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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA

CRIMINAL DA COMARCA DE MACEIÓ/AL

RODOLFO T., brasileiro, divorciado, com 63 anos de idade, administrador do clube esportivo Ibis F.C,
portador do RG n.º xxxxxxxxxx, CPF sob o n.º xxxxxxxxxx, residente e domiciliado na Rua do Campo, nº 25,
Maceió/AL, por meio de seu procurador devidamente constituído xxxxxx, inscrito na OAB/UF nº xxxxx, com
endereço profissional xxxxx, mediante procuração com poderes especiais em anexo, vem, respeitosamente,
perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 30 do Código de Processo Penal, e do artigo 100, §2º,
do Código Penal, oferecer
QUEIXA-CRIME
em face de CLÓVIS V., brasileiro, solteiro, com 38 anos de idade, jornalista e comentarista esportivo, residente,
portador do RG n.º xxxxxxxxxx, CPF sob o n.º xxxxxxxxxx e domiciliado na Praça Da República, nº 46,
Maceió/AL, pelos fatos e fundamentos de direito a seguir expostos.

I – DOS FATOS

No dia 21/12/2018 o querelado Clóvis, afirmou em um programa de televisão de grande audiência, que o
querelante Rodolfo T., dirigente do clube esportivo Ibis F.C havia roubado o clube e se apropriado
indevidamente de R$ 5 (cinco) milhões, pertencentes ao clube, referente à venda do jogador Ronaldo Cristiano,
realizada no dia 20/11/2018, porém, Clóvis sabia que tal imputação era falsa.
No mesmo dia, Clóvis entrou na rede social de Rodolfo e realizou uma postagem que ofendeu a sua honra
subjetiva, chamando-o de “burro, sem capacidade intelectual e moral”.
Rodolfo leu a mensagem e assistiu o programa em tempo real, o que deixou muito triste e provavelmente
envergonhado, pois estava na presença de seus amigos Romero e Romildo, que tudo viram.
Diante de todo o exposto, não resta outra alternativa ao querelante, senão promover a responsabilização
criminal do querelado, tendo em vista que as imputações são totalmente caluniosas e injuriosas.

II – DO DIREITO 

Diante dos fatos narrados, percebe-se que o Querelado incorreu nas infrações penais descritas
nos artigos 138, 140 e 141, incisos III e IV do Código Penal:

Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - detenção, de seis meses
a dois anos, e multa.
Quando o querelante ao ter imputado falsamente, fato definido como crime, ao afirmar, por utilizar palavras
caluniosas em meios de comunicação, que o querelante havia “roubado”, ou seja, apoderando de coisa alheia
móvel, consumando-se em apropriação indébita, art.168, do CP (Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel,
de que tem a posse ou a detenção: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.).

Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou
multa.

O querelado cometeu ato ofensor à honra subjetiva da vítima, atingindo sua autoestima, ao afirmar
que ele seria “burro, de capacidade intelectual e moral”; fato esse que se amolda ao tipo do art. 140 do CP
(injúria).

Vale ressaltar que o querelado, além de praticar crimes contra a honra, Clóvis afirmou em rede
nacional com grande audiência e também publicou ofendendo Rodolfo em sua rede social, o que facilita a
divulgação de ofensas, razão pela qual deve incidir na causa de aumento de pena prevista no art.  141, inciso III
e IV, do Código Penal:

Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:

III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da
injúria.

IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.

Em assim sendo, o Querelado cometeu os crimes ora apresentados, devendo ser responsabilizada
criminalmente.

Diante de todo o exposto, nos termos fáticos e legais, o querelante, pede, a Vossa Excelência, que
seja recebida e autuada a presente queixa-crime, julgando-se ao final, totalmente procedente os pedidos
formulados na inicial acusatória, para o fim de condenar o querelado Clóvis V., nas sanções penais descritas
nos artigos 138, 140, c/c o artigo 141, inciso III e IV, na forma do artigo 69, todos do Código Penal, bem como
ao pagamento de honorários advocatícios e custas processuais, por ser medida de DIREITO e de JUSTIÇA!!!

III – DOS PEDIDOS

No mais, requer-se:

a) a designação de audiência preliminar ou de conciliação (CPP, art. 520);

b) a citação do querelado;
c) o recebimento da queixa-crime;

d) seja aumentada a pena em 1/3 conforme art. 141, III do CP;

e) a oitiva das testemunhas ao final arroladas;

f) a condenação do querelado pela prática dos crimes de calúnia (CP, art. 138) e injúria (CP, art. 140), com o
aumento de pena do art. 141, III e IV.

g) seja fixado valor mínimo para reparação dos danos civis conforme art. 397, IV do CPP. 

Nestes termos,

Pede e espera deferimento.

Maceió, 21 de Junho de 2019

____________________________________
ADVOGADO

OAB/UF nº _________

ROL DE TESTEMUNHAS:

1. ROMERO, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do RG n.º xxxxxxxxxx, CPF sob o n.º
xxxxxxxxxx, residente e domiciliado na [endereço completo];
2. ROMILDO, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do RG n.º xxxxxxxxxx, CPF sob o n.º
xxxxxxxxxx, residente e domiciliado na [endereço completo];

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