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DIREITO PROCESSUAL PENAL

pós-edital 2024
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SUMÁRIO
1. INQUÉRITO POLICIAL (CONCEITO, CARACTERÍSTICAS E PRINCIPAIS DISPOSIÇÕES LEGAIS). .............................................. 3
CONCEITO......................................................................................................................................................................................................................... 3
COMO FUNCIONA O INQUÉRITO POLICIAL? .................................................................................................................................................................... 4
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL ...................................................................................................................................................................... 5
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL ...................................................................................................................................................................... 6
QUAL É O PRAZO PARA O INQUÉRITO POLICIAL? .............................................................................................................................................................. 8
TITULARIDADE E INSTAURAÇÃO ...................................................................................................................................................................................... 10
GRAU DE COGNIÇÃO, VALOR PROBATÓRIO................................................................................................................................................... 10
NOTITIA CRIMINIS, DELATIO CRIMINIS.............................................................................................................................................................................. 11
PROCEDIMENTOS INVESTIGATIVOS, INDICIAMENTO, GARANTIAS DO INVESTIGADO....................................................................................................... 12

2. AÇÃO PENAL (CONCEITO, CARACTERÍSTICAS, ESPÉCIES E CONDIÇÕES). .......................................................................... 20


CONCEITO DE AÇÃO PENAL .......................................................................................................................................................................................... 20
TIPOS DE AÇÃO PENAL .................................................................................................................................................................................................. 21
AÇÃO PENAL PÚBLICA ............................................................................................................................................................................................ 21
AÇÃO PENAL PRIVADA ........................................................................................................................................................................................... 22
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO À AÇÃO ........................................................................................................................................................................ 25
ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA ............................................................................................................................................................................... 25
REVISÃO SOBRE AÇÃO PENAL ....................................................................................................................................................................................... 26
AÇÃO PENAL E A PARTICIPAÇÃO DE ENTIDADES E INDIVÍDUOS ESPECÍFICOS................................................................................................................. 28
3. ATOS PROCESSUAIS (FORMA, LUGAR E TEMPO). ............................................................................................................... 29
DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS............................................................................................................................................................................ 29
DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS ............................................................................................................................................................................ 31
DO TEMPO NOS ATOS PROCESSUAIS ........................................................................................................................................................................... 32
4. PROVA (CONCEITO, OBJETO E CLASSIFICAÇÃO; PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME; REQUISITOS E ÔNUS DA PROVA;
................................................................................................................................................................................................. 34
PROVAS ILÍCITAS E MEIOS DE PROVA). .................................................................................................................................. 34
CONCEITO...................................................................................................................................................................................................................... 34
CLASSIFICAÇÃO.............................................................................................................................................................................................................. 34
OBJETO DA PROVA NO PROCESSO PENAL ................................................................................................................................................................... 36
PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME ................................................................................................................................................................................ 36
PROVAS ILÍCITAS ............................................................................................................................................................................................................ 41
MEIOS DE PROVA .......................................................................................................................................................................................................... 42
PROVA TESTEMUNHAL NO PROCESSO PENAL (COSTUMA CAIR) .................................................................................................................................... 44
CAPÍTULO VI: DAS TESTEMUNHAS - UMA ANÁLISE DETALHADA .................................................................................................................................... 45

5. PRISÃO (CONCEITO, FORMALIDADES, ESPÉCIES E MANDADO DE PRISÃO E CUMPRIMENTO). ......................................... 47


CONCEITO DE PRISÃO NO DIREITO PROCESSUAL PENAL ............................................................................................................................................... 47
REVISÃO E RESUMO ....................................................................................................................................................................................................... 53
6. MEDIDAS CAUTELARES. ....................................................................................................................................................... 54
7. LIBERDADE PROVISÓRIA. .................................................................................................................................................... 56
COMO É COBRADO: ................................................................................................................................................................ 57

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1. INQUÉRITO POLICIAL (CONCEITO, CARACTERÍSTICAS E PRINCIPAIS
DISPOSIÇÕES LEGAIS).

CONCEITO

O inquérito policial é um conceito-chave no sistema de justiça criminal. Conforme estabelecido no Art. 4 do


Código de Processo Penal (CPP), trata-se de um procedimento conduzido pela polícia judiciária dentro de
sua jurisdição. O objetivo principal é apurar as infrações penais e identificar seus autores.

Natureza do Inquérito Policial

O inquérito policial é caracterizado como um procedimento administrativo e preparatório, essencial


na fase preliminar de qualquer ação penal. Ele não é, em si, um processo judicial, mas sim uma etapa que
antecede o processo, sendo fundamental para a coleta e análise de provas preliminares.

CONDUÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

Conforme o artigo 2º, §10 da Lei 12.830/2013, a condução do inquérito policial é de responsabilidade do
delegado de polícia, o que reafirma sua natureza administrativa, não jurisdicional.

Nota para o aluno: No inquérito policial, você documentará suas atividades investigativas. Essas
investigações visam colher elementos que comprovem a ocorrência do crime (materialidade delitiva) e
identificar o autor do crime (autoria). Essas informações são fundamentais para que o Ministério Público,
titular da ação penal pública, possa dar início à Ação Penal.

Objetivos Principais

1. Apuração de Infrações Penais: O inquérito visa identificar a ocorrência de atos que se enquadrem
como infrações penais.

2. Determinação da Autoria: Um aspecto crucial do inquérito é determinar quem são os responsáveis


pela infração.

Preparação para a Ação Penal

Como um procedimento pré-processual, o inquérito policial prepara o terreno para a ação penal
subsequente. As informações e provas coletadas durante o inquérito são fundamentais para a formação da
acusação e para a decisão do Ministério Público de prosseguir ou não com o processo.

Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria

Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a
quem por lei seja cometida a mesma função.

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Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:

I - de ofício;

II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do


ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:

a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;

b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção


de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;

c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.

§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de
Polícia.

§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação
pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a
procedência das informações, mandará instaurar inquérito.

§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser
iniciado.

§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.

COMO FUNCIONA O INQUÉRITO POLICIAL?

O inquérito policial é um procedimento essencial no sistema de justiça penal, atuando como um filtro
processual para a apuração de infrações penais. Este procedimento é estruturado em diversas fases, cada
uma com funções específicas que contribuem para a investigação completa dos fatos.

Ato Inicial: Determinação do Início do Inquérito

O início do inquérito policial é marcado pela denúncia de um crime. Nesta fase inicial, ocorre a análise
detalhada da narrativa dos fatos, incluindo a coleta de documentos relevantes e a identificação de
possíveis testemunhas. É o momento de estabelecer o alicerce para a investigação, determinando a
direção que ela seguirá.

Ato de Instrução: Processo Investigativo

Durante o ato de instrução, a polícia judiciária conduz um processo investigativo abrangente. Esta fase
inclui:

• Análises periciais para examinar as evidências físicas e técnicas relacionadas ao crime.

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• Recolhimento de provas adicionais que ajudem a esclarecer as circunstâncias do crime.

• Realização de simulações para reconstituir o evento e entender melhor como o crime pode ter
ocorrido.

Indiciamento do Réu: Identificação do Suspeito

Após a coleta e análise das provas, um suspeito é identificado e indiciado. O indiciamento é um passo
crucial e é realizado pelo delegado responsável pela investigação. Este ato formaliza a suspeita de que a
pessoa indiciada pode ser o autor da infração.

Ato Final: Encerramento do Inquérito

O encerramento do inquérito ocorre quando as investigações são concluídas. Neste ponto, espera-se que o
culpado pelo crime seja identificado, permitindo que se proceda com as medidas legais e penalidades
aplicáveis à infração cometida.

Objetivo Principal do Inquérito Policial

O principal objetivo do inquérito policial é a apuração da existência de uma infração penal e a identificação
de seu autor. O inquérito fornece elementos suficientes para fundamentar a ação penal subsequente.
Trata-se de uma fase de instrução provisória e informativa, na qual são coletados elementos cruciais como
o auto de flagrante, resultados de exames periciais, depoimentos de testemunhas oculares, entre outros.

CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL

O inquérito policial é um procedimento de suma importância no âmbito da justiça criminal. Ele serve como
um meio de coleta de provas e informações para a formação da opinião do Ministério Público ou do juiz.
Vamos detalhar suas principais características, estruturadas em tópicos e subtópicos:

Início do Inquérito Policial


• Requisição do Ministério Público ou do Juiz: Quando solicitado por estas autoridades, inicia-
se a investigação.

• De Ofício: A autoridade policial pode iniciar o inquérito por iniciativa própria, seja por portaria
ou após um auto de prisão em flagrante.

• Requerimento da Vítima: A pessoa que sofreu o delito pode solicitar a abertura do inquérito.

• Representação do Ofendido: Diferente do requerimento, neste caso, a vítima ou ofendido


sinaliza a vontade de que se investigue o crime, mas não é uma solicitação formal.

