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PALAVRA INTRODUTÓRIA...................................................................................................02
O USO DA RETÓRICA E DA ORATÓRIA.............................................................................03
I – INTRODUÇÃO........................................................................................................................03
O ESTUDO DA HERMENÊUTICA .........................................................................................04
I – INTRODUÇÃO........................................................................................................................04
II – AS PRINCÍPAIS CIÊNCIAS QUE AUXILIAM NO ESTUDO DAS ESCRITURAS..........04
III – AS REGRAS PRINCÍPAIS DA HERMENÊUTICA QUE AUXILIAM NA
INTERPRETAÇÃO DAS ESCRITURAS.....................................................................................07
O ESTUDO DA HOMILÉTICA.................................................................................................08
I – INTRODUÇÃO........................................................................................................................08
II – DEFINIÇÃO ..........................................................................................................................08
III – O CAMPO DA HOMILÉTICA.............................................................................................08
IV – OS PRINCÍPAIS ELEMENTOS QUE COMPÕEM O ESBOÇO DE UM SERMÃO........09
V – DOZE REGRAS PARA UM BOM SERMÃO......................................................................10
VI – UMA ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DOS GRANDES PREGADORES E
SEUS SERMÕES..........................................................................................................................11
AS MARCAS DE UM PREGADOR BEM SUCEDIDO..........................................................13
I – INTRODUÇÃO........................................................................................................................13
II – A MARCA ESPIRITUAL.......................................................................................................13
III – A MARCA DA MORAL E DA ÉTICA................................................................................13
IV – A MARCA DA UNÇÃO.......................................................................................................14
V – A MARCA DO EQUILIBRIO PSICOLÓGICO....................................................................14
VI – A MARCA DA POSTURA E DA APARÊNCIA FÍSICA...................................................14
VII – A MARCA DA COMUNICAÇÃO......................................................................................15
VIII – A MARCA DO APRENDIZADO.......................................................................................16
A VIDA ESPIRITUAL DO PREGADOR..................................................................................18
I – INTRODUÇÃO........................................................................................................................18
II – COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA...........................................................................18
III – AS CONDIÇÕES PARA ENTENDERMOS A BÍBLIA......................................................18
BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................................20
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CURSO PARA PREGADORES LEIGOS
PALAVRA INTRODUTÓRIA:
Deus está levantando novos pregadores para o nosso século, com a finalidade de cumprir o
seu propósito de evangelização até aos confins da terra. As palavras do Apóstolo Paulo disse a
Timóteo ainda se fazem ecoar nos nossos dias “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como
obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2:15).
A aprovação deve ser em todos os níveis, especialmente para aqueles que “desejam a excelente
obra do Episcopado”.
Nos dias atuais, poucos são os ministros que desejam tornar-se oradores eloqüente, no
entanto, são várias as oportunidades de prepararem-se devidamente, aplicando meios que lhes
facilitem o trabalho. Segundo John Dewey “ O método derivado da observação do que realmente
acontece, com vistas a que aconteça melhor da próxima vez”.
O estudioso da Bíblia prepara os seus sermões com a ajuda do Espírito Santo, buscando
primeiramente o Reino de Deus, amando as pessoas, preparando-se para a eficácia do púlpito,
mas, também precisa da ajuda de professores e de bons livros. Nesse trabalho, e em oração,
poderá formar bons hábitos indeléveis e descobrir o propósito de Deus em sua vida.
Este curso tem o objetivo de fornecer subsídio teórico e prático para aqueles que, com
dedicação, almejam a servir na Seara do Mestre. Também, sinalizamos algumas noções do estudo
da hermenêutica e homilética, focalizando os aspectos principais, de maneira bem objetiva e de
fácil assimilação para a preparação de sermões. É um curso que alcança leigos, estudantes da
Bíblia, pastores e missionários.
