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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CURSO SUPERIOR DE DIREITO

AMANDA SOFIA BATISTEL

PASTA FINAL
PRÁTICA JURÍDICA PENAL

CANOAS
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................3
2 RELAXAMENTO DA PRISÃO...........................................................4
3 DENÚNCIA........................................................................................6
4 DENÚNCIA........................................................................................8
5 AP1 - LUCIANO.................................................................................9
6 QUEIXA-CRIME...............................................................................11
7 PROCURAÇÃO................................................................................13
8 RESPOSTA À ACUSAÇÃO..............................................................14
9 AP2 - GABRIELA .............................................................................16
10 MEMORIAIS DE DEFESA .............................................................18
11 RSE.................................................................................................21
12 APELAÇÃO.....................................................................................23
13 AGRAVO DE EXECUÇÃO..............................................................24
14 AS - HABEAS ROBERTO ..............................................................26
15 CONCLUSÃO..................................................................................30
16 AUDIÊNCIAS ..................................................................................31
INTRODUÇÃO

O presente relatório compreende um resumo das atividades desenvolvidas ao


longo do semestre na disciplina de Prática Jurídica Penal, proporcionando uma visão das
peças jurídicas elaboradas e das 12 audiências penais assistidas. Durante este período,
foram aplicados conhecimentos teóricos na prática, buscando aprimorar as habilidades
necessárias para atuação no campo do Direito Penal.
No decorrer das aulas, foram desenvolvidas diversas peças jurídicas, refletindo a
diversidade de situações que um profissional do Direito pode enfrentar na prática. Tais
documentos incluem petições iniciais, denúncias, queixa-crime, agravo de execução,
memoriais, entre outros instrumentos jurídicos essenciais ao exercício da advocacia.
Além disso, o estágio prático foi enriquecido por doze audiências penais, ao longo
das quais foi possível ter uma breve oportunidade de vivenciar a dinâmica dentro sala de
audiência.
Este relatório busca proporcionar uma análise das atividades realizadas,
destacando os desafios enfrentados, as lições aprendidas e as peças elaboradas ao
longo da disciplina de Prática Jurídica Penal. Ao apresentar os presentes documentos,
espera-se contribuir para a construção de uma base sólida e prática, fundamental para a
formação de profissionais aptos e comprometidos com a efetividade da justiça no âmbito
penal.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXXX VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE XXXXXX

JOSÉ ALVES, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado na Rua xxxxx, com Documento de
Registro Geral sob o numero xxxxxx, filho de xxxxx, endereço de e-mail xxxxx@xxxx,
representado pelo membro da Defensoria Pública do Estado de xxxxxxx, com OAB de numero
xxxxxx , vem a esta subscrever, dispensando o mandato na forma do artigo 16, parágrafo
único, da Lei n. 1.060/50 c/c com o artigo 128 e paragrafo XI da Lei Complementar n.80/94 e
o artigo 134 da Constituição Federal, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência,
requerer o

RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE,

com fulcro no art. 5º, LXVI, da Constituição Federal, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas.

I – DOS FATOS

No dia 10 de março de 2011, o Requerente foi preso em flagrante pela suposta prática do delito
do artigo 306 da Lei 9.503/97 c/c com o art. 2º, II, do decreto 6.488/08. A medida coercitiva foi
fundada em prova produzida contra a pretensão do requerente.
No Auto de Prisão em Flagrante consta negativa do direito subjetivo de entrevistar-se com seus
advogados e familiares, e o delegado de polícia deixou de comunicar o fato ao juízo
competente, tampouco à Defensoria Pública, desrespeitando o Art.5º parágrafo LXII da
Constituição Federal.

II – DO DIREITO

Trata-se de flagrante ilegal, devendo ser imediatamente relaxado.

A violação à do fato ao tipo penal do art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro é indispensável a
realização de exame, no caso teste de alcoolemia em aparelho de ar alveolar, para aferir se a
concentração de álcool descrita no tipo penal fora ou não alcançada, sendo uma prova que
depende da vontade do agente para sua criação.
Como, no caso presente, o requerente foi compelido a produzir prova contra sua vontade, a
prisão em flagrante é inquestionavelmente nula, por derivar de prova ilícita, contrariando o
principio de não produzir provas contra si mesmo, resguardado em nossa Constituição no artigo
5º, incisos LXIII e LVI, da CF.
Ressalta-se também, a prisão é igualmente ilegal em razão de negativa do direito do preso de
entrevistar-se com seu advogado e familiares, direito subjetivo seu, importando em
incomunicabilidade. Nosso Código de Processo Penal prevê o tema da incomunicabilidade do
preso no artigo 21, todavia, o entendimento majoritário da doutrina e jurisprudência dispensa
essa regra legal mencionada, pois a Constituição Federal veda expressamente a
incomunicabilidade do preso em casos de E stado de Sítio e de Defesa, conforme seu artigo
136, parágrafo 3º, inciso IV, sendo desarrazoado qualquer razão propensa a permitir em
situações de normalidade.
A ilegalidade também é evidente em outro aspecto. No caso, a autoridade coatora deixou de
comunicar acerca da prisão ao juiz e à Defensoria Pública, em desacerto com o artigo 5º, LXII,
da Constituição Federal e artigo 306 do Código de Processo Penal.
Desse modo, por não ter a prisão em flagrante se estribado nos termos da Constituição Federal
e do Código de Processo Penal, a prisão deve ser imediatamente relaxada por implicar a medida
coercitiva de vício de ilegalidade.

III – DO PEDIDO
Perante o exposto, requer que seja deferido o presente pedido de relaxamento da prisão em
flagrante imposta ao Requerente, expedindo-se o competente alvará de soltura em seu favor.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data

_________________________
Defensor Público
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE XXXXX/XX:

O MINISTÉRIO PÚBLICO, através de Promotor de Justiça signatário, no uso de suas


atribuições legais, com base no Inquérito Policial n.º xxxx/xxxx, autuado judicialmente sob o n.º
xxxxxxx, vem perante Vossa Excelência, oferecer DENÚNCIA contra:

MILTON HENRIQUE SILVA, portador do CPF n.º xxx.xxx.xxx-xx, RG n.º


xxxxxxxxxx, filho de xxxxx xxxxxx e xxxxxx xxxxxxxx, com 23 anos de idade
na data dos fatos, nascido em xx/xx/1986, profissão pintor, brasileiro, natural
de Três Passos/RS, atualmente recolhido no Presídio Central de xxxxx; e

ELIEZER FELISBERTO, portador do CPF n.º xxx.xxx.xxx-xx, RG n.º


xxxxxxxxxx, filho de xxxxx xxxxxx e xxxxxx xxxxxxxx, com 23 anos de idade
na data dos fatos, nascido em xx/xx/1986, profissão pintor, brasileiro, natural
de Três Passos/RS, atualmente recolhido no Presídio Central de xxxxx, pela
prática do seguinte

FATO DELITUOSO:

No dia 05 de abril de 2008, na Rua Vaquiano, n.º 25, bairro Vicentina, no Município de
xxxxx/xx, os denunciados MILTON HENRIQUE SILVA e ELIEZER FELISBERTO, em comunhão
de esforços e unidade de desígnios, fazendo uso de arma de fogo (não apreendida), mataram a
vítima Marcos Eugênio, mediante 03 (três) disparos, conforme o Auto de Necropsia das fls. 08-15
do Inquérito Policial, que atesta a “causa mortis” decorrente de “hemorragia intracraniana e
intratorácica consecutiva à ferimento penetrante de crânio e tórax por projétil de arma de fogo”.
Por ocasião dos fatos, a vítima conversava, em frente à sua residência, com seu vizinho
Sinair, momento em que os denunciados, conduzindo bicicletas, chegaram ao local e efetuaram
os disparos, atingindo Marcos Eugênio, nas regiões da cabeça, posterior do tórax e do terço
superior do antebraço. Ato contínuo, MILTON HENRIQUE SILVA e ELIÉZER FELISBERTO
empreenderam fuga do local.
Os denunciados cometeram o crime após prévio ajuste, tendo todos participado de forma
material e moral na execução da vítima, atirando com arma de fogo e apoiando-se mutuamente
para o alcance do resultado morte.
O crime foi cometido por eles pelo fato de que 03 (três) dias antes do fato, a vítima vendeu
uma bicicleta à MILTON, tendo o dono da bicicleta ido buscá-la na residência do denunciado,
reclamando a propriedade dela, inclusive o agredindo.
ASSIM AGINDO, os denunciados MILTON HENRIQUE SILVA e ELIÉZER FELISBERTO
incorreram nas sanções do artigo 121, §2º, inciso II, combinado com o artigo 29, ambos do
Código Penal. Desse modo, o Ministério Público oferece a presente denúncia, requerendo, após a
sua atuação, a citação dos réus, para querendo, apresentarem resposta à acusação, bem como o
processamento do feito no procedimento especial previsto na legislação processual penal para os
crimes contra a vida, com a intimação das testemunhas abaixo arroladas, com final pronúncia e
condenação, nos termos propostos na petição inicial.

xxxxx/xx, xx de xxxxxxx de xxxx.

xxxxxx xx xxxxx xxxxxx,


PROMOTOR (A) DE JUSTIÇA.

