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Direito Penal

Prática Penal

Prof. Márcio Alberto


Sumário
Prática Penal.............................................................................................................................................. 2

Caso 01........................................................................................................................................................ 2

ANÁLISE DO CASO 01 ............................................................................................................................... 3


Espelho de Correção ................................................................................................................................ 4
Peça ......................................................................................................................................................... 4

Caso 02........................................................................................................................................................ 6

ANÁLISE DO CASO .................................................................................................................................... 7


Espelho de Correção ................................................................................................................................ 8

Peça ........................................................................................................................................................ 8

Caso 03...................................................................................................................................................... 10

ANÁLISE DO CASO ...................................................................................................................................11


ESPELHO DE CORREÇÃO ..........................................................................................................................12
Peça ........................................................................................................................................................12
Prática Penal

Caso 01
MARCOS SANDES noticiou que sua casa (número 152, da rua B, na cidade de Vila
Velha/ES) foi invadida por dois homens armados que o renderam e subtraíram três

relógios, no dia 10/03/2020. A vítima contou que os criminosos perceberam a existência


de um cofre e, apontando as armas (revólveres com numerações raspadas, segundo

relatou o ofendido), obrigaram-no a digitar a senha. De dentro do cofre os larápios


surrupiaram R$ 20.000,00, fugindo logo em seguida. Iniciadas as investigações no bojo
do inquérito policial instaurado, além das declarações da vítima, foram analisadas as

imagens das câmeras de segurança da casa e ouvidas testemunhas que estavam no bar
que fica na frente da casa alvo da ação dos suspeitos. Na filmagem em alta resolução,

foi possível captar imagens dos rostos dos agentes.

As imagens foram mostradas para testemunhas, que prontamente identificaram


PEDRINHO MALDADE e JOAQUIM ESQUISITO como os autores do delito. Os

reconhecimentos foram corroborados pelo laudo de local de crime, que identificou


fragmentos das digitais dos suspeitos citados. Os bancos de dados policiais revelaram

que a dupla é responsável por vários crimes contra o patrimônio praticados naquela
região da cidade. Os registros das ocorrências passadas revelaram que eles sempre agem

portando os revólveres com numeração raspada. Levantamentos de campo identificaram


como endereços dos alvos a casa 23 da Vila Chaves, em Vila Velha/ES (PEDRINHO) e a

casa 43 da Vila Chiquinha, Vila Velha/ES (JOAQUIM). Com base nessas informações, na
condição de Delegado de Polícia que preside o inquérito, materialize o(s) pedido(s)
que entender adequado(s), dirigindo-o(s) ao juízo competente.
ANÁLISE DO CASO 01
Trata-se de inquérito policial instaurado para apurar os crimes de roubo majorado
(concurso de pessoas e emprego de arma de fogo de uso restrito), extorsão majorada
3
(concurso de pessoas e emprego de arma de fogo) e porte ilegal de arma de fogo de
uso restrito (revólveres com numeração raspada).

Note que não é possível reconhecer continuidade delitiva entre os crimes de roubo e

extorsão, porquanto são crimes de espécies diferentes (entendimento do STJ) e que é


possível imputar o crime tipificado no Estatuto do Desarmamento porquanto as armas

são usadas para outros delitos.

O candidato deverá confeccionar representação objetivando busca e apreensão nas casas


dos investigados (com o fito de apreender as armas de fogo, os relógios e o dinheiro –

leia o artigo 5º, inciso XI, da CF, e os artigos 240 e seguintes do CPP) e a prisão
temporária dos investigados até aqui identificados (fundada no artigo 1º, incisos I e III,
‘c’ e ‘d’, da Lei 7.960/89) – será admitida como correta, também, a representação pela

prisão preventiva (fundada na garantia da ordem pública – em face da reiteração delitiva).


Caso a prisão representada seja a temporária, ela deve ser pedida pelo prazo de 30 dias,

por ser o crime de roubo majorado pelo uso de arma de fogo de uso restrito um crime
hediondo (na forma do artigo 2º, § 4º, da Lei 8.072/90).

