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SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMANDO GERAL

PORTARIA do CMT G Nº PM4-001/1.2/20, de 13 de julho de 2020.

Dispõe sobre o registro e o porte de arma de fogo,


munição e colete de proteção balística na Polícia
Militar e dá outras providências.

O Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, considerando:


a Lei federal nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 (Dispõe sobre registro, posse e
comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM,
define crimes e dá outras providências);
o Decreto federal nº 9.845, de 25 de junho de 2019 (Regulamenta a Lei nº 10.826/03,
para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro e a posse de armas de fogo e de munição);
o Decreto federal nº 9.847, de 25 de junho de 2019 (Regulamenta a Lei nº
10.826/03, para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro, o porte e a comercialização de
armas de fogo e de munição e sobre o Sistema Nacional de Armas e o Sistema de Gerenciamento
Militar de Armas);
a Portaria COLOG nº 1.222, de 22 de agosto de 2019 (Dispõe sobre parâmetros de
aferição e listagem de calibres nominais de armas de fogo e das munições de uso permitido e
restrito e dá outras providências);
o Decreto federal nº 10.030, de 30 de setembro de 2019, que aprovou o Regulamento
de Produtos Controlados;
a Portaria nº 118-COLOG, de 04 de outubro de 2019 (Dispõe sobre a lista de
Produtos Controlados pelo Exército e dá outras providências);
a Portaria nº 136-COLOG, de 08 de novembro de 2019 (Dispõe sobre o registro, o
cadastro e a transferência de armas de fogo do SIGMA e sobre aquisição de armas de fogo,
munições e demais Produtos Controlados de competência do Comando do Exército);
a Portaria Interministerial nº 1.634/GM-MD, de 22 de abril de 2020 (Estabelece os
quantitativos máximos de munições passíveis de aquisição pelos integrantes dos órgãos e
instituições previstos nos incisos I a VII e X do caput art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, pelas
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pessoas físicas autorizadas a adquirir ou portar arma de fogo, e pelos demais agentes autorizados
por legislação especial a portar arma de fogo);
resolve baixar, para conhecimento geral e devida execução por parte dos militares
estaduais, as seguintes normas:

TITULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Artigo 1° - Esta Portaria destina-se a regular os procedimentos relativos:


I - ao registro e cadastro de armas de fogo, munições e coletes de proteção balística
pertencentes ao patrimônio da PMESP;
II - à aquisição, registro, cadastro e transferência de armas de fogo e munições de uso
permitido e restrito dos policiais militares, constantes de seus registros próprios;
III - à aquisição, registro, cadastro e transferência de coletes de proteção balística dos
policiais militares, constantes de seus registros próprios;
IV - à carga pessoal de arma de fogo, colete de proteção balística e munições
pertencentes à PMESP;
V - ao porte de arma de fogo dos policiais militares do serviço ativo, da reserva
remunerada e reformados.
Artigo 2° - Para os efeitos desta Portaria considera-se OPM a Unidade até o nível de
Batalhão ou equivalente.
Artigo 3° - As armas de fogo e munições serão classificadas quanto ao uso permitido
ou restrito, de acordo com a Portaria COLOG nº 1.222, de 12AGO19, e seus anexos, ou de
norma superveniente que a substitua, altere ou complemente.
Artigo 4º - São acessórios e petrechos:
I - de uso permitido:
a) blindagens balísticas para munições de uso permitido;
b) equipamentos de proteção balística contra armas de fogo de porte de uso
permitido, tais como coletes, escudos, capacetes etc.;
II - de uso restrito:
a) blindagens balísticas para munições de uso restrito;
b) equipamentos de proteção balística contra armas de fogo portáteis de uso restrito,
tais como coletes, escudos, capacetes etc.
fl. 3

Parágrafo único - Será permitida a utilização de compensadores de tiro, os quais não


alterem as características originais da arma, e tenham a finalidade de reduzir o impacto de recuo
do disparo, observando-se ainda o disposto no artigo 56 desta Portaria.
Artigo 5º - Para os fins desta Portaria, a classificação das armas de fogo quanto à
portabilidade e ao tipo é a seguinte:
I - quanto à portabilidade:
a) armas de porte: os revólveres, as pistolas e as garruchas;
b) armas portáteis: carabina, escopeta, espingarda, submetralhadora e fuzil.
II - quanto ao tipo:
a) porte (arma curta ou de defesa pessoal): revólver ou pistola;
b) longa de alma raiada (para caça ou esporte): carabina ou rifle;
c) longa de alma lisa (para caça ou esporte): espingarda ou toda arma congênere de
alma lisa de qualquer modelo, calibre ou sistema.

TITULO II
DO REGISTRO, CADASTRO E EXPEDIÇÃO DE CERTIFICADO E DO PORTE

CAPÍTULO I
DO REGISTRO E CADASTRO

SEÇÃO I
Das Armas Pertencentes ao Patrimônio da PMESP

Artigo 6º - As armas de fogo adquiridas pela PMESP serão registradas na Diretoria


de Logística (DL), que manterá o controle desses registros em caráter permanente, com as
informações exigidas pelo Comando do Exército, independente daquelas definidas pela PMESP.
Parágrafo único - Um sistema único, integrado ao Sistema Integrado de Patrimônio e
Logística (SIPL), será utilizado para o controle do armamento e conterá os seguintes dados:
a) espécie (tipo);
b) fabricante;
c) modelo;
d) calibre;
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e) número(s) de série;
f) acabamento;
g) capacidade de cartuchos;
h) comprimento do cano;
i) número de patrimônio;
j) número do termo de inclusão;
k) data do termo de inclusão;
l) número do documento de autorização do Exército Brasileiro;
m) situação da arma.
Artigo 7º - As armas de fogo de porte e portáteis pertencentes ao patrimônio da
PMESP serão cadastradas no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SIGMA), por
intermédio da DL, a qual manterá banco de dados visando ao controle eficaz de tais armas.