ROL DE TESTEMUNHAS:

1. SINAIR (testemunha), residente à Rua xxxxx, n.º xx, bairro xxxxxxx, em xxxxx/xx.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DA
COMARCA XXXXX

O Ministério Público no uso de suas atribuições legais, vem, perante


vossa excelência, ofertar DENÚNCIA, com base nos autos do
Inquérito Policial nº278/99, contra PAULO SERGIO REIS, filho de xxx,
brasileiro, natural de xxxxxx, solteiro, 23 anos, pintor, vulgo
“ZÓINHO”, atualmente recolhido no Presídio Central da cidade de
xxxx, pela prática do seguinte fato delituoso:

No dia 14/10/2009, por volta das 20hs, na Rua Saldanha da Gama nº 442, na cidade de
xxx, o denunciado, agindo em comunhão de esforços e em conjunção de vontades com o
adolescente Rodrigo Martins, mediante rompimento de obstáculo, conforme laudo fls xxx do IP,
subtraiu para si e para outrem, uma sacola de nylon, cor preta, marca Pênalti; quatro blusões, tipo
moletom; um rádio AM/FM continental; uma sacola de napa, cor cinza; e um colete feminino de
viscose, marca Ledaneris, conforme auto de apreensão fls xxxx do IP. As res furtivae, foram
avaliadas em R$420,00, conforme auto de avaliação fls xxxx do IP. Os objetos foram restituídos
conforme auto de restituição fls xxxx do IP. Ambas res furtivae, são pertencentes a Eloir Josefino.
Na oportunidade, o denunciado e seu companheiro, adolescente, conforme certidão de
nascimento anexa nas fls xxx do IP, Rodrigo Martins, filho de xxx, brasileiro, solteiro, xx anos,
tendo por endereço domiciliar Rua xxxx, nº xx, bairro xxxx, cidade de xxxx, estouraram fechadura
da porta da residência da vítima, para perpetrar o ilícito, e quando estavam colocando as
mercadorias em sacolas, foram surpreendidos pelos policiais militares, que procederam sua
prisão. O denunciado configurou o crime de furto qualificado, mediante rompimento de obstáculo
à subtração da coisa e concurso de pessoas.
Nas mesmas circunstâncias de tempo e lugar do fato anterior, o denunciado trazia
consigo, para uso próprio, pequena quantidade de cannabis sativa, vulgo “maconha”, substância
entorpecente que causa dependência psíquica, conforme auto de apreensão de fls xxxx e laudo
de constatação provisória de toxicologia fls xxx.
Ressalta-se que o denunciado, vulgo “Zoinho”, figura conhecida na seara policial é
reincidente, conforme constatado na sua certidão de antecedentes criminais, anexado nas fls xxx
do referido inquérito policial.
Assim agindo, o denunciado incorreu nas sansões do artigo 155, parágrafo 4º, inciso I,
devido ao rompimento de obstáculo, e inciso IV, pelo fato de agir em concurso de pessoa, do
Código Penal Brasileiro.
Ainda, incorreu nas sansões previstas no artigo 244-B da Lei 8.069/1990, por corrupção
de menor, e sansão do artigo 28, caput, da Lei 11.343/2006, por posse de droga para consumo
pessoal. Incende-se a agravante do artigo 61, inciso I (reincidência), do Código Penal Brasileiro,
sendo todos os delitos praticados na forma do artigo 69 do Código Penal Brasileiro.
Para tanto, requer
a) o recebimento da denúncia,
b) a citação dos denunciados e
c) a intimação das testemunhas abaixo arroladas, bem como a condenação
do denunciado.

Local xxx,
Data xxxx de xxxx de xxxx
Assinatura do Promotor

ROL DE TESTEMUNHAS:
- Policial Militar xxxx, lotado no batalhão xxxx
- Policial Militar xxxxx, lotado no batalhão xxxx
- Eloir Josefino, vítima, com endereço domiciliar na Rua xxx, bairro xxxx, CEP xxx, cidade xxxx,
telefone xxxx
- Rodrigo Martins, na Rua xxx, bairro xxxx, CEP xxx, cidade xxxx, telefone xx
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ªVARA DO TRIBUNAL DO
JÚRI DA COMARCA XXXXXXXXX

O Ministério Público, no uso de suas atribuições legais,


vem, perante vossa excelência, ofertar DENÚNCIA,
com base nos autos do Inquérito Policial nº273/95,
oriundo da 8ª Delegacia de Polícia da cidade de xxxxxx,
contra LUCIANO DIAS OLIVEIRA, brasileiro, solteiro,
com Documento de Registro Geral sob o numero xxxxxx,
filho de xxxxx, atualmente recolhido no Presídio Central
da cidade de xxxxxx, pela prática do seguinte fato
delituoso:

No dia 09 de setembro do ano de 1995, por volta das 04h30min, na Av.Protásio Alves,
proximidades do nº 2.284, na cidade de xxxxx, o denunciado, em comunhão de vontades e de
esforços com vários indivíduos, a maioria inimputáveis, fazendo uso de um revolver (não
apreendido), matou Vladimir Ribeiro dos Santos, conforme auto de necropsia fls xxxxxx,
deferindo-lhe um disparo de arma de fogo e vários pontapés.
O crime foi, ainda, praticado porque a vítima no interior da Danceteria Space, perto do local
e pouco tempo antes, havia pisado, sem o desejar, no pé da namorada de um dos amigos do
acusado. Tal pessoa partiu para a violência contra a vítima e foi dominado por esta, que o
entregou aos cuidados da segurança da casa. Na saída da danceteria a vítima e seus
acompanhantes foram cercados por cerca de quinze indivíduos, entre eles o denunciado, tendo
sido o crime cometido quando a vítima já estava ferida e debilitada pelas agressões.
vendo a vítima em tais condições, o denunciado tomou o revólver de um de seus
comparsas e se dirigiu até onde estava a vítima, matando-a com disparo de arma de fogo e
pontapés, configurando, tal fato, exagerado padecimento, agindo de forma cruel.
O crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que
Vladimir foi atacado de surpresa, sem a possibilidade de defesa e por motivo torpe, em razão de
apenas ter pisado no pé, sem o desejar, da namorada de um dos amigos do acusado. Ainda, o
denunciado matou a vítima, mediante meio do qual resultou perigo comum, uma vez que, ao
desferir disparo de arma de fogo, em via pública, ensejou concreto risco de atingir qualquer outra
pessoa que passasse pelo local.
Ressalta-se que o denunciado foi preso em flagrante, e o auto de prisão recebeu
homologação judicial, conforme fls.67 do IP 273/95. O pedido de liberdade provisória foi
indeferido pela juíza plantonista e mantida a prisão decorrente do flagrante, com base nas fls.70
do referido Inquérito Policial.
Conforme fls.71, a certidão de antecedentes criminais do denunciado, tem por registro
somente o feito em tela.
Segundo alegações da genitora do denunciado, o mesmo estaria sofrendo agressões no
interior do Presídio Central, onde encontra-se recolhido. Refere que tais agressões foram
praticadas por Policiais Militares, e diante disto, o cartório judicial oficiou a SUSEPE, conforme
fls.72 v.
Por fim, ás fls.131-3, a Defensoria Pública do Estado reiterou pedido de liberdade
provisória para o denunciado, acompanhado de declarações em seu favor, o qual recebeu
parecer de indeferimento pelo órgão do Ministério Público, não havendo decisão judicial.

Assim agindo, o denunciado incorreu nas sanções do artigo 121, parágrafo 2º, incisos I
(motivo torpe); III (pelo fato de exagerado padecimento, agindo assim, de forma cruel e ainda,
porque poderia resultar perigo comum, em virtude do disparo da arma de fogo) e IV (recurso que
dificultou e impossibilitou a defesa da vítima), ambos do Código Penal Brasileiro.
Para tanto, requer a citação do denunciado e a intimação das testemunhas abaixo
arroladas, bem como a pronúncia do denunciado.
Local xxxxx,
Data xxxxx de xxxx de xxxx.
Assinatura do Promotor

ROL DE TESTEMUNHAS:
- Policial Militar xxxxxx, lotado no batalhão xxxxx
- Policial Militar xxxxxx, lotado no batalhão xxxxx
- xxxxx, companheiro da vítima, com endereço domiciliar na Rua xxxxx, bairro xxxx, CEP xxxx,
cidade xxxxxx, telefone xxxxxx
- Segurança da Danceteria Space, com endereço domiciliar na Rua xxxx, bairro xxxx, CEP xxxx,
cidade xxxxx
EXCENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ ª VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE NITERÓI NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

ENRICO, brasileiro, solteiro, engenheiro, inscrito no CPF de nº xxxxxx,


com carteira de identidade nº xxxxx, dispondo do endereço eletrônico
xxxxxx@xxx, residente e domiciliado na rua xxx, Nº xx, Bairro xxxx, na
Cidade de Niterói do Estado do Rio de Janeiro, filho de xxxxx, vem,
respeitosamente, através da sua advogada xxx, com endereço
profissional na Rua xxx, nº xx, Bairro xx, Cidade de xxx do Estado de
xxx, com procuração para representação para poderes especiais
anexada nos autos do processo, oferecer

QUEIXA CRIME

Com fundamento no artigo 100, §2º do código penal e artigos 30, 41


e 44 do código de processo penal, contra HELENA, brasileira,
solteira, autônoma, inscrita no CPF nº xxxx, com carteira de identidade
nº xx, residente e domiciliada na Rua xxxx, nº xx, da Cidade de Niterói
Estado do Rio de Janeiro, filha de xxx, pelos fatos e fundamentos a
seguir expostos:

I - DOS FATOS

Aos 19 dias do mês de abril de 2014, Enrico que é engenheiro em uma renomada empresa
de construção civil, resolve fazer uma publicação em seu perfil de uma rede social da internet.
Com o intuito de convidar seus amigos daquela pagina à comemorarem o seu aniversário em
uma churrascaria da cidade de Niterói, que ocorreria na noite daquele dia. No exato momento da
publicação, Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, adicionada aos seus contatos no perfil da
rede social, resolve, no objetivo de ofender o seu ex-namorado, fazer um comentário a
publicação que narrava o seguinte: “não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa
de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha!”.
Ainda no propósito de prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir sua
reputação, acrescentou, ainda: “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado,
ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente
que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!” Comentário
esse, que foi imediatamente visualizado por Enrico e seus amigos Marcos, Miguel e Ramirez,
que estavam em sua companhia naquele exato instante.
Em razão do constrangimento a festa não foi realizada por Enrico, que acabou po
comparecer no dia seguinte à Delegacia de polícia Especializada em Repressão aos Crimes de
Informática para narrar os fatos às autoridades policiais e entregar o conteúdo impresso da
mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada.

II - DO CABIMENTO TEMPESTIVO

O caso trata de um fato em que se tem ofendida a honra objetiva e subjetiva do


querelante, assim, consoante os crimes praticados contra honra, dispõe o artigo o artigo 145 do
código de processo penal: “nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante
queixa [..]”.
Dessa forma, propõe-se aqui uma Queixa – Crime, tempestivamente. Pois, conforme
artigo 38 do código de processo penal, “salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu
representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não exercer dentro do
prazo de seis meses”.
Assim sendo, propõe-se a presente ação do dia em que sucedeu o fato, exato dia 19 de
abril de 2014, em cinco meses após, aos dias 18 de setembro de 2014, tempestivamente.
III - DO DIREITO

Exposto o caso, pede-se então pela aplicação do concurso formal, previsto no artigo 70
do código penal: “Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não [..]”.
Tendo em vista que, Helena mediante uma só ação praticou contra Enrico, o crime de
difamação, ofendendo sua honra objetiva perante seus demais amigos na referida rede social o
que acabará por afetar sua imagem como ser humano e profissional, ademais, consumou
também o crime de injúria, ferindo a honra subjetiva da vítima, pois com tamanha grossura e
deselegância as ofensas afetaram gravemente a autoestima de Enrico.
Com aplicação dos dois crimes, difamação, previsto o artigo 139 do código penal “Difamar
alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação” e, injúria previsto no artigo 140 do mesmo
código “Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro”, em concurso formal.
Pleiteia-se pela cumulação das penas, pois Helena não só agiu dolosamente como
também em desígnios autônomos ao ofender Enrico para que ele assim se sentisse e para que
as demais pessoas obtivessem uma visão distorcida e desagradável do mesmo.
Ainda quanto a aplicação das penas, requer-se, que seja somada a agravante
prevista no artigo 61, II alínea A, do código penal.
Helena cometeu o crime por motivos obviamente fúteis e torpes, completamente
insignificantes e desprezível ao tamanho do agravo causado.
No mesmo sentido, postula-se ainda, pela justa aplicação do aumento de 1/3 previsto
no artigo 141, III, do código penal.
Dado que, o crime foi cometido por um meio que facilita a divulgação da difamação e da
injúria, rede da internet manuseada para estabelecimento de vínculos sociais.

