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Aula 0 - Introdução, empresa

mpresa e empresário ............................................................................

Fontes do Direito Empresarial

. os usos e costumes só devem ser aplicados de forma subsidiária, quando houver lacuna na lei

Princípios do Direito Empresarial


Histórico do Direito Empresarial

1ª Fase: SUBJETIVISTA,, o Direito Comercial era o direito aplicado a alguns SUJEITOS específicos, se
organizavam nas chamadas Corporações de Ofício e Tribunais Consulares

2ª Fase: OBJETIVISTA,, o Estado é o regulamentador das regras do comércio, por meio do surgimento
de leis. em 1807 passa a vigorar na França o Código Comercial de Napoleão. É nesse Código que surge a
Teoria dos Atos De Comércio: comerciante é quem pratica os atos de comércio

No Br, Dom João cria a Real Junta de Comércio, Agricultura, Fábrica e Navegação. É nesse contexto e
nessa fase do Direito Comercial que entra em vigor o Código Comercial Brasileiro de 1850 que adotou a
teoria dos Atos De Comércio,, que deixou de ffora
ora muitas atividades, como serviços, produtor rural

A teoria dos atos de comércio foi se tornando obsoleta. Há, então, uma necessidade de reformulação
dessa teoria. Inicia-se
se a terceira fase

3ª Fase: surge a Teoria da Empresa, o Código Civil Italiano de 11942


942 influenciou a elaboração do nosso
Código Civil de 2002

. A teoria da empresa não usa o critério subjetivista e nem o critério objetivista, o critério de
classificação da teoria da empresa é o MATERIAL
Excluídos das Regras de Empresário

Aplicação do Conceito de Empresário

. Empresário Individual é uma pessoa física que responde de maneira ilimitada pelo exercício da
empresa
Capacidade e Impedimento Legal para ser Empresário

. rol exemplificativo das pessoas impedidas por lei de serem empresários:


. antes da continuidade do exercício da empresa por incapaz, faz
faz-se
se necessária autorização judicial =
alvará judicial

. o empresário individual responde ilimitadamente com todos os seus bens pelo exercício da empresa,
então é preciso fazer esse levantamento de bens do incapaz para que esses bens, que ele já possuía e
que não tem nada a ver com a empresa, fiquem protegidos da responsabilidade da empresa

. a autorização concedida pelo juiz, chamada alvará jud


judicial,
icial, deve ser levada a registro para dar
publicidade e fazer com que os atos registrados possam gerar efeitos perante terceiros

. para o incapaz se emancipar: documento de emancipação


emancipação,, geralmente uma escritura pública, que
deve ser levado a registro também

Pode o incapaz ser sócio de uma sociedade? Pode sim, desde que cumpra os requisitos da lei abaixo
transcritos:
Empresário Casado

CônjugeNÃO pode ser sócioum


um do outro quando forem casados no regime da COMUNHÃO
UNIVERSAL DE BENS ou SEPARAÇÃO DE BENS OBRIGATÓRIA
. Os pactos antenupciais são os acordos feitos antes do casamento entre os cônjuges. Esses acordos ou
pactos influenciam na questão da divisão dos bens. Quando o regime for o da comunhão parcial de
bens não é preciso fazer o pacto antenupcial
antenupcial.. Nos outros regimes há essa necessidade

Registro do Empresário

Não há punição para a não inscrição, mas há consequências:


- O empresário irregular não pode solicitar a recuperação judicial

- Não pode ter CNPJ, não pode autenticar livros e nem emitir nota fiscal

- Não pode participar de licitação

Registro de Filial
A regra é simples, instituiu filial deve se INSCREVER lá no Estado da filial e AVERBAR no Estado da sede
Pequeno Empresário

. Pequeno empresário é o empresário individual que se enquadre como Microempresa e que tenha uma
receita bruta máxima de R$ 81.000,00
81.000,00ao ano

Produtor Rural

. o produtor rural tem a faculdade da inscrição ou seja, ele PODE fazer o registro. Se ele não fizer o
registro, ele não será considerado empresário. Se ele fizer o registro, ele será considerado empresário
Aula 1- Institutos complementares ............................................................................

1) REGISTRO

. atos de registro de alterações são chamados de averbações

. as sociedades simples devem fazer seus registros em forma de inscrição ou de averbação no cartório
chamado
amado Registro Civil de Pessoas Jurídicas (RCPJ)
Formalidades do Registro

. Se feito dentro de 30 dias conta


conta-se
se como constituída a empresa desde o dia da assinatura

. depois de 30 dias, a data a ser contada para produzir efeitos quanto a terceiros, é a da concessão do
registro

. O empresário individual deve ser o próprio requerente do registro

. nas sociedades, o registro deve ser pedido pelo administrador, caso ele não o faça, outro sócio ou
terceiro interessado pode fazer esse requerimen
requerimento

. A principal função do registro é dar publicidade aos atos e contratos


contratos.. Fazer com que os terceiros
possam ter acesso aos dados do empresário e das sociedades. E, por isso, antes de registrado, não é
possível se opor a alguma responsabilidade contra
contratual
tual contra terceiro, pois, como o ato não foi
registrado, o terceiro não tem como conhecer alguma cláusula específica daquele contrato não
registrado
2) ESCRITURAÇÃO
. Escriturar é organizar em um livro o que acontece no desenvolvimento da atividade ao longo dos dias,
reproduzindo nesses livros os conteúdos dos documentos que comprovam a operação escriturada

. A Escrituração possui três funções principais: GERENCIAL, DOCUMENTAL, FISCAL


. só podem fazer isso nos casos em que a exibição do livro for importante para a fiscalização e em
relação à apuração e ao pagamento do imposto. Podem solicitar até mesmo outros livros além dos
fiscais, mas precisam respeitar o escopo de que esse acesso deve ser apenas no exercício da fiscalização
e pagamento de impostos
PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

3) PREPOSTO

a) RegrasGerais
Teoria da Aparência
. caracteriza-se
se pelo princípio da boa
boa-fé

. considera-se
se perfeita a entrega de papéis, bens ou de valores feita a um preposto, como se fosse feita
ao próprio empresário

b) Contabilista ou Contador
. o empresário responde pela contabilidade da empresa, a exceção ocorre quando o contador agir de
má-fé, nesse caso quem responde é o contador

c) Gerente

4) NOME EMPRESARIAL
. é a expressão que identifica o empresário ou a sociedade empresária nas relações jurídicas que
formaliza em decorrência do exercício de sua atividade econômica

. firma individual = empresário individual; firma social = sociedade;

. A denominação é uma expressão de fantasia, um termo qualquer, seguido pelo objeto social
. tem correlação com o princípio da exclusividade e com o princípio da proteção dada ao nome
empresarial

Nome Empresarial em Cada Tipo de Sociedade


a) Empresário Individual de Responsabilidade Ilimitada

firma individual

b) Sociedade em Conta de Participação

NÃOtem
tem nome empresarial, pois trata
trata-se de uma sociedade não personificada

c) Sociedade em Comum

A sociedade em comum é um tipo de sociedade sem personalidade jurídica e, por isso, não tem previsão
de nome empresarial

d) Sociedade em Nome Coletivo

Sócios de responsabilidade ilimitada e por isso devem usar a firma social como nome empresarial

e) Sociedade em Comandita Simples

Possui alguns tipos de sócios com responsabilidade ilimitada e, por isso, deve usar a firma social como
nome empresarial

f) Sociedade em Comandita por Ações

Pode usar como nome empresarial firma ou denominação.. No final do nome deve ter a expressão
“Comandita por Ações” ou “C/A”, sendo uma faculdade colocar nesse nome a designação do objeto

g) Sociedade Limitada

Sociedade limitada pode usar firma ou denominação.. Ao final do nome, tem de ter a expressão
“Limitada” ou “LTDA”. Se, por qualquer motivo, o representante da sociedade limitada usar o nome
empresarial sem a expressão “Limitada”, ele, o administrador que fez esse uso indevido, responderá
solidária e ilimitadamente por tal ato

h) Sociedade Anônima

i) Sociedade Simples
j) Sociedade cooperativa

k) Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP)

A regra hoje é que não precisa mais colocar no nome empresarial os termos “ME” e “EPP”. Continua
sendo facultativo às MEs e EPPs a inclusão do objeto social no nome empresarial até que o DREI
estabeleça diretrizes sobre o caso

5) ESTABELECIMENTO

. são tanto bens materiais como imateriais, ou podemos dizer tangíveis e intangíveis

. Cada um dos bens considerados individualmente possuem um valor, quando esses bens são
organizados de forma a compor o estabelecimento, faz com que o valor do estabelecimento constituído
seja maior do que a soma de todos os bens individualmente considerad
considerados,
os, essa diferença de valor que é
o aviamento

. A doutrina chama o local onde funciona a empresa de pontocomercial

. Universalidade é o conjunto de elementos que podem ser considerados como coisa unitária quando
reunidos

. o estabelecimento é considerad
considerado uma universalidade
Ex. biblioteca, rebanho,, estabelecimento (maioria da doutrina)

Ex. massa falida, espólio

. para produzir EFEITOS perante terceiros é importante que sejam cumpridos os dois requisitos quanto
ao contrato: AVERBAR NA JUNTA COMERCIAL E PUBLICAR NA IMPRENSA OFICIAL
Quanto aos débitos trabalhistas é preciso conhecer a norma da Consolidação das Leis do Trabalho em
seu Artigo 448.
. O trespasse acarreta a sub-rogação
rogação dos contratos do estabelecime
estabelecimento
nto ao adquirente

