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DICAS PARA A PROVA

PROVIDÊNCIAS QUE RECAEM SOBRE PESSOAS


PROCESSO PENAL MILITAR E SUA APLICAÇÃO: DICA 12: Ler art. 223 e 243 CPPM. O militar inferior NÃO
DICA 01: Os casos omissos do C.P.P.M serão supridos pelo PODE cumprir mandado judicial de prisão contra militar
C.P.P. superior, mas deve prendê-lo em flagrante, se for encontrado em
POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR flagrante delito.
DICA 02: Incumbe à polícia judiciária militar investigar os crimes PRISÃO EM FLAGRANTE
militares. A PM investiga crime militar cometido por policial DICA 13: Ler art. 243: Qualquer pessoa poderá (flagrante
militar. É atribuição da autoridade castrense ou comandante facultativo) e os militares deverão prender quem for insubmisso
militar a instauração de Inquérito Policial Militar, não sendo de ou desertor, ou seja encontrado em flagrante delito. e 244 CPPM.
forma exclusiva, porque a autoridade pode delegar o ato de Mesmo do CPP.
instauração e de apuração do I.P.M. CUIDADO! O juiz ou o PRISÃO PREVENTIVA
Promotor não podem instaurar I.P.M. DICA 14: art. 254 CPPM: A prisão PREVENTIVA pode ser
DICA 03: Ler o artigo 8º do C.P.P.M, especificamente alíneas a) decretada, tanto na fase de inquérito como também no processo,
apurar os crimes militares, bem como os que, por lei especial, mediante requerimento do M.P ou representação do oficial
estão sujeitos à jurisdição militar, e sua autoria, c) cumprir os encarregado ouvido o M.P ou de ofício pelo juiz de direito do
mandados de prisão expedidos pela Justiça Militar, g) requisitar da juízo militar, SINGULARMENTE, quando o crime militar for
polícia civil e das repartições técnicas civis as pesquisas e exames cometido CONTRA CIVIL, e será decretada pelo CONSELHO
necessários ao complemento e subsídio de inquérito policial DE JUSTIÇA, nos demais crime militares.
militar, que trata da atribuição da polícia judiciária militar. Art. 255 CPPM: prova do fato delituoso + indícios suficientes de
DICA 04: Conceito de I.P.M previsto no art. 9º C.P.P.M. autoria (art. 254) + garantia da ordem pública OU conveniência da
Cuidado! NÃO É UM PROCEDIMENTO JUDICIAL, mas é instrução criminal OU segurança da aplicação da lei penal militar
um procedimento ADMINISTRATIVO, porque é feito pela OU periculosidade do indiciado ou acusado OU exigência da
polícia judiciária militar. Não é um processo, mas um manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina
PROCEDIMENTO. militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade
DICA 05: O juiz NÃO PODE mandar a autoridade militar do indiciado ou acusado. Dois últimos NÃO tem no CPP.
instaurar I.P.M, porém o PROMOTOR pode mandar instaurar PRISÃO PROVISÓRIA (DETENÇÃO DO INDICIADO).
I.P.M, através de REQUISIÇÃO do Ministério Público, art. 10 DICA 15: Ler o art. 18 CPPM: Independentemente de flagrante
alínea c) : O inquérito é iniciado mediante portaria: c) em virtude delito, o indiciado poderá ficar detido, durante as investigações
de requisição do Ministério Público;. policiais, ATÉ TRINTA DIAS, comunicando-se a detenção à
DICA 06: Características do I.P.M = I.P comum: Sigiloso, autoridade judiciária competente. Esse prazo poderá ser
DISPENSÁVEL (porque o promotor pode oferecer a denúncia prorrogado, por MAIS VINTE DIAS, pelo comandante da
sem I.P.M, art. 28 C.P.P.M.), Inquisitivo, escrito, indisponível ( Região, Distrito Naval ou Zona Aérea, mediante solicitação
a autoridade militar não pode arquivar e nem mandar arquivar) . fundamentada do encarregado do inquérito e por via hierárquica.
DICA 07: Pode ser instaurado novo I.P.M, art. 25 C.P.P.M, COMBINADO com o art 5º inciso LXI da C.F.
quando tiver provas NOVAS, desde que o crime não tenha A detenção do indiciado é realizada somente nos casos de crime
prescrito, e não tenha a coisa julgada. propriamente militar, pela autoridade militar, sendo feita a
DICA 08: O I.P.M será coordenado pelo oficial encarregado, que comunicação à autoridade judiciária.
deve ser superior hierárquico ao indiciado. O art. 7º § 5º se o -MENAGEM-
posto e antiguidade de oficial da ativa excluírem, de modo DICA 16:
absoluto, a existência de outro oficial da ativa admite a NÃO EXISTE FIANÇA NO CPPM.
designação de militar da reserva de posto mais elevado que o A menagem substitui a fiança do processo penal comum, com a
indiciado para instauração de I.P.M. A doutrina majoritária vantagem que, no CPPM, o beneficiário não deposita qualquer
entende que com efeito, INDEPENDENTE DE bem como garantia.
ANTIGUIDADE. A superioridade hierárquica decorrente da A menagem assume o caráter de SUBSTITUTIVA DA PRISÃO
função, legitima o Comandante da Arma, e ocupante de outros PROVISÓRIA. A menagem judicial é concedida ao indiciado ou
cargos, para presidir o inquérito, no qual figura oficial do último ao acusado, pelo juiz ou pelo conselho de justiça. Conforme o
posto e mais antigo da corporação (art. 24 do C.P.M). doutrinador seguido pelo CESPE, Célio Lobão: “ao contrário do
DICA 09: Prazo do I.P.M, art. 20 e § 1º. Indiciado preso: 20 dias que afirma, a menagem NÃO SE IDENTIFICA com a prisão
IMPRORROGÁVEIS. Indiciado solto: 40 dias provisória, trata-se de liberdade provisória COM RESTRIÇÃO,
PRORROGÁVEL por mais 20. concedida por decisão judicial ou por disposição legal, esta última
DO JUIZ, AUXILIARES E PARTES DO PROCESSO. somente no crime de insubmissão, pois tratando-se de imposição
DICA 10: Sempre que o C.P.P.M se refere a juiz abrange, nesta legal (art. 464 CPPM), independe de decisão judicial, ou de ato de
dominação, qualquer autoridades judiciárias, singulares ou autoridade militar concedendo o benefício. O insubmisso terá o
colegiadas, no exercício das respectivas competências atributivas quartel por menagem. OBS: O crime militar de insubmissão só
ou processuais. pode ser cometido PELO CIVIL e somente na esfera militar
AÇÃO PENAL FEDERAL- UNIAO. Justiça estadual NÃO julga civil.
DICA 11:Regra: Ação penal pública incondicionada. NÃO CABERÁ MENAGEM NO CRIME DE DESERÇÃO.
Exceção: apenas 5 crimes militares são de ação penal pública Ler art. 263 CPPM (requisitos para concessão de menagem). Máx
condicionada à requisição do ministro da defesa, autor militar, e da pena cominada NÃO EXCEDE A 4 ANOS; análise da
do ministro da justiça, autor civil. É claro que a Ação penal natureza do crime; antecedentes do acusado; NÃO reincidente. A
privada subsidiária da pública por ser constitucionalmente prevista menagem CESSA COM A SENTENÇA CONDENATÓRIA
poderá existir na inércia ou morosidade do ministério público. ainda que não tenha transitado em julgado e tbm será cassada a
CUIDADO!!!!!!!!!!!! Na prova pode colocar que existe a ação menagem àquele que se retirar do lugar para o qual foi ela
penal pública condicionada à representação(FALSO). concedida OU faltar sem justa causa a qualquer ato do processo.
Prazo para o promotor oferecer A DENÚNCIA, art. 79 caput e §
1º do CPPM, indiciado PRESO 05 DIAS, e indiciado SOLTO 15
DIAS, podendo esse último prazo ser prorrogado pelo dobro ou ao DESERÇÃO DE OFICIAL E DE PRAÇA
triplo em caso excepcional.
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DICA 17: O RITO DOS PROCESSOS DE DESERÇÃO E DE Art. 4º Sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
INSUBMISSÃO, CONSIDERADOS ESPECIAIS, É internacional, aplicam-se as normas deste Código:
SUMARÍSSIMO, CARACTERIZADO PELA CELERIDADE. Tempo de paz
I - em tempo de paz:
A CONDIÇÃO DE MILITAR PRESO É ESSENCIAL NO a) em todo o território nacional;
PROCESSO DO CRIME DE DESERÇÃO. b) fora do território nacional OU em lugar de
DICA 18: O TERMO DE DESERÇÃO DESTINA-SE A extraterritorialidade brasileira, quando se tratar de crime que
FORNCER ELEMENTOS NECESSÁIROS A PROPOSITURA atente contra as instituições militares ou a segurança nacional,
DA AÇÃO PENAL, SUJEITANDO, DESDE LOGO, O ainda que seja o agente processado ou tenha sido julgado pela
DESERTOR A PRISÃO. justiça estrangeira;
DICA 19: NÃO CABERÁ MENAGEM AO DESERTOR. c) fora do território nacional, em zona ou lugar sob
Ler art. 453 CPPM. O desertor que não for julgado dentro de administração ou vigilância da força militar brasileira, ou em
SESSENTA DIAS, a contar do dia de sua apresentação ligação com esta, de força militar estrangeira no cumprimento de
voluntária ou captura, será posto em LIBERDADE, salvo se tiver missão de caráter internacional ou extraterritorial;
dado causa ao retardamento do processo d) a bordo de navios, ou quaisquer outras embarcações, e de
PROCEDIMENTO DO CRIME MILITAR DE aeronaves, onde quer que se encontrem, ainda que de propriedade
INSUBMISSÃO privada, desde que estejam sob comando militar ou militarmente
DICA 20: A qualidade de CIVIL integra o tipo do crime militar utilizados ou ocupados por ordem de autoridade militar
de insubmissão, art. 183 do C.P.M, porém a condição de militar, competente;
adquirida com a incorporação do insubmisso às Forças Armadas, é e) a bordo de aeronaves e navios estrangeiros desde que em
condição objetiva de procedibilidade. lugar sujeito à administração militar, e a infração atente contra as
instituições militares ou a segurança nacional;
Tempo de guerra
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR II - em tempo de guerra:
LIVRO I a) aos mesmos casos previstos para o tempo de paz;
TÍTULO I b) em zona, espaço ou lugar onde se realizem operações de força
CAPÍTULO ÚNICO militar brasileira, ou estrangeira que lhe seja aliada, ou cuja
DA LEI DE PROCESSO PENAL MILITAR E DA SUA defesa, proteção ou vigilância interesse à segurança nacional, ou
APLICAÇÃO ao bom êxito daquelas operações;
c) em território estrangeiro militarmente ocupado.