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O USO DA RETÓRICA E DA ORATÓRIA
I – INTRODUÇÃO:
Um pregador da Palavra de Deus tem a ilustre tarefa de anunciar aos homens as riquezas
insondáveis contidas no Livro dos Livros. A Bíblia. Diante de tal missão devemos nos preparar
cada vez mais para agradar àquele que nos alistou (2Tm 2:4, 15). Deus está chamando uma nova
geração de pregadores para receberem as marcas do sucesso na evangelização e no discipulado.
Nós fazemos parte dessa geração. Glória a Deus!
Embora não possamos determinar quando nasceu o discurso, podemos dizer quando ele
começou a ser estudado como instrumento de comunicação social e quando surgiram as primeiras
composições. Desse ponto de vista, podemos dizer que o discurso nasceu na Grécia. Os gregos,
que inventaram a democracia, foram os primeiros a estudar as técnicas do discurso.
Os romanos que sofreram grande influência cultural dos gregos, não podiam deixar de se
empolgar também com a retórica, que logo a absolveram com o nome de Oratória (de oris,
boca). A melhor obra e mais completa sobre oratória, da antigüidade é a “Instituição Oratória” de
Quintiliano.
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O ESTUDO DA HERMENÊUTICA
I – INTRODUÇÃO:
» A Crítica Textual, que se propõe a determinar a exatidão das palavras e dos textos;
» A Hermenêutica, que procura descobrir o sentido exato das palavras e dos textos.
2. Exegese
Nossa tarefa é dupla: Primeiro descobrir o que o texto significa originalmente, esta tarefa é
chamada exegese; em segundo lugar, devemos aprender a discernir esse mesmo significado na
variedade de contextos novos ou diferentes dos nossos próprios dias, esta é a tarefa da
hermenêutica. Em definições clássicas a hermenêutica abrange ambas as tarefas, mas em
tratados recentes a tendência tem sido separar as duas.
Para nós, exegese é ler e explicar os textos em empatia (e simpatia) com os escritores
bíblicos. O exegeta é primeiramente um historiador que analisa os documentos. Todavia, ele tem
de ir além da análise impessoal: é necessário assumir a fé que o escritor possuía para entender
seus escritos. A exegese é um trabalho literário-espiritual.
A hermenêutica é necessária para a exegese. Exegese é uma palavra que vem da língua
grega, e da forma substantiva do verbo HEGEOMAI (ir, guiar, conduzir) e significa “conduzir
para fora” o sentido original de um texto. Na exegese procuramos entrar no texto, e ficar nele,
para então sairmos dele tirando lições para nós.
3. Hermenêutica
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III – AS REGRAS PRINCIPAIS DA HERMENÊUTICA QUE AUXILIAM NA
INTERPRETAÇÃO DAS ESCRITURAS:
1) Do Contexto
É a parte que vem antes ou depois do texto. Diz-se que não se deve interpretar um texto
sem o auxílio do contexto, para não se fazer um pretexto: (Lc 19: 28-44; At 8: 30-31; Is 53:7).
2) Do texto Paralelo
Um texto deve ser auxiliado na sua interpretação utilizando o mesmo assunto que ocorre
em outras partes das Escrituras Sagradas: (Jo 19:18; Mc 15:27; Mt 27:38; LC 23: 39-43).
3) Da autoria do Texto
Os diferentes autores da Bíblia viveram em tempos, culturas, situações sociais e regiões
diferentes. Portanto, a forma de apresentação de um determinado texto para um povo que vivia
em situações diferentes não deve ser comparado com outros em tempo ou forma remota:
(Ef 5:22-27: 1Pe 2:5-10: Ct 8:5-10).
4) Da Interpretação do Texto
A interpretação do texto é aquilo que a passagem quer dizer no tempo, no espaço e nas
circunstâncias que foram escritas. O literalismo busca o que o texto quer dizer (Jo 21:6); o
simbolismo busca o que a figura quer dizer (Ap 3:20).
5) Da Aplicação do Texto
Um mesmo texto pode ser aplicado a pessoas ou clãs vivendo em épocas ou situações
geográficas diferentes: (Mt 13:24-30).