Como não há juízo prevento, a representação deve ser dirigida ao juízo de Direito

competente por distribuição, na Comarca de Vila Velha/ES (lugar onde os crimes se


consumaram – artigo 70 do CPP).
Espelho de Correção

Peça
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO COMPETENTE POR DISTRIBUIÇÃO DA

COMARCA DE VILA VELHA/ES

A POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, representada pelo Delegado de


Polícia Civil que esta subscreve, no uso de suas atribuições conferidas pelo artigo 144

da Constituição Federal, pelo Código de Processo Penal e pela lei 12.830/13, vem,
perante Vossa Excelência, REPRESENTAR pela expedição de mandados de BUSCA E

APREENSÃO e de PRISÃO TEMPORÁRIA, nos endereços e em desfavor dos indiciados a


seguir identificados, na forma dos artigos 240 e seguintes do Código de Processo Penal
e da Lei 7.960/89, medidas essas indispensáveis ao prosseguimento das investigações

levadas a efeito no bojo do presente inquérito policial.

1. O resumo fático.
O presente inquérito policial investiga a prática dos crimes de roubo majorado (pelo
concurso de duas pessoas e emprego de arma de fogo de uso restrito), extorsão

majorada (pelo concurso de duas pessoas e emprego de arma de fogo) e porte ilegal
5
de arma de fogo de uso restrito perpetrados por PEDRINHO MALDADE e JOAQUIM
ESQUISITO, que invadiram a casa de MARCOS SANDES, subtraíram 3 relógios (roubo) e

o obrigaram a digitar a senha e abrir o cofre do qual foram surrupiados R$ 20.000,00


(extorsão).

2. A busca e apreensão

A presente investigação clama pela expedição de mandados de busca e apreensão


dirigidos às casas dos investigados, reveladas por meio de levantamentos de campo: a)
casa 23 da Vila Chaves, em Vila Velha/ES (PEDRINHO); e b) casa 43 da Vila Chiquinha,

Vila Velha/ES (JOAQUIM). O pedido tem lastro no artigo 5º, XI, da Constituição Federal
e no artigo 240, § 1º, do Código de Processo Penal. Nos locais será possível apreender

as armas de fogo usadas no crime, os bens subtraídos e efetuar a prisão dos alvos.

3. A prisão temporária

A prisão é medida extrema. No caso presente, o encarceramento dos investigados é


imprescindível ao bom termo do inquérito policial, vez que os indiciados são perigosos

– periculum libertatis (inciso I do artigo 1º da Lei 7.960/89). Ademais, há prova da


materialidade e indícios suficientes de autoria de crimes listados no inciso III (roubo e
extorsão), do artigo 1º, da mesma lei - fumus comissi delicti. Considerando que o crime
de roubo majorado pelo emprego de arma de uso restrito (revólveres com numeração

raspada) é hediondo, a prisão deve ser decretada por 30 dias.

4. Conclusão e pedidos

Do exposto, com fundamento nos argumentos acima expendidos, após manifestação do


Ministério Público, a autoridade policial que esta subscreve REPRESENTA pela expedição

de mandados de busca e apreensão nos endereços a seguir nominados (objetivando a


apreensão de armas de fogo, bens móveis subtraídos e para prisão dos alvos – na forma
do artigo 243 do Código de Processo Penal):

• casa 23 da Vila Chaves, em Vila Velha/ES (PEDRINHO); 6

• casa 43 da Vila Chiquinha, Vila Velha/ES (JOAQUIM);

e pela decretação da prisão temporária, pelo prazo de 30 dias, dos investigados

PEDRINHO MALDADE e JOAQUIM ESQUESITO.

Local, data.

