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Vanda, funcionária de uma empresa de segurança particular, 

recebe de seu chefe, Eric, ordem


para levar uma arma de fogo a um dos seguranças que estava em serviço e havia esquecido o
seu equipamento na empresa. Temendo ser demitida, apesar da inexistência de ameaça neste
sentido, Vanda cumpre a ordem recebida, ciente da conduta criminosa que estaria
perpetrando, mas no caminho é parada por policiais militares. Vanda e Eric praticaram crime de
transporte ilegal de arma de fogo, em concurso de pessoas; O Eric concorre para o crime nos
moldes do artigo 29, CP.
  Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.

Não é crime o porte de simulacro!

Arma desmontada ou desmuniciada - Há crime da lei 10.826/03

Não majora o art. 157.( Roubo )

Arma Absolutamente Inapta para disparos - Não há crime da lei 10.826/03.

Arma de brinquedo / Simulacro / Réplica - Não há crime da lei 10.826/06

Cuidado - Até pode haver 157 , MAS NÃO MAJORADO.

Arma branca - Não é crime da lei 10.826/03

CUIDADO! Majora o roubo de 1/3 até metade ( Art. 157, § 2º,  VII )

Certificado de registro vencido - Não há crime de Posse ( Art. 12 ) , Mas há porte ( Art
14 )
SINARM - SISTEMA NACIONAL DE SIGMA - SISTEMA DE GERENCIAMENTO
ARMA MILITAR DE ARMAS (determina que
sejam cadastradas as armas de fogo):
Forças armadas, das Polícias Militares e Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal,
Corpos de Bombeiros Militares, da Agência Polícias Civis, órgãos policiais da Câmara
Brasileira de Inteligência e do Gabinete de dos Deputados e do Senado Federal,
Segurança Institucional da Presidência da integrantes do quadro efetivo dos agentes e
guardas prisionais, integrantes das escolas
República.
de presos, das Guardas Portuárias, das
Guardas Municipais e dos órgãos públicos
cujos servidores tenham autorização legal
para portar arma de fogo em serviço.

Para a segurança do Michael Jackson (estrangeiro): Ministério da Justiça (Ministério e


Não Ministro)

Para Colecionadores: Comando do Exército

RECURSO ESPECIAL. PENAL. ESTATUTO DO DESARMAMENTO. DELITO TIPIFICADO NO ARTIGO 16,


PARÁGRAFO ÚNICO, III, DA LEI N. 10.826/2003. PORTE DE ARTEFATO EXPLOSIVO. GRANADA DE GÁS
LACRIMOGÊNEO/PIMENTA. INADEQUAÇÃO TÍPICA. RECURSO IMPROVIDO. 1. Explosivo é, em sentido amplo,
um material extremamente instável, que pode se decompor rapidamente, formando produtos estáveis. Esse
processo é denominado de explosão e é acompanhado por uma intensa liberação de energia, que pode ser
feita sob diversas formas e gera uma considerável destruição decorrente da liberação dessa energia. 2. NÃO
SERÁ CONSIDERADO EXPLOSIVO O artefato que, embora ativado por explosivo, não projete e nem disperse
fragmentos perigosos como metal, vidro ou plástico quebradiço, não possuindo, portanto, considerável
potencial de destruição. 3. Para a adequação típica do delito em questão, exige-se que o objeto material do
delito, qual seja, o artefato explosivo, seja capaz de gerar alguma destruição, NÃO PODENDO SER TIPIFICADO
NESTE CRIME A POSSE DE GRANADA DE GÁS LACRIMOGÊNEO/PIMENTA, porém, não impedindo eventual
tipificação em outro crime. 4. Recurso especial improvido. (REsp 1627028/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA
DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 21/02/2017, DJe 03/03/2017)
Vale lembrar que o sujeito que tem o porte funcional pode cometer o crime de porte ilegal
quando não tiver o certificado de registro daquela arma. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS
CORPUS. POSSE E PORTE ILEGAL DE ARMAS DE FOGO E MUNIÇÕES DE USO PERMITIDO.
AUSÊNCIA DE CERTIFICADO FEDERAL. DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL. IRRELEVÂNCIA. CONDUTA
TÍPICA. TRANCAMENTO DO PROCESSO IMPOSSIBILIDADE. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. O
trancamento do processo em habeas corpus somente é cabível quando ficarem
demonstradas, de plano, a atipicidade da conduta, a absoluta falta de provas da materialidade
do crime e de indícios de autoria ou a existência de causa extintiva da punibilidade. 2. É típica
e antijurídica a conduta de policial civil que, mesmo autorizado a portar ou possuir arma de
fogo, não observa as imposições legais previstas no estatuto do Desarmamento, que impõem
registro das armas no órgão competente. 3. É incabível a aplicação do princípio da adequação
social, segundo o qual, dada a natureza subsidiária e fragmentária do direito penal, não se
pode reputar como criminosa uma ação ou uma omissão aceita e tolerada pela sociedade,
ainda que formalmente subsumida a um tipo legal incriminador. Possuir armas de fogo e
munições, de uso permitido, sem certificados federais e que só vieram a ser apreendidas pelo
Estado após cumprimento de mandado de busca e apreensão, não é uma conduta adequada
no plano normativo.
4. Por fim, sob a ótica do princípio da lesividade, o recorrente não preenche os vetores já
assinalados pelo Supremo Tribunal Federal para o reconhecimento do princípio da
insignificância, tais como a mínima ofensividade da conduta, nenhuma periculosidade social
da ação, reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e inexpressividade da
lesão jurídica provocada, ante os armamentos apreendidos (dois revólveres calibre 38 e 48
munições). 5. Recurso não provido. (RHC 70.141/RJ, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ,
SEXTA TURMA, julgado em 07/02/2017, DJe 16/02/2017)