Fontes de Direito Judiciário Militar Aplicação intertemporal
Art. 1º O processo penal militar reger-se-á pelas normas contidas Art. 5º As normas deste Código aplicar-se-ão a partir da sua
neste Código, assim em tempo de paz como em tempo de VIGÊNCIA IMEDIATAMENTE, inclusive nos processos
guerra, SALVO legislação especial que lhe for estritamente pendentes, ressalvados os casos previstos no art. 711, e sem
aplicável. prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei
Divergência de normas anterior.
1º Nos casos concretos, se houver divergência entre essas normas Aplicação à Justiça Militar Estadual
e as de convenção ou tratado de que o Brasil seja signatário, Art. 6º Obedecerão às normas processuais previstas neste Código,
prevalecerão às últimas. TRATADO PREVALECE no que forem aplicáveis, salvo quanto à organização de Justiça,
Aplicação subsidiária aos recursos e à execução de sentença, os processos da JUSTIÇA
2º Aplicam-se, subsidiariamente, as normas deste Código aos MILITAR ESTADUAL, nos crimes previstos na Lei Penal
processos regulados em leis especiais. Militar a que responderem os oficiais e praças das Polícias e dos
Interpretação literal Corpos de Bombeiros, Militares.
Art. 2º A lei de processo penal militar deve ser interpretada no
SENTIDO LITERAL de suas expressões. Os termos técnicos TÍTULO II
hão de ser entendidos em sua ACEPÇÃO ESPECIAL, salvo se CAPÍTULO ÚNICO
evidentemente empregados com outra significação. DA POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
Interpretação extensiva ou restritiva Exercício da polícia judiciária militar
1º Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a interpretação Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos termos do art. 8º,
restritiva, quando for manifesto, no primeiro caso, que a expressão pelas seguintes autoridades, conforme as respectivas jurisdições:
da lei é mais estrita e, no segundo, que é mais ampla, do que sua a) pelos ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, em
intenção. todo o território nacional e fora dele, em relação às forças e órgãos
Casos de inadmissibilidade de interpretação não literal - CAI que constituem seus Ministérios, bem como a militares que, neste
MUUUUITOOO caráter, desempenhem missão oficial, permanente ou transitória,
2º Não é admissível qualquer dessas interpretações, quando: em país estrangeiro;
a) cercear a defesa pessoal do acusado; b) pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, em relação a
b) prejudicar ou alterar o curso normal do processo, ou lhe entidades que, por disposição legal, estejam sob sua jurisdição;
desvirtuar a natureza; c) pelos chefes de Estado-Maior e pelo secretário-geral da
c) desfigurar de plano os fundamentos da acusação que deram Marinha, nos órgãos, forças e unidades que lhes são subordinados;
origem ao processo. d) pelos comandantes de Exército e pelo comandante-chefe da
Suprimento dos casos omissos Esquadra, nos órgãos, forças e unidades compreendidos no âmbito
Art. 3º Os CASOS OMISSOS neste Código serão supridos: da respectiva ação de comando;
a) Pela legislação de processo penal comum, quando aplicável ao e) pelos comandantes de Região Militar, Distrito Naval ou
caso concreto e sem prejuízo da índole do processo penal militar; Zona Aérea, nos órgãos e unidades dos respectivos territórios;
b) pela jurisprudência; f) pelo secretário do Ministério do Exército e pelo chefe de
c) pelos usos e costumes militares; Gabinete do Ministério da Aeronáutica, nos órgãos e serviços
d) pelos princípios gerais de Direito; que lhes são subordinados;
e) pela analogia.
Aplicação no espaço e no tempo
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g) pelos diretores e chefes de órgãos, repartições, b) por determinação ou delegação da autoridade militar
estabelecimentos ou serviços previstos nas leis de organização superior, que, em caso de URGÊNCIA, poderá ser feita por via
básica da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; telegráfica ou radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por
h) pelos comandantes de forças, unidades ou navios; ofício;
Delegação do exercício c) em virtude de REQUISIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO;
1º Obedecidas às normas regulamentares de jurisdição, hierarquia d) por decisão do Superior Tribunal Militar, nos termos do art.
e comando, as atribuições enumeradas neste artigo PODERÃO 25: O arquivamento de inquérito não obsta a instauração de
ser delegadas a oficiais da ativa, para fins especificados e por outro, se novas provas aparecerem em relação ao fato, ao
tempo LIMITADO. indiciado ou a terceira pessoa, ressalvados o caso julgado e os
2º Em se tratando de delegação para instauração de inquérito casos de extinção da punibilidade. Instauração de novo
policial militar, deverá aquela recair em oficial de POSTO inquérito
SUPERIOR AO DO INDICIADO, seja este oficial da ativa, da e) a requerimento da parte ofendida ou de quem legalmente a
reserva, remunerada ou não, ou reformado. represente, ou em virtude de representação devidamente
3º Não sendo possível a designação de oficial de posto superior ao autorizada de quem tenha conhecimento de infração penal, cuja
do indiciado, PODERÁ ser feita a de oficial do mesmo posto, repressão caiba à Justiça Militar;
desde que mais ANTIGO. f) quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição militar,
4º Se o indiciado é oficial da reserva ou reformado, não resulte indício da existência de infração penal militar.
prevalece, para a delegação, a antiguidade de posto. Superioridade ou igualdade de posto do infrator
Designação de delegado e avocamento de inquérito pelo 1º Tendo o infrator posto superior ou igual ao do comandante,
ministro diretor ou chefe de órgão ou serviço, em cujo âmbito de
5º Se o posto e a antiguidade de oficial da ativa excluírem, de jurisdição militar haja ocorrido a infração penal, será feita a
modo absoluto, a existência de outro oficial da ativa nas comunicação do fato à autoridade superior competente, para
condições do § 3º, caberá ao MINISTRO competente a que esta torne efetiva a DELEGAÇÃO, nos termos do § 2° do art.
designação de oficial da reserva de posto mais elevado para a 7º.
instauração do inquérito policial militar; e, se este estiver iniciado, Providências antes do inquérito
AVOCÁ-LO, para tomar essa providência. 2º O aguardamento da delegação NÃO OBSTA que o oficial
Competência da polícia judiciária militar responsável por comando, direção ou chefia, ou aquele que o
Art. 8º Compete à Polícia judiciária militar: substitua ou esteja de dia, de serviço ou de quarto, tome ou
a) apurar os crimes militares, bem como os que, por lei especial, determine que sejam tomadas imediatamente as providências
estão sujeitos à jurisdição militar, e sua autoria; cabíveis, previstas no art. 12- medidas preliminares do ipm, uma
b) prestar aos órgãos e juízes da Justiça Militar e aos membros vez que tenha conhecimento de infração penal que lhe incumba
do Ministério Público as informações necessárias à instrução e reprimir ou evitar.
julgamento dos processos, bem como realizar as diligências que Infração de natureza não militar
por eles lhe forem requisitadas; 3º Se a infração penal não for, evidentemente, de natureza militar,
c) cumprir os mandados de prisão expedidos pela Justiça comunicará o fato à autoridade policial competente, a quem
Militar; fará apresentar o infrator. Em se tratando de civil, menor de
d) representar a autoridades judiciárias militares acerca da prisão dezoito anos, a apresentação será feita AO JUIZ DE MENORES.
preventiva e da insanidade mental do indiciado; Oficial general como infrator
e) cumprir as determinações da Justiça Militar relativas aos presos 4º Se o infrator for oficial general, será SEMPRE
sob sua guarda e responsabilidade, bem como as demais COMUNICADO o fato ao MINISTRO E ao CHEFE DE
prescrições deste Código, nesse sentido; ESTADO-MAIOR COMPETENTES, obedecidos os trâmites
f) solicitar das autoridades civis as informações e medidas que regulamentares.
julgar úteis à elucidação das infrações penais, que esteja a seu Indícios contra oficial de posto superior ou mais antigo no
cargo; curso do inquérito
g) requisitar da polícia civil e das repartições técnicas civis as 5º Se, no curso do inquérito, o seu encarregado verificar a
pesquisas e exames necessários ao complemento e subsídio de existência de indícios contra oficial de posto superior ao seu, ou
inquérito policial militar; mais antigo, tomará as providências necessárias para que as suas
h) atender, com observância dos regulamentos militares, a pedido funções sejam delegadas a outro oficial, nos termos do § 2° do art.
de apresentação de militar ou funcionário de repartição 7º.
militar à autoridade civil competente, desde que legal e Escrivão do inquérito
fundamentado o pedido. Art. 11. A designação de escrivão para o inquérito caberá ao
TÍTULO III respectivo encarregado, se não tiver sido feita pela autoridade que
CAPÍTULO ÚNICO lhe deu delegação para aquele fim, recaindo EM SEGUNDO OU
DO INQUÉRITO POLICIAL MILITAR PRIMEIRO-TENENTE, se o indiciado for OFICIAL, e em
Finalidade do inquérito SARGENTO, SUBTENENTE OU SUBOFICIAL, nos demais
Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, casos.
que, nos termos legais, configure crime militar, e de sua autoria. Compromisso legal
Tem o caráter de INSTRUÇÃO PROVISÓRIA, cuja finalidade Parágrafo único. O escrivão prestará compromisso de manter o
precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da sigilo do inquérito e de cumprir fielmente as determinações deste
ação penal. Código, no exercício da função.
