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DECISÃO DE NOTIFICAÇÃO N° 04

Ao representante Legal da empresa

COSTA CAMARGO COM DE PRODUTOS HOSPITALARES LTDA


CNPJ: 36.325.157/0001-34
Endereco: RUA JUIZ ALEXANDRE MARTINS DE CASTRO FILHO,08
Bairro: ITAPOA UF ES Cidade VILA VELHA
CEP: 29101-800 Telefone 27-3320-2200/2221 Fax 1
e-mail: EMPENHO@COSTACAMARGO.COM.BR/LICITACAO2@COSTACAMARG

PRC 197/2017

Ref.: Atraso na entrega dos produtos licitados

A empresa foi notificada no dia 26 de Fevereiro de 2018, devido ao atraso na entrega


em 150 dias conforme relatório entregada dos produtos licitados.

A empresa não apresentou defesa e nem justificativa, porém em pesquisa no sistema


verificou-se que as entregas foram regularizadas.

Fundamentação:

Com base no entendimento do Novo CPC agora aplicado aos processos


administrativos, o contraditório deve ser dado em sentido material como não há teses de defesa a
serem analisada, será aplicado os efeitos da revelia, sendo reputados como verdadeiros todos os
fatos levantados na notificação.

Do Direito Aplicável:

É aplicável ao caso a Lei 8.666/93 e a Lei 10.520/02 em especial:

a- Possibilidade de aplicação de sanções e multas previstas em contrato nos termos da


Lei 8.666/93:
“Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá,
garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar
com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública
enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que
será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos
resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso
anterior.”

b- Possibilidade de Rescisão do Contrato nos termos da Lei 8.666/93:


Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos;

II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e


prazos;
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a
impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos
estipulados;
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;

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V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia
comunicação à Administração;
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com
outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou
incorporação, não admitidas no edital e no contrato;
VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para
acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores;
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o
do art. 67 desta Lei; 2
IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa,
que prejudique a execução do contrato;
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento,
justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que
está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se
refere o contrato;
XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras,
acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1o
do art. 65 desta Lei;
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo
superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave
perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que
totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de
indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e
mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito
de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja
normalizada a situação;
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela
Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes,
já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave
perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar
pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a
situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para
execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das
fontes de materiais naturais especificadas no projeto;
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada,
impeditiva da execução do contrato.
Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos
autos do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa.
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das
sanções penais cabíveis. (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999).

c- Da possibilidade de aplicação de pena de proibição do direito de Licitar nos termos da


Lei 10.520/02:
Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar
o contrato, deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o
certame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a
proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo
inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União,
Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciado no Sicaf, ou nos
sistemas de cadastramento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4o
desta Lei, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em
edital e no contrato e das demais cominações legais.

d- Das sanções previstas no contrato:


“7.1 A recusa do adjudicatário em assinar a Ata, dentro do prazo
estabelecido pela Administração, bem como o atraso e a inexecução parcial