6) Da Implicação do Texto
Num sentido filosófico, pode ser dizer que uma pessoa geme porque está doente. Aí está
a lei da implicação – a manifestação patente do latente. Se uma pessoa tem seu rosto plácido é
porque o coração está alegre. Como o batismo no Espírito Santo biblicamente é evidenciado pelo
crente falar em outras línguas, assim só se pode profetizar os que receberam, de igual forma, a
virtude desse Espírito.
CONCLUSÃO:
Um estudo bíblico inaugurou o ministério terrestre de Jesus, e com um estudo bíblico
Ele o encerrou. Esta é a ênfase do Evangelho segundo Lucas (Lc 4:14-22; 24,27,32,44). Lucas é o
livro bíblico que chama Jesus de Mestre o maior número de vezes. Jesus pressupunha que o
homem só pode aproximar-se de Deus por meio da revelação. A aplicação do estudo da
hermenêutica é o modo de conhecer a revelação de Deus e que a pesquisa das Escrituras levaria
os homens ao encontro Dele para obter uma plena compreensão da sua obra e pessoa.
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O ESTUDO DA HOMILÉTICA
I – INTRODUÇÃO:
– UMA BREVE HISTÓRIA DA HOMILÉTICA:
II – DEFINIÇÃO:
O estudo e pesquisa necessárias para que os sermões tenham conteúdos bíblico e contemporâneo.
A arte da organização das idéias que serão apresentadas do sermão em ordem.
A arte de ordenar as idéias do pregador para que ela sejam entendidas pelos ouvintes.
A arte do uso do idioma.
A arte da apresentação do sermão.
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IV – OS PRINCIPAIS ELEMENTOS QUE COMPÕEM O ESBOÇO DE UM SERMÃO:
ESBOÇO DO SERMÃO
TÍTULO
TEMA TEXTO
INTRODUÇÃO
TESE
ARGUMENTOS
CONCLUSÃO
APELO
1) Título:
É o nome do sermão que está relacionado com a passagem bíblica em apreço. O
pregador decide se vai ou não revelá-lo ao público.
2) Texto:
É a passagem bíblica que será utilizada. Essa porção é sempre variável, e poderá ser uma
frase, um versículo ou um capítulo (preferencialmente curto).
3) Tema:
É o assunto que será tratado no sermão, quando o pregador assume a palavra.
O tema deve ser de impacto e atraente, Deve se buscar a inspiração do Espírito Santo,
pois Ele pode usar vários recursos para lhe conceder um tema. O pregador está sempre atento e
preocupado em conseguir temas para futuras pregações. O melhor manual de temas é a Bíblia.
4) Introdução:
É a parte do sermão em que o pregador inicia seu relacionamento com os ouvintes, essa
parte é fundamental.
A introdução deve ser resumida, objetiva e capaz de despertar o interesse do ouvinte de
ouvir todo o restante do sermão. O pregador através da introdução, conduzirá seus ouvintes para a
revelação da ‘tese”, em torno da qual vai girar todo o sermão.
INTRODUÇÃO FRACA = SERMÃO FRACO
INTRODUÇÃO FORTE = SERMÃO PODEROSO
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5) Tese:
É uma declaração feita pelo pregador que serve para propor alguma reação racional da
parte de quem ouve. Podendo ser afirmativa, interrogativa ou negativa. Depois de apresentar o
tema, o texto e a introdução.
É importante saber que a tese deve ser anunciada com bastante firmeza e clareza, pois
com ela o pregador imergirá nos argumentos. A tese deve ser comparada com a água na piscina,
se tiver lá o pregador poderá mergulhar na profundidade dos argumentos. Do contrário, se não
estiver lá, o pregador ao mergulhar vai quebrar a cara.
6) Argumentos:
É o conjunto de idéias, que são explanadas, visando oferecer respostas as questões
(afirmativas, interrogativas ou negativas), levantadas na tese, ou seja, é o conteúdo do sermão,
quando o pregador levantou a sua tese.
