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Direito Administrativo
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Sumário
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1. Serviços públicos
1.1. Formas de delegação de serviço público
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Art. 6º, Lei nº 8.987. Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço
adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas
normas pertinentes e no respectivo contrato.
§ 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade,
eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade
das tarifas.
§ 3° Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em
situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade
§ 4º A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo não
poderá iniciar-se na sexta-feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no
dia anterior a feriado.
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pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim”,
destacando o parágrafo único desse dispositivo a impossibilidade de que a prestação dos
serviços públicos seja interrompida até sentença judicial transitada em julgado.
c) Anulação: podendo ocorrer pela via administrativa ou judicial, a anulação se dá quando
existente vício de legalidade no contrato). Assim, “Presente o vício, há presumida lesão ao
patrimônio público, o que permite o ajuizamento de ação popular para postular-se a anulação do
ajuste” (CARVALHO FILHO, 2021, p. 443).
d) Caducidade – ato vinculado: “Art. 27. A transferência de concessão ou do controle
societário da concessionária sem prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade
da concessão.”
e) Caducidade – ato discricionário:
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Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a
adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais,
regulamentares e legais pertinentes.
Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a
designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias,
instaurar procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida
e apurar responsabilidades, assegurado o direito de ampla defesa.
§ 1o Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e
regulamentares será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente
devolvido à concessionária, sem prejuízo de seu direito à indenização.
§ 2o O procedimento administrativo a que se refere o caput deste artigo deverá ser
concluído no prazo de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a
intervenção.
Art. 34. Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a administração do serviço
será devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que
responderá pelos atos praticados durante a sua gestão.
A) impõe-se a encampação, mediante a retomada do serviço pelo Município Beta, sem o pagamento de
indenização.
B) a hipótese é de caducidade a ser declarada pelo Município Beta, mediante decreto, que independe da
verificação prévia da inadimplência da concessionária.
C) cabe a revogação do contrato administrativo pelo Município Beta, diante da discricionariedade e
precariedade da concessão, formalizada por mero ato administrativo.
D) é possível a intervenção do Município Beta na concessão, com o fim de assegurar a adequada
prestação dos serviços, por decreto do poder concedente, que conterá designação do interventor, o prazo,
os objetivos e os limites da medida.
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Lei 13.869/2019
Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se
podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões
tenham sido decididas no juízo criminal.
Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a
sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em
legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Art. 37, XVI, da CF. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no
inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas;
Art. 37, XVII, da CF. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
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em que alcançou a estabilidade, após o preenchimento dos respectivos requisitos legais. Enquanto estava
no exercício das funções desse cargo, Amadeu cursou e concluiu a Faculdade de Direito, razão pela qual
decidiu prestar concurso público e foi aprovado para ingressar como advogado de certa sociedade de
economia mista federal, que recebe recursos da União para o seu custeio geral. Diante dessa situação
hipotética, assinale a afirmativa correta.
A) Amadeu poderá acumular o cargo no Tribunal com o emprego na sociedade de economia mista federal,
se houver compatibilidade de horários.
B) A estabilidade já alcançada por Amadeu estende-se à sociedade de economia mista, considerando-se
que aquela se consuma no serviço público, e não no cargo.
C) Amadeu, ao ser contratado pela sociedade de economia mista, continua submetido ao teto
remuneratório do serviço público federal.
D) Amadeu poderia ser transferido para integrar os quadros da sociedade de economia mista sem a
realização de novo concurso público.
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seriam aplicadas, a sociedade empresária firmou com o Estado Beta acordo de leniência.
No caso em tela, nos termos da chamada Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/13), a celebração do citado
acordo isentará a sociedade empresária Alfa da proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções,
doações ou empréstimos na forma prevista na lei, bem como da sanção de
5. Atos administrativos
5.1. Elementos (competência e motivo)
Todo ato administrativo possui cinco elementos, elencados no art. 2º, da Lei nº 4.717/65
(Lei de ação popular): competência, finalidade, forma, motivo e objeto.