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ou total das obrigações, nas condições especificadas neste edital e anexos,
caracterizam descumprimento das obrigações assumidas e permitem a
aplicação de sanções.
7.2 Os fornecedores que descumprirem total ou parcialmente os
contratos celebrados com a Administração Pública Estadual ficam sujeito à
aplicação das sanções previstas no art. 87 da Lei Federal nº 8.666/93, com
observância do devido processo administrativo, respeitando-se o contraditório
e a ampla defesa, conforme disposto no Decreto Estadual n.º 45.902 de 2012,
artigo 38, quais sejam: 3
7.2.1 Advertência por escrito;
7.2.2 - Multa, conforme os limites máximos estabelecidos pelo
Decreto Estadual nº. 45.902, de 27 de janeiro de 2012:
7.2.2.1 - 0,3% (três décimos por cento) por dia, até o trigésimo dia de
atraso, sobre o valor do fornecimento não realizado;
7.2.2.2 - 20% (vinte por cento) sobre o valor do fornecimento não
realizado, no caso de atraso superior a 30 (trinta) dias, ou entrega de objeto
com vícios ou defeitos ocultos que o torne impróprio ao uso a que é
destinado, ou diminuam-lhe o valor ou, ainda, fora das especificações
contratadas;
7.2.2.3 - 2% (dois por cento) sobre o valor total do contrato, em caso
de descumprimento das demais obrigações contratuais ou norma da
legislação pertinente.
7.2.3 Suspensão temporária do direito de licitar e de contratar com a
Administração Pública Estadual, por prazo não superior a dois anos.
7.2.4 Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
Administração Pública, enquanto perdurarem os motivos determinantes da
punição ou até que seja promovida a reabilitação do fornecedor perante a
própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que
o contratado ressarcir a Administração Pública pelos prejuízos resultantes de
sua ação ou omissão, obedecido o disposto no inciso II do art. 54 do Decreto
Estadual 45.902/2012.
7.3 São consideradas situações caracterizadoras de descumprimento
total ou parcial das obrigações contratuais:
7.3.1 Não atendimento às especificações técnicas relativas ao objeto
previsto no termo de referência, bula do medicamento ou em contrato ou
instrumento equivalente;
7.3.2 Retardamento imotivado de fornecimento de bens de suas
parcelas;
7.3.3 Paralisação de fornecimento de bens, sem justa causa e prévia
comunicação à Administração Pública Estadual;
7.3.4 Entrega de mercadoria falsificada, furtada, deteriorada,
danificada ou inadequada para o uso ou em desconformidade com a
referência técnica da ANVISA, como se verdadeira ou perfeita fosse;
7.3.5 Alteração de substância, qualidade ou quantidade da
mercadoria fornecida;
7.4 A sanção de multa poderá ser aplicada cumulativamente às
demais sanções previstas no subitem
7.4.1 A multa será descontada da garantia do contrato, quando
existente ou será quitada por retenção dos pagamentos eventualmente
devidos pela CONTRATADA ou cobrada judicialmente.
7.5 As sanções relacionadas nos subitens 7.2.3 e 7.2.4 também
poderão ser aplicadas àquele que:
7.5.1 Deixar de apresentar documentação exigida para o certame;
7.5.2 Apresentar declaração ou documentação falsa;
7.5.3 Ensejar o retardamento da execução do objeto da licitação;
7.5.4 Não mantiver a proposta;
7.5.5 Falhar ou fraudar a execução do futuro contrato;
7.5.6 Comportar-se de modo inidôneo;
7.5.7 Cometer fraude fiscal.

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7.6 O prazo do impedimento de licitar e contratar será de até 5 (cinco)
anos, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que
seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a
penalidade.
7.7 As sanções serão obrigatoriamente registradas no Cadastro de
Fornecedores Impedidos de Licitar e Contratar com a Administração Pública
Estadual - CAFIMP, devendo o licitante ser descredenciado junto ao Cadastro
de Fornecedores do órgão ou entidade promotora da licitação, por igual
período, sem prejuízo das multas previstas no edital e no contrato e das 4
demais cominações legais.”

CONSIDERANDO o relatório que foi enviado.

CONSIDERANDO que a empresa não apresentou defesa, mas regularizou a entrega.

CONSIDERANDO a desídia da empresa MULTIFARMA COMERCIAL LTDA com as


suas obrigações determinadas no instrumento contratual.

CONSIDERANDO ser o primeiro descumprimento contratual.

CONSIDERANDO o princípio da Razoabilidade na aplicação da pena.

Decido:

Pela aplicação da penalidade de Advertência a empresa COSTA CAMARGO COM


DE PRODUTOS HOSPITALARES LTDA pela notificação em questão, ficando esta desde o
presente momento cientificada que novos descumprimentos contratuais ensejarão a abertura
de processo administrativo para a aplicação das penalidades de multa, rescisão do contrato e
proibição do direito de licitar previstas na legislação e no contrato, conforme acima exposto.

Fica concedido o prazo de 05 dias para que a empresa faça a entrega, caso a
entrega não seja regularizada, aplique-se a penalidade de multa prevista no item 7.2.2.2 do
contrato.

Conforme termos do edital, o atraso na entrega será reportado a Secretaria de


Estado de Saúde.

A não regularização das entregas implicará na aplicação das penalidades de


proibição de licitar e rescisão do contrato.

Fica notificada a empresa a partir do recebimento da intimação da presente decisão por


e-mail para querendo utilizar-se do art. 109 da Lei de Licitações.

Publique-se na imprensa oficial do município.

Intime-se.

Camanducaia 09 de Março de 2018.

Marcus Vinicius do Nascimento de Moraes Faria


Chefe de Gabinete

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