Esta é uma das partes mais difíceis da mensagem. Os argumentos devem estar gravados
na mente e no coração do pregador. Se ele não guardou muito bem os argumentos do seu sermão,
como poderão ser bem compreendidos pelos seus ouvintes? Por isso o pregador deve organizar os
argumentos de modo que não fuja do assunto levantado da tese. Os argumentos podem ser
divididos da seguinte maneira:
a) Geral – Sem subdivisões
b) Subdivididos – Com subdivisões. Ex.: 1,2,3...
7) Conclusão:
É o desfecho final do sermão. Nela, o pregador comprova a importância da Palavra
pregada, aplicando-a as necessidades dos ouvintes.
O pregador ao utilizar os argumentos poderá optar por três tipos de conclusão:
a) Por Tópicos;
b) Final e
c) Por Tópicos e final.
8) Apelo:
É o convite do pregador para que os seus ouvintes manifestem suas reações,
publicamente, sobre o sermão que ouviram.
Na conclusão o apelo é dirigido a razão, à inteligência para que o ouvinte se decida
perante a sua consciência com Deus (decisão interna, na mente). No apelo, o pregador oferece ao
ouvinte a oportunidade de uma manifestação pública de sua decisão (decisão externa, física).
O apelo não deve ser obrigatório, insistente ou malicioso.
3. Formule para você mesmo o objetivo do sermão: tenha certeza da direção que precisa apontar
aos ouvintes.
4. Afaste tudo que poderia desviar os pensamentos dos seus ouvintes para uma trilha secundária.
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5. Organize sua mensagem: tome todas as precauções para não ficar repetitivo, inseguro, perdido
em meio às idéias.
8. Diga “eu”. Não adquira o hábito de referir-se a você como “nós”, isto já está totalmente
ultrapassado.
12. Sempre dê aos ouvintes algo que eles possam colocar em prática.
1. Os grandes pregadores em qualquer época levam muito a sério a chamada de Deus para pregar
a Boa Nova. Reconhecem que são porta-vozes de Deus e devem a Ele sua lealdade e obediência.
(I Cor 9:6 e Jr 20:9)
2. Eles entendem que a pregação é a atividade mais importante do seu ministério. O preparo e
pregação de sermões é uma prioridade em suas vidas.
3. Eles são evangelistas fervorosos e têm fé que Deus vai usá-los na conversão de pessoas sem
Cristo.
4. São íntegros e autênticos, e a pregação não é somente o que fazem, mas antes é o que são.
Têm a confiança do povo, de que são "homens de Deus".
6. Os grandes pregadores são caracterizados pela sua fé, entusiasmo e gozo em Cristo.
7. Eles procuram se identificar com o povo, amam o povo e em seus sermões procuram satisfazer
as necessidades do povo.
8. O estudo dos grandes pregadores demonstra como eles gostam de pregar, e como aproveitam
todas as oportunidades possíveis para anunciar a Palavra.
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9. São estudantes da Palavra de Deus, com o desejo insaciável de ler e juntar informações e
idéias sobre os textos escolhidos para seus sermões. Eles têm certeza de que a Bíblia é a Palavra
de Deus.
10. Os grandes pregadores de todas as épocas pregam com idéias lógicas e simples.
11. Usam de imaginação, criatividade e humor. Sempre estão procurando idéias e ilustrações
para sermões.
12. Suas mensagens não são teóricas e abstratas, somente com fatos e detalhes do texto bíblico.
Pregam mensagens práticas, aplicáveis à vida dos ouvintes. Envolvem o povo em suas
mensagens, com aplicações objetivas, práticas, pessoais e dinâmicas.
13. Utilizam suas próprias personalidades e desenvolvem seus próprios métodos de proferir
sermões. Não imitam os outros, mas deixam uma marca distinta em seus ministérios de púlpito.
