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By @kakashi_copiador

Aula 08
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo
Estratégico de Noções de Direito
Constitucional - 2023 (Pré-Edital)

Autor:
Tulio Lages

09 de Fevereiro de 2023
Tulio Lages
Aula 08

Índice
1) Simulado - Administração Pública - CE
..............................................................................................................................................................................................3

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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1

Questões Inéditas ........................................................................................................................................... 1

Gabarito/Questões Comentadas ................................................................................................................ 12

Referências Bibliográficas ............................................................................................................................ 60

INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Administração Pública
Pronto para testar seu conhecimento?!

QUESTÕES INÉDITAS

Princípios da Administração Pública e disposições gerais (art. 37 da CF)

1) A Constituição Federal prevê a responsabilidade objetiva da Administração Pública, garantindo que as


pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado que prestem serviços públicos respondam pelos
atos culposos ou dolosos de seus agentes que, nessa qualidade, causem dano à terceiros.

2) A possibilidade da perda do cargo, por parte do servidor público, na hipótese de avaliação periódica
insatisfatória de desempenho e a previsão da remuneração de determinadas categorias de servidores
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória são exemplos da
aplicação do princípio da eficiência na Administração Pública.

3) O princípio da impessoalidade deve ser respeitado pela Administração Pública, a qual deve guiar seus
atos sempre com a finalidade de atender o interesse público, rechaçando a promoção pessoal dos seus
gestores.

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4) Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe. Tal instrumento, no entanto, não pode ser utilizado para
efetuar o controle da moralidade administrativa.

5) O princípio da publicidade na Administração Pública pode ser excepcionado mediante ato do Poder
executivo na hipótese em que o sigilo for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

6) Não é possível proibir o nepotismo na Administração Pública devido à omissão do legislador em editar
lei em sentido formal para coibir a prática.

7) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
de sociedade de economia mista e de fundação, bem como, neste último caso, a definição das áreas de
sua atuação.

8) Lei deverá estabelecer os prazos prescricionais para ações de ressarcimento relativas a ilícitos que
causem prejuízo ao erário, praticados ou não por servidores públicos.

9) Nos concursos públicos, caso haja previsão legal, é válida a previsão editalícia de realização de exame
psicotécnico.

10) Nas relações dentre o empregado público com vínculo contratual regido pela CLT e a respectiva
entidade pública contratante, aplica-se exclusivamente o regime jurídico privado.

11) O servidor público civil que acumule licitamente o exercício de dois cargos públicos não poderá receber
remuneração total superior ao subsídio dos ministros do STF.

12) O servidor público civil não poderá ter a base de cálculo de suas vantagens indexada pelo salário-
mínimo, salvo casos expressos na Carta Magna.

13) O servidor público civil não poderá receber verbas indenizatórias que extrapolem o valor do subsídio
de Ministro do Supremo Tribunal Federal.

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14) O servidor público civil investido no cargo de prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,
recebendo a remuneração do cargo político ocupado.

15) O servidor público civil possui direito à greve, que será exercido nos termos e nos limites definidos na
Lei Maior.

16) A Constituição Federal de 1988 não autoriza a concessão de reajustes aos servidores públicos
ocupantes de cargo efetivo por meio de negociação coletiva.

17) A Constituição Federal de 1988 veda o acesso a cargos públicos efetivos por estrangeiros.

18) A Constituição Federal de 1988 veda a contratação de pessoal por tempo determinado.

19) A Constituição Federal de 1988 não autoriza a criação de autarquia por lei específica.

20) A Constituição Federal de 1988 não autoriza a precedência da administração fazendária e dos seus
servidores fiscais sobre os demais setores administrativos.

21) A investidura em cargo público efetivo ou em comissão depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos.

22) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por mais dois
anos.

23) Não é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.

24) O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado.

25) Para aquisição da estabilidade, é indispensável a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.

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26) Ao servidor público civil é vedado o acúmulo de exercícios de cargos públicos.

27) O servidor público civil terá sua remuneração fixada ou alterada apenas por lei específica.

28) O servidor público civil não poderá receber verbas indenizatórias que extrapolem o valor do subsídio
de Ministro do Supremo Tribunal Federal.

29) O servidor público civil investido no cargo de prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,
recebendo a remuneração do cargo político ocupado.

30) O servidor público civil possui direito à greve, que será exercido nos termos e nos limites definidos na
Lei Maior.

31) Os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência, previstos


no artigo 37, caput, da Constituição Federal, são aplicáveis apenas às pessoas jurídicas de direito público.

32) As funções de confiança na administração pública deverão ser ocupadas por servidor público
de cargo efetivo e destinam-se a cargos de direção, chefia e assessoramento.

33) Em virtude da separação dos Poderes, os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário poderão ser fixados em valores superiores ou inferiores aos pagos pelo Poder Executivo.

34) Os critérios de admissão de pessoas portadores de deficiência não são definidos de forma discricionária
pelo administrador público, uma vez que tais critérios deverão ser definidos por lei.

35) É vedada a incidência de adicionais em cascata na remuneração do servidor público.

36) O subsídio e os vencimentos dos cargos e empregos públicos são irredutíveis contudo, a forma de
cálculo dos vencimentos poderá ser modificada.

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37) A proibição de acumulação de cargos, empregos e funções públicas abrange toda a Administração
Pública, todas as esferas de governo e todos os Poderes.

38) É plenamente possível que uma pessoa acumule os proventos de aposentadoria do RPPS com a
remuneração de cargo em comissão.

39) A aplicação do teto constitucional à soma das remunerações dos cargos acumulados representa
violação à irredutibilidade de vencimentos, ao princípio da estabilidade e ao princípio da igualdade.

40) O texto constitucional prevê outras hipóteses de acumulação de cargos além das dispostas em seu
artigo 37.

41) É vedada a cumulação remunerada de cargos públicos e atividades privadas, salvo nas hipóteses de
acumulação de cargos dispostas no texto constitucional.

42) O servidor público titular de cargo efetivo será readaptado em cargo cujas atribuições e
responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido, percebendo a remuneração do
cargo de destino.

43) Os Estados e o Distrito Federal poderão optar por um teto facultativo, sendo este o subsídio dos
desembargadores do Tribunal de Justiça, sendo fixado como limite a quantia de até 90,25% do subsídio
dos Ministros do STF.

44) A aposentadoria será concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo,
emprego ou função pública e acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de
contribuição, sendo que para o computo do período deve-se excluir o período de tempo em Regime Geral
de Previdência Social.

45) É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos não decorrentes do texto


constitucional ou de lei que crie o Regime Próprio de Previdência Social.

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46) É vedado o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais entre as administrações tributárias


da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, posto que tais informações encontram-se
protegidas por sigilo fiscal.

Disposições aplicáveis ao servidor público no exercício de mandato eletivo (art. 38 da CF)

47) Maria Joaquina é servidora pública efetiva e nas últimas eleições foi eleita para o mandato de
Deputada Estadual no Mato Grosso do Sul. Uma vez que deseja assumir o mandato legislativo, Maria
deverá se afastar de seu cargo público efetivo.

48) Ana Maria é titular de cargo efetivo na Administração Indireta fundacional e foi eleita vereadora do
Município de Belford Roxo. Ana Maria não possui compatibilidade de horários, razão pela qual deverá se
afastar de seu cargo público efetivo caso deseje exercer seu mandato legislativo.

49) Lucas é titular de cargo comissionado de livre provimento e exoneração na Administração Direta
Federal e foi eleito Prefeito do Município de Goianira. Neste caso, Lucas poderá acumular seus cargos se
existir compatibilidade de horários.

Servidores Públicos - administração e remuneração de pessoal (art. 39 da CF)

50) São garantidos ao servidor público investido em cargo público o direito a salário, nunca inferior ao
mínimo, para os que percebem remuneração variável, a duração do trabalho normal não superior a oito
horas diárias e quarenta e quatro semanais e a licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,
com a duração de cento e vinte dias.

51) Segundo o Supremo Tribunal Federal, enquanto não for editada lei específica para disciplinar o direito
de greve do servidor público, deve ser aplicado ao setor público, no que couber, da lei de greve vigente no
setor privado.

52) Depende de lei específica a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público.

53) Ao servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão, aplica-se o regime geral de previdência
social.

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54) São condições para a estabilidade do servidor público três anos de efetivo exercício em cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público e a aprovação em avaliação especial de desempenho
realizada por comissão instituída para essa finalidade.

Regime de Previdência dos Servidores (art. 40 da CF)

55) É assegurado aos servidores públicos titulares de cargos efetivos regime de previdência de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição oriunda de três fontes, quais sejam, do respectivo ente
público, dos servidores ativos e dos pensionistas.

56) A Constituição Federal veda a possibilidade de percepção de mais de uma aposentadoria à conta do
regime de previdência dos servidores públicos.

57) O regime de previdência complementar dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios será instituído por lei de iniciativa do respectivo poder legislativo de
cada ente estatal.

58) A aposentadoria compulsória dos servidores públicos, inclusive dos magistrados e membros do
Ministério Público, ocorre aos setenta anos de idade.

59) Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre
aposentadoria especial, até a edição de lei complementar específica.

60) Os ocupantes de empregos públicos estão sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social.

61) Os ocupantes exclusivamente de cargos em comissão estão sujeitos ao Regime Geral de Previdência
Social.

62) Os ocupantes de cargos efetivos estão sujeitos ao Regime Próprio de Previdência Social.

63) Os ocupantes de funções temporárias estão sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social.

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64) Os ocupantes de mandatos eletivos, assim como os ocupantes de cargos efetivos, estão sujeitos ao
Regime Próprio de Previdência Social.

65) As regras de idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com
deficiência poderão ser estabelecidas por lei ordinária do respectivo ente federativo.

66) Os agentes penitenciários, agentes socioeducativos ou policiais poderão ter suas regras de idade e
tempo de contribuição diferenciados por meio de lei ordinária do respectivo ente federativo.

67) As regras de idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas
atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à
saúde, ou associação desses agentes, possuem vedação à caracterização por categoria profissional ou
ocupação.

68) Os ocupantes de cargo de professor terão idade mínima reduzida em 10 (dez) anos em relação às idades
decorrentes da aplicação da regra geral prevista para a esfera federal.

69) É vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime próprio de previdência social,
ainda que se trate de cargos acumuláveis previstos na Constituição Federal.

70) É vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social pelos entes federados.

71) Nos casos em que o ente federado já possua Regime Próprio de Previdência Social anterior à Reforma
da Previdência, ficará a cargo do respectivo ente estabelecer, por meio de Lei complementar própria, as
normas gerais de organização, funcionamento e responsabilidade de seus regimes previdenciários.

72) É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social por poder do ente federativo,
o que abrangerá seus respectivos órgãos e entidades autárquicas e fundacionais.

73) Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime próprio
de todos os servidores, independentemente do valor do benefício.

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74) O regime de previdência complementar para servidores ocupantes de cargo efetivo deverá ser
instituído pelos entes federados e possuí como limite máximo o valor dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.

75) João é servidor público estadual de cargo efetivo, completou as exigências para a aposentadoria
voluntária e pretende continuar trabalhando, por isso pretende solicitar o abono de permanência.
Preocupado com as implicações da Reforma da Previdência no abono de permanência, João procurou o
advogado Matheus e este respondeu corretamente que o abono de permanência poderá ser concedido à
João, mas terá como teto o valor da contribuição previdenciária do servidor.

76) A idade mínima para aposentadoria no âmbito federal é de 62 anos para as mulheres e 65 anos para
os homens.

77) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios já não seguem mais a idade mínima estabelecida pelo
âmbito da União, uma vez que atualmente possuem autonomia para estabelecerem a idade mínima para
aposentadoria mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas.

78) Embora não exista mais limite mínimo aos proventos de aposentadoria do Regime Próprio de
Previdência Social, o mesmo não pode ser dito sobre o limite máximo, que, atualmente, encontra teto nos
valores máximos estabelecidos para o Regime Geral de Previdência Social.

79) As regras de cálculo dos proventos de aposentadoria do servidor público em cargo efetivo serão
disciplinadas em lei do seu respectivo ente federativo.

80) A Constituição Federal veda a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de
benefícios do regime próprio de previdência social, excetuando-se apenas os casos dispostos no texto
constitucional como sujeitos a lei complementar do ente federado.

Estabilidade dos servidores públicos (art. 41 da CF)

81) Será considerado estável o servidor público que após três anos de efetivo exercício em cargo de
provimento efetivo via concurso público, venha a ser aprovado na avaliação especial de desempenho.

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82) Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, tendo sido extinto o cargo que ele
ocupava ou declarada a sua desnecessidade, referido servidor ficará em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

83) A data da nomeação ou da posse do servidor é irrelevante para contagem do prazo de aquisição de
estabilidade, uma vez que o termo inicial de contagem se dá com a entrada em exercício.

84) A simples circunstância de o servidor público estar em estágio probatório não é justificativa para
demissão com fundamento na sua participação em movimento grevista.

85) O servidor público poderá perder seu cargo mediante processo administrativo que lhe seja assegurada
ampla defesa, contudo tal punição não poderá ocorrer durante o período em que o servidor se encontre
em gozo de licença especial.

Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (art. 42 da CF)

86) A vedação absoluta ao direito de greve dos integrantes das carreiras da segurança pública é compatível
com o princípio da isonomia.

87) O corpo de bombeiros é instituição militar integrante das forças armadas.

88) É expressamente vedado aos militares da ativa tomar posse em cargo público civil permanente ou
temporário.

89) As normas constitucionais pertinentes às vantagens concedidas aos militares das Forças Armadas não
se aplicam aos militares dos estados, do Distrito Federal e dos territórios.

90) As condições para transferência dos militares nos Estados para a inatividade serão reguladas mediante
lei nacional.

Regiões (art. 43 da CF)

91) A União poderá conceder, como incentivo regional, isenções, reduções ou diferimento temporário de
tributos federais, estaduais e municipais devidos por pessoas físicas.

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92) Nas áreas dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas
a secas periódicas, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com todos os
proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de irrigação.

93) Para efeitos legislativos, os Estados poderão articular suas ações em um mesmo complexo
geoeconômico e social.

94) Lei ordinária disporá sobre as condições para integração de regiões em desenvolvimento e sobre a
composição dos organismos regionais que executarão os planos regionais, integrantes dos planos
nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes.

95) A composição dos organismos regionais que executarão os planos regionais, integrantes dos planos
nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes, será fixada em lei
complementar.

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GABARITO

1. E 2. E 3. C 4. E 5. E

6. E 7. E 8. E 9. C 10. E

11. E 12. C 13. E 14. E 15. E

16. C 17. E 18. E 19. E 20. E

21. E 22. E 23. E 24. E 25. C

26. E 27. C 28. E 29. E 30. E

31. E 32. C 33. E 34. C 35. C

36. C 37. C 38. C 39. C 40. C

41. E 42. E 43. C 44. E 45. E

46. E 47. C 48. C 49. E 50. C

51. C 52. E 53. C 54. C 55. E

56. E 57. E 58. E 59. C 60. C

61. C 62. C 63. C 64. E 65. E

66. E 67. C 68. E 69. E 70. C

71. E 72. E 73. E 74. E 75. C

76. C 77. C 78. E 79. C 80. C

81. C 82. C 83. C 84. C 85. E

86. C 87. E 88. E 89. E 90. E

91. E 92. E 93. E 94. E 95. C

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QUESTÕES COMENTADAS

Princípios da Administração Pública e disposições gerais (art. 37 da CF)

1) A Constituição Federal prevê a responsabilidade objetiva da Administração Pública, garantindo que as


pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado que prestem serviços públicos respondam pelos
atos culposos ou dolosos de seus agentes que, nessa qualidade, causem dano à terceiros.

Comentários

De acordo com o art. 37, § 6°, da CF/88, a responsabilidade objetiva independe da comprovação de dolo ou
culpa do agente. Tais requisitos só são necessários para possibilitar o direito de regresso do Estado contra o
agente responsável pelo dano.

Art. 37, § 6° As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Gabarito: Errado.

2) A possibilidade da perda do cargo, por parte do servidor público, na hipótese de avaliação periódica
insatisfatória de desempenho e a previsão da remuneração de determinadas categorias de servidores
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória são exemplos da
aplicação do princípio da eficiência na Administração Pública.
Comentários

De acordo com o art. 41, § 1º, inciso III, da CF/88, o princípio da eficiência dá guarida à possibilidade de perda
do cargo do servidor estável por insuficiência de desempenho aferido em avaliação periódica.

Art. 41, § 1° O servidor público estável só perderá o cargo:

(...)

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa.

Entretanto, o estabelecimento de remuneração por subsídio não guarda relação direta com o princípio da
eficiência, pois garante remuneração fixa ao servidor, desvinculada da sua produtividade, o que torna a
assertiva incorreta.

Gabarito: Errado.

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3) O princípio da impessoalidade deve ser respeitado pela Administração Pública, a qual deve guiar seus
atos sempre com a finalidade de atender o interesse público, rechaçando a promoção pessoal dos seus
gestores.

Comentários

Segundo o princípio da impessoalidade, a atuação do administrador público deve sempre objetivar a


realização do interesse público, sendo vedada a promoção pessoal do servidor público, conforme previsão
constante no art. 37, § 1º, da CF:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

§ 1° A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Gabarito: Certo.

4) Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe. Tal instrumento, no entanto, não pode ser utilizado para
efetuar o controle da moralidade administrativa.

Comentários

De acordo com o art. 5º, inciso LXXIII, da CF/88, é possível o controle da moralidade administrativa mediante
o instrumento da ação popular.

Art. 5°, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus de sucumbência;

Gabarito: Errado.