SEÇÃO II
Das Armas de Fogo Pertencentes aos Policiais Militares

Artigo 8º - As armas de fogo de uso permitido e restrito pertencentes aos policiais


militares ativos e inativos serão registradas, nos termos do parágrafo único do artigo 2º da Lei
Federal nº 10.826/03, na própria Polícia Militar.
§ 1º - O Cmt G, nos termos do artigo 4º, inciso “III”, letra “a” da Portaria 136-
COLOG, de 08NOV19, é a autoridade competente para expedir o registro próprio das armas de
fogo de que trata este artigo, ficando delegada esta competência para o Chefe do Centro de
Material Bélico (Ch CMB).
§ 2º - O CMB é a OPM encarregada de manter atualizados os registros realizados no
Sistema de Controle de Armas Particulares (SICARM) e de proceder a remessa e cadastramento
das informações junto à organização militar do Exército Brasileiro da 2ª Região Militar, para fins
de atualização do SIGMA, no que couber.
§ 3º - As alterações de características (calibre, comprimento do cano, capacidade
e/ou acabamento) das armas de fogo de propriedade de policiais militares, procedidas com a
devida autorização do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados/2ª Região Militar –
SFPC/2ª RM (a ser obtida pessoalmente pelo interessado), devem ser publicadas em Boletim
Interno Reservado.
fl. 5

§ 4º - As OPM deverão remeter cópias das publicações mencionadas no parágrafo


anterior ao CMB, no prazo de 30 (trinta) dias da publicação, para fins de controle.
Artigo 9º - O policial militar agregado nos termos do artigo 5º do Decreto-lei nº
260/70 permanecerá com o Certificado de Registro de Arma de Fogo e, caso venha a ser
excluído da PMESP, aplicar-se-á a ele o disposto na Seção III do Capítulo II deste Título.
Artigo 10 - Os policiais militares da ativa, da reserva ou reformados, que possuírem
em seu nome, arma de fogo de acervo de defesa pessoal, regularmente registrada em outro órgão
público, deverão registrá-la na PMESP.
Parágrafo único - Ao ingressar na Polícia Militar, o proprietário de arma de fogo,
deverá, por intermédio da OPM responsável pela realização do respectivo Curso de Formação ou
Estágio, registrá-la junto ao CMB, após a devida publicação em Boletim Interno Reservado da
OPM.
Artigo 11 - O policial militar colecionador, atirador ou caçador deverá comunicar
esta condição ao seu Cmt/Ch/Dir de OPM, mediante documento (Parte), no qual fará constar
cópia do Certificado de Registro e do Mapa de Armas do seu acervo, emitidos pelo Exército
Brasileiro, para publicação em Boletim Interno Reservado.
§ 1º - Os policiais militares, qualificados no caput deste artigo, devem proceder as
atividades de aquisição e alienação, de registro e cadastro, de posse, porte e de transporte, e
demais regras atinentes aos colecionadores, atiradores ou caçadores de armas, munições e
acessórios, de acordo com os Decretos Federais e normas expedidas pelos Órgãos de regulação e
fiscalização do Exército Brasileiro.
§ 2º - Toda a alteração do Certificado de Registro e no Mapa de Armas deverá ser
comunicada pelo policial militar à sua OPM que, após publicação em Boletim Interno
Reservado, deverá remeter cópia deste ao CMB, no prazo de 30 (trinta) dias da publicação.

CAPÍTULO II
DO CERTIFICADO DE REGISTRO DE ARMA DE FOGO

SEÇÃO I
Da Expedição do Certificado de Registro de Arma de Fogo pertencente à Policial Militar

Artigo 12 - O CMB expedirá o Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF)


fl. 6

referente às armas de fogo de uso permitido e restrito pertencentes aos policiais militares ativos e
inativos, adquiridas no comércio ou na indústria.
Artigo 13 - O Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF) será expedido com
base no cadastro do CMB e sua cédula conterá os seguintes dados:
I - dos itens gerais:
a) as inscrições “Polícia Militar do Estado de São Paulo” e “Características da
Arma”;
b) brasão do Estado de São Paulo;
c) denominação do documento;
d) número do cadastro;
e) número do formulário;
f) logomarca da PMESP;
g) as inscrições “De acordo com a Legislação Vigente”, “Válido somente com a
apresentação da Identidade Funcional da Polícia Militar” e “Não plastificar este documento”;
h) Boletim Interno Reservado que publicou a aquisição;
i) emissão;
j) validade;
k) posto, nome e assinatura da autoridade policial militar competente para a
expedição.
II - do policial militar:
a) nome;
b) posto/graduação, RE e RG.
III - da arma de fogo:
a) espécie (tipo);
b) marca;
c) modelo;
d) calibre;
e) número;
f) comprimento do cano;
g) capacidade de cartuchos.
§ 1º - o CRAF terá o prazo de validade indeterminado.
§ 2º - O CRAF manterá a sua validade, mesmo que o proprietário da arma tenha seu
posto ou graduação alterados, devendo ser atualizado, somente, quando da alienação da arma ou
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da deterioração da cédula, a pedido do proprietário.

SEÇÃO II
Do Furto, Roubo ou Extravio do Certificado de Registro de Arma de Fogo

Artigo 14 - O policial militar proprietário de arma de fogo comunicará


imediatamente à sua OPM o extravio, furto ou roubo do CRAF, bem como a sua recuperação,
anexando o devido registro do ocorrido, feito no Distrito Policial ou pela Internet (Delegacia
Eletrônica).
Parágrafo único - O extravio, furto ou roubo do CRAF será publicado em Boletim
Interno Reservado, e a OPM deverá remeter cópia do Boletim de Ocorrência e/ou da publicação
ao CMB para atualização de seu cadastro e emissão do novo CRAF.
Artigo 15 - O policial militar inativo que tiver o seu CRAF roubado, furtado ou
extraviado, registrará o fato no Distrito Policial ou pela Internet (Delegacia Eletrônica) e
comunicará, por escrito, o Cmt/Ch/Dir da OPM detentora dos seus Assentamentos Individuais,
que remeterá o expediente ao CMB para a emissão de novo Certificado.
Parágrafo Único - A OPM citada no caput deste artigo adotará as providências
descritas no parágrafo único do artigo 14.
Artigo 16 - Nas situações em que o CRAF é localizado, e foram praticados os
procedimentos constantes nos artigos 14 ou 15, este deverá ser inutilizado e arquivado na PI
(Pasta Individual) do interessado.
Artigo 17 - Durante o período entre o extravio, furto ou roubo e a emissão da 2ª via
pelo CMB, a arma deverá ficar depositada na residência ou na Reserva de Armas da OPM de
vinculação do interessado.