Parágrafo único. São, porém, efetivamente instrutórios da ação Medidas preliminares ao inquérito
penal os exames, perícias e avaliações realizados regularmente Art. 12. Logo que TIVER CONHECIMENTO DA PRÁTICA
no curso do inquérito, por peritos idôneos e com obediência às DE INFRAÇÃO PENAL militar, verificável na ocasião, a
formalidades previstas neste Código. autoridade a que se refere o § 2º do art. 10 deverá, se possível:
Modos por que pode ser iniciado a) dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o
Art. 10. O inquérito é iniciado mediante PORTARIA: estado e a situação das coisas, enquanto necessário;
a) de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de jurisdição b) apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham
ou comando haja ocorrido à infração penal, atendida a hierarquia relação com o fato;
do infrator; c) efetuar a prisão do infrator, observado o disposto no art. 244;
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d) colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento do Inquirição. Assentada de início, interrupção e
fato e suas circunstâncias. encerramento
Formação do inquérito 1º O escrivão lavrará assentada do dia e hora do início das
Art. 13. O encarregado do inquérito deverá, para a formação inquirições ou depoimentos; e, da mesma forma, do seu
deste: encerramento ou interrupções, no final daquele período.
Atribuição do seu encarregado Inquirição. Limite de tempo
a) tomar as medidas previstas no art. 12, se ainda não o 2º A testemunha NÃO SERÁ inquirida por mais de quatro
tiverem sido; horas consecutivas, sendo-lhe FACULTADO o descanso de
b) ouvir o ofendido; MEIA HORA, sempre que tiver de prestar declarações além
c) ouvir o indiciado; daquele termo. O depoimento que não ficar concluído às dezoito
d) ouvir testemunhas; horas será encerrado, para prosseguir no dia seguinte, em hora
e) proceder a reconhecimento de pessoas e coisas, e determinada pelo encarregado do inquérito. CASO NÃO SEJA
acareações; DIA ÚTIL, FICA PARA O PRÓXIMO DIA ÚTIL.
f) determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo 3º Não sendo útil o dia seguinte, a inquirição poderá ser
de delito e a quaisquer outros exames e perícias; adiada para o primeiro dia que o for, salvo caso de urgência.
g) determinar a avaliação e identificação da coisa subtraída, Prazos para terminação do inquérito
desviada, destruída ou danificada, ou da qual houve indébita Art 20. O inquérito deverá TERMINAR dentro em VINTE
apropriação; DIAS, se o indiciado estiver PRESO, contado esse prazo a partir
h) proceder a buscas e apreensões, nos termos dos arts. 172 a do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no prazo de
184 e 185 a 189; QUARENTA DIAS, quando o indiciado estiver SOLTO,
i) tomar as medidas necessárias destinadas à proteção de contados a partir da data em que se instaurar o inquérito.
testemunhas, peritos ou do ofendido, quando coactos ou Prorrogação de prazo
ameaçados de coação que lhes tolha a liberdade de depor, ou a 1º Este último prazo – réu SOLTO- poderá ser prorrogado
independência para a realização de perícias ou exames. por mais vinte dias pela autoridade militar superior, desde que
Reconstituição dos fatos NÃO ESTEJAM CONCLUÍDOS exames ou perícias já
Parágrafo único. Para verificar a possibilidade de haver sido a iniciados, ou haja necessidade de diligência, indispensáveis à
infração praticada de determinado modo, o encarregado do elucidação do fato.
inquérito PODERÁ proceder à reprodução simulada dos fatos, O pedido de prorrogação deve ser feito em tempo oportuno,
desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública, de modo a ser atendido antes da terminação do prazo.
nem atente contra a hierarquia ou a disciplina militar. Diligências não concluídas até o inquérito
Assistência de procurador 2º Não haverá mais prorrogação, além da prevista no § 1º,
Art. 14. Em se tratando da apuração de fato delituoso de salvo dificuldade insuperável, a juízo do ministro de Estado
EXCEPCIONAL IMPORTÂNCIA OU DE DIFÍCIL competente. Os laudos de perícias ou exames não concluídos
ELUCIDAÇÃO, o encarregado do inquérito poderá solicitar do nessa prorrogação, bem como os documentos colhidos depois
PROCURADOR-GERAL a indicação de procurador que lhe dê dela, serão POSTERIORMENTE remetidos ao juiz, para a
assistência. juntada ao processo. Ainda, no seu relatório, poderá o encarregado
Encarregado de inquérito. Requisitos do inquérito indicar, mencionando, se possível, o lugar onde se
Art. 15. Será encarregado do inquérito, sempre que possível, encontram as testemunhas que deixaram de ser ouvidas, por
oficial de posto não inferior ao DE CAPITÃO OU CAPITÃO- qualquer impedimento.
TENENTE; e, em se tratando de infração penal contra a
segurança nacional, sê-lo-á, sempre que possível, OFICIAL Dedução em favor dos prazos
SUPERIOR, atendida, em cada caso, a sua hierarquia, se oficial o 3º São deduzidas dos prazos referidos neste artigo as
indiciado. interrupções pelo motivo previsto no § 5º do art. 10.
Sigilo do inquérito Reunião e ordem das peças de inquérito
Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode Art. 21. Todas as peças do inquérito serão, por ordem
permitir que dele tome conhecimento O ADVOGADO do CRONOLÓGICA, reunidas num só processado e datilografadas,
indiciado. em espaço dois, com as folhas numeradas e rubricadas, pelo
Incomunicabilidade do indiciado. Prazo. escrivão.
Art. 17. O encarregado do inquérito poderá manter Juntada de documento
incomunicável o indiciado, que estiver legalmente prêso, por três Parágrafo único. De cada documento junto, a que precederá
dias no máximo. INCONSTITUCIONAL despacho do encarregado do inquérito, o escrivão lavrará o
Detenção de indiciado respectivo termo, mencionando a data.
Art. 18. INDEPENDENTEMENTE de flagrante delito, o Relatório
indiciado poderá ficar detido, durante as investigações policiais, Art. 22. O inquérito será ENCERRADO COM
ATÉ TRINTA DIAS, comunicando-se a detenção à autoridade MINUCIOSO RELATÓRIO, em que o seu encarregado
judiciária competente. Esse prazo PODERÁ SER mencionará as diligências feitas, as pessoas ouvidas e os
PRORROGADO, por mais VINTE DIAS, pelo comandante da resultados obtidos, com indicação do dia, hora e lugar onde
Região, Distrito Naval ou Zona Aérea, mediante solicitação ocorreu o fato delituoso. Em CONCLUSÃO, dirá se há infração
fundamentada do encarregado do inquérito e por via hierárquica. disciplinar a punir ou indício de crime, pronunciando-se, neste
Prisão preventiva e menagem. Solicitação último caso, justificadamente, sobre a conveniência da prisão
Parágrafo único. Se entender necessário, o encarregado do preventiva do indiciado, nos termos legais.
inquérito solicitará, dentro do mesmo prazo ou sua prorrogação, Solução
justificando-a, a decretação DA PRISÃO PREVENTIVA OU 1º No caso de ter sido delegada a atribuição para a abertura
DE MENAGEM, do indiciado. do inquérito, o seu encarregado enviá-lo-á à autoridade de que
Inquirição durante o dia recebeu a delegação, para que lhe homologue ou não a solução,
Art. 19. As testemunhas e o indiciado, exceto caso de aplique penalidade, no caso de ter sido apurada infração
urgência inadiável, que constará da respectiva assentada, devem disciplinar, ou determine novas diligências, se as julgar
ser ouvidos DURANTE O DIA, em período que medeie entre as necessárias.
SETE E AS DEZOITO HORAS. Avocação
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2º DISCORDANDO da solução dada ao inquérito, a Art. 29. A ação penal É PÚBLICA e somente pode ser promovida
autoridade que o delegou poderá avocá-lo e DAR SOLUÇÃO por denúncia do Ministério Público Militar.
DIFERENTE. Obrigatoriedade
Remessa do inquérito à Auditoria da Circunscrição Art. 30. A denúncia deve ser apresentada sempre que houver:
Art. 23. Os autos do inquérito serão remetidos ao auditor da a) prova de fato que, em tese, constitua crime;
Circunscrição Judiciária Militar onde ocorreu a infração penal, b) indícios de autoria.
acompanhados dos instrumentos desta, bem como dos objetos que Dependência de requisição do Governo
interessem à sua prova. Art. 31. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141 do Código Penal
Remessa a Auditorias Especializadas Militar, a ação penal; quando o agente for militar ou
1º Na Circunscrição onde houver AUDITORIAS assemelhado, ﴾Comando Militar correspondente﴿ DEPENDE DE
ESPECIALIZADAS da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, REQUISIÇÃO, que será feita ao procurador-geral da Justiça
atender-se-á, para a remessa, à especialização de cada uma. Onde Militar, pelo Ministério a que o agente estiver subordinado; no
houver MAIS DE UMA NA MESMA SEDE, especializada ou caso do art. 141 do mesmo Código, quando o agente for civil e
não, a remessa será feita à PRIMEIRA AUDITORIA, para a não houver co-autor militar, a requisição será do MINISTÉRIO
respectiva distribuição. Os incidentes ocorridos no curso do DA JUSTIÇA.
inquérito serão resolvidos pelo juiz a que couber tomar Comunicação ao procurador-geral da República
conhecimento do inquérito, por distribuição. Parágrafo único. Sem prejuízo dessa disposição, o procurador-
2º Os autos de inquérito instaurado fora do território nacional geral da Justiça Militar dará conhecimento ao procurador-geral
serão remetidos à 1ª Auditoria da Circunscrição com sede na da República de fato apurado em inquérito que tenha relação com
Capital da União, atendida, contudo, a especialização referida no qualquer dos crimes referidos neste artigo.
