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Aula 03

MP-AM - Lei Orgânica MP-AM - 2022


(Pré-Edital)

Autor:
Tiago Zanolla

16 de Dezembro de 2022
Tiago Zanolla
Aula 03

Índice
1) Das Garantias Dos Membros
..............................................................................................................................................................................................3

2) Das Prerrogativas Aos Membros


..............................................................................................................................................................................................
14

3) Das Garantias e Prerrogativas - Questões Comentadas


..............................................................................................................................................................................................
21

4) Das Garantias e Prerrogativas - Lista de Questões


..............................................................................................................................................................................................
25

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DAS GARANTIAS DOS MEMBROS


Comecemos com a disposição constitucional:

Art. 128 [...] § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada
aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o
estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por
sentença judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão
colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, assegurada ampla defesa;
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto
nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I;

A Lei orgânica estadual repete a mesma disposição:

Art. 112. Os membros do Ministério Público como agentes políticos sujeitam-se a regime jurídico especial e
têm as seguintes garantias:
I - vitaliciedade, após (02) dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial
transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do Conselho Superior, por voto
de 2/3 (dois terços) de seus membros, assegurada ampla defesa;
III - irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 271 desta Lei, e ressalvado o disposto no arts. 37, X
e XI, 150, II, 153, III, § 2º, I, da Constituição Federal.

Antes de analisarmos as garantias, acredito que seja necessário chamar a atenção para um aspecto que
para mim é muito caro. Dentre as garantias elencadas acima, desde o início do exercício, o membro
do MP goza da inamovibilidade e da irredutibilidade dos subsídios, pois a vitaliciedade só é adquirida
após dois anos de efetivo exercício.

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Q01. (COMPERVE – 2017 – MPE-RN) Aos Membros do Ministério Público são conferidas garantias
constitucionais, para que eles sirvam à coletividade com segurança e, assim, atinjam a plenitude nos
seus importantes misteres constitucionais.

Dentre essas garantias, destaca-se a

a) vitaliciedade, adquirida após dois anos de exercício do cargo.

b) independência funcional de seus membros.

c) inamovibilidade, mesmo diante de interesse público.

d) exclusividade do controle externo da atividade policial.

Comentários

Eu gosto muito dessa questão, pois ela avalia a atenção do candidato.

O enunciado pede que se marque uma GARANTIA dos membros do MP.

Daí que a única opção é a LETRA A.

A letra B trata de um princípio.

A letra C é uma garantia, mas a inamovibilidade pode ser descaracterizada pelo interesse público.

A Letra D trata de uma função do MP que é do controle externo da atividade policial, mas não é exclusive
e nem é uma garantia.

GABARITO: Letra A

VITALICIEDADE

O cargo inicial é provido por nomeação em caráter vitalício, entretanto, a vitaliciedade é adquirida após
dois anos de efetivo exercício.

A vitaliciedade é uma garantia de que dispõem os membros do Ministério Público de só perderem o


cargo em razão de sentença judicial transitada em julgado. Nesse caso, não basta processo
administrativo, é necessário que seja ajuizada ação civil para a perda do cargo com esta e única
exclusiva finalidade.

§ 1.º O membro vitalício do Ministério Público somente perderá o cargo, por sentença judicial transitada em
julgado, proferida em ação civil própria, nos seguintes casos:
I - prática de crime incompatível com o exercício do cargo, após decisão judicial transitada em julgado;
II - exercício da advocacia;

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III - abandono do cargo por prazo superior a 30 (trinta) dias corridos.


§ 2.º A ação civil para a decretação da perda do cargo dos membros vitalícios será proposta pelo Procurador-
Geral de Justiça perante o Tribunal de Justiça, após autorização do Colégio de Procuradores.
§ 3.º Por motivo de interesse público, o Conselho Superior do Ministério Público poderá determinar, pelo
voto de 2/3 (dois terços) de seus integrantes, o afastamento cautelar de membro do Ministério Público,
durante o curso da ação ou do processo administrativo, sem prejuízo de seus vencimentos.
Art. 113. A perda da vitaliciedade prevista no inciso I, do artigo anterior, obedecerá ao procedimento e as
formalidades desta Lei.

O ato de vitaliciamento é um ato administrativo, portanto, está sujeito ao controle de


legalidade pelo Conselho Nacional do Ministério Público.

INAMOVIBILIDADE

A inamovibilidade impede que o membro do MP seja removido compulsoriamente do seu local de


atuação para outro.

Ex: Dart Veiderson é promotor em Curitiba. Por estar exercendo com rigor suas funções, acabou denunciando
o prefeito municipal. Por coincidência, o prefeito é amigo de infância do Procurador-Geral de Justiça. O
prefeito, pede ao PGJ que o promotor seja transferido para Cascavel, no interior do estado. Se não fosse pela
garantia da inamovibilidade, Dart Veiderson poderia ser removido para exercer suas funções em outra
localidade.

Essa não é uma garantia absoluta. O membro do MP pode ser removido compulsoriamente (ex officio)
por motivo de interesse público, mediante deliberação da maioria absoluta do Conselho Superior
competente, assegurada a ampla defesa do membro.

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Há incompatibilidade entre o disposto na Constituição Federal e na Lei Complementar n.


11/93 acerca da forma da desconsideração da inamovibilidade.

LEI ESTADUAL - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão
do Conselho Superior, por voto de 2/3 (dois terços) de seus membros.