Delegado de Polícia Civil

Caso 02
A Polícia Civil em Maceió/AL recebeu notícia de que veículo de placas ZZZ 3322 chegaria

na cidade com material ilícito oriundo do Município de Barra de São Miguel/AL. O


Delegado de Polícia determinou que fosse montada blitz na entrada da cidade para

interceptar referido automotor. O veículo foi abordado e, no seu interior, foram


apreendidos 5 Kg de substância que aparentava ser cocaína, dentro de uma caixa. O
motorista foi autuado em flagrante e, em seu interrogatório, alegou que não sabia o

que transportava. Afirmou que faz transporte clandestino intermunicipal e que fora
contratado por indivíduo conhecido como PEDRO FERRÃO, no posto de gasolina

IPIRANGU, na cidade de Barra de São Miguel/AL, para fazer uma viagem até Maceió/AL.
Segundo relatado pelo detido, PEDRO carregou a caixa no seu carro sem dizer do que

se tratava e o instruiu a entregar tal “encomenda” a JONAS DOS SANTOS, que estaria
esperando o preso na rodoviária da cidade de Maceió/AL, em um veículo de cor branca

(não soube dizer as placas).

Questionado como identificaria JONAS DOS SANTOS, o preso afirmou que foi instruído
que ele estaria vestido com uma camisa do Flamengo, encostado em um carro de cor

branca, no estacionamento da rodoviária da capital de Alagoas. Perguntado como


conheceu PEDRO FERRÃO, o conduzido disse que ele recruta motoristas de transporte
clandestino que fazem ponto no posto de combustível IPIRANGU, oferecendo boa

quantia em dinheiro por cada viagem. O preso asseverou ouviu de colegas que essas
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viagens são realizadas com frequência e que os envolvidos são sempre os mesmos (as
pessoas até aqui identificadas como PEDRO FERRÃO e JONAS DOS SANTOS). O auto de

prisão em flagrante deu origem ao inquérito policial 100/2019. O preso foi libertado,
mediante concessão de liberdade provisória sem fiança, na audiência de custódia, e o

caso criminal foi distribuído ao juízo da 5ª Vara da Comarca de Maceió/AL. Em face da


situação narrada, na qualidade de Delegado de Polícia responsável pela investigação,

elabore, fundamentadamente, a(s) medida(s) pertinente(s) ao caso, para que todos


os envolvidos sejam devidamente identificados (e para que a atuação policial só se

dê no momento mais oportuno), tipifique o(s) crime(s) praticado(s) e enderece o


pleito ao juízo competente.

ANÁLISE DO CASO

Trata-se de inquérito policial instaurado para apurar os crimes de tráfico de drogas e

associação para o tráfico de drogas, tipificados nos artigos 33 e 35 da Lei 11.343/06,


praticados por PEDRO FERRÃO e JONAS DOS SANTOS.

O candidato deverá confeccionar representação pela infiltração policial, com uso da

técnica de ação controlada, com fulcro no artigo 53, I e II, da Lei 11.343/06, deixando
claro que esse é o único meio identificar os investigados e obter provas aptas a elucidar

os crimes praticados, além de esclarecer o alcance das tarefas do policial infiltrado, que
se sabe a rota e que há elementos que identifiquem os alvos (artigo 53, parágrafo único,

da Lei 11.343/06).

Como já houve distribuição, a representação deve ser dirigida ao juízo federal da 5ª.
Vara da Comarca de Maceió/AL.
Espelho de Correção

Peça
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA DA COMARCA DE MACEIÓ

A Polícia Civil do Estado de Alagoas, por meio do delegado de Polícia Civil que esta
subscreve, no exercício de suas atribuições e com fulcro no artigo 144 da Constituição

Federal, na Lei 12.830/13 e no Código de Processo Penal, vem, perante Vossa Excelência,
REPRESENTAR PELA INFILTRAÇÃO POLICIAL e pela autorização para utilização da técnica
de AÇÃO CONTROLADA, com fulcro no artigo 53, I e II, da Lei 11.343/06.

1. Resumo fático

Foi instaurado, mediante confecção de auto de prisão em flagrante, o inquérito policial


100/2019, com o fito de apurar os crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico

de drogas, tipificados nos artigos 33 e 35 da Lei 11.343/06, praticados por PEDRO


FERRÃO e JONAS DOS SANTOS.

Segundo se extrai do apuratório, a Polícia Civil prendeu em flagrante delito o condutor


do veículo de placas ZZZ 3322, na entrada de Maceió. Foi detectado que tal indivíduo
transportava 5 Kg de cocaína dentro de uma caixa.
O motorista disse, em seu interrogatório, que faz transporte clandestino e que fora
contratado por indivíduo conhecido como PEDRO FERRÃO, no posto de gasolina

IPIRANGU, na cidade de Barra de São Miguel/AL, para fazer uma viagem até Maceió/AL.
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O detido disse que foi com seu carro próprio e foi instruído a entregar tal “encomenda”
a JONAS DOS SANTOS, que estaria esperando o preso na rodoviária da cidade de Maceió

(deu detalhes de como o identificaria).

Disse que PEDRO FERRÃO recruta motoristas de transporte clandestino que fazem ponto
no posto de combustível IPIRANGU, oferecendo boa quantia em dinheiro por cada

viagem. O preso asseverou as viagens são frequentes.

2. A infiltração policial e a ação controlada

O deslinde da presente investigação clama pela utilização da técnica denominada


infiltração policial. A Lei 11.343/06 disciplina o uso da infiltração no seu artigo 53, I.

A técnica será executada com a inserção de policial que se passará por motorista
clandestino e atuará no posto IPIRANGU, a fim de ser contatado por PEDRO FERRÃO e,
assim, conhecer o modus operandi e a completa identificação dos investigados.

Para garantir o sucesso da técnica, é necessário autorização judicial para que sejam
confeccionados novos documentos para o policial designado, que serão utilizados
exclusivamente no curso da infiltração.

Por fim, representa-se a Vossa Excelência pela utilização da técnica denominada ação
controlada (artigo 53, II, da Lei 11.343/06) no curso das investigações, podendo o

aparelho policial, eventualmente, retardar sua ação, com o fito de que a prova seja
coligida de maneira mais eficaz e para que o maior número de integrantes da associação
seja identificado e futuramente responsabilizado. Anote-se que se sabe a rota utilizada

e há elementos que identificam, ainda que superficialmente, os alvos (artigo 53,


10
parágrafo único, da Lei 11.343/06).

3. Conclusão e pedidos.

Do exposto, abroquelado nas razões de fato e de direito lançadas supra, REPRESENTA

o signatário desta peça, depois de ouvido o Ministério Público, seja autorizada a


INFILTRAÇÃO POLICIAL no seio da associação para o tráfico investigada, pelo prazo

inicial de seis meses, devendo para tanto ser o policial designado autorizado a
confeccionar novos documentos, salientando que todo procedimento para confecção de

tais documentos será documentado e que a documentação será usada apenas no curso
da infiltração (com ulterior inutilização) e pela AUTORIZAÇÃO para utilização da técnica
de ação controlada.

Local, data.

Delegado de Polícia Civil

Caso 03

Depois de receber notícia de que na rua A, do bairro Solitude, na cidade de Aracaju/SE,


funcionava ponto de distribuição de cocaína, a equipe da 11ª Delegacia Metropolitana

montou campana na frente do imóvel. Constatada a verossimilhança da informação


recebida, os policiais adentraram na casa, com o fito de prender em flagrante os

envolvidos com a suposta prática ilícita. Ocorre que, os dois indivíduos que lá estavam
conseguiram empreender fuga, tomando rumo ignorado. Foi possível detectar, no
interior da casa, 45 papelotes de substância que aparentava ser cocaína, dois revólveres
calibre .38, usados pelos suspeitos, segundo os levantamentos preliminares, para garantir

a “segurança” da boca de fumo e cadernos de anotações.


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O estudo dos documentos dos suspeitos deixados no local revelou que eles se chamam
JAIRO PAES e JULIANO DANTAS. Entrevistados informalmente, os vizinhos PEDRO DIAS

e JONAS JERÔNIMO disseram que JAIRO e JULIANO alugaram a casa há alguns meses
e sempre recebem “visitas” durante todo dia. Nos cadernos de anotações, destaca-se a
figura de PAULO DANTAS, financiador do “negócio ilícito”, que não participa diretamente

da venda dos entorpecentes e de alguns “clientes” cujos nomes se repetem


constantemente: GERTRUDES LIMA, HILDETE PIRES e JOSÉ PARENTE (os endereços não

constam no caderno). Com base nessas informações, na condição de Delegado de


Polícia elabore a peça apta a iniciar formalmente as investigações, determinando as

diligências iniciais para elucidação do(s) delito(s).