§ 1º. Proibição de existência da denúncia
Arquivamento de inquérito. Proibição Art. 32. Apresentada a denúncia, o Ministério Público NÃO
Art. 24. A autoridade militar NÃO PODERÁ mandar PODERÁ DESISTIR DA AÇÃO PENAL.
arquivar autos de inquérito, embora conclusivo da inexistência de Exercício do direito de representação
crime ou de inimputabilidade do indiciado. Art. 33. Qualquer pessoa, ﴾notitia criminis﴿ no exercício do direito
Instauração de novo inquérito de representação, poderá provocar a iniciativa do Ministério
Art 25. O arquivamento de inquérito NÃO OBSTA a Publico, dando-lhe informações sobre fato que constitua crime
instauração de outro, se novas provas aparecerem em relação ao militar e sua autoria, e indicando-lhe os elementos de convicção.
fato, ao indiciado ou a terceira pessoa, RESSALVADOS o caso Informações
julgado e os casos de extinção da punibilidade. 1º As informações, se escritas, deverão estar devidamente
1º Verificando a hipótese contida neste artigo, o juiz remeterá autenticadas; se verbais, serão tomadas por termo perante o juiz, a
os autos ao Ministério Público, para os fins do disposto no art. 10, pedido do órgão do Ministério Público, e na presença deste.
letra c. Requisição de diligências
2º O Ministério Público poderá requerer o arquivamento dos 2º Se o Ministério Público as considerar procedentes, dirigir-se-á
autos, se entender inadequada a instauração do inquérito. à autoridade policial militar para que esta proceda às diligências
Devolução de autos de inquérito necessárias ao esclarecimento do fato, instaurando inquérito, se
Art. 26. Os autos de inquérito não poderão ser devolvidos a houver motivo para esse fim.
autoridade policial militar, a não ser:
I — mediante requisição do Ministério Público, para TÍTULO V
diligências por ele consideradas imprescindíveis ao oferecimento DO PROCESSO PENAL MILITAR EM GERAL
da denúncia; CAPÍTULO ÚNICO
II — por determinação do juiz, ANTES da denúncia, para o DO PROCESSO
preenchimento de formalidades previstas neste Código, ou para Direito de ação e defesa. Poder de jurisdição
complemento de prova que julgue necessária. Art. 34. O DIREITO DE AÇÃO é exercido pelo Ministério
Parágrafo único. Em qualquer dos casos, o juiz MARCARÁ Público, como representante da lei e fiscal da sua execução, e o de
PRAZO, não excedente de VINTE DIAS, para a restituição dos defesa pelo acusado, cabendo ao juiz exercer o PODER DE
autos. JURISDIÇÃO, em nome do Estado.
Suficiência do auto de flagrante delito Relação processual. Início e extinção
Art. 27. Se, por si só, for suficiente para a elucidação do fato Art. 35. O processo
e sua autoria, o auto de flagrante delito APF constituirá o INICIA-SE com o recebimento da denúncia pelo juiz,
inquérito, dispensando outras diligências, SALVO o exame de EFETIVA-SE com a citação do acusado; e
corpo de delito no crime que deixe vestígios- NÃO EXTINGUE-SE no momento em que a sentença definitiva se
TRANSEUNTES, a identificação da coisa e a sua avaliação, torna irrecorrível, quer resolva o mérito, quer não.
quando o seu valor influir na aplicação da pena. A remessa dos Casos de suspensão
autos, com breve relatório da autoridade policial militar, far-se-á Parágrafo único. O processo suspende-se ou extingue-se nos casos
sem demora ao juiz competente, nos têrmos do art. 20. previstos neste Código.
Dispensa de Inquérito
Art. 28. O inquérito PODERÁ SER DISPENSADO, sem TÍTULO VII
prejuízo de diligência requisitada pelo Ministério Público: CAPÍTULO ÚNICO
a) quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por DA DENÚNCIA
documentos ou outras PROVAS MATERIAIS; Requisitos da denúncia
b) nos crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito Art. 77. A denúncia conterá:
ou publicação, cujo autor esteja identificado; a) a designação do juiz a que se dirigir;
c) nos crimes previstos nos arts. 341 e 349 do Código Penal b) o nome, idade, profissão e residência do acusado, ou
Militar. esclarecimentos pelos quais possa ser qualificado;
TÍTULO IV c) o tempo e o lugar do crime;
CAPÍTULO ÚNICO d) a qualificação do ofendido e a designação da pessoa
DA AÇÃO PENAL MILITAR E DO SEU EXERCÍCIO jurídica ou instituição prejudicada ou atingida, sempre que
Promoção da ação penal possível;
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e) a exposição do fato criminoso, com todas as suas
circunstâncias; CAPÍTULO III
f) as razões de convicção ou presunção da delinquência; DAS PROVIDÊNCIAS QUE RECAEM SÔBRE PESSOAS
g) a classificação do crime; SEÇÃO I
h) o rol das testemunhas, em número NÃO SUPERIOR a Da prisão provisória
seis, com a indicação da sua profissão e residência; e o das DISPOSIÇÕES GERAIS
informantes com a mesma indicação. SEIS, ﴾FORA OS Definição
INFORMANTES﴿. Art. 220. Prisão provisória é a que ocorre DURANTE O
Dispensa de testemunhas INQUÉRITO, ou no curso do processo, ANTES da condenação
Parágrafo único. O rol de testemunhas poderá ser definitiva.
dispensado, se o Ministério Público dispuser de prova Legalidade da prisão
DOCUMENTAL SUFICIENTE PARA OFERECER A Art. 221. Ninguém será preso senão em flagrante delito ou
DENÚNCIA. por ordem escrita de autoridade competente.
Rejeição de denúncia Comunicação ao juiz
Art. 78. A denúncia não será recebida pelo juiz: Art. 222. A prisão ou detenção de qualquer pessoa será
a) se não contiver os requisitos expressos no artigo anterior; IMEDIATAMENTE levada ao conhecimento da autoridade
b) se o fato narrado não constituir evidentemente crime da judiciária competente, com a declaração do local onde a mesma se
competência da Justiça Militar; acha sob custódia e se está, ou não, incomunicável.
c) se já estiver extinta a punibilidade; Prisão de militar
d) se for manifesta a incompetência do juiz ou a Art 223. A prisão de militar deverá SER FEITA POR
ilegitimidade do acusador. OUTRO militar de posto ou graduação SUPERIOR; ou, se igual,
Preenchimento de requisitos mais antigo.
1º No caso da alínea a ﴾requisitos expressos﴾ , o juiz antes Relaxamento da prisão
de rejeitar a denúncia, mandará, em despacho fundamentado, Art. 224. Se, ao tomar conhecimento da comunicação, a
remeter o processo ao órgão do Ministério Público para que, autoridade judiciária verificar que a prisão não é legal, deverá
dentro do prazo de TRÊS DIAS, contados da data do recebimento relaxá-la imediatamente. ﴾prisão ilegal: deve relaxar﴿
dos autos, sejam preenchidos os requisitos que não o tenham sido. Expedição de mandado
Ilegitimidade do acusador Art. 225. A autoridade judiciária ou o encarregado do
2º No caso de ilegitimidade do acusador ﴾alínea d﴿, a inquérito que ordenar a prisão fará expedir em DUAS VIAS o
rejeição da denúncia não obstará o exercício da ação penal, respectivo mandado, com os seguintes requisitos:
desde que promovida DEPOIS por acusador legítimo, a quem o Requisitos
juiz determinará a apresentação dos autos. a) será lavrado pelo escrivão do processo ou do inquérito,
Incompetência do juiz. Declaração ou ad hoc , e assinado pela autoridade que ordenar a expedição;
3º No caso de incompetência do juiz, este a declarará em b) designará a pessoa sujeita a prisão com a respectiva
despacho fundamentado, determinando a remessa do processo identificação e moradia, se possível;
ao juiz competente. c) mencionará o motivo da prisão;
Prazo para oferecimento da denúncia d) designará o executor da prisão.
Art. 79. A denúncia deverá ser oferecida, se o acusado estiver Assinatura do mandado
PRESO, dentro do prazo de CINCO DIAS, contados da data do Parágrafo único. Uma das vias ficará em poder DO PRESO,
recebimento dos autos para aquele fim; e, dentro do prazo de que assinará a outra; e, se não quiser ou não puder fazê-lo,
QUINZE DIAS, se o acusado estiver SOLTO. O auditor deverá certificá-lo-á o executor do mandado, na própria via deste.
manifestar-se sobre a denúncia, dentro do prazo de QUINZE Tempo e lugar da captura
DIAS. Art. 226. A prisão poderá ser efetuada em QUALQUER
Prorrogação de prazo DIA E A QUALQUER HORA, respeitadas as garantias relativas
1º O prazo para o oferecimento da denúncia poderá, por à inviolabilidade do domicílio.
despacho do juiz, ser prorrogado ao dobro; ou ao triplo, em caso Desdobramento do mandado
EXCEPCIONAL e se o acusado não estiver preso.﴾solto﴿ Art. 227. Para cumprimento do mandado, a autoridade
2º Se o Ministério Público não oferecer a denúncia dentro policial militar ou a judiciária poderá expedir tantos outros
deste último prazo ﴾depois da prorrogação﴿, ficará sujeito à pena quantos necessários às diligências, devendo em cada um deles ser
disciplinar que no caso couber, sem prejuízo da responsabilidade fielmente reproduzido o teor do original.