14. São interessados na técnica da comunicação, no uso da voz, na gesticulação e em toda a arte
da comunicação com o corpo.
16. A maioria dos grandes pregadores em todas as épocas são escritores. Blackwood ensina que
se quiser pregar bem, você deve desenvolver a arte da palavra escrita, aprendendo a colocar suas
idéias no papel. A arte de escrever envolve disciplina, precisão de idéias, aumento do poder
descritivo, capacidade de auto-crítica, atenção a detalhes da gramática, concordância etc. Mas os
sermões escritos não devem ser lidos.
CONCLUSÃO:
O pregador nunca sabe tudo. A cada dia ele está aprendendo. Pois, a prática e as
experiências espirituais vão aperfeiçoá-lo na sublime missão de pregar a Palavra de Deus (2Tm
4:1,2). Algo que não podemos esquecer é que a hermenêutica, a homilética e qualquer outra
ciência podem contribuir muito para se pregar bem, mas os resultados reais e positivos só
acontecem mediante a ação poderosa do Espírito Santo de Deus (Jo 16:8-11).
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AS MARCAS DE UM PREGADOR BEM SUCEDIDO
I – INTRODUÇÃO:
Após analisadas as técnicas de retórica e oratória, vamos observar o que é mais importante,
em se tratando de um discurso que não é feito por políticos nem artistas, e sim, por pregadores
que são “arautos” da mensagem divina. É o caráter do pregador, que somado a outros
ingredientes contribuirão para o sucesso na sublime missão de pregar a Palavra de Deus.
Há sete fatores importantes na vida do pregador, que precisam ser analisados, pois eles são
fundamentais no exercício de sua vocação. Vamos denominá-los de “marcas do pregador”.
II – A MARCA ESPIRITUAL
A fé cristã não é apenas uma crença, nem uma filosofia baseadas em regras de devoção
religiosa, mas é uma mudança de vida, uma transformação, uma metamorfose (do grego
metanóia), como está escrito em (Rm 12:1,2). O pregador deve ser exemplo de nova vida, deve
ter piedade, devoção, oração, sinceridade, humildade, otimismo e ousadia.
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Não pregue aos outros o que você não consegue viver. Lembre-se de que a sua vida fala
mais alto do que as suas palavras. Pregue a si, antes de pregar aos outros.
IV – A MARCA DA UNÇÃO
Qualquer que seja a habilidade do pregador nada substituirá a unção. Por um outro lado,
também, a unção sem o preparo técnico-didático também não vai ajudar muito. O máximo que
pode acontecer é se obter bastante movimento e pouco conteúdo. Porém quando se tem unção
aliada com o preparo técnico, haverá resultados infinitamente melhores do que os dois atuando
isoladamente. O pregador interessado em ser um bom mensageiro de Deus, reconhecerá a
necessidade da unção. Pois, a unção na vida do pregador possibilitará duas virtudes
indispensáveis:
1 – A eloqüência
A palavra eloqüência vem do latim “eloquentia” que significa o ato ou o efeito de se falar
bem. Na oratória romana, era a parte que tratava da propriedade, disposição e elegância das
palavras. Na verdade, a eloqüência é mais do que apenas falar bem (com palavras certas, bem
colocadas e elegantes). A eloqüência é a capacidade de convencer pelas palavras. As palavras
esclarecem, orientam e movem as pessoas. O orador que consegue mover as pessoas,
persuadindo-as a acatarem as suas palavras, é eloqüente, pois a eloqüência é a capacidade de
persuadir pela palavra. A eloqüência pode ser definida como sendo o conjunto de qualidades de
um orador, que leva os seus ouvintes a acatarem as suas palavras. Para que um pregador seja
eloqüente é preciso que ele saiba se comunicar. Há uma relação muito íntima entre a eloqüência e
a retórica, oratória ou homilética. Sem eloqüência não há orador ou pregador. A eloqüência
distingue um orador de um parlador ou tagarela.