Competência: é definida em lei ou atos administrativos gerais, bem como, em algumas
situações decorrem de previsão na Constituição Federal e não pode ser alterado por vontade
das partes ou do administrador público.
Atenção! Não basta ostentar a qualidade de agente público, devendo ter capacidade para
tanto, devendo ser analisada, ainda, a existência, inclusive, de algum óbice legal à atuação deste
agente.
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Motivo: as razões de fato e de direito que dão ensejo à prática do ato, ou seja, a situação
fática que precipita a edição do ato administrativo.
Motivo e motivação: motivação é somente a exposição dos motivos do ato. Motivação
integra a “formalização do ato”, é feita pela autoridade administrativa competente para a sua
prática.
Se houver motivação, mas os motivos forem O ato é viciado, por ilegalidade no elemento
falsos ou não corresponderem com a lei. motivo.
Atenção! Nas situações em que a motivação não se faz necessária, por expressa
dispensa legal, se o ato for motivado e o motivo apresentado não for verdadeiro ou for viciado, o
ato será inválido.
A) Mesmo diante do erro na fundamentação, o ato é válido, pois a autorização pleiteada é ato
discricionário da Administração.
B) Independentemente do erro na fundamentação, o ato é inválido, pois a autorização pleiteada é ato
vinculado, não podendo a Administração indeferi-lo.
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C) Diante do erro na fundamentação, o ato é inválido, uma vez que, pela teoria dos motivos determinantes,
a validade do ato está ligada aos motivos indicados como seu fundamento.
D) A despeito do erro na fundamentação, o ato é válido, pois a autorização pleiteada é ato vinculado, não
tendo a associação de moradores demonstrado o preenchimento dos requisitos.
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Precedente do STJ:
A) O Estado poderia ser civilmente responsabilizado pela morte de Tânia, pois tinha o dever de evitar a
fuga de Geraldo, mas não pelo óbito de Mateus, em razão de fato exclusivo da vítima, tendo em conta a
adoção da teoria do risco administrativo.
B) Ambas as mortes acima descritas seriam passíveis de configurar a responsabilização civil do Estado,
nos termos da Constituição, que adota expressamente a teoria do risco integral, nas situações
relacionadas à segurança pública.
C) Nenhum dos óbitos narrados pode caracterizar a responsabilização civil do Estado, na medida em que
nas hipóteses de omissão do Estado deve ficar caracterizado o elemento culpa, imprescindível no âmbito
da teoria do risco administrativo.
D) O Estado poderia ser civilmente responsabilizado pela morte de Mateus, pois tinha o dever de proteger
a incolumidade física de pessoa sob sua custódia, mas não pelo óbito de Tânia, na medida em que não
há nexo de causalidade entre a fuga de Geraldo e o evento danoso.
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II - a reversão à pessoa jurídica lesada da vantagem indevida obtida, ainda que oriunda
de agentes privados.
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A) omissivo, pois a nova legislação exige conduta comissiva, livre e consciente do agente, caracterizada
por um atuar positivo por parte do sujeito ativo do ato de improbidade, para fins de caracterização de ato
ímprobo.
B) culposo, pois a nova legislação exige conduta dolosa para todos os tipos previstos na Lei de
Improbidade e considera dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado na lei,
não bastando a voluntariedade do agente.
C) que cause simplesmente prejuízo ao erário, pois é imprescindível que o sujeito ativo do ato de
improbidade tenha se enriquecido ilicitamente com o ato praticado, direta ou indiretamente.
D) que enseje mero dano ao erário, pois é imprescindível que o sujeito ativo do ato de improbidade tenha
também atentado contra os princípios da administração pública, direta ou indiretamente.
1. Agentes públicos
Art. 2o da Lei 8.112/90. Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida
em cargo público.
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Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
A) Não é possível a criação de um cargo em comissão de professora, visto que tais cargos destinam-se
apenas às funções de direção, chefia e assessoramento.
