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PM/MS
Polícia Militar –
MS
LEI N. 10.826/2003
ESTATUTO DO
DESARMAMENTO
Já de início, estudaremos as definições do que seriam arma de fogo,
munições e acessórios.
NÃO
O Superior Tribunal de Justiça chegou a editar a Súmula 174, cujo teor é o seguinte: “No crime de
roubo, a intimidação feita com arma de brinquedo autoriza o aumento de pena”.
“O uso de simulacro de arma de fogo, por si só, configura a grave ameaça elementar do crime de
roubo, tornando inviável a desclassificação da conduta para a de furto.” Acórdão
1213362, 20190610006912APR, Relator: MARIO MACHADO, Primeira Turma Criminal, data de
julgamento: 31/10/2019, publicado no DJE: 8/11/2019.
“A jurisprudência desta Corte superior, desde o cancelamento da Súmula 174/STJ, não admite mais a
exasperação da pena-base com fundamento em simulacro de arma de fogo, o qual é apto para
caracterizar apenas a grave ameaça, circunstância inerente ao tipo penal de roubo.”AgRg no HC
401040/SP
Munição: cartucho completo ou seus componentes, incluídos o estojo,
a espoleta, a carga propulsora, o projétil e a bucha utilizados em armas
de fogo (art. 2º, X, Decreto 9.847/2019).
O Sinarm é um órgão responsável pelo cadastro e controle de todas as pessoas que portam
armas em território nacional, excluídas, aquelas armas em que cabe ao Exército Brasileiro o
controle, que é realizado através de um outro sistema chamado SIGMA.
Essas autorizações de porte de arma cadastradas pela Polícia Federal não incluem aquelas
concedidas pelos órgãos policiais, como no caso dos Policiais Civis.
✔️CADASTRAR as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis
de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de segurança privada e
de transporte de valores;
essa é a competência que está relacionada com o histórico da arma, ou seja, toda a vida da arma de
fogo estará registrada pelo Sinarm
para uma pessoa ser “armeiro”, que é aquela pessoa responsável basicamente por realizar manutenções
em armas de fogo, é necessário o cadastro junto a Polícia Federal, e esse registro é feito pelo Sinarm.
16/10/2022
REGISTRO DE ARMAS DE
FOGO
Art. 3º É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.
Toda arma de fogo que circula no país deverá ser registrada, sendo que as de uso restrito serão
registradas no Exército.
O artigo 4º traz os requisitos para a aquisição de uma arma de fogo de uso permitido, ou seja,
para que uma pessoa, de forma legal, compre uma arma de fogo, deverá, além de comprovar a
efetiva necessidade, comprovar diversos requisitos:
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva
necessidade, atender aos seguintes requisitos:
III – Comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo,
atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.
Estatuto do Desarmamento – Lei 10.826/2003
AULA 02
MUDANÇAS PÓS-
DECRETO 9.847/19
Este Decreto regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de
2003, para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro e a posse
de armas de fogo e de munição.
Antes, o interessado deveria comprovar a necessidade e o “julgamento” era subjetivo da autoridade policial
Federal.
Com o Decreto, presume-se a veracidade da necessidade para a aquisição e registro de até 4 armas de
fogo de uso permitido, cabendo agora à Polícia Federal provar que o solicitante não necessita, em caso
de negativa.
Além dessa mudança, o decreto avança ainda mais na intenção de diminuir a subjetividade quanto ao
deferimento ou não do pleito.
✔interior da residência ou dependências desta - toda a extensão da área particular do imóvel, edificada ou
não, em que resida o titular do registro, inclusive quando se tratar de imóvel rural;
✔interior do local de trabalho - toda a extensão da área particular do imóvel, edificada ou não, em que esteja
instalada a pessoa jurídica, registrada como sua sede ou filial;
✔responsável legal pelo estabelecimento ou pela empresa - aquele designado em contrato individual de
trabalho, com poderes de gerência.
Art. 6º O proprietário de arma de fogo fica obrigado a comunicar, imediatamente, à
polícia judiciária e ao Sinarm, o extravio, o furto, o roubo e a recuperação de arma de fogo
ou do Certificado de Registro de Arma de Fogo.
§ 2º Sem prejuízo do disposto no caput, o proprietário deverá, ainda, comunicar o ocorrido à Polícia
Federal ou ao Comando do Exército, conforme o caso, e encaminhar cópia do boletim de ocorrência.
DECRETO Nº 10.627, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2021
Altera o Anexo I ao Decreto nº 10.030, de 30 de setembro de 2019, que aprova o Regulamento de
Produtos Controlados.