CF 88 – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão


colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, assegurada ampla defesa;

  Prevalece o comando constitucional de maioria absoluta.

Imagine que para burlar a inamovibilidade, a promotoria de justiça local fosse extinta. Nessa hipótese,
a LOMP prevê que o membro pode optar em ser removido para outra promotoria ou ficar em
disponibilidade com vencimentos integrais (subsídios).

Art. 114. Em caso de extinção do órgão de execução, da Comarca ou mudança da sede da Promotoria de
Justiça, será facultado ao Promotor de Justiça remover-se para outra Promotoria de igual entrância ou
categoria, ou obter a disponibilidade com vencimentos integrais e a contagem do tempo de serviço como se
estivesse em exercício.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo aplicam-se os direitos e vedações dispostos nos parágrafos
do Art. 326, desta Lei.

IRREDUTIBILIDADE DOS SUBSÍDIOS (ou vencimentos)

O que é subsídio? É forma de contraprestação pecuniária fixado em parcela única, vedado o acréscimo
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória.

É uma garantia financeira conferida aos membros do MP. Semelhantemente ao que acontece com os
magistrados, os membros do MP não podem ter seus subsídios reduzidos.

EX. Digamos que os membros do MP tenham subsídio de R$ 23.000 e, em virtude da situação política, o
legislativo decida reduzir esse valor para R$ 15.000. Diante da garantia da “irredutibilidade dos subsídios”,
esse ato é inconstitucional.

Chamo especial atenção ao fato que se trata de uma irredutibilidade nominal (aquele que figura
escrito).

Ex. Digamos que os membros do MP tenham subsídio de R$ 23.000 e neste ano a inflação seja de 5%. A
inflação representa a queda do poder aquisitivo do dinheiro (ou seja, o dinheiro “vale menos”). Nesse caso, os

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membros do MP tem direito a reposição inflacionária? Não, pois a irredutibilidade NÃO É REAL, é apenas
nominal.

O dispositivo da CF acerca da irredutibilidade faz menção a alguns itens (do art. 39, § 4º, e ressalvado o
disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I;))

FORMA DE REMUNERAÇÃO POR SUBSÍDIO É OBRIGATÓRIA

Art. 39. § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado
o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
==d8eaf==

ALTERAÇÃO DO SUBSÍDIO É POR MEIO DE LEI

Art. 37. [...]

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser
fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão
geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

O SUBSÍDIO DOS MINISTROS DO STF É PARADIGMA

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração


direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os
proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o
subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o
subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no
âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e
aos Defensores Públicos;

Sobre a redução pelo teto do funcionalismo público (subsídio dos ministros do STF), a LONMP
determina que dentro do MP, a “remuneração” dos membros é limitada pelos valores recebidos pelo
PGJ.

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Art. 77. No âmbito do Ministério Público, para os fins do disposto no art. 37, inciso XI, da Constituição Federal,
ficam estabelecidos como limite de remuneração os valores percebidos em espécie, a qualquer título, pelo
Procurador-Geral de Justiça.

PROIBIÇÃO DE TRIBUTAÇÃO DIFERENTE

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios:

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

O IMPOSTO SOBRE O SUBSÍDIO É REGULAMENTADO PELA UNIÃO

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

III - renda e proventos de qualquer natureza;

§ 2º O imposto previsto no inciso III:

I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da


lei;

Vale lembrar que a irredutibilidade não veda:

 Redução pelo teto do subsídio dos Ministros do STF (Valores recebidos a título de
INDENIZAÇÃO não se submetem ao teto do serviço público);
 Deduções legais (IRRF, Contribuições Previdenciárias etc.)
 Descontos judiciais;
 Descontos autorizados;

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 A vitaliciedade somente será alcançada após dois anos de efetivo exercício.


 Estágio probatório (também chamado de período de vitaliciamento) é o período
dos dois primeiros anos de efetivo exercício do cargo pelo membro do Ministério
Público.
 Compete ao Conselho Superior do MP decidir sobre o estágio probatório;
 É adquirida no cargo inicial de cada carreira;
VITALICIEDADE  Confere aos membros maior segurança e liberdade no exercício de suas funções;
 Não é considerado um privilégio aos membros do MP, nem fere a isonomia com
os demais servidores públicos;
 Cabe ao PGJ promover a ação específica para a perda do cargo;
 A propositura de ação para perda de cargo, quando decorrente de proposta do
Conselho Superior depois de apreciado o processo administrativo, acarretará o
afastamento do membro do Ministério Público do exercício de suas funções.

 Impede que os membros sejam removidos compulsoriamente;

 Os membros podem ser removidos por iniciativa própria;

INAMOVIBILIDADE  Não é uma garantia absoluta;

 É permitida por interesse público, por voto da maioria absoluta do Conselho


Superior, assegurada ampla defesa

 Garantia financeira conferida aos membros do MP. Semelhantemente ao


que acontece com os magistrados, os membros do MP não podem ter seus
subsídios reduzidos.
 A irredutibilidade não é real, mas apenas nominal, não garante reajuste
IRREDUTIBILIDADE periódico (entendimento do STF)!
DOS SUBSÍDIOS
 Há redução pelo Teto do subsídio dos Ministros do STF e deduções legais
(IRRF e Contribuições Previdenciárias)
 Valores recebidos a título de INDENIZAÇÃO não se submetem ao teto do
serviço público.