. Uma exceção ocorre em relação aos contratos de caráter pessoal. A outra exceção ocorre quando o
próprio contrato de transmissão de estabelecimento dispõe de maneira contrária. E por último, nos
casos em que por motivo justo o contratant
contratante queira terminar o contrato

. Sobre o contrato de aluguel do imóvel onde funciona o estabelecimento:


Aula 2- Direito societário .........
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. AffectioSocietatis: a intenção, a vontade de ser sócio, de se juntar a outra pessoa e de assim


permanecer. Quando essa vontade acaba, a sociedade deve terminar

Simples ou Empresárias

. sociedade empresária é a sociedade que exerce profissionalmente atividade econômica organizada


para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Sociedades simples são as que não se
enquadram nos requisitos de empresário
Personificadas e não personificadas

Limitadas, Ilimitadas ou Mistas


Contratuais ou Estatutárias
. contrato social = sociedade contratual, regras do Código Civil

. estatuto social = estatutária/institucional, lei das SA

De Pessoas ou de Capitais

. modo de transferência da participação no capital social a terceiro que não seja sócio da
sociedade ou, ainda, quanto à composição do quadro societário, ou quanto à condição de
alienação da participação societária
. de pessoas quando os atributos pessoais de cada sócio forem importantes para a manutenção do
vínculo societário

. de capital, não importa a figura


ra do sócio, não há intervenção dos outros sócios em relação à entrada
de um novo sócio
SOCIEDADE EM COMUM
- sociedadeirregular

- sociedadede fato

. o sócio da sociedade em comum que negocia em nome da sociedade responde junto com a sociedade,
solidariamente pela responsabilidade em relação ao contrato que ele fez

. o patrimônio da sociedade em comum, ou seja, seus bens e direitos e suas obrigações, foi chamado
pelo legislador de patrimônio especial
especial.. Esse patrimônio especial responde pelas dívidas sociais
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
. Geralmente é feito um contrato social que só produz efeitos entre os sócios. Terceiros nem precisam
saber que existe esse contrato. E mesmo que o sócio queira registrar esse contrato, a sociedade em
conta de participação vai continuar não tendo personalidade jurídica

. Também chamada pela doutrina de sociedade secreta ou sociedade sigilosa. Por isso, chamam o sócio
participante de sócio oculto

Tipos de Sócios

. sócio ostensivo:: vai exercer a atividade, vai ser o responsável pela busca do lucro e por negociar com
terceiros e será o único a se responsabilizar perante terceiros

. sócio participante/oculto: participa do investimento e do lucro apenas, ele não se mete na relação
com terceiros, não participa do negócio, responde apenas com os compromissos que tenha feito junto
ao sócio ostensivo
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
. somente pessoas físicas podem ser sócios das sociedades em nome coletivo

. A responsabilidade dos sócios é solidária entre eles, ilimitada em relação a terceirose


terceiros subsidiária em
relação à sociedade

. Os sócios podem estabelecer uma responsabilidade entre eles diferente da solidária, mas essa regra só
vale entre eles; perante terceiros, eles continuam sendo responsáveis solidários e ilimitados

. regência supletiva as regras das sociedades simples:

Dissolução:
. o credor particular do sócio não pode pedir a d
dissolução
issolução parcial da sociedade em nome coletivo por
meio da liquidação da quota do sócio devedor (exceção se for sociedade por tempo limitado)

SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES


. comanditário pode ser pf ou pj

Dissolução:

SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES


. As regras para essa sociedade estão tanto no Código Civil como na Lei da Sociedades por Ações

. é sempre empresária, sócios comanditados com responsabilidade ilimitada e sócios comanditários


com responsabilidade limitada

. Somente sócios comanditados podem ser diretores ou gerentes nesse tipo de sociedade
SOCIEDADE COOPERATIVA

. apesar de serem sociedade simples, devem fazer seu registro nas Juntas Comerciais

. desenvolvem atividade econômica, visam o benefí


benefício
cio comum de seus sócios, o cooperativismo e a
mutualidade

. como a cooperativa é uma sociedade simples, não se sujeitaà falência prevista nessa lei
Aula 3- Sociedade simples e sociedade Limitada ....................................................................

SOCIEDADES SIMPLES
. as sociedades simples podem adotar os tipos: societário limitada, sociedade em nome coletivo,
sociedade em comandita simples ou, se quiser, ao invés de adotar um de desses
sses tipos, adotar as regras que
lhe são próprias

. a sociedade simples é um tipo de sociedade personificada, é uma sociedade contratual que adota
como instrumento de constituição o contrato social e como dissolução o distrato social
. pode o sócio da sociedade simples contribuir com serviços para o capital social
Cláusula leonina:
Quórum de Votação

Art. 997 visto acima

. pode o próprio contrato estipular que qualquer alteração contratual só possa ser feita com a
aprovação de todos
Direitos e Obrigações dos Sócios e Administradores
. Esses direitos e obrigações podem ser pessoais, como o de fiscalizar a administração, administrar a
sociedade e votar ou podem ser patrimoniais, como o direito a ser titular da cota do capital social,
participar dos lucros
. mesmo que o sócio saia da sociedade, por vender sua cota a outra pessoa, ele ainda continua
respondendo pelas dívidas sociais pelo prazo de dois anos. Ele responde solidariamente com o sócio
que entrou no seu lugar
. A culpa desse artigo é a culpa em sentido amplo que abrange tanto o dolo como a culpa em sentido
estrito

SOCIEDADES LIMITADAS
. pode ser simples ou empresária a depender de como é exercida sua atividade

. tipo de sociedade contratual

. O contrato social da limitada deve ter no mínimo as mesmas cláusulas das sociedades simples do
Artigo 997
. não há previsão de capital social mínimo para o início dessa sociedade

. Se o capital social estiver totalmente integralizado os sócios podem querer aumentar esse capital,
devendo ser feita a respectiva alteração contratual
. Mesmo que apenas um dos sócios que aporte o bem como capital social, todos respondem
solidariamente, já que todos concordaram com o valor atribuído ao assinarem o contrato social

. o contrato vai definir se a sociedade é de pessoas ou de capital


. Os sócios podem ser pessoas físicas ou podem ser pessoas jurídicas. Os administradoressão
administradores sempre
pessoas físicas

. não há previsão de responsabilidade dos administradores. Para os casos de responsabilidade dos


administradores devemos conhecer as regras sobre o assunto para as sociedades simples
. a designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios,
enquanto o capital não estiver integralizado

Conselho Fiscal
. órgão facultativo nas sociedades limitadas e por ser dispendioso é utilizado com mai
mais frequência pelas
sociedades de maior porte

. órgão que fiscalizará os administradores em nome dos sócios

. Os conselheiros do conselho fiscal serão remunerados pela sociedade


. As votações que elegem os conselheiros são feitas de acordo com a parti
participação
cipação no capital social de
cada sócio

. os sócios minoritários podem se reunir e eleger um conselheiro para o conselho fiscal


Deliberações Sociais
. decisões que afetam a sociedade como um todo na sociedade limitada precisam ser tomadas pelos
sócios de maneira colegiada
Assembleia Anual Obrigatória
Quórum de Votação

 Art. 1.061. A designação de administradores não sócios dependerá da aprovação de, no mínimo, 2/3 dos
sócios, enquanto o capital não estiver integralizado
integralizado,, e da aprovação de titulares de quotas
correspondentes a mais da metade do capital social, após a integralização

 Art. 1.076. Ressalvado


salvado o disposto no art. 1.061, as deliberações dos sócios serão tomadas:
 I - (revogado);
 II - pelos votos correspondentes a mais da metade do capital social,, nos casos previstos nos incisos II (designação dos
administradores, quando feita em ato separado), III (destituição dos administradores), IV (modo de sua remuneração,
quando não estabelecido no contrato)
contrato), V (modificação do contrato social), VI (a incorporação, a fusão e a dissolução
da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação) e VIII (pedido de concordata) do caput do art. 1.071 deste Código;
 III - pela maioria de votos dos presentes
presentes,, nos demais casos previstos na lei ou no contrato, se este não exigir maioria
mais elevada.

Aula 4- Sociedades Anônimas ....................