AULA 03
MATUTINO
21.10.2022
ART. 12. POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou
munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou,
ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável
legal do estabelecimento ou empresa.
Antes do pacote anticrime, o art. 16, caput, tratava das duas espécies de arma de
fogo: de uso restrito e de uso proibido. Após o pacote anticrimes, houve uma
cisão desse caput, separando as condutas ocorridas com as armas de fogo de
uso restrito das armas de fogo de uso proibido (que agora foram para o § 2º,
qualificando a pena)
Inicialmente vamos contextualizar a diferença entre o crime do art. 14 e art. 16
(caput e parágrafos).
Quando a arma de fogo é de uso restrito ou proibido, o crime do art. 16
vale tanto para a posse ilegal como também para o porte ilegal.
Este tipo também descreve múltiplas condutas (13 verbos típicos), de modo que a
prática de mais de uma delas, pelo mesmo agente, dentro do mesmo contexto fático,
configurará o cometimento de um único crime (ou seja, o agente não responderá pelo
concurso de crimes).
O art.16 pune tanto a posse quanto o porte de arma proibida ou restrita. Ou seja, ter
uma arma proibida em casa ou andar com uma arma proibida pelas ruas configura o
mesmo crime.
A conduta típica nada mais é que realizar os verbos do tipo com o determinado
elemento normativo do tipo “Sem autorização e em desacordo com determinação legal
ou regulamentar”.
NATUREZA HEDIONDA
2. Recentemente, no entanto, a Sexta Turma desta Corte, seguindo a linha jurisprudencial traçada pelo
Supremo Tribunal Federal no julgamento do RHC 143.449/MS, vem reconhecendo, excepcionalmente, a
atipicidade material da posse/porte de pequenas quantidades de munições, desacompanhadas de arma
de fogo, quando inexistente a potencialidade lesiva ao bem jurídico tutelado. Ressalva do entendimento
pessoal desta Relatora.
STJ HC 442036/SP 19/06/2018
2ª Turma concede HC a policial aposentado condenado após ser flagrado com uma
cápsula de fuzil.
Por unanimidade e com base no princípio da insignificância, a Segunda Turma do
Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu, nesta terça-feira (17), Habeas Corpus (HC
154390) para reconhecer a atipicidade da conduta imputada a um policial civil
aposentado, condenado a 3 anos e 6 meses de reclusão por ter sido flagrado na posse
de uma munição de fuzil calibre 762. O ministro Dias Toffoli explicou que o crime previsto
no artigo 16 da Lei 10.826/2003, de acordo com a jurisprudência, é crime de perigo abstrato,
cuja consumação independe de demonstração de sua potencialidade lesiva. Contudo, para o
relator, a hipótese dos autos permite que se afaste esse entendimento, uma vez que a
conduta de manter a posse de uma única munição não gera perigo para a sociedade, de
modo a ofender o bem jurídico tutelado pela norma penal. STF (HC 154390) - 17 de abril de
2018
ART. 16. PARÁGRAFO 1º – CONDUTAS EQUIPARADAS
Por esta razão, os incisos se referem não apenas às armas de uso RESTRITO, mas
também às de uso PERMITIDO.
Art. 242. Vender, fornecer, ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança
ou adolescente arma, munição ou explosivo:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos
Como o inciso V do art.16 trata apenas de arma de fogo, considera-se que somente a entrega
de ARMAS BRANCAS (facas, machados, canivetes etc.) à criança ou ao adolescente é que
configuraria o crime do art.242 do ECA.
Figura trazida pela Lei nº 13.964/2019, conhecida como PACOTE ANTICRIME, o § 2º do artigo 17 e
18 trouxe a discussão entre as correntes contrárias ao pacote e as que apoiam acerca da possível
permissão do “Flagrante Provocado ou preparado.”
A Lei 13.964/2019 dentre tantas alterações importantíssimas, em algumas passagens, traz a nova
figura do agente disfarçado que não deve ser confundido com outras técnicas especiais de
investigação como agente infiltrado ou agente que atua em meio a uma ação controlada.
Segundo Rogério Sanches, é possível esboçar a definição de agente disfarçado como aquele que,
ocultando sua real identidade, posiciona-se com aparência de um cidadão comum (não chega a
infiltrar-se no grupo criminoso) e, partir disso, coleta elementos que indiquem a conduta
criminosa preexistente do sujeito ativo. O agente disfarçado ora em estudo não se insere no seio do
ambiente criminoso e tampouco macula a voluntariedade na conduta delitiva do autor dos fatos.
