EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __ VARA

CRIMINAL DO FORO CENTRAL CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO PAULO - SP

RUI BARBOSA, brasileiro, solteiro, empresário, portador da cédula de identidade n°

…., inscrito no CPF/MF sob o n° ...., residente e domiciliado na rua…. por intermédio de suas
advogadas que esta subscrevem (procuração em anexo), vem, respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, nos termos do artigo 41 e 44 do Código de Processo Penal, oferecer
QUEIXA-CRIME, com fundamento nos artigos 100, parágrafo 2º, 163 e 167 do Código
Penal, contra JOÃO MENDES, brasileiro, casado, profissão..., portador da cédula de
identidade n° …., inscrito no CPF/MF sob o n° ...., residente e domiciliado na rua…., pelos
fatos e fundamentos a seguir descritos:

I - DOS FATOS

No dia 23 de Janeiro de 2021, João Mendes tomou conhecimento de que sua esposa
mantinha relacionamento amoroso com Rui Barbosa, ora querelante. Inconformado, decidiu
tomar uma atitude com o objetivo de demonstrar que não poderia ser tratado dessa maneira.

Sendo assim, João Mendes se dirigiu até a empresa de Rui Barbosa, que é renomado
empresário. Ao chegar no endereço da empresa, esta localizada em São Paulo, na Av. Europa,
o querelado utiliza um taco de baseball e inicia ações de destruição do veículo de Rui Barbosa
que estava estacionado na empresa e possui valor de mercado superior a meio milhão de reais.

O querelante, ao ver seu veículo totalmente destruído, decide se dirigir até a

delegacia para noticiar o fato e requerer a instauração do Inquérito Policial. Tendo sido
instaurado o inquérito e com o prosseguimento das investigações, constatou-se, por laudo
pericial, que o dano causado ao veículo produziu prejuízo de R$ 100.000,00 (cem mil reais).
 Além disso, foi confirmada a materialidade do fato e a autoria do crime,
considerando que o querelado confessou ter praticado todas as condutas descritas
anteriormente. Na oportunidade, também foram escutadas as testemunhas: Caio, Tício e
Mévio, que também afirmaram que João Mendes praticou o ato mencionado.

II - DO DIREITO

Conforme demonstrado no Inquérito Policial nº….., restou comprovado que o

querelado, João Mendes, é autor do crime de dano causado no veículo de Rui Barbosa,
prejuízo este fixado em R$ 100.000,00 (cem mil reais). Esta conduta está prevista no artigo
163 do Código Penal brasileiro, in verbis:

Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena -

detenção, de um a seis meses, ou multa.

Dano qualificado
Parágrafo único - Se o crime é cometido: IV - por motivo egoístico ou
com prejuízo considerável para a vítima:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena
correspondente à violência.

O crime de dano pressupõe uma perda ou uma diminuição de um bem jurídico da

vítima. Ou seja, o autor do crime pratica atos de destruição ou diminuição de uma bem. Sendo
crime comum, não exige condição especial do sujeito ativo e é causa efetiva de lesão aos
direitos inerentes à propriedade da coisa.

Veja que é exatamente esta a situação em que se enquadra a conduta de João

Mendes. É notório que este praticou o crime de dano, isto se dá, pois o querelado se utilizou
de um taco de baseball para destruir o veículo do querelante, o que de fato ocorreu, ainda,
considerando que o prejuízo atestado pelo laudo foi no valor de cerca de R$100.000,00 (cem
mil reais).

Destaca-se que, o caso em referência também se enquadra no crime de dano

qualificado por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima, pois a João
Mendes por motivo de despeito, desgosto, mágoa, desapontamento, ao tomar conhecimento
do relacionamento de sua esposa com o querelante. Isto por si só já qualifica o crime,
principalmente pois o motivo é considerado egoísta e causou dano considerável à vítima.

Portanto, V.Exa, observando todas as alegações expostas não resta dúvida de que o
crime praticado é o de dano qualificado e pelo artigo 167 do Código Penal se procede
mediante queixa.
 III - DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto requer:

I. que seja designada audiência preliminar ou de conciliação;

II. que proceda a citação do querelado;

III. a remessa e intimação do Ilustre representante do Ministério Público

para se manifestar no feito, nos termos do artigo 45 do Código de
Processo Penal;

IV. que seja recebida e autuada a presente QUEIXA-CRIME;

V. a intimação e oitiva das testemunhas abaixo arroladas;

VI. a procedência do pedido, com a consequente condenação do querelado

nas penas do artigo 167, parágrafo único, inciso IV do Código Penal; e

VII. ainda, que seja fixado valor mínimo de indenização pelos prejuízos
sofridos pelo querelante, nos termos do artigo 387, inciso IV do Código
de Processo Penal, na importância de R$ 100.00,00 (cem mil reais).

Nestes termos pede deferimento.

São Paulo, 31 de março de 2021.

Rui Barbosa
CPF…..

Rol de testemunhas:

Caio, brasileiro, estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade n° …., inscrito
no CPF/MF sob o n° ...., residente e domiciliado na rua….

Tício, brasileiro, estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade n° …., inscrito
no CPF/MF sob o n° ...., residente e domiciliado na rua….

Mévio, brasileiro, estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade n° …., inscrito
no CPF/MF sob o n° ...., residente e domiciliado na rua….