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. é uma sociedade decapital,, a qualificação ou os atributos dos sócios nada importam, pagou o valor
devido, você será o detentor da ação

. a entrada e saída de sócios independe da anuência dos outros sócios


. é uma sociedade constituída por meio de um estatuto social

. podem os fundadores escolher como atividade econômica qualquer uma daquelas previstas na lista de
atividades chamada CNAE

. pode uma sociedade anônima ser constituída normalmente com o fim de participar de outras
sociedades formando assim grupos societários

. as SA buscam recursos junto ao público em geral pela emissão de valores mobiliários (ações,
debêntures, partes beneficiárias, bônus de subscrição
subscrição)

. As ações de uma sociedade anônima aberta são de livre negociação e ao serem emitidas, na sua
primeira venda, são colocadas ao público no chamado “mercado de balcão” é o mercado de capital
primário,, pois é a primeira vez que um valor mobiliário está sendo n
negociado
. O Mercado de Balcão consiste no local de negociação de operações no mercado de capitais fora da
Bolsa de Valores

. Atuam no mercado de balcão as sociedades corretoras e instituições financeiras autorizadas pela CVM

. A “bolsa de valores”” é o outro local de negociação, mas nesse local só se compra e vende títulos
mobiliários que já foram subscritos
subscritos, é o chamado mercado de capital secundário

. A Bolsa de Valores é o local e a instituição organizadora, uma sociedade privada formada por
sociedades
edades corretoras que, por meio de autorização da CVM, presta serviço de interesse público
inegável

. A CVM é uma autarquia federal especial, criada por lei e com a qualidade de agência reguladora

. entidade regulatória, autorizadora e fiscalizatória

. autorizar a emissão dos valores mobiliários que serão negociados, além de fiscalizar as sociedades
anônimas abertas e as corretoras e instituições financeiras que operam no mercado de capitais

. a sociedade anônima que queira ser do tipo “aberta” precisa, aantes


ntes de colocar seus títulos a disposição
do público, fazer o seu registro na CVM, bem como fazer o registo do valor mobiliário emitido e
ofertado

Modalidades de constituição
* a subscrição é particular,, mas é feita por escritura pública

Formalidades Complementares
. Os atos constitutivos da fundação da companhia devem ser levados a registro no Registro Público de
Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais

. O passo seguinte ao registro é a publicação dos atos constitutivos


Subscrição do Capital Social
. Subscrever as ações é o ato de secomprometer a entregar à sociedade aquele valor previsto no
estatuto

. Integralizar é cumprir esse compromisso e entregar o valor correspondente à sociedade

Subscrição em Bens
Modificação do Capital Social
Capital Autorizado:: ocorre no caso em que o estatuto estabelece inicialmente um determinado valor
para o capital social, porém já deixa previamente estipulado que o capital social poderá aumentar com
base na decisão dos órgãos
ãos da companhia até um determinado valor autorizado

Conversão de Valores Mobiliários em Ações


Ações:: o capital social de uma sociedade anônima pode
aumentar com a conversão dos valores mobiliários emitidos pela companhia em ações

Reforma do Estatuto: os acionistas se reúnem em assembleia geral extraordinária para decidir sobre a
mudança do estatuto e vão votar pela mudança do capital social. Isso pode ser feito quando não há
capital autorizado ou quando essa autorização já está esgotada

Capitalização doss Lucros ou Reservas


Reservas: o capital social pode ser aumentado usando-se
se os valores que
estão na companhia em forma de lucros acumulados ao longo dos anos e os valores guardados como
reservas. Há um aumento do valor nominal de cada ação já existente ou a emissã
emissão
o de novas ações e
distribuindo-as
as a quem já seja acionista
. Aos acionistas que já estão na sociedade é assegurado o direito de preferência de subscrição de ações
emitidas para aumento do capital social. Esse direito será proporcional ao número de aações que eles já
possuírem

Redução do Capital Social

Valor Nominal
. quando a companhia atribui um valor nominal a uma ação não é possível haver diluição do valor das
ações já emitidas, enquanto que, quando não há valor nominal definido, a cada nova emissão de ações
pode haver uma diminuição significativa no valor de cada ação dos acionistas anteriores o que pode
prejudicá-los significativamente

. O preço de emissão pode ser um valor acima ou maior do que o valor nominal da ação. A diferença
entre o valor nominal e o preço da ação será um ágio que irá para a conta reserva de capital

. O valor patrimonial é obtido dividindo


dividindo-se
se o valor do patrimônio líquido pelo número de ações

. Valor de negociação ou valorde mercado é o valor que o mercado


do atribui àquela ação para fins de
negociação

. Valor econômico é o valor da ação em um determinado momento e que para ser apurado é preciso
que técnicos especializados façam um estudo

Classificação das Ações

. Ordinárias são as ações que conferem direitos comuns aos seus titulares. O seu titular não possui
nenhum direito ou vantagem especial em relação aos demais, mas também não fica sujeito à restrição.
Confere direito de voto

. Ações preferenciais são as que conferem aos seus titulares direitos especiais, preferências ou
vantagens. Quase sempre possuem restrições no direito a voto, ou ainda, não terem direito a voto
. ações de gozo ou fruição,, são as distribuídas aos acionistas em substituição às suas açõ
ações preferenciais
ou ordinárias que serão amortizadas pela companhia. Essa amortização ocorre sem a redução do capital
social

. Nas ações de fruição essa amortização ocorre de modo que os acionistas continuam sendo acionistas,
porém dono de ações de fruição
fruição,, não mais sendo donos de ações ordinárias ou preferenciais
Quanto à Forma de Transferência

. apesar do contido no Artigo 20 que nos diz que as ações serão nominativas, a doutrina continua
classificando a forma de transferência em nominativa e escritural, pois realmente todas as ações serão
nominativas, ou seja, o nome do dono da ação constará nos registros devidos e por isso chama
chama-se
nominativa. Mesmo sendo todas nominativas, elas podem ser nominativas também chamadas de
nominativas registradas ou podem ser escriturais, também chamadas de nominativas escriturais

ACIONISTAS

Acionista Remisso

Direitos Essenciais dos Acionistas

Direito de Voto
Acordo de Acionistas

Acionista Controlador

. O direito de o acionista controlador ter a maioria nas votações ou escolher a maioria dos
administradores nem sempre ocorre quando o acionista é titular de mais de 50% das ações
Alienação de Controle
Tagalong:: Na venda das ações do acionista controlador e a respectiva alienação do controle, é preciso
que o comprador desse controle faça uma oferta aos acionistas minoritários, se comprometendo a
pagar um valor de pelo menos 80% para cada ação do minoritário da companhia
ompanhia em relação ao valor
pago pela ação paga ao controlador

. O minoritário pode querer vender ou não, porém o comprador tem que fazer essa oferta,
necessariamente

. Essa situação ocorre por meio de uma oferta pública de aquisição de ações com direito a voto aos
demais acionistas. De modo que o preço mínimo a ser pago é de 80% do valor pago pela ação do bloco
de controle

Suspensão de Direitos

Voto Plural
VALORES MOBILIÁRIOS
1. Debênture
. valor mobiliário emitido por uma sociedade anônima que confere ao seu titular um direito de crédito
contra a companhia

. é uma operação bem semelhante a um empréstimo

. a companhia pode utilizar outros meios para atrair investidores interessados em adquirir debêntures
emitidas, como
mo a participação nos lucros da companhia
companhia, prêmio de reembolso ou a possibilidade de,
futuramente, ser convertida em ação:
2. Parte Beneficiária
. as partes beneficiárias só podem ser emitidas por companhias fechadas

. São títulos que não possuem valor nominal e não formam o capital social.. Conferem a quem as
compra direito de crédito eventual de forma que seus titulares passem a ser credores da companhia e a
companhia devedora

. o “eventual" recebimento de crédito de partes beneficiária só ocorrerá se houver lucro


3. Bônus de Subscrição
. valor mobiliário que dá ao seu titular o direito de subscrever novas ações emitidas pela sociedade
anônima

. O comprador do bônus pagará o valor devido pelo bônus e quando a ação for emitida ele deve
deverá pagar
também o preço de emissão da ação

4. Commercial Papers
. nota promissória emitida pela companhia, para angariar recurso do público em geral, para o
desenvolvimento da atividade e, geralmente, são emitidas com vencimento de curto prazo

. apesar de ser uma nota promissória, a doutrina entende que não se trata de um título de crédito e sim
de um valor mobiliário com características parecidas com a nota promissória título de crédito, mas com
natureza jurídica distinta

. Difere das debêntures geralmente


ente em razão do prazo, as debêntures são emitidas para angariar
recursos de grandes montas, para que a companhia use em grandes empreendimentos, já que são
valores pagos ao longo de um prazo maior como 10 anos, enquanto o commercialpaper, por ser de
curto prazo, serve para angariar recursos que serão usados no fluxo de caixa imediato da companhia
. o goldenshare consiste numa ação preferencial de classe especial que foi emitida por companhias que
foram objeto de privatização com direito de veto a determinadas deliberações, nos termos
estabelecidos nos respectivos estatutos sociais

Aula 5- Órgãos da Companhi


Companhia ............................................................................