2 – A autoridade espiritual
É conferida pelo Espírito Santo, para pregação da Palavra com determinação, ousadia e
intrepidez.
O pregador tem que ser uma pessoa equilibrada mental e emocionalmente. E ele vai
revelar por sua palavras esse equilíbrio. A Psicologia da linguagem ensina-nos que as palavras
não são portadoras apenas de idéias, mas de emoções, de temperamento e revelam motivações até
inconscientes. As idéias acompanhadas das emoções (alegria, tristeza, ira, amor, coragem, medo,
pessimismo, otimismo, frustração, derrota, vitória etc.), revelam o temperamento (agressivo,
submisso, introvertido, extrovertido etc.) e as motivações (conscientes e inconscientes).
Há pregadores que transmitem mais a sua personalidade, quando pregam, do que idéias.
Por isso, para os assistentes esclarecidos, o púlpito se transforma, às vezes, mais num divã de
psicanálise (onde o pregador oferece abundante dados de sua personalidade doentia), do que
numa fonte de orientação sadia (onde o pregador oferece a luz, a espiritualidade e a inspiração de
Deus). Há pregadores que falam mais de si do que as verdades de Deus, que os ouvintes foram
buscar.
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O pregador não pode descuidar-se da sua saúde. O cultivo da saúde é fator indispensável na
vida do Ministro da Palavra. A Bíblia afirma que os sacerdotes do Antigo Testamento tinham de
ser fisicamente perfeitos. Assim o pregador (ou ministro) deve ser um mensageiro em condições
perfeitas de saúde. Eventualmente pode vir a ficar enfermo, mas tem de ter cuidado com a sua
saúde. O Ministro cristão deve cuidar do seu corpo, exercitando-se, alimentando-se e
descansando o necessário, para que possa desenvolver melhor o seu ministério.
Apresentamos os dez mandamentos da boa aparência, que são outros cuidados
indispensáveis que todo o pregador deve ter para apresentar-se bem diante do público:
4 –Ter as unhas sempre limpas e aparadas. Um pregador com unhas sujas e crescidas
repugna. Conclui-se imediatamente do físico para o espiritual e pensa-se que aí está um
homem negligente em tudo;
5 – Ter cuidado dos dentes para que possa sorrir sem constrangimento. Uma boca
malcuidada e desdentada é vergonhoso. Naturais ou postiços, os dentes têm o seu papel na
apresentação pessoal;
6 – Usar algum tipo de perfume e desodorante que possuem efeito prolongado. Com isso se
evita o odor forte;
7 – Evitar falar muito em cima das pessoas principalmente quando você sabe que tem mal
hálito. Neste caso e aconselhável procurar um dentista ou médico;
9 – Não usar durante a pregação uma Bíblia caindo aos pedaços, maltratada, com folhas
rasgadas etc. isso dá a impressão de relaxamento e
A voz, como veículo de pregação, é essencial para o sucesso do pregador. Vejamos alguns
elementos que são fundamentais:
2 – Falar de tal maneira que todos os ouvintes possam entender a última palavra dita.
- Falar com bastante força para que todos que não sejam completamente surdos
entendam;
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- Pronunciar claramente cada palavra.
Existem o perigo de ser falar tão rapidamente que se emendam as palavras. Outro perigo é
o de baixar a voz e ao mesmo tempo juntar as palavras no final das frases. Se alguém comete uma
dessas duas falhas, facilmente pode se corrigir com um pouco de força de vontade e alguma
prática. O timbre ideal para a pregação é o médio, isto é, não agudo, nem grave, nem rouco e nem
nasal (fanhoso).
6 – Encarar os ouvintes.
Não ficar olhando para o chão, ou para o teto, ou por cima das cabeças dos ouvintes. Olhá-
los tranqüilamente, não de maneira demasiadamente concentrada. O olhar tem muita força
magnética, que deve ser usada. O não poder fixar os olhos nos ouvintes é resultado da timidez e
da falta de confiança em si mesmo. O pregador tem convencer-se de que Deus lhe entregou uma
mensagem importante para ser transmitida aos que o escutam, e que está com ele para fortalecê-
lo.
