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Enunciado nº 473 - A imagem, o nome ou a voz não podem ser utilizados para a
integralização do capital da EIRELI.
OBS: EIRELI não é sociedade, mas sim empresa individual. Assim, qualquer
expressão que se refira a sociedade (social, sócio ou outra) caso aplicada a EIRELI,
torna a alternativa incorreta. Por exemplo: o sócio da EIRELI.
Continuidade da Empresa por incapaz (artigos 974 e 975, do CC): O incapaz não
pode iniciar uma atividade empresária, mas pode continuá-la nos casos em que a receba
por herança ou no caso de incapacidade superveniente (artigo 974, do CC). Poderá o
incapaz continuá-la, desde que tenha alvará judicial, de modo que os bens que já possuía
não ficam sujeitos ao resultado da atividade. Tal regra existe para dar atendimento ao
princípio da “Preservação da Empresa”.
OBS: O incapaz não pode abrir empresa para não comprometer seu patrimônio
pessoal. Todavia, o artigo 974, parágrafo terceiro do código civil permite que o
incapaz seja sócio de sociedade limitada, desde que o capital esteja integralizado e
que ele não pratique nenhum ato de gestão. Lembrem-se: pode ser sócio apenas de
sociedade limitada, nas condições mencionadas acima.
Nome empresarial (artigos 1158 e ss, do CC): Ao registrar a empresa, seja ela
individual ou coletiva, deve-se dar a ela um nome empresarial, o qual pode existir na
Nome Empresarial que cada tipo de empresa pode adotar: Memorize a tabela com
os tipos empresariais e com as modalidades de nome que cada um pode adotar.
Livros (artigos 1179 a 1195, do CC): Todo empresário é obrigado a escriturar livros,
dependendo a quantidade da natureza da atividade que exercer. No entanto, todo
empresário ou sociedade empresária estão obrigados a manter o livro diário. Assim, o
livro diário é obrigatório a todas as empresas.
Para que a venda seja válida, caso não sobre bens no patrimônio do alienante para pagar
os credores, necessário se faz que exista a concordância expressa ou tácita desses
credores no prazo de trinta dias.
Sociedade em Comum (artigos 986 a 990, do CC): Não possui personalidade jurídica
porque não foi registrada. Também é conhecida como sendo irregular. A
responsabilidade dos sócios é ILIMITADA, mas há o benefício de ordem (art. 1024, do
CC), perdendo esse benefício apenas o sócio que contrata pela sociedade (artigo 990, do
CC). Não possui nome empresarial.
Sociedades Personificadas: São aquelas que possuem personalidade jurídica por terem
sido registradas. Elas se subdividem, por sua vez, em simples ou empresária. A
sociedade empresária será aquela que exerce atividade econômica de forma profissional
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de Pequeno Porte, Direito Societário, Títulos de Crédito, Marcas e Patentes,
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e organizada. O que diferencia a sociedade simples da empresária não é o exercício da
atividade econômica, pois ambas praticam, mas a empresária a pratica com
profissionalismo e organização. A sociedade simples é registrada no Ofício de Registro
Civil das Pessoas Jurídicas e a sociedade empresária na Junta Comercial. A S.A. será
sempre empresária, a sociedade cooperativa será sempre simples (artigos 982, § único,
do CC). A limitada, a nome coletivo e a comandita simples pode ser simples ou
empresária, dependendo de como exerce seu objeto social.
Sociedade em Nome Coletivo (artigos 1039 a 1044, do CC): Tipo societário mais
simples que existe. Todos os sócios respondem de forma ilimitada pelas dívidas sociais.
Apenas pessoa física pode ser sócia. Apenas sócios podem ser administradores. O nome
empresarial deve ser necessariamente a modalidade firma.
Sociedade em Comandita Simples (artigos 1045 a 1051, do CC): Tipo societário que
consagra duas modalidades de sócios: Comanditado, aquele que pratica atos de gestão e,
por isso, responde ilimitadamente pelas dívidas sociais; comanditário, também
conhecido como investidor, que não pratica atos de gestão e, por isso, responde de
forma limitada pelas obrigações sociais. O nome empresarial deve ser necessariamente a
modalidade firma, composta apenas com o nome dos sócios comanditados.
Sociedade LTDA (artigos 1052 a 1087, do CC): Traz responsabilidade limitada para
os sócios, mas todos respondem pela integralização do capital (art. 1052, do CC). Na
omissão do contrato social, serão regidas em caráter subsidiário pelas regras da
sociedade simples, mas o contrato poderá prever expressamente a regência supletiva
pela lei de sociedade anônima (art. 1053, do CC). O capital social é dividido por cotas,
de modo que os sócios apenas podem integralizá-lo com bens ou dinheiro (artigo 1055,
§2º, do CC), sendo proibida a integralização com prestação de serviços, ou seja, é
proibido o sócio de indústria. Na omissão do contrato social, o sócio só poderá vender
suas cotas a terceiros desde que não exista a discordância de mais de ¼ do capital social.
Pode utilizar a modalidade firma ou denominação de nome empresarial. O
administrador pode ser sócio ou não. Os sócios deliberarão por meio de assembleia
geral, caso o número de sócios seja maior que dez, ou poderão optar por deliberarem
Sociedade Anônima (Lei nº. 6404/76): Tipo societário voltado às grandes empresas.
Será sempre uma sociedade empresária e de capital (art. 1/2º); seu capital social é
dividido por ações, de modo que os sócios apenas podem integralizá-los com bens ou
dinheiro (art.7º), sendo proibido nesse tipo societário o sócio de indústria; O nome
empresarial deve ser sempre denominação, mas o nome do fundador ou de um sócio
importante pode figurar no nome da empresa, mas isso não descaracteriza a
denominação (art. 3º); A S.A pode ser classificada em aberta ou fechada (art. 4º). S.A.
Fechada: É aquela que não negocia seus valores mobiliários no mercado de capitais;
S.A Aberta: É aquela que negocia seus valores mobiliários no mercado de capitais;
Mercado de Capitais:
O mercado de capitais é o ambiente composto pela bolsa de valores e pelo mercado de
balcão (via de regra quem faz as vezes do mercado de balcão são as instituições
financeiras), onde serão vendidos os valores mobiliários de uma S.A Aberta;
Valores Mobiliários: São papéis emitidos pela S.A para captação de recursos. Os
principais valores mobiliários que uma S.A emite são: Ações; Debêntures; Partes
Beneficiárias e Bônus de Subscrição: Ações (artigos 11 a 18): Valores Mobiliários que
compõem o capital de uma sociedade anônima. Pode ser ordinária, preferencial ou de
gozo ou fruição. As ações ordinárias sempre conferem ao seu titular o direito de voto,
ao passo que a ação preferencial pode ou não conferir direito de voto, mas em troca
atribui vantagens patrimoniais como, por exemplo, partilhar os lucros em primeiro
lugar; Debêntures (artigos 52 a 54): São empréstimos feitos pela população em geral às
Sociedades Anônimas. Quando uma pessoa compra uma debenture de uma S.A nada
mais estará fazendo do que emprestando dinheiro a ela. As debentures podem ter
garantia real (quando a S.A. aliena um bem específico como forma de pagamento da
dívida) ou podem ter garantia flutuante (quando a S.A. aliena todo seu patrimônio como
forma de pagamento da dívida); Partes Beneficiárias (artigos 46 e 47): São valores
Caso algum bem seja arrecadado no procedimento falimentar, mas não seja de
propriedade da massa falida, caberá ao legítimo proprietário entrar com pedido de
restituição (art. 85). As obrigações do falido são extintas quando ele paga todo o crédito,
ou até 50% dos créditos quirografários, ou após cinco anos o término do processo
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falimentar caso não tenha cometido nenhum crime, ou após 10 anos o término do
processo falimentar caso tenha cometido crime.
Recuperação de Empresas: Instituto voltado para a empresa que passa por crise, mas
que ainda é viável. Será elaborado um plano que será submetido à aprovação dos
credores. Caso esses o aprovem, instaurada estará a recuperação, que poderá ser judicial
ou extrajudicial. O descumprimento do plano acarretará na falência da empresa.
Para se requerer a recuperação, a empresa precisa ser registrada há pelo menos dois
anos, não ter obtido outro plano de recuperação nos últimos cinco anos e não ter sido
declarada falida ou caso tenha, que estejam extintas suas obrigações (art. 48, da Lei
n.11.101/05).
A recuperação nada mais é do que uma proposta enviada aos credores, de forma que ela
poderá chegar até eles de duas formas:
Recuperação Judicial: empresa elabora o plano e entrega nas mãos do poder Judiciário
para ser levado aos credores. A empresa entrará com uma petição inicial em juízo,
chamada de pedido de recuperação judicial. O magistrado analisando se a empresa
cumpre os requisitos exigidos pelos artigos 48 e 51 poderá deferir o processamento da
recuperação judicial. Deferido o processamento a empresa não pode mais desistir do
plano, sob pena de ter sua falência decretada e terá de apresentar o plano (proposta) no
prazo improrrogável de 60 dias, sob pena de ter sua falência decretada (artigos 52 a 54).
Apresentado o plano, o magistrado o levará até os credores para sua aprovação ou
rejeição (art. 45). Aprovado o plano a empresa estará em recuperação judicial; rejeitado
o plano, será decretada sua falência.
Recuperação Extrajudicial: Empresa elabora e leva diretamente aos credores, mas na
recuperação extrajudicial a empresa não poderá negociar com trabalhadores nem com o
fisco (artigo 161).
Na Recuperação Judicial a empresa poderá negociar com todos os credores; Na
Extrajudicial não poderá negociar com trabalhadores e fisco (artigo 161, da Lei
n.11.101/05).
Cheque (Lei 7357/85): Título de crédito não causal, de modelo vinculado, em que o
emitente ordena que a instituição financeira pague o beneficiário. Não se fala em aceite
no cheque, pois a instituição financeira pagará ou não referido título se o emitente tiver
ou não fundos em sua conta corrente. Cheque administrativo: Aquele emitido pela
própria instituição financeira contra ela mesma; Cheque visado: aquele em que a
instituição financeira comprova ter o cliente fundos suficientes para o seu pagamento;
Cheque Cruzado: não pode ser pago em dinheiro, por meio de recebimento na boca do
caixa. O Cheque cruzado só será pago mediante depósito em conta. O prazo
prescricional do cheque é de 6 meses, contados após o término do prazo de apresentação
(art. 59 c/c 33). O prazo de apresentação do cheque será de 30 ou 60 dias, dependendo
se ele for de mesma ou de praças diferentes. Expirado o prazo prescricional o credor
ainda poderá ingressar com ação monitória, no prazo de cinco anos contados de sua
emissão. Ver súmulas 503 a 505, do STJ.