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PENAL ESPECIAL
Ficha Catalográfica
São Paulo
2018
FICHA TÉCNICA
Alexandre Salim
Autoria
1. AULA 1 – CRIMES HEDIONDOS - TERRORISMO - TORTURA ..................................................... 8
1.1. Crimes hediondos (Lei 8.072/90) ......................................................................................... 8
1.2. Terrorismo (Lei 13.260/16) ...................................................................................................8
1.3. Tortura (Lei 9.455/97) ............................................................................................................ 9
2. AULA 2 – LEI DE DROGAS ........................................................................................................... 10
2.1. C1. Lei de Drogas ................................................................................................................. 10
2.2. Posse de droga para consumo pessoal (art. 28) ............................................................. 10
2.3. Tráfico de drogas (art. 33, caput e § 1º) ........................................................................... 10
2.4. Cessão gratuita para consumo (art. 33, § 3º) .................................................................. 11
2.5. Tráfico privilegiado (art. 33, § 4º) ...................................................................................... 11
2.6. Associação para o tráfico (art. 35) .................................................................................... 11
2.7. Crime culposo (art. 38) ........................................................................................................ 12
2.8. Fase policial .......................................................................................................................... 12
2.9. Fase judicial .......................................................................................................................... 12
3. AULA 3 – ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA - ABUSO DE AUTORIDADE - RACISMO.................... 14
3.1. Organização Criminosa ....................................................................................................... 14
3.2. Abuso de Autoridade ........................................................................................................... 15
3.3. Racismo ................................................................................................................................ 16
4. AULA 4 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO - LAVAGEM DE DINHEIRO ............................... 18
4.1. Estatuto do Desarmamento ................................................................................................ 18
4.1.1. Posse irregular de arma de fogo de uso permitido (art. 12) .................................. 18
4.1.2. Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido (art. 14) ......................................... 18
4.1.3. Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito (art. 16) ............................ 19
4.1.4. Tráfico internacional de arma de fogo (art. 18) ....................................................... 19
4.2. Lavagem de Dinheiro ........................................................................................................... 19
4.2.1. Crime de lavagem (art. 1º, caput) .............................................................................. 20
4.2.2. Crimes equiparados (art. 1º, §§ 1º e 2º) .................................................................. 20
4.2.3. Colaboração premiada (art. 1º, § 5º) ........................................................................ 20
4.2.4. Independência do crime de lavagem (art. 2º, II) ...................................................... 21
4.2.5. Competência ................................................................................................................ 21
4.2.6. Instrução da denúncia e autonomia da lavagem (art. 2º, § 1º) ............................. 21
4.2.7. Efeitos da condenação, além daqueles previstos no Código Penal (art. 7º) ....... 21
5. AULA 5 – CRIMES DE TRÂNSITO - CRIMES AMBIENTAIS ...................................................... 23
5.1. Crimes de Trânsito............................................................................................................... 23
5.1.1. Homicídio culposo na direção de veículo automotor (art. 302) ............................ 23
5.1.2. Lesão culposa na direção de veículo automotor (art. 303) .................................... 23
5.1.3. Omissão de socorro (art. 304) ................................................................................... 24
5.1.4. Embriaguez ao volante (art. 306)............................................................................... 25
5.1.5. Participação em competição não autorizada (art. 308) ......................................... 25
5.1.6. Direção de veículo sem permissão ou habilitação (art. 309) ................................. 26
5.1.7. Entrega de veículo a pessoa não habilitada (art. 310) ............................................ 26
5.1.8. Trafegar em velocidade incompatível próximo a certos lugares (art. 311) ......... 26
5.1.9. Penas alternativas em caso de condenação (art. 312-A) ....................................... 27
5.2. Crimes Ambientais .............................................................................................................. 27
5.2.1. Crimes contra a fauna (arts. 29 a 37) ....................................................................... 28
5.2.2. Crimes contra a flora (arts. 38 a 53) ......................................................................... 29
5.2.3. Crimes de poluição (arts. 54 a 61) ............................................................................ 30
5.2.4. Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural (arts. 62 a 65) .... 30
5.2.5. Crimes contra a Administração Ambiental (arts. 66 a 69-A) ................................. 31
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1. AULA 1 – CRIMES HEDIONDOS - TERRORISMO - TORTURA
• Critério legal.
• Os crimes devem, como regra, estar previstos no Código Penal. Há duas exceções:
genocídio (Lei 2.889/56) e posse/porte de arma de fogo de uso restrito (art. 16 da
Lei 10.826/03).
• Classificação: a) crimes hediondos contra a pessoa; b) crimes hediondos contra
o patrimônio; c) crimes hediondos contra a dignidade sexual; d) crimes hediondos
contra a saúde pública; e) crime hediondo contra a incolumidade pública.
