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Belo Horizonte
Setembro 2023
Caso
QUEIXA-CRIME
1. DOS FATOS
De acordo com os fatos narrados acima, resta claro que o Senhor CLÓVIS
V., ao imputar falso fato criminoso de apropriação indébita, praticaram o crime de
calúnia, tipificado no artigo 138 do Código Penal Brasileiro, haja vista que o elemento
subjetivo específico do crime, qual seja a vontade de atingir a honra objetiva do
querelante, atribuindo falsamente e publicamente fato definido como crime, senão
vejamos:
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato
definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação,
a propala ou divulga.
A calúnia tem a sua efetivação assim que a falsa imputação de crime
alcançar terceiros, sendo considerados dos crimes contra a honra o mais grave, como
abordado no texto legal acima citado o agente propaga informação falsa e que configura
crime, atribuindo a outrem.
Nas palavras de GUILHERME NUCCI, Manual de Direito Penal, caluniar
alguém: “Significa atribuir a uma pessoa o cometimento de fato típico incriminador de
maneira não autêntica. O agente sabe que a vítima não cometeu o ilícito penal, mas
divulga o falso com o fim de manchar a sua reputação.”
Em analise ao caso concreto, vemos nítida a intenção do querelado em
apenas degradar a imagem do querelante, imputando a ele fato criminoso totalmente
sem fundamento e suporte probatório.
Ressalta-se que além de imputarem falsamente prática de crime ao Sr.
RODOLFO T., o querelado proferiu a calúnia em suas redes sociais do Instagram e
Facebook, facilitando assim a divulgação das falsas incriminações. Neste contexto,
discorre o artigo 141, inciso III § 2º a respeitos das causas de aumento das penas dos
crimes contra a honra:
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de
um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a
divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
§ 2º Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer
modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores,
aplica-se em triplo a pena.
Nesse sentido, se vislumbra o cabimento de indenização moral, com o
objetivo de reparar a exposição indevida sofrida pelo querelante em razão das calúnias
proferidas pelo querelado Sr. Clóvis V.
Discorre o artigo 5º da Constituição Federal, além do artigo 63, parágrafo
único c/c art. 387 do Código Processo Penal:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;
Sendo assim, para que não haja dúvidas a respeito da sua conduta a Sr.
Clóvis V., por conta própria fez uma auditória contábil (segue em anexo), que restou
comprovado que não houve nenhum desvio, ratificando que é falso o fato criminoso
imputado pelo querelante.
3. DO PEDIDO INDENIZATÓRIO
Em razão do disposto nos artigos 63, parágrafo único c/c art. 387, IV, ambos do
Código de Processo Penal, nos termos da Lei nº 11.719, de 20 de junho de 2008, requer
seja fixado o valor para a reparação dos danos causados pela infração penal.
5. DOS PEDIDOS
POR TODO O EXPOSTO, requer:
5.2 Seja o querelado citado para responder aos termos da presente ação penal privada,
bem como para realização da instrução processual, abrindo-lhe a oportunidade para a
conciliação;
5.5 A condenação do querelado às sanções dos artigos 138, “caput”, e 141, inciso III § 2º,
do Código Penal;
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
OAB/MG
ROL DE TESTEMUNHAS:
1. ORIOSVALDO C., jornalista, Rua xxxxxxxxxxxxxxxx nº xxx – Bairro
xxxxxxxx – MG, CEP xx.xxx.xxx;
2. ROGER D., jornalista, Rua xxxxxxxxxxxxxxxx nº xxx – Bairro xxxxxxxx –
MG, CEP xx.xxx.xxx;Testemunha 2, qualificação 02
DOCUMENTOS EM ANEXO
1. Documentos Pessoais (CPF, RG, Comprovante de residência, extratos
bancários)
2. Prints das páginas das redes sociais Fecebook e Instagram
3. Laudo da Auditoria Contábil
PROCURAÇÃO