Características do Inquérito Policial


• Discricionário: A polícia possui autonomia operacional dentro de limites legais. Isso significa
que a autoridade policial pode decidir sobre a condução das investigações, desde que respeite
os limites da lei.

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• Escrito: Todo o inquérito é documentado por escrito. Esta característica é essencial para que
as informações coletadas sejam usadas pelo titular da ação penal.

• Sigiloso: A confidencialidade é crucial para a eficácia das investigações. O sigilo protege o


processo de interferências externas e preserva a integridade das provas e informações.

• Obrigatório: Conforme o Art. 5, inciso I, do Código de Processo Penal (CPP), em casos de


crimes que demandam ação penal pública incondicionada, a autoridade policial é obrigada a
instaurar o inquérito, sem a necessidade de provocação.

CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL

Procedimento Escrito

O inquérito policial é essencialmente um procedimento administrativo destinado a coletar elementos que


subsidiem o titular da ação penal. Tradicionalmente, esses elementos são documentados por escrito,
conforme estipula o art. 9° do Código de Processo Penal (CPP). Todavia, a Lei nº 11.719/2008 introduziu a
possibilidade de utilizar gravações em áudio e vídeo para registrar depoimentos, o que visa aprimorar a
fidelidade das informações (art. 405 do CPP).

Procedimento Sigiloso

O inquérito policial é sigiloso, diferentemente dos atos processuais públicos, amparado pelo art. 20 do CPP.
Este sigilo é vital para a elucidação dos fatos e pelo interesse social. Contudo, o sigilo não se estende à
autoridade judiciária nem ao Ministério Público, e advogados podem acessar os autos conforme a Lei
8.906/94 (Estatuto da OAB), respeitando as limitações da súmula vinculante n° 14.

Procedimento Dispensável

Embora o inquérito policial seja um meio crucial para reunir evidências, ele pode ser dispensado se outras
investigações fornecerem prova suficiente para o oferecimento de uma acusação. O art. 12 do CPP reflete
esta dispensabilidade, indicando que o inquérito deve acompanhar a denúncia ou queixa apenas quando
serve de base para a mesma.

Procedimento Oficioso

A autoridade policial deve iniciar um inquérito policial de ofício ao tomar conhecimento de um crime de ação
penal pública incondicionada. Para crimes que requerem representação ou são de iniciativa privada, a
instauração depende da manifestação do ofendido ou seu representante legal.

Procedimento Discricionário

Durante o inquérito, a autoridade policial exerce certa discricionariedade nas investigações, respeitando as
normas legais e a necessidade de conduzir diligências obrigatórias em casos de crimes que deixam vestígios,
como estabelece o art. 158 do CPP. Solicitações de diligências podem ser feitas por ofendidos ou indiciados,
mas sua realização fica a critério da autoridade, conforme o art. 14 do CPP.

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Procedimento Oficial

O caráter oficial do inquérito policial é garantido pela Constituição Federal, no art. 144, § 4°, que define o
Delegado de Polícia como autoridade responsável pela condução do inquérito, ressaltando a natureza estatal
e formal do procedimento.

Procedimento Indisponível

Uma vez instaurado, o inquérito policial não pode ser arquivado pelo Delegado de Polícia sem uma decisão
judicial. O arquivamento depende de um requerimento do titular da ação penal e subsequente aprovação
judicial, conforme o art. 17 do CPP.

Procedimento Inquisitorial

O inquérito policial não observa o contraditório nem a ampla defesa, pois é um procedimento administrativo
preparatório, não resultando diretamente em sanções. Ele visa apenas coletar evidências para que o
Ministério Público ou o querelante possa formular uma acusação formal.

Mnemônico "EIDOSO" para as Características do Inquérito Policial

• E - Escrito: As peças do inquérito policial devem ser documentadas por escrito, seguindo o que
determina o art. 9° do CPP. Esta é uma prática que tem evoluído, permitindo registros audiovisuais
conforme a lei.

• I - Inquisitivo: O inquérito é conduzido pela polícia sem a observância do contraditório ou da ampla


defesa, características estas que são reservadas para o processo judicial.

• D - Dispensável: A ação penal não necessariamente precisa ser precedida do inquérito. Se houver
evidências suficientes para o processo, o inquérito pode ser dispensado.

• O - Oficial: O inquérito é oficialmente conduzido pela autoridade policial, ou seja, pelo delegado,
como previsto na Constituição Federal e leis infraconstitucionais.