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Q02. (FGV – 2017 – ALERJ) CWW, político de grande prestígio em certo Município do Estado, não
concordava com a forma de atuação do Promotor de Justiça da Comarca, já que ela resultara no
ajuizamento de diversas ações que estavam comprometendo a sua imagem. O caso foi levado ao
conhecimento do Procurador-Geral de Justiça, que recebeu de CWW a solicitação de que o Promotor
de Justiça, titular há vários anos na Comarca, fosse dela removido compulsoriamente.

À luz dos dados fornecidos e da sistemática constitucional, é correto afirmar que a solicitação formulada:

a) deve ser apreciada pelo órgão colegiado competente, que só pode deferi-la por motivo de interesse
público;

b) jamais poderia ser atendida, pois a ordem constitucional assegura a garantia da inamovibilidade;

c) poderia ser livremente apreciada pelo Procurador-Geral de Justiça, Chefe do Ministério Público estadual;

d) deveria ser endereçada diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público, único órgão
competente para apreciá-la;

e) é livremente apreciada pelo órgão ao qual a normatização infraconstitucional atribuiu competência.

COMENTÁRIOS

Se você marcou letra B, lamento, mas esse não é o gabarito. Essa opção restou prejudicada pela expressão
“jamais poderia ser atendida”. Isso dá a impressão que é uma garantia absoluta, quando sabemos que não
é.

Assim, a opção correta é a letra A, que sinaliza que deve ser apreciada pelo órgão colegiado competente,
que só pode deferi-la por motivo de interesse público;

GABARITO: Letra A

Q03. (FCC - 2015 - CNMP) Os membros do Ministério Público brasileiro têm as seguintes garantias:

a) apenas, vitaliciedade e inamovibilidade.

b) vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios.

c) apenas, estabilidade e inamovibilidade.

d) vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos proporcional ao tempo de serviço.

e) estabilidade, inamovibilidade do cargo e subsídio proporcional ao dos Ministros do Supremo Tribunal


Federal.

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Os membros gozam das garantias da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios.

GABARITO: Letra B

Q04. (FCC - 2007 - MPU - ADAPTADA) A remoção de ofício dos membros do Ministério Público, nos
termos constitucionais

a) ocorrerá somente por motivo de interesse público, mediante decisão do Conselho Superior, pelo voto
da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa.

b) é totalmente vedada pela Constituição Federal, em virtude da garantia da inamovibilidade, que se


destina a proteger a função de seus agentes políticos.

c) ocorrerá em virtude de conveniência do serviço, mediante autorização expressa do Conselho Superior


do Ministério Público Federal.

d) somente será admitida por interesse do serviço, exigidas a anuência do interessado e a autorização do
Corregedor-Geral.

e) poderá ocorrer, por motivo de conveniência e oportunidade, mediante decisão do Colégio dos
Procuradores da República, pelo voto de dois terços de seus membros.

COMENTÁRIOS

A inamovibilidade não é uma garantia absoluta. Nos termos da Constituição Federal, o membro do MP
pode ser removido compulsoriamente (ex officio) por motivo de interesse público, mediante deliberação
da maioria absoluta do Conselhos Superior competente, assegurada a ampla defesa do membro.

GABARITO: Letra A

Q05. (INSTITUTO AOCP - 2014 - MPE-BA - ADAPTADA) Os membros do Ministério Público possuem
como uma das garantias a vitaliciedade e esta será adquirida

a) após 1 (um) ano de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em
julgado.

b) após 2 (dois) anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em
julgado.

c) após 3 (três) anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em
julgado.

d) após 5 (cinco) anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em
julgado.

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e) após 10 (dez) anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em
julgado.

COMENTÁRIOS

A vitaliciedade é adquirida após dois anos de efetivo exercício, não podendo perder o cargo senão por
sentença judicial transitada em julgado.

GABARITO: Letra B

Q06. (VUNESP - 2018 - MPE-SP) Poliana é Promotora de Justiça, que já conta com a garantia da
vitaliciedade, e praticou a advocacia durante o exercício do cargo, conduta esta que tem como pena
prevista na Lei Federal n° 8.625/1993 a perda do cargo, que ocorrerá por sentença judicial transitada
em julgado, proferida em ação própria. Nessa hipótese, a referida Lei estabelece que a perda do cargo
de Poliana se dará, na forma da Lei Orgânica, por meio de

a) ação de improbidade administrativa proposta pelo Procurador de Justiça competente perante o Superior
Tribunal de Justiça, após autorização do Conselho Nacional do Ministério Público.

b) ação civil proposta pelo Procurador-Geral de Justiça perante o Tribunal de Justiça local, após autorização
do Conselho Superior do Ministério Público.

c) ação de improbidade administrativa proposta pelo Procurador-Geral de Justiça perante o juiz cível
competente, após autorização do Colégio de Procuradores.

d) ação civil proposta pelo Procurador-Geral de Justiça perante o Tribunal de Justiça local, após autorização
do Colégio de Procuradores.

e) ação criminal proposta pelo Procurador-Geral de Justiça perante o juízo criminal competente, após
autorização do Conselho Nacional do Ministério Público.

COMENTÁRIOS

O membro vitalício só pode perder o cargo por sentença judicial transitada em julgada em ação proposta
pelo PGJ perante o TJ local, após autorização do Colégio de Procuradores.