Os autores, ainda, fazem a distinção entre o agente infiltrado, provocador e o
disfarçado:
O agente disfarçado contemplado na Lei 13.964/2019, tal qual o infiltrado, não é
considerado agente provocador vez que sua atuação não implica em instigação ao
delito. Sua atuação é predominantemente passiva, o que pode ser verificado
mediante a hipotética substituição de sua conduta e constatação acerca do mesmo
transcurso causal até o crime.
O uso de agentes disfarçados difere do flagrante preparado por não motivar e,
sim, flagrar o crime que já estava acontecendo.
O agente se finge de vítima e traz à tona uma prática que já estava acontecendo é
bastante diferente de ensejar a prática criminosa.
ART. 18 – TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO, ACESSÓRIO OU
MUNIÇÃO
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer
título, de ARMA DE FOGO, ACESSÓRIO ou MUNIÇÃO, sem autorização da autoridade
competente:
Pena - reclusão, de 8 a 16 anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou
munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente
policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente.
PACOTE ANTICRIME
Consuma-se com a simples facilitação, não sendo necessário que o facilitado consiga
entrar ou sair com o objeto do País.
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade
provisória.
COMENTÁRIO:
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva
necessidade, atender aos seguintes requisitos:
COMENTÁRIO:
Policia Federal e Sinarm -> A autorização para o porte de arma de fogo de uso
permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia Federal e
somente será concedida após autorização do Sinarm.
3 – O Sistema Nacional de Armas – SINARM tem por finalidade manter cadastro geral, integrado e
permanente das armas de fogo importadas, produzidas e vendidas no país.
I. as armas de fogo institucionais dos integrantes do quadro efetivo das Guardas Portuárias.
II. as armas de fogo institucionais das Guardas Municipais.
III.as armas de fogo institucionais dos agentes de segurança estrangeiros, quando em território nacional.
Assinale:
COMENTÁRIO:
Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça a autorização do porte de arma para os responsáveis pela
segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exército,
nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo
para colecionadores, atiradores e caçadores e de representantes estrangeiros em competição
internacional oficial de tiro realizada no território nacional.
4 – A Lei nº 10.826/2003 dispõe que o Sistema Nacional de Armas – SINARM, instituído no
Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional.
Sobre o SINARM, assinale a alternativa correta:
a) Não é competência do Sinarm, e sim da polícia militar efetuar cadastro mediante registro dos
produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas de fogo,
acessórios e munições.
b) É de competência do Sinarm informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do
Distrito Federal os registros e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios,
bem como manter o cadastro atualizado para consulta.
c) O Sinarm nunca expede autorização para compra de arma de fogo.
d) O cadastro de armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País não é de competência do
Sinarm.
GABARITO: B
COMENTÁRIO:
a) Não é competência do Sinarm, e sim da polícia militar efetuar cadastro mediante registro dos produtores,
atacadistas, varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e munições.
Art.2º - Ao Sinarm compete: IX - Cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e
importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e munições.
b) É de competência do Sinarm informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os
registros e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado
para consulta.
Art.2º - Ao Sinarm compete: XI - Informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros
e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta.
c) O Sinarm nunca expede autorização para compra de arma de fogo.
Art.4º - §1 O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos anteriormente
estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta autorização.
d) O cadastro de armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País não é de competência do Sinarm.
Art.2º - Ao Sinarm compete: II - Cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País.
5 – Ao Sistema Nacional de Armas – Sinarm compete, EXCETO:
COMENTÁRIO:
d) cadastrar os armeiros em atividade no País, sem conceder licença para exercer a atividade.
GABARITO: A
COMENTÁRIO:
COMENTÁRIO:
I - A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade competente,
como também a manter banco de dados com todas as características da arma e cópia dos documentos previstos no Art. 4°
desta lei.
II - A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente por essas mercadorias, ficando
registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas.
III - A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será efetivada mediante
autorização do Sinarm.
a) Apenas a I.
b) Apenas I e III.
c) Apenas a II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
GABARITO: E
COMENTÁRIO:
I - A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade
competente, como também a manter banco de dados com todas as características da arma e cópia dos documentos previstos
no Art. 4° desta lei. CORRETO
Art. 4º, § 3º A empresa que comercializar arma de fogo em território nacional é obrigada a comunicar a venda à
autoridade competente, como também a manter banco de dados com todas as características da arma e cópia dos
documentos previstos neste artigo.
II - A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente por essas mercadorias, ficando
registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas. CORRETO
Art. 4º, § 4º A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios e munições responde legalmente por essas
mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas.
III - A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será efetivada mediante
autorização do Sinarm. CORRETO
Art. 4º, § 5º A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será efetivada
mediante autorização do Sinarm.