1) Assembleia Geral

Competências da Assembleia
Assembleia-Geral
. ressalva nesse inciso refere-se
se ao fato de o estatuto poder autorizar que o Conselho de Administração
decida pela emissão de debênture

. em casos de urgência pode ser feita a confissão da falência ou o pedido de recuperação judicial pelos
próprios administradores, desde que o acionista controlador concorde e imediatamente após a
assembleia deve ser
er convocada para deliberar sobre o tema
Tipos de Assembleia-Geral
. A assembleia geral ordinária será feita para deliberar e votar sobre determinados assuntos específicos
previstos na lei, quando o assunto for diferente, a assembleia geral será chamada de extraordinária

. deverá ocorrer todos os anos,, nos primeiros quatro meses de cada ano e deverá ser feita para votar
as matérias especificadas no artigo 132
Competências Para Convocar

EXCEÇÕES:
. O conselho fiscal pode ser o responsável pela convocação da assembleia geral ordinária quando o
órgão da administração responsável pela convocação não fizer dentro de um mês

. cabe ao conselho fiscal convocar a assembleia geral extraordinária quando ocorrer algum motivo
grave ou urgente

Modo de Convocação
. Para a correta convocação da assembleia
assembleia-geral é preciso fazer um anúncio e publicar esse anúncio por
três vezes no mínimo.. Esse anúncio vai conter o local onde ocorrerá a assembleia, a data e a hora. Além
de ter que conter o que será tratado na reunião, ou seja, a pauta e caso seja uma reunião para alterar o
estatuto, o anúncio tem que ser cla
claro
ro sobre qual a matéria a ser alterada no estatuto
Local de Realização

Instalação
. é preciso que esteja presente pelo menos 1/4 do total de votos conferidos pelas ações com direito a
voto

. Quando for uma assembleia geral extraordinária convocada


ada para que seja feita uma alteração no
estatuto é preciso que se atinja um quórum de instalação de 2/3 do total de votos conferidos pelas
ações com direito a voto

. Os acionistas sem direito a voto não são computados para efeito de quórum de instalação. Eles podem
comparecer à assembleia, podem falar e participar da deliberação, porém não poderão votar. É o
chamado direito de voz
Quórum de Deliberação

*maioria
maioria do capital social presente na assembleia
. quórum estatutário: quando
uando a companhi
companhia for fechada, a lei autorizaa um quórum definido no estatuto

. Quórum Qualificado: é o previsto em lei


lei, com o rol taxativo das matérias que estão sujeitas a essa
aprovação maior do que o geral

Direito de Retirada

. Todo acionista, detentor de ação, pode se retirar da sociedade, para isso, basta vender suas ações a
alguém que queira comprá-las

. direito de retirada:: casos em que o acionista tem o direito garantido por lei de sair da sociedade,
cabendo à companhia pagar pela ação daquele que queira sai sair,
r, por meio do chamado reembolso

. quando a assembleia geral aprova determinados assuntos específicos, pode o acionista que não
concordar com a decisão pedir para sair da sociedade
. aprovação da convenção de arbitragem pelo estatuto
estatuto: como qualquer outra aprovada em assembleia
obriga todos os acionistas. A convenção de arbitragem estipula que as divergências entre os acionistas e
a companhia ou divergência entre acionistas controladores e os acionistas minoritários poderão ser
solucionados pela
ela arbitragem (NUNCA COBRADA EM PROVA)
Órgãos da Administração

. A administração caberá apenas à Diretoria quando a companhia não tiver Conselho de Administração
Diretoria

. Enquanto as competências dos outros órgãos estão previstas na própria LEI, a competência dos
DIRETORES será definida no próprio ESTATUTO
Conselho de Administração
Conselho Fiscal
. reúnem-se,
se, deliberam e analisam a regularidade dos atos da administração da sociedade, como um
órgão de assessoramento aos acionistas

. O conselho fiscal exerce suas funções: requisitando informações, examinando documentos, opinando
sobre a legalidade contábil

. órgão de existência obrigatória


obrigatória, mas de funcionamento facultativo

. o conselho fiscal tem funcionamento


amento permanente: nas sociedades de economia mista ou se prevista a
permanência no estatuto
Requisitos
Impedimentos

Deveres dos Administradores

1) Governança Corporativa
. é um sistema que visa a administração da sociedade e deve ser feita seguindo determinados princípios
que são: a equidade, a transparência
transparência, a prestação de contas e a responsabilidade corporativa

. O principal objetivo da governança é criar um ambiente eficaz para o ideal monitoramento e


diligência, de modo que o gestor esteja sempre alinhado com os interesses da companhia e seja ético
e transparente no exercício de sua função

2) Dever de Diligência
. trata de como o administrador deve se portar na gestão da ssociedade anônima

. exercer suas funções em busca do objetivo da sociedade como se fosse para ele mesmo
3) Dever de Lealdade

4) Dever de Sigilo e o Insider Trading

5) Dever de Informar
Vedações aos Administradores

Conflitos de Interesse
Responsabilidade dos Administradores

a) Atos Praticados pelo Próprio Administrador

b) Prática de Ato Ilícito de Outro Administrador

c) Descumprimento de Dever Legal


d) Ação de Responsabilidade Contra Administrador
Aula 6–Dissolução,
Dissolução, liquidação, extinção ...
...............................................................................
............................................................................
. A dissolução é o primeiro passo de um procedimento que culmina com a extinção da sociedade. A
dissolução é o início da “morte” e a extinção é a “morte” definitiva, passando nesse caminho pela
liquidação

. A dissolução divide-se
se nas fases da dissolução em sentido estrito, liquidação, que consiste no
levantamento do ativo e pagamento do passivo, após o pagamento do passivo é feita a partilha do qque
sobrar pelos sócios até que se dê, finalmente, a extinção

DISSOLUÇÃO PARCIAL

. ocorre quando um sócio sai da sociedade, é a resolução da sociedade em relação a um sócio

. etapas: dissolução,, que é o fato que inicia o procedimento de saída do sócio, a liquidação da
cota, consiste no cálculo do valor devido ao sócio e pagamento,, que consiste no pagamento a
quem de direito pelo valor devido ao sócio retirante

. o cálculo do valor devido ao sócio que se retira não é feito com base apenas no capital social
e sim na situação patrimonial da sociedade

a) Retirada do Sócio
. para sociedades com prazo indeterminado, basta fazer a devida notificação com uma antecedência de
60 dias

. os outros sócios podem se reunir em 30 dias e decidir, se convier, terminar a sociedade, passando para
uma dissolução total

. se isso não for feito e somente o sócio que mandou a notificação quiser sair mesmo, ocorre a
dissolução parcial

. para sociedades com prazo determinado, necessita uma justa causa

b) Morte do Sócio
c) Exclusão do Sócio
. só pode ser feita nos casos em que a lei expressamente prevê
Separação ou Divórcio do Sócio Casado

Resolução da Limitada em Relação a Sócio


. exclusão do sócio da sociedade limitada por JUSTA CAUSA

a exclusão por justa causa precisa estar prevista no contrato


Liquidação da Cota na Dissolução Parcial

DISSOLUÇÃO TOTAL

Dissolução de Pleno Direito ou Extrajudicial

II - o consenso unânime dos sócios;


III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;

V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.

Dissolução Judicial

. Há também os casos de falência da sociedade empresária ou insolvência civil das sociedades simples
LIQUIDAÇÃO
. consiste, resumidamente, no levantamento do ativo, por meio da arrecadação de todos os bens, e
venda desses bens, para gerar um montante em valor financeiro, pega
pega-sese todo esse valor arrecado com
o ativo da sociedade e usa-o
o para pagar todo o passivo, ou seja, quitar todas as dívid
dívidas,
as, liquidando todo
passivo, o dinheiro que sobrar será rateado entre os sócios conforme a participação no capital social de
cada um

. durante a liquidação a pessoa responsável por esse procedimento de liquidação é chamada de


liquidante, que possui funções específicas previstas em lei, mas assemelha
assemelha-se
se ao administrador no que
tange à responsabilidade e representação da sociedade
Deveres do Liquidante
Antecipação de Recebimento dos Sócios
. em hipótese alguma os sócios podem receber qualquer valor antes que todos os credores sejam pagos

. depois que todos os credores são pagos, o liquidante ainda tem algumas obrigações a cumprir, antes
de partilhar o que sobrar entre os sócios

. depois que todos os credores forem pagos, e antes dessas burocrac


burocracias
ias finais, podem os sócios decidir
por receber uma antecipação de parte do valor que lhes será devido na apuração dos haveres

Extinção
Dissolução, Liquidação e Extinção das Sociedades Anônimas
OPERAÇÕES SOCIETÁRIAS

1. Transformação
2. Incorporação

3. Fusão
4. Cisão

. Cisão é sinônimo de divisão, caracteriza


caracteriza-se
se pela divisão do patrimônio da sociedade

Sucessão dos Direitos e Obrigações


Sociedade Dependente de Autorização

Sociedade Nacional

Sociedade Estrangeira
Participação entre Sociedades no Código Civil
Participação entre Sociedades na Lei das Sociedades Anônimas
Grupos Societários
Consórcios
Sociedade Subsidiária Integral

Sociedade de Propósito Específico


DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

Teoria Maior
. o ABUSO DA PERSONALIDADE JURÍDICA enseja a aplicação da desconsideração

. abuso deve ser caracterizado pelo DESVIO DE FINALIDADE ou pela CONFUSÃO PATRIMONIAL

. o DESVIO DE FINALIDADE é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a
prática de atos ilícitos de qualquer natureza

. a confusão patrimonial é a ausência de separação de fato entre os patrimônios


patrimônios,, caracterizada por
p
cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa;
vice
podendo ser caracterizado também pela transferência de ativos ou de passivos sem efetivas
contraprestações,, exceto os de valor proporcionalmente insignifican
insignificante;
te; e por fim, a confusão pode
acontecer em outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial

. Não pode o juiz decidir de ofício pela desconsideração, é preciso que ele seja provocado para poder
tomar essa decisão
Teoria Menor
. para a incidência da desconsideração com base na teoria menor, basta a prova de insolvência da
pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações
obrigações,, independentemente da existência de desvio de
finalidade ou de confusão patrimonial
Desconsideração Inversa
. consiste no alcance dos bens da sociedade para satisfazer dívidas particulares dos sócios
Aula 7- Direito Falimentar .............
.........................................................................................
............................................................................
. estudo da Falência, da Recuperação Judicial e da Recuperação Extrajudicial e Crimes Falimentares

. A falência é um procedimento judicial em que os bens do devedor serão arrecadados e vendidos para
que com o valor dessa venda os credores sejam pagos de acordo com a ordem da lei