GABARITO: Letra D

Q07. (FGV - 2014 - MPE-RJ) Certo Promotor de Justiça, um ano após a sua posse, obtém a titularidade
de uma Promotoria de Justiça. Insatisfeito com a sua atuação, o Procurador-Geral de Justiça decide
removê-lo do órgão de execução. É correto afirmar que:

a) somente os membros do Ministério Público vitalícios possuem a garantia da inamovibilidade, indicativo


de que o Procurador-Geral de Justiça pode removê-lo para órgão diverso;

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b) a garantia da inamovibilidade alcança todos os membros do Ministério Público, vitalícios ou não, de


modo que a remoção involuntária somente pode ser determinada em processo judicial;

c) a inamovibilidade não obsta a remoção compulsória, desde que determinada pelo Procurador-Geral de
Justiça, a partir de autorização do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça;

d) a remoção compulsória somente pode ser determinada pelo Conselho Superior do Ministério Público,
desde que tal seja requerido pelo Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça;

e) a inamovibilidade pode ser excepcionada pelo interesse público, desde que tal seja reconhecido pelo
Conselho Superior do Ministério Público, em processo administrativo regular.

COMENTÁRIOS

Vamos analisar uma a uma:

LETRA A - Errada. Os membros em estágio probatório também gozam da inamovibilidade.

LETRAS B, C e D - Errada. A remoção ex officio (involuntária) pode ser determinada por voto da maioria
absoluta do Conselho Superior do MP por motivo de interesse público.

LETRA E - Correta.

GABARITO: Letra E

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DAS PRERROGATIVAS AOS MEMBROS


Prerrogativas são uma espécie de vantagens que determinadas pessoas possuem. No caso dos
membros do Ministério Público, essas “vantagens” são decorrentes do cargo público.

As prerrogativas dividem-se em duas:

 Prerrogativas dos membros  “vantagens” conferidas em qualquer situação.


 Prerrogativas dos membros no exercício das funções  Como o próprio nome indica, são
“vantagens’ no exercício das funções.

São várias as prerrogativas. O primeiro passo é memorizá-las:

Art. 115. Os membros do Ministério Público serão processados e julgados originariamente pelo Tribunal de
Justiça, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.
Art. 116. Além das garantias asseguradas pela Constituição, os membros do Ministério Público gozarão das
seguintes prerrogativas;
I - receber o mesmo tratamento jurídico e protocolar dispensado aos membros do Poder Judiciário junto aos
quais oficiarem;
II - usar as vestes talares e as insígnias privativas do Ministério Público, que terão seu modelo fixado por ato
do Procurador-Geral de Justiça;
III - tomar assento imediatamente à direita e no mesmo plano dos Juízes de primeira instância ou do
Presidente do Tribunal, Câmara ou Turma, onde desempenhar suas funções;
IV - ter vista dos autos após distribuição às Varas, Turmas, Câmaras e intervir nas sessões de julgamento de
processos que lhe forem afetos, para sustentação oral ou esclarecimento de matéria de fato;
V - receber intimação pessoal em qualquer processo e grau de jurisdição, através da entrega dos autos com
vista, sob pena de nulidade;
VI - ser ouvido, como testemunha ou ofendido, em qualquer processo ou inquérito, em dia, hora e local
previamente ajustados com o Juiz ou com a autoridade competente;
VII - não estar sujeito a intimação ou convocação para comparecimento, exceto se expedido pela autoridade
judicial ou por órgão de Administração Superior do Ministério Público competente, ressalvadas as hipóteses
constitucionais e obedecido o disposto no inciso VI, deste artigo;
VIII - não ser preso, senão por ordem judicial escrita salvo em flagrante de crime inafiançável, caso em que a
autoridade, sob pena de responsabilidade, fará imediata comunicação e apresentação do membro do
Ministério Público ao Procurador Geral de Justiça;

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IX - ser custodiado ou recolhido à prisão domiciliar à sala especial do Estado Maior, por ordem e a disposição
do Tribunal competente, quando sujeito a prisão antes do julgamento e, após o julgamento, se condenado,
permanecerem dependência separada do presídio;
X - gozar de inviolabilidade pelas opiniões que externa ou pelo teor de suas manifestações processuais ou
procedimentais, nos limites de sua independência funciona;
XI - ingressar e transitar livremente;
a) nas salas de sessões dos Tribunais, mesmo além dos limites que separam a parte reservada aos
magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, tabelionatos, ofícios de Justiça, inclusive
dos registros públicos, delegacias de polícia e estabelecimentos de internação coletiva;
c) em qualquer recinto público ou privado, ressalvada a garantia constitucional de inviolabilidade de
domicilio, onde deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício de suas funções;
XII - examinar, em qualquer Juízo ou Tribunal, autos de processos findos ou em andamento, ainda que
conclusos à autoridade, podendo copiar peças, tomar apontamentos e adotar outras providências;
XIII - examinar, em qualquer repartição policial, autos de flagrante ou inquérito, findos ou em andamento,
ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças, tomar apontamentos e adotar outras providências;
XIV - ter acesso ao indiciado preso, a qualquer momento, mesmo quando decretada a sua
incomunicabilidade;
XV - agir em Juízo ou fora dele com dispensa de emolumentos e custas, quando no exercício de suas funções;
XVI - exercer os direitos à livre associação sindical e de greve, nos termos do art. 37, incisos VI e VII, da
Constituição Federal;
XVII - ter acesso a quaisquer documentos ou registros relativos à atividade policial;
XVIII - requisitar à autoridade competente a abertura de sindicância ou inquérito sobre a omissão ou fato
ilícito ocorridos no exercício da atividade policial, acompanhar as investigações e produzir provas;
XIX - requisitar informações, a serem prestadas em 48 (quarenta e oito) horas sobre inquérito policial não
ultimado no prazo legal, podendo requisitar a imediata remessa do dito procedimento, no estado em que se
encontra;
XX - ter assegurado o direito de acesso, retificação e complementação dos dados e informações relativas a
sua pessoa, existentes nos órgãos de Instituição.
Parágrafo único. Quando, no curso de investigações, houver indicio de prática de infração penal por
membro do Ministério Público, a autoridade policial civil ou militar, remeterá imediatamente, sob pena de
responsabilidade, os respectivos autos ao Procurador-Geral de Justiça, a quem compete dar prosseguimento
à apuração.
Art. 117. Aos membros do Ministério Público, no exercício ou em razão das funções de seus cargos serão
assegurados:
I - o uso de Carteira de Identidade Funcional, expedida pelo Procurador-Geral de Justiça, valendo em todo o
território nacional como cédula de identidade e porte de arma, independentemente de qualquer ato formal
de autorização ou registro;