5) O princípio da publicidade na Administração Pública pode ser excepcionado mediante ato do Poder
executivo na hipótese em que o sigilo for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
Comentários

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Inicialmente, cumpre esclarecer que se alinha ao princípio da publicidade o direito fundamental à informação
previsto no art. 5º, inciso XXXIII, da CF/88:

Art. 5°, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e
do Estado;

Também se alinha ao princípio da publicidade, disposto no art. 5º, inciso LX, da CF/88:

Art. 5°, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem;

Com base nesses dois dispositivos, verifica-se que a regra geral deve ser a transparência na Administração
Pública e, somente em situações excepcionais, a lei (necessariamente, não pode ser ato infralegal) pode
estabelecer situações em que o sigilo é justificável, quando imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado, de acordo com o art. 5º, inciso XXXIII, da CF/88, ou quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem, conforme o art. 5º, inciso LX, da CF/88.

Gabarito: Errado.

6) Não é possível proibir o nepotismo na Administração Pública devido à omissão do legislador em editar
lei em sentido formal para coibir a prática.

Comentários

De acordo com a Súmula Vinculante nº 13 do STF, a vedação ao nepotismo decorre diretamente de princípios
constitucionais, não sendo necessária a edição de lei formal para coibir tal prática.

Súmula Vinculante n.º 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor
da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola
a Constituição Federal;

Gabarito: Errado.

7) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
de sociedade de economia mista e de fundação, bem como, neste último caso, a definição das áreas de
sua atuação.
Comentários

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De acordo com o art. 37, inciso XIX, da CF/88, a definição das áreas de atuação das fundações deve ser
editada lei complementar.

Art. 37, XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

Gabarito: Errado.

8) Lei deverá estabelecer os prazos prescricionais para ações de ressarcimento relativas a ilícitos que
causem prejuízo ao erário, praticados ou não por servidores públicos.

Comentários

De acordo com o art. 37, § 5°, da CF/88, as ações de ressarcimento não estão inclusas no objeto da lei que
estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não.

Art. 37, § 5° A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer
agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.

Gabarito: Errado.

9) Nos concursos públicos, caso haja previsão legal, é válida a previsão editalícia de realização de exame
psicotécnico.

Comentários

De acordo com a Súmula Vinculante nº 44, é necessário que haja previsão em lei, não bastando apenas
previsão em edital.

Súmula Vinculante n.º 44: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de
candidato a cargo público.

Gabarito: Certo.

10) Nas relações dentre o empregado público com vínculo contratual regido pela CLT e a respectiva
entidade pública contratante, aplica-se exclusivamente o regime jurídico privado.

Comentários

De acordo com o art. 37, inciso II, da CF/88, o regime jurídico dos empregados públicos é híbrido, em razão
de se submeterem a certas normas de direito público, como, por exemplo, a exigência de aprovação prévia
em concurso público para que ocorra a investidura no emprego público.

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Art. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração;

Gabarito: Errado.

11) O servidor público civil que acumule licitamente o exercício de dois cargos públicos não poderá receber
remuneração total superior ao subsídio dos ministros do STF.

Comentários

De acordo com recente entendimento do STF, o teto remuneratório deve ser considerado para cada um dos
vínculos:

Nos casos autorizados, constitucionalmente, de acumulação de cargos, empregos e funções, a


incidência do artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal, pressupõe consideração de cada um
dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório
dos ganhos do agente público1.

Gabarito: Errado.

12) O servidor público civil não poderá ter a base de cálculo de suas vantagens indexada pelo salário-
mínimo, salvo casos expressos na Carta Magna.

Comentários

De acordo com a Súmula Vinculante nº 4.

Súmula Vinculante n.º 4: Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário-mínimo não pode
ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado,
nem ser substituído por decisão judicial.

Gabarito: Certo.

13) O servidor público civil não poderá receber verbas indenizatórias que extrapolem o valor do subsídio
de Ministro do Supremo Tribunal Federal.

Comentários

1
STF – REs 602043 e 612975.

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De acordo com o art. 37, § 11, da CF/88, as verbas indenizatórias não são computadas para efeitos de
observação do teto constitucional.

Art. 37, § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso
XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

Gabarito: Errado.

14) O servidor público civil investido no cargo de prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,
recebendo a remuneração do cargo político ocupado.

Comentários

De acordo com o art. 38, inciso II, da CF/88, os servidores públicos civis investidos no mandato de prefeito
serão afastados do cargo, mas poderão optar por qual remuneração receberão.

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de


mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe


facultado optar pela sua remuneração;

Gabarito: Errado.

15) O servidor público civil possui direito à greve, que será exercido nos termos e nos limites definidos na
Lei Maior.

Comentários

De acordo com o art. 37, inciso VII, da CF/88, os termos e os limites no direito de greve serão definidos em
lei específica, ou seja, não são definidos pela CF/88.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

Gabarito: Errado.

16) A Constituição Federal de 1988 não autoriza a concessão de reajustes aos servidores públicos
ocupantes de cargo efetivo por meio de negociação coletiva.

Comentários

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De acordo com o art. 37, inciso X, da CF/88, a concessão de reajustes para os servidores públicos ocupantes
de cargo efetivo depende de previsão em lei específica, não se admitindo a fixação de remuneração ou
subsídio por negociação coletiva.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente


poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso,
assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

Gabarito: Certo.

17) A Constituição Federal de 1988 veda o acesso a cargos públicos efetivos por estrangeiros.

Comentários

Conforme o art. 37, inciso I, da CF/88, o acesso a cargos públicos efetivos, bem como a empregos e funções
públicas são acessíveis não só a brasileiros, como aos estrangeiros, na forma da lei.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

Gabarito: Errado.

18) A Constituição Federal de 1988 veda a contratação de pessoal por tempo determinado.

Comentários

A CF/88, no art. 37, inciso IX, autoriza o estabelecimento, por lei, de hipóteses de contratação de pessoal por
tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Uma dessas
hipóteses é a contratação temporária de agentes para realização do censo.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

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IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a


necessidade temporária de excepcional interesse público;

Gabarito: Errado.

19) A Constituição Federal de 1988 não autoriza a criação de autarquia por lei específica.

Comentários

Conforme o art. 37, inciso XIX, da CF/88, a criação de autarquia é feita por lei específica.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação;

Gabarito: Errado.

20) A Constituição Federal de 1988 não autoriza a precedência da administração fazendária e dos seus
servidores fiscais sobre os demais setores administrativos.

Comentários

A CF/88, no art. 37, inciso XVIII, preconiza que a administração fazendária e os seus servidores fiscais terão
precedência sobre os demais setores administrativos, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, na
forma da lei.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

Gabarito: Errado.

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21) A investidura em cargo público efetivo ou em comissão depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos.

Comentários

De acordo com o art. 37, inciso II, da CF/88, o ingresso em cargo em comissão não exige a prévia aprovação
em concurso público de provas ou provas e títulos.

Art. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração;

Gabarito: Errado.

22) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por mais dois
anos.

Comentários

De acordo com o art. 37, inciso III, da CF/88, a renovação do prazo de validade do concurso público será pelo
mesmo prazo previsto inicialmente, isto é, não será, necessariamente, de 2 anos.

Art. 37, III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período;

Gabarito: Errado.

23) Não é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.

Comentários

A CF/88, em seu art. 37, inciso VI, garante ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.

Art. 37, VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

Gabarito: Errado.

24) O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado.

Comentários

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Conforme o art. 41, §1º, da CF/88, além de sentença judicial transitada em julgado, o servidor estável pode
perder o cargo mediante processo administrativo em que seja observado o direito à ampla defesa e mediante
procedimento de avaliação periódica de desempenho, também assegurada a ampla defesa.

Art. 41, § 1º: O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa.

Gabarito: Errado.

25) Para aquisição da estabilidade, é indispensável a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.

Comentários

Conforme o art. 41, §4º, da CF/88, a aquisição de estabilidade no serviço público realmente exige a realização
de avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

Art. 41, § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial
de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

Gabarito: Certo.

26) Ao servidor público civil é vedado o acúmulo de exercícios de cargos públicos.

Comentários

A rigor, o que a CF/88 veda é a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções públicas. Por outro
lado, a própria CF/88, no art. 37, inciso XVI, prevê hipótese de exceção à proibição de acumulação
remunerada de cargos públicos, o que torna a assertiva incorreta.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver


compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

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a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas;

Gabarito: Errado.

27) O servidor público civil terá sua remuneração fixada ou alterada apenas por lei específica.

Comentários

A CF/88, no art. 37, inciso X, exige que a remuneração dos servidores públicos civis seja fixada ou alterada
por lei específica.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente


poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso,
assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

Gabarito: Certo.

28) O servidor público civil não poderá receber verbas indenizatórias que extrapolem o valor do subsídio
de Ministro do Supremo Tribunal Federal.

Comentários

As verbas indenizatórias não são computadas, para efeitos de observação do teto constitucional, que é o
valor do subsídio de Ministro do STF. Isso porque a natureza indenizatória da parcela faz com que não exista
acréscimo patrimonial, mas mera restituição de uma situação que já existia, como no caso de pagamento de
despesas que o servidor teve com combustível particular utilizado na prestação de serviço público.

Gabarito: Errado.