B) É adequada a criação de um cargo em comissão para que Maria prolongue suas atividades como
professora na entidade administrativa, diante do justificado interesse público.
C) Maria tem estabilidade porque exerceu a função de professora por mais de três anos consecutivos,
tornando desnecessária a criação de um cargo em comissão para que ela continue como professora na
entidade autárquica.
D) Não é necessária a criação de um cargo em comissão para que Maria permaneça exercendo a função
de professora, porque a contratação temporária pode ser prorrogada por tempo indeterminado.
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Art. 1º da Lei nº 12.990/14. Ficam reservadas aos negros 20% (vinte por cento) das vagas
oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos
públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações
públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela
União, na forma desta Lei.
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Sobre esse tema, cabe referir uma súmula super importante sobre o momento, no qual
pode ser exigida a comprovação dos requisitos para o exercício do cargo público:
Súmula nº 266 do STJ: O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser
exigido na posse e não na inscrição para o concurso público.
Art. 37, § 13 da CF: O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para
exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer
nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o
cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem.
Recondução:
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A) A invalidação do ato demissional de Maria não poderá importar na sua reintegração ao cargo anterior,
considerando que está ocupado por Alfredo.
B) Maria, em razão de ter adquirido a estabilidade, independentemente da existência e necessidade do
cargo que ocupava, deverá ser posta em disponibilidade.
C) Maria deverá ser readaptada em cargo superior ao que ocupava anteriormente, diante da ilicitude de
seu ato demissional.
D) Em decorrência da invalidade do ato demissional, Maria deve ser reintegrada ao cargo que ocupava e
Alfredo deverá ser reconduzido para o cargo de origem.
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10) FGV – 2019 – OAB – 28º Exame de Ordem Unificado – Primeira Fase
Sávio, servidor público federal, frustrado com a ineficiência da repartição em que trabalha, passou a faltar
ao serviço. A Administração Pública, após constatar que Sávio acumulou sessenta dias de ausência nos
últimos doze meses, instaurou processo administrativo disciplinar para apurar a conduta do referido
servidor.
4. Poder de polícia
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Características/atributos:
11) FGV – 2019 – OAB – 30º Exame de Ordem Unificado – Primeira Fase
Após comprar um terreno, Roberto iniciou a construção de sua casa, sem prévia licença, avançando para
além dos limites de sua propriedade e ocupando parcialmente a via pública, inclusive com possibilidade
de desabamento de parte da obra e risco à integridade dos pedestres.
No regular exercício da fiscalização da ocupação do solo urbano, o poder público municipal, observadas
as formalidades legais, valendo-se da prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza-o a
restringir o uso e o gozo da liberdade e da propriedade privada em favor do interesse da coletividade,
determinou que Roberto demolisse a parte irregular da obra.
O poder administrativo que fundamentou a determinação do Município é o poder:
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C) regulamentar, e os agentes públicos estão autorizados a realizar atos concretos para aplicar a lei,
ainda que tenham que se valer do atributo da autoexecutoriedade, a fim de concretizar suas
determinações, independentemente de prévia ordem judicial.
D) de polícia, e a fiscalização apresenta duplo aspecto: um preventivo, por meio do qual os agentes
públicos procuram impedir um dano social, e um repressivo, que, face à transgressão da norma de polícia,
redunda na aplicação de uma sanção.
5. Lei anticorrupção
Aplicabilidade da Lei anticorrupção (Lei nº 12.846):
Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas
jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira. *Não
possui natureza penal
Art. 3º. A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de
seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou
partícipe do ato ilícito.
Responsabilidades:
a) Objetiva (não há necessidade de comprovar dolo ou culpa): para a pessoa jurídica.
Basta a prática da conduta ou omissão; nexo de causalidade e resultado.
b) Subjetiva: para os dirigentes e administradores.