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II - a prestação de auxílio ou colaboração por parte das autoridades administrativas, policiais e seus agentes,
sempre que lhes for solicitado;
III - dispor, nas comarcas onde servir de instalações próprias e condignas, no edifício do foro;
Parágrafo único. Ao membro do Ministério Público aposentado é assegurada, em razão das funções que
exerceu, Carteira de Identidade Funcional, expedida em modelo próprio.

Algumas dessas prerrogativas merecem destaque:

Ser ouvido, como testemunha ou ofendido, em qualquer processo ou inquérito, em dia, hora e local
previamente ajustados com o Juiz ou a autoridade competente.

A LOMP não estabelece prazo para que o membro seja ouvido, o que poderia levar a entender que o
membro teria total liberada para escolher quando queria ser ouvido.
==d8eaf==

Entretanto, o STF entende que o membro tem o prazo de 30 dias, contados de sua intimação. Se
ultrapassado, o membro perde o direito de exercer a prerrogativa.

[AP 421] Passados mais de trinta dias sem que a autoridade que goza da prerrogativa prevista no caput
do art. 221 do Código de Processo Penal tenha indicado dia, hora e local para a sua inquirição ou,
simplesmente, não tenha comparecido na data, hora e local por ela mesma indicados, como se dá na
hipótese, impõe-se a perda dessa especial prerrogativa, sob pena de admitir-se que a autoridade
arrolada como testemunha possa, na prática, frustrar a sua oitiva, indefinidamente e sem justa causa.
Questão de ordem resolvida no sentido de declarar a perda da prerrogativa prevista no caput do art.
221 do Código de Processo Penal, em relação ao parlamentar arrolado como testemunha que, sem justa
causa, não atendeu ao chamado da justiça, por mais de trinta dias.

Vale ressaltar que essa prerrogativa existe para preservar o exercício da


função pública quando membro figure como vítima ou testemunha. Caso
figure como réu ou investigado, a prerrogativa não é aplicável.

Ser preso somente por ordem judicial escrita, salvo em flagrante de crime inafiançável, caso em
que a autoridade fará, no prazo máximo de vinte e quatro horas, a comunicação e a apresentação
do membro do Ministério Público ao Procurador-Geral de Justiça.

O membro só pode ser preso por ordem judicial escrita ou no caso de flagrante por crime inafiançável.
Em ambas as hipóteses, a autoridade deverá comunicar e apresentar o membro do MP ao PGJ no prazo
máximo de 24 horas.

E quando sujeito a prisão antes do julgamento final, ser custodiado ou recolhido à prisão domiciliar
ou à sala especial de Estado Maior, por ordem e à disposição do Tribunal competente

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Ser processado e julgado originariamente pelo Tribunal de Justiça de seu Estado, nos crimes
comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

É o que chamamos de prerrogativa de foro.

O Tribunal tem competência originária para JULGAMENTO DE AUTORIDADES, dividido em crimes


comuns e crimes de responsabilidade. Em síntese, crimes comuns são crimes “normais”, pode ser
roubo, homicídio etc.

Já os crimes de responsabilidade são aqueles previstos na Lei n. 1.079/1950. Basicamente são:

 Crimes contra a existência da União;


 Crimes contra o livre exercício dos poderes constitucionais;
 Crimes contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
 Crimes contra a segurança interna do país;
 Crimes contra a probidade na administração;
 Crimes contra a lei orçamentária;
 Crimes contra a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos; e
 Crimes contra o cumprimento das decisões judiciária.

Além disso, quando o crime é eleitoral, a competência para julgar e processar é da JUSTIÇA
ELEITORAL.

Art. 96. Compete privativamente:

III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os
membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral.

Receber o mesmo tratamento jurídico e protocolar dispensado aos membros do Poder Judiciário.

Basicamente, os membros do Ministério Público dos Estados atuam perante os juízes de direito (1º
Grau) e Desembargadores (2º Grau).

Assim, o recebimento que o membro receberá depende do órgão do judiciário perante o qual atuem (na
prática não é muito diferente).