IV - DO PEDIDO

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência, após a manifestação do Ministério Público:


a) o recebimento, processamento e autuação da presente queixa-crime;
b) a citação da que relada para responder aos termos da presente ação, sob pena
de revelia e ao final seja condenada nos termos do artigo 139 e 140 do código penal, com
o aumento previsto no artigo 141, III do mesmo código e a devida aplicação da agr
avante prevista no artigo 61, II ‘A do código penal;
c) a intimação das testemunhas citadas, na forma do artigo 41 do código de
processo penal;
d) Que seja fixado o valor mínim o de indenização à querelada, conforme artigo 387
do código de processo penal.

V - DAS PROVAS

Requer também, a produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente a


documental conforme artigo 231 e seguintes do código de processo penal e a prova
testemunhal, conforme artigo 202 e seguintes do código de processo penal.

Termos em que, Pede Deferimento.


Niterói, 18 de setembro de 2014.
Advogado
OAB

ROL DE TESTEMUNHAS:
a) Marcos, com RG nº xxx, residente e domiciliado na Rua xxxx, nº xx, da Cidade de xx do Estado
xx, tendo como profissãoxxx e, endereço eletrônico xxx@xxx;
b) Miguel, com RG nº xxx, residente e domiciliado na Ruaxx, nºxx, da Cidade de xx do Estado xx,
tendo como profissão xxx e, endereço eletrônico xxx@xxx;
c) Ramirez, com RG nº xx residente e domiciliada na Rua xx, nº xx, da Cidade de xx do Estado x
PROCURAÇÃO

ENRICO, BRASILEIRO, ENGENHEIRO, SOLTEIRO, INSCRITO NO CPF DE Nº XXXXXX, COM


CARTEIRA DE IDENTIDADE Nº XXXXX, DISPONDO DO ENDEREÇO ELETRÔNICO
XXXXXX@XXX, RESIDENTE E DOMICILIADO NA RUA XXX, Nº XX, BAIRRO XXXX, NA
CIDADE DE NITERÓI DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, FILHO DE XXXXX, NOMEIA E
CONSTITUI COM O SEU PROCURADOR O ADVOGADO XXXXXX, INSCRITO NA ORDEM
DOS ADVOGADOS DO BRASIL SOB Nº XXX, FILHO DE XXXX, COM ESCRITÓRIO
PROFISSIONAL NA RUA XX, Nº XX, A QUEM CONCEDE, COM FULCRO DO ART. 44 DO
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, PODERES ESPECIAIS PARA INGRESSAR EM JUÍZ COM
QUEIXA CRIME CONTRA HELENA, BRASILEIRA, SOLTEIRA, AUTÔNOMA, INSCRITA NO
CPF Nº XXXX, COM CARTEIRA DE IDENTIDADE Nº XX, RESIDENTE E DOMICILIADA NA
RUA XXXX, Nº XX, DA CIDADE DE NITERÓI ESTADO DO RIO DE JANEIRO, FILHA DE XXX,
VISTO QUE AOS 19 DIAS DO MÊS DE ABRIL DE 2014, HELENA, VIZINHA E EX-NAMORADA
DE ENRICO, ADICIONADA AOS SEUS CONTATOS NO PERFIL DA REDE SOCIAL,
RESOLVE, NO OBJETIVO DE OFENDER O SEU EX NAMORADO, FAZER UM COMENTÁRIO
A PUBLICAÇÃO FEITA POR ENRICO SOBRE COMEMORAÇÃO DE SEU ANIVERSÁRIO, QUE
NARRAVA O SEGUINTE: “NÃO SEI O MOTIVO DA COMEMORAÇÃO, JÁ QUE ENRICO NÃO
PASSA DE UM IDIOTA, BÊBADO, PORCO, IRRESPONSÁVEL E SEM VERGONHA!”. AINDA
NO PROPÓSITO DE PREJUDICAR ENRICO PERANTE SEUS COLEGAS DE TRABALHO E
DENEGRIR SUA REPUTAÇÃO, ACRESCENTOU, AINDA: “ELE TRABALHA TODO DIA
EMBRIAGADO! NO DIA 10 DO MÊS PASSADO, ELE CAMBALEAVA BÊBADO PELAS RUAS
DO RIO, INCLUSIVE, ESTAVA TÃO BÊBADO NO HORÁRIO DO EXPEDIENTE QUE A
EMPRESA EM QUE TRABALHA TEVE QUE CHAMAR UMA AMBULÂNCIA PARA SOCORRÊ-
LO!” COMENTÁRIO ESSE, QUE FOI IMEDIATAMENTE VISUALIZADO POR ENRICO E SEUS
AMIGOS MARCOS, MIGUEL E RAMIREZ, QUE ESTAVAM EM SUA COMPANHIA NAQUELE
EXATO INSTANTE. TENDO ASSIM PRATICADO CONTRA O MESMO OS CRIMES DE
DIFAMAÇÃO (art. 139), INJÚRIA (art. 140) c/c ART. 141 e 61, alínea A, PREVISTOS NO
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO, MOTIVANDO A PRESENTE AÇÃO PENAL PRIVADA .

LOCAL E DATA
______________________
XXXXXXXXXX
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE ARARUAMA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Processo nº xxxxxxx

PATRICK, já qualificado nos autos da ação penal em epígrafe, por sua advogada, devidamente
constituída conforme procuração em anexo, vem, respeitosamente, a presença de Vossa
Excelência, nos termos dos artigos 396 e 396A, ambos do Código de Processo Penal,
apresentar:

RESPOSTA Á ACUSAÇÃO

pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos:

I - DOS FATOS

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ofereceu denúncia em face de Patrick,


imputando a ele a prática do delito tipificado no Art.129, §1º, inciso III, c/c Art. 14, inciso II, ambos
do Código Penal.
Segundo consta, em 05/03/2017 o réu estava na varanda de sua casa em Araruama,
quando viu que Lauro, namorado de sua sobrinha Natália estava agredindo-a de maneira
violenta em razão de ciúmes. Neste momento, verificando o risco que sua sobrinha corria,
solicitou a Lauro que parasse com as agressões, o que não foi atendido pelo mesmo.
Ao perceber que as agressões à sua sobrinha não cessavam e ao verificar que não havia
outra forma de intervir na situação, visto que estava com a sua perna enfaixada em razão de um
acidente de trânsito, adentrou em sua residência e pegou a arma de fogo que matinha em sua
residência, de uso permitido e devidamente registrada, momento no qual tentou disparar tal arma
em direção a perna de Lauro com a intenção de causar lesão corporal que garantisse a
debilidade permanente de tal membro.
A arma, no entanto, não disparou, mas o barulho reproduzido por esta fez com o que
Lauro empreendesse fuga do local. Na instrução processual foi constatado através de exame
pericial que a arma apreendida e utilizada por Patrick, era totalmente incapaz de efetuar
disparos.
No ato da intimação, o oficial de justiça compareceu apenas uma única vez a casa do réu,
e por constatar que este não se encontrava e que o local estava trancado, no dia 26/02/2018,
certificou nos autos que o réu estava ocultando-se para não ser citado, e, no dia seguinte,
realizou a citação deste por hora certa.

II - DAS PRELIMINARES

a) NULIDADE DE CITAÇÃO
Verifica-se, no caso, manifesta nulidade no ato da citação. Da análise dos fatos, verifica-se
que não é cabível tal citação, vez que o Oficial de Justiça não esgotou todos os meios para tentar
citar o réu, indo a casa do mesmo uma única vez, o que caracteriza manifesta nulidade na
citação, artigo 362 do Código de Processo Penal e artigos 227 da Lei nº 5.869 de janeiro de 1973
do Código de Processo Civil.
Ocorre que, no caso, não seria possível a citação por hora certa, já que não havia nenhum
indício concreto de que o acusado estaria se ocultando para não ser citado. Simplesmente a
residência do Ré uencontrava-se fechada porque ele estava trabalhando em uma embarcação,
sendo prematura a conclusão do Oficial de Justiça apenas com base em um único
comparecimento na residência daquele que pretendia citar. Dessa forma, a citação foi inválida e
certamente houve prejuízo ao exercício do direito de defesa, tendo em vista que o advogado não
conseguiu conversar com o réu sobre os fatos antes de apresentar resposta à acusação.

III- DO DIREITO
a) Conforme pode se notar, o réu tinha a intenção de atirar em Lauro, porém, a arma que seria
utilizada estava com absoluta impropriedade, uma vez que não poderia ser utilizada para realizar
disparos.
b) O crime impossível está previsto no artigo 17 do código penal. Dispõe o artigo 17 do código
penal que não se punirá a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime, devendo o réu ser absolvido
sumariamente com fulcro no artigo 397, inciso III do Código De Processo Penal.
c) Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, o que se admite apenas em respeito
ao princípio da eventualidade, deverá ser declarado em favor do réu a excludente de ilicitude de
legítima defesa em favor de terceiro.
d) Verifica-se, pois, que o único meio que Patrick teria para cessar a injusta agressão sofrida por
sua sobrinha seria com o disparo da arma de fogo, pois, sua debilidade não permitiria que o
mesmo pudesse se fazer de outra maneira para cessar a agressão, artigo 25 do código penal.
e) Assim, ficou manifesto que o réu tem seus direitos resguardados pela excludente de legítima
defesa, portanto, Vossa Excelência deverá absolversumariamente o réu nos termos do artigo 397,
inciso I.

III- DOS PEDIDOS

a) Diante de todo o exposto, pugna-se pela anulação do processo devido à NULIDADE DE


CITAÇÃO, vez que o oficial de justiça deveria ter esgotado os meios de procura para citar
o réu;
b) b) subsidiariamente, requer-se a absolvição sumária com fundamento no artigo 397,
inciso I e III do Código De Processo Penal; pugna-se também pela apresentação do rol de
testemunhas.