• S - Sigiloso: A investigação ocorre em sigilo para garantir a eficácia e a discrição necessárias, embora
determinados agentes, como o Ministério Público e advogados, possam ter acesso aos autos.

• O - Oficioso: A autoridade policial tem o dever de instaurar o inquérito de ofício diante da notícia de
um delito de ação penal pública incondicionada, sem necessidade de provocação.

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QUAL É O PRAZO PARA O INQUÉRITO POLICIAL?

Os prazos para a conclusão do inquérito policial no Brasil variam de acordo com diferentes circunstâncias,
principalmente com base no status de detenção do indiciado e na natureza do crime investigado.

Prazo Geral:
• Indiciado Preso: O prazo para concluir o inquérito é de 10 dias se o indiciado foi preso em
flagrante ou está sob prisão preventiva. Esse prazo é contado a partir do dia em que se
executa a ordem de prisão.

• Indiciado Solto: Se o indiciado estiver solto, seja mediante fiança ou não, o prazo estende-se
para 30 dias.

Exceções:
• Crimes de Competência da Justiça Federal: O prazo é de 15 dias para indiciado preso,
podendo ser prorrogado por mais 15 dias, e 30 dias para indiciado solto.

• Crimes da Lei de Drogas: Aqui, o prazo é de 30 dias para indiciado preso e 90 dias para
indiciado solto, com possibilidade de duplicação nesses casos.

• Crimes Contra a Economia Popular: Neste caso, o prazo é de 10 dias, tanto para indiciado
preso quanto para indiciado solto.

• Crimes Hediondos com Prisão Temporária: Para crimes hediondos, se houver prisão
temporária, o prazo para conclusão do inquérito aumenta para 60 dias, acompanhando o
prazo da prisão temporária que é de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias.

Prazos para Conclusão do Inquérito Policial

Hipóteses Preso Solto

Regra Geral (Art. 10 do CPP) 10 dias 30 dias

Inquérito Policial FEDERAL 15 + 15 dias 30 dias

Inquérito Policial MILITAR 20 dias 40 + 20 dias

Lei de Drogas 30 + 30 dias 90 + 90 dias

Crimes contra a Economia Popular 10 dias 10 dias

Observação: Os prazos são expressos em dias e podem variar conforme a situação do investigado (preso ou
solto) e a natureza do inquérito ou do crime investigado.

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Contagem do Prazo:
3. Indiciado Solto: O prazo começa a contar a partir da Portaria de Instauração do inquérito policial.

4. Indiciado Preso: Para um indiciado preso, a contagem inicia na data da efetivação da prisão. Este
prazo é material, incluindo o dia do início na contagem, e não se prorroga caso o último dia seja
domingo ou feriado.

O Artigo 6º do Código de Processo Penal brasileiro detalha as etapas iniciais que a autoridade policial deve
seguir ao tomar conhecimento de uma infração penal. Estas etapas incluem:

• A ida ao local do crime para preservar a cena até a chegada dos peritos.

• Apreensão de objetos relacionados ao fato após a liberação pelos peritos.

• Coleta de provas relevantes para esclarecer o fato e suas circunstâncias.

• Oitiva do ofendido e do indiciado, com a presença de testemunhas.

• Realização de reconhecimentos, acareações, exames de corpo de delito e outras perícias necessárias.

• Identificação do indiciado e coleta de informações sobre sua vida pregressa, condição econômica,
atitude e estado de ânimo.

• Coleta de informações sobre filhos do indiciado, incluindo idades, deficiências e contato de


responsáveis.

Além disso, algumas observações importantes são:

• Não há nulidades na fase do inquérito policial.

• Denúncias anônimas não embasam a instauração do inquérito, mas justificam diligências


preliminares.

• A requisição do Ministério Público obriga a instauração do inquérito pela autoridade policial, a menos
que seja manifestamente ilegal.

• As provas produzidas durante o inquérito podem ser utilizadas por qualquer das partes ou pelo juiz.

O encerramento do inquérito policial segue um procedimento específico após a conclusão das


investigações criminais. O delegado responsável elabora um relatório detalhado das diligências,
testemunhas ouvidas e indicação de pessoas relevantes não ouvidas. Esse relatório, junto com os autos do
inquérito, é então enviado ao juiz. A autoridade policial deve abster-se de emitir julgamentos no relatório,
limitando-se a apresentar as informações e impressões obtidas. Há prazos definidos para a conclusão do
inquérito, variando se o acusado está preso ou solto, e em certos casos, o prazo pode ser prorrogado. Após
o encerramento, o inquérito pode ser arquivado, mas este arquivamento não é definitivo e pode ser
revisto se surgirem novas provas.