• Crimes equiparados a hediondos: a) tortura; b) tráfico de drogas; c) terrorismo.
• Consequências gravosas (art. 2º): os crimes hediondos e equiparados são
insuscetíveis de anistia, graça, indulto e fiança.
• A determinação de que o regime inicial seja o fechado (§ 1º do art. 2º) foi
considerada inconstitucional pelo STF.
• Requisito objetivo para a progressão de regime (§ 2º do art. 2º): 2/5 para o
primário; 3/5 para o reincidente.
• Súmula 471 do STJ: “Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados
cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art.
112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime
prisional”.
• Prazo para a prisão temporária (§ 4º do art. 2º): 30 dias, prorrogável por igual
período em caso de extrema e comprovada necessidade.
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1.3. Tortura (Lei 9.455/97)
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2. AULA 2 – LEI DE DROGAS
• Lei 11.343/06.
• Revogou o Lei 6.368/76.
• Norma penal em branco: as drogas de uso proibido no Brasil estão na Portaria
SVS/MS 344/98.
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estados da Federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção
de realizar o tráfico interestadual”.
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2.7. Crime culposo (art. 38)
• Denúncia + testemunhas (art. 54, III): o Ministério Público tem o prazo de 10 dias
para oferecer denúncia, independentemente de o denunciado estar preso ou solto.
Neste caso poderá arrolar até 5 testemunhas.
• Defesa prévia ou resposta preliminar + testemunhas (art. 55): oferecida a
denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia,
por escrito, no prazo de 10 dias. Na resposta, consistente em defesa preliminar e
exceções, o acusado poderá arguir preliminares e invocar todas as razões de
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defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende
produzir e, até o número de 5, arrolar testemunhas.
• Audiência de instrução e julgamento (art. 57): na audiência de instrução e
julgamento, após o interrogatório do acusado e a inquirição das testemunhas, será
dada a palavra, sucessivamente, ao representante do Ministério Público e ao
defensor do acusado, para sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para
cada um, prorrogável por mais 10 (dez), a critério do juiz. Parágrafo único. Após
proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para
ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender
pertinente e relevante.
• Sentença (art. 58): encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de imediato,
ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.
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3. AULA 3 – ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA - ABUSO DE AUTORIDADE -
RACISMO
• Lei 12.850/13.
• Conceito de organização criminosa (art. 1º, § 1º): considera-se organização
criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada
e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de
obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática
de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou
que sejam de caráter transnacional.
• Crime de integrar organização criminosa (art. 2º): pune-se a conduta de promover,
constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa,
organização criminosa.
• Requisitos da colaboração Premiada (art. 4º, caput): o juiz poderá, a requerimento
das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena
privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha
colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo
criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes
resultados: I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização
criminosa e das infrações penais por eles praticadas; II - a revelação da estrutura
hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; III - a prevenção de
infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a
recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais
praticadas pela organização criminosa; V - a localização de eventual vítima com a
sua integridade física preservada.
• Partes na colaboração premiada (art. 4º, § 6º): o juiz não participará das
negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de
colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor,
com a manifestação do Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério
Público e o investigado ou acusado e seu defensor.
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• Inadmissibilidade de sentença condenatória somente com base na delação (art.
4º, § 16): nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas
nas declarações de agente colaborador.
• Direitos do colaborador (art. 5º): I - usufruir das medidas de proteção previstas na
legislação específica; II - ter nome, qualificação, imagem e demais informações
pessoais preservados; III - ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais
coautores e partícipes; IV - participar das audiências sem contato visual com os
outros acusados; V - não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação,
nem ser fotografado ou filmado, sem sua prévia autorização por escrito; VI -
cumprir pena em estabelecimento penal diverso dos demais corréus ou
condenados.
• Ação controlada (art. 8º): consiste em retardar a intervenção policial ou
administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela
vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a
medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e
obtenção de informações.
• Infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação (art. 10): representada
pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação
técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial,
será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que
estabelecerá seus limites.
• Excessos praticados (art. 13): o agente que não guardar, em sua atuação, a devida
proporcionalidade com a finalidade da investigação, responderá pelos excessos
praticados. Parágrafo único. Não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de
crime pelo agente infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta
diversa.
• Lei 4.898/65
• Ação pública incondicionada: os crimes de abuso de autoridade são processados
mediante ação penal pública incondicionada (art. 1º da Lei 5.249/67).
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• Crimes do art. 3º: os bens jurídicos tutelados coincidem com direitos e garantias
fundamentais elencados no art. 5º da CF. Ademais, esses delitos não aceitam a
tentativa, pois são crimes de atentado ou empreendimento.