. A recuperação judicial ocorre quando o devedor está em crise, mas tem condições de se recuperar
dela

. A recuperação extrajudicial também se dá em uma situação de crise, porém a negociação entre


devedor e credores ocorre fora do âmbito do Poder Judiciário, menos a homologação final que serve
para dar mais segurança jurídica ao acordo firmado

Pessoas Sujeitas à Lei 11.101 de 2005

. Se for pessoa física ou jurídica que NÃO é empresária


empresária, estará sujeita à INSOLVÊNCIA CIVIL,
CIVIL prevista no
Código de Processo Civil

. Se a pessoa, física ou jurídica, for empresária ou sociedade empresária


empresária,, estará sujeita à FALÊNCIA,
prevista na Lei 11.101 de 2005
Juízo Competente
. A competência para analisar os pedidos e dar a sentença respectiva é a do JUÍZO do LOCAL do
PRINCIPAL ESTABELECIMENTO do devedor quando for empresa brasileira. Quando for empresa
estrangeira, o juízo será o local da filial aqui no Brasil

Não São Exigíveis do Devedor

Suspensão
Princípios

a) Preservação Da Empresa E Da Função Social

b) Par Conditio Creditorum(condições do crédito em paridade)

. Na falência os créditos devem ser pagos seguindo uma ordem de pagamento previamente
estabelecida, essa ordem é feita com base no que está determinado na lei e de acordo com a natureza
jurídica do crédito

. os créditos do mesmo tipo terão as mesmas condições que seus pares

c) Juízo Universal Da Falência

. O juízo da falência será ÚNICO e UNIVERSAL, é indivisível e todos os credores devem habilitar seus
créditos nesse juízo

Exceções:

- As causas trabalhistas e os créditos fiscais continuam sendo processadas no seu juízo próprio

- Quando o devedor falido for autor de alguma ação, essa ação deve continuar onde está sendo
processada, já que ele será o credor e por isso não há que se falar em trazer essa ação para o juízo da
falência

d) Maximização dos Ativos

. a lei tenta priorizar a venda dos ativos da empresa falida de maneira única, a lei diz que primeiro deve,
o administrador judicial, tentar vender a empresa como um todo e assim obter um maior valor agregado
nessa venda
e) Celeridade e Economia Processual

. A insolvência econômica é aquela em que o empresário está em crise momentânea, com boa
perspectiva de recuperação e não consegue pagar suas dívidas em dia, mas pretende cumprir seus
compromissos, geralmente ocorre a recuperação judicial ou extrajudicial, porém há outras maneiras de
superação dessa insolvência econômica

. A insolvência patrimonial caracteriza


caracteriza-se
se pelo fato de que, em um determinado momento, o
empresário possui um patrimônio líquido negativo, ou seja, suas dívidas e obrigações superam seus
bens e direitos. Essa situação
ação também pode ser superada com a perspectiva de lucro a ser alcançado
com o desenvolvimento da atividade. A insolvência patrimonial não enseja o pedido de falência, pois é
possível que o empresário angarie lucros ao longo do tempo e possa, sem problema algum, pagar todas
as suas dívidas

. A insolvência jurídica caracteriza


caracteriza-se
se por ser uma situação legal, ou seja, o empresário está insolvente
porque se enquadrou em alguma situação, dentre as previstas na lei, que ensejam a presunção de
insolvência. Enquadrou-se se nos requisitos da lei, como pressupostos que ensejam a falência, haverá a
insolvência jurídica e o empresário será considerado devedor em crise irrecuperável e por isso deve falir
Fases Processuais da Falência

. Tanto o empresário regular como o irregular podem sofrer a falência. Esse devedor empresário é o
sujeito passivo da falência

Pressupostos que Ensejam o Pedido de Falência

. Enquadrando-se
se o devedor em uma dessas três situações estará ele na situação de insolvência jurídica,
mesmo que o seu
eu patrimônio seja positivo, ou mesmo que o devedor tenha dinheiro em caixa

a) Impontualidade Injustificada(é o pressuposto mais utilizado)


b) Execução Frustrada
. tríplice omissão pelo devedor executado em outro processo
processo: o devedor, no processo de execução, NÃO
PAGA, NÃO DEPOSITA nenhum bem e NÃO NOMEIA bens à penhora SUFICIENTES para cobrir o valor da
dívida

. O credor usará a sentença da execução, que é um título executivo judicial, pedindo esse documento
em forma de certidão para instruir
ruir o pedido de falência do devedor com base na execução frustrada

c) Atos de Falência

Legitimidade Ativa para Pedir Falência


Autofalência

. A Fazenda Pública NÃO é legitimada para pedir a falência do devedor, apesar de ser um credor

Defesa do Devedor
. depósito elisivo:: o devedor pode depositar em juízo o valor total do crédito do pedido com todos os
acréscimos legais. somente se aplica nos casos de pedido de falência por impontualidade injustificada
ou por execução frustrada

Pedido Improcedente

Sentença que Decreta a Falência


. a sentença que decreta a falência do devedor tem natureza CONSTITUTIVA
. é essa sentença que constitui o devedor em estado falimentar e estabelece de vez o regime de
liquidação forçada do patrimônio do devedor por meio de um concurso de credores, apesar de o nome
da sentença ser sentença que DECRETA a falência

Termo Legal de Falência


. é uma data determinada pelo juiz e que a partir dessa data até a decretação da falência o devedor
estará no chamado período suspeito

. Determinados atos praticados durante esse período suspeito poderão ser considerados ineficazes em
relação à massa falida

EFEITOS DA FALÊNCIA

1) Efeitos Quanto à PESSOA do Falido

. os efeitos da falência de uma sociedade falida que tenha sócios com responsabilidade LIMITADA, não
se estendem, à princípio, aos seus sócios, porém poderá ser feita uma apuração da responsabil
responsabilidade
pessoal desses sócios e desses administradores no PRÓPRIO JUÍZO da falência
2. Efeitos Quanto aos BENS do Falido
. o falido perde o direito de administrar e de dispor dos bens da empresa
3) Efeitos Quanto às OBRIGAÇÕES do Falido

. Quando o dono de uma mercadoria tem sua falência decretada e que essa mercadoria está na posse
de outra pessoa que tem o direito de retenção, por causa da decretação da falência, esse direito de
retenção fica suspenso

4) Efeitos Quanto aos CONTRATOS do Falido

. Contratos bilaterais

. os contratos bilaterais continuam valendo normalmente

. o admjud só poderá continuar os contratos bilaterais com autorização do Comitê de Credores


. Contratos unilaterais

. Contrato Específico

CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS E PAGAMENTO DOS CREDORES

Créditos Sujeitos à Falência


. exceções ao princípio do juízo universal da falência:

- Ações não reguladas pela lei de falências e que o devedor falido seja autor

- Ações que demandam quantia ilíquida

- Reclamações trabalhistas

- Ações de execuções fiscais

. no caso de quantia ilíquida e ações trabalhistas


trabalhistas,, o legislador autorizou ao juiz a pedir que o juiz da
falência reserve uma importância estimada do valor dev devido
ido por esses credores, até que saia a sentença

Representante da Massa Falida


. o administrador judicial a partir de sua posse no cargo passa a ser o representante da massa falida

. Em todos os processos em que a massa falida seja parte, o administrador judicial deverá ser intimado
para defender os interesses da massa falida

. O administrador judicial é escolhido pelo juiz e será sempre uma pessoa de sua confiança com a
incumbência de o auxiliar na administração da massa falida
Ordem dos Pagamentos na Falência
- Créditos Extraconcursais / - Créditos Concursais

- Devolução do Saldo Remanescente ao Falido

Créditos Extraconcursais

. são pagos antes dos créditos concursais

. são dívidas que surgem por causa da falência e depois da decretação dessa
Créditos Concursais
1) Créditos Trabalhistas e de Acidentes do Trabalho
. valor limite é de 150 salários mínimos por credor

. o valor que exceder aos 150 poderá ser pago também, sendo que entrará em outra ordem de
classificação que é a dos credores qui
quirografários

. no caso dos créditos acidentários não há limite de valor

. os honorários advocatícios têm natureza trabalhista

. os valores devidos à Caixa Econômica a título de FGTS têm natureza trabalhista

. créditos trabalhistas cedidos são considerados, a partir da cessão, créditos quirografários

2) Créditos com Garantia Real


. o limite é exatamente o valor do bem gravado

. essa garantia real é a hipoteca para bens imóveis e o penhor para bens móveis

. se o crédito for maior do que o valor do bem gravado essa diferença a maior será considerada crédito
quirografário

3) Créditos Tributários, Exceto Multas Tributárias


. tributos devidos pelos fatos geradores ocorridos antes da decretação da falência

. são apurados e cobrados pelo credor em execução específica, porém para serem pagos precisam
entrar no concurso de credores

. ass multas tributárias são pagas após os créditos quirografários e antes dos créditos subordinados

6) Créditos Quirografários
. são os créditos de maior representatividade na falên
falência

. créditos que não possuem nenhum tipo de privilégio ou preferência

7) Multas e Penas

8) Créditos Subordinados
9) Juros Vencidos Após a Falência

10) Créditos Cedidos e com Privilégio

INEFICÁCIA E REVOGAÇÃO DOS ATOS PRATICADOS ANTES DA FALÊNCI


FALÊNCIA
. ineficácia de um ato deve ser declarada pelo juiz

. dois tipos: ineficácia objetiva e a ineficácia subjetiva (ação revocatória)

