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Ética Profissional

Prof. Alvaro de Azevedo Gonzaga

SOCIEDADE DE ADVOGADOS
SOCIEDADE DE ADVOGADOS

• Arts. 15 a 17 do EAOAB
• Arts. 37 a 43 do RGEAOAB
SOCIEDADE DE ADVOGADOS

I. Personalidade jurídica

O registro dos atos constitutivos da sociedade de advogados, inclusive as sociedades


unipessoais, deve ser feito no Conselho Seccional da OAB onde será fixada a
sociedade. Somente podem integrar a sociedade advogados regularmente inscritos nos
quadros da OAB.

ATENÇÃO!!

O registro da sociedade deve ser feito no Conselho


Seccional.
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II. Unipessoalidade

A lei 13.247/2016 permite que advogados constituam sociedades unipessoais,


observando-se todo o regramento ético estatutário, vigindo todas as regras dispostas
neste capítulo para esse tipo de sociedade. A sociedade unipessoal de advocacia pode
resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de
advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração.

EXEMPLO:

Uma sociedade com dois sócios tem um deles


falecido. Pode o outro advogado unificar as quotas e
transformar tal sociedade em unipessoal.
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IV. Procurações

Devem ser outorgadas individualmente aos sócios e aos demais advogados (associados
ou empregados). Deve ser indicada na procuração a sociedade e o número do seu
Registro no Conselho Seccional.
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V. Integrar somente uma sociedade por Conselho Seccional

Os sócios não podem integrar mais de uma sociedade, como sócios, onde haja sede ou
filial da sociedade. Assim, seja matriz ou filial, no mesmo Conselho Seccional, o
advogado só pode integrar uma sociedade. O mesmo se aplica às sociedades
unipessoais.
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VI. Filial (art. 15, § 5º do EOAB)

O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado


junto ao Conselho Seccional sob o qual se instalar, além de ser averbado no CNSA –
Cadastro Nacional das Sociedades de Advogados. Os ajustes de associação ou de
colaboração, também devem ser averbados junto ao CNSA.

Inscrição suplementar (Provimento 126/2008)

Na hipótese de o escritório abrir uma filial, inclusive as


sociedades unipessoais, em outro Conselho Seccional
(Estado), deve-se pedir a inscrição suplementar para todos os
sócios.
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VII. Interesses opostos dos clientes (art. 15, § 6º, EOAB)

A sociedade de advogados não pode patrocinar causas de clientes com interesses


opostos. Essa vedação se estende a todos os integrantes de qualquer escritório ou
sociedade que sejam ou não sócios. Caso o advogado pratique isso, estará incorrendo
no crime de patrocínio simultâneo, ou tergiversação.
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VIII. Denominação

O nome ou o prenome de pelo menos um dos sócios deve compor a denominação da


sociedade seguido da expressão indicativa de sociedade de advogados (“advogados
associados” ou “advocacia”). No caso de sociedades unipessoais, deve constar o nome
ou o prenome do advogado sócio.

ATENÇÃO!!

A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente


formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão
“Sociedade Individual de Advocacia”.

É VEDADO:

Nome fantasia que leve à mercantilização da profissão (art. 16 do EOAB).


Entretanto, o Provimento 112/2006 do Conselho Federal da OAB permite a
utilização do símbolo “&” para nomenclatura de sociedade de advogados.
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VIII. Denominação

Exemplos de nomes Exemplos de nomes


permitidos proibidos

• Azevedo Advogados e • $ó Progresso Advogados e


Associados Associados
• Aguiar Advogados e • As Panteras Advogadas e
Associados Associadas
• Trombini Advogados e • Marília e Mendonça
Associados Advogados e Associados
• Lopes Advogados e • Sucesso Garantido
Associados Advogados e Associados
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IX. Licença de sócio (art. 16, § 2º do EOAB)

Para exercer atividade incompatível com advocacia em caráter temporário. Deve ser
averbada no registro da sociedade, não se alterando sua constituição.
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X. Exercício conjunto de atividade diversa da advocacia (art. 16, § 3º do
EOAB)

É proibido o registro de sociedade que inclua outra finalidade que não seja a advocacia,
assim é proibida a união de um escritório de Advocacia com um de Economia, por
exemplo.

EXEMPLO:

Silva & Santos Advogados e Imobiliária


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XI. Responsabilidade dos sócios

Os sócios, inclusive os unipessoais, respondem subsidiariamente e ilimitadamente pelos


danos causados ao cliente. Ou seja, todos os prejuízos na esfera civil (danos morais ou
materiais) deverão ser respondidos de maneira subsidiaria e ilimitada entre os sócios.

ATENÇÃO!!

Disciplinarmente e criminalmente,
não poderá haver responsabilização
para o sócio que não praticou o
dano.
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XII. Associação de advogados apenas para a participação nos resultados
(art. 39 do RGEOAB)

A sociedade de advogados pode associar-se com advogados, sem vínculo de emprego,


para participação nos resultados, sendo que nas causas em que atua responde ilimitada
e subsidiariamente pelos danos causados ao cliente.
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XII. Poderes dos sócios (Provimento 112/2006 do Conselho Federal da
OAB)

a) Todos os sócios têm direito a voto nas deliberações do escritório de advocacia. Vale
frisar que isso não significa que os votos de todos os sócios tenham o mesmo valor
ou que todos os sócios tenham de votar em todos os temas deliberados.
b) A administração da sociedade de advogados deve ser feita somente por advogados
(e não por um administrador profissional).
c) As deliberações da sociedade de advogados não precisam ser aprovadas por
unanimidade, como estabelece o Código Civil para as sociedades comuns. Basta
que a deliberação obtenha maioria simples para fazer uma alteração contratual.

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