SEÇÃO III
Da Revogação do Certificado de Registro de Arma de Fogo

Artigo 18 - Na hipótese de exoneração, demissão ou expulsão, reforma


administrativa disciplinar, perda de posto ou patente e perda de graduação do policial militar, o
Cmt/Ch/Dir da última OPM na qual ele era classificado deverá recolher, mediante Termo de
Recolhimento (Apêndice “A” do Anexo “III”) o (s) CRAF expedido (s) pela Polícia Militar,
informando, eletronicamente, o CMB.
fl. 8

§ 1º - A informação citada no caput deverá ser instruída com cópias dos (as):
1. Boletim Geral que publicou a sanção;
2. Termo de Recolhimento;
3. publicação em Boletim Interno Reservado do recolhimento do CRAF;
4. comprovante de residência do interessado;
5. Registro Geral (RG).
§ 2º - O proprietário da arma de fogo deve ser cientificado, no próprio Termo de
Recolhimento, da obrigatoriedade da transferência de propriedade ou da regularização da sua
arma de fogo, junto ao órgão competente da Polícia Federal ou do Exército Brasileiro, no prazo
de até 60 (sessenta) dias, a contar da data da publicação do ato que, nos termos do caput deste
artigo, ensejar o recolhimento do CRAF, caso contrário, deverá ser entregue à Polícia Federal,
nos termos do artigo 31 da Lei Federal nº 10.826/03.
§ 3º - Caso não seja possível recolher o CRAF, o Cmt/Ch/Dir deverá fazer essa
observação e justificá-la no Boletim Interno Reservado encaminhado ao CMB.
§ 4º - Ao CMB caberá:
1. expedir, de ofício, certidão de origem da arma de fogo para fins de regularização
ou transferência junto ao órgão competente da Polícia Federal ou do Exército Brasileiro;
2. revogar o CRAF, com lançamento em Boletim Geral Reservado e atualização do
cadastro, 60 dias após a publicação do ato que, nos termos do caput deste artigo, ensejar seu
recolhimento;
§ 5º - O Oficial Seç Log da OPM responsável pela guarda da (s) arma (s) de fogo
particular (es) do interessado, suscetível (is) de entrega à Polícia Federal, em decorrência do
prazo previsto no § 2º deste artigo ter expirado, deverá notificá-lo ou a seu representante legal,
por escrito e antecipadamente, devendo transferir-lhe a eventual indenização prevista Lei federal
nº 10.826/03, se houver.
§ 6º - Após a realização da entrega prevista no § 5º, o ato deverá ser publicado em
Boletim Interno Reservado da OPM e, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de
publicação, uma cópia deverá ser remetida, eletronicamente, ao CMB para a devida atualização
do registro e cadastro.
§ 7º - As prescrições do caput e dos §§ 1º a 5º deste artigo deverão ser observadas
quando o militar inativo, que submetido a processo regular, tenha contra si decisão
administrativa que lhe imponha sanção exclusória, mesmo que com a suspensão da eficácia para
fins disciplinares.
fl. 9

Artigo 19 - O policial militar que, sujeito às hipóteses previstas nesta Portaria ou


outras normas legais, se recusar a entregar sua arma particular à autoridade policial-militar
competente, terá o seu CRAF revogado, ato que deverá ser publicado em Boletim Geral
Reservado.
§ 1º - As OPM que tiverem policiais militares na situação mencionada no caput deste
artigo deverão, por meio da Seç Log, encaminhar documentação ao CMB, para que seja
procedida tal revogação.
§ 2º - A revogação do CRAF e a consequente publicação em Boletim Geral
Reservado serão atos praticados pelo Ch CMB.
§ 3º - Ao ser revogado o CRAF, o Cmt/Ch/Dir da OPM do policial militar
comunicará a irregularidade (arma sem registro) ao Distrito Policial da circunscrição onde resida.
§ 4º - A revogação do CRAF não constitui medida punitiva e, portanto, não elide a
eventual aplicação das sanções disciplinares decorrentes da recusa na entrega do armamento.

CAPÍTULO III
DO PORTE DE ARMA DE FOGO POR POLICIAIS MILITARES

SEÇÃO I
Dos Policiais Militares do Serviço Ativo

Artigo 20 - O porte da arma de fogo de uso permitido e de uso restrito é inerente ao


policial militar, com validade em todo território nacional, mediante apresentação da Cédula de
Identidade Funcional, instituída pelo Decreto Estadual nº 14.298, de 21 de novembro de 1979.
§ 1º - As armas de fogo a que se refere o caput deverão pertencer ao patrimônio da
PMESP ou estar devidamente registradas em nome do portador, com o CRAF emitido pelo
CMB.
§ 2º - O porte de arma também é válido para as armas pertencentes a outros órgãos
do Governo Estadual, da União, de outros Estados da Federação ou de Municípios, utilizadas em
face de convênio ou qualquer outra modalidade de cooperação.
§ 3º - Quando o policial militar estiver de folga, o porte de arma de fogo citado no
caput será válido somente para as armas classificadas como de porte, sendo vedada a sua
aplicação para as armas portáteis.
Artigo 21 - O Cmt/Ch/Dir de OPM é a autoridade policial-militar competente para
fl. 10

autorizar:
I - a carga de arma de fogo pertencente à PMESP;
II - a utilização da arma particular em serviço;
III - o porte de arma de fogo pertencente ao patrimônio da PMESP em outra unidade
federativa.
Parágrafo único - As autorizações mencionadas neste artigo podem ser revogadas a
qualquer tempo, a juízo do Cmt/Ch/Dir da OPM.
Artigo 22 - A solicitação de autorização para a carga de arma de fogo pertencente ao
patrimônio da PMESP (PM L-81) em outra unidade federativa ocorrerá quando o policial militar
não estiver no exercício de suas funções institucionais.
§ 1º - A solicitação para a carga de arma de fogo, com validade de até 6 (seis) meses,
em outra unidade federativa, deverá ser motivada em planilha própria (PM L-81) e, após
autorizada, ser publicada em Boletim Interno Reservado.
§ 2º - Após emanada a autorização, a Seç Log da OPM deverá fornecer ao policial
militar interessado, de oficio, cópia autenticada da planilha PM L-81.
Artigo 23 - Para portar arma de fogo de uso permitido e/ou de uso restrito, o policial
militar deverá observar as seguintes regras:
I - quando de serviço com arma da PMESP, deverá portar somente a Cédula de
Identidade Funcional;
II - quando de folga com arma de fogo da PMESP, deverá portar a Cédula de
Identidade Funcional e, se a sua carga não estiver cadastrada no SIPL, necessitará da cédula de
Autorização de Carga de Arma de Fogo (ACAF);
III - quando de serviço ou de folga com arma particular, deverá portar a Cédula de
Identidade Funcional e o CRAF;
IV - quando de folga, sendo a arma pertencente a acervo de colecionador, atirador ou
caçador, deverá portá-la de acordo com as normas específicas ao registro da arma;
V - quando em outra Unidade Federativa, portando a arma de fogo da PMESP,
deverá portar a Cédula de Identidade Funcional e a cópia autenticada, pela Seç Log da OPM, da
respectiva autorização para trânsito (PM L-81), ou da ACAF, se houver;
Artigo 24 - O policial militar fora de serviço poderá portar arma de fogo em locais
onde haja aglomeração de pessoas em virtude de evento de qualquer natureza, obedecidas as
seguintes condições:
I - não conduzir a arma ostensivamente;
fl. 11

II - cientificar o policiamento do evento, se houver, fornecendo nome, posto ou


graduação, Unidade e a identificação da arma.
Parágrafo único - O policial militar que desejar ingressar em estabelecimentos
privados, desde que não seja para o atendimento de ocorrência policial, e caso seja solicitado
pela segurança local, deverá fornecer seu nome, posto ou graduação, Unidade e a identificação
da arma.