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TITULARIDADE E INSTAURAÇÃO

A titularidade para a instauração do inquérito policial nas infrações que seguem a ação penal pública
incondicionada recai sobre a autoridade policial, que pode iniciar o procedimento de ofício, sempre que
tiver conhecimento da prática de um delito dessa natureza. Além disso, o inquérito pode ser instaurado
por requisição do Ministério Público (MP), por requerimento da vítima ou de seu representante legal e
através do auto de prisão em flagrante.

Prazos para Conclusão

Os prazos para a conclusão do inquérito policial variam conforme a situação do indiciado (se preso ou
solto) e a natureza jurisdicional da infração (se de competência da Justiça Comum ou Federal, por
exemplo). Em regra, o Código de Processo Penal estipula prazos de 10 dias para indiciado preso e 30 dias
para indiciado solto, com possibilidades de prorrogação e especificidades para determinados tipos de
crime, como os relacionados à Lei de Drogas.

Características do Inquérito Policial

O inquérito policial é caracterizado pela dispensabilidade, ou seja, a ação penal pode ser iniciada mesmo
sem a realização prévia do inquérito, embora este seja comumente utilizado para fundamentar o início da
ação penal. O procedimento é marcado pela informalidade e a oficiosidade, com a autoridade policial
tendo a prerrogativa de instaurá-lo ex officio em casos de ação penal pública incondicionada.

Princípio do Contraditório e Diligências Investigatórias

Apesar de o inquérito policial não contemplar os direitos fundamentais ao contraditório e à ampla defesa,
sendo qualificado como inquisitivo, tanto o ofendido quanto o indiciado têm o direito de requerer
diligências investigatórias. Essas diligências poderão ser realizadas a critério da autoridade policial.

Prisão Temporária

A prisão temporária, como medida cautelar no decorrer do inquérito policial, deve observar a adequação à
gravidade do crime, às circunstâncias do fato e às condições pessoais do indiciado, refletindo o princípio da
proporcionalidade.

GRAU DE COGNIÇÃO, VALOR PROBATÓRIO

O grau de cognição refere-se ao nível de profundidade e abrangência com que o juiz examina as provas e
argumentos apresentados pelas partes. No processo penal, busca-se alcançar uma cognição exauriente,
na qual o juiz realiza uma análise detalhada e completa das provas para formar sua convicção sobre os
fatos da causa.

O valor probatório, por outro lado, diz respeito à força que determinada prova possui para convencer o
juiz sobre a veracidade de um fato alegado. Diferentes tipos de prova (documental, testemunhal, pericial,

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entre outras) podem ter diferentes pesos no processo, dependendo de diversos fatores como a qualidade,
a relevância e a consistência com outras provas apresentadas.

Um exemplo interessante do valor probatório é a palavra da vítima no processo penal, especialmente em


delitos cometidos sem testemunhas, como os crimes contra a dignidade sexual e a violência doméstica.
Nesses casos, a palavra da vítima adquire especial relevância e pode ser suficiente para sustentar um
decreto condenatório, desde que seja consistente e esteja em harmonia com os demais elementos
probatórios do processo. Esse entendimento foi reforçado por decisões do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), que reconhecem a importância da palavra da vítima nesses contextos, valorizando-a como prova
significativa quando acompanhada de outros indícios que corroborem sua veracidade.

Além disso, a delação premiada também possui um papel destacado no valor probatório dentro do
processo penal, especialmente em casos de organizações criminosas. A legislação brasileira estabelece
critérios específicos para a avaliação da delação premiada, considerando-a um meio importante de
obtenção de provas, desde que acompanhada de evidências que confirmem as informações fornecidas
pelo delator.

NOTITIA CRIMINIS, DELATIO CRIMINIS

Notitia Criminis e Delatio Criminis são termos latinos utilizados no contexto jurídico para se referir às
formas de comunicação de um crime às autoridades competentes. Esses conceitos são fundamentais no
direito processual penal, pois marcam o início formal das investigações sobre uma possível infração penal.

Notitia Criminis

Notitia Criminis refere-se ao conhecimento da ocorrência de um crime por parte das


autoridades, seja por meio de sua descoberta direta ou por ter sido notificado por terceiros. Este termo
abrange tanto a descoberta espontânea do crime pela autoridade policial quanto a informação recebida de
fontes externas, que pode ser oficial ou não. A notitia criminis desencadeia uma série de procedimentos
legais e investigações preliminares para confirmar a ocorrência do crime e identificar seus autores.

