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Faculdade: Unicesumar

Curso: Bacharelado em Direito


Acadêmica: Tamirys Rodrigues Mirapalheta
RA: 2110857-2
Turma: A
Turno: Matutino
Período: 10ª
Disciplina: Remédios e Ações Constitucionais
Prof.ª: Ana Claudia Rossaneis

EXMO DOUTOR JUÍZO DA XXX VARA CRIMINAL DA COMARCA


DE XXXXX DO ESTADO XXXX

Inquérito Policial n°: XXXXX

Impetrante: Advogado(a) XXXX


Impetrado: Promotor de Justiça
Paciente: João Fernando Albuquerque Filho

XXXXXX, advogado, inscrito junto à OAB/XXXX sob o n° XXX, com


endereço profissional situado na XXXXX, vem. Respeitosamente,
perante Vossa Excelência, impetrar:

HABEAS CORPUS – PREVENTIVO


Em favor de João Fernando Albuquerque Filho, paciente,
nacionalidade XXX, estado civil XXXX, residente em XXXX, filho de
João Francisco Albuquerque e XXXXX, inscrito com CPF sob o n°
XXXX nº XXXX e RG sob o nº XXXXX, com fundamento no art. 5º,
LXVIII, da Constituição Federal, o art. 647, do Código de Processo
Penal, apontando como autoridade coatora o Promotor de Justiça
da __ª Vara Criminal da Comarca de XXXXX , pelas razões e
fundamentos que passa a apresentar:

I. DO CABIMENTO
Insta mencionar que, conforme o art. 5º, inciso LXVIII, da
Constituição Federal:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou
se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade
de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Em ato contínuo, no mesmo sentido, assevera o art. 647 do Código
de Processo Penal:
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se
achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua
liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
Logo, face o ato coator realizado pela autoridade coatora e diante
da presente ilegalidade, é cabível o presente habeas corpus.

II. DOS FATOS


O promotor de justiça requisitou a instauração de inquérito policial
contra João Fernando Albuquerque Filho, pelo crime de furto
simples (art. 155 do CP), praticado contra João Fernando
Albuquerque, seu genitor, que, à época dos fatos contava com 56
anos de idade.
O fato delituoso, que consistia na subtração de um relógio de ouro,
foi levado ao conhecimento do membro do Ministério Público por
Marisa Albuquerque, mãe do suposto autor do delito e esposa da
suposta vítima.
O delegado de polícia, observando suas atribuições, instaurou
inquérito, cumprindo a ordem da Promotoria e dando início as
investigações pré-processuais.

III. DO DIREITO

O artigo 647 [1] do Código de Processo Civil l, bem como o art. 5ºº,
inciso LXVIII da CF F [2], garantem que, sempre que alguém sofrer
ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua
liberdade de ir e vir, caberá o instrumento de habeas corpus.
Neste sentido, considerando o quadro fático narrado, é evidente
que o paciente está sofrendo ameaça de coação de sua liberdade
em decorrência do inquérito policial instaurado, sendo este ilegal,
de acordo com o art. 648, I do CPC [3], posto que não há justa
causa, conforme a disposição do art. 181, II do Código Penal, que
leciona:

Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes


previstos neste título, em prejuízo:
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou
ilegítimo, seja civil ou natural.
No caso em tela, o paciente João Fernando Albuquerque Filho
subtraiu um objeto do seu pai, ou seja, seu ascendente, portanto,
deve ser isentado de qualquer pena, não havendo razões para
instauração de inquérito policial, restando comprovado, portanto, a
probabilidade do direito do paciente.
Ao instaurar o Inquérito Policial, a autoridade policial ameaça à
liberdade de João Fernando Albuquerque Filho, que pode ter seu
direito de ir e vir tolhido a qualquer tempo diante da imposição de
uma eventual pena restritiva de liberdade, que lhe acarretará
inúmeros prejuízos, fator que evidencia o perigo de dano
irreversível, caso o IP não seja imediatamente trancado e o salvo
conduto não seja concedido ao paciente.
Isto posto, verifica-se que não é legalmente possível o cabimento
de qualquer medida restritiva de direito em face de João Fernando
Albuquerque Filho, motivo pelo qual se requer a concessão do salvo
conduto em seu favor, em caráter liminar.

IV. DAS PROVAS


Protesta por provar o alegado por meio de todos as formas de
prova em direito admitidas, sobretudo por meio da prova
documental que segue anexada à presente peça.

V. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS


Diante do exposto, requer:
a) Seja oportunizada a prestação de informação por parte do
impetrado;
b) Seja solicitada ao Juízo a quo todas as informações necessárias
para o processamento e julgamento deste feito.
c) Seja concedida liminarmente a ordem de habeas corpus, qual
seja, concessão do salvo conduto, em favor do paciente, uma vez
que presentes os requisitos de probabilidade do direito e perigo de
dano, conforme demonstrado no item III;
d) Ao final, seja ratificada a liminar concedida em caráter definitivo,
a fim de conceder o salvo conduto ao paciente bem como o
trancamento do inquérito policial;
e) Seja condenado o impetrado ao pagamento das custas
processuais, em razão do abuso de autoridade cometido.
Termos em que pede e espera deferimento.

Termos em que pede e espera deferimento.