SEÇÃO II
Da Inaptidão ao Porte de Arma de Fogo

Artigo 25 - É vedado o porte de arma de fogo:


I - ao policial militar ao qual foi determinada a proibição ou a restrição ao porte, seja
judicial ou médica;
II - aos Sd PM 2 ª Classe, durante a frequência ao Curso de Formação de Soldado
PM, em seu Módulo Básico, salvo quando em serviço;
III - aos Al Of PM que estiverem frequentando o 1º ano do Curso de Formação de
Oficiais, com exceção daqueles oriundos das fileiras da Instituição que sejam habilitados e
tenham concluído o Curso de Formação de Soldado PM;
IV - aos 2º Ten PM Estagiários que estiverem frequentando o Estágio de Adaptação
de Oficiais ao Quadro de Oficiais de Saúde da Polícia Militar.
§ 1º - O Cmt/Ch/Dir de OPM cientificado expressamente, por meio de laudo médico
ou decisão judicial, de determinação da restrição ao uso de arma de fogo, realizará o
recolhimento imediato da arma da PMESP, da qual o policial militar tenha carga pessoal e o
convocará a entregar imediatamente sua arma particular e o respectivo CRAF, caso tenha, os
quais serão recolhidos na reserva de armas de sua OPM, por meio de Termo de Recolhimento
(Apêndice “A” do Anexo “III”), até que cessem os motivos do impedimento ou até que a
propriedade da arma seja transferida para outrem, observando-se as formalidades e os prazos
legais.
Artigo 26 - O policial militar agregado em razão de licença sem vencimentos, que
não possua restrição de uso de arma, poderá portar arma de fogo particular, não sendo necessária
a realização da avaliação médica e psicológica prevista no artigo 31 desta Portaria.
Parágrafo único - O policial militar enquadrado na condição estabelecida no caput
deste artigo deverá solicitar, por escrito, ao Cmt/Ch/Dir da OPM em que estiver lotado, a
fl. 12

possibilidade de portar sua arma de fogo particular durante o período do afastamento, e, em


sendo autorizado, permanecerá com a sua carteira de identidade funcional, que deverá ser
portada junto com o CRAF.

SEÇÃO III
Do Porte de Arma de Fogo Particular em Serviço

Artigo 27 - Para portar uma arma de fogo particular, de porte, em serviço, o policial
militar deverá solicitar a autorização ao Cmt/Ch/Dir, por meio de documentação fundamentada
e, após seu deferimento e publicidade em Boletim Interno Reservado, deverá cumprir as
seguintes regras:
I - para o uso como arma sobressalente:
a) esta não poderá ser portada ostensivamente ao fardamento;
b) quando revólver, deverá ser, no mínimo, do cal. 38, e de comprimento nominal de
cano entre 2” e 6,5”, e ser dotado de barra de percussão.
II - para uso em substituição à arma da PMESP:
a) é vedado o uso de arma do tipo revólver;
b) deve atender os seguintes parâmetros mínimos: munição no calibre nominal “380
Automatic” (280 joules), comprimento nominal de cano 3”, e capacidade dos carregadores (arma
carregada, mais carregadores municiados) de 30 (trinta) munições.
c) é autorizado exclusivamente o uso em trânsito.
§ 1º - No documento (Parte) mencionado no caput deste artigo, o policial militar
constará, expressamente, a ciência e anuência da possibilidade de apresentação da arma,
juntamente com a da PMESP, para apreensão quando do envolvimento em ocorrência policial,
bem como, de que as providências para a liberação dela perante o juízo e as despesas decorrentes
de eventual dano e/ou extravio, ficarão por conta do proprietário.
§ 2º - Para deferir o uso da arma particular em serviço, o Oficial previsto no caput
deste artigo, atentará para a correspondência de calibres nominais e sua energia em joules, com
os calibres autorizados pelo Comandante Logístico do Exército Brasileiro, de acordo com a
Portaria COLOG nº 1.222, de 12AGO19, sendo vedado do uso de armas de acervos de coleção,
tiro esportivo ou caça.
fl. 13

§ 3º - O número do Boletim Interno Reservado mencionado no caput deste artigo,


deverá ser lançado no Relatório de Serviço Operacional ou relatório próprio da OPM, no início
do serviço,
§ 4º - A autorização perderá a validade quando o policial militar for movimentado de
OPM.

SEÇÃO IV
Dos Policiais Militares Inativos

Artigo 28 - Ao policial militar proprietário de arma de fogo que passar para a


inatividade remunerada, desde que não tenha qualquer restrição para portar arma de fogo, será
expedida, de ofício, pelo Cmt/Ch/Dir de OPM, a APAFI com validade de 10 (dez) anos a contar
da publicação da passagem para a inatividade, não sendo necessária a adoção das providências
previstas no artigo 31 desta Portaria.
§ 1º - Para fins deste artigo, entende-se como Cmt/Ch/Dir de OPM aquele que é
responsável pela Unidade Administrativa detentora dos assentamentos individuais do
interessado.
§ 2º - Será exigida a adoção das providências previstas no artigo 31 desta Portaria
para o policial militar que não tiver arma de fogo particular e solicitar a aquisição de arma de
fogo após a publicação da sua passagem para a inatividade.
§ 3º - A expedição de APAFI, prevista no caput deste artigo, será adotada para cada
uma das armas pertencentes ao policial militar que passou para a inatividade.
Artigo 29 - A APAFI deverá conter os dados descritos no artigo 13 desta Portaria e
seus incisos, exceto a alínea “h” do inciso I.
Parágrafo único - A validade de 10 (dez) anos será contada da data da passagem para
a inatividade ou da data do exame psicológico.
Artigo 30 - A emissão da APAFI deverá ser publicada em Boletim Interno Reservado
e transcrita no Assentamento Individual do interessado.