Delatio Criminis

Delatio Criminis, por outro lado, é a denúncia formal de um crime, que pode ser feita por qualquer pessoa
que tenha conhecimento da infração penal. A delatio criminis pode ser classificada em:

5. Delatio Criminis Simples: Quando a denúncia é feita por qualquer cidadão que não tem a obrigação
legal de denunciar o crime.

6. Delatio Criminis Postulatória: Quando a denúncia é feita por alguém com interesse jurídico,
solicitando a abertura de uma investigação ou ação penal.

7. Delatio Criminis Inqualificada: Ocorre quando a denúncia é feita sem a identificação do


denunciante.

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Ambos os conceitos são vitais para o funcionamento do sistema de justiça criminal, pois permitem que as
autoridades sejam informadas sobre crimes e tomem as medidas necessárias para investigá-los e,
eventualmente, punir os responsáveis. A participação da comunidade por meio da delatio criminis é um
componente crucial no combate à criminalidade, refletindo a ideia de que a segurança pública é uma
responsabilidade compartilhada entre o Estado e os cidadãos.

O tratamento legal e as consequências da notitia criminis e da delatio criminis variam conforme a


legislação de cada país, mas em muitos sistemas jurídicos, esses mecanismos asseguram que crimes não
permaneçam ocultos e que as vítimas ou testemunhas possam buscar justiça.

PROCEDIMENTOS INVESTIGATIVOS, INDICIAMENTO, GARANTIAS DO INVESTIGADO

Os procedimentos investigativos no âmbito do direito processual penal são essenciais para a apuração de
infrações penais e a responsabilização de seus autores. Eles incluem um conjunto de ações realizadas por
autoridades competentes, como a polícia judiciária, com o objetivo de coletar provas e informações que
permitam esclarecer a ocorrência de um crime, sua autoria e circunstâncias. Esses procedimentos são
fundamentais para o início de uma ação penal adequada.

Procedimentos Investigativos

Os procedimentos investigativos podem variar conforme a natureza do crime e a legislação de cada país,
mas geralmente incluem a coleta de depoimentos, a realização de perícias, buscas e apreensões,
interceptações telefônicas (quando permitidas por lei), e outras diligências. A eficácia dessas investigações
é crucial para o sistema de justiça penal, pois a qualidade das provas coletadas influenciará diretamente no
resultado do processo.

Indiciamento

O indiciamento é um ato pelo qual a autoridade policial atribui formalmente a alguém a prática de uma
infração penal, após a coleta de indícios suficientes de autoria e materialidade durante a investigação. O
indiciado passa, então, a figurar oficialmente como suspeito na investigação policial. Este é um momento
significativo na investigação, pois a partir do indiciamento são impostas ao investigado restrições e deveres
processuais específicos, além de garantir a ele direitos fundamentais, como o de defesa.

Garantias do Investigado

As garantias do investigado são um conjunto de direitos fundamentais assegurados pela legislação e por
tratados internacionais de direitos humanos, que visam proteger a dignidade e a liberdade da pessoa sob
investigação. Entre as principais garantias, destacam-se:

8. Presunção de inocência: O investigado deve ser considerado inocente até a declaração final de
culpabilidade por sentença penal condenatória transitada em julgado.

9. Direito ao silêncio: O investigado tem o direito de não produzir provas contra si mesmo.

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10. Direito à defesa técnica: O investigado tem o direito de ser assistido por um advogado durante
todo o processo investigativo e processual.

11. Direito de ser informado sobre as acusações: O investigado deve ser claramente informado sobre
os fatos que lhe são imputados.

12. Direito à dignidade durante o processo: O investigado não deve ser submetido a tratamento
desumano, cruel ou degradante.

Essas garantias são essenciais para assegurar um processo justo e equitativo, evitando abusos por parte
das autoridades e protegendo os direitos fundamentais dos indivíduos. A observância das garantias do
investigado reflete o compromisso do Estado de Direito com a justiça e a proteção dos direitos humanos.

Mapa mental

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Resumo do Inquérito Policial
O Inquérito Policial caracteriza-se por sua natureza inquisitória, concentrando poder no Delegado de
Polícia, que é o único presidente do procedimento. Trata-se de um procedimento administrativo, distinto
de processos judiciais, e é preprocessual, atuando como preliminar ao processo judicial. É importante
notar que é dispensável para o oferecimento da denúncia, ou seja, não é obrigatório para que o Ministério
Público (MP) atue.

