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HABEAS CORPUS
DOS FATOS
1
DO ARGUMENTO
Conforme previsto no Art. 312 do CPP, caput: A prisão preventiva poderá ser
decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei
penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de
autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado).
Entretanto, a referida PRISÃO neste caso constitui uma coação ilegal contra o
paciente, tratando-se de uma medida de extrema violência, uma vez que que o
requerido não foi julgado dentro de 24H como prevê o Art. 310 § 4º e esteve preso
por mais de 30 dias aguardando o julgamento, infligindo princípio fundamental
discriminado no Art.5, IV da Constituição Federal Brasileira.
Como mencionado não foi cumprido o que determina o Art. 310, caput, CPP e §
4º, ocorrendo assim a nulidade prevista Art. 564, inciso III alínea e), do Código de
Processo Penal.
Insta salientar, ainda, que mesmo que as nulidades do auto de prisão em flagrante
tivessem sido sanados, não caberia, no caso, a prisão provisória.
Isso porque o delito supostamente cometido pelo indiciado, previsto no art. 306 da
Lei n. 9.503 de 1997, tem pena máxima inferior ao que exige a redação do art.
313, inc. I, do CPP, assim não cabendo prisão preventiva, deve a prisão ser
relaxada e o indiciado brevemente solto.
Está prescrito na Constituição Federal em seu artigo 5°, LVII, que todos são
considerados inocentes até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
Ressalta-se o princípio da presunção de inocência ou não culpabilidade. Nesses
termos: Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória. (BRASIL, 1988, [s. p.]) Nesse diapasão, qualquer medida
restritiva de direito, notadamente uma prisão preventiva, apenas pode ser decretada
quando preencher todos os requisitos legais, uma vez que a liberdade é a regra.
2
DO PEDIDO
Advogado (a)