Nestes Termos,
Pede o deferimento
Rio de Janeiro, 09 de março de 2018
Advogado
OAB

ROL DE TESTEMUNHAS

1) Maria, RG xxxx, CPF xxxx, endereço xxxxx, filha de xxxx;


2) Natália, RG xxxx, CPF xxxx, endereço xxxxx, filha de xxxx;
3) José, RG xxxx, CPF xxxx, endereço xxxxx, filho de xxxx.
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DEDIREITO DA XX VARA CRIMINAL DE
FORTALEZA – CEARÁ

GABRIELA, já qualificada nos autos do processo crime nº xxxx que lhe move a justiça púb lica,
por seu advogado que esta subscreve, conforme proc uração anexa, vem, respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, oferecer

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

com fulcro nos arts. 396 e 396A do Código De Processo Penal pelas razões de fato e de direitos a
seguir expostas:

I – DOS FATOS

A ré foi acusada de ter supostamente subtraído dois pacotes de macarrão de uma


grande rede de supermercados no valor de R$ 18,00.
Foi determinada a citação, no entanto a ré não foi encontrada, motivo pelo qual foi citada
apenas no dia 16 de março de 2015, motivo pelo qual, oferece a presente resposta à acusação.

II – DO DIREITO

Preliminarmente deve ser reconhecida a ext inção da punibilidade pela prescrição da


pretensão punitiva em abstrato, se não vejamos.
O crime imputado à ré tem pena máxima de 4 anos, aplicada a diminuição relativa a tentativa a
pena resultante é de 2 anos e 8 meses. Conforme o art. 109 do Código Penal a pena de 2 anos e
8 meses prescreve em 8 anos. No entanto a ré, na data dos fatos tinha 20 anos, de acordo com o
artigo 115, caso o réu seja menor de 21 anos na data do fato a prescrição cai pela metade,
totalizando 4 anos.
O recebimento da denúncia deu-se em 18 de janeiro de 2011, portanto, hoje já se
passaram mais do que 4 anos sem que tenha havido sentença condenatória.
Conclui-se que houve a prescrição e a consequente extinção da punibilidade prevista no
art. 107, IV do Código Penal.
No mérito a conduta praticada pela ré é manifestamente atípica. A doutrina moderna
reconhece pacificamente à aplicação do princípio da insignificância para afastar a tipicidade dos
crimes patrimoniais não violentos quando a lesão for irrelevante.
No caso em tela, o valor do bem subtraído é de R$ 18,00 reais, inteiramente irrelevante
em face do patrimônio da vítima, uma grande rede de supermercados.
Desta forma, não obstante seja formalmente típica a conduta é materialmente a típica.
Ainda que assim não fosse o comportamento da ré está albergado pela excludente de
ilicitude do estado de necessidade. Segundo o art. 24 do Código Penal, age em estado de
necessidade quem pratica o fato para salvar bem jurídico próprio ou alheio de perigo atual e que
não podia de outra forma evitar.
No caso em tela, a ré somente subtraiu o alimento para dar de comer a seu filho, o qual
padecia de fome, tratando-se de nítida situação de furto famélico.
Desta forma, resta clara a incidência da excludente de ilicitude prevista no Art.23 do
Código Penal.

III – DO PEDIDO

Diante do exposto, requer seja declarada a absolvição sumária com fulcro no artigo 397,
IV, em razão da extinção da punibilidade ou a absolvição sumária com fulcro no art igo 397, III,
em razão da atipicidade ou ainda, a absolvição sumária com fulcro no artigo 397, I, em razão da
excludente de ilicitude.
Caso não sejam acolhidas as teses anteriores, requer que seja intimada a testemunha a
seguir arrolada.
Termos em que, Pede deferimento.

Local xxxxxx
Data xxxxx
Advogado
OAB nº

ROL DE TESTEMUNHAS
- Maria, RG xxxx, CPF xxxx, endereço xxxxx, filha de xxxx;
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE MANAUS – ESTADO DO AMAZONAS

Processo Nº xxxxxxxx

ROBERTA, brasileira, solteira, portador da carteira de identidade nº xxxxx, inscrita sob o CPF nº
xxx, residente na rua xxxx, nº xxxx, filha de xxxxx, por seu advogado abaixo assinado, conforme
procuração anexa a este instrumento, vem muito respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, requerer:

ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS

Com fulcro nos artigo 403, §3º, do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos a
seguir expostos.

1. DOS FATOS

Roberta, 20 anos, quando em dia 23 de fevereiro de 2016, deixou o seu notebook


carregando na tomada da cafeteria de um curso preparatório para concurso na cidade de
Manaus, depois retirou o aparelho da tomada e ao chegar a casa, constatou que não se tratava
de notebook, no entanto também tomou conhecimento que havia um boletim de ocorrência em
seu desfavor por haver furtado o notebook da Cláudia.
Fato que Cláudia havia posto seu aparelho para carregar em substituição ao da
denunciada, todo o caso foi registrado pelas câmaras da sala de aula. Não houve busca e
apreensão do bem, nem qualquer manifestação da autoridade policial, no dia seguinte do fato, a
denunciada restituiu a coisa subtraída.
O Ministério Público denuncia Roberta por furto simples nos temos do art. 155 do CP,
deixando de oferecer proposta de suspensão condicional do processo, entendendo que este
instituto não estaria sujeito à aplicação da Lei nº 9.099/1995.
Na fase de instrução, Cláudia confirmou que havia deixado o notebook acoplado à
tomada e que Roberta confirmou os fatos. No entanto, declarou que o notebook que estava
carregando na tomada seria seu. Juntada a folha de antecedentes criminais, o qual não constava
qualquer anotação.
Em última análise, o Ministério Público requereu a condenação da ré nos termos da
denúncia. A intimação do advogado de Roberta deu-se em 24 de agosto de 2016, quarta-feira,
sendo o dia seguinte útil em todo o território nacional.

1. DO DIREITO
1.1. DAS PRELIMINARES
1.2. DA NULIDADE

Houve notória situação de nulidade, haja vista o Ministério Público deixou de oferecer
a suspensão condicional do processo, alegando que o delito de furto simples não é de
menor potencial ofensivo. Ora excelência, conforme o artigo 89 da Lei 9.099/95, caberá o
benefício supracitado nos crimes em cuja pena mínima cominada seja igual ou inferior a 01
(um) ano, abrangidos ou não pela Lei dos Juizados Especiais.
Ademais, constata-se que Roberta foi denunciada por furto simples, cuja pena é
de 01 (um) a 4 (quatro) anos, como também não possui antecedentes criminais, portanto
preenchendo os requisitos para a obtenção da suspensão condicional do processo.
Ante o exposto, observa-se a nulidade do processo a partir da denúncia por notória
violação ao devido processo legal, pois o entendimento do nobre Ministério Público impediu
uma eventual causa extintiva de punibilidade

2. DO DIREITO
3. DO MÉRITO
4. DO ERRO DE TIPO

Observa-se que nos termos do art. 20 do Código Penal, o erro de tipo exclui o dolo, não
havendo que se falar em crime se não houver previsão de punição na conduta da modalidade
culposa, e o dolo é parte integrante do crime, quando ocorre elemento subjetivo do tipo.
Como não foi provado que houve por parte da denunciada qualquer espécie dolo para
subtrair coisa alheia móvel, pois Roberta tinha a convicção inegável que o dado aparelho seria
seu, assim trata-se de erro de tipo, como também não há qualquer previsão legal quanto ao
instituto de furto culposo. Conclui-se que a conduta da denunciada resta atípica, o que nos leva a
sua absolvição, nos termos do art. 386, III ou VI, do Código de Processo Penal.

5. TESES SUBSIDIÁRIAS

Caso Vossa Excelência não concordar com o acima exposto, a defesa pugna para
as seguintes teses subsidiárias:

5.1. Da pena-base em seu mínimo legal

A denunciada é primária como se observa da sua folha de antecedentes criminais.


Caso ocorra uma eventual condenação, a pena-base será fixada em seu mínimo legal,
haja vista que todas as circunstâncias judiciais previstas no artigo 59 do Código Penal.

5.2. Do arrependimento posterior

O instituto do arrependimento posterior dá-se quando não há emprego de violência


ou grave ameaça à pessoa, e quando há a restituição da coisa por ato voluntário, isto
antes do recebimento da denúncia, ou seja, é inegável que a conduta de Roberta
atendeu todos os requisitos deste instituto, com isso, ocorrerá a redução da pena na sua
fração máxima, qual seja, de dois terços, com arrimo no art. 16 do Código Penal.

5.3. Da confissão e menoridade relativa

Houve a confissão da ré em juízo, ainda que tenha ocorrido mediante engano.


Sendo assim, na segunda fase da dosimetria da pena, deve-se ser reconhecida a
atenuante de confissão, nos termos do art. 65, III, “d”, do Código Penal, como também é
reconhecida a atenuante de menoridade relativa, nos termos do art. 65, I, do Código
Penal, pois tinha à época com 20 anos de idade.

5.4. Da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos

Na conduta da acusada não houve o emprego de violência ou grave ameaça, como


também não é reincidente em crimes culposos nem muito menos dolosos, com isso,
verifica-se que na aplicação de pena privativa de liberdade, esta deverá ser substituída
por pena restritiva de direitos, pois para o seu emprego todos os requisitos foram
atendidos, nos temos do art. 44 do Código Penal.

5.5. Do regime aberto

O regime inicial da ré deverá ser o aberto, haja vista que a mesma não é reincidente e a
pena culminada é igual ou inferior a 04 (quatro) anos, atendendo todos os requisitos, nos termos
do art. 33, §2º, “c”, do Código Penal.
DOS PEDIDOS

Ante o exposto, preliminarmente, requer:


(a) Seja reconhecida a nulidade da instrução processual em razão do não
oferecimento da suspensão condicional do processo;

Quanto ao Mérito, requer:

(b) Seja reconhecida a absolvição do réu, nos termos do art. 386, III ou VI, do
Código de Processo Penal, em consonância com o reconhecimento do erro de
tipo essencial;

Caso Vossa Excelência entenda por bem não acolher o pedido do mérito, pleiteia-se
subsidiariamente:

(c) A aplicação da pena-base em seu mínimo legal, diante das condições


favoráveis do art. 59, do Código Penal;
(d) O reconhecimento da segunda fase da dosimetria, das atenuantes previstas
no art. 65, I e III, “d”, do Código Penal;
(e) Na terceira fase da dosimetria, a aplicação da redução da pena em sua
fração máxima em virtude do arrependimento posterior, nos termos no art.
16, do Código Penal;
(f) Na hipótese de aplicação da pena privativa de liberdade, haja a sua
substituição pela pena restritiva de direitos, nos termos do art. 44, do Código
Penal;
(g) Caso Vossa Excelência entender pelo efetivo cumprimento de pena
privativa de liberdade que seja estabelecido o regime inicial em aberto,
com arrimo no art. 33, §2ª, “c”, do Código Penal

Termos em que, Pede deferimento.