29) O servidor público civil investido no cargo de prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,
recebendo a remuneração do cargo político ocupado.
Comentários

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De acordo com o art. 38, inciso II, da CF/88, os servidores públicos civis investidos no mandato de prefeito
serão afastados do cargo, mas poderão optar por qual remuneração receberão.

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de


mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe


facultado optar pela sua remuneração;

Gabarito: Errado.

30) O servidor público civil possui direito à greve, que será exercido nos termos e nos limites definidos na
Lei Maior.

Comentários

A Constituição Federal de 1988 não estabelece os termos e os limites do direito de greve dos servidores
públicos, pois essa definição deve ser feita por lei específica, conforme o art. 37, inciso VII, da CF/88.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

Gabarito: Errado.

31) Os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência, previstos


no artigo 37, caput, da Constituição Federal, são aplicáveis apenas às pessoas jurídicas de direito público.

Comentários

Vejamos o teor do art. 37, caput, da Constituição Federal de 1988:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

Logo, os princípios expressos no art. 37, caput, da CF/1988, o famoso LIMPE (LEGALIDADE,
IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E EFICIÊNCIA), são aplicáveis a todas as entidades estatais,
sejam elas pessoas jurídicas de direito público ou privado, integrantes da Administração Pública Direta ou
Indireta, não importando o Poder ao qual o ente público está vinculado (Executivo, Legislativo ou Judiciário)
ou a qual esfera (federal, estadual, distrital ou municipal).

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Registramos que esses princípios são aplicáveis, também, ao Ministério Público, que não integra nenhum
dos Poderes da República.

Gabarito: Errado.

32) As funções de confiança na administração pública deverão ser ocupadas por servidor público
de cargo efetivo e destinam-se a cargos de direção, chefia e assessoramento.

Comentários

A assertiva está de acordo com o art. 37, inciso V, da CF/88, uma vez que as funções de confiança realmente
são privativas de servidores ocupantes de cargo efetivo.

Vale lembrar que tanto os cargos em comissão quanto as funções de confiança serão destinados apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento, tal como afirma a assertiva.

Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento;

Funções de confiança
•Exclusiva de servidores ocupantes de cargo efetivo.
•Apenas atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Cargos em comissão
•Pode ser preenchidos sem concurso público.
•Lei estabelece % mínimo a ser preenchido por servidores de
carreira.
•Apenas atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Gabarito: Certo.

33) Em virtude da separação dos Poderes, os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário poderão ser fixados em valores superiores ou inferiores aos pagos pelo Poder Executivo.

Comentários

O texto constitucional estipula o vencimento pago aos servidores do Poder Executivo como limite aos valores
pagos pelos outros Poderes a seus servidores em cargos com atribuições semelhantes.

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Art. 37, XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão
ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

Gabarito: Errado.

34) Os critérios de admissão de pessoas portadores de deficiência não são definidos de forma discricionária
pelo administrador público, uma vez que tais critérios deverão ser definidos por lei.

Comentários

A assertiva está de acordo com o art. 37, inciso VIII, da CF/88, uma vez que foi reservada à lei a definição de
critérios para contratação de pessoas portadoras de deficiência.

Não cabe ao Administrador Público qualquer margem de discricionariedade quanto aos critérios.

Art. 37, VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

Gabarito: Certo.

35) É vedada a incidência de adicionais em cascata na remuneração do servidor público.

Comentários

O adicional em cascata, também conhecido como "efeito-repique", é relativo à concessão de gratificações


tendo como base de cálculo valores já acrescidos anteriormente, o que gerava um "acréscimo do acréscimo".
Tal prática foi extinta pelo art. 37, inciso XIV, da CF/88, vez que agora a base de cálculo de qualquer
gratificação ou adicional será o vencimento básico do servidor públicos.

Art. 37, XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

Gabarito: Certo.

36) O subsídio e os vencimentos dos cargos e empregos públicos são irredutíveis contudo, a forma de
cálculo dos vencimentos poderá ser modificada.

Comentários

O art. 37, inciso XV, da CF/88, é claro ao prever a irredutibilidade de subsídios e vencimentos. Contudo, esta
garantia realmente não atinge a forma de cálculo desses valores posto que, segundo o STF, não existe direito
adquirido à regimes jurídicos.

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Art. 37, XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são
irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I;

Segundo a Corte, as alterações na forma de cálculo poderão ser realizadas desde que não reduzam a
remuneração, veja:

É compatível com a Constituição lei específica que altera o cálculo da Gratificação por
Produção Suplementar (GPS), desde que não haja redução da remuneração na sua
totalidade. 2

Gabarito: Certo.

==5617c==

37) A proibição de acumulação de cargos, empregos e funções públicas abrange toda a Administração
Pública, todas as esferas de governo e todos os Poderes.

Comentários

A regra que veda a acumulação remunerada de cargos públicos realmente é bem abrangente, sendo que de
fato atinge toda a Administração (direta ou indireta), todas as esferas (Federal, Estadual, Distrital e
Municipal) e todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

Art. 37, XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

Gabarito: Certo.

38) É plenamente possível que uma pessoa acumule os proventos de aposentadoria do RPPS com a
remuneração de cargo em comissão.

Comentários

A regra prevista no art. 37, § 10º, da CF/88 dispõe que é vedada a percepção simultânea de proventos de
aposentadoria com a remuneração de cargos, empregos ou funções públicas. Contudo, admite-se como
exceção a possibilidade de cumulação quando se tratar de cargos acumuláveis, cargos eletivos e cargos
comissionados de livre nomeação e exoneração.

Perceba que a assertiva aborda justamente uma das exceções à regra, já que os cargos em comissão
realmente poderão ser acumulados com proventos de aposentadoria.

2
RE 596.542 RG, rel. min. Cezar Peluso, j. 16-6-2011, P, DJE de 16-9-2011, Tema 434.

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Art. 37, § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do


art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos
em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

Gabarito: Certo.

39) A aplicação do teto constitucional à soma das remunerações dos cargos acumulados representa
violação à irredutibilidade de vencimentos, ao princípio da estabilidade e ao princípio da igualdade.

Comentários

A assertiva traz um entendimento do STF que foi pacificado em 2017. Segundo a Corte, a aplicação do teto
constitucional deve incidir sobre a remuneração isolada de cada cargo, e não sobre o todo, sob pena de violar
a irredutibilidade de vencimentos.

Nos casos autorizados, constitucionalmente, de acumulação de cargos, empregos e


funções, a incidência do artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal, pressupõe
consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto
remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público.3

Gabarito: Certo.

40) O texto constitucional prevê outras hipóteses de acumulação de cargos além das dispostas em seu
artigo 37.

Comentários

A Constituição dispõe sobre as hipóteses de acumulação no artigo 37, mas estabelece, ainda, outras
possibilidades de acumulação de cargos, conforme a tabela abaixo:

ARTIGO DA CF PERMISSÃO
Acúmulo do cargo de vereador e outro cargo, emprego ou
Art. 38, III função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo.

Art. 95, parágrafo único, I Permissão para que juízes exerçam o magistério.
Permissão para que membros do Ministério Público exerçam
Art. 125, § 5º, II, “d”
o magistério.
Militares das Forças Armadas podem exercer outro cargo ou
emprego privativo de profissional de saúde, com profissões
Art. 142, § 3º
regulamentadas. Nessa situação, deverá haver prevalência da
atividade militar.

3
RE 602.043 e RE 612.975. Rel. Min. Marco Aurélio. 27.04.2017.

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Militares dos estados (policiais militares e bombeiros


militares) podem acumular seu cargo público com:

i) 1 cargo público de professor;


ii) 1 cargo técnico ou científico; e
Art. 42, § 3º
iii) 1 cargo ou emprego privativo de profissional de
saúde, com profissões regulamentadas.

Nessas situações, deverá haver prevalência da atividade


militar.

Gabarito: Certo.

41) É vedada a cumulação remunerada de cargos públicos e atividades privadas, salvo nas hipóteses de
acumulação de cargos dispostas no texto constitucional.

Comentários

A vedação à acumulação remunerada de cargos diz respeito apenas a atribuições públicas, não possuindo
relação com as atividades privadas. Até mesmo as exceções em que a acumulação de cargos é prevista, há
menção apenas a cargos de atribuições públicas.

Lembre-se que a vedação não alcança as atividades privadas e o servidor público poderá exercê-las desde
que não sejam incompatíveis com o regime jurídico próprio do cargo.

Gabarito: Errado.

42) O servidor público titular de cargo efetivo será readaptado em cargo cujas atribuições e
responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido, percebendo a remuneração do
cargo de destino.
Comentários

Incialmente é preciso ponderar que a readaptação é uma possibilidade que dependerá do caso concreto, e
não um dever da Administração. O segundo erro é que o servidor readaptado perceberá a remuneração do
cargo de origem e não do destino, tal como dispõe o art. 37, §13 da CF/88:

Art.37, § 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de
cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido
em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a
habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração
do cargo de origem.

Gabarito: Errado.

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43) Os Estados e o Distrito Federal poderão optar por um teto facultativo, sendo este o subsídio dos
desembargadores do Tribunal de Justiça, sendo fixado como limite a quantia de até 90,25% do subsídio
dos Ministros do STF.