Subseção Única
Dos Requisitos para a Renovação do Porte de Arma
fl. 14

Artigo 31 - O policial militar da reserva remunerada ou reformado, para a renovação


da APAFI, a cada 10 (dez) anos, deverá, previamente à expiração desse prazo:
I - ser submetido e considerado apto em avaliação psicológica realizada por
psicólogos credenciados pela Polícia Federal para esta finalidade ou por órgãos responsáveis
pela atividade na PMESP;
II - apresentar as certidões dos distribuidores criminais da Justiça Federal e Estadual
(inclusive a Militar), das localidades em que residiu nos últimos 10 (dez) anos, sendo que:
a) na hipótese das certidões serem negativas, a autoridade prevista no artigo 28, § 1º,
desta Portaria, expedirá a APAFI;
b) em caso de certidão (ões) positiva (s) e após detida análise do caso concreto, a
autoridade poderá deferir o pedido de concessão/renovação de APAFI, desde que a conduta
imputada não seja atentatória às instituições ou ao Estado, aos direitos humanos fundamentais e
não possua natureza desonrosa.
§ 1º - Na hipótese do Oficial da reserva remunerada ser superior hierárquico do
Cmt/Ch/Dir da OPM, nos termos do artigo 28, § 1º, desta Portaria, o interessado deverá dirigir-se
à autoridade policial-militar imediatamente superior para que esta expeça a APAFI.
§ 2º - A reavaliação do policial militar inativo, considerado inapto ao porte de arma
de fogo, deverá ser realizada pelo órgão que prescreveu a restrição.
§ 3º - Norma complementar irá regular os procedimentos para a avaliação
psicológica dos inativos.
Artigo 32 - O Cmt/Ch/Dir da OPM detentora do Assentamento Individual de policial
militar inativo proprietário de arma de fogo, cientificado expressamente, por meio de laudo
médico ou decisão judicial, de determinação da restrição ao uso de arma de fogo, convocará a
entregar imediatamente sua arma particular, o respectivo CRAF e a APAFI, caso tenha, os quais
serão recolhidos na Reserva de Armas da OPM, por meio de Termo de Recolhimento (Apêndice
“A” do Anexo “III”), até que cessem os motivos do impedimento ou até que a propriedade da
arma seja transferida para outrem, observando-se as formalidades legais.
Parágrafo único - Na hipótese do recolhimento descrito no caput deste artigo ocorrer
por restrição médica, a renovação da APAFI e consequente restituição da arma de fogo estará
condicionada ao cumprimento dos requisitos descritos no artigo 31 desta Portaria, em especial no
seu § 2º.
Artigo 33 - Para portar arma de fogo de uso permitido e/ou de uso restrito, o policial
militar inativo deverá portar, além do CRAF e da Cédula de Identidade Funcional, a Autorização
fl. 15

de Porte de Arma de Fogo para Inativos (APAFI).

CAPÍTULO IV
DO TRANSPORTE DE ARMAS DE FOGO

Artigo 34 - A autorização para transporte de arma de fogo portátil, de uso permitido


ou restrito, pertencente a policial militar, devidamente registrada no CMB, em todo o território
nacional, será expedida pelo respectivo Cmt/Ch/Dir de OPM (Apêndice “F” do Anexo III).
Artigo 35 - O embarque de policiais militares ativos ou inativos, com arma de fogo,
em aeronaves que efetuem transporte público, obedecerá às normas baixadas pelo Ministério da
Defesa e Ministério da Justiça.
Parágrafo único - É vedada a remessa de armamento, colete, algema, carregadores e
munição via malote ou correio.

CAPÍTULO V
DA APREENSÃO DE ARMAS DE FOGO

SEÇÃO I
Da Apreensão de Armas Particulares

Artigo 36 - As armas de fogo e munições apreendidas serão encaminhadas ao


Cmt/Ch/Dir competente para adoção das medidas de polícia judiciária militar cabíveis, nos casos
de cometimento de crime militar, ou ao órgão policial civil competente (Distrito Policial), nos
casos de cometimento de crime comum.
§ 1º - As armas particulares, os CRAF, bem como as munições pertencentes a
policiais militares que estejam recolhidos no PMRG ou à disposição da Justiça em
estabelecimento penal, deverão permanecer em sua residência ou poderão ser recolhidas ao P/4
da OPM do policial militar interessado.
§ 2º - Caso a arma de fogo particular do policial militar recolhido no PMRG ou à
disposição da Justiça esteja na Reserva de Armas da OPM, somente poderá ser retirada pelo
proprietário, quando colocado em liberdade e desde que não haja determinação judicial em
sentido contrário, ou por outra pessoa mediante autorização judicial.
§ 3º - Se o policial militar que estiver recolhido no PMRG ou à disposição da Justiça
fl. 16

em estabelecimento penal comum, for exonerado, demitido, expulso, reformado


administrativamente por motivo disciplinar, perder o posto, a patente ou perder a graduação, os
seus familiares ou representante legal, deverão proceder de acordo com o disposto na Seção III,
Capítulo II, Título II, desta Portaria.
Artigo 37 - As OPM deverão comunicar a apreensão de arma de fogo particular de
policial militar, o mais breve possível, encaminhando cópia da publicação em Boletim Interno
Reservado ao CMB, para fins de atualização de cadastro e comunicação ao SIGMA
Artigo 38 - As providências necessárias para a liberação de arma particular,
pertencente a policial militar, apreendida em ocorrência, são de responsabilidade do próprio
interessado.

SEÇÃO II
Da Apreensão de Armas Pertencentes à PMESP

Artigo 39 - O Cmt/Ch/Dir de OPM determinará ao Oficial Ch Seç Log que proceda o


devido acompanhamento de procedimentos administrativos, policiais ou judiciais que envolvam
armas da PMESP apreendidas, envidando esforços para que estas sejam restituídas à Polícia
Militar o mais rapidamente possível, observando o disposto em normas de logística da
Instituição.
Parágrafo único - Nos casos de apreensão de armas de patrimônio da Instituição,
ficará a cargo do Oficial Ch Seç Log da Unidade onde o policial militar estiver lotado a exclusão
do registro da carga da arma apreendida e o fornecimento, após decisão do Cmt/Ch/Dir, de uma
nova carga de arma de fogo da PMESP ao policial.
Artigo 40 - O Cmt/Ch/Dir de OPM adotará as providências necessárias para a
retirada de armas de propriedade da PMESP, liberadas pela Justiça, no Departamento de
Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária – DIPO e nas Varas Judiciais Regionais que possuírem
depósito de armamento apreendido e/ou à disposição da Justiça, em conformidade com as
normas vigentes na Instituição.

CAPÍTULO VI
DO ROUBO, FURTO OU EXTRAVIO DE ARMA DE FOGO

Artigo 41 - Ocorrendo roubo, furto ou extravio de arma de fogo pertencente a


fl. 17

policial militar, bem como sua eventual recuperação, o fato deverá ser comunicado
imediatamente ao seu Cmt/Ch/Dir, que deverá publicar em Boletim Interno Reservado.
Parágrafo único - A contar da data da publicação, a OPM encaminhará, no prazo
máximo de 10 (dez) dias, as cópias do Boletim Interno Reservado, do Boletim de Ocorrência do
extravio/recuperação, e da cédula do CRAF original, se houver, ao CMB, que fará a atualização
do registro no SICARM e do cadastro no SIGMA.