penal em que incorrer, competindo ao juiz providenciar no sentido Expedição de precatória ou ofício
de ser a denúncia oferecida pelo substituto legal, dirigindo-se, para Art. 228. Se o capturando estiver em LUGAR ESTRANHO
este fim, ao PROCURADOR-GERAL, que, na falta ou à jurisdição do juiz que ordenar a prisão, mas em território
impedimento do substituto, designará outro procurador. nacional, a captura será pedida por precatória, da qual constará o
Complementação de esclarecimentos mesmo que se contém nos mandados de prisão; no curso do
Art. 80. Sempre que, no curso do processo, o Ministério inquérito policial militar a providência será solicitada pelo seu
Público necessitar de maiores esclarecimentos, de documentos encarregado, com os mesmos requisitos, mas por meio de ofício,
complementares ou de novos elementos de convicção, poderá ao comandante da Região Militar, Distrito Naval ou Zona Aérea,
requisitá-los, DIRETAMENTE, de qualquer autoridade militar respectivamente.
ou civil, em condições de fornecê-los, ou requerer ao juiz que os Via telegráfica ou radiográfica
requisite. Parágrafo único. Havendo URGÊNCIA, a captura poderá ser
Extinção da punibilidade. Declaração requisitada por via telegráfica ou radiográfica, autenticada a firma
Art. 81. A extinção da punibilidade poderá ser reconhecida e da autoridade requisitante, o que se mencionará no despacho.
declarada em QUALQUER FASE DO PROCESSO, de ofício Captura no estrangeiro
ou a requerimento de qualquer das partes, ouvido o Ministério Art. 229. Se o capturando estiver no estrangeiro, a
Público, se deste não for o pedido. autoridade judiciária se dirigirá AO MINISTRO DA JUSTIÇA
Morte do acusado para que, por via diplomática, sejam tomadas as providências que
Parágrafo único. No caso de morte, não se declarará a no caso couberem.
extinção sem a CERTIDÃO DE ÓBITO do acusado. Art. 230. A captura se fará:
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Caso de flagrante Remessa dos autos a outro juiz
a) em caso de flagrante, pela simples voz de prisão; Parágrafo único. Se o juiz deprecado verificar que o
Caso de mandado capturando se encontra em território sujeito à jurisdição de
b) em caso de mandado, pela entrega ao capturando de uma outro juiz militar, remeter-lhe-á os autos da precatória. Se não
das vias e consequente voz de prisão dada pelo executor, que se tiver notícia do paradeiro do capturando, devolverá os autos ao
identificará. juiz deprecante ﴾ juiz da comarca por onde tramita um
Recaptura processo﴿.
Parágrafo único. A recaptura de indiciado ou acusado Entrega de preso. Formalidades
evadido INDEPENDE DE PRÉVIA ORDEM DA Art. 237. Ninguém será recolhido à prisão sem que ao
AUTORIDADE, e poderá ser feita por qualquer pessoa. responsável pela custódia seja entregue CÓPIA do respectivo
Captura em domicílio mandado, assinada pelo executor, ou apresentada guia expedida
Art. 231. Se o executor verificar que o capturando se pela autoridade competente, devendo ser passado recibo da
encontra em alguma casa, ordenará ao dono dela que o entregue, entrega do preso, com declaração do dia, hora e lugar da prisão.
exibindo-lhe o mandado de prisão. Recibo
Caso de busca Parágrafo único. O recibo será passado no próprio exemplar
Parágrafo único. Se o executor não tiver certeza da presença do mandado, se este for o documento exibido.
do capturando na casa, poderá proceder à busca, para a qual, Transferência de prisão
entretanto, será necessária a expedição do respectivo mandado, a Art. 238. Nenhum preso será transferido de prisão sem que o
menos que o executor seja a própria autoridade competente para responsável pela transferência faça a devida comunicação à
expedi-lo. autoridade judiciária que ordenou a prisão, nos termos do art. 18.
Recusa da entrega do capturando Recolhimento à nova prisão
Art. 232. Se não for atendido, o executor convocará DUAS Parágrafo único. O preso transferido deverá ser recolhido à
TESTEMUNHAS e procederá da seguinte forma: nova prisão com as mesmas formalidades previstas no art. 237 e
a) sendo DIA, entrará à força na casa, arrombando-lhe a seu parágrafo único.
porta, se necessário; Separação de prisão
b) sendo NOITE, fará guardar todas as saídas, tornando a Art. 239. As pessoas sujeitas à prisão provisória deverão
casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombar-lhe-á a porta ficar SEPARADAS das que estiverem definitivamente
e efetuará a prisão. condenadas.
Parágrafo único. O morador que se recusar à entrega do Local da prisão
capturando será levado à presença da autoridade, para que contra Art. 240. A prisão deve ser em local LIMPO E AREJADO,
ele se proceda, como de direito, se sua ação configurar infração onde o detento possa repousar durante a noite, sendo proibido o
penal. seu recolhimento à masmorra, solitária ou cela onde não penetre
Flagrante no interior de casa a luz do dia.
Art. 233. No caso de prisão em flagrante que se deva efetuar Respeito à integridade do preso e assistência
no interior de casa, observar-se-á o disposto no artigo anterior, no Art. 241. Impõe-se à autoridade responsável pela custódia o
que for aplicável. respeito à integridade física e moral do detento, que terá direito a
Emprego de força presença de pessoa da sua família e a assistência religiosa, pelo
Art. 234. O emprego de força SÓ É PERMITIDO quando MENOS UMA VEZ POR SEMANA, em dia previamente
INDISPENSÁVEL, no caso de desobediência, resistência ou marcado, salvo durante o período de incomunicabilidade, bem
tentativa de fuga. Se houver resistência da parte de terceiros, como à assistência de advogado que indicar, nos termos do art.
poderão ser usados os meios necessários para vencê-la ou para 71, ou, se estiver impedido de fazê-lo, à do que for indicado por
defesa do executor e auxiliares seus, inclusive a prisão do ofensor. seu cônjuge, ascendente ou descendente.
De tudo se lavrará auto subscrito pelo executor e por DUAS Parágrafo único. Se o detento necessitar de assistência para
testemunhas. tratamento de saúde ser-lhe-á prestada por médico militar.
Emprego de algemas Prisão especial
1º O emprego de algemas deve ser evitado, desde que não Art. 242. Serão recolhidos a quartel OU a prisão especial, à
haja perigo de fuga ou de agressão da parte do preso, e de disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão,
modo algum será permitido, nos presos a que se refere o art. antes de condenação IRRECORRÍVEL:
242. ﴾ ministros de Estado, governadores, membros do Congresso a) os ministros de Estado;
Nacional, conselhos, assembleias...﴿ b) os governadores ou interventores de Estados, ou
Uso de armas Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos
2º O recurso ao uso de armas só se justifica quando secretários e chefes de Polícia;
ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO para vencer a resistência c) os membros do Congresso Nacional, dos Conselhos da
ou proteger a incolumidade do executor da prisão ou a de auxiliar União e das Assembleias Legislativas dos Estados;
seu. d) os cidadãos inscritos no Livro de Mérito das ordens
Captura fora da jurisdição militares ou civis reconhecidas em lei;
Art. 235. Se o indiciado ou acusado, sendo perseguido, passar e) os magistrados;
a território de outra jurisdição, observar-se-á, no que for aplicável, f) os oficiais das Forças Armadas, das Polícias e dos Corpos
o disposto nos arts. 186, 187 e 188. de Bombeiros, Militares, inclusive os da reserva, remunerada ou
Cumprimento de precatória não, e os reformados;
Art. 236. Ao receber precatória para a captura de alguém, g) os oficiais da Marinha Mercante Nacional;
cabe ao AUDITOR deprecado ﴾é o juiz da outra comarca, a quem h) os diplomados por faculdade ou instituto superior de
o juiz deprecante envia carta precatória para cumprimento dos atos ensino nacional;
processuais acima descritos﴿: i) os ministros do Tribunal de Contas;
a) verificar a a autenticidade e legalidade do documento; j) os ministros de confissão religiosa.
b) se o reputar perfeito, apor-lhe o cumpra-se e expedir Prisão de praças
mandado de prisão; Parágrafo único. A prisão de praças especiais e a de
c) cumprida a ordem, remeter a precatória e providenciar a graduados atenderá aos respectivos graus de hierarquia.
entrega do preso ao juiz deprecante. SEÇÃO II
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Da prisão em flagrante comum, remeterá o preso à AUTORIDADE CIVIL
Pessoas que efetuam prisão em flagrante COMPETENTE.
Art. 243. Qualquer pessoa poderá e os militares deverão Registro das ocorrências
prender quem for insubmisso ou desertor, ou seja encontrado em Art. 248. Em qualquer hipótese, de tudo quanto ocorrer será
flagrante delito. lavrado auto ou termo, para remessa à autoridade judiciária
Sujeição a flagrante delito competente, a fim de que esta confirme ou infirme os atos
Art. 244. Considera-se em flagrante delito aquele que: praticados.
a) está cometendo o crime;﴾próprio﴿ Fato praticado em presença da autoridade
b) acaba de cometê-lo; ﴾ próprio﴿ Art. 249. Quando o fato for praticado em presença da
c) é perseguido logo após o fato delituoso em situação que faça autoridade, ou contra ela, no exercício de suas funções, DEVERÁ
acreditar ser ele o seu autor; ﴾ impróprio﴿ ELA PRÓPRIA prender e autuar em flagrante o infrator,
d) é encontrado, logo depois, com instrumentos, objetos, material mencionando a circunstância.
ou papéis que façam presumir a sua participação no fato delituoso. Prisão em lugar não sujeito à administração militar
Infração permanente ﴾ presumido ou ficto﴿ Art. 250. Quando a prisão em flagrante for efetuada em
Parágrafo único. Nas infrações permanentes, considera-se o LUGAR NÃO SUJEITO À ADMINISTRAÇÃO MILITAR, o
agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. auto poderá ser lavrado por AUTORIDADE CIVIL, ou pela
Lavratura do auto autoridade militar do lugar mais próximo daquele em que ocorrer
Art. 245. Apresentado o preso ao comandante ou ao oficial de dia, a prisão.
de serviço ou de quarto, ou autoridade correspondente, ou à Remessa do auto de flagrante ao juiz
autoridade judiciária, será, por qualquer deles, ouvido: Art. 251. O auto de prisão em flagrante deve ser remetido
- o condutor e as testemunhas que o acompanharem; IMEDIATAMENTE ao juiz competente, se não tiver sido lavrado
- inquirido o indiciado sobre a imputação que lhe é feita; por autoridade judiciária; e, no MÁXIMO, dentro em cinco dias,
- especialmente sobre o lugar e hora em que o fato aconteceu, se depender de diligência prevista no art. 246.
lavrando-se de tudo auto, que será por todos assinado. Passagem do preso à disposição do juiz
1º Em se tratando de menor inimputável, será apresentado, Parágrafo único. Lavrado o auto de flagrante delito, o preso
imediatamente, AO JUIZ DE MENORES. passará imediatamente à disposição da autoridade judiciária
Ausência de testemunhas competente para conhecer do processo.