Receber intimação pessoal em qualquer processo e grau de jurisdição, através da entrega dos autos
com vista.

Vale lembrar que o termo “intimação pessoal” não quer dizer que os autos devam ser entregues ao
membro que assinou a peça inaugural. O que o termo significa é que a intimação deve ser formalizada

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foi ciência pessoal de do Ministério Público, não necessariamente na pessoa de algum membro
especificadamente, ou seja, não há intimação pelo Diário Oficial ou Diário da Justiça Eletrônica.

Gozar de inviolabilidade pelas opiniões que externar ou pelo teor de suas manifestações
processuais ou procedimentos, nos limites de sua independência funcional.

Essa é a tal da “imunidade” pelas opiniões. Assim, o membro pode, por exemplo, denunciar uma pessoa,
imputando a ela um crime e se essa prática criminal não for comprovada e o réu absolvido, o membro
do MP não responde por isso.

Q08. (MPE-PR – 2017 – MPE-PR - ADAPTADA) Analise as assertivas abaixo:

Constituem prerrogativas do membro do Ministério Público:

I. Ter acesso a indiciado preso, a qualquer momento, ressalvada a decretação da incomunicabilidade do


preso.

II. Ingressar e transitar livremente na sala das sessões dos Tribunais, exceto na parte reservada aos
Magistrados.

III. Ser investigado pelo órgão competente do Tribunal de Justiça, quando praticar infração penal.

IV. Não ser preso senão por ordem judicial escrita e fundamentada, salvo em flagrante de crime
inafiançável, caso em que a autoridade, sob pena de responsabilidade e relaxamento da prisão, fará
imediata comunicação e apresentação do membro do Ministério Público ao Procurador-Geral de Justiça.

a) Somente a assertiva I está correta.

b) Somente as assertivas II e IV estão corretas.

c) Somente as assertivas III e V estão corretas.

d) Somente as assertivas II e V estão corretas.

e) Somente a assertiva IV está correta.

COMENTÁRIOS

ALTERANTIVA I – ERRADA. O membro do MP tem acesso ao preso mesmo quando este estiver
incomunicável.

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ALTERANTIVA II – ERRADA. O membro tem trânsito livre inclusive na parte reservada aos Magistrados.

ALTERANTIVA III – ERRADA. A apuração compete ao PGJ.

ALTERANTIVA IV – CORRETA. Na questão em específica, a única opção viável é a ALTERANTIVA IV, pois
todas as demais estão erradas.

GABARITO: Letra E

Q09. (MPE-RS – 2016 – MPE-RS) Assinale a alternativa INCORRETA quanto às prerrogativas dos
membros do Ministério Público, no exercício da função:

a) ter acesso ao indiciado preso, a qualquer momento, desde que ainda não decretada a sua
incomunicabilidade.

b) receber intimação pessoal em qualquer processo e grau de jurisdição, através da entrega dos autos com
vista.

c) examinar, em qualquer repartição policial, autos de flagrante ou de inquérito, findos ou em andamento,


ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos.

d) ingressar e transitar livremente nas salas de sessões de Tribunais, mesmo além dos limites que separam
a parte reservada aos Magistrados.

e) tomar assento à direita dos Juízes de primeira instância ou do Presidente do Tribunal, Câmara ou Turma.

COMENTÁRIOS

A opção A está incorreta, pois, o membro do MP tem acesso ao indiciado preso, a qualquer momento,
mesmo que decretada a sua incomunicabilidade.

GABARITO: Letra A

Q10. (MPE –GO – 2014 – MPE-GO) Acerca das garantias e prerrogativas dos membros do Ministério
Público, aponte a alternativa incorreta:

a) O membro do Ministério, arrolado como testemunha em qualquer inquérito ou processo, tem o direito
ao ajuste prévio, com a autoridade processante, do dia, da hora e do local de comparecimento para ser
ouvido. Como essa prerrogativa existe para preservar o exercício da função pública, a jurisprudência firmou
o entendimento de sua aplicação ao membro que figure como réu ou investigado;

b) Caso o crime venha a ser cometido em outro Estado, as investigações e o processo-crime serão
conduzidos pelo Procurador-Geral de Justiça e pelo Tribunal de Justiça do Estado onde o investigado é
membro do Ministério Público;

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c) É prerrogativa do membro do Ministério Público não ser indiciado em inquérito policial;

d) Nas infrações penais cometidas por membros do Ministério Público, as investigações serão diretamente
presididas pelo Procurador-Geral de Justiça, não havendo qualquer impedimento legal de que este último
designe, para aquele mesmo fim, outro membro da instituição.

COMENTÁRIOS

A opção A está incorreta, pois, tal prerrogativa somente se aplica quando o membro for testemunha ou
vítima.

GABARITO: Letra A

Q11. (FGV – 2013 – MPE-MS) Assinale a alternativa que indica a prerrogativa de um membro do
Ministério Público.

a) ingressar e transitar livremente nas salas de sessões dos Tribunais, exceto além dos limites que separam
a parte reservada aos magistrado

b) Exercer advocacia pública, sem cobrança de honorários e em defesa de hipossuficientes.

c) Ser ouvido como testemunha, em local, hora e dia assinalados pela autoridade judicial.

d) Exercer qualquer outra função pública, inclusive a de magistério, desde que em disponibilidade.

e) ter acesso a quaisquer documentos ou registros relativos à atividade policial;

COMENTÁRIOS

LETRA A - Errada. Ingressar e transitar livremente nas salas de sessões dos Tribunais, mesmo além dos
limites que separam a parte reservada aos magistrado

LETRA B - Errada. É vedado exercer qualquer forma de atividade advocatícia.