. não se fala em anulação de atos e sim de ineficácia de atos

1) Ineficácia Objetiva

. essa ineficácia INDEPENDE do fato de a outra parte que contrata com o falido saber ou não
da situação de crise econômica do falido

. a ineficácia ocorre INDEPENDENTEMENTE de haver intenção fraudulenta no ato praticado


1.1) Pagamento de Dívidas Não Vencidas

1.2) Pagamento de Dívida Vencida e Exigível Diferente do Previsto no Contrato

1.3) Constituição de Direito Real de garantia, em Relação a Uma Dívida Anterior

Obs. Se esses tipos de atos surgirem após o pedido de falência, não serão considerados ineficazes, serão
sim nulos de pleno direito.
ito. Feito o pedido de falência não há que se permitir pagamento de dívida ou
instituição de garantia, a não ser nos casos previstos em lei

1.4) Atos a Título Gratuito

. doações irrisórias a atividades filantrópicas e as gratificações recebidas por diretores e administradores


não estão incluídas nessa situação

1.5) Renúncia à Herança ou a Legado

1.6) Trespasse Irregular

1.7) Registro de Imóveis


. se os itens 1, 2, 3 e 6, forem feitos, mas estiverem previstos no plano de recuperação judici
judicial
ou de recuperação extrajudicial não deverá ser feita a ineficácia do ato ou revogação do ato

2) Ineficácia Subjetiva

. nesse caso, os atos praticados, para serem revogados, precisam ser praticados com a INTENÇÃO de
prejudicar credores,, além de ser neces
necessária a prova de um CONLUIO fraudulento entre o devedor
falido e o terceiro que negocia com ele e ainda é preciso que haja EFETIVO PREJUÍZO sofrido pela
massa falida
Ação Revocatória

REALIZAÇÃO DOS ATIVOS


Formas de Alienação dos Bens da Massa Falida
1 - Primeiramente, deve-se
se tentar vender a “empresa” como um todo

2 - Se não for possível a venda de todos os estabelecimentos em bloco, deve-se


se tentar pelo menos a
alienação de cada unidade produtiva separadamente

3 - Se ainda assim, essa forma de venda do ativo do falido não for possível, que pelo menos tente-se
tente
vender, dentro de um mesmo estabelecimento, os bens em bloco

4 - Há casos em que nenhuma das formas acima poderá ser feita, então, deve
deve-se vender os bens
individualmente considerados

É possível
ível que sejam feitas combinações de mais de uma das formas descritas como forma de alienação
do ativo

. os bens comprados da massa falida são adquiridos “limpos”, isso quer dizer que o objeto dessa
alienação estará livre de qualquer ônus e o adquirente do bem, também chamado de arrematante, não
sucederá as obrigações do devedor
. haverá responsabilidade pelos débitos quando os bens da massa falida forem adquiridos por algum
sócio da sociedade falida, ou quando adquirida por algum parente até quarto grau do falido ou de sócio
da sociedade falida, ou agente do falido

. a lei permite que os empregados do estabelecimento adquirido por alguém em massa falida possam
ser contratados pelo comprador, mas serão feitos novos contratos de trabalho e en
enfatiza
fatiza que as dívidas
trabalhistas anteriores não serão repassadas ao novo adquirente
Modalidades de Alienação
. regras do processo competitivo organizado promovido por agente especializado e por qualquer outra
modalidade previsto na lei:
. O rol de modalidades de alienação não é exaustivo, já que é possível que a venda seja feita por outras
modalidades diferentes dessas previstas na lei mediante aprovação do juiz
. em qualquer das modalidades citadas para venda do ativo, a massa falid
falida fica dispensada de
apresentar certidões negativas

ENCERRAMENTO DA FALÊNCIA E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES


. O encerramento da falência é algo de natureza processual, ocorre quando acaba o processo, as
exigências legais são cumpridas e o juiz dá a sentença que encerra a falência e manda, após o trânsito
em julgado dessa decisão, arquivar o processo

. a extinção das obrigações do falido só ocorrerá quando atendidos um dos quatro requisitos previstos
e elencados pela lei

1) Encerramento da Falência
2) Extinção das obrigações do falido
. quatro situações previstas na lei:

a) Pagamento de todos os credores

b) Pagamento de 25% dos credores quirografários, depois de realizado todo ativo

c) Decurso do prazo de 3 anos contados da decretação da falência, ressalvada a utilização dos bens
arrecadados anteriormente, que serão destinados à liquidação para a satisfação dos credores
habilitados ou com pedido de reserva realizado

d) O encerramento da falência por não terem sido encontrados bens do falido ou serem insuficientes
para cobrir as custas processuais e ainda por encerramento da falência por sentença após o relatório
final
Aula 8- RECUPERAÇÃO JUDICIAL ............................................................................
. Os créditos fiscais são os que surgem da lei e, por isso, somente a lei poderia estipular uma nova
negociação desses créditos
. em relação a devedor que seja produtor rural
rural:
. somente estão sujeitos os créditos que sejam decorrentes da atividade rur
rural
al e que estejam
discriminados nos documentos entregues pelo produtor, mesmo que ainda não vencidos

. oss créditos rurais decorrentes de suprimento de recursos financeiros por entidades públicas e
estabelecimentos de crédito particulares a produtores rurais ou a suas cooperativas para aplicação
exclusiva em atividades que se enquadrem nos objetivos indicados na legislação em vigor, NÃO se
submeterão aos efeitos da recuperação judicial do produtor rural

.a não ser que esses recursos tenham sido objeto de rene


renegociação
gociação entre o devedor e a instituição
financeira antes do pedido de recuperação judicial, na forma de ato do Poder Executivo, nesse caso,
poderá fazer parte da recuperação

. não
ão podem fazer parte da recuperação os créditos adquiridos para compra de prop
propriedade
riedade rural
adquiridos nos três anos anteriores à recuperação

Sentença que Defere o Processamento da Rec. Judicial


. o deferimento do processamento da recuperação judicial SUSPENDE o curso de todas as ações e
prescrições contra o devedor. Essa suspensão se dará por um prazo improrrogável de 180 dias e
comporta exceções:

. ação que demandar quantia ilíquida; ações de natureza fiscal; ações trabalhistas; ações dos créditos de
propriedade como alienação fiduciária, arrendamento mercantil, o vevendedor
ndedor com reserva de domínio, o
proprietário e o promitente vendedor que vendeu ou prometeu vender com irrevogabilidade e
irretratabilidade; o credor de contrato de adiantamento de câmbio
O Plano de Recuperação Judicial
Meios de Recuperação Judicial
. 16 incisos, rol exemplificativo: medidas financeiras (I, VIII, IX, XII), medidas societárias (II), medidas
referentes à gestão do devedor (III, IV, V, XIV), medidas para captação de recursos (VI, XI, XV),
transferência da atividade (VII, X, XIII, XVI)

Medidas Financeiras
. renegociação das dívidas,, com dilação de prazos, parcelamento das dívidas e diminuição de valores,
inclusive retirada de cobrança de juros, e novação de dívidas
Medidas Societárias

Medidas Referentes à Gestão do D


Devedor

Medidas para Captação de Recursos


Transferência da Atividade

Novos Meios

Disposições Gerais sobre os Meios de Recuperação


. possibilidade legal de parcelamento do imposto de renda e da CSLL em caso de alienação de bens da
devedora com ganhos de capital. Pois, a venda com valor superior ao que foi comprado constituí ganho
de capital que é fato gerador desses tributos citados. Porém, para não ficar muito pesada essa cobrança,
admite-se
se que esse pagamento seja feito parceladam
parceladamente

Apresentação de Certidões Negativas Tributárias

. Esse item é bastante criticado pela doutrina, pois, muitas vezes, essa é uma situação difícil para o
devedor, já que ele se encontra em crise, é bem provável que esteja devendo o fisco também,
impossibilitando a obtenção dessas certidões

*O STJ tem firmado entendimento pela dispensa dessa obrigação, considerando


considerando-aa não razoável e
desproporcional

. A lei criou a possibilidade de concessão, pelos fiscos, de parcelamento especial de devedores em


recuperação
uperação judicial, porém, para que esse artigo seja posto em prática, é preciso que os entes da
federação criem lei nesse sentido
. Esse parcelamento pode ser feito tanto pelas Fazendas Públicas como pelo INSS, cada ente fazendo
suas leis de parcelamento dee acordo com os débitos específicos para cada órgão. Essa lei de
parcelamento ainda não existe

Objeção ao Plano de Recuperação Judicial


. Havendo objeção por qualquer motivo, o juiz deve convocar uma assembleia geral de credores para
que todos os credoress possam, juntos, decidir sobre o plano

. se o plano for rejeitado, abre prazo para credores, se quiserem, apresentar plano

Aprovação do Plano de Recuperação

Alteração do Plano
Rejeição do Plano e Plano dos Credores
. primeira possibilidade: decretação de falência pelo juiz

. segunda possibilidade:: apresentação de um plano pelos próprios credores em 30dias

. Caso o plano não cumpra os prazos, quóruns ou condições estabelecidas acima ou ainda, caso o plano
cumpra tudo, mas seja rejeitado, o juiz vai ter que decretar a falência do devedor, convolando a
recuperação judicial em falência
. Plano rejeitado pode ser usado na recuperação se obteve voto de credores que representem mais da
metade do valor de todos os créditos presentes à asassembleia
sembleia que rejeitou sem levar em consideração as
classes; além disso, houve aprovação de 3 classes, ou de 2 se o total era de 3 ou aprovação de apenas 1
classe se só havia 2. E por fim, que tenha obtido pelo menos aprovação de 1/3 dos credores da classe
que rejeitou o plano