O veículo utilizado profissionalmente não pode ser considerado “local de trabalho” para a
tipificação da conduta como posse de arma de fogo de uso permitido do art.12. Assim, se a
arma for encontrada no interior do caminhão, táxi, dirigido por motorista profissional,
caracteriza o crime de porte ilegal de arma de fogo (STJ 6° turma, RESP n° 1.219.091/MG –
2013 ou 2014).
Arma quebrada: Se a perícia for realizada na arma e o laudo constatar que não tem nenhuma
condição de efetuar disparos, não haverá crime de porte ilegal de arma (crime impossível),
informativo n° 544/STJ. Vale ressaltar, no entanto, que se a arma quebrada estiver com
munição, o agente poderá ser condenado porque o simples porte de munição já configura o
delito. Assim, somente a arma quebrada e que também esteja desmuniciada não configura
crime

O uso de arma quebrada no crime de roubo, ainda que não possa ser utilizada para configurar
a majorante do prevista no art. 157, p. 2o-A, I, do Código Penal (emprego de arma de fogo),
pode ser utilizada como elementar ameaça para configuração do roubo simples (art. 157,
caput, CP) - isso porque a grave ameaça permanece mesmo sem possuir a arma potencial
lesivo.

O agente que é preso com duas granadas de uso exclusivo do Exército que seriam utilizadas
para roubar um banco não pratica crime do art. 12 da Lei nº 7.170/83. Isso porque não há, no
presente caso, a motivação política, que consiste no "dolo específico" (elemento subjetivo
especial do tipo) exigido para a configuração dos crimes de que trata a Lei de Segurança
Nacional. Se o sujeito praticar uma conduta semelhante a esta, em tese, ele deverá responder
pelo crime do art. 16 do Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003). STF. Plenário. RC
1472/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 25/5/2016 (Info 827)

DECRETO Nº 5.123, DE 1º DE JULHO DE 2004.


Art. 26. O titular de porte de arma de fogo para defesa pessoal concedido nos termos do
art. 10 da Lei no 10.826, de 2003, não poderá conduzi-la ostensivamente ou com ela
adentrar ou permanecer em locais públicos, tais como igrejas, escolas, estádios
desportivos, clubes, agências bancárias ou outros locais onde haja aglomeração de
pessoas em virtude de eventos de qualquer natureza. (Redação dada pelo Decreto nº
6.715, de 2008).

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