
substancial invocado por quem adequação.
pretende a segurança.

68
MEDIDAS CAUTELARES

DECRETAÇÃO

Somente pode ser


decretado pelo juiz.

DEVE HAVER:
Necessidade para aplicação da
lei penal;
Adequação da medida á
gravidade do crime.

REVOGAÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO

O juiz pode revogar medida cautelar ou


substituí-la QUANDO:

Verificar a falta de motivo


para que subsista.

69
MEDIDAS CAUTELARES

JUIZ, AO RECEBER PEDIDO DA


MEDIDA CAUTELAR:
Deve intimar a parte
contrária para se
manifestar acerca do
pedido, com prazo de 5
dias.

Descumprimento da obrigação
imposta:
Substituir medida;
Impor outra medida e cumulação;
Decretar prisão preventiva;
Não poder ser de ofício.

prisão preventiva

Somente será determinada


quando não for cabível a sua
substituição por outra
medida cautelar.

70
IMUNIDADES PRISIONAIS

PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Por infrações comuns, não estará sujeito à prisão; Enquanto não


sobrevier sentença condenatória.

ADVOGADOS

Se houver relação com o exercício da


função, só podem ser preso em flagrante
por crime INAFIANÇÁVEL.

Mesmo não sendo possível a prisão em


DIPLOMATAS flagrante, será registrada um ocorrência
dos fatos.
Chefe do governo estrangeiro;
Chefe do estado estrangeiro;
INCLUÍNDO Embaixadores;
Diplomatas.

SENADORES E DEPUTADOS
IMUNIDADES PRISIONAIS FEDERAIS, ESTADUAIS OU
DISTRITAIS.
Não poderão ser presos,
somente em flagrante e em
crimes INAFIANÇÁVEIS.

71
PRISÕES

TEMPORÁRIA
Regida por lei específica;
Possui prazo certo previsto em lei;
Não pode ser decretada de ofício;
Apenas durante a fase de investigação.

FLAGRANTE

Prisão cautelar de natureza administrativa, realizada no instante em


que se desenvolve ou que se termina de concluir a infração penal;
Pode ser realizado por qualquer pessoa;
Autoridade policial e seus agentes, no entanto, tem o dever de agir
em caso de flagrante delito.

PREVENTIVA

Regida primariamente pelo CPP;


Em regra, não possui prazo previsto em lei;
Pode ser decretada de ofício na fase processual.

FIANÇA

Garantia real, consiste no pagamento


em dinheiro ou na entrega de valores
ao estado, para permanecer em
liberdade no transcurso de um
processo.

72
PRISÕES

MEDIDA CAUTELAR PRISÃO CAUTELAR


Procedimento que visa É espécie de medida
prevenir conservar ou cautelar, também chamada
defender direitos. de prisão processual.

PRISÃO PENA PRISÃO ILEGAL

É a sansão penal, Prisão ilegal deverá ser


decretada ao condenado. relaxada por outro juiz.

SOMENTE É PERMITIDO A PRISÃO

Em flagrante;
Por ordem judicial - Escrita e fundamentada.

DIREITO DO PRESO

Preso tem direito á


identidade dos responsáveis
pela prisão e interrogatório.

73
PRISÕES

Prisão de qualquer pessoa


COMUNICAÇÃO deverá, imediatamente, ser
comunicados a:

Família;
Juiz;
Pessoa por esse indicada.

Só inadimplemento Voluntário e
PRISÃO CIVIL inescusável de obrigação alimentícia.

TRÂNSITO EM JULGADO

A prisão cautelar é
decretada em momento
anterior ao trânsito em
julgado.

74
PRISÕES EM FLAGRANTE
NÃO DEPENDE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL

É a única no ordenamento
jurídico que não precisa de
autorização judicial.

PRISÃO FEITA PELO POVO


Qualquer um do povo poderá prender quem quer que seja
encontrado em flagrante delito (Facultativo).

FASES DA PRISÃO PRISÃO DECORRENTE DE:

Captura; Decorrente de crime que


Condução coercitiva; acaba de ocorrer, ou seja, de
Lavratura do auto de prisão ser cometido.
em flagrante.

CONSIDERADA PRISÃO CAUTELAR

Entendimento da
maioria da doutrina.

75
PRISÕES EM FLAGRANTE

OBRIGATÓRIO
Autoridades policiais e seus agentes. Os GUARDAS
MUNICIPAIS não possuem o dever de agir. Exceto se
estiver atingindo o interesse do município.

ESPERADO FORJADO

É legal. É ilegal! Os policiais criam


Ocorre quando a autoridade provas de um crime
policial, valendo-se da inexistente, para legitimar uma
investigação anterior, sem a prisão em flagrante.
utilização de um agente Em razão da inexistência do
provocador, limita-se a aguardar delito, a autoridade policial
o momento do cometimento do responde criminalmente pelo
delito para efetuar a delito de abuso de
prisão em flagrante. autoridade (art. 9º, caput, da
Lei 13.869/2019).

PRORROGADO

É legal! Trata-se do retardamento da intervenção policial, que deve ocorrer


no momento mais oportuno do ponto de vista da investigação criminal ou
da colheita de provas. Também está prevista na Lei de Drogas, na Lei de
Lavagem de Dinheiro e na Lei de Organização Criminosa.

76
PRISÕES EM FLAGRANTE

PREPARADO/ PROVOCADO
É ilegal! Essa hipótese ocorrerá
quando uma pessoa induz ou instiga
outra pessoa a praticar um crime,
criando os meios para que o crime
não seja consumado. Configura crime
impossível - Súmula 145 do STF

FINALIDADE DA PRISÃO EM FLAGRANTE

Interrompe os atos executórios, quando possível;


impedir que o crime seja consumado;
Evita a fuga do agente;
Imediatidade das investigações.

Obter elementos de
informações;
Preservar a integridade
física do agente, uma
vez que evita a ação de
justiceiros e da
população comovida
com a ação criminosa.

77
PRISÃO TEMPORÁRIA
Decorrido o prazo, o preso deverá ser posto
imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido
decretada a sua prisão preventiva.

O preso deve ser posto em liberdade,


decorrido o prazo, independente da nova
ordem judicial.

O prazo poderá ser inferior a 5 dias.

O prazo não pode ser prorrogado.

O prazo é material, ou seja, o dia em que o sujeito foi preso


é computado como o primeiro dia da prisão temporária.

78
MANDADO DE PRISÃO

COMPETÊNCIA

Será dirigido a quem tiver


qualidade para dar-lhe execução .

Será lavrado pelo escrivão e assinado


ASSINATURA pela autoridade.

Mencionará a infração penal que


MOTIVO motivar a prisão.

IMPORTANTE
Será passado em duplicata (Cópia).
O mandado designará a pessoa que
tiver de ser presa por seu nome,
alcunha (apelido) ou sinais e
características.

VALOR

Declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração.

79
PRISÃO ESPECIAL

Ministros do tribunal de contas;


Os governadores ou interventores de estados, ou territórios, o
prefeito do DF, seus respectivos secretários, os prefeitos
municipais, os vereadores e os chefes de polícia;

Ministros de confissão religiosa;


Os oficias das forças armadas e os
militares dos estados do DF e dos
territórios;
Os cidadãos inscritos no “Livro de
mérito”;

Os ministros de estado.
Os membros do parlamento nacional, do conselho de economia nacional
e das assembleias legislativas dos estados;
Os magistrados;

Os diplomatas por qualquer das faculdades


superiores da república;
Os delegados de polícia e os guardas civis
dos estados e territórios, ativos e inativos;
Os cidadãos que já tiveram na lista de
jurados e exercido a função, salvo quando
excluído da lista por motivo de incapacidade
para o exercício daquela função.

80
INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS

PROCEDIMENTO
Conduzidos pela autoridade policial;
Transcrição não precisa ser realizadas por peritos;
Gravação relevantes interagem o processo.
(Irrelevantes serão inutilizadas).

Ordem judicial fundamentada;


Apenas para os casos previstos em lei;
Finalidade de investigação criminal ou instrução processual penal;

REQUERIMENTO
Durante inquérito policial: Delegado
e MP;
Durante o processo: MP apenas;
Pode ser decretado de ofício.

PRAZOS

Para deliberar sobre o pedido 24 horas;


Prado máximo de duração da medida - 15 dias;
Prazo prorrogável (Por igual período);
Segundo STJ são cabíveis prorrogações indefinidas
Desde que necessárias.

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INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
Realizada por terceiros
sem o conhecimento dos
interlocutores.

ESCUTA TELEFÔNICA
Realizada por terceiros
COM conhecimento de UM
dos interlocutores.

GRAVAÇÃO TELEFÔNICA
É a captura da comunicação
realizada diretamente por UM
dos interlocutores.

82
PROCEDIMENTOS, CLASSIFICAÇÕES

ORDINÁRIO
8 testemunhas;
Sentença oral ou escrita;
Alegações finais escritas ou orais;
audiência: 60 dias.

5 testemunhas;
SUMÁRIO Sentença oral;
Alegações finais orais;
audiência: 30 dias.

SUMARÍSSIMO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

Lei 9.099/95; Recebimento da denúncia;


Celebridade; Citação do acusado;
Não prevê número de Resposta a citação;
testemunhas. Vistas à parte autora;
Absolvição sumário (Se possível);
Audiência;
Diligências (Se possível);
alegações finais;
Sentença.

83
CITAÇÕES E INTIMAÇÕES

CITAÇÃO
Citamento do réu a juízo, dando-lhe ciência do ajuizamento de ação.
É ato que completa a formação do processo.

Intimação para ato futuro,


segundo a doutrina;
NOTIFICAÇÕES O CPP não diferencia intimação de
citação.

INTIMAÇÃO

Comunicação a respeito de um ato processual;


Ato pode ser futuro ou já ter sido praticado.

MODALIDADES DE CITAÇÃO

Citação por mandado - Regra;


Citação por precatória;
Via telegráfica;
Citação de militar;
Citação de funcionário público;
Citação do réu preso;
Citação por edital.

84
SENTENÇA

Pode ocorrer mesmo que o MP requeira a absolvição do réu - Art. 385,


CPP. O juiz devera fincar o valor mínimo para a reparação de danos.

QUANTO AO VALOR DE DANO


STJ Somente se houver pedido do interessado e fato for
discutido no precesso.

DOUTRINA alguns sustentam que é necessário o pedido.

SENTENÇA ABSOLUTÓRIA

Reconhece a imputabilidade e impõe


IMPRÓPRIA medida de segurança.

Julga improcedente a acusação e


PRÓPRIA absolve o réu.

EFEITOS DA ABSOLUTÓRIA

PRINCIPAL Por o réu em liberdade (Art. 386, P.U, I, CPP

SECUNDÁRIO Restituição integral da fiança (Art. 377, CPP).

Levantamento do sequestro incidental sobre os bens do acusado.

85
APELAÇÃO

Apresenta perante o juiz que proferiu a


PROCESSAMENTO sentença: Por tempo ou petição escrita.

REGRA Prazo de 5 dias EXCEÇÕES

Para o ofendido nos casos de ação penal público,


15 DIAS caso não esteja habilitação como assistente de
acusação.

10 DIAS Nos caso competência do JECRIM.

JECRIM (Apresentar junto com a


Regra prazo de 8 dias apelação).

Para assistente de acusação, no recurso


não interposto por ele.
3 DIAS
Nos processos por contravenção

cabimento
Para atacar sentença definitiva - Condenação ou absolvição.
Decisão interlocutórias que não cabem RESE - Decisões proferidas
no bojo do procedimento do tribunal do júri.

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PROCESSO PENAL

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

01) Em relação à liberdade provisória, assinale a alternativa CORRETA:


A) liberdade provisória sem fiança e desvinculada, ocorre quando o réu “se livra
solto”, ou seja, quando não há pena privativa de liberdade cominada para
infração penal ou quando o máximo da pena cominada não for superiora 6 (seis)
meses;
B) liberdade provisória sem fiança e desvinculada, ocorre quando o réu “se livra
solto”, ou seja, quando não há pena privativa de liberdade cominada para
infração penal ou quando o máximo da pena cominada não for superiora 4
(quatro) meses;
C) liberdade provisória sem fiança e desvinculada, ocorre quando o réu “se livra
solto”, ou seja, quando não há pena privativa de liberdade cominada para
infração penal ou quando o máximo da pena cominada não for superior a 3 (três)
meses;
D) liberdade provisória sem fiança e desvinculada, ocorre quando o réu “se livra
solto”, ou seja, quando não há pena privativa de liberdade cominada para a
infração penal ou quando o máximo da pena cominada não é superiora 2 (dois)
meses.
02) Admite-se a liberdade provisória em substituição à:
A)prisão em flagrante;
B)decisão que nega a unificação de penas na fase de execução penal;
C)sentença condenatória irrecorrível;
D)prisão preventiva.
03) Com relação à Liberdade Provisória vinculada sem fiança, é assinale a
alternativa correta:
I- Na Liberdade provisória vinculada sem fiança não há a exigência da caução,
mas o acusado fica vinculado ao cumprimento das obrigações impostas
II- Pode-se dar quando a infração é afiançável, mas é impossível ao acusado
pagar a fiança, por motivo de pobreza (art. 350, CPP);

87
PROCESSO PENAL

III- Quando o juiz verificar pelo auto de prisão em flagrante que o agente
praticou a conduta em legítima defesa,estado de necessidade, estrito
cumprimento de dever legal ou exercício regular de direito não será
possível conceder a Liberdade Provisória vinculada sem fiança.
A) As afirmativas II e III estão corretas;
B)As afirmativas II e III estão erradas;
C)As afirmativas I e III estão corretas;
D)As afirmativas I e II estão corretas.

04) Com relação à Liberdade Provisória desvinculada sem fiança,é assinale


a alternativa correta:
I- Ocorre quando o réu se livra solto (art. 321, CPP), ou seja, quando não há
pena privativa de liberdade cominada para a infração penal ou quando a
máxima cominada não excede 3 meses, respondendo o processo em
liberdade.
II- Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, o acusado é
imediatamente colocado em liberdade,sem o pagamento de qualquer
fiança e sem se sujeitar ao cumprimento de obrigações.
III - Quando o juiz verificar pelo auto de prisão em flagrante que o agente
praticou a conduta em legítima defesa, estado de necessidade, estrito
cumprimento de dever legal ou exercício regular de direito(art. 310, caput,
CPP), concederá a Liberdade Provisória desvinculada sem fiança.

A) As afirmativas II e III estão corretas;


B)As afirmativas II e III estão erradas;
C)As afirmativas I e III estão corretas;
D)As afirmativas I e II estão corretas.
05) Quanto ao interrogatório, assinale a alternativa correta:
A) O silêncio do acusado no ato de interrogatório não pode prejudicar o réu,
porém, em decorrência do princípio da livre convicção do juiz, esse poderá
interpretar o silêncio em desfavor do mesmo na forma do artigo 198 do
CPP.

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PROCESSO PENAL
05) Quanto ao interrogatório, assinale a alternativa correta:
A) O silêncio do acusado no ato de interrogatório não pode prejudicar o
réu, porém, em decorrência do princípio da livre convicção do juiz, esse
poderá interpretar o silêncio em desfavor do mesmo na forma do artigo
198 do CPP.
B) Quando a ação penal imputa crime a mais de um acusado em
concurso, apesar da nova disposição do artigo 188 do CPP, não cabe ao
juiz, no ato do interrogatório de corréu, nomear defensor aos demais
corréus, se o defensor nomeado não estiver presente, ou os corréus
não possuírem defensor, já que o interrogatório é ato de defesa, não se
constituindo em meio idôneo para formular provas.
C) Quando a ação penal imputa crime a mais de um acusado em
concurso, em decorrência da nova disposição do artigo 188 do CPP,
deve o juiz, no ato do interrogatório de corréu, tomar o cuidado de
nomear defensor aos demais corréus,se o defensor nomeado não
estiver presente, ou os corréus não possuírem defensor, sob pena de
nulidade do ato por violação aos direitos constitucionais da ampla
defesa e do contraditório.
D) Em decorrência dos princípios da ampla defesa e do juiz natural, deve
o ato do interrogatório ser realizado perante o juiz que irá julgar a causa,
uma vez que dessa forma, possibilita-se ao acusado justificar a sua
conduta, ou defender-se, perante o magistrado que irá julgar o processo
crime.
06) Com relação às regras de provas do Código de Processo Penal,
pode-se afirmar:
A)na inquirição das testemunhas as perguntas das partes serão feitas
por intermédio do juiz.
B)se a infração deixar vestígios, a falta de exame de corpo de delito
poderá ser suprida pela confissão do acusado.

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PROCESSO PENAL
C) a busca domiciliar, por ser medida de natureza cautelar, só se
justifica quando fundadas razões a autorizarem e, se realizada para
prender pessoas condenadas, poderá ser feita em qualquer momento.
D) o juiz poderá ordenar, somente quando iniciada a ação penal, a
produção antecipada de provas urgentes e relevantes.
E) adotou a teoria“dos frutos da árvore envenenada” e a teoria da
“fonte independente”.
07) Em se tratando da prova no processo penal, marque a opção
CORRETA.
A) Se o ofendido for intimado para prestar declarações e não
comparecer, ficará sujeito ao pagamento de multa.
B) Se o ofendido for intimado para prestar declarações poderá eximir-se
de faze-lo, desde que o queira, sem consequências nocivas para a sua
pessoa.
C) Se o ofendido for intimado para prestar declarações e não
comparecer, sem motivo justo,poderá ser conduzido coercitivamente.

D)Nenhuma das hipóteses é verdadeira.

08) Quanto aos meios de provas, é correto afirmar que:


A)o interrogatório em fase judicial é ato privativo do juiz
B)quando realizado o exame pericial por dois peritos oficiais, o juiz
estará adstrito ao laudo
C) no processo penal, todas as pessoas poderão ser testemunhas,
inclusive os menores de quatorze anos, doentes mentais e familiares
do acusado.
D) a ausência do compromisso de dizer a verdade afirmado pela
testemunha anulará seu depoimento.

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PROCESSO PENAL

09) Quanto "aos meios de prova" pode-se dizer:


I- O julgador, no processo penal, não poderá apreciar qualquer prova
oferecida para a comprovação do fato probando.
II - Ao juiz é licito dar à prova a interpretação que Ihe aprouver
III - No caso de "estado da pessoa", o juiz não pode aceitar senão o
meio de prova estabelecido na lei civil para o caso.
A)I e II estão corretas; C) II e III estão corretas,
B)I e III estão corretas; D) Todas estão corretas.

10) Quanto à prova no Direito Processual Penal brasileiro, assinale a


opção correta.
A) Quando a infração penal deixar vestígios, só será possível
dispensar o exame de corpo de delito se o acusado houver
confessado o crime.
B) No laudo pericial,que deverá ser firmado por dois peritos,estes
não poderão divergir quanto às conclusões do exame que hajam
feito.
C) A perícia será, preferencialmente, feita por quem tiver habilitação
técnica na matéria.Mas se não houver no local ninguém com
habilitação técnica, nada impede que seja feita por quem tenha
somente conhecimento prático acerca do assunto.
D) Uma vez procedido o exame pericial, o juiz ficará adstrito, em seu
julgamento, às conclusões dos peritos, não podendo delas
discordar.
E) O crime cometido por meio de incêndio não será objeto de perícia,
porque o fogo não deixa vestígios.