ANÁLISE DO CASO
O quesito demanda confecção de portaria, já que o final do enunciado informa que o
Delegado de Polícia deve elaborar “a peça apta a iniciar formalmente as investigações,

determinando as diligências iniciais para elucidação dos delitos”.

Na portaria, o Delegado inicia o inquérito policial com indiciados/investigados soltos. É


preciso delimitar os fatos investigados, proceder à tipificação dos delitos que serão

apurados e determinar as diligências iniciais.

Nota-se prática do crime de tráfico de drogas majorado pelo emprego de armas de fogo
(artigo 33 c/c artigo 40, IV, da Lei 11.343/06), já que as armas, a priori, são usadas

unicamente para proteger a traficância. JAIRO PAES e JULIANO DANTAS devem ser
investigados pela prática dos crimes de tráfico de drogas majorado pelo emprego de

armas de fogo (tipificação citada) e associação para o tráfico de drogas (artigo 35 da Lei
11.343/06 - estão unidos com estabilidade e permanência para prática de tráfico). Já
PAULO DANTAS deve ser investigado pela prática do crime de financiamento do tráfico
(36 da Lei 11.343/06).

É preciso determinar a apreensão da droga e das armas (e perícias nesses materiais), a 12

localização e intimação de GERTRUDES LIMA, HILDETE PIRES e JOSÉ PARENTE, supostos


clientes dos traficantes, que devem ser investigados pela prática do crime do artigo 28

da Lei 11.343/06, vez que adquiriram droga para uso próprio.

PEDRO DIAS e JONAS JERÔNIMO devem ser intimados para serem formalmente ouvidos.

Será preciso determinar diligências com vistas a localizar os investigados, para que eles
sejam formalmente ouvidos.

ESPELHO DE CORREÇÃO

Peça
PORTARIA

O Delegado de Polícia Civil que esta subscreve, lotado e em exercício na 11ª. Delegacia
Metropolitana de Polícia Civil de Aracaju/SE, no uso de suas atribuições conferidas pela
Constituição Federal, pela Constituição do Estado de Sergipe, pelo Código de Processo

Penal e pela Lei 12.830/13,

RESOLVE:
Instaurar inquérito policial com o fito de apurar os crimes de financiamento do tráfico
(perpetrado por PAULO DANTAS), tráfico majorado pelo uso de armas de fogo e

associação para o tráfico de drogas (praticados por JAIRO PAES, JULIANO DANTAS) e de
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adquirir droga para consumo próprio (cometido por GERTRUDES LIMA, HILDETE PIRES e
JOSÉ PARENTE), em face da notícia de que a Polícia Civil adentrou em casa localizada

na rua A, do bairro Solitude, na cidade de Aracaju/SE e lá identificou 45 papelotes de


substância que aparentava ser cocaína, dois revólveres calibre .38, usados pelos suspeitos

JAIRO PAES e JULIANO DANTAS para garantir a “segurança” da boca de fumo. Os


levantamentos preliminares indicaram que PAULO DANTAS é financiador do tráfico

perpetrado por JAIRO e JULIANO e que GERTRUDES, HILDETE e JOSÉ PARENTE são
clientes que já adquiriram drogas para uso próprio.

Autuada esta, DETERMINO as seguintes providências:

• Apreenda a substância inicialmente identificada como cocaína e as armas de fogo;

• Expeça ofícios ao Instituto de Criminalística requisitando materialização de laudo

definitivo com o fito de atestar que a substância apreendida é droga ilícita e


perícia nas armas apreendidas;

• Localização e intimação dos usuários GERTRUDES LIMA, HILDETE PIRES e JOSÉ

PARENTE para serem formalmente ouvidos;

• Intimação de PEDRO DIAS e JONAS JERÔNIMO para serem ouvidos formalmente;

• Localização e intimação dos investigados JAIRO PAES, JULIANO DANTAS e PAULO

DANTAS, para serem formalmente ouvidos.

• Após, concluso.

CUMPRA-SE.

Aracaju/SE, data.
Delegado de Polícia Civil

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