Este procedimento é indisponível, pois o delegado não tem autoridade para arquivá-lo; é oficioso, no
sentido de que, em casos de crimes de ação penal pública incondicionada, o delegado deve agir de ofício. É
também oficial, presidido por uma autoridade legalmente reconhecida. O inquérito policial não permite
contraditório nem ampla defesa, sendo essencialmente um meio de coleta de informações, não de provas
em si, mas de meios de obtenção de provas.

Os vícios presentes no inquérito policial não afetam a validade do processo subsequente. Ainda, os autos
do inquérito são acessíveis ao advogado do investigado, embora as futuras diligências que não estejam
documentadas não sejam.

O indiciamento é um ato privativo do Delegado de Polícia, indicando a probabilidade de o investigado ser o


autor do delito. O indiciamento indireto ocorre quando o paradeiro do suspeito é desconhecido. Sobre o
arquivamento, o STF entende que o arquivamento por excludente de ilicitude faz coisa julgada formal
(podendo ser desarquivado futuramente), enquanto o STJ vê como coisa julgada material (não passível de
revisão).

A falta de relatório final no inquérito não gera nulidade e não contamina a ação penal subsequente.
Renato Brasileiro descreve o inquérito como um conjunto de diligências. O trancamento do inquérito pode
ocorrer via Habeas Corpus por vícios em sua instauração, como uma instauração baseada em denúncia
anônima sem verificação de veracidade ou abuso de autoridade.

Finalmente, o arquivamento indireto acontece quando o juiz, diante da ausência de denúncia pelo MP,
considera as razões de incompetência da autoridade como um pedido de arquivamento, remetendo o caso
para revisão ministerial pelo Procurador-Geral da Justiça (PGJ) ou Procurador-Geral da República (PGR).

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Questão 1 Prova: IDECAN - 2023 - Prefeitura de São Caetano do Sul - SP - Guarda Civil Municipal

Quanto ao Inquérito Policial, assinale a alternativa correta.

Alternativas

A) Para verificar a possibilidade da infração ter sido praticada de determinado modo, a autoridade policial
sempre deverá proceder à reprodução simulada dos fatos, mesmo que esta contrarie a moralidade ou a
ordem pública.

B) O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver
preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de
prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

C) Todas as peças do inquérito policial serão, num só processo, reduzidas a escrito ou datilografadas e,
neste caso, rubricadas pelo escrivão.

D) Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal
figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos
extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no
exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23 do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado deverá constituir defensor.

QUESTÃO: IDECAN - 2023 - Prefeitura de São Caetano do Sul - SP - Guarda Civil Municipal

TEMA: Inquérito Policial

RESPOSTA CORRETA: B - O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se
executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

COMENTÁRIO:

13. A alternativa correta é a Letra B, que descreve de maneira precisa os prazos legais para a conclusão
do inquérito policial, conforme estipulado pelo Artigo 10 do Código de Processo Penal (CPP). Este
artigo estabelece que, em casos de prisão em flagrante ou prisão preventiva, o inquérito policial
deve ser finalizado em 10 dias, contados a partir da execução da ordem de prisão. Para os
indiciados que não estão presos, o prazo se estende para 30 dias, podendo ser prorrogado sob
certas condições, o que reflete a necessidade de agilidade e eficiência na apuração dos fatos em
situações de restrição de liberdade.

As demais alternativas apresentam incorreções importantes em relação ao procedimento e regras do


inquérito policial:
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• Letra A: Indica que a reprodução simulada dos fatos deve sempre ser realizada, mesmo que contrarie
a moralidade ou a ordem pública. No entanto, o Art. 7 do CPP especifica que a reprodução simulada
pode ser feita desde que não contrarie a moralidade ou a ordem pública, destacando a importância
do respeito aos princípios éticos e à ordem social durante a investigação.

• Letra C: Afirma que todas as peças do inquérito devem ser rubricadas pelo escrivão, quando, na
verdade, devem ser rubricadas pela autoridade responsável pelo inquérito, conforme o Art. 9 do
CPP. Isso sublinha a responsabilidade da autoridade policial pela condução e validação dos
procedimentos investigativos.

• Letra D: Sugere que o indiciado deve constituir defensor em certos casos, mas o correto, de acordo
com o Art. 14-A do CPP, é que o indiciado pode constituir defensor. Isso reforça o direito de defesa,
permitindo, mas não obrigando, a constituição de um defensor nas situações descritas.