• Crimes do art. 4º: são praticados por ação (ex.: ordenar medida privativa de
liberdade individual sem as formalidade legais) ou omissão (ex.: deixar de
comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão de qualquer pessoa). A
tentativa somente será possível na forma comissiva (ação).
• Sanções penais (art. 6º, § 3º): as penas previstas em lei são multa, detenção por
10 dias a 6 meses e perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer
outra função pública por prazo até três anos.
• Rito (arts. 13 e segs.): a Lei 4.898/65 prevê procedimento especial, como, por
exemplo, prazo para denúncia em 48 horas. No entanto, como a pena máxima não
ultrapassa dois anos, se está diante de infração penal de menor potencial
ofensivo, razão pela qual deve ser adotado o procedimento sumaríssimo da Lei
9.099/95. Somente na hipótese de os autos serem encaminhados ao juízo comum
é que será adotado o rito especial previsto na Lei 4.898/65.
3.3. Racismo
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semelhantes”, razão pela qual o crime poderá ocorrer em cafeterias ou padarias,
por exemplo.
• Crime de impedir o acesso ou recusar atendimento em salão de cabeleireiro (art.
10): pune-se a conduta de impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de
cabeleireiros, barbearias, termas ou casas de massagem ou estabelecimento com
as mesmas finalidades. O crime é próprio, pois somente pode ser praticado pelo
proprietário ou responsável pelo atendimento nos locais referidos no tipo.
• Crime de impedir o acesso às entradas sociais de edifícios (art. 11): pune-se a
conduta de impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou
residenciais e elevadores ou escada de acesso aos mesmos. A vítima é a pessoa
que sofre o ato discriminatório.
• Crime de praticar racismo (art. 20): a Lei 7.716/89 prevê como delito praticar,
induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional. O crime do art. 20 dirige-se a toda uma categoria de
pessoas, ou seja, a vítima é a coletividade.
• Crime de divulgação do nazismo (art. 20, § 1º): pune-se a conduta de fabricar,
comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos
ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação
do nazismo. Além do dolo genérico, também há necessidade do especial fim de
agir do sujeito ativo (dolo específico de querer divulgar o nazismo).
• Efeitos da condenação (arts. 16 e 18): constitui efeito da condenação a perda do
cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcionamento
do estabelecimento particular por prazo não superior a três meses. Os efeitos não
são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença.
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4. AULA 4 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO - LAVAGEM DE
DINHEIRO
• Lei 10.826/03.
• Os crimes relacionados a armas de fogo são de perigo abstrato.
• Arma de fogo desmuniciada ou desmontada: não descaracteriza o crime.
• Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de
sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde
que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa.
• A posse ocorre intramuros, ou seja, dentro da sua própria casa, dependências
desta (ex.: garagem) ou no seu local de trabalho quando for o titular ou
responsável legal do estabelecimento ou empresa.
• As armas de uso permitido estão no art. 17 do Decreto 3.665/00.
• Súmula 513 do STJ: “A 'abolitio criminis' temporária prevista na Lei n. 10.826/2003
aplica-se ao crime de posse de arma de fogo de uso permitido com numeração,
marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado,
praticado somente até 23/10/2005”.
• Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar
arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar.
• O porte ocorre extramuros, ou seja, na via pública ou dentro de uma casa de
terceira pessoa.
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• Trata-se de tipo misto alternativo (a prática de dois ou mais verbos, no mesmo
contexto fático, caracteriza um só delito).
• As armas de uso permitido estão no art. 17 do Decreto 3.665/00.
• Apreensão de duas ou mais armas na mesma ocasião: haverá um só crime (isso
será levado em conta pelo juiz na fixação da pena.
• O parágrafo único, que proíbe a fiança, foi considerado inconstitucional pelo STF.
4.1.3. Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito (art. 16)
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e valores de qualquer infração penal (crime ou contravenção). Ex.: atualmente
pode ser “lavado” dinheiro oriundo do jogo do bicho, que é contravenção penal.
• A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto
ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer
tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar
espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam
à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e
partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.
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4.2.4. Independência do crime de lavagem (art. 2º, II)
4.2.5. Competência
7º)
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utilizados para prestar a fiança, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de
boa-fé; e
• A interdição do exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza e de
diretor, de membro de conselho de administração ou de gerência das pessoas
jurídicas referidas no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade
aplicada.
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5. AULA 5 – CRIMES DE TRÂNSITO - CRIMES AMBIENTAIS
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• Caso o agente, de forma culposa, lesione alguém na direção de veículo que não
seja automotor (ex.: bicicleta ou carroça), incidirá o Código Penal (art. 129, § 6º).