2º A falta de testemunhas NÃO IMPEDIRÁ o auto de Devolução do auto
prisão em flagrante, que será assinado por duas pessoas, pelo Art. 252. O auto PODERÁ ser mandado ou devolvido à
menos, que hajam testemunhado a apresentação do preso. autoridade militar, pelo juiz ou a requerimento do Ministério
Recusa ou impossibilidade de assinatura do auto Público, se NOVAS DILIGÊNCIAS forem julgadas necessárias
3º Quando a pessoa conduzida se recusar a assinar, não ao esclarecimento do fato.
souber ou não puder fazê-lo, o auto será assinado por DUAS Concessão de liberdade provisória
TESTEMUNHAS, que lhe tenham ouvido a leitura na presença do Art. 253. Quando o juiz verificar pelo auto de prisão em
indiciado, do condutor e das testemunhas do fato delituoso. flagrante que o agente praticou o fato nas condições dos arts. 35,
Designação de escrivão 38, observado o disposto no art. 40, e dos arts. 39 e 42, ﴾casos de
4º Sendo o auto presidido por autoridade militar, designará suspeição, suspensão e extinção do processo﴿ do Código Penal
esta, para exercer as funções DE ESCRIVÃO: Militar, poderá conceder ao indiciado LIBERDADE
- OFICIAL: capitão, capitão-tenente, primeiro ou segundo- PROVISÓRIA, mediante termo de comparecimento a todos os
tenente. atos do processo, sob pena de revogar a concessão.
- PRAÇA: poderá designar um subtenente, suboficial ou sargento. SEÇÃO III
Falta ou impedimento de escrivão Da prisão preventiva
5º Na FALTA OU IMPEDIMENTO de escrivão ou das Competência e requisitos para a decretação
pessoas referidas no parágrafo anterior, a autoridade designará, Art 254. A prisão preventiva pode ser decretada pelo
para lavrar o auto, qualquer pessoa idônea, que, para esse fim, AUDITOR ou pelo CONSELHO DE JUSTIÇA ﴾No caso dos
prestará o compromisso legal. Tribunais essa competência cabe ao Relator do feito﴿, de ofício, a
Recolhimento a prisão. Diligências requerimento do Ministério Público ou mediante representação da
Art. 246. Se das respostas resultarem fundadas suspeitas autoridade encarregada do inquérito policial-militar, em qualquer
contra a pessoa conduzida, a autoridade mandará recolhê-la à fase deste ou do processo, concorrendo os requisitos seguintes:
prisão, procedendo-se, IMEDIATAMENTE, se for o caso: a) prova do fato delituoso;
- exame de corpo de delito; b) indícios suficientes de autoria.
- à busca e apreensão dos instrumentos do crime; ﴾nada mais são do que os requisitos gerais das medidas
- qualquer outra diligência necessária ao seu esclarecimento. cautelares﴿
Nota de culpa No Superior Tribunal Militar
Art. 247. Dentro em 24 HORAS após a prisão, será dada ao Parágrafo único. Durante a instrução de PROCESSO
preso nota de culpa com: ORIGINÁRIO do Superior Tribunal Militar, a decretação
- assinatura da autoridade; compete ao relator.
- com o motivo da prisão; Casos de decretação
- o nome do condutor e os das testemunhas. Art. 255. A prisão preventiva, além dos requisitos do artigo
Recibo da nota de culpa anterior, deverá fundar-se em um dos seguintes casos:
1º Da nota de culpa o preso passará recibo que será assinado a) garantia da ordem pública;
por DUAS TESTEMUNHAS, quando ele não souber, não puder b) conveniência da instrução criminal;
ou não quiser assinar. c) periculosidade do indiciado ou acusado;
Relaxamento da prisão d) segurança da aplicação da lei penal militar;
2º Se, ao contrário da hipótese prevista no art. 246, a e) exigência da manutenção das normas ou princípios de
autoridade militar ou judiciária verificar a manifesta inexistência hierarquia e disciplina militares, quando ficarem ameaçados
de infração penal militar OU a não participação da pessoa ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado.
conduzida, relaxará a prisão. Em se tratando de infração penal ﴾os que estão destacados são diferentes do CPP comum﴿
Fundamentação do despacho
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Art. 256. O despacho que decretar ou denegar a prisão 1º O Ministério Público será ouvido, previamente, sobre a
preventiva será SEMPRE FUNDAMENTADO; e, da mesma concessão da menagem, devendo emitir PARECER dentro do
forma, o seu pedido ou requisição, que deverá preencher as prazo de três dias.
condições previstas nas letras a e b , do art. 254.﴾ certeza do Pedido de informação
fato e indícios suficientes de autoria, além dos requisitos do 255﴿ 2º Para a menagem em lugar sujeito à administração militar,
Desnecessidade da prisão será pedida informação, a respeito da sua conveniência, à
Art. 257. O juiz deixará de decretar a prisão preventiva, autoridade responsável pelo respectivo comando ou direção.
quando, por qualquer circunstância evidente dos autos, ou pela Cassação da menagem
profissão, condições de vida ou interesse do indiciado ou acusado, Art. 265. Será cassada a menagem àquele que:
presumir que este não fuja, nem exerça influência em testemunha - se retirar do lugar para o qual foi ela concedida; OU
ou perito, nem impeça ou perturbe, de qualquer modo, a ação da - faltar, sem causa justificada, a qualquer ato judicial para que
justiça. ﴾Nesses casos, não haverá risco à aplicação da lei penal tenha sido intimado ou a que deva comparecer independentemente
militar, a instrução, etc.﴿ de intimação especial.
Modificação de condições ﴾cassação da menagem deve ser sempre motivada﴿
Parágrafo único. Essa decisão poderá ser revogada a todo o Menagem do insubmisso
tempo, desde que se MODIFIQUE qualquer das condições Art. 266. O insubmisso terá o quartel por menagem,
previstas neste artigo. INDEPENDENTEMENTE de decisão judicial, podendo,
Proibição entretanto, ser cassada pela autoridade militar, por conveniência
Art. 258. A prisão preventiva em nenhum caso será de disciplina. ﴾ é uma menagem por imposição legal (art. 464 do
decretada se o juiz verificar, pelas provas constantes dos autos, ter CPPM), que inclusive independe de decisão judicial. A cassação
o agente praticado o fato nas condições dos arts. 35 ﴾erro de obedece á regras diferentes: podendo ser decretada pela
direito﴿, 38ou art. 40 do CPM﴾sob coação irresistível ou por autoridade militar, por conveniência da disciplina, não sendo
obediência hierárquica, e dos arts. 39﴾ sob estado de necessidade﴿ necessária decisão judicial,﴿
e 42,﴾ qualquer circunstância excludente de ilicitude﴿. Cessação da menagem
Revogação e nova decretação Art. 267. A menagem cessa com a SENTENÇA
Art. 259. O juiz poderá REVOGAR a prisão preventiva se, CONDENATÓRIA, ainda que não tenha passado em julgado.
no curso do processo, verificar a falta de motivos para que Pode cessar a qualquer tempo, caso o juiz entenda ser necessário.
subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que Parágrafo único. Salvo o caso do artigo anterior, o juiz
a justifiquem. poderá ordenar a cessação da menagem, em qualquer tempo, com
Parágrafo único. A PRORROGAÇÃO da prisão preventiva a liberação das obrigações dela decorrentes, desde que não a
dependerá de prévia audiência do Ministério Público. julgue mais necessária ao interesse da Justiça.
Execução da prisão preventiva Contagem para a pena
Art. 260. A prisão preventiva executar-se-á por mandado, Art. 268. A menagem concedida em residência ou cidade
com os requisitos do art. 225. Se o indiciado ou acusado já se NÃO SERÁ LEVADA em conta no cumprimento da pena.
achar detido, será notificado do despacho que a decretar pelo Reincidência
ESCRIVÃO do inquérito, ou do processo, que o certificará nos Art. 269. Ao REINCIDENTE não se concederá menagem.
autos. ﴾ Após a decretação da prisão preventiva, deverá ser CAPÍTULO VI
expedido o respectivo mandado judicial.﴿ DA LIBERDADE PROVISÓRIA
Passagem à disposição do juiz Casos de liberdade provisória
Art. 261. Decretada a prisão preventiva, o preso passará à Art. 270. O indiciado ou acusado LIVRAR-SE-Á SOLTO no
disposição da autoridade judiciária, observando-se o disposto no caso de infração a que não for cominada pena privativa de
art. 237. liberdade.
Parágrafo único. Poderá livrar-se solto:
CAPÍTULO V a) no caso de infração culposa, salvo se compreendida entre
DA MENAGEM as previstas no Livro I, Título I, da Parte Especial, do Código
Conceito: é a manutenção do acusado, de maneira provisória, em Penal Militar; liberdade provisória OBRIGATÓRIA, pois o CPPM
local determinado pela autoridade judiciária, em vez de ser preso. estabelece requisitos puramente objetivos.