. Esse deferimento extraordinário que pode ser feito pelo juiz atendidas essas condições, não poderá
implicar tratamento diferenciado entre credores da classe que rejeitou o plano. Não dando certo
nenhuma previsão que possa configurar deferimento do plano, o juiz deverá convolar a recuperação em
falência
Concessão da Recuperação Judicial

. Na falência o devedor perde o direito de administrar e de dispor dos bens da empresa, são afastados.
Na recuperação judicial o devedor e seus administradores serão mantidos no exercício da atividade.
Essa continuação se dará com a fiscalização do Comitê de Credores, se houver, e com a fiscalização do
administrador judicial
Encerramento da Recuperação Judicial
Do Financiamento do Devedor
. possibilidade de que seja celebrado contratos de financiamento com o devedor

. esse financiamento terá garantias que serão os próprios bens e direitos pertencentes ao devedor

. tem como finalidade a preservação da empresa injetando recursos financeiros para sobrevivência e
superação da crise, bem como arcar com as despesas de reestruturação e preservação dodos ativos

Da Consolidação Processual
. possibilidade de pedido de recuperação judicial feito por GRUPO SOCIETÁRIO, ou como dito na lei,
devedores que integrem grupo sob mesmo controle societário comum

. podem requerer a recuperação judicial sob consolidação processual

RECUPERAÇÃO JUDICIAL APLICADA À ME E EPP


. o devedor deve apresentar a sua intenção de ser abrangido pela situação especial por ser ME ou EPP,
dizendo que pretendem apresentar um PLANO DE RECUPERAÇÃO ESPECIAL. O pedido será analisado
pelo juiz e após o seu deferimento dará ao devedor o mesmo prazo de 60 dias improrrogáveis para
apresentação do plano especial de recuperação
CONVOLAÇÃO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL EM FALÊNCIA
. descumprimento de parcelamento feito junto às Fazendas Públicas ou do INSS ou ainda em caso de
descumprimento de parcelamento feito junto à PGFN com relação às dívidas ativas da União
Habilitações Retardatárias

Quadro Geral de Credores

Sem Impugnação
Com Impugnação

Retificação do Quadro Geral de Credores


ADMINISTRADOR JUDICIAL
. é nomeado por sentença pelo juiz, que precisa seguir algumas orientações da lei na sua escolha

. será intimado para que compareça ao juízo em um prazo de 48 horas para tomar posse assin
assinando o
termo de compromisso, para exercer seu cargo e assumir suas responsabilidades
COMITÊ DE CREDORES
. órgão FACULTATIVO de representação dos credores nos processos de falência e de recuperação

. é composto por pessoas que serão escolhidas pelos credores da falência ou da recuperação, para
fiscalizarem e supervisionarem os atos processuais praticados pelo devedor e pelo administrador judicial

. a assembleia geral de credores é dividida em classes e cada classe, de acordo com o tip
tipo de crédito,
escolhe um representante e dois suplentes de cada classe para compor o comitê

. se não houver comitê de credores, o administrador judicial será o encarregado por exercer as
atribuições previstas para o comitê

Composição do Comitê
. poderá ter até 4 membros,, escolhidos de acordo com a seguinte divisão em classes por tipo de crédito:

Impedidos – Administrador Judicial ou Membro do Comitê

ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES


. órgão em que os credores se reúnem para juntos decidirem sobre um determinado assunto de seu
interesse
Competências da assembleia geral de credores
credores:: a aprovação ou rejeição do plano de recuperação
judicial quando esse plano é apresentado pelo devedor e sofre impugnação de algum credor; a
constituição do comitê de credores;
dores; a escolha e a saída de seus membros; decide os casos em que seja
solicitada a venda de ativos de maneira diferente das possibilidades dada pela lei na falência; a
assembleia tem competência para votar qualquer outra matéria que possa afetar o intere
interesse dos
credores

RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Requisitos para a Homologação

. Preenchido esses requisitos, o devedor em crise pode fazer um acordo com seus credores e levar esse
acordo ao juízo para ser homologado, caracterizando a recuperação extrajudicial

Créditos Abrangidos
. O plano só pode abranger os créditos constituídos até a data do pedido de homologação
Requerimento de Homologação
. O juiz deve ordenar a publicação de edital ao receber o pedido de recuperação extrajudicial com
objetivo de convocar os credores a apresentarem impugnações ao plano apresentado e publicado

CRIMES FALIMENTARES

Consequências da Prática de Crime Falimentar


. em caso de prática de crime, as pessoas que tenham praticado qualquer crime falimentar ser
serão
EQUIPARADAS ao devedor para os efeitos PENAIS

Prescrição
. A lei de falências não estabelece um prazo prescricional específico para a prescrição dos crimes
falimentares

. começa a ser contada do dia em que for decretada a falência, ou do dia em que for concedida a
recuperação judicial ou do dia em que for homologado o plano de recuperação extrajudicial

Juízo Competente
Ministério Público

. A lei de falência estabelece que a parte processual do crime falimentar a ser seguida é a do Código de
Processo Penal

Crimes em Espécie

Crimes Cometidos pelo Próprio Devedor ou por Sócio ou por Administrador

Fraude a credores

Contabilidade paralela (famoso Caixa 2)

Concurso de pessoas
Indução a Erro

Favorecimento de Credores

Exercício Ilegal de Atividade

Omissão dos Documentos Contábeis Obrigatórios

Crimes Cometidos por Terceiro

Violação de Sigilo Empresarial

Divulgação de Informações Falsas


Desvio, Ocultação ou Apropriação de Bens

Aquisição, Recebimento ou Uso Ilegal de Bens

Habilitação Ilegal de Crédito

Violação de Impedimento

Aula 9- Títulos de Crédito ...............


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. Direito Cambiário:: os títulos de crédito são documentos feitos para serem cambiados, ou seja,
trocados, circulados, com o fim de fazer a riqueza circular

Princípios

1) Cartularidade

Exceção: desmaterialização dos títulos de créditos


créditos,, que decorre basicamente dos chamados títulos
eletrônicos ou virtuais. Ex: as duplicatas virtuais

2) Literalidade
. O conteúdo do que está escrito no título de crédito é o que define os limites dos direitos e deveres
inerentes ao título

. O credor não pode exigir dos devedores do título mais do que está previsto e o devedor não tem
obrigação de assumir ou arcar com algo além do que está expresso no título

3) Autonomia
. as relações jurídicas de um título de crédito são autônomas e independentes entre si

. se algum desses vínculos obrigacionais estiver eivado de vício, não há que se falar em aanulação ou
influência desse vício nas outras relações, a não ser que seja um vício que faça parte do título como os
vícios formais

. o princípio da autonomia que enseja a importância que os títulos de crédito têm para a rapidez,
confiança, segurança e negociabilidade
ciabilidade do crédito para o desenvolvimento de uma economia no que
tange a circulação da riqueza

4) Abstração
. o título de crédito, uma vez posto em circulação, desvincula
desvincula-se
se da relação jurídica que deu lhe deu
origem

. esse princípio só se aplica quand


quando o título entra em circulação

. o princípio da autonomia é mais abrangente e envolve todas as relações jurídicas de um título de


crédito, a abstração é mais específica, pois trata apenas da desvinculação da relação original, a relação
inicial que fez com que o título fosse emitido

5) Inoponibilidade das Exceções Pessoais aos Terceiros de Boa


Boa-fé

. A má-fé
fé não se caracteriza apenas pelo conluio entre as partes, mas o simples fato de o credor, que
recebeu o título, saber do vício, enseja a não aplicação do princípio e a possibilidade de oposição ao
pagamento pelo devedor

. as defesas ou exceções podem ser alegadas quando se tratar de vício de forma do título, ou seja, que
está aparente

Características dos Títulos de Crédito

1) Formalismo
. por ser um documento, podemos dizer que os títulos de crédito possuem a caraterística do
formalismo, são documentos formais que seguem as regras previstas em lei, conforme a própria regra
legal que nos diz que os títulos de crédito somente produzem efeitos quando pre
preencham
encham os requisitos
da lei

. Os títulos de crédito previstos em lei são chamados títulos típicos. E os não previstos em lei e que
poderiam ser criados por particulares seriam os títulos atípicos

. As regras previstas no Código Civil são usadas como regras gerais para os títulos de crédito e também
podem ser usadas nos casos em que a lei específica for omissa, ou fazer uma aplicação subsidiária dos
títulos que possuem leis próprias

2)Bem Móvel
. são considerados bens móveis e sujeitos aos regimes aplicáveis aos bens móveis como a posse, a
propriedade e transferem-se
se pelo endosso seguido da tradição, que é a entrega do documento

3) Obrigação Quesível (quérable)


. obrigação em que o credor deve se dirigir ao devedor para receber o crédito devido

. é diferente ou o contrário de obrigação portável

4) Natureza Pró-Solvendo
. As obrigações em geral podem ser classificadas como pró
pró-soluto ou pró-solvendo.
solvendo. Pró-soluto
Pró é aquela
obrigação que se extingue desde o momento em que é feita a negociação, ocorre a q quitação.
uitação. A regra é a
de que os títulos de crédito são pró
pró-solvendo,
solvendo, ou seja, a entrega do título não caracteriza a extinção da
obrigação, ficando pendente do pagamento futuro. Porém, as partes podem acordar que um
determinado título seja emitido pró
pró-soluto

