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AUTOS: 0001452-90.2019.8.04.6501
Com fulcro no art. 321e 350 do Código de Processo Penal, e art. 5°,
inciso LXVI, da Constituição Federal Brasileira, pelas razões de fato e
de direito que passa a expor:
I – QUADRO FÁTICO:
Importa ressaltar que sua ausência nos atos processuais não está ligada
a intenção do Requerente em fuga do distrito da culpa, pois manteve-se
no município de Presidente Figueiredo, mas agora residindo em casa
própria.
O fumus comissi delicti, por si, não é suficiente para manter uma pessoa
segregado cautelarmente. Há obrigatoriedade da incidência de qualquer
desses a seguir, o que efetivamente não acontece no caso em análise.
Este requisito deve ser analisado com muita cautela, pois embora o
legislador almeje o resguardo social, a evitar que o custodiado volte a
delinquir, no caso de restabelecimento da liberdade, ou ainda em virtude
da gravidade do crime e o clamor popular, nem sempre a prisão preventiva
é cabível ou a medida mais acertada.
Houve sim uma desídia do Poder Judiciário e do órgão acusador que nada
propuseram para encontrar o endereço do Requerente antes de decretar uma
medida tão extrema. Uma simples diligência seria suficiente para
encontrar o Requerente que se encontrava em sua residência no distrito
da culpa, sem qualquer indício de fuga.
Ilustre Magistrada, a manutenção da prisão do Requerente não representa
a melhor solução do ponto de vista da política criminal, e caracteriza
uma grave injustiça.
III - REQUERIMENTO:
Nestes Termos,
Pede Deferimento.