Um tipo de homenagem. b) no caso de infração punida com pena de detenção NÃO
Competência e requisitos para a concessão SUPERIOR A DOIS ANOS, salvo as previstas nos arts. 157,
Art. 263. A menagem poderá ser concedida PELO JUIZ, nos 160, 161, 162, 163, 164, 166, 173, 176, 177, 178, 187, 192, 235,
crimes cujo máximo da pena privativa da liberdade NÃO 299 e 302, do Código Penal Militar.
EXCEDA A QUATRO ANOS, tendo-se, porém, em atenção a I. Violência contra superior (art. 157);
natureza do crime e os antecedentes do acusado. II. Desrespeito a superior (art. 160);
REQUISITOS OBJETIVOS: III. Desrespeito a símbolo nacional (art. 161);
- Previsão da pena privativa de liberdade de no máximo 4 anos; IV. Recusa de obediência (art. 164);
- Não haver condenação pelo crime. V. Oposição à ordem de sentinela (art. 164);
REQUISITOS SUBJETIVOS: VI. Publicação ou crítica indevida (art. 166);
Deve ser verificada a natureza do crime; VII. Abuso de requisição militar (art. 173);
- Devem ser verificados os antecedentes do acusado; VIII. Ofensa aviltante a inferior (art. 176);
- O acusado não pode ser reincidente. IX. Resistência mediante violência ou ameaça (art. 177);
Lugar da menagem X. Fuga de preso ou internado (art. 178);
Art. 264. A menagem a militar poderá efetuar-se no lugar em XI. Deserção (art. 187);
que residia quando ocorreu o crime ou seja sede do juízo que o XII. Deserção por evasão ou fuga (art. 192);
estiver apurando, OU, atendido o seu posto ou graduação, em XIII. Pederastia ou outro ato de libidinagem (art. 235);
quartel, navio, acampamento, OU em estabelecimento ou sede XIV. Desacato a militar (art. 299); e
de órgão militar. a menagem a CIVIL será no lugar da sede do XV. Ingresso clandestino (art. 302).
juízo, ou em lugar sujeito à administração militar, se assim o Suspensão
entender NECESSÁRIO a autoridade que a conceder. Art. 271. A superveniência de qualquer dos motivos referidos
Audiência do Ministério Público no art. 255 ﴾ Casos de decretação da prisão preventiva﴿ poderá
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determinar a suspensão da liberdade provisória, por despacho da DO PROCESSO DE DESERÇÃO DE OFICIAL
autoridade que a concedeu, de ofício ou a requerimento do Lavratura do termo de deserção e sua publicação em
Ministério Público. boletim
DESERÇÃO DE OFICIAL E DE PRAÇA
SÚMULA Nº 8 "O desertor sem estabilidade e o insubmisso que, Art. 454. Transcorrido o prazo para consumar-se o crime de
por apresentação voluntária ou em razão de captura, forem deserção, o comandante da unidade, ou autoridade correspondente
julgados em INSPEÇÃO DE SAÚDE, para fins de reinclusão ou ou ainda a autoridade superior, fará lavrar o termo de deserção
incorporação, incapazes para o Serviço Militar, podem ser circunstanciadamente, inclusive com a qualificação do desertor,
ISENTOS DO PROCESSO, após o pronunciamento do assinando-o com DUAS TESTEMUNHAS idôneas, publicando-
representante do Ministério Público." se em boletim ou documento equivalente, o termo de deserção,
acompanhado da parte de ausência Remessa do termo de deserção
Súmula 12, STM - "A PRAÇA sem estabilidade NÃO PODE e documentos à Auditoria.
ser denunciada por deserção sem ter readquirido o status de § 1º O oficial desertor será AGREGADO,
militar, condição de PROCEDIBILIDADE para a persecutio permanecendo nessa situação ao apresentar-se ou ser capturado,
criminis, através da reinclusão. Para a praça estável, a condição de até decisão transitada em julgado. Será considerado como da ativa,
procedibilidade é a REVERSÃO AO SERVIÇO ATIVO." mas deixará de ocupar vaga na escala hierárquica.
DICA 25: O RITO DOS PROCESSOS DE DESERÇÃO E DE Autuação e vista ao Ministério Público
INSUBMISSÃO, CONSIDERADOS ESPECIAIS, É § 2º Feita a publicação, a autoridade militar remeterá,
SUMARÍSSIMO, CARACTERIZADO PELA CELERIDADE. em seguida, o termo de deserção à auditoria competente,
A CONDIÇÃO DE MILITAR PRESO É ESSENCIAL NO JUNTAMENTE com a parte de ausência, o inventário do
PROCESSO DO CRIME DE DESERÇÃO. material permanente da Fazenda Nacional e as cópias do boletim
DICA: O TERMO DE DESERÇÃO DESTINA-SE A ou documento equivalente e dos assentamentos do desertor .
FORNCER ELEMENTOS NECESSÁIROS A § 3º Recebido o termo de deserção e demais peças, o Juiz-
PROPOSITURA DA AÇÃO PENAL, SUJEITANDO, DESDE Auditor mandará autuá-los e dar vista do processo por CINCO
LOGO, O DESERTOR A PRISÃO. DIAS, ao Procurador, podendo este requerer o
DICA: NÃO CABERÁ MENAGEM AO DESERTOR. ARQUIVAMENTO, ou que for de direito, OU OFERECER
Ler art. 453 CPPM. DENÚNCIA, se nenhuma formalidade tiver sido omitida, ou após
PROCEDIMENTO DO CRIME MILITAR DE o cumprimento das diligências requeridas.
INSUBMISSÃO § 4º Recebida a denúncia, o Juiz-Auditor determinará seja
DICA: A qualidade de CIVIL integra o tipo do crime militar de aguardada a captura ou apresentação voluntária do desertor.
insubmissão, art. 183 do CPM, porém a condição de militar, Apresentação ou captura do desertor. Sorteio do
adquirida com a incorporação do insubmisso às Forças Armadas, é Conselho
CONDIÇÃO OBJETIVA de procedibilidade. Art. 455. Apresentando-se ou sendo capturado o
desertor, a autoridade militar fará a comunicação ao Juiz-
TÍTULO II Auditor, com a informação sobre a DATA E O LUGAR onde o
DOS PROCESSOS ESPECIAIS mesmo se apresentou ou foi capturado, além de quaisquer outras
CAPÍTULO I circunstâncias concernentes ao fato. Em seguida, procederá o Juiz-
DA DESERÇÃO EM GERAL Auditor ao SORTEIO E À CONVOCAÇÃO DO CONSELHO
Termo de deserção. Formalidades ESPECIAL de Justiça, expedindo o mandado de citação do
Art. 451. CONSUMADO o crime de deserção, nos casos acusado, para ser processado e julgado. Nesse mandado, será
previsto na lei penal militar, o comandante da unidade, ou transcrita a denúncia.
autoridade correspondente, ou ainda autoridade superior, fará Rito processual
lavrar o respectivo termo, IMEDIATAMENTE, que poderá ser §1º Reunido o Conselho Especial de Justiça, presentes:
impresso ou datilografado, sendo por ele assinado e por DUAS - o procurador;
TESTEMUNHAS IDÔNEAS, além do militar incumbido da - o defensor e o acusado;
lavratura. O presidente ordenará a leitura da denúncia, seguindo-se o
§ 1º A CONTAGEM dos dias de ausência, para efeito da interrogatório do acusado, ouvindo-se, na ocasião, as testemunhas
lavratura do termo de deserção, iniciar-se-á à ZERO HORA DO arroladas pelo Ministério Público. A DEFESA poderá oferecer
DIA SEGUINTE àquele em que for verificada a falta prova documental e requerer a inquirição de testemunhas, até o
injustificada do militar. (A deserção é o crime praticado pelo NÚMERO DE TRÊS, que serão
militar que se ausenta sem licença da unidade onde serve por mais - ARROLADAS dentro do PRAZO DE TRÊS DIAS; e
de 8 dias.﴿. - OUVIDAS dentro do prazo de CINCO DIAS, prorrogável até o
§ 2º No caso de deserção ESPECIAL ﴾ no momento da DOBRO pelo conselho, ouvido o Ministério Público.
partida do navio ou aeronave, de que é tripulante, ou do Julgamento
deslocamento da unidade ou força em que servem﴿, prevista no art. §2º Findo o interrogatório, e se nada for requerido ou
190 do Código Penal Militar, a lavratura do termo será, também, determinado, ou finda a inquirição das testemunhas arroladas
imediata. pelas partes e realizadas as diligências ordenadas, o presidente do
Efeitos do termo de deserção conselho dará a palavra às partes, para SUSTENTAÇÃO ORAL,
Art. 452. O termo de deserção tem o caráter DE pelo prazo máximo de trinta minutos, podendo haver réplica e
INSTRUÇÃO PROVISÓRIA e destina-se a fornecer os tréplica por tempo não excedente há quinze minutos, para cada
elementos necessários à propositura da ação penal, sujeitando, uma delas, passando o conselho ao julgamento, observando-se o
desde logo, o desertor à prisão. rito prescrito neste código.