12) FGV – 2021 – OAB – 33º Exame de Ordem Unificado – Primeira Fase
A sociedade empresária Espertinha praticou atos de corrupção contra determinada organização pública
internacional, mediante oferecimento de suborno para a obtenção de vantagens indevidas. Em razão
disso, a Controladoria Geral da União (CGU) instaurou procedimento administrativo para apurar a
responsabilização administrativa de tal sociedade.
Considerando o disposto na Lei nº 12.846/13 (Lei Anticorrupção), assinale a afirmativa correta.
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6. Desapropriação
6.1. Aspectos gerais
O ente público determina a retirada de bem privado do seu proprietário, para que esse
faça parte do patrimônio público, sempre embasado nas necessidades coletivas, mediante o
pagamento de indenização, previamente definida, de forma justa ao proprietário.
É forma originária de aquisição da propriedade.
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Atenção! O STF entende que todo o terreno será desapropriado, ainda que a plantação
se restrinja a uma parcela da propriedade.
Aqui o bem continua da propriedade do particular, mas com algumas restrições e sujeito
à força expropriatória do Estado.
Ato sujeito ao controle judicial e administrativo e com natureza de ato discricionário.
Fase executória: executar ou promover a desapropriação é pagar o valor da indenização,
previamente fixado, efetivando a imissão do poder público na posse do bem.
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13) FGV – 2017 – OAB – 23º Exame de Ordem Unificado – Primeira Fase
O Estado “X” pretende fazer uma reforma administrativa para cortar gastos. Com esse intuito, espera
concentrar diversas secretarias estaduais em um mesmo prédio, mas não dispõe de um imóvel com a
área necessária. Após várias reuniões com a equipe de governo, o governador decidiu desapropriar, por
utilidade pública, um enorme terreno de propriedade da União para construir o edifício desejado.
Sobre a questão apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) A União pode desapropriar imóveis dos Estados, atendidos os requisitos previstos em lei, mas os
Estados não podem desapropriar imóveis da União.
B) Para que haja a desapropriação pelo Estado “X”, é imprescindível que este ente federado demonstre,
em ação judicial, estar presente o interesse público.
C) A desapropriação é possível, mas deve ser precedida de autorização legislativa dada pela Assembleia
Legislativa.
D) A desapropriação é possível, mas deve ser precedida de autorização legislativa dada pelo Congresso
Nacional.
7. Inexigibilidade de licitação
Sempre que a competição for impossível, a licitação será inexigível.
As hipóteses dispostas na lei não são taxativas, mas meramente exemplificativas. Mesmo
que a circunstância não esteja disposta expressamente no texto legal, a licitação será inexigível
quando for inviável a realização de competição entre interessados.
Vejamos as hipóteses previstas no art. 74, da Lei 14.133/21, literis:
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Atenção: como já foi cobrado diversas vezes pela banca, é muito importante o estudo da
lei das Estatais, dos consórcios públicos e das principais características das Agências
Reguladoras, então vou indicar alguns artigos para leitura de tema de casa:
• Lei nº 13.303/2016: artigos 3º, 4º e 5º;
• Lei nº 9.986/2000: artigos 4º, 6º, 8º, 8º-A, 8º-B, e 9º;
• Lei nº 13.848/2019: artigos 3º, 7º, 8º, 9º e 34 da Lei nº 13.848/19;
• Lei nº 11.107/2005: artigos 1º, 2º, 4º, 6º, 8º e 11.
14) FGV – 2022 – OAB – 36° Exame de Ordem Unificado – Primeira Fase
A Agência Reguladora federal Alfa, criada no ano corrente, tem a intenção de formalizar um acordo de
cooperação com a Agência Reguladora estadual Beta. O acordo visa à descentralização das atividades
normativas, fiscalizatórias, sancionatórias e arbitrais, com o intuito de conferir maior eficiência à atuação
das duas entidades.
Nesse contexto, à luz do disposto na CRFB/88 e na Lei nº 13.848/18, assinale a afirmativa correta.
A) O acordo de cooperação poderia ter por objeto a delegação de competência normativa da Agência
Alfa.
