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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
1. Introdução - Continuação
Acessório: artefato que, acoplado a uma arma, possibilita melhoria no seu desempenho, a modificação de um efeito
secundário ou de seu aspecto visual.
Esses artefatos não podem ser considerados armas de fogo. Armas de brinquedo não podem ser objeto material
dos crimes do Estatuto do Desarmamento. Contudo, o Estatuto do Desarmamento veda o comércio de simulacros
de arma de fogo.
Arma de fogo ineficaz: se demonstrada por laudo pericial a total ineficácia da arma de fogo, deve ser reconhecida
a atipicidade da conduta (STJ, Resp 1.451.397/MG). Trata-se de crime impossível pela ineficácia absoluta do meio.
Arma desmuniciada: por se tratar de crime de perigo abstrato, não há que se falar em atipicidade da conduta (HC
93.820/MT).
Resposta: Não é possível aplicar o princípio da insignificância no Estatuto do Desarmamento, pois são crimes de
perigo abstrato e de mera conduta.
Em se tratando de arma de fogo, não se aplica o princípio da insignificância, esteja ela desmuniciada ou não.
Entretanto, se for uma pequena quantidade de munição e estiver desacompanhada do respectivo armamento,
pode-se aplicar a insignificância, afastando-se a tipicidade da conduta.
“É pacífico nesta Corte Superior o entendimento no sentido de que é inaplicável o princípio da insignificância aos
crimes de posse e de porte de arma de fogo e ou munição, ante a natureza de crimes de perigo abstrato,
independentemente da quantidade de munição ou armas apreendidas” (STJ, AgRg no AREsp 1.098.040/ES, DJe
24/08/2017).
“ Não é possível vislumbrar, nas circunstâncias, situação que exponha o corpo social a perigo, uma vez que a única
munição apreendida, guardada na residência do acusado e desacompanhada de arma de fogo, por si só, é incapaz
de provocar qualquer lesão à incolumidade pública” (STF, RHC 143.449/MS, j. 26/09/2017).
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