Gabarito : B

Questão 1

Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - Prefeitura de Boa Vista - RR - Guarda Municipal

Relativamente ao inquérito policial, assinale a opção correta.

Alternativas

A) O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para
novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

B) É vedada a requisição de diligências pelo indiciado em inquérito policial, por ser providência a cargo
exclusivo dos órgãos de persecução penal.

C) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito.

D) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito, por falta de base para a denúncia, a autoridade
policial não poderá proceder a novas pesquisas se de outras provas tiver notícia.

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Questão 2

Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área: Judiciária

Acerca do inquérito policial, assinale a opção correta.

Alternativas

A) As diligências requeridas pelo ofendido no curso do inqérito policial deverão ser realizadas pela
autoridade policial.

B) Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, não acompanharão os autos
do inquérito.

C) Nos crimes de ação privada, a lei permite que autoridade policial instaure inquérito policial ainda que
não haja o requerimento ofendido.

D) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito não é cabível recurso.

E) Nos crimes em que a ação pública depender de representação o inquérito não poderá sem ela ser
iniciado.

Questão 3

Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RO - Escrivão de Polícia

No que se refere ao inquérito policial, assinale a opção correta.

Alternativas

A) O inquérito policial é nulo se não observar os princípios do contraditório e da ampla defesa.

B) A característica pública das investigações auxilia na apuração dos fatos e na identificação dos culpados.

C) O delegado pode arquivar o inquérito quando verificar que o fato criminoso não ocorreu.

D) O inquérito policial é um processo administrativo com valor probatório pleno.

E) O inquérito é procedimento dispensável quando o titular da ação penal tiver informações suficientes
para propor a ação.

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Questão 4

Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RO - Escrivão de Polícia

Para a instauração do inquérito policial pelo delegado, em regra, será necessária a manifestação da vítima
nos crimes de

Alternativas

A) bigamia e furto.

B) ameaça e estelionato.

C) calúnia e falsidade ideológica.

D) injúria e estupro.

E) difamação e aborto.

Questão 5

Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RO - Datiloscopista Policial

Mirtes, com 19 anos de idade, foi forçada a praticar ato sexual com seu patrão, Carlos. Por ter a vítima
demorado alguns dias para ir até a delegacia de polícia registrar a ocorrência, não foi possível realizar a
perícia. Carlos foi ouvido no inquérito policial e indiciado.
Em relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta.

Alternativas

A) A instauração do inquérito policial está condicionada à representação de Mirtes no prazo legal.

B) Durante o indiciamento, é indispensável a presença de advogado, assegurados ao indiciado o


contraditório e a ampla defesa.

C) Conforme o princípio da especialidade, a conduta de Carlos tipifica o crime de assédio sexual no


ambiente de trabalho.

D) Configura causa de aumento de pena nos crimes sexuais o fato de o agente ser empregador da vítima.

E) Dada a falta do exame de corpo de delito, eventual confissão de Carlos pode suprir a ausência da perícia.

Respostas 1: A 2: E 3: E 4: B 5: D

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Questão 1: Resposta A
A resposta correta indica que o Ministério Público pode, de fato, requerer a devolução do inquérito policial
à autoridade policial para a realização de novas diligências que sejam consideradas imprescindíveis ao
oferecimento da denúncia. Isso reflete o papel do Ministério Público como órgão responsável pela
condução da ação penal.
Questão 2: Resposta E
A alternativa E acerta ao afirmar que, nos crimes em que a ação pública depender de representação, o
inquérito não pode ser iniciado sem ela. Isso destaca o papel da representação como um elemento
necessário para o início da ação penal em certos casos, respeitando os princípios de disponibilidade e
legalidade.
Questão 3: Resposta E
Esta resposta aponta que o inquérito policial é um procedimento que pode ser dispensado se o titular da
ação penal já tiver informações suficientes para ajuizar a ação. Isso está alinhado com a natureza do
inquérito policial, que é um procedimento administrativo de caráter informativo.
Questão 4: Resposta B
A resposta correta, alternativa B, indica que, em regra, será necessária a manifestação da vítima nos crimes
de ameaça e estelionato para a instauração do inquérito policial. Esses crimes frequentemente são de ação
penal pública condicionada, ou seja, dependem de representação da vítima para que se dê início à ação
penal.
Questão 5: Resposta D
A alternativa D é a correta e aponta que a condição de empregador do agente é uma causa de aumento de
pena nos crimes sexuais. Isso reflete um entendimento mais rigoroso do ordenamento jurídico quanto às
relações de poder e sua influência na tipificação de crimes.

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