Local,
Data
Advogado
OAB
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DO JURI
DA COMARCA DE XXXXXX

Processo nº: XXX/2018.

JERUSA, já qualificada nos autos do PROCESSO CRIMINAL em epígrafe que lhe move o
Ministério Público, Justiça Pública, por seu advogado, abaixo subscrito, cujo instrumento de
procuração segue em anexo, inconformado com a respeitável decisão prolatada por Vossa
Excelência, que incidiu a acusada nos artigos 121 e 18,I do Código Penal, tramitando perante
Vossa Excelência, vem, perante Vossa Excelência, interpor

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Dentro do prazo legal e com fundamento no artigo 581, IV do Código de Processo Penal,
consoante as razões recursais que seguem em anexo.
Assim, a recorrente pleiteia o RECEBIMENTO E O PROCESSAMENTO DO PRESENTE
RECURSO e espera que Vossa Excelência exerça o juízo de retratação, previsto no art. 589,
parágrafo único do Código de Processo Penal, a fim de que IMPRONUNCIE A RÉ do crime
capitulado no art.121 e 18, l do código penal PARA O CRIME CAPITULADO NO ART. 302 DO
CÓDIGO DE TRANSITO BRASILEIRO.
Desse modo, caso Vossa Excelência não exerça o juízo de retratação, a recorrente requer O
ENVIO dos autos ao EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA esperando o provimento do presente
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO.

Nestes termos, pede deferimento.


xxxx/xx de xxxx de 2018
Advogado
OAB/nº xxxxxxx

RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


PROCESSO CRIMINAL N º: XXXXXXXX
RECORRENTE: JERUSA
RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXXXXXX COLENDA CÂMARA


CRIMINAL. DOUTA PROCURADORIA DE JUSTIÇA
Colenda Câmara Criminal, a respeitável decisão proferida pelo Meritíssimo Juiz de Direito da XX
Vara Criminal da Comarca de XXXXXX está em total discordância com os ditames legais, sendo
imperiosa a sua reforma, conforme exposição a seguir:

DA TEMPESTIVIDADE
O presente recurso em sentido estrito MERECE SER PROVIDO, para que seja
DESCLASSIFICADO o homicídio doloso (artigo 121 c/c artigo 18, I, ambos do Código Penal)
para o crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor (artigo 302 do Código de
Trânsito Brasileiro).

DOS FATOS

Jerusa, atrasada para importante compromisso profissional, dirige seu carro bastante
preocupada, mas respeitando os limites de velocidade. Em uma via de mão dupla, Jerusa decide
ultrapassar o carro à sua frente, o qual estava abaixo da velocidade permitida.
Para realizar a referida manobra, entretanto, Jerusa não liga a respectiva seta luminosa
sinalizadora do veículo e, no momento da ultrapassagem, vem a atingir, Diego, motociclista
que, em alta velocidade, conduzia sua moto no sentido oposto da via.
Não obstante a presteza no socorro que veio após o chamado da própria Jerusa e das demais
testemunhas, Diogo falece em razão dos ferimentos sofridos pela colisão.

1. DO DIREITO
1.1. PRELIMINARES:
3.1.2. Nulidade por incompetência do juízo, nos termos do art. 564, I, do Código de Processo
Penal
Assim, como a INEXISTENCIA da ocorrência de crime doloso contra a vida, o tribunal do
Júri não é competente para apreciar a questão, razão pela qual deve ocorrer a desclassificação,
nos ter mos do artigo 419 do Código de Processo penal.
3.2.3. Ausência de pressuposto ou condição para o exercício da ação penal, o que deveria ter
motivado, desde o início, a rejeição liminar da peça acusatória, conforme previsão no art. 395,
II, do Código de Processo Penal.
Dessa forma, percebe-se NITIDAMENTE que a conduta que melhor se adequa ao caso ora
discutido é a conduta prevista no artigo 302 do Código de trânsito Brasileiro, razão pela qual a
Recorrente deverá responder somente pela prática de Homicídio culposo na Direção de
Veículo Automotor.

1.2. MÉRITO
A apelante foi, erroneamente, condenada pelo crime de homicídio simples na modalidade
dolosa pelo juízo ad quo. No caso aqui citado, Jerusa, apesar de preocupada, observava os
limites de trânsito impostos pelo CTB e ao bom senso comum, seguindo seu caminho
mantendo a velocidade dentro da permitida no local em que se encontrava. Porém, por um
descuido, não veio a acionar a respectiva seta luminosa sinalizadora do seu veículo.
Deste modo, não há como afirmar que a Recorrente incorreu em culpa, isso porque para que
se caracterize o dolo eventual se faz necessário, além da previsão do resultado, que o agente
assuma o risco pela ocorrência do mesmo, nos termos do artigo 18, inciso I (parte final) do
Código Penal, o que confirma que o nobre representante do Ministério Público Estadual não
foi feliz ao adotar a Teor ia do Consentimento.
Sendo que, Excelência, houve culpa exclusiva da vítima, pois ela vinha trafegando em sua moto
em alta velocidade, onde não houve possibilidade de frear o seu veiculo e evitar a colisão com
o veiculo da denunciada, o que elimina, na conduta da acusada, o dolo e a culpa. Sem a
presença de elemento subjetivo, não existe a possibilidade de caracterização de tipificação
penal. Consequentemente, deve ser defendida a tese de que a conduta de Jerusa caracteriza-
se como fato atípico, sendo incabível a sua pronúncia.

2. PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso em sentido estrito, com
a finalidade de: a) preliminarmente, que seja reconhecida a nulidade arguida, anulando-se a
decisão de pronuncia. b) na hipótese de rejeição da preliminar, quanto ao mérito requer-se a
absolvição sumária.
c) se Vossa Excelência entender por bem não acolher o que pedido no mérito, pleiteia-se
subsidiariamente, a despronúncia da Recorrente, que seja reformada a respeitável sentença
de pronúncia, DESCLASSIFICANDO o homicídio doloso (artigo 121 c/c artigo 18, I, ambos do
Código Penal)
PARA O CRIME DE HOMICÍDIO CULPOSO NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR
(artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro).

Nestes termos, pede deferimento.


xxxx/xx de xxxx de 2018

Advogado
OAB/nº xxxxxxx
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA
COMARCA DO ESTADO DE XXXXXXXX.

Autos nº ______

TÍCIO, já qualificado nos autos da Ação Penal que lhe move a Justiça Pública, processo
em epígrafe, por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência,
inconformado com a r. sentença, interpor APELAÇÃO, com fundamento no artigo 593, I, do
Código de Processo Penal.

Requer que seja recebido o presente recurso e encaminhado ao Egrégio Tribunal de


Justiça do Estado XXXXX, com as razões em anexo.

Termos em que, pede deferimento.


Local, data
Advogado
OAB

RAZÕES DE APELAÇÃO
APELANTE: Tício
APELADA: Justiça Pública
Processo nº 000000001, da 1ª Vara Criminal da Comarca de XXXXXX.

EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA CÂMARA,

Em que pese o notório saber jurídico do meritíssimo Juiz de primeiro grau, impõe-se a
reforma da r. sentença pelas razões fáticas e de direito que passa a expor.
A respeitável sentença condenou o apelante a uma pena privativa deliberdade de 8 (oito),
por infração aos artigos 157, § 2º, I do CP e 14º da Lei 10.826/2003, tendo de cumprir a pena
aplicada em regime fechado, sendo-lhe vedado o apelo em liberdade.
Data venia, a reforma da respeitável sentença se impõe, uma vez que o quantum da pena
fixado na sentença se mostra excessivo diante das peculiaridades do caso concreto em análise.
O ordenamento jurídico brasileiro adotou o sistema trifásico de aplicação da pena. Na
primeira fase, em que o juiz analisa as circunstâncias judiciais constantes do art.59 do Código
Penal, a pena base somente poderá se afastar do mínimo legal caso tais circunstâncias sejam
desfavoráveis ao réu.
Diante do exposto, requer-se seja julgado procedente o presente recurso de apelação,
para reduzir a condenação de reclusão por ser determinada por esse Juízo, com a consequente
modificação do regime inicial de cumprimento de pena para o regime aberto.

Nestes termos, pede deferimento.


Local, data
Advogado
OAB
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE BELO HORIZONTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Processo de Execução nº xxxx

LUCAS, já qualificado nos autos do Processo de Execução em epígrafe, por seu advogado que
esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão, vem, respeitosamente, perante
de Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor
AGRAVO EM EXECUÇÃO, com fundamento no art.197, da Lei de Execução Penal.

Requer seja recebido, conhecido e processado o presente agravo, clamando desde logo por
retratação nos termos do art.589, do Código de Processo Penal. Caso Vossa Excelência entenda
que deva manter a respeitável decisão, que seja encaminhado, com as inclusas razões, ao
Egrégio Tribunal de Justiça, bem com as cópias dos documentos abaixo arrolados:

a) Procuração
b) Cópia da Guia de Execução
c) Cópia da decisão do magistrado
d)Cópia da intimação.

Termos em que, Pede deferimento.

Local,
01 de dezembro de 2017.
Advogado/OAB

RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO


AGRAVANTE: LUCAS
AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCESSO DE EXECUÇÃO N°: XXXXX
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais
Colenda Câmara Criminal
Douto Procurador de Justiça

Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo juiz “a quo ”, impõe-se a reforma da
respeitável decisão que indeferiu a progressão de regime, pelas razões de fato e de direito a
seguir aduzidas.

DOS FATOS

O agravante foi condenado pela pratica do crime de associação para o tráfico, previsto no
Art. 35 da Lei nº 11.343/06, sendo, em razão das circunstâncias do crime, aplicando a pena de 06
anos de reclusão em regime inicial semiaberto, entendendo o juiz de conhecimento que o crime
não seria hediondo, não tendo sido reconhecida a presença de qualquer agravante ou atenuante.
No mês seguinte, após o início do cumprimento da pena, o agravante vem a sofrer nova
condenação definitiva, dessa vez pela prática de crime de ameaça anterior ao de associação,
sendo-lhe aplicada exclusivamente a pena de multa, razão pela qual não foi determinada a
regressão de regime.
Após cumprir 01 ano da pena aplicada pelo crime de associação, o defensor público
apresenta requerimento de progressão de regime, destacando que o apenado não sofreu
qualquer sanção disciplinar.
O magistrado indefere o pedido de progressão, sob os seguintes fundamentos:
a) o crime de associação para o tráfico, no entender do magistrado, é crime hediondo,
tanto que o livramento condicional somente poderá ser deferido após o cumprimento de 2/3 da
pena aplicada;
b) o apenado é reincidente, diante da nova condenação pela prática de crime de ameaça;
c) o requisito objetivo para a progressão de regime seria o cumprimento de 3/5 da pena
aplicada e, caso ele não fosse reincidente, seria de 2/5, períodos esses ainda não ultrapassados;
d) em relação ao requisito subjetivo, é indispensável a realização de exame criminológico,
diante da gravidade dos crimes de associação para o tráfico em geral.