Ninguém gosta de fazer “má figura” perante a sociedade, por isso se justifica o medo, que
muitas pessoas têm, de se exporem ao vexame público. Esse medo é também chamado de timidez
ou inibição e é típico da maioria dos pregadores inexperientes. Sua causa fundamental é a
insegurança emocional e intelectual, a primeira decorrente de sua falta de experiência de se
relacionar com um auditório (ficando na frente, em evidencia e sendo observado por todos) e a
Segunda, decorrente de sua ignorância cultural. O que o pregador tem que fazer é dominar a
matéria que vai expor e dominar suas emoções. Algumas recomendações se fazem necessárias:
CONCLUSÃO:
As instruções, que aqui foram relacionadas, se forem observadas com rigor, contribuirão
para um crescimento no preparo e explanação de um sermão. O pregador, que deseja ser bem
sucedido em sua missão, precisa se esforçar, ter boa vontade e disciplina. Só assim, alcançará
resultados gratificantes na Seara do Mestre.
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A VIDA ESPIRITUAL DO PREGADOR
I – INTRODUÇÃO:
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a arte de pregar não é apenas abrir a Bíblia e
explanar sobre o que foi lido. Pois uma boa mensagem não é composta apenas de texto. Porque
texto sem contexto é pretexto para heresia. Um pregador que realmente deseja ser usado pelo
Espírito Santo, precisa cultivar em sua vida algumas características fundamentais para ser
verdadeiramente um instrumento de poder nas mãos de Deus. São elas:
O pregador que obtiver em sua vida os itens 2 e 3 e não tiver o número 1 ele jamais será um
pregador bem sucedido. Da mesma maneira, se ele observar apenas o item 1 e não atentar para
os outros dois itens os resultados serão desastrosos. Pois, o avivamento não acontece num passe
de mágica, ou apenas com sacrifício, mas pela atuação poderosa do Senhor, usando a sua Palavra.
O pregador que souber fazer a fusão do conhecimento da Palavra de Deus com unção do
Espírito Santo colherá resultados excelentes em sua mensagem.
1 – Lendo-a diariamente.
Aquele que não lê a sua Bíblia, só recebe alimento quando alguém o coloca em sua boca.
Considera perdido o dia em que não leres a tua Bíblia (Dt 17:19).
3 – Lendo-a orando.
Na presença do Senhor, em oração, as coisas ocultas são reveladas (Jr 33:3; Dn 9: 21,23; Sl
119:18).
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Crianças só podem comer coisas leves (Mc 4:33; Jo 16:12), nossa compreensão da Bíblia
depende do nosso crescimento espiritual.
3 – Ser humilde.
Deus revela seus segredos aos humildes (Mt 11:25). Quando chove, os terrenos que
primeiro inundam-se de água são os mais baixos. Galhos com maior número de frutas são os mais
baixos.
CONCLUSÃO:
A pregação que realmente vem seguida de sinais tais como: poder de Deus, curas,
milagres, avivamento, restauração, edificação e salvação é aquela em que o pregador soube a
conciliar o saber com o poder. Sendo assim o pregador não precisará fazer malabarismo para que
o povo de Deus, ao ouvir a sua mensagem, sinta a presença do Deus vivo e todo poderoso.
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BIBLIOGRAFIA
AUGUSTO, Cesar. Socorro! Tenho que preparar um Sermão. 1ª ed. Curitiba – Paraná: A.D.
SANTOS, 2001.
DA SILVA, Plínio Moreira. Homilética – A Arte de Pregar o Evangelho – SP. ELEVA – Editora
de Livros Evangélicos Ltda ME, 4ª ed. 1986.
HAWKINS, Thomas. Homilética Prática, Tradução de Edson Machado. 4ª ed. Rio de Janeiro:
Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1980.
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