B) A execução da fiscalização do objeto da delegação pela Agência Beta, por ser estadual, não precisa
observar as normas federais pertinentes.
C) A execução de competência delegada pelo acordo de cooperação à Agência Beta independe do
acompanhamento e da avaliação pela Agência Alfa.
D) A Agência Alfa, havendo delegação de competência, permanecerá como instância superior e recursal
das decisões tomadas no exercício da competência delegada à Agência Beta.
15) FGV – 2023 – OAB – 37° Exame de Ordem Unificado – Primeira Fase
Márcio é policial militar do Estado Ômega e, ao longo de suas férias, em movimentada praia no litoral do
Estado Alfa, durante festa em que se encontrava à paisana, envolveu-se em uma briga, durante a qual
sacou a arma da corporação, que sempre portava, e desferiu tiros contra Bernardo, que veio a óbito
imediato. Mirtes, mãe de Bernardo, pretende ajuizar ação indenizatória em decorrência de tal evento.
Sobre a situação narrada, assinale a afirmativa correta.
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A) A ação indenizatória não poderá ser ajuizada em face do Estado Ômega, na medida em que o fato
ocorreu no território do Estado Alfa.
B) A ação deverá ser ajuizada em face da União, que é competente para promover a segurança pública.
C) Há legitimidade passiva do Estado Ômega, considerando que Márcio tinha a posse de uma arma da
corporação, em decorrência da qualidade de agente público.
D) O Estado Ômega deve responder civilmente pela conduta de Márcio, já que o ordenamento jurídico
pátrio adotou a teoria do risco integral.
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Prescrição: tema sensível e que sofreu diversas alterações com as Lei nº 14.230/2021.
Se antes o prazo de prescrição era (basicamente) de cinco anos, agora o prazo é de 8 anos para
prescrição. O objetivo da prescrição é dar estabilidade às relações jurídicas.
Nos parágrafos do artigo 23 da Lei de Improbidade Administrativa há previsões de
suspensão e interrupção de prazo prescricional. Uma novidade na nova redação da Lei de
Improbidade Administrativa é que, agora, haverá possibilidade da chamada prescrição
intercorrente no prazo de 4 anos, ou seja, prescrição que ocorre no decorrer do processo judicial:
“§ 5º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do dia da interrupção, pela metade
do prazo previsto no caput deste artigo”.
Atenção: o artigo 16 trata sobre a possibilidade de indisponibilidade de bens, não deixe
de estudar esse artigo, pois o assunto está em alta. Assim como o acordo de não persecussão
cível, conforme o artigo 17-B!
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16) FGV – 2022 – OAB – 36° Exame de Ordem Unificado – Primeira Fase
Na semana passada, o Ministério Público ajuizou ação em desfavor de Odorico, prefeito do Município
Delta, em decorrência da prática de ato doloso de improbidade que causou enriquecimento ilícito. Após
os devidos trâmites processuais, o Juízo de primeiro grau verificou a configuração dos elementos
caracterizadores da improbidade, incluindo o dolo específico, razão pela qual aplicou as penalidades
cominadas na legislação.
Sobre as penalidades aplicadas ao prefeito Odorico, assinale a afirmativa correta.
A) É cabível a execução provisória da penalidade de perda da função pública, com seu imediato
afastamento do cargo.
B) Poderia ser aplicada a penalidade de suspensão de direitos políticos por prazo superior a quinze anos,
em razão da presença de dolo específico.
C) O Juízo de primeiro grau não poderia cumular as penalidades de suspensão dos direitos políticos e de
proibição de contratar com a Administração, sob pena de bis in idem.
D) O Juízo de primeiro grau poderia cumular a determinação de ressarcimento integral ao erário com a
aplicação da penalidade de multa equivalente ao valor do acréscimo patrimonial.
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No controle externo realizado pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas,
tenha cuidado com o artigo 71 da Constituição Federação, especificamente com inciso III:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório.