Comentários

O texto constitucional estipula diversas regras obrigatórias de teto remuneratório, sendo apenas uma
facultativa. Segundo o art. 37, § 12, da CF/88, os Estados e o DF poderão emendar suas Constituições e Leis
Orgânica para fixar um limite único de teto remuneratório, que está relacionado com o subsídio dos
desembargadores do Tribunal de Justiça, sendo limitado a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF.

Art. 37, § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados
e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios
dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

Gabarito: Certo.

44) A aposentadoria será concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo,
emprego ou função pública e acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de
contribuição, sendo que para o computo do período deve-se excluir o período de tempo em Regime Geral
de Previdência Social.

Comentários

Segundo o art. 37, §14º, da CF/88, computar-se-á como tempo de contribuição inclusive o período
acumulado pelo servidor em Regime Geral de Previdência Social. Cabe destacar que o dispositivo objeto da
assertiva foi incluído com a Emenda Constitucional n.º 103/2019.

Art. 37, § 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente
de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará
o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição.

Gabarito: Errado.

45) É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos não decorrentes do texto


constitucional ou de lei que crie o Regime Próprio de Previdência Social.

Comentários

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O texto constitucional dispõe, no art. 37, §15º, que a complementação de aposentadorias e de pensões por
morte que não sejam oriundas dos §§ 14 ao 16, do artigo 40, da CF/88, só poderão ser realizadas mediante
lei que extinga o RPPS aplicável.

Perceba que a assertiva tentou confundir, tratando de uma lei que cria o RPPS. Mas não é isso! Fique de olho
na literalidade:

Art. 37, § 15. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e de pensões


por morte a seus dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou
que não seja prevista em lei que extinga regime próprio de previdência social.

Gabarito: Errado.

46) É vedado o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais entre as administrações tributárias


da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, posto que tais informações encontram-se
protegidas por sigilo fiscal.
Comentários

O compartilhamento de cadastros e de informações fiscais não é vedado pelo texto constitucional. É possível,
de acordo com o art. 37, inciso XXII, da CF/88, a previsão em lei ou convênio sobre a forma de efetivar tais
compartilhamentos e demais atividades integradas entre as administrações tributárias de cada ente
federativo.

Art. 37, XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de
carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e
atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

Gabarito: Errado.

Disposições aplicáveis ao servidor público no exercício de mandato eletivo (art. 38 da CF)

47) Maria Joaquina é servidora pública efetiva e nas últimas eleições foi eleita para o mandato de
Deputada Estadual no Mato Grosso do Sul. Uma vez que deseja assumir o mandato legislativo, Maria
deverá se afastar de seu cargo público efetivo.

Comentários

A assertiva está correta, vez que não é possível a manutenção do exercício do cargo, emprego ou função
pública durante o mandato dos cargos do Executivo ou do Legislativo Federal, Estadual ou Distrital, bem
como o de Prefeito, vez que todos esses geram afastamento automático do servidor.

Para finalizar, veja a literalidade e o quadro abaixo:

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Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de


mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe


facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as


vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V – na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a


esse regime, no ente federativo de origem.

CARGO ELETIVO REGRA


I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual
Cargos do Executivo ou do Legislativo
ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego
Federal, Estadual ou Distrital.
ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado
Prefeito do cargo, emprego ou função, sendo lhe facultado
optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo
compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem
Vereador
prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do
inciso anterior;

Gabarito: Certo.

48) Ana Maria é titular de cargo efetivo na Administração Indireta fundacional e foi eleita vereadora do
Município de Belford Roxo. Ana Maria não possui compatibilidade de horários, razão pela qual deverá se
afastar de seu cargo público efetivo caso deseje exercer seu mandato legislativo.

Comentários

A hipótese da assertiva traz uma situação interessante, é a "exceção da exceção"! É necessário lembrar que
os Vereadores poderão acumular o cargo público e o mandato eletivo se existir compatibilidade de horários.
Como a questão informa que não há esta compatibilidade de horários, o servidor deverá ser afastado do
cargo e poderá apenas optar pela remuneração, tal como ocorre com os Prefeitos.

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A previsão deste procedimento pode ser vista na literalidade abaixo:

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de


mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe


facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as


vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

CARGO ELETIVO REGRA


I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual
Cargos do Executivo ou do Legislativo
ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego
Federal, Estadual ou Distrital.
ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado
Prefeito do cargo, emprego ou função, sendo lhe facultado
optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo
compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem
Vereador
prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do
inciso anterior;

Gabarito: Certo.

49) Lucas é titular de cargo comissionado de livre provimento e exoneração na Administração Direta
Federal e foi eleito Prefeito do Município de Goianira. Neste caso, Lucas poderá acumular seus cargos se
existir compatibilidade de horários.
Comentários

Na situação da assertiva, não há que se falar em manutenção do exercício do cargo, emprego ou função
pública durante o mandato, pois os cargos do Executivo ou do Legislativo Federal, Estadual ou Distrital, bem
como o de Prefeito, geram afastamento automático do servidor.

Para finalizar, veja a literalidade e o quadro abaixo:

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de


mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;

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II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe


facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as


vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V – na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a


esse regime, no ente federativo de origem.

CARGO ELETIVO REGRA


I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual
Cargos do Executivo ou do Legislativo
ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego
Federal, Estadual ou Distrital.
ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado
Prefeito do cargo, emprego ou função, sendo lhe facultado
optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo
compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem
Vereador
prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do
inciso anterior;

Gabarito: Errado.

Servidores Públicos - administração e remuneração de pessoal (art. 39 da CF)

50) São garantidos ao servidor público investido em cargo público o direito a salário, nunca inferior ao
mínimo, para os que percebem remuneração variável, a duração do trabalho normal não superior a oito
horas diárias e quarenta e quatro semanais e a licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,
com a duração de cento e vinte dias.

Comentários

O art. 39, § 3º, da CF/88, estendeu aos servidores alguns dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais. São
eles:

Art. 39, § 3° Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7°, IV, VII, VIII,
IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

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Art. 7°, IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o
poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

(...)

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

(...)

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da
lei;

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho;

(...)

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do


normal;

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias;

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da


lei;

(...)

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;

(...)

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por


motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

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Gabarito: Certo.

51) Segundo o Supremo Tribunal Federal, enquanto não for editada lei específica para disciplinar o direito
de greve do servidor público, deve ser aplicado ao setor público, no que couber, da lei de greve vigente no
setor privado.

Comentários

O direito de greve do servidor público, previsto no art. 37, inciso VII, da CF/88, é uma norma constitucional
de eficácia limitada. Como tal lei ainda não foi editada, o STF, no julgamento de três mandados de injunção,
adotando a posição concretista geral, determinou a aplicação ao setor público, no que couber, da lei de greve
vigente no setor privado (Lei nº 7.783/1989) até a edição da lei regulamentadora.

Gabarito: Certo.

52) Depende de lei específica a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público.

Comentários

A assertiva contraria a literalidade do art. 37, inciso XIII, da CF/88:

Art. 37, XIII- É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público.

Gabarito: Errado.

53) Ao servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão, aplica-se o regime geral de previdência
social.

Comentários

De acordo com o art. 40, § 13, da CF/88, para tais servidores, aplica-se o regime geral de previdência social.

Art. 40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato
eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.

Gabarito: Certo.

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54) São condições para a estabilidade do servidor público três anos de efetivo exercício em cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público e a aprovação em avaliação especial de desempenho
realizada por comissão instituída para essa finalidade.

Comentários

Os requisitos para que o servidor adquira a estabilidade estão previstos no caput do art. 41, da CF/88, e no
§ 4º deste mesmo artigo, que devem ser interpretados em conjunto:

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.

(...)

§ 4° Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de


desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

Gabarito: Certo.

Regime de Previdência dos Servidores (art. 40 da CF)

55) É assegurado aos servidores públicos titulares de cargos efetivos regime de previdência de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição oriunda de três fontes, quais sejam, do respectivo ente
público, dos servidores ativos e dos pensionistas.

Comentários

O regime de previdência dos servidores públicos é financiado mediante a contribuição do respectivo ente
público, dos servidores ativos, dos pensionistas e, também, dos servidores inativos.

Gabarito: Errado.

56) A Constituição Federal veda a possibilidade de percepção de mais de uma aposentadoria à conta do
regime de previdência dos servidores públicos.

Comentários

Em regra, é vedada a acumulação de aposentadorias por servidores públicos. Contudo, a própria Constituição
Federal admite a possibilidade de acumulação de aposentadorias, nos casos em que for possível a
acumulação dos respectivos cargos públicos, conforme § 6º, do art. 40:

Art. 40, § 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de
previdência previsto neste artigo.

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Gabarito: Errado.

57) O regime de previdência complementar dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios será instituído por lei de iniciativa do respectivo poder legislativo de
cada ente estatal.

Comentários

De acordo com o art. 40, §§ 14 e 15, da CF/88, é do respectivo Poder Executivo, e não do Poder Legislativo,
a iniciativa para instituição, mediante lei, do regime de previdência complementar dos servidores públicos.