I – DO CABIMENTO DO AGRAVO EM EXECUÇÃO

O presente recurso visa atacar decisão que indeferiu a progressão de regime do


agravante sendo plenamente aplicável conforme disposto no art.197, da Lei 7210/84.

II – DA TEMPESTIVIDADE DO AGRAVO EM EXECUÇÃO

O prazo para interposição do Agravo em Execução é de 05 dias, conforme se extrai da


súmula 700 do STF.
Assim sendo, o presente recurso se encontra tempestivo já que a decisão agravada foi
publicada na data de 24 de novembro de 2017, vindo a recorrer a data de 01 de dezembro de
2017.

III – DO FUNDAMENTO DO RECURSO DE AGRAVO EM EXECUÇÃO

A defesa, segura do conhecimento de Vossas Excelências, vem aduzir os argumentos


que demonstram ser a respeitável decisão incorreta, impedindo que a decisão ora recorrida
prospere, senão vejamos:
O magistrado no processo de conhecimento, ao aplicar a pena, reconheceu que o crime
praticado pelo agravante não é crime hediondo e não reconhecendo a presença de qualquer
agravante ou atenuante. Houve nova condenação ao apenado, entretanto a pena aplicada foi a
de multa, não interferindo na contagem do prazo para a progressão de regime. Ocorre que o
magistrado da vara das execuções penais, indeferiu o beneficio da progressão de regime,
fundamentando que o crime cometido seria hediondo, contrariando o transito em julgado da
decisão de conhecimento.
Assim, o prazo para a progressão de regime é o cumprimento de 1/6 da pena, conforme o
art.112 da LEP.
Sendo que o agravante já cumpriu 1 (um) ano da pena, enquandrando-se nos requisitos
para a progressão do regime.
No caso em tela o Magistrado considerou indispensável a realização do exame
criminológico, diante da gravidade dos crimes de associação para o tráfico em geral. Entretanto, o
exame criminológico não é obrigatório, bastando, para verificar o requisito subjetivo, atestado de
bom comportamento carcerário, expedindo pelo diretor do estabelecimento carcerário, nos
termos do artigo 112 da Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984).

DO PEDIDO

Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, para que seja
dado provimento ao recurso, deferindo a progressão de regime do agravante como medida de
direito e justiça.

Local,
01 de dezembro de 2017
Advogado/OAB
CONCLUSÃO

Ao encerrar a disciplina de Prática Jurídica Penal, é possível afirmar que as atividades


realizadas ao longo do semestre contribuíram de maneira significativa para o desenvolvimento
das habilidades práticas essenciais à atuação profissional no campo do Direito Penal. A
elaboração das variadas peças jurídicas proporcionaram uma compreensão aprofundada das
nuances do sistema jurídico, permitindo a aplicação dos conhecimentos teóricos de maneira
concreta e assertiva.
As doze audiências penais, acompanhadas e documentadas, proporcionaram uma
imersão no ambiente jurídico, onde a teoria se converte em prática e a destreza do profissional é
testada. Os relatórios e certificados produzidos a partir dessas audiências não apenas refletem a
experiência adquirida, mas também evidenciam a capacidade de análise crítica diante dos
desafios apresentados no contexto jurídico-penal.
Portanto, este relatório não apenas documenta o cumprimento das atividades propostas,
mas representa uma jornada de aprendizado, crescimento e preparação para os desafios que
aguardam o profissional do Direito Penal.
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CURSO SUPERIOR DE DIREITO

AMANDA SOFIA BATISTEL

PORTFÓLIO DE AUDIÊNCIAS
PRÁTICA JURÍDICA PENAL

Canoas

2023
Audiência Criminal de Custódia
02
Processo: 0000383-03.2017.8.12.0800
Tema: Auto de Prisão em Flagrante - Porte Ilegal de Arma
de Fogo
Tipo de Audiência: Custódia
Presidente do ato: José de Andrade Neto

A audiência de custódia inicia com a palavra do Juiz Dr. de Direito, José de Andrade Neto, questionando ao denunciado
Clóvis Pereira Torrico se o mesmo teve a oportunidade de conversar com um defender público antes da audiência, o
que o mesmo confirma. O Juiz passa então a informar ao denunciado que se trata de uma audiência de custódio, não
sendo analisada a culpa ou não do mesmo frente ao delito cometido.

O denunciado informa que estava junto ao amigo e também denunciado Rivaldo Jose da Silva no momento da prisão
em flagrante e que a arma apreendida seria do amigo, sendo no momento somente uma testemunha do crime
ocorrido.

Foi dada a Palavra ao MP que se manifestou nos seguintes termos: Requer homologação do flagrante e decretação da
prisão preventiva dos dois requeridos, por estar presente o requisito do art. 313, 1, do CPP, inclusive constando na
folha de antecedentes outro flagrante por porte ilegal de arma e outras anotações. Especialmente Rivaldo responde a
outros dois homicídios.

Foi dada a palavra à Defesa que manifestou-se nos seguintes termos, no que tange aos dois requeridos: A Defensoria
Pública pugna pela liberdade provisória sem fiança.

Considerando a primariedade e os bons antecedentes a existência de emprego lícito e residência fixa; considerando
ainda que ações penais em curso assim como procedimentos policiais em andamento são inaptos a fundamentar a
segregação cautelar, a Defensoria Pública pugna pela liberdade provisória sem fiança.

O Juiz José Andrade decidiu: Flagrante formalmente em ordem. Há indícios da autoria e prova da materialidade da
infração atribuída ao preso. Por esta razão, homologo o flagrante. Em atenção ao disposto no art. 310 do Código de
Processo Penal, passo a proferir decisão sobre a manutenção da custódia cautelar ou concessão do direito de liberdade
do conduzido.

Nos termos do artigo 313 do Código de Processo Penal, admite-se a prisão preventiva nos crimes dolosos punidos com
pena privativa de liberdade superior a 4 (quatro) anos, bem como se já houver condenação em outro crime doloso, se
envolver violênciadoméstica e familiar ou se houver dúvida sobre a identidade civil.

No caso dos autos, uma vez que os requeridos registram diversas anotações, com inúmeras passagens por crimes
contra o patrimônio, desacato e porte ilegal de arma de fogo, revela-se necessária a conversão de prisão em flagrante em
preventiva, como medida de garantia da ordem pública.
Audiência Criminal de Custódia
03
Processo: 0000387-40.2017.8.12.0800
Tema: Auto de Prisão em Flagrante - Furto
Qualificado
Tipo de Audiência: Custódia
Presidente do ato: José de Andrade Neto

A audiência de custódia inicia com a palavra do Juiz Dr. de Direito, José de Andrade Neto, questionando ao
denunciado Cassiano Rodrigo Resquim Maciel se o mesmo teve a oportunidade de conversar com um defender
público antes da audiência, o que o mesmo confirma, ainda pergunta quando o mesmo havia sido preso, o que o
mesmo afirma ter ocorrido no dia anterior à presente audiência. O Juiz passa então a informar ao denunciado
que se trata de uma audiência de custódio, não sendo analisada a culpa ou não do mesmo frente ao delito
cometido.

O denunciado informa não saber em qual delegacia está e que ainda não teve a oportunidade de avisar nenhum
familiar sobre a prisão, solicitando ao Juiz que a Tia Ester seja avisada, passando então neste momento o telefone da
mesma ao Juiz.
Ainda, informa ao Juiz ao ser questionado que no momento da prisão em flagrante estava bêbado e sob efeito de
drogas e que não lembra do fato, tendo acordado já dentro da delegacia.

O Juiz questiona se o mesmo tem filhos, o qual confirma informando ter um filho. Ainda, o Juiz questiona se o
denunciado tem alguma doença grave, o qual informa ter disritmia cardíaca, mas que não faz uso de medicamentos.

Foi dada a Palavra ao MP que se manifestou nos seguintes termos: Requer a homologação do flagrante e decretação
da prisão preventiva por estar presente o requisito do art. 313, 1, do CPP. Nada mais.

Foi dada a palavra à Defesa que manifestou-se nos seguintes termos: A Defensoria Pública pugna pela liberdade
provisória sem fiança, tendo em vista que eventual pena a ser aplicada ao requerido não supera 4 anos e, por isso,
não há sentido em que ele responda ao processo em custódia. Em razão do princípio homogeneidade entre meios e
fins, pugna pela liberdade.

O Juiz José Andrade decidiu: Flagrante formalmente em ordem. Há indícios da autoria e prova da materialidade da
infração atribuída ao preso. Por esta razão, homologo o flagrante.
Em atenção ao disposto no art. 310 do Código de Processo Penal, passo a proferir decisão sobre a manutenção da
custódia cautelar ou concessão do direito de liberdade do conduzido.

Nos termos do artigo 313 do Código de Processo Penal, admite-se a prisão preventiva nos crimes dolosos punidos
com pena privativa de liberdade superior a 4 (quatro) anos, bem como se já houver condenação em outro crime
doloso se envolver violência doméstica e familiar ou se houver dúvida sobre a identidade civil.

No caso dos autos, o acusado registra antecedentes policiais relevantes (conforme certidão do SIGO em anexo) que
recomendam a sua manutenção no cárcere, tendo, inclusive, em sua adolescência, evadido de local de custódia
legal. Assim, revela-se necessário a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, como forma de garantir a
ordem pública.
Por esses motivos, converto o flagrante de CASSIANO RODRIGO RESQUIM MACIEL em prisão

preventiva. Não há necessidade de realização de exame no IMOL.

Os presentes saem intimados.


Audiência Criminal de Custódia
11
Processo: 0006479-63.2019.8.12.0800
Tema: Auto de Prisão em Flagrante
Furto
Tipo de Audiência: Custódia
Presidente do ato: José de Andrade Neto

A audiência de custódia inicia com a palavra do Juiz Dr. de Direito, José de Andrade Neto, questionando ao
denunciado João Batista Ferreira da Cruz se o mesmo teve a oportunidade de conversar com um defender público
antes da audiência, o que o mesmo confirma. O Juiz passa então a informar ao denunciado que se trata de uma
audiência de custódio, não sendo analisada a culpa ou não do mesmo frente ao delito cometido.

O denunciado informa que estava desempregado e morando com os pais, sendo sustentado pelos mesmos. Informa
também fazer uso de medicações de tarja preta, fazendo tratamento em um CAPS. É usuário de pasta base e usa a
droga todo dia. Tem passagens anteriores.