• A Lei 13.546, de 19/12/2017, com vacatio legis de 120 dias, incluiu um § 2º ao art.
303 do CTB: “A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos, sem
prejuízo das outras penas previstas neste artigo, se o agente conduz o veículo com
capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar lesão
corporal de natureza grave ou gravíssima”.
• Art. 291, §§ 1º e 2º, do CTB: aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal
culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei n. 9.099, de 26 de setembro de
1995, exceto se o agente estiver: I - sob a influência de álcool ou qualquer outra
substância psicoativa que determine dependência; II - participando, em via pública,
de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração
de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade
competente; III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a
via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora). § 2º Nas hipóteses previstas no
§ 1º deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação da
infração penal.
• A Lei 13.546, de 19/12/2017, com vacatio legis de 120 dias, incluiu um § 4º ao art.
291 do CTB: “O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas no art. 59
do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), dando especial
atenção à culpabilidade do agente e às circunstâncias e consequências do crime”.
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5.1.4. Embriaguez ao volante (art. 306)
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5.1.6. Direção de veículo sem permissão ou habilitação (art. 309)
• Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou
Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano.
• Trata-se de crime de perigo concreto (deve gerar perigo de dano).
• Se o agente não gerar perigo de dano (ex.: o condutor está dirigindo de forma
normal e é parado na barreira de fiscalização, sendo constatado que não é
habilitado) não haverá crime, mas apenas infração administrativa.
• Súmula 720 do STF: “O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que reclama
decorra do fato perigo de dano, derrogou o art. 32 da Lei das Contravenções
Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres”.
311)
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5.1.9. Penas alternativas em caso de condenação (art. 312-A)
• Lei 9.605/98.
• Punição da pessoa jurídica: de acordo com o art. 225, § 3º, da Constituição
Federal, as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e
administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
Assim, de acordo com o art. 3º da Lei 9.605/98, as pessoas jurídicas serão
responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto na
referida lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu
representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou
benefício da sua entidade.
• Teoria da dupla imputação: ocorre quando, para a punição da pessoa jurídica por
um crime ambiental, se condiciona também a punição da pessoa física
responsável pela conduta delituosa. O STF afastou a necessidade de dupla
imputação: “O art. 225, § 3º, da Constituição Federal não condiciona a
responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea
persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A
norma constitucional não impõe a necessária dupla imputação” (STF, RE 548181,
j. 06/08/2013).
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• Penas restritivas de direitos (art. 8º): I - prestação de serviços à comunidade; II -
interdição temporária de direitos; III - suspensão parcial ou total de atividades; IV
- prestação pecuniária; V - recolhimento domiciliar.
• Atenuantes (art. 14): I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; II -
arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou
limitação significativa da degradação ambiental causada; III - comunicação prévia
pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental; IV - colaboração com os
agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.
• Penas aplicáveis às pessoas jurídicas (art. 21): I - multa; II - restritivas de direitos;
III - prestação de serviços à comunidade.
• Ação penal (art. 26): nas infrações penais previstas na Lei 9.605/98, a ação penal
é pública incondicionada.
• Transação penal (art. 27): nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo
(pena máxima não superior a 2 anos), a transação penal (art. 76 da Lei 9.099/95)
somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do
dano ambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada
impossibilidade.
• Suspensão condicional do processo (art. 28): as disposições do art. 89 da Lei
9.099/95 aplicam-se aos crimes ambientais com algumas modificações, ficando
a declaração de extinção da punibilidade condicionada a um laudo de constatação
de reparação do dano ambiental.
• Princípio da insignificância: predomina nas Cortes Superiores ser possível a
aplicação do princípio da insignificância aos crimes ambientais.
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• Definição de “pesca” (art. 36): para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo
ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes
dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou
não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de
extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.
• Maus-tratos a animais (art. 32): praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar
animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena -
detenção, de três meses a um ano, e multa. § 1º Incorre nas mesmas penas quem
realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos
ou científicos, quando existirem recursos alternativos. § 2º A pena é aumentada
de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
• Causas especiais de exclusão da ilicitude (art. 37): não é crime o abate de animal,
quando realizado: I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou
de sua família; II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória
ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela
autoridade competente; III – (vetado); IV - por ser nocivo o animal, desde que
assim caracterizado pelo órgão competente.
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ameaça ocorra somente no local da infração; d) em época de seca ou inundação;
e) durante a noite, em domingo ou feriado.
65)
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5.2.5. Crimes contra a Administração Ambiental (arts. 66 a 69-A)
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