Art. 40, § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa
do respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos
ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social para o valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de
previdência social, ressalvado o disposto no § 16.

§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 oferecerá plano de benefícios


somente na modalidade contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado
por intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de
previdência complementar.

Gabarito: Errado.

58) A aposentadoria compulsória dos servidores públicos, inclusive dos magistrados e membros do
Ministério Público, ocorre aos setenta anos de idade.

Comentários

A Emenda Constitucional nº 88/2015 (conhecida como "PEC da bengala") alterou a redação do art. 40, §1º,
inciso II, da CF/88, possibilitando que Lei Complementar aumente para 75 anos a idade da aposentadoria
compulsória.

Outrossim, a aludida Emenda Constitucional aumentou, automaticamente, para 75 anos, a idade para
aposentadoria compulsória dos Ministros do STF, dos Tribunais Superiores (TST, TSE, STJ e STM) e do Tribunal
de Contas da União, conforme o art. 100 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Vejamos a redação dos dispositivos supramencionados:

CF/88 - Art. 40. (...)

§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

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II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta)


anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;

ADCT - Art. 100. Até que entre em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do
art. 40 da Constituição Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais
Superiores e do Tribunal de Contas da União aposentar-se-ão, compulsoriamente, aos 75 (setenta
e cinco) anos de idade, nas condições do art. 52 da Constituição Federal.

Gabarito: Errado.

59) Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre
aposentadoria especial, até a edição de lei complementar específica.

Comentários

A Súmula Vinculante nº 33 consolidou o entendimento do STF, de que as regras do regime geral da


previdência sobre aposentadoria especial são aplicáveis, no que couber, aos servidores públicos, até que seja
editada lei complementar específica regulamentando a matéria.

Súmula Vinculante nº 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime
geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, §4º, inciso III
da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.

Gabarito: Certo.

60) Os ocupantes de empregos públicos estão sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social.

Comentários:

A Súmula Vinculante nº 33 consolidou o entendimento do STF, de que as regras do regime geral da


previdência sobre aposentadoria especial são aplicáveis, no que couber, aos servidores públicos, até que seja
editada lei complementar específica regulamentando a matéria.

Súmula Vinculante nº 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime
geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, §4º, inciso III
da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.

Lembre-se que estes servidores são regidos pela CLT e não por um estatuto.

Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de
servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial.

(...)

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§13º. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado


em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou
de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.

Gabarito: Certo.

61) Os ocupantes exclusivamente de cargos em comissão estão sujeitos ao Regime Geral de Previdência
Social.

Comentários:

A Súmula Vinculante nº 33 consolidou o entendimento do STF, de que as regras do regime geral da


previdência sobre aposentadoria especial são aplicáveis, no que couber, aos servidores públicos, até que seja
editada lei complementar específica regulamentando a matéria.

Súmula Vinculante nº 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime
geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, §4º, inciso III
da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.

A regra dos ocupantes exclusivamente de cargos em comissão também não mudou, aplica-se normalmente
o RGPS.

Art.40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão


declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato
eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

Gabarito: Certo.

62) Os ocupantes de cargos efetivos estão sujeitos ao Regime Próprio de Previdência Social.

Comentários:

Embora o art. 40 da CF/88 tenha sido alterado pela EC nº 103/2019, a regra de aplicação do RPPS continua
a mesma.

Aplica-se o regime próprio apenas aos servidores titulares de cargos efetivos, sendo este um regime de
caráter contributivo e solidário. (art. 40, caput, CF/88).

Gabarito: Certo.

63) Os ocupantes de funções temporárias estão sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social.
Comentários:

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Não houve alteração da regra para os ocupantes de funções públicas, assim como os outros. Antes da
Reforma da Previdência, o RGPS já era aplicável a eles e foi mantido desta forma, conforme o art. 40, §13,
da CF/88.

Art. 40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato
eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

Gabarito: Certo.

64) Os ocupantes de mandatos eletivos, assim como os ocupantes de cargos efetivos, estão sujeitos ao
Regime Próprio de Previdência Social.

Comentários:

Ainda que os servidores efetivos gozem da aplicação do Regime Próprio por força do caput do artigo 40, o
mesmo não pode ser dito acerca dos ocupantes de mandato eletivo.

Atualmente, a redação do § 13º, do art. 40, incluiu os cargos de mandato eletivo no rol de aplicação do
Regime Geral da Previdência Social.

Art.40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão


declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato
eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

Essa alteração é uma das novidades instituídas pela Reforma da Previdência instituída pela PEC 103/19.
Portanto, fique atento!

Para consolidar a teoria das questões, veja o esquema abaixo:

EMPREGO PÚBLICO

OCUPANTES
EXCLUSIVAMENTE DE
CARGOS EM COMISSÃO
RGPS

FUNÇÕES TEMPORÁRIAS

MANDATO
ELETIVO

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Gabarito: Errado.

65) As regras de idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com
deficiência poderão ser estabelecidas por lei ordinária do respectivo ente federativo.

Comentários

Cada ente, de fato, poderá estabelecer suas regras de idade e tempo de contribuição diferenciados para
aposentadoria de servidores com deficiência. Todavia o instrumento legal correto será a lei complementar,
de acordo com o art. 40, §4º-A, da CF/88.

Art. 40, §4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo
idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência
previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar.

Vale pontuar que em quase todos os casos de estipulação de idade e tempo de contribuição diferenciados
previstos no art. 40, o ente federativo deverá utilizar a lei complementar. O único que não utiliza esse
instrumento normativo é o cargo de professor.

Gabarito: Errado.

66) Os agentes penitenciários, agentes socioeducativos ou policiais poderão ter suas regras de idade e
tempo de contribuição diferenciados por meio de lei ordinária do respectivo ente federativo.

Comentários

Os agentes penitenciários, agentes socioeducativos ou policiais poderão ter suas regras criadas pelo por meio
de lei complementar do respectivo ente federativo, e não lei ordinária, de acordo com o art. 40, §4º-B, da
CF/88.

Art. 40, §4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo
idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de
agente penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso
IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.

Gabarito: Errado.

67) As regras de idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas
atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à
saúde, ou associação desses agentes, possuem vedação à caracterização por categoria profissional ou
ocupação.

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Comentários

As atividades que sejam exercidas por servidores com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e
biológicos prejudiciais à saúde ou associação desses agentes, poderão ser estabelecidas por lei
complementar do ente federativo. Entretanto, esta regra possui uma peculiaridade que você precisa ficar
atento.

A Reforma da Previdência buscou aprimorar a situação peculiar desses servidores e, para tanto, criou
vedação à caracterização por categoria profissional ou ocupação.

Isso significa que o ente federado poderá enquadrar nesta aposentadoria qualquer profissional que exerça
efetivamente as atividades enquadradas como prejudiciais à saúde, e não apenas prever a aplicação do
regime diferenciado para uma categoria profissional ou ocupação, de forma a excluir a aplicação sobre
aquelas que não se encaixem no rol disposto.

Art. 40, § 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo
idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades
sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à
saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou
ocupação.

Gabarito: Certo.

68) Os ocupantes de cargo de professor terão idade mínima reduzida em 10 (dez) anos em relação às idades
decorrentes da aplicação da regra geral prevista para a esfera federal.

Comentários

De acordo com o art. 40, § 5º, da CF/88, os ocupantes de cargo de professor terão idade mínima reduzida
em 5 (cinco) anos, e não em 10 (dez), como afirma a alternativa.

Essa redução incide sobre o tempo previsto para a esfera federal, uma vez que não foi concedido aos demais
entes federados a capacidade de dispor sobre a idade mínima de aposentadoria destes servidores,
diferentemente do que vimos nas alternativas sobre aposentadorias especiais.

Talvez você esteja se perguntando: “Então o ente federativo poderá dispor sobre o quê?”

Para os professores, cada ente federativo só poderá dispor, por meio de lei complementar, sobre o tempo
de contribuição destes profissionais no magistério.

Art. 40, §5º. Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos
em relação às idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III, do §1º, desde que
comprovem tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino
fundamental e médio fixado em lei complementar do respectivo ente federativo.

Gabarito: Errado.

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69) É vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime próprio de previdência social,
ainda que se trate de cargos acumuláveis previstos na Constituição Federal.

Comentários

A Reforma da Previdência não alterou a CF/88 no que diz respeito a possibilidade de acumulação de
aposentadorias do RPPS em cargos acumuláveis.

Art. 40, § 6º. Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de
previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições para a acumulação de
benefícios previdenciários estabelecidas no Regime Geral de Previdência Social.

Gabarito: Errado.

70) É vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social pelos entes federados.
Comentários

A assertiva está de acordo com o art. 40, § 22, da CF/88. A Reforma da Previdência centralizou as normas
gerais do Regime Próprio da Previdência Social nas mãos da União e vedou a criação de regimes próprios
pelos demais entes federados.