CAPÍTULO VII
DA AQUISIÇÃO, ALIENAÇÃO E DESFAZIMENTO DE ARMA DE FOGO,
MUNIÇÕES E COLETE DE PROTEÇÃO BALÍSTICA

SEÇÃO I
Do Processo de Aquisição

Artigo 42 - As regras e procedimentos para aquisição, venda ou doação de arma de


fogo de uso permitido ou restrito, colete e munições, estão descritos no Anexo “I” desta Portaria.
§ 1º - Além das providências descritas no Anexo “I”, a aquisição de armas de fogo de
uso restrito deverá ser instruída com a autorização do Comando Logístico do Exército Brasileiro
e estar em conformidade com os demais procedimentos a serem definidos pelo mesmo Órgão.

SEÇÃO II
Dos Limites e Vedações para Aquisições de Armas de Fogo

Artigo 43 - O policial militar poderá ter a propriedade de até 4 (quatro) armas de


fogo, somadas, as de uso permitido ou restrito.
§ 1º - Será autorizada, pelo Cmt/Ch/Dir da OPM do militar da ativa ou pelo
Cmt/Ch/Dir da OPM detentora do assentamento individual do inativo, a aquisição em quantidade
superior ao estabelecido no caput deste artigo, desde que justificada a efetiva necessidade.
§ 2º - Os militares estaduais que já possuírem armas de fogo em quantidade superior
ao previsto até a publicação desta norma, terão a propriedade dessas armas assegurada.
Artigo 44 - É vedada a expedição de autorização para a aquisição de armas de fogo
ou munições, de uso permitido ou restrito, ao policial militar que:
I - se enquadre em qualquer uma das circunstâncias previstas no artigo 25 desta
fl. 18

Portaria;
II - estiver cumprindo condenação por decisão judicial transitada em julgado pela
prática de infração penal cometida com violência, grave ameaça, contra o patrimônio ou a
incolumidade pública;
III - não se encontre, no mínimo, no comportamento "Bom", ou que esteja sendo
submetido a processo administrativo, instaurado para apurar conduta passível de demissão ou
expulsão;
IV - constar dos seus assentamentos punição disciplinar por uso de álcool ou de
substância psicoativa, nos 5 (cinco) anos anteriores à data do pedido de autorização para
aquisição de armas de fogo;
V - na hipótese da residência do interessado ser habitada, também, por criança,
adolescente ou pessoa com deficiência mental, não apresentar, no documento de solicitação para
a aquisição previsto no Anexo “I” desta Portaria, a declaração de que sua residência possui cofre
ou local seguro com tranca para armazenamento;
VI - sendo inativo, se enquadre em uma das vedações previstas nos incisos I a V, no
que couberem, ou:
a) não cumpra os requisitos previstos no artigo 31 desta Portaria;
b) mesmo tendo passado para a inatividade, teve proferida punição em processo
administrativo instaurado para apurar conduta passível de sanção exclusória;
c) tenha sido punido com a sanção de reforma administrativa disciplinar, prevista no
artigo 14, inciso V, da Lei Complementar nº 893, de 09MAR01.
§ 1º - Nas situações em que a arma particular de uso permitido/restrito do policial
militar for roubada, furtada ou extraviada, deverá ser instaurada investigação preliminar, e se sua
conclusão apontar que o policial militar agiu com imperícia, imprudência ou negligência, não
poderá ser autorizada nova aquisição por 2 (dois) anos, ou nos casos em que há indício de
cometimento de crime, não poderá ser autorizada nova aquisição por 5 (cinco) anos, a contar da
notícia do fato.
§ 2º - Quando, por meio de Sindicância, ficar comprovado que o policial militar teve
arma da Instituição da qual era detentor usuário, ou tinha a posse, roubada, furtada ou extraviada
por imperícia, imprudência ou negligência, não poderá ser autorizado a adquirir arma por 2
(dois) anos, a contar da solução da Sindicância, e no caso de dolo comprovado, não será mais
permitida a aquisição de arma de fogo.
fl. 19

SEÇÃO III
Da Entrega de Arma de Fogo Particular na Polícia Federal

Artigo 45 - Os policiais militares que efetuarem entrega na Polícia Federal, de arma


de fogo particular, registrada na PMESP, deverão comunicar o fato (Parte) ao Cmt/Ch/Dir de
OPM, anexando cópia do comprovante de entrega emitido pela Polícia Federal ou Órgão que a
represente, e do CRAF original, para publicação em Boletim Interno Reservado.
Parágrafo único - Deverá a OPM remeter ao CMB, no prazo de 30 (trinta) dias, a
contar da data de publicação, uma cópia da publicação do Boletim Interno Reservado e do
CRAF, para a devida atualização do cadastro e exclusão no SIGMA.

CAPÍTULO VIII
DA DESTINAÇÃO DA ARMA DE FOGO DE POLICIAL MILITAR FALECIDO

Artigo 46 - A arma de fogo, munições e acessórios, pertencente a policial militar


falecido, poderá ser guardada na Reserva de Armas da sua última OPM, ou naquela mais
próxima da sua residência, a pedido do representante legal do policial militar, pelo prazo
máximo de 120 (cento e vinte) dias, quando, então, deverá ser retirada pelo administrador da
herança ou curador, devidamente designado.
§ 1º - No caso de custódia do armamento em OPM, será expedido ao representante
legal do policial militar falecido, o recibo de guarda de arma de fogo, constando:
1. a identificação do policial militar;
2. as características da arma;
3. a identificação e a assinatura do representante legal do policial militar;
4. a quantidade de munições, acessórios e suas características;
5. data, identificação e assinatura do Oficial responsável pela Reserva de Armas.
§ 2º - Durante o prazo previsto no caput deste artigo, o Cmt/Ch/Dir da OPM
detentora do Assentamento Individual do policial militar falecido, independentemente de haver
ou não a custódia do armamento na Reserva de Armas, deverá encaminhar, ao CMB, o CRAF da
arma de fogo, cópias do RG, CPF e comprovante de residência, para expedição da certidão de
propriedade, informando o número da publicação do Boletim Geral do falecimento deste.
§ 3º - O CMB deverá adotar as providências previstas no § 4º do artigo 18 desta
Portaria, emitindo a certidão de origem da arma de fogo à OPM, a qual entregará para o
fl. 20

administrador da herança ou curador.


§ 4º - O administrador da herança ou curador do policial militar falecido poderá, por
meio de formal de partilha, alvará judicial ou declaração de cessão de direito (Apêndice “B” do
Anexo “III”), firmado nos termos do artigo 47 de Decreto Fed. nº 9847/19, transferir o
armamento a qualquer cidadão que preencha os requisitos legais na forma da lei.