17) FGV – 2022 – OAB – 36º Exame de Ordem Unificado – Primeira Fase
Túlio era servidor público federal e falsificou documentos para, de má fé, obter a sua aposentadoria por
tempo de contribuição junto ao Regime Próprio de Previdência Social – RPPS. Por não ter sido verificado
o problema dos documentos, o pedido foi deferido pelo órgão competente de origem e, pouco depois,
registrado perante o Tribunal de Contas da União – TCU, que não verificou o embuste e não conferiu
oportunidade de manifestação para Túlio. Ocorre que, seis anos após o aludido registro, a Corte de
Contas tomou conhecimento do ardil de Túlio e da nulidade dos documentos apresentados, razão pela
qual instaurou processo administrativo para fins de anular o registro promovido em dissonância com o
ordenamento jurídico. Diante dessa situação hipotética, aponte a assertiva correta.
A) A conduta do TCU foi irregular, na medida em que a aposentadoria de Túlio é ato administrativo
simples, que não deveria ter sido submetido a registro perante a Corte de Contas.
B) O exercício da autotutela, para fins de anular a aposentadoria de Túlio, não está fulminado pela
decadência, diante de sua má-fé.
C) O registro da aposentadoria de Túlio foi irregular, pois dependia da garantia da ampla defesa e
contraditório perante o TCU.
D) A anulação da aposentadoria não é mais viável, considerando que transcorrido o prazo prescricional
de cinco anos para o exercício da pretensão.
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Essas classificações estão no artigo 99 do Código Civil, aliás, nos seus estudos vale a
leitura do artigo 98 ao 103 do CC!
13.2. Características
Inalienabilidade: significa que bens públicos não podem ser vendidos livremente, mas
essa regra não é absoluta! Os bens de uso especial e os bens de uso comum são inalienáveis
(são bens fora do comércio), essa é a regra.
Impenhorabilidade: os bens públicos não podem ser objeto de uma constrição judicial,
de uma execução. Não poder ser objeto de garantia.
Imprescritibilidade: trata-se da prescrição aquisitivas (usucapião). Nesse sentido, os
bens públicos não podem ser adquiridos pela posse mansa e pacífica por determinado espaço
de tempo continuado, nos moldes da legislação civil.
Importante salientar que a imprescritibilidade atinge inclusive os bens não afetados, não
sendo estes, também, passíveis de usucapião (art. 183, §3º e 191, parágrafo único, ambos da
Constituição Federal).
Não onerabilidade: os bens públicos não podem ser objetos de direito real de garantia,
ou seja, não fica sujeito à instituição de penhor, anticrese ou hipoteca para garantir débitos do
ente estatal.
18) FGV – 2021 – OAB – 33º Exame de Ordem Unificado – Primeira Fase
Há muitos anos, Bruno invadiu sorrateiramente uma terra devoluta indispensável à defesa de fronteira,
que já havia sido devidamente discriminada. Como não houve oposição, Bruno construiu uma casa, na
qual passou a residir com sua família, além de usar o terreno subjacente para a agricultura de
subsistência. A União, muitos anos depois do início da utilização do bem por Bruno, promoveu a sua
notificação para desocupar o imóvel, em decorrência de sua finalidade de interesse público.
Na qualidade de advogado(a) consultado(a) por Bruno, assinale a afirmativa correta.
A) Bruno terá que desocupar o bem em questão e não terá direito à indenização pelas acessões e
benfeitorias realizadas, pois era mero detentor do bem da União.
B) A União não poderia ter notificado Bruno para desocupar bem que não lhe pertence, na medida em
que todas as terras devolutas são de propriedade dos estados em que se situam.
C) Bruno pode invocar o direito fundamental à moradia para reter o bem em questão, até que a União
efetue o pagamento pelas acessões e benfeitorias realizadas.
D) Caso Bruno preencha os requisitos da usucapião extraordinária, não precisará desocupar o imóvel da
União.
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8–A 9–D 10 – A 11 – D 12 – B 13 – A 14 – D
15 – C 16 – D 17 – B 18 – A
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