Art. 40, § 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei
complementar federal estabelecera, para os que já existam, normas gerais de organização, de
funcionamento e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre:

I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Previdência
Social;

II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos recursos;

III - fiscalização pela União e controle externo e social;

IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial;

V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e
para vinculação a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de
qualquer natureza;

VI - mecanismos de equacionamento do déficit atuarial;

VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os princípios relacionados


com governança, controle interno e transparência;

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VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem atribuições


relacionadas, direta ou indiretamente, com a gestão do regime;

IX - condições para adesão a consórcio público;

X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de contribuições


ordinárias e extraordinárias.

Gabarito: Certo.

71) Nos casos em que o ente federado já possua Regime Próprio de Previdência Social anterior à Reforma
da Previdência, ficará a cargo do respectivo ente estabelecer, por meio de Lei complementar própria, as
normas gerais de organização, funcionamento e responsabilidade de seus regimes previdenciários.

Comentários

De acordo com o art. 40, § 22, da CF/88, a União é que ficará responsável pelas normas gerais de organização,
de funcionamento e de responsabilidade na gestão dos regimes próprios já existentes nos entes federados,
o que será realizado por meio de lei complementar federal.

Art. 40, § 22 Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei
complementar federal estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de organização, de
funcionamento e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre:

Gabarito: Errado.

72) É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social por poder do ente federativo,
o que abrangerá seus respectivos órgãos e entidades autárquicas e fundacionais.

Comentários

É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social por ente federativo, e não por
poder do ente federativo. Na prática, isso significa que atualmente existirá apenas um regime próprio para
todo o ente federado, e esse será aplicável para todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

Gabarito: Errado.

73) Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime próprio
de todos os servidores, independentemente do valor do benefício.

Comentários

De acordo com o art. 40, § 18, da CF/88, a contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões
concedidas pelo regime próprio não será aplicável a todos os servidores. Isso porque o §18 limitou a sua

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incidência para alcançar apenas aqueles proventos de aposentadoria que superem o limite máximo
estabelecido para os benefícios do RGPS. Neste ponto, a reforma da previdência não realizou qualquer
alteração.

Art. 40, §18 Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas
pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao
estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.

Gabarito: Errado.

74) O regime de previdência complementar para servidores ocupantes de cargo efetivo deverá ser
instituído pelos entes federados e possuí como limite máximo o valor dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.
Comentários

O regime de previdência complementar realmente deverá ser instituído pelos entes federados, sendo esta
uma das novidades criadas pela Reforma da Previdência, uma vez que anteriormente a instituição era
meramente facultativa.

A assertiva está incorreta ao afirmar que a previdência complementar possui limite máximo.

Na verdade, foi o RPPS quem sofreu essa limitação ao valor dos benefícios do RGPS, e não a previdência
complementar, uma vez que esta se tornou de instituição obrigatória justamente para permitir que o
servidor possa complementar sua aposentadoria e receba, já aposentado, algo próximo do que recebia em
sua última remuneração como ativo.

Art. 40, § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa
do respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos
ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social para o valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de
previdência social, ressalvado o disposto no § 16.

Gabarito: Errado.

75) João é servidor público estadual de cargo efetivo, completou as exigências para a aposentadoria
voluntária e pretende continuar trabalhando, por isso pretende solicitar o abono de permanência.
Preocupado com as implicações da Reforma da Previdência no abono de permanência, João procurou o
advogado Matheus e este respondeu corretamente que o abono de permanência poderá ser concedido à
João, mas terá como teto o valor da contribuição previdenciária do servidor.

Comentários

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De acordo com o art. 40, §19, da CF/88, João fará jus ao abono de permanência e deverá ser observado como
teto o valor da sua contribuição previdência, sendo esta o único limite sobre o valor mencionado nas
disposições da Constituição federal sobre o tema.

Art.40, §19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o
servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria
voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência
equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para
aposentadoria compulsória.

Gabarito: Certo.

76) A idade mínima para aposentadoria no âmbito federal é de 62 anos para as mulheres e 65 anos para
os homens.

Comentários

A EC 103/2019 alterou as regras de idade mínima para concessão da aposentadoria voluntária. Atualmente,
aplica-se o que foi mencionado pela alternativa: 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens.

Vale lembrar que a idade mínima não é o único requisito para concessão da aposentadoria, pois atualmente
também se faz necessário avaliar o tempo de contribuição.

Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de
servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial.

§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:

I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando
insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações
periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da
aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo;

II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta)


anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;

III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar
do respectivo ente federativo.

Gabarito: Certo.

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77) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios já não seguem mais a idade mínima estabelecida pelo
âmbito da União, uma vez que atualmente possuem autonomia para estabelecerem a idade mínima para
aposentadoria mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas.

Comentários

Uma das principais alterações da Reforma da Previdência foi a concessão de autonomia para que os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios decidam sobre a idade mínima para aposentadoria voluntária de seus
servidores efetivos.

Isso é muito importante, lembre-se bem: Estados, Distrito Federal e Municípios não estão mais vinculados à
idade mínima da União, de acordo com o art. 40, § 1º, inciso III, da CF/88.

Gabarito: Certo.

78) Embora não exista mais limite mínimo aos proventos de aposentadoria do Regime Próprio de
Previdência Social, o mesmo não pode ser dito sobre o limite máximo, que, atualmente, encontra teto nos
valores máximos estabelecidos para o Regime Geral de Previdência Social.

Comentários

Atualmente existe um limite mínimo e um limite máximo para os proventos do RPPS.

O limite mínimo para os proventos é o valor do salário-mínimo, assim fica garantido que nenhum servidor
público efetivo se aposente recebendo menos que o mínimo.

Quanto ao limite máximo, a Reforma da Previdência definiu como teto do RPPS o valor do limite máximo
vigente para o RGPS, sendo inclusive vedada qualquer complementação às aposentadorias ou pensões por
morte do regime próprio.

Além disto, a proibição de complementação não significa que o servidor está proibido de aderir aos regimes
de previdência complementar, uma vez que atualmente a instituição deles tornou-se obrigatória.

Art. 40, § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa
do respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos
ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social para o valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de
previdência social, ressalvado o disposto no § 16.

§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 oferecerá plano de benefícios


somente na modalidade contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado
por intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de
previdência complementar.

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§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser
aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de
instituição do correspondente regime de previdência complementar.

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3°


serão devidamente atualizados, na forma da lei.

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo


regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do
regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido
para os servidores titulares de cargos efetivos.

Gabarito: Errado.

79) As regras de cálculo dos proventos de aposentadoria do servidor público em cargo efetivo serão
disciplinadas em lei do seu respectivo ente federativo.

Comentários

A assertiva trata de uma das novidades da EC 103/2019. Atualmente, toda a forma de cálculo será
normatizada por meio de legislação infraconstitucional.

Art. 40, § 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei do
respectivo ente federativo.

Gabarito: Certo.

80) A Constituição Federal veda a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de
benefícios do regime próprio de previdência social, excetuando-se apenas os casos dispostos no texto
constitucional como sujeitos a lei complementar do ente federado.

Comentários

Em regra, é vedada a adoção de critérios ou requisitos diferenciados, mas a própria Constituição Federal já
apresenta suas exceções, que deverão ser disciplinadas por lei complementar do respectivo ente federado.

Aplica-se a exceção aos casos:

➢ servidores com deficiência;


➢ servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e
biológicos prejudiciais à saúde;
➢ servidores ocupantes de cargo de agente penitenciários, agentes socioeducativos, policiais
legislativos da Câmara e do Senado, policiais federais, policiais civis, policiais rodoviários federais e
policiais ferroviários federais.

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Art. 40, § 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de


benefícios em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C
e 5º.

§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e
tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência,
previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar.

§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e
tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente
penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do
caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.

§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e
tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam
exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou
associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.

§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em


relação às idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que comprovem
tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino
fundamental e médio fixado em lei complementar do respectivo ente federativo.

Para facilitar a compreensão, vejamos o esquema abaixo:

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SERVIDORES COM
DEFICIÊNCIA

CARGOS RELACIONADOS À
IDADE E TEMPO ATIVIDADE POLICIAL E
PENITENCIÁRIA

ATIVIDADES COM EFETIVA


EXPOSIÇÃO A AGENTES
QUÍMICOS, FÍSICOS E
BIOLÓGICOS PREJUDICIAIS À
SAÚDE
LEI COMPLEMENTAR DO
ENTE FEDERADO

TEMPO DE EFETIVO
PROFESSORES
EXERCÍCIO

IDADE MÍNIMA SEGUE


REGRA DA CF:
(RG DA UNIÃO REDUZIDA EM
5 ANOS)
57 ANOS --> MULHERES
60 ANOS --> HOMENS

Gabarito: Certo.

Estabilidade dos servidores públicos (art. 41 da CF)

81) Será considerado estável o servidor público que após três anos de efetivo exercício em cargo de
provimento efetivo via concurso público, venha a ser aprovado na avaliação especial de desempenho.

Comentários.

De acordo com a literalidade do art. 41, caput e do §4º, da CF/88, uma vez que, de fato, a estabilidade
depende de quatro requisitos:

➢ Aprovação em concurso público;

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➢ Nomeação para cargo público efetivo;


➢ 3 (três) anos de efetivo exercício do cargo; e
➢ Avaliação especial de desempenho por comissão instituída para esse fim.

