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Além de ter seu nome exposto sendo associado a ofensas e ameaças, o/a
Querelante viu-se como alvo de uma perseguição que visa macular a imagem de si
próprio e de sua empresa. Além do abalo moral, ainda há o temor por prejuízos
financeiros, desemprego e depredações.
Cediço que todo cidadão é livre para professar o credo que quiser, torcer pelo
time de sua preferência e votar no candidato que entender o melhor em sua concepção.
Divergências fazem parte do jogo democrático e ninguém tem o direito de praticar
assédio, perseguir ou discriminar eleitores por terem votado contra o candidato de sua
preferência.
O (A) autor (a) não possui condições de pagar as custas e despesas do processo
sem prejuízo próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa,
com fundamento no Artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e Art. 98 do Código de
Processo Civil. Desse modo, o (a) autor (a) faz jus à concessão da gratuidade de Justiça.
O vertente feito é de competência deste douto juízo, tendo em vista que a pena
máxima em abstrato de ambos os crimes imputados aos réus são inferiores a 2 (dois)
anos, cumprindo assim as condições do artigo 61 da Lei 9.099/95 (Lei dos Juizados
Especiais), que ora transcrevemos:
No dia xx, por volta das xx horas, o querelado inseriu nomes de comerciantes,
prestadores de serviços ou estabelecimentos comerciais em lista de boicote a ser
compartilhada através do aplicativo de Whatsapp.
Assim agindo, o querelado praticou o delito de difamação, uma vez que ofendeu
a honra objetiva do/a querelante ao atribuir fato ofensivo à sua reputação, a saber:
Art. 139. Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua
reputação:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) anos, e multa.
No mesmo sentido:
Não há como negar que o/a requerente sofreu incontroverso dano, quando teve
seu nome e negócio incluído em uma lista que fora criada para atingir o maior número
de pessoas possíveis e incentivar atos de violência e prejuízo à imagem do querelante.
A dor ser alvo de uma injustiça, de ter seu nome associado a uma perseguição
política de vendeta é algo implacável, especialmente para estes donos de pequenos
comércios que dependem da venda direta e da indicação dos demais cidadãos.
O fato é agravado por causar verdadeira “caça às bruxas”, sem qualquer justo
motivo, àqueles que o grupo ofensor entende como opositores políticos, o que causou e
segue causando graves aborrecimentos e o temor de ver seu labor desmoronar.
Ademais, uma vez que praticado pela internet em grupo de chat com um número
expressivo de participantes, no presente caso o delito deve ser sancionado com a causa
de aumento de pena de 1/3, conforme o artigo 141, inciso III do CP por ter sido
cometido na presença de várias pessoas, além de ter sido feito por meio que facilita a
divulgação.
3. DOS PEDIDOS
Adv.______________
OAB/RS
ROL DE TESTEMUNHAS