CAPÍTULO IX
DA CARGA DE ARMA DE FOGO PERTENCENTE À PMESP

Artigo 47 - O policial militar poderá requerer a autorização, para ter consigo, a carga
de uma arma de fogo de porte pertencente à PMESP.
§ 1º - Para obtenção da autorização para a carga de arma de fogo, o policial militar
deverá preencher os pré-requisitos e as formalidades, bem como assinar o Termo de
Responsabilidade, nos termos do Anexo “II” e do Apêndice “B” do Anexo “III” desta Portaria.
Artigo 48 - O Cmt/Ch/Dir de OPM poderá, a qualquer momento e por meio de
despacho fundamentado, suspender, cautelarmente, a autorização de carga de arma de fogo do
policial militar.
§ 1º - A autorização de carga de arma de fogo pertencente à PMESP deverá ser
suspensa:
I - por 365 (trezentos e sessenta e cinco dias), ao policial militar que disparar arma de
fogo (particular ou pertencente à PMESP) por negligência, imprudência ou imperícia, sendo que
a suspensão iniciará a contar do término do respectivo processo apuratório;
II - por 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, o policial militar que tiver a arma de
fogo da PMESP roubada, furtada ou extraviada, e for comprovado em sindicância que o evento
se deu por imperícia, imprudência ou negligência do policial, sendo que a suspensão iniciará a
contar do término do processo apuratório;
III - por 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, o policial militar que tiver mais de
uma arma de fogo da PMESP furtada ou extraviada, no período de 5 (cinco) anos,
independentemente de culpa, sendo que a suspensão iniciará a contar do término do processo
apuratório;
IV - por 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, o policial militar que for
surpreendido alcoolizado, embriagado ou sob efeito de substância psicoativa, portando arma de
fl. 21

fogo, de serviço, de folga ou em trânsito, sendo que a suspensão iniciará a contar do término do
processo apuratório;
V - por 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, o policial militar que for surpreendido
portando arma de fogo da PMESP em atividade extraprofissional, independentemente das
medidas disciplinares cabíveis ao caso, sendo que a suspensão iniciará a contar do término do
processo apuratório;
VI - pelo período em que perdurarem as apurações previstas nos incisos I a V deste
artigo;
VIII - quando ingressar e/ou enquanto permanecer no comportamento “Mau”;
IX - por 2 (dois) anos, o policial militar que reincidir na prática do disposto nos
incisos I, II, IV e V deste artigo.
§ 2º - A suspensão da autorização de carga de arma de fogo não constitui medida
punitiva e, portanto, não elide a eventual aplicação das sanções disciplinares por infrações
administrativas praticadas.

TITULO III
DA MUNIÇÃO, COLETE E ACESSÓRIOS

CAPÍTULO I
DA MUNIÇÃO

SEÇÃO I
Dos Limites e Procedimentos para Aquisição de Munição

Artigo 49 - A aquisição de munição pelos militares estaduais dar-se-á pela


apresentação, pelo adquirente ao fornecedor, de documento de identificação válido e do CRAF
emitido pela PMESP.
§ 1º - A quantidade anual de munição para cada arma de fogo com registro no
SIGMA será regulada em ato conjunto do Ministro de Estado da Defesa e do Ministro de Estado
da Justiça e Segurança Pública e ficará restrita ao calibre correspondente à arma de fogo
registrada.
§ 2º - O adquirente deverá informar sua OPM a quantidade e calibre de munições,
fl. 22

sempre que adquiridas, o que será publicado em Boletim Interno Reservado, e cópia desta
publicação remetida, eletronicamente, ao CMB.
Artigo 50 - No caso de transferência da propriedade de munições, por venda,
permuta ou doação, ou de sua perda por inutilização, extravio, furto ou roubo, o policial militar
somente poderá adquirir este material, dentro do limite legal, depois de comprovado o fato
perante a autoridade policial-militar competente, publicando-se tais alterações em Boletim
Interno Reservado, remetendo-se cópia desta publicação ao CMB, para atualização do cadastro.

SEÇÃO II
Do Extravio de Munição

Artigo 51 - As regras aplicadas ao saneamento do extravio e recuperação de arma de


fogo, descritas no Capítulo VI do Título II desta Portaria, devem ser aplicadas quando do
extravio de munições, onde couberem.

CAPÍTULO II
DO COLETE DE PROTEÇÃO BALÍSTICA (CPB)

Artigo 52 - O policial militar, de folga ou de serviço, ao utilizar colete balístico


particular, deverá portar o Certificado de Propriedade de Colete Balístico e a Cédula de
Identidade Funcional.
Artigo 53 - Mediante autorização do Cmt/Ch/Dir de OPM, a qual deverá ser
publicada em Boletim Interno Reservado, o policial militar poderá utilizar em serviço colete
balístico de sua propriedade, desde que o nível de proteção balística seja igual ou superior ao
adotado pela Instituição, devidamente aprovado pelo CMB e nos padrões de apresentação
pessoal da PMESP.

SEÇÃO I
Do Limite para Aquisição de Coletes

Artigo 54 - O limite para aquisição de coletes, tanto na indústria como no comércio,


será de 1 (um) exemplar por policial militar, podendo este realizar nova aquisição somente no
último ano de validade do colete em uso.
fl. 23

§ 1º - Norma complementar irá regular os procedimentos para aquisição e alienação


de colete de proteção balística de uso permitido.
§ 2º - Caso o colete adquirido pelo policial militar venha a ser roubado, furtado ou
extraviado, deve-se instaurar investigação preliminar para apurar os fatos, e se sua conclusão
apontar que o policial militar agiu com imperícia, imprudência ou negligência, bem como houve
indício de cometimento de crime, não poderá ser autorizada nova aquisição por 2 (dois) anos, a
contar da notícia da perda do colete.
§ 3º - O descarte do colete particular, em decorrência de dano, vencimento ou
substituição, deverá ser realizado por meio de incineração ou picotamento, e será de
responsabilidade do policial militar proprietário, devendo informa-lo à Seç Log da OPM, por
meio de documento.
Artigo 55 - No Certificado de Propriedade de Colete Balístico deverão constar os
seguintes dados:
I - do artigo 13 desta Portaria:
a) do inciso I, exceto as alíneas “a” e “j”;
b) as alíneas do inciso II.
II - características do colete balístico com a indicação de:
a) número;
b) marca;
c) tamanho;
d) modelo;
e) material;
f) nível de proteção balística.
III - as inscrições “Polícia Militar do Estado de São Paulo” e “Características do
Colete Balístico”.