Art. 41 São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de


desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

Gabarito: Certo.

82) Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, tendo sido extinto o cargo que ele
ocupava ou declarada a sua desnecessidade, referido servidor ficará em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Comentários.

A assertiva combinou uma das hipóteses de perda de cargo do art. 41, § 2º, da CF/88, com o disposto no §
3º do mesmo artigo:

Art. 41, § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em


disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.

Caso seja invalidada a demissão do servidor estável, por sentença judicial, ele será reintegrado. Entretanto,
caso seu cargo tenha sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Gabarito: Certo.

83) A data da nomeação ou da posse do servidor é irrelevante para contagem do prazo de aquisição de
estabilidade, uma vez que o termo inicial de contagem se dá com a entrada em exercício.

Comentários.

O caput do artigo 41, da CF/88, expõe exatamente o que afirma a assertiva: a estabilidade se dará após "três
anos de efetivo exercício", razão pela qual entende-se que a entrada em exercício será o marco inicial de
contagem e a data da posse ou da nomeação não influenciará na aquisição da estabilidade.

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Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.

Gabarito: Certo.

84) A simples circunstância de o servidor público estar em estágio probatório não é justificativa para
demissão com fundamento na sua participação em movimento grevista.

Comentários.

A assertiva traz a literalidade de um julgado acerca do direito de greve dos servidores públicos que se
encontrem em estágio probatório.

Segundo o STF, é possível que servidores em estágio probatório participem de movimentos grevistas:

A simples circunstância de o servidor público estar em estágio probatório não é justificativa


para demissão com fundamento na sua participação em movimento grevista por período
superior a trinta dias. A ausência de regulamentação do direito de greve não transforma os
dias de paralisação em movimento grevista em faltas injustificadas. 4

Gabarito: Certo.

85) O servidor público poderá perder seu cargo mediante processo administrativo que lhe seja assegurada
ampla defesa, contudo tal punição não poderá ocorrer durante o período em que o servidor se encontre
em gozo de licença especial.

Comentários.

Vejamos as hipóteses de perda do cargo por parte do servidor estável previstas no art. 41, § 1º, da CF/88:

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

4
RE 226.966, rel. p/ o ac. min. Cármen Lúcia, j. 11-11-2008, 1ª T, DJE de 21-8-2009.] Vide ADI 3.235, rel. p/ o ac. min. Gilmar
Mendes, j. 4-2-2010, P, DJE de 12-3-2010

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III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa.

A assertiva acerta na possibilidade de perda do cargo em virtude de processo administrativo, entretanto erra
ao afirmar que os servidores em gozo de licença especial não poderão ser demitidos, tendo em vista que não
há no texto constitucional qualquer disposição do gênero e o entendimento do STF é exatamente o oposto:

Não é obstáculo à aplicação da pena de demissão a circunstância de achar-se o servidor em


gozo de licença especial. 5

Para finalizar, veja a literalidade e a súmula n.º 20 do STF:

Súmula n.º 20, STF: É necessário processo administrativo com ampla defesa, para demissão de
funcionário admitido por concurso.

Gabarito: Errado.

Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (art. 42 da CF)

86) A vedação absoluta ao direito de greve dos integrantes das carreiras da segurança pública é compatível
com o princípio da isonomia.

Comentários

A assertiva aborda o tema do julgamento da ARE 654.432/GO, situação que o STF firmou o entendimento de
que o exercício do direito de greve é vedado a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área
de segurança pública.

Segundo a Corte, não há qualquer incompatibilidade dessa vedação com o princípio da isonomia, uma vez
que a greve não é um direito absoluto, devendo prevalecer o interesse público e o interesse social sobre o
interesse individual de uma categoria.

Gabarito: Certo.

87) O corpo de bombeiros é instituição militar integrante das forças armadas.

Comentários

As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade máxima do

5
MS 23.034, rel. min. Octavio Gallotti, j. 29-3-1999, P, DJ de 18-6-1999.] Vide MS 23.187, rel. min. Eros Grau, j. 27-5-2010,
P, DJE de 6-8-2010

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Presidente da República, que é o responsável por conceder as suas patentes, com prerrogativas, direitos e
deveres inerentes.

Perceba que o conceito de Forças Armadas não engloba os Militares nos Estados, DF e Territórios, uma vez
que estes subordinam-se aos respectivos governadores, tal como previsto no art. 42, caput e §1º, da CF/88:

Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições


organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e
dos Territórios.

§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier
a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º,
cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as
patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores

Deste modo, é incorreto afirmar que o Corpo de Bombeiros Militar faz parte das Forças Armadas.

➢ Militares (policiais e bombeiros) = instituição relacionada aos Estados e Distrito Federal.


➢ Forças Armadas = instituição nacional relacionada à União.

Gabarito: Errado.

88) É expressamente vedado aos militares da ativa tomar posse em cargo público civil permanente ou
temporário.

Comentários

A assertiva aborda um tema que foi alterado pela EC 101/2019: trata da possibilidade de acumulação de
cargos públicos civis com cargos militares.

Diferentemente do alegado na assertiva, temos que o artigo 42, §3º, da CF/88, prevê a possibilidade de
acumulação de cargos nas hipóteses do art. 37, inciso XVI, da CF/88, desde que a atividade militar prevaleça
sobre as civis. Veja:

Art. 42. Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições
organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e
dos Territórios.

(...)

§ 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no art. 37,
inciso XVI, com prevalência da atividade militar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 101, de
2019)

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

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(...)

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver


compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas;

Gabarito: Errado.

89) As normas constitucionais pertinentes às vantagens concedidas aos militares das Forças Armadas não
se aplicam aos militares dos estados, do Distrito Federal e dos territórios.

Comentários

A alternativa afirma exatamente o oposto da literalidade do art. 42, §1º, da CF/88, posto que aos militares
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplicam-se todas as disposições do art. 142, §§ 2º e 3º, que
trata dos militares das Forças Armadas (constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica), além
das demais que venham a ser fixadas em lei.

Art. 42, § 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do
que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e
3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as
patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores.

Gabarito: Errado.

90) As condições para transferência dos militares nos Estados para a inatividade serão reguladas mediante
lei nacional.

Comentários

As condições para transferência dos militares nos Estados para a inatividade serão reguladas mediante lei
estadual ou distrital, conforme expõe o julgado do STF abaixo:

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Cabe à lei estadual, nos termos da norma constitucional do art. 142, § 3º, X, regular as
disposições do art. 42, § 1º, da CF e estabelecer as condições de transferência do militar
para a inatividade.6

Gabarito: Errado.

Regiões (art. 43 da CF)

91) A União poderá conceder, como incentivo regional, isenções, reduções ou diferimento temporário de
tributos federais, estaduais e municipais devidos por pessoas físicas.

Comentários

De acordo com o art. 43, § 2º, inciso III, da CF/88, para fins de incentivo regional, a União só poderá conceder
isenções, reduções ou diferimento temporário, de tributos federais. Não há qualquer previsão do gênero
para os tributos estaduais ou municipais, veja:

Art. 43, § 2º Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:

(...)

III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas
ou jurídicas;

Gabarito: Errado.

92) Nas áreas dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas
a secas periódicas, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com todos os
proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de irrigação.

Comentários

De acordo com o art. 43, § 3º, da CF/88, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com
os pequenos e médios proprietários rurais, e não com todos os proprietários como afirma a assertiva.

Art. 43, § 2º Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:

(...)

IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água
represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.

6
RE 495.341 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 14-9-2010, 2ª T, DJE de 1º-10-2010.

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(...)

§ 3º Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas e
cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas
glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.

Gabarito: Errado.

93) Para efeitos legislativos, os Estados poderão articular suas ações em um mesmo complexo
geoeconômico e social.

Comentários

De acordo com o art. 43, caput, da CF/88, as regiões serão criadas sempre para efeitos administrativos e sua
iniciativa pertence à União, e não aos Estados, DF e Municípios.

Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo
geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.

Gabarito: Errado.

94) Lei ordinária disporá sobre as condições para integração de regiões em desenvolvimento e sobre a
composição dos organismos regionais que executarão os planos regionais, integrantes dos planos
nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes.

Comentários

De acordo com o art. 43, § 1º, da CF/88, a disposição sobre as condições de integração de regiões em
desenvolvimento deve ser realizada mediante Lei Complementar, e não lei ordinária.

Art. 43, § 1º Lei complementar disporá sobre:

I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento;

Gabarito: Errado.

95) A composição dos organismos regionais que executarão os planos regionais, integrantes dos planos
nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes, será fixada em lei
complementar.

Comentários

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De acordo com o art. 43, § 1º, inciso II, da CF/88, e apresenta uma das matérias sobre Regiões que deverá
ser tratada por lei complementar, tal como dispõe a literalidade do art. 43, §1º, II, da CF:

Art. 43, § 1º Lei complementar disporá sobre:

(...)

II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais,
integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente
com estes.

Gabarito: Certo.

...

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

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