Local/data.
Advogado
OAB nº. _____
CARLOS, panamenho, inscrito no CPF n° XXXX e portador do documento de
carteira de Registro nacional Migratório n° XXXX expedida pela Polícia Federal,
com validade XXX, endereço eletrônico XXX, residente e domiciliado na Rua
XXX, n° XXX, bairro XXXX cidade/ estado XXX, CEP XXX, neste ato
representado pelo seu advogado (procuração em anexo) adiante assinado,
com, endereço eletrônico XXXX, endereço profissional à Rua XXX, n° XXX,
bairro XXX, cidade XXXX, cidade/estado XXX, CEP XXX, onde recebera as
intimações, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência impetrar:

MANDADO DE SEGURANÇA

Nos termos do Art. 5°, LXIX, da Constituição Federal, e o Art. 1° da Lei


12.016/2009, contra o ato praticado pelo Reitor, XXXX, brasileiro, vinculado à
Universidade Federal do Estado de XXXX, pessoa jurídica de direito público,
inscrito no CNPJ sob n° XXXXX, endereço eletrônico XXXXX, pelos fatos e de
direito a seguir expostos.
1. DOS FATOS

Carlos, nascido no Panamá, veio morar no Brasil juntamente com seus


pais, também nascidos no Panamá. Aos dezoito anos, foi aprovado no
vestibular e matriculou-se no curso de Direito. Faltando um semestre para
concluir a faculdade, decidiu inscrever-se em um concurso público promovido
por determinada Universidade Federal brasileira, que segue a forma de
autarquia federal, para provimento do cargo efetivo de professor. Um mês
depois da colação de grau, foi publicado o resultado do certame: Carlos tinha
sido o primeiro colocado. Carlos soube que seria nomeado em agosto de 2023,
previsão essa que se confirmou. Como já tinha uma viagem marcada para o
Panamá, outorgou procuração específica para seu pai, Roberto, para que este
assinasse o termo de posse. No último dia previsto para a posse, Roberto
comparece à repartição pública.
Ocorre que, orientado pela assessoria jurídica, o Reitor não permitiu a
posse de Carlos, sob a justificativa de não ser possível a investidura de
estrangeiro em cargo público. A autoridade também salientou que outros dois
fatos impediriam a posse: a impossibilidade de o provimento ocorrer por meio
de procuração e o não cumprimento, por parte de Carlos, de um dos requisitos
do cargo (diploma de nível superior em Direito) na data da inscrição no
concurso público.
Ciente disso, Carlos, que não se naturalizara brasileiro, interrompe sua
viagem e retorna imediatamente ao Brasil.

2. DO DIREITO

Mandado de segurança tem cabimento nos termos do inciso LXIX, do


artigo 5º da Constituição Federal, verdadeiro remédio constitucional para
afastar ato de autoridade, capaz de causar lesão ou ameaça, a direito líquido e
certo. O ato da autoridade do Reitor versa sobre a impugnação à validade da
decisão que impede o impetrante de tomar posse no cargo público, caracteriza
violação a direito líquido e certo.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito
líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público
Bem como a Sumula 266 do STJ, é obrigatório ter o diploma na posse.
Súmula 266-STJ: O diploma ou habilitação legal para o exercício do
cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público.

Na legislação brasileira também é permitido a posse mediante a


procuração específica. Ou seja, o Reitor poderia ter aceitado, ou qualquer outra
autoridade da Universidade à posse conforme Art. 13, § 3º, da Lei 8.112/90.

Lei 8.122/90:
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual
deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos
inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente,
por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica
Analisando a Lei 8.112/90 no Art. 5º § 3ºos estrangeiros podem sim
tomar posse de cargos públicos em Universidades. Sendo violado mais uma
vez o direito do impetrante.
Lei 8.112/90:
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas
estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.

Informando ainda que a ação está sendo impetrada dentro do prazo


legal, 120 dias, previsto no Art. 23 da Lei 12.016/09.

3. DA LIMINAR

Ficou demostrado, o ato coator viola o direito líquido e certo do


impetrante, sendo fundamental para concessão da medida de urgência,
conforme prevê o artigo 300 do CPC, a tutela de Urgência poderá ser
concedida quando houver elementos que demonstrem a probabilidade do
direito (fumus boni iuris) e o perigo do dano (periculum in mora). Dado risco
real de não haver dotação orçamentaria para nomeação futura.
Caso não seja concedida a liminar, o impetrante sofrerá dano grave, já
que o cargo seria seu único modo de gerar renda.

4. DO PEDIDO

Posto isso, o impetrante pugna pela integral procedência da presente


ação, e em especial, requer:
a) que seja concedida liminar para anular a decisão do Reitor e, por
consequência, garantir o direito de posse no cargo;
b) Notificação da autoridade impetrada conforme Art. 7º, I, da Lei 12.016/09,
para que, no prazo legal, preste suas informações;
c) requer que nos ternos do Art. 12, da Lei 12.016/09, seja ouvido o
representante do Ministério Público;
d) Concessão ao benefício de assistência judiciária gratuita, em face à situação
econômica do impetrante qual está vinculada a autoridade impetrada no Art. 7º,
II da Lei 12.016/09.

Requer, ainda, a condenação do impetrado no pagamento das despesas

Dá-se a causa o valor de R$ XXX.

Nestes termos, pede deferimento.


Local/data
Advogado
OAB/PR

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