Você está na página 1de 5

ALEXANDRE DE MORAES, brasileiro, solteiro, advogado, portador do RG

8244 e do CPF 231.938.900-81, residente e domiciliado no Estado de São


Paulo, por meio de seu advogado GILMAR FERREIRA MENDES, inscrito na
OAB/SP sob o nº 058.9306, vem protocolizar, respeitosa e obsequiosamente, a
seguinte:

QUEIXA-CRIME

em desfavor de GENÉBRIO MALUF, brasileiro, educador físico e dono da


emissora “O Pasquim Conservador”, residente e domiciliado no Estado de São
Paulo, pelos motivos e fundamentos a seguir expostos:

1. DOS FATOS

A liberdade de expressão é um direito deliberado e inclusivo a todos os cidadãos


brasileiros - inclusive a quem tem a intenção de criticar outrem. O artigo 5º da
Constituição Federal, promulgada em 1988, parágrafo IV, ipsis litteris, deixa tal
fator clarividente: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato;”. Não obstante, é imprescindível que limites sejam impostos, bem
como em casos difamadores e caluniadores, ou seja, onde há a clara e única
intenção da deterioração da imagem alheia, abusando de inverdades e
informações inventadas. Tais atitudes são recorrentes na emissora “O Pasquim
Conservador, chefiada pelo querelado da presente queixa-crime. Na publicação
feita no dia 15/07/1989, tendo, em sua primeira página, o título
“Sem cabelos e sem limites”. Além da epígrafe pejorativa, uma série de outros
ataques infundados e mentirosos foram realizados ao querelante. Em anexo, o
teor completo.

Há de se destacar os seguintes termos e frases na matéria:


“O Pasquim Conservador analisa os comportamentos e decisões do Ministro
Alexandre de Moraes como perigosos e irregulares com a boa conduta jurídica
e a própria Constituição Federal. [...] somam-se e configuram um cenário
assombroso sobre a conduta do STF e de seus Ministros, ao permitir que um
membro da Corte julgue arbitrariamente um Deputado por desempenhar seu
papel como Deputado Federal e propor leis. E a situação se agrava no entender
que o Juiz não só está invadindo as prerrogativas da Câmara Federal, como
também está mantendo sob o seu poder uma ação medonha e proposta por um
simples advogado que representa uma causa própria e privada sobre um
Projeto de Lei que a própria Casa Legislativa já rejeitou e arquivou há meses.
Por fim, o Ministro Alexandre de Moraes que já tem sido alvos de críticas por
ter relações sexuais ativas com a até então Procuradora-Geral da República e
que també, há dúvidas sobre o seu problema com o alcoolismo e o descontrole
emocional durante os trabalhos na Corte, agora está sob o olhar popular ao
fazer durante a luz do dia um ativismo juducial com petições institucionais
contra um Candidato a Prefeitura mais rica do país e que seguirá para a
disputa no segundo-turno levando consigo essa mancha em sua biografia.”

Após a leitura dos trechos retirados da coluna, fica claro que a única intenção do
querelado é prejudicar o querelante, tendo como base argumentativa, apenas,
achismos e acusações sem nenhum fundamento legal e/ou, se quer, verídico. É
prudente, também, declarar que a matéria, na íntegra, até a publicação da atual
queixa-crime, no seguinte link:
https://discord.com/channels/1109287966762868838/1127026972866920558/11
29762998442008657.

2. DA COMPETÊNCIA

Diante o exposto, o querelante, baseando-se no art. 61 do Código Penal


Brasileiro (calúnia) e no art. 62 (difamação), as seguintes punições - somadas -
cabíveis ao querelado: de 4 a 7 anos de reclusão, além da aplicação de multa.

Ademais, como previsto pelo art. 45, inciso 1, há, pela parte do réu, a
necessidade do pagamento de indenização à vítima, valor estipulado pela Corte
julgadora.

3. DO ENQUADRAMENTO LEGAL

Em razão do Código Penal Brasileiro, especificamente em seus artigos 61 e 62


(calúnia e difamação, respectivamente), além do art. 136, presente no mesmo
código, que tratam sobre a honra, espera-se, por parte da Corte julgadora, que
siga os procedimentos legais destacados nos seguintes parágrafos:
3.1 CALÚNIA

Bem como parafraseado e disposto no primeiro item do presente exercício


jurídico, são realizadas diversas acusações falsas ao querelante, bem como:

“permitir que um membro da Corte julgue arbitrariamente um Deputado por


desempenhar seu papel como Deputado Federal e propor leis.”

Diante o exposto, constata-se no Código Penal:

Art. 61 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:


Pena - prisão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Art. 136 - Divulgar informação ou notícia falsa e que possa modificar ou


desvirtuar a verdade com relação à saúde, segurança pública, economia,
processo eleitoral, interesse público relevante e/ou o RPG.
Pena - prisão, de 1 (um) a 4 (quatro) dias, e multa.

3.2 DIFAMAÇÃO

No ato difamatório realizado pelo querelado, é evidente que a carreira do


querelante está sob ameaça, principalmente pelas acusações indevidas e
inventadas sobre crimes inexistentes. Datados os fatos, cita-se o artigo 62 do
Código Penal:

Art. 62 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:


Pena - prisão, de 2 (dois) a 4 (quatro) dias, e multa.

4. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

À face do exposto, solicito à Corte julgadora, respeitosa e obsequiosamente, que


siga os procedimentos legais e propostos pela atual queixa-crime, além de
prosseguir com os pedidos realizados a seguir, em desfavor de GENÉBRIO
MALUF, de acordo com os artigos 61 e 62 do Código Penal Brasileiro.
Outrossim, solicita-se:

1. A abonação imediata de uma medida cautelar contra o querelado com


urgência, com o objetivo de retirar, imediatamente, a matéria publicada
pela emissora “O Pasquim Conservador”, sob pena de multa diária;

2. A resposta e defesa do querelado em até 24 horas;

3. A aplicação de um valor indenizatório ao querelante, estipulado pela


Corte julgadora;

4. Retratação pública em forma de desculpas, feita por meio do site da


emissora “O Pasquim Conservador”, vinculada ao querelado.

Diante o exposto, solicita-se a anuência.

GILMAR FERREIRA MENDES


OAB/SP 058.9306

Você também pode gostar