CAPÍTULO III
DOS ACESSÓRIOS

Artigo 56 - É vedada a aquisição e o uso, em armamento particular, de acessório de


arma de fogo que possibilite abrandar ou suprimir o estampido, alterar o regime de tiro da arma
ou transformar a arma de fogo de porte em portátil.
fl. 24

TITULO IV
DAS PRESCRIÇÕES DIVERSAS

Artigo 57 - Toda arma de fogo de porte, patrimônio da PMESP, será identificada


pela numeração e pelo Brasão da PMESP.
Artigo 58 - O uso de arma de fogo de porte, como sobressalente ou com outros
uniformes que não comportem o uso do coldre externo, deve ser discreto e não ostensivo.
Artigo 59 - É obrigação do policial militar, proprietário e/ou detentor usuário de
arma de fogo, guardá-la com a devida cautela, evitando que fique ao alcance de terceiros,
especialmente na hipótese da residência do interessado ser habitada, também, por criança,
adolescente ou pessoa com deficiência mental.
Parágrafo único - Para fins da guarda do armamento e munições, conforme o caput,
serão considerados “local seguro” os seguintes:
1. qualquer residência, desde que o material seja depositado em local que dificulte o
acesso a menores de 18 (dezoito) anos, portadores de deficiência mental, visitantes e pessoas
estranhas à família;
2. a Reserva de Armas de OPM;
3. a Reserva de Armas de Organizações Militares das Forças Armadas;
4. a Reserva de Armas de Instituições Policiais;
5. nas OPM onde não houver Reserva de Armas, o interior de armários e/ou cofres
com sistema de tranca individual, inclusive os localizados em alojamentos ou locais com acesso
restrito apenas a Policiais Militares;
6. em local ou compartimento, onde o acesso seja restrito ao proprietário, possuindo
sistema de tranca individual, sendo o acesso controlado por pessoas ou meios eletrônicos,
demonstrando que o usuário tomou medidas de precaução para dificultar o acesso à arma e/ou
munição.
Artigo 60 - As definições referentes à legislação e de interesse da fiscalização militar
estão apresentadas no Anexo III do Decreto Federal nº 10.030, de 30SET19, ou em norma legal
superveniente que o substitua.
Artigo 61 - Os prazos das APAFI emitidas antes da publicação desta Portaria
deverão seguir o seguinte critério:
1. se emitidas até 25 de junho de 2019, com prazos de validades de 3 (três) ou 5
(cinco) anos, estes prazos deverão ser observados para a renovação, quando, então, vencidas as
fl. 25

etapas de exame psicológico e documental, será emitida APAFI com prazo de 10 (dez) anos;
2. se emitidas entre 25 de junho de 2019 e a data de publicação desta Portaria, com
prazo de validade de 5 (cinco) anos, o interessado deverá trocar a cédula da APAFI, antes do
encerramento do prazo de validade, por nova cédula, com prazo de validade de 10 (dez) anos, a
contar da data de emissão da cédula anterior.
Parágrafo único - Os custos para a emissão da cédula de APAFI prevista no item “2”
deste artigo, correrão às expensas do Estado.
Artigo 62 - Circunstâncias não previstas nesta norma de concessão de porte de arma
de fogo, bem como de autorização para a carga de arma de fogo de patrimônio da PMESP, serão
analisados e concedidos pela autoridade imediatamente superior ao Cmt/Ch/Dir da OPM ao qual
o policial militar esteja subordinado.
Artigo 63 - Ficam revogadas às disposições em contrário, especialmente a Portaria nº
PM4-001/1.2/16, de 16JUN16 e a Nota de Instrução nº PM4-001/1.2/20, de 21FEV20.
Artigo 64 - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

São Paulo, 13 de julho de 2020.

FERNANDO ALENCAR MEDEIROS


Cel PM Comandante-Geral
ANEXO:
“I” – Procedimentos relativos à aquisição de armas, munições e acessórios;
“II” – Procedimentos para a solicitação e autorização de carga pessoal de arma de fogo,
munições e colete de proteção balística;
“III” – Modelos de termos, documentos e notas.
fl. 26

REFERÊNCIAS:

1. Constituição Federal, artigo 22, inciso XXI, que estabelece a competência


privativa da União em legislar, entre outras, sobre normas gerais de material bélico.
2. Lei federal nº 10.826, de 22DEZ03 (Dispõe sobre registro, posse e
comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM,
define crimes e dá outras providências).
3. Decreto federal nº 9.845, de 25JUN19 (Regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de
dezembro de 2003, para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro e a posse de armas de
fogo e de munição).
4. Decreto federal nº 9.846, de 25JUN19, que regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de
dezembro de 2003, para dispor sobre o registro, o cadastro e a aquisição de armas e de munições
por caçadores, colecionadores e atiradores.
5. Decreto federal nº 9.847. de 25JUN19 (Regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de
dezembro de 2003, para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro, o porte e a
comercialização de armas de fogo e de munição e sobre o Sistema Nacional de Armas e o
Sistema de Gerenciamento Militar de Armas).
6. Portaria nº 1.222, de 22AGO19, do Comandante do Exército (Dispõe sobre
parâmetros de aferição e listagem de calibres nominais de armas de fogo e das munições de uso
permitido e restrito e dá outras providências).
7. Regulamento de Produtos Controlados, aprovado pelo Decreto federal nº 10.030,
de 30SET19.
8. Portaria nº 118-COLOG, de 04OUT19 (Dispõe sobre a lista de Produtos
Controlados pelo Exército e dá outras providências).
9. Portaria nº 126 - COLOG, de 22OUT19 - Dispõe sobre a aquisição, o registro, o
cadastro, a transferência, o porte e o transporte de arma de fogo; e a aquisição de munições e de
acessórios de arma de fogo por militares do Exército, em serviço ativo ou na inatividade.
10. Portaria nº 136-COLOG, de 08NOV19 (Dispõe sobre o registro, o cadastro e a
transferência de armas de fogo do SIGMA e sobre aquisição de armas de fogo, munições e
demais Produtos Controlados de competência do Comando do Exército);
11. Portaria nº 137 - COLOG, de 08NOV19 - Altera a Portaria 126-COLOG que
dispõe sobre a aquisição, o registro, o cadastro, a transferência, o porte e o transporte de arma de
fogo; e a aquisição de munições e de acessórios de arma de fogo por militares, em serviço ativo
fl. 27

ou na inatividade.
12. Portaria nº 150 - COLOG, de 05DEZ19 - Dispõe sobre normatização
administrativa de atividades de colecionamento, tiro desportivo e caça.
13. Portaria Interministerial nº 1.634/GM-MD, de 22ABR20 (Estabelece os
quantitativos máximos de munições passíveis de aquisição pelos integrantes dos órgãos e
instituições previstos nos incisos I a VII e X do caput art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, pelas
pessoas físicas autorizadas a adquirir ou portar arma de fogo, e pelos demais agentes autorizados
por legislação especial a portar arma de fogo).
14. Instruções para Administração Logística e Patrimonial da Polícia Militar (I-23-
PM).

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