LETRA C - Errada. Quando chamado como testemunha ou ofendido, o membro do MP escolhe o dia para
ser ouvido pelo Juiz. (Segundo o STF, o membro tem o prazo de 30 dias para isso, após, perde tal
prerrogativa).

LETRA D - Errada. É vedado ao membro do MP exercer qualquer forma de função público, salvo uma de
Magistério.

LETRA E - Correta.

GABARITO: Letra E

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (Elaborada pelo Professor) De acordo a Lei Complementar nº 11/1993, acerca das Garantias
e Prerrogativas, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Por motivo de interesse público, o Conselho Superior do Ministério Público poderá determinar, pelo
voto de 1/3 de seus integrantes, o afastamento cautelar de membro do Ministério Público, durante o
curso da ação ou do processo administrativo, sem prejuízo de seus vencimentos.

b) Os membros do Ministério Público serão processados e julgados originariamente pelo Tribunal de


Justiça, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

c) Ao membro do Ministério Público aposentado é assegurada, em razão das funções que exerceu,
Carteira de Identidade Funcional, expedida em modelo próprio.

d) A ação civil para a decretação da perda do cargo dos membros vitalícios será proposta pelo
Procurador-Geral de Justiça perante o Tribunal de Justiça, após autorização do Colégio de
Procuradores.

e) Em caso de extinção do órgão de execução, da Comarca ou mudança da sede da Promotoria de


Justiça, será facultado ao Promotor de Justiça remover-se para outra Promotoria de igual entrância ou
categoria, ou obter a disponibilidade dos vencimentos integrais e a contagem do tempo de serviço
como se estivesse em exercício.

Comentário:

ALTERNATIVA E- INCORRETA. Por motivo de interesse público, o Conselho Superior do Ministério


Público poderá determinar, pelo voto de 2/3 (dois terços) de seus integrantes, o afastamento
cautelar de membro do Ministério Público, durante o curso da ação ou do processo administrativo,
sem prejuízo de seus vencimentos. (Art. 112, §3º)

ALTERNATIVA B - CORRETA. Os membros do Ministério Público serão processados e julgados


originariamente pelo Tribunal de Justiça, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a
competência da Justiça Eleitoral. (Art. 115)

ALTERNATIVA C - CORRETA. Ao membro do Ministério Público aposentado é assegurada, em razão


das funções que exerceu, Carteira de Identidade Funcional, expedida em modelo próprio. (Art. 117,
parágrafo único)

ALTERNATIVA D- CORRETA. A ação civil para a decretação da perda do cargo dos membros vitalícios
será proposta pelo Procurador-Geral de Justiça perante o Tribunal de Justiça, após autorização do
Colégio de Procuradores. (Art. 112, §2º)

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ALTERNATIVA A - CORRETA. Em caso de extinção do órgão de execução, da Comarca ou mudança


da sede da Promotoria de Justiça, será facultado ao Promotor de Justiça remover-se para outra
Promotoria de igual entrância ou categoria, ou obter a disponibilidade dos vencimentos integrais e a
contagem do tempo de serviço como se estivesse em exercício. (Art. 114)

GABARITO: LETRA A

2. (Elaborada pelo Professor) Além das garantias asseguradas pela Constituição, os membros
do Ministério Público gozarão das seguintes prerrogativas:

I - receber o mesmo tratamento jurídico e protocolar dispensado aos membros do Poder Judiciário
junto aos quais oficiarem;

II - usar as vestes talares e as insígnias privativas do Ministério Público, que terão seu modelo fixado
por ato do Procurador-Geral de Justiça;

III - tomar assento imediatamente à direita e no mesmo plano dos Juízes de primeira instância ou do
Presidente do Tribunal, Câmara ou Turma, onde desempenhar suas funções;

IV - ter vista dos autos após distribuição às Varas, Turmas, Câmaras e intervir nas sessões de
julgamento de processos que lhe forem afetos, para sustentação oral ou esclarecimento de matéria de
fato;

V - receber intimação pessoal em qualquer processo e grau de jurisdição, através da entrega dos autos
com vista, sob pena de nulidade.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) I, II e IV.

b) I, II e III.

c) II, III e V.

d) I, III, IV e V.

e) todas estão corretas.

Comentário:

A resposta é a letra E, com base nos dispositivos do art. 116 da LC 11/93:

Art. 116 - Além das garantias asseguradas pela Constituição, os membros do Ministério Público gozarão das
seguintes prerrogativas:

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I - receber o mesmo tratamento jurídico e protocolar dispensado aos membros do Poder Judiciário junto aos
quais oficiarem;

II - usar as vestes talares e as insígnias privativas do Ministério Público, que terão seu modelo fixado por ato
do Procurador-Geral de Justiça;

III - tomar assento imediatamente à direita e no mesmo plano dos Juízes de primeira instância ou do
Presidente do Tribunal, Câmara ou Turma, onde desempenhar suas funções;

IV - ter vista dos autos após distribuição às Varas, Turmas, Câmaras e intervir nas sessões de julgamento de
processos que lhe forem afetos, para sustentação oral ou esclarecimento de matéria de fato;

V - receber intimação pessoal em qualquer processo e grau de jurisdição, através da entrega dos autos com
vista, sob pena de nulidade;
==d8eaf==

GABARITO: LETRA E.