Art. 453. O desertor que NÃO FOR JULGADO dentro de CAPÍTULO III
SESSENTA DIAS, a contar do dia de sua apresentação voluntária DO PROCESSO DE DESERÇÃO DE PRAÇA COM OU
ou captura, será POSTO EM LIBERDADE, SALVO se tiver SEM GRADUÇÃO E DE PRAÇA ESPECIAL.
dado causa ao retardamento do processo. Inventário dos bens deixados ou extraviados pelo
ausente
CAPÍTULO II

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Art. 456. VINTE E QUATRO HORAS DEPOIS de iniciada § 4º Recebida a denúncia, determinará o Juiz-Auditor a
a contagem dos dias de ausência de uma praça, o comandante da citação do acusado, realizando-se em dia e hora previamente
respectiva subunidade, ou autoridade competente, encaminhará designados, perante o Conselho Permanente de Justiça, o
parte de ausência ao comandante ou chefe da respectiva interrogatório do acusado, ouvindo-se, na ocasião, as testemunhas
organização, que mandará inventariar o material permanente da arroladas pelo Ministério Público. A defesa poderá oferecer prova
Fazenda Nacional, deixado ou extraviado pelo ausente, com a DOCUMENTAL E REQUERER A INQUIRIÇÃO de
assistência de duas testemunhas idôneas. ﴾Uma vez consumada a testemunhas, até o NÚMERO DE TRÊS, que serão arroladas
deserção de praça especial ou praça sem estabilidade, ela será dentro do prazo de três dias e ouvidas dentro de cinco dias,
imediatamente excluída do serviço ativo. Se o desertor for prorrogáveis até o dobro pelo conselho, ouvido o Ministério
praça estável, será agregado.﴿ Público.
§ 1º Quando a ausência se verificar em subunidade isolada Nomeação de curador
ou em destacamento, o respectivo comandante, oficial ou não § 5º Feita a leitura do processo, o presidente do conselho dará a
providenciará o inventário, assinando-o com duas testemunhas palavra às partes, para sustentação oral, pelo prazo máximo de
idôneas trinta minutos, podendo haver réplica e tréplica por tempo não
Parte de deserção excedente a quinze minutos, para cada uma delas, passando o
§ 2º Decorrido o prazo para se configurar a deserção, o conselho ao julgamento, observando-se o rito prescrito neste
comandante da subunidade, ou autoridade correspondente, código.
encaminhará ao comandante, ou chefe competente, uma parte Designação de advogado
acompanhada do inventário. § 6º Em caso de condenação do acusado, o Juiz-Auditor fará
Lavratura de termo de deserção expedir, IMEDIATAMENTE, a devida comunicação à autoridade
§ 3º Recebida a parte de que trata o parágrafo anterior, fará competente, para os devidos fins e efeitos legais.
o comandante, ou autoridade correspondente, lavrar o termo de Audição de testemunhas
deserção, onde se mencionarão TODAS AS § 7º Sendo ABSOLVIDO o acusado, ou se este já tiver
CIRCUNSTÂNCIAS DO FATO. Esse termo poderá ser lavrado cumprido a pena imposta na sentença, o Juiz-Auditor
por UMA PRAÇA, ESPECIAL OU GRADUADA, e será providenciará, SEM DEMORA, para que seja posto em
assinado pelo comandante E por duas testemunhas idôneas, de liberdade, mediante ALVARÁ DE SOLTURA, se por outro
preferência OFICIAIS. motivo não estiver preso.
Exclusão do serviço ativo, agregação e remessa à auditoria Vista dos autos
§ 4º Consumada a deserção de praça especial ou praça sem 8º O curador ou advogado do acusado terá vista dos autos
estabilidade, será ela imediatamente excluída do serviço ativo. Se para examinar suas peças e apresentar, dentro do PRAZO DE
praça estável será agregada, fazendo-se, em ambos os casos, TRÊS DIAS, as razões de defesa.
publicação, em boletim ou documento equivalente, do termo de Dia e hora do julgamento
deserção e remetendo-se, em seguida, os autos à auditoria 9º Voltando os autos ao presidente, designará este dia e hora
competente. para o julgamento.
Arquivamento do termo de deserção Interrogatório
Art. 457. Recebidos do comandante da unidade, ou da 10. Reunido o Conselho, será o acusado interrogado, em
autoridade competente, o termo de deserção e a cópia do boletim, PRESENÇA DO SEU ADVOGADO, ou CURADOR se for
ou documento equivalente que o publicou, acompanhados dos menor, assinando com o advogado ou curador, após os juízes, o
demais atos lavrados e dos assentamentos, o Juiz-Auditor mandará auto de interrogatório, lavrado pelo escrivão.
autuá-los e dar vista do processo, por CINCO DIAS, ao Defesa oral
procurador, que requererá o que for de direito, aguardando-se a 11. Em seguida, feita a leitura do processo pelo escrivão, o
captura ou apresentação voluntária do desertor, se nenhuma presidente do Conselho dará a palavra ao advogado ou curador do
formalidade tiver sido omitida, ou após o cumprimento das acusado, para que, dentro do PRAZO MÁXIMO DE TRINTA
diligências requeridas MINUTOS, apresente defesa oral, passando o Conselho a
Inspeção de saúde funcionar, desde logo, em SESSÃO SECRETA.
§ 1º O desertor SEM ESTABILIDADE que se apresentar ou Comunicação de sentença condenatória ou alvará de
for capturado DEVERÁ ser submetido à inspeção de saúde e, soltura
quando julgado APTO para o serviço militar, SERÁ 12. Terminado o julgamento, se o acusado for
REINCLUÍDO. CONDENADO, o presidente do Conselho fará expedir
§ 2º A ata de inspeção de saúde será remetida, com imediatamente a devida comunicação à autoridade competente; e,
URGÊNCIA, à auditoria a que tiverem sido distribuídos os autos, se for ABSOLVIDO ou já tiver cumprido o tempo de prisão que
para que, em caso de incapacidade definitiva, seja o desertor sem na sentença lhe houver sido imposto, providenciará, sem demora,
estabilidade isento da reinclusão e do processo, sendo os autos para que o acusado seja, mediante alvará de soltura, POSTO EM
ARQUIVADOS, após o pronunciamento do representante do LIBERDADE, se por outro motivo não estiver preso. O relator,
Ministério Público Militar. no prazo de QUARENTA E OITO HORAS, redigirá a sentença,
Reinclusão que será assinada por TODOS os juízes.
§ 3º Reincluída que a PRAÇA ESPECIAL OU A
PRAÇA SEM ESTABILIDADE, ou procedida à reversão da CAPÍTULO V
PRAÇA ESTÁVEL, o comandante da unidade providenciará, DO PROCESSO DE CRIME DE INSUBMISSÃO
COM URGÊNCIA, sob pena de responsabilidade, a remessa à Lavratura de termo de insubmissão
auditoria de CÓPIA do ato de reinclusão ou do ato de reversão. O Art. 463. Consumado o crime de insubmissão, o comandante,
Juiz-Auditor determinará sua juntada aos autos e deles dará vista, ou autoridade correspondente, da unidade para que fora designado
por CINCO DIAS, ao procurador que requererá o arquivamento, o insubmisso, fará lavrar o termo de insubmissão,
ou o que for de direito, ou oferecerá denúncia, se nenhuma circunstanciadamente, com indicação, de nome, filiação,
formalidade tiver sido omitida, ou após o cumprimento das naturalidade e classe a que pertencer o insubmisso e a data em
diligências requeridas que este deveria apresentar-se, sendo o termo assinado pelo
Substituição por impedimento referido comandante, ou autoridade correspondente, e por duas
testemunhas idôneas, podendo ser impresso ou datilografado. ﴾O
termo é um documento INDISPENSÁVEL para o oferecimento
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da denúncia﴿. OBS: O STM já firmou entendimento no sentido de
que a ausência dessa comprovação – termo de insubmissão-
resultará no arquivamento dos autos.
Arquivamento do termo. 1º O termo, juntamente com os demais
documentos relativos à insubmissão, tem o caráter de instrução
provisória, destina-se a fornecer os elementos necessários à
propositura da ação penal e é o instrumento legal autorizador da
captura do insubmisso, para efeito da incorporação.
Inclusão do insubmisso
§ 2º O comandante ou autoridade competente que tiver
lavrado o termo de insubmissão remetê-lo-á à auditoria,
acompanhado de cópia autêntica do documento hábil que
comprove o conhecimento pelo insubmisso da data e local de sua
apresentação, e demais documentos.
Procedimento
§ 3º Recebido o termo de insubmissão e os documentos que o
acompanham, o Juiz-Auditor determinará sua atuação e dará vista
do processo, POR CINCO DIAS, ao procurador, que requererá o
que for de direito, aguardando-se a captura ou apresentação
voluntária do insubmisso, se nenhuma formalidade tiver sido
omitida ou após cumprimento das diligências requeridas.
Menagem e inspeção de saúde
Art. 464. O insubmisso que se apresentar ou for capturado
TERÁ O DIREITO ao quartel por menagem e será submetido à
inspeção de saúde. Se INCAPAZ, ficará ISENTO DO
PROCESSO E DA INCLUSÃO.
Remessa ao Conselho da unidade
§ 1º A ATA DE INSPEÇÃO de saúde será, pelo
comandante da unidade, ou autoridade competente, remetida, com
urgência, à auditoria a que tiverem sido distribuídos os autos, para
que, em caso de incapacidade para o serviço militar, sejam
arquivados, após pronunciar-se o Ministério Público Militar.
Liberdade do insubmisso
§ 2º INCLUÍDO o insubmisso, o comandante da unidade, ou
autoridade correspondente, providenciará, com urgência, a
remessa à auditoria de cópia do ato de inclusão. O Juiz-Auditor
determinará sua juntada aos autos e deles dará vista, por CINCO
DIAS, ao procurador, que poderá requerer o arquivamento, ou o
que for de direito, ou oferecer denúncia, se nenhuma formalidade
tiver sido omitida ou após o cumprimento das diligências
requeridas.
§ 3º O insubmisso que NÃO FOR JULGADO no prazo de
SESSENTA DIAS, a contar do dia de sua apresentação voluntária
ou captura, sem que para isso tenha dado causa, será POSTO EM
LIBERDADE.
Equiparação ao processo de deserção
Art. 465. Aplica-se ao processo de insubmissão, para sua
instrução e julgamento, o disposto para o processo de deserção,
previsto nos §§ 4º, 5º, 6º e 7º do art. 457 deste código.

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