Foi dada a Palavra ao MP que se manifestou nos seguintes termos: O Ministério Público pugna pela conversão da
prisão em flagrante em prisão preventiva, pois presentes os requisitos, fundamentos e condições de admissibilidade.

Foi dada a palavra à Defesa que se manifestou: Requer a isenção da fiança com base no artigo 350 do CPP ou ainda a
redução para quantia compatível com a condição social e econômica do réu. Mas que seja considerada nesta fase da
investigação a aplicação de alguma medida cautelar constante no artigo 319 do CPP.

O Juiz decidiu: Flagrante formalmente em ordem. Há indícios da autoria e prova da materialidade da infração atribuída
ao preso. Por esta razão, homologa-se o flagrante. Em atenção ao disposto no art. 310 do Código de Processo Penal,
passo a proferir decisão sobre a manutenção da custódia cautelar ou concessão do direito de liberdade dos
conduzidos. Nos termos do artigo 313 do Código de Processo Penal, admite-se a prisão preventiva nos crimes dolosos
punidos com pena privativa de liberdade superior a 4 (quatro) anos, bem como se já houver condenação em outro
crime doloso; se envolver violência doméstica e familiar ou se houver dúvida sobre a identidade civil. No caso dos
autos, o acusado possui antecedentes criminais desabonadores, visto que já respondeu pela prática de diversos
crimes, inclusive com condenações transitadas em julgado também por crimes contra o patrimônio. Assim, a sua
reiteração no envolvimento com o crime recomenda a decretação de sua prisão preventiva.

Os presentes saem intimados.


Audiência Criminal de Instrução 08
Processo: 0028760-87.2016.8.12.0001
Tema: Ação Penal - Porte de arma, munições e
entorpecentes.
Tipo de Audiência: Instrução e Julgamento
Presidente do ato: Juiz Roberto Ferreira Filho

PRESENTES: a representante do Ministério Público Estadual, Dr°. Grazia Strobel da Silva Gaifatto, o representante
da Defensoria Pública, Dr. Marcus Vinicius Carromeu Dias, o réu Johnny Willian Camargo Gomes e as testemunhas
Jose Manoel Ferreira de Melo, Terezinha Virginio da Silva. AUSENTE: Jackson Lemos Pinheiro

ABERTA A AUDIENCIA, pelo MM. Juiz Roberto Ferreira Filho, foi determinado que o depoimento das testemunhas
Jose Manoel Ferreira de Melo, Terezinha Verginio da Silva, fossem gravados pelo sistema de gravação audiovisual
do SAJ.

Pelo MP: insistiu na oitiva da testemunha ausente Jackson Manoel

Ferreira de Melo.Pela defesa: nada requereu.

EM SEGUIDA, PELO MM. JUIZ DE DIREITO FOI DELIBERADO: Considerando a ausência da testemunha PM Jackson
Lemos Pinheiro, por estar em gozo de férias, designa-se audiência de continuação para o dia 24/11/2016 às 15:10
hs, momento em que serão colhidos o depoimento da testemunha supra e o interrogatório do réu. Proceda a
serventia as cautelas de praxe.

Saem os presentes intimados.


Audiência Criminal de Instrução
09 Processo: 0008256-
26.2017.8.12.0001
Tema: Ação Penal Competência do Júri - Homicídio
QualificadoTipo de Audiência: Instrução e Julgamento
Presidente do ato: Carlos Alberto Garcete de Almeida

PESSOA(S) PRESENTE(S):
O(a) representante do Ministério Público Estadual, Dr(a). Livia Carla Guadanhim Bariani, bem como o(s) acusado(s) e
os Defensores Públicos, Dr, Ronald Calixto Nunes (Defesa da acusada Ana Flavia) e Dr. Rodrigo Antonio Stochiero
Silva (Defesa do acusado Elisandro).

PESSOAS(S) AUSENTE(S):
A testemunha comuns às partes, JOSÉ DONIZETI FERREIRA DOS SANTOS (férias), WEVERSON PEREIRA DA ROSA e
RAIMUNDA RODRIGUES DA SILVA.

Pelo Juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida foi determinado que o(s) depoimento(s) da(s) testemunha(s) comuns às
partes, GISELE LANGWINSKI, LAURICE PEREIRA DA SILVA, BIANCA VILMA PEREIRA DA ROSA, ADENIR AUXILIADORA
DE JESUS BASTOS
CLÁUDIO ROSSI JÚNIOR, bem como o interrogatório dos acusados fosse(m) gravado(s) pelo sistema de áudio e vídeo,
que ficarão vinculados aos autos.

As partes desistiram da oitiva das testemunhas ausentes, o que foi homologado pelo MM. Juiz.

Com relação às testemunhas que não compareceram, tendo em vista que as partes as dispensaram o MM. Juiz deu
continuidade à audiência de instrução e julgamento, procedendo-se aos interrogatórios dos acusados.

DELIBERAÇÕES DO MM. JUIZ: Determinou vista ao MP para que verifique o nome correto do acusado, pois consta na
denúncia chamar-se Elisandro Ferreira da Silva Júnior, mas declarou neste ato chamar-se Elisandro Aparecido
Fonseca.
Após as providências mencionadas no tópico anterior e tendo em vista o adiantado da hora, o MM. Juiz deixou de
aplicar os §$4° e 9° do art. 411 do CPP e converteu os debates orais em apresentação de memoriais. Assim,
determinou a abertura de vista ao MP para apresentação de alegações finais e, após, a abertura de vista as Defesas,
para a mesma finalidade.

Saem os presentes intimados.


Audiência Criminal de Instrução
12 Processo: 0046774-
90.2014.8.12.0001
Tema: Ação Penal de Competência do Júri - Homicídio
Simples
Tipo de Audiência: Instrução e Julgamento
Presidente do ato: Carlos Alberto Garcete de Almeida

PESSOA(S) PRESENTE(S): A representante do Ministério Público Estadual, Dra. Livia Carla Guadanhim Bariani, bem
como o acusado Alex, acompanhado do Defensor Público, Dr. Ronald Calixto Nunes e o Defensor Público, Dr. Marcus
Vinicius Barromeu Dias (Defesa do acusado Silvio).

PESSOAS(S) AUSENTE(S): O acusado Silvio Misrael da Silva (citado por edital).

OCORRÊNCIAS APÓS A ABERTURA DA AUDIÊNCIA: Pelo Juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida foi determinado que
os depoimentos das testemunhas comuns, VILSON NOVAES DA SILVA, CLEUZA ANTONIA FERREIRA, MARCELO
RODRIGUES DE QUEIROZ, EDSON JOSÉ DE FIGUEIREDO e NELSON SANTOS DA COSTA, fosse(m) gravado(s) pelo
sistema de áudio e vídeo.

PELA DEFESA DO ACUSADO ALEX FOI DITO: Em face do conflito da Defesa do réu Alex com a do Silvio Misrael da
Silva, requeiro a nomeação do defensor público com substituição junto a esta Vara, para patrocinar os seus
interesses. Pede deferimento.

DELIBERAÇÕES DO JUIZ: Foi acolhido o requerimento da Defesa por visualizar que pode haver conflito entre as
acusações dos dois acusados, sendo determinado que após a audiência seja feita a abertura dos autos para a
Defensoria Pública em substituição nesta Vara, para atuar na Defesa dativa do acusado Silvio Misrael da Silva.

Nesta audiência, foi solicitado o comparecimento de outro Defensor, conforme acima nominado. Após a providência
mencionada no tópico anterior e tendo em vista o adiantado da hora, o Juiz deixou de aplicar os §§4º e 9º do art. 411
do CPP e converteu os debates orais em apresentação de memoriais. Assim, determinou a abertura de vista ao MP
para apresentação de alegações finais e, após, a abertura de vista à 1 Parágrafo único do art. 9º do Provimento nº
148, de 16 de abril de 2008.
Saem os presentes intimados.

Audiência Criminal de Instrução 14


Processo: 0047707-58.2017.8.12
Tema: Ação penal de procedimento ordinário - furto
Tipo de Audiência: Instrução e Julgamento
Presidente do ato: May Melke Amaral Penteado Siravegna

PRESENÇAS:

Ministério Público: Marcus Vinicius Tieppo Rodrigues


Réu(s): Leopoldo Garcia, Douglas Fernando Rodrigues e Erick Wiliam dos Santos Brites, representados pelo
Defensor Público presente.
Defensoria Pública: Fábio Odacir Marinho de Rezende Testemunha: Daniel Bruno Almeida Matricula Ausentes:
Michel da Silva Batista

ABERTA A AUDIÊNCIA, pela Juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna foi determinado que o depoimento da
testemunha Daniel Bruno Almeida fosse gravado em áudio e vídeo, sem degravação, o qual será disponibilizado
às partes pelo sistema E-SAJ.

As partes desistiram da oitiva da testemunha Michel da Silva Batista, o que foi homologado pela MM. Juíza.

O Ministério Público requereu prazo para se manifestar na fase do art. 402 do Código de Processo Penal, o que
foi deferido.

Pela MM. Juíza foi dito: “Abra-se vista às partes para os fins do art. 402, do Código de Processo Penal, pelo
prazo sucessivo de 02 (dois) dias. Em caso de haver requerimento voltem conclusos para análise e deliberação.
Caso nada seja requerido, abra-se vista às partes para apresentação de memoriais, no prazo sucessivo de 05
(cinco) dias (art. 403, §3º, do CPP). Após venham os autos conclusos para sentença.

As partes saem intimadas.


Audiência Criminal de Instrução 07
Processo: 0028418-76.2016.8.12.0001
Tema: Ação Penal - Furto Qualificado pelo Rompimento de Obstáculo
Tipo de Audiência: Interrogatório
Presidente do ato: Roberto Ferreira Filho

PRESENTES: a representante do Ministério Público Estadual, Drª. Grazia Strobel da Silva Gaifatto, o
representante da Defensoria Pública, Dr. Marcus Vinicius Carromeu Dias, o réu Endril Diego Torquetti e as
testemunhas Fabio Gomes Lara, Lucas da Silva Piezer

AUSENTE: Roberto Martins Chuzun.

ABERTA A AUDIÊNCIA, pelo MM. Juiz foi determinado que o depoimento das testemunhas Fabio Gomes Lara,
Lucas da Silva Piazer, Daniela Martins Athia e o interrogatório do réu fossem gravados pelo sistema de gravação
audiovisual. Fica consignado, outrossim, que, a pedido, as declarações da testemunha Daniela Martins Athia,
foram colhidas na ausência do acusado, o que foi deferido pelo MM. Juiz de Direito com base no art. 217 do
CPP.

