O documento é um pedido de concessão de liberdade provisória para o réu F. A defesa alega que não há requisitos para prisão preventiva, como perigo à instrução criminal ou à aplicação da lei penal. Pede a soltura do réu ou, subsidiariamente, medidas cautelares como comparecimento em juízo.
O documento é um pedido de concessão de liberdade provisória para o réu F. A defesa alega que não há requisitos para prisão preventiva, como perigo à instrução criminal ou à aplicação da lei penal. Pede a soltura do réu ou, subsidiariamente, medidas cautelares como comparecimento em juízo.
O documento é um pedido de concessão de liberdade provisória para o réu F. A defesa alega que não há requisitos para prisão preventiva, como perigo à instrução criminal ou à aplicação da lei penal. Pede a soltura do réu ou, subsidiariamente, medidas cautelares como comparecimento em juízo.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª
VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BAURU-SP
PROCESSO: ____________________
JUSTIÇA PÚBLICA
F, já qualificado nos autos em epígrafe, cujo trâmite
se processa perante este Douto Juízo, por sua advogada que esta subscreve, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer a CONCESSÃO DA LIBERDADE PROVISÓRIA, nos termos da legislação processual penal vigente, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
I – DOS FATOS
Em resumo, trata-se de inquérito policial instaurado
em razão do auto de prisão em flagrante do Réu F, pois fora encontrado em seu veículo no banco do passageiro, uma porção de maconha com 30.93 gramas que estavam divididas em 28 porções menores, e ainda, 9.18 gramas de maconha no porta objetos do painel do carro.
Em revista pessoal a F, foi apreendido também R$
600,00 de sua carteira, um celular Motorola e outro celular Samsung.
E-mail: patriciabianchinidireito@gmail.com F estava junto com L e após abordagem policial, e foram detidos por suposta prática criminosa em flagrante delito pelas infrações penais de Tráfico de Drogas e Associação para o Tráfico.
II - DA INEXISTÊNCIA DOS REQUISITOS DA PRISÃO
PREVENTIVA
Vale ressaltar que a recomendação do auto de prisão
em flagrante fls. __, em (dia, mês e ano) – se deu pela autoridade policial sob os argumentos da: conveniência da instrução criminal, assegurar a aplicação da lei penal e perigo gerado pelo estado de liberdade dos imputados.
Ocorre que, tais requisitos não estão evidentes no
caso concreto evidenciado, tendo em vista que a autoridade policial que lavrou o auto de prisão em flagrante, utilizou-se da Gravidade Abstrata do Delito, isto é, a suposta justificativa não está enquadrada nos requisitos legais da decretação da prisão preventiva nos termos do art. 312 e 313 do Código de Processo Penal, pois não há a devida subsunção da situação concreta ao tipo processual.
Para decretação da prisão preventiva, o art. 312 do
CPP é taxativo, sendo incabível a decretação de prisão preventiva com base nas em abstrações jurídicas.
Com relação à justificativa da conveniência da
instrução criminal, não há como se aplicar no presente caso, pois o réu F não se opôs a prestar os devidos esclarecimentos e segue a disposição da justiça, podendo comparecer e apresentar-se sempre que preciso.
Além disso, o réu em nenhum momento interrompeu
o cumprimento da aplicação da lei penal e nem mesmo furtou-se de instrução criminal, e assim, não está configurado o periculum libertatis, pois ele apenas se configura quando a busca de provas ou o regular trâmite do processo está em risco, em razão de má-conduta do réu que pode estar intimidando ou
E-mail: patriciabianchinidireito@gmail.com ameaçando a vítima, perito e testemunhas, ou ainda, houver adulteração/destruição do local o crime pelo indiciado.
Fundamentar-se utilizando a gravidade abstrata do
delito e aspectos sociais para decretar a prisão preventiva é uma medida contrária ao princípio da presunção de inocência e do devido processo legal.
Ainda, a prisão preventiva não tem caráter de sansão
e nem função de prevenção geral, e por isso, o acolhimento dos argumentos de que possa gerar “desmotivação a outros indivíduos que por ventura tenham interesse em ingressar no crime pernicioso que é o Tráfico de Drogas e Associação para o Tráfico, servindo de exemplo para toda comunidade com quem convive” resulta em verdadeira injusta e violação dos direitos e princípios constitucionais do réu.
Assevera-se que prisão preventiva é a última ratio do
sistema penal, e só deve ser admitida em casos excepcionais, quando se mostrarem plenamente ineficazes as alternativas.
Por se tratar de requisitos indispensáveis para a
condução da prisão em flagrante para preventiva, não há motivos para a manutenção da prisão em flagrante, devendo ser concedida a liberdade provisória sem medidas cautelares.
III - DO CABIMENTO DE MEDIDAS CAUTELARES
Considerando a ausência dos requisitos que
configuram a prisão preventiva e o fato de que o réu é o maior interessado na devida instrução penal a fim de provar a sua inocência, caso Vossa Excelência não entenda pela concessão da liberdade pura, requer a aplicação do art. 319 do CPP.
Nos termos do artigo 282, II, poderá o juiz decidir
sobre qual ou quais as medidas cautelares serão aplicadas serão aplicadas.
E-mail: patriciabianchinidireito@gmail.com Ademais, no §4º e §6º do referido artigo, demonstram o caráter excepcional da prisão preventiva, aplicando-se apenas quando não há qualquer outro recurso cautelar pessoal.
Conforme já demonstrado, o réu não oferece perigo
algum em liberdade e não restaram configurados os requisitos para a aplicação da prisão preventiva.
Desta feita, a prisão preventiva não se mostra
razoável, e requer de forma subsidiária a concessão da liberdade provisória de forma conjunta com a medida cautelar de comparecimento periódico em juízo, nos termos do art. 319, inciso I do CPP.
IV- DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
I – Que não seja acolhida a recomendação da
autoridade policial de decretação de prisão preventiva em desfavor do réu;
II – Que seja deferido o presente requerimento
para conceder a liberdade provisória ao réu a fim de que responda o processo em liberdade, sem imposição de qualquer medida cautelar do art. 319 do CPP;
III – Subsidiariamente, requer a concessão da
liberdade provisória do réu com determinação de cumprimento da medida cautelar de comparecimento em juízo periódico, conforme disposto no art. 319, inciso I do CPP.
IV- Subsidiariamente, caso seja decretada a prisão
preventiva, que esta seja convertida em domiciliar, a ser cumprida na residência indicada nos autos do processo, impondo-se medida cautelar de monitoramento eletrônico (art. 319, inciso IX CPP);
V – Por fim, requer a expedição do alvará de soltura