3. (Elaborada pelo Professor) Além das garantias asseguradas pela Constituição, os membros
do Ministério Público gozarão das seguintes prerrogativas:

I - examinar, em qualquer Juízo ou Tribunal, autos de processos findos ou em andamento, ainda que
conclusos à autoridade, podendo copiar peças, tomar apontamentos e adotar outras providências;

II - examinar, em qualquer repartição policial, autos de flagrante ou inquérito, findos ou em


andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças, tomar apontamentos e adotar
outras providências;

III - ter acesso ao indiciado preso, a qualquer momento, mesmo quando decretada a sua
incomunicabilidade;

IV - agir em Juízo ou fora dele com dispensa de emolumentos e custas, quando no exercício de suas
funções; e

V - ter acesso a quaisquer documentos ou registros relativos à atividade policial.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) I, II e IV.

b) I, II e III.

c) II, III e V.

d) I, III, IV e V.

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e) todas estão corretas.

Comentário:

A resposta é a letra E, com base nos dispositivos do art. 116 da LC 11/93:

Art. 116 - Além das garantias asseguradas pela Constituição, os membros do Ministério Público gozarão das
seguintes prerrogativas:

[...]

XII - examinar, em qualquer Juízo ou Tribunal, autos de processos findos ou em andamento, ainda que
conclusos à autoridade, podendo copiar peças, tomar apontamentos e adotar outras providências;

XIII - examinar, em qualquer repartição policial, autos de flagrante ou inquérito, findos ou em andamento,
ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças, tomar apontamentos e adotar outras providências;

XIV - ter acesso ao indiciado preso, a qualquer momento, mesmo quando decretada a sua
incomunicabilidade;

XV - agir em Juízo ou fora dele com dispensa de emolumentos e custas, quando no exercício de suas funções;

XVI - exercer os direitos à livre associação sindical e de greve, nos termos do art. 37, incisos VI e VII, da
Constituição Federal;

XVII - ter acesso a quaisquer documentos ou registros relativos à atividade policial;

GABARITO: LETRA E.

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LISTA DE QUESTÕES
1. (Elaborada pelo Professor) De acordo a Lei Complementar nº 11/1993, acerca das Garantias
e Prerrogativas, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Por motivo de interesse público, o Conselho Superior do Ministério Público poderá determinar, pelo
voto de 1/3 de seus integrantes, o afastamento cautelar de membro do Ministério Público, durante o
curso da ação ou do processo administrativo, sem prejuízo de seus vencimentos.

b) Os membros do Ministério Público serão processados e julgados originariamente pelo Tribunal de


Justiça, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

c) Ao membro do Ministério Público aposentado é assegurada, em razão das funções que exerceu,
Carteira de Identidade Funcional, expedida em modelo próprio.

d) A ação civil para a decretação da perda do cargo dos membros vitalícios será proposta pelo
Procurador-Geral de Justiça perante o Tribunal de Justiça, após autorização do Colégio de
Procuradores.

e) Em caso de extinção do órgão de execução, da Comarca ou mudança da sede da Promotoria de


Justiça, será facultado ao Promotor de Justiça remover-se para outra Promotoria de igual entrância ou
categoria, ou obter a disponibilidade dos vencimentos integrais e a contagem do tempo de serviço
como se estivesse em exercício.

2. (Elaborada pelo Professor) Além das garantias asseguradas pela Constituição, os membros
do Ministério Público gozarão das seguintes prerrogativas:

I - receber o mesmo tratamento jurídico e protocolar dispensado aos membros do Poder Judiciário
junto aos quais oficiarem;

II - usar as vestes talares e as insígnias privativas do Ministério Público, que terão seu modelo fixado
por ato do Procurador-Geral de Justiça;

III - tomar assento imediatamente à direita e no mesmo plano dos Juízes de primeira instância ou do
Presidente do Tribunal, Câmara ou Turma, onde desempenhar suas funções;

IV - ter vista dos autos após distribuição às Varas, Turmas, Câmaras e intervir nas sessões de
julgamento de processos que lhe forem afetos, para sustentação oral ou esclarecimento de matéria de
fato;

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Assinale a alternativa CORRETA.

a) I, II e IV.

b) I, II e III.

c) II, III e V.

d) I, III, IV e V.

e) todas estão corretas.

==d8eaf==

3. (Elaborada pelo Professor) Além das garantias asseguradas pela Constituição, os membros
do Ministério Público gozarão das seguintes prerrogativas:

I - examinar, em qualquer Juízo ou Tribunal, autos de processos findos ou em andamento, ainda que
conclusos à autoridade, podendo copiar peças, tomar apontamentos e adotar outras providências;

II - examinar, em qualquer repartição policial, autos de flagrante ou inquérito, findos ou em


andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças, tomar apontamentos e adotar
outras providências;

III - ter acesso ao indiciado preso, a qualquer momento, mesmo quando decretada a sua
incomunicabilidade;

IV - agir em Juízo ou fora dele com dispensa de emolumentos e custas, quando no exercício de suas
funções; e

V - ter acesso a quaisquer documentos ou registros relativos à atividade policial.

Assinale a alternativa CORRETA.

a) I, II e IV.

b) I, II e III.

c) II, III e V.

d) I, III, IV e V.

e) todas estão corretas.

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