As partes desistem da oitiva da testemunha ausente Roberto Martins Chuzun. Ao final, não houve formulação
de requerimentos (art. 402 do CPP).
Encerrada a instrução do feito, foi dada a palavra às partes para apresentação de suas alegações finais orais. EM
SEGUIDA, PELO MM. JUIZ DE DIREITO FOI PROFERIDA A SEGUINTE SENTENÇA: O Ministério Público
denunciou ENDRIL DIEGO TORQUETTI, qualificado nos autos, como incurso nas penas do artigo 155, § 4º, I,
do Código Penal. A denúncia foi recebida às fls. 60/61. O réu foi pessoalmente citado e apresentou defesa
prévia. Houve a juntada das certidões de antecedentes criminais.

Nesta audiência foram ouvidas duas testemunhas, com a dispensa da outra, a vítima e o réu. Nada requerido na
etapa do artigo 402 do CPP. Alegações finais orais.

Imputase ao réu o cometimento do crime de furto qualificado pelo arrombamento. Compulsando os autos, a
pretensão ministerial é medida que se impõe.

O réu, sempre que ouvido, confessou o crime, inclusive confessando, ao menos em parte, a qualificadora do
arrombamento. A confissão foi corroborada pelos depoimentos dos PM Fabio e Lucas que disseram, em suma,
que o réu, cerca de uma quadra e pouco do local do furto, foi encontrado na posse de parte da res furtiva,
indicou o local onde o restante estava guardado, além de ter confessado o crime. O primeiro policial, demais,
citou que compareceu ao local do furto e confirmou a existência de arrombamento da grade da frente e de uma
porta lateral.
DISPOSITIVO: Isto posto e mais o que dos autos consta, julga-se
julga se procedente o pedido contido na denúncia para
condenar ENDRIL DIEGO TORQUETTI como incurso nas penas do artigo 155, § 4º, I, do CP. 1) DA PENA- PENA BASE:
fixa-se a pena-base em 2 (dois) anosos e 2 (dois) meses de reclusão e 11 (onze) dias-multa,
dias multa, à razão de um
trigésimo do salário mínimo vigente à data do fato cada dia multa. DAS ATENUANTES E AGRAVANTES/PENA
DEFINITIVA: Presentes a confissão espontânea e ausentes agravantes, motivo pelo qual se se reduze a pena e
torna-se
se definitiva em 2 (dois) anos de reclusão e 10 (dez) dias-multa,
dias multa, à razão de um trigésimo do salário
mínimo vigente à data do fato cada dia multa.
ulta. DO REGIME PRISIONAL: Pela primariedade e bons antecedentes
do réu, pelo quantum da pena,na, inferior a 4 (quatro) anos e pela natureza não hedionda do delito, se estabele o
regime aberto para o início do cumprimento da pena, nos termos do artigo 33, § 2º, "c" e § 3º do CPP.
DA SUBSTITUIÇÃO E DO SURSIS: O réu faz jus à substituição de pena, haja haja vista preencher todos os requisitos do
artigo 44 do CP. A substituição, então, pelo quantum da pena, superior a 1 (um) ano, se dá por duas restritivas
de direitos, consistentes em: a) prestação de serviços à comunidade, pelo mesmo tempo de duração da pena, p
mas sem prejuízo do disposto no § 4º do artigo 46 do CP; b) limitação de final de semana, pelo mesmo tempo
de duração da pena de prisão, nos termos do artigo 48 do CP. A forma de cumprimento das penas será
estabelecida pelo Juízo da 2ª VEP. Pelo critério
rio da prejudicialidade não há se falar em sursis. 5) OUTRAS
CONSIDERAÇÕES: Isento o réu do pagamento das custas do processo, posto hipossuficiente, atendido pela DPE.
Poderá recorrer em liberdade, posto condenado ao cumprimento de penas restritivas de direito. direito. Com o trânsito
em julgado, procedam-se se às devidas anotações e comunicações, inclusive intimando-se
intimando se o réu para, em 10 (dez)
dias, pagar a multa, pena de inscrição do débito em dívida ativa, bem como expedindo-se
expedindo se GR, encaminhando-
encaminhando
se-a à 2ª VEP.

ça publicada em audiência, saindo os presentes intimados.


Sentença
Audiência Criminal de Instrução 13
Processo: 0000596-15.2016.8.12
Tema: Ação penal de procedimento ordinário - Quadrilha ou bando
Tipo de Audiência: Instrução e Julgamento
Presidente do ato: May Melke Amaral Penteado Siravegna

PRESENÇAS:
Ministério Público: Marcus Vinicius Tieppo Rodrigues
Defensoria Pública: Fábio Odacir Marinho de Rezende, pelo acusado Douglas Henrique de Lima Xavier
Advogados: Aline Marques Leandro OAB 19088/MS pelo pel acusado Maikin Silva dos Santos
Ausentes: Mariane K. M. De Oliveira, Emanuel Victor de Lima Gomes OAB 18037/MS (advogado do acusado
João Paulo)

ABERTA A AUDIÊNCIA, ante a ausência da testemunha, tendo o MP insistido em sua oitiva, pela Juíza foi dada
vista
sta às partes para manifestação acerca das testemunhas restantes, no prazo de 10 (dez) dias contados da vista
dos autos. Oficie-se
se os juízos deprecados para informarem a respeito do cumprimento das precatórias de f. 812
e 838.

Os presentes saem intimados.

Audiência Criminal de Instrução 06


Processo: 0028715-83.2016.8.12.0001
Tema: Ação Penal - Tráfico de Drogas
Tipo de Audiência: Instrução e Julgamento
Presidente do ato: Roberto Ferreira Filho

PRESENTES: a representante do Ministério Público Estadual, Drª. Grazia Strobel da Silva Gaifatto, os advogados
Dr Cleber Vieira dos Santos OAB/MS 18489, Dr Cezar Lopes OAB/MS 17280,os réus PAULLO HENRIQUE QUIRINO
DA SILVA JUNIOR, DIEGO SILVA CUNHA e a testemunha Wellyngton Matoso Batista.

AUSENTE: Daniel Diniz.

ABERTA A AUDIÊNCIA, pelo Juiz Roberto Ferreira Filho foi determinado que o depoimento da testemunha
Wellyngton Matoso Batista,fosse gravado pelo sistema de gravação audiovisual.
Pelo MP: insistiu na oitiva da testemunha ausente Daniel Diniz. Pela
Pela defesa do réu Paullo: nada requereu.
Pela defesa do réu Diego: nada requereu

EM SEGUIDA, PELO MM. JUIZ DE DIREITO FOI DELIBERADO: Considerando a ausência injustificada da
testemunha Daniel Diniz, restou este ato inconcluso, ficando redesignado para o dia
dia 18/11/2016 às 16:30hs,
ocasião na qual serão ouvidos a testemunha ausente e os réus. Outrossim, determina-se
determina se seja oficiado ao
Comando da PM para, em 48 horas, esclarecer as razões da ausência do PM Daniel, devidamente requisitado
para este ato, sem que houvesse,
ouvesse, ao menos até aqui, justificativa para sua ausência.

Saem os presentes intimados.

Audiência Criminal de Instrução 04


Processo: 0021399-19.2016.8.12.0001
Tema: Ação Penal - Roubo
Tipo de Audiência: Instrução e Julgamento
Presidente do ato: Olivar Augusto Coneglian

Presentes o Promotor de Justiça Dr. Rodrigo Yshida Brandão, a Defensora Pública Dra. Lucienne Borin Lima e os
réus. Presente o acadêmico Wanderley Roberto Barrios.

ABERTA A AUDIÊNCIA, realizaram-se se as oitivas das eventuais vítimas Fernando Vaz e Marilene Pereira de Souza.
Após, realizou-se
se a oitiva do menor Diego Dias Macedo, acompanhado de seu pai Dionísio da Cruz de Macêdo.
Por fim, realizaram-se
se os interrogatórios de Laisa Daiane do Nascimento Silva e Alexandre Oliveira Gimenes.
G As
partes nada requereram na fase do artigo 402 do CPP e requererama apresentação de alegações finais por
escrito.

A Defesa pleiteou pela revogação da prisão preventiva da acusada Laisa Daiane do Nascimento, tendo em vista
a ausência dos requisitos do art. 312 do CPP.

O Ministério Público por sua vez, se manifestou-se


manifestou se favorávelmente a revogação da prisão da acusada Laisa
Daiane do Nascimento Silva, eis que, a princípio, não se fazem presentes os elementos que demonstrema
participação da mesma no delito.

Deliberação: Encerrada a audiência, pelo Juiz foi dito: "Encerrada a instrução e, analisando as oitivas na
presente data, é possível se dizer que os indicios de participação da acusada Laisa no cometimento do crime são
demasiadamente frágeis para manutenção
anutenção da prisão cautelar. Sendo assima colho o pedido da Defesa, e revogo
a prisão preventiva decretada em desfavor da referida acusada."
Expede-se
se alvará de soltura em favor de Laisa Daiane do Nascimento Silva, determinando que a denunciada seja
posta em liberdade, caso não esteja presa por outro motivo, bem como lavre-se
lavre se o termo de compromisso
fazendo constar seu endereço atualizado.
Laisa Daiane do Nascimento Silva se encontrava presa no Presídio Feminino, que nesta data foi expedido alvará
de soltura,
a, no qual deverá constar o endereço atualizado da acusada.

se vista dos autos às partes para a apresentação das alegações finais no prazo de 05 (cinco) dias. Com as
Dê-se
alegações, voltemos autos conclusos para sentença.

Audiência Criminal de Instrução 03


Processo: 0018577-57.2016.8.12.0001
Tema: Ação Penal - Roubo
Tipo de Audiência: Instrução e Julgamento
Presidente do ato: Olivar Augusto Coneglian

Presentes o Promotor de Justiça Dr. Rodrigo Yshida Brandão, a Defensora Pública Dra. Lucienne Borin Lima e o
réu. Presente a acadêmica Ingryd Nadine da Silva.

ABERTA A AUDIÊNCIA, realizou-se


se a oitiva da eventual vítima Luciano Alves da Fonseca. Após, realizou-se
realizou a
oitiva da testemunha, compromissada formalmente, Mário Pereira Gutierrez.

As partes desistiram
tiram da oitiva das testemunhas restantes, o que foi homologado.

Realizou-se
se o interrogatório de André Elivelton Gabilene dos Santos. As partes nada requereram na fase do
artigo 402 do CPP e requererama apresentação de alegações finais por escrito.

Deliberação:
eração: Encerrada a audiência, pelo Juiz foi dito: Dê-se
Dê se vista dos autos às partes para a apresentação das
alegações finais no prazo de 05 (cinco) dias.

Com as alegações, voltem os autos conclusos para sentença.

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