11) Enfocado o capítulo das provas em processo penal, é correto


dizer que:
A) a defesa, como afirma a doutrina, tem no processo o que se pode
chamar de ônus diminuído, isto é, não precisa provar a inocência,
bastando suscitar dúvida razoável sobre a responsabilidade do réu
para valer-se do princípio do favor rei;

91
PROCESSO PENAL

B) em razão da liberdade de produção da prova, é possível invocar,


para demonstrar um fato, meios não consentâneos com a cultura
moderna (ordálias etc), porém o juiz, ao seu alvedrio,poderá aquilatar
essa prova segundo sua consciência;
C) nosso processo penal, por força da constituição federal (art. 93,
ix), adota, acerca das provas, o princípio da íntima convicção ou da
prova livre, exceção que se faz ao tribunal do júri, em que o princípio
que predomina é o da persuasão racional;
D) não são admissíveis as provas ilícitas, ou seja, as obtidas
mediante violação de direito processual, salvo quando o juiz
entendê-la como indispensáveis para chegar à verdade real.
12) Acerca da prova no processo penal,assinale a opção correta.
A) No processo penal, não dependem de prova os fatos afirmados
pelo autor e confessados pelo réu e aqueles admitidos no processo
como incontroversos.
B) O ascendente e o descendente do acusado podem, em qualquer
hipótese, recusar-se a depor.
C)Os fatos, ainda que axiomáticos, isto é, evidentes por si mesmos,
precisam ser provados.
D)Pelo sistema da íntima convicção ou certeza moral do juiz, é livre a
apreciação da prova e prescindível a fundamentação da decisão que
a acata ou refuta.

13) Acerca da prova no processo penal,assinale a opção incorreta.


A)Pode o juiz, de ofício, determinar a produção de provas.
B)Os crimes que deixam vestígios serão objeto de exame de corpo de
delito, que só poderáser direto, in loco.
C) Cabe ao juiz interrogar o acusado, sendo vedado ao defensor
qualquer intervenção ou influência no ato, seja nas perguntas,seja nas
respostas.
D)A confissão não se presume

92
PROCESSO PENAL

14) Disciplina da prova no processo penal.


A) Considerando a repartição do ônus da prova, para que se alcance
uma absolvição, à defesa incumbe a prova da alegação de ter agido o
réu em situação que exclua a ilicitude da conduta.
B) Desistindo o Ministério Público das testemunhas arroladas porque
estas não foram localizadas na fase judicial, o magistrado poderá
condenar o acusado com base nos depoimentos de inquérito porque
a prova colhida na investigação se tornou irrepetível.
C) O juiz que recebeu a denúncia com base em prova posteriormente
declarada ilícita não pode ser o mesmo a prolatara sentença, sob
pena de nulidade.
D) A reforma parcial do código de processo penal permitiu que a prova
ilícita por derivação seja considerada válida para a condenação
quando obtida através de fonte independente ou quando, por
raciocínio hipotético, sua descoberta teria sido inevitável.
E) No processo penal, é inadmissível uma condenação quando a prova
da autoria é feita exclusivamente por indícios.

15) No processo penal, a prova

A)deverá ser produzida pelas partes, vedado ao juiz determinar, de


ofício, a produção de qualquer outra prova.
B) quanto ao estado das pessoas, assim como todas as provas no
processo penal, observarão as restrições estabelecidas na lei civil.
C)da alegação incumbirá a quem a fizer.
D)ilícita deve ser analisada em conjunto com as lícitas, podendo
servir de base para a condenação se estiver em consonância com
estas.
E)pericial consistente no exame de corpo de delito e outras perícias,
será realizada por perito oficial, portador de curso superior, ou, na sua
falta, por três pessoas idôneas,portadoras de curso médio completo

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GABARITO

01 - C
02 - A
03 - A
04 - D
05 - C
06 - E
07 - C
08 - C
09 - C
10 - C
11 - A
12 - D
13 - B
14 - D
15 - C

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