5) Negociabilidade

. os títulos de crédito existem exatamente para proporcionar a circulação de riqueza

. a circulação do título é feita de maneira fácil e é protegida pelo nosso ordenamento jurídico

. cambiaridade: facilitar e dar mais segurança a tra


transferência
nsferência do título e do respectivo credor

. os títulos de crédito são negociáveis e servem de importante instrumento de troca de valores

6) Executividade
. os títulos de crédito são títulos executivos extrajudiciais

. o titular do crédito de um título d


dee crédito possui em mãos um documento com um direito próprio,
líquido e certo consignado no documento

. se o devedor não cumprir sua obrigação prevista no título de pagar determina quantia no dia
especificado e a pessoa devida, esse título poderá ser execu
executado,
tado, pois está, de acordo com a lei,
revestido de executividade inerente
Classificação

Quanto ao Modelo
- livres: devem seguir os requisitos mínimos previsto na lei, mas que não existe um padrão definido de
como deve ser esse título (notas
notas promissórias e as letras de câmbio)

- vinculados: devem seguir os requisitos previstos em lei e, ainda, devem ser feitos de acordo com um
padrão, um modelo estabelecido ((cheque, duplicata)

Quanto à Estrutura
- ordem de pagamento: enseja três relações jurídicas diferent
diferentes, emitente do título(sacador) é a pessoa
que dá a ordem, essa ordem é direcionada para que outra pessoa pague(sacado) o que está no título e
temos o beneficiário(tomador) que é o principal credor que deve receber o valor do título ((cheque,
duplicata, letra de cambio)

- promessa de pagamento: consiste em uma promessa feita pelo próprio emitente que pagará o valor
devido ao beneficiário. O promitente é o sacador e quem promete pagar, o beneficiário é o tomador e
principal credor do título.. (nota promissóri
promissória, cédulas de crédito)

Quanto à Forma de Circulação ou de Transferência


- ao portador: o titular do crédito do título ao portador será a pessoa que estiver portando o título, não
há a identificação de quem é o titular do crédito. Há pouca segurança

- nominativos: quando é possível identificar a pessoa titular do crédito, mas essa identificação fica
registrada nos livros de controles do emitente do título

- nominais à ordem: possuem o nome de seu titular ou do seu credor no próprio título, isso faz com que
sejam nominais. À ordem significa que a transferência é por meio do endosso (Letra de câmbio, nota
promissória, cheque e duplicata)

- nominais não à ordem:sãosão em regra feitos para não circularem e, por isso, a sua transferência se dá
por meio da cessão civil de crédito, não transferem todos os direitos inerentes ao título, além de serem
regidos pelas regras do direito civil quanto a cessão de crédito e não são regidos pe
pelas
las regras do
endosso que segue o direito empresarial

Quanto à Hipótese de Emissão


- causais: só podem ser emitidos quando acontece o motivo previsto em lei. Há uma causa que enseja a
emissão do título e, por lei, o título só poderá ser emitido quando essa causa acontecer (duplicata só
pode ser emitida quando ocorrer compra e venda mercantil ou a prestação de serviços
serviços)
- abstratos: não dependem de nenhuma causa ou motivo específico para serem emitidos. Podem ser
emitidos em qualquer hipótese (cheques, as no
notas
tas promissórias e as letras de câmbio)

. não confundir princípio da abstração com títulos classificados como abstratos quanto a hipótese de
emissão. Os tribunais têm se posicionado no sentido de aplicar o princípio da abstração a todos os
títulos, inclusive
ive os causais como as duplicatas. mesmo havendo uma ligação entre o negócio de origem
e o título, eles perdem essa ligação no momento que circulam

ATOS CAMBIÁRIOS

1. Saque
. é a emissão do título, é a criação do título, e o ato que faz nascer o título

2. Aceite
. é a declaração de vontade do sacado, assumindo o compromisso de cumprir o que está estipulado no
título

3. Endosso
. é a transferência de propriedade de um título

. é a forma própria, prevista em lei, para a transferência do título de crédit


créditoo à ordem de uma pessoa
para outra

. transmite a titularidade do título de crédito à ordem

. permite a circulação do título e faz surgir novas relações jurídicas

. ocorre com a assinatura do credor no título e depois de assinar ele entrega o título

. A pessoa
soa que faz o endosso e passa o título é chamada de endossante e a pessoa que recebe o
endosso e passa a ser o novo credor do título é chamada de endossatário

. o endossante passa a ser responsável pelo pagamento do título, nos casos em que o principal dev
devedor
não o fizer

3.2. Assinatura

3.3. Endosso X Cessão Civil de Crédito


. A nota promissória, a letra de câmbio, o cheque e a duplicata são títulos de crédito à ordem e circulam
por meio de endosso

. Os títulos não à ordem circulam por meio de outro instituto que á a cessão civil de crédito

. pode-se colocar expressamente a cláusula “não à ordem” no título, ou escrever algo dizendo que
proíbe um novo endosso como “não endossável” ou “não transferível
transferível”” em um título à ordem

. o título pode até circular, mas essa transmissão será feita, não mais pelo endosso, e sim pela cessão
civil de crédito

3.4. Endosso Sem Garantia


. é possível também que o endossante insira no título a cláusula “sem garantia”, isso faz com que ele
não seja responsável pelo pagamento do título deixando de ser codevedor do título

. quem endossa, mas, antes de endossar, escreve no próprio título que não garante o pagamento, deixa
de ser corresponsável ou coobrigado pelo pagamento ddo título

3.5. Endosso em Branco e em Preto


. endosso em branco é aquele em que o endossante assina o título, mas não coloca o nome de ninguém
como endossatário
. a pessoa que tem o título em mãos se torna o portador do título e credor, já que o título pass
passa a ser
um título ao portador

. endosso em preto é aquele em que o nome do endossatário, pessoa que recebe o título, consta
expressamente no título

3.6. Endosso Parcial


. não pode ser feito endosso parcial, pois será considerado nulo; o endosso não pode se
ser feito sob
condição já que deve ser puro e simples; não há limite para número de endossos em um mesmo título

3.7. Endosso Impróprio


. um tipo de endosso que faz com que o título troque de mãos, mas não é transferido todos os direitos
do título

. Quem recebe
be um título por endosso impróprio não é o titular do direito, mas tem a posse do título

. serve para as situações em que não se quer transferir o crédito, mas a pessoa que tem o título em
mãos não é o beneficiário e titular, e esse endosso servirá para da
darr legitimidade a posse do título por
essa pessoa, para que possa exercer alguns dos direitos que esse tipo de endosso vai proporcionar e que
estão previstos na lei

. caso em que o dono do título não poderá ir até o devedor no dia do vencimento para cobrar o valor
devido, então, é feito um endosso mandato para que seja possível entregar o título a outra pessoa, que,
de posse do título e com o nome no endosso, possa cobrar o valor devido

. endosso caução, endosso garantia


garantia, ou endosso pignoratício: endosso passado a uma pessoa como
forma de transferir o título em garantia a algum empréstimo

. As pessoas que possuem um título por endosso impróprio não podem transferir o título a outra pessoa,
só podem usar os direitos e poderes transferidos pelo tipo de endos
endosso
so que lhes é passado

3.8. Endosso Póstumo ou Tardio


. feito após o protesto do título ou após o prazo para protestar

. A lei permite que esse tipo de endosso seja feito, mas ele não terá os mesmos efeitos que um endosso
normal, pois foi feito fora do temp
tempoo e, por isso, sofrerá as consequências de ser considerado uma cessão
civil de crédito

. o endosso após o vencimento do título vale como endosso normal, é uma situação diferente

. o póstumo é o que é feito após o título já estar protestado ou o que é feito após o prazo para que o
protesto seja feito

4. Aval
. é uma garantia pessoal dada por terceiro no próprio título

. uma pessoa se obriga a pagar o título nas mesmas condições que a pessoa que está sendo por ela
garantida

. A pessoa que garante o pagamento por meio do aval se chama avalista.. A pessoa garantida, ou seja, o
devedor que recebe a garantia se chama avalizado
. o aval pode ser dado para garantir o pagamento do sacador, do sacado, do aceitante, ou ainda do
endossante

. é feito por meio de uma assinatura do avalista no próprio título

. ao assinar o título, assume uma obrigação autônoma e solidária com seu avalizado em relação ao
pagamento do título

. é uma obrigação autônoma porque a possível anulação da obrigação do devedor principal não anula a
obrigação do aval

. apenas quem vem depois na cadeia pode fazer a cobrança de regresso contra os antecessores

. o Código Civil proíbe aval parcial

. O aval quando é feito com o nome da pessoa que será garantida, o avalizado, chama
chama-se aval em preto
e não gera maiores problemas

. casos em que o aval é feito, mas não se identifica quem é o avalizado, pois pode ser o sacador, o
sacado, ou algum dos endossantes caso haja uma cadeia de endossos, é o aval em branco

. A lei define que se o aval for em branco pres


presume-se feito ao sacador na letra de câmbio;
câmbio presume-se
ao emitente na nota promissória
promissória; ao emitente no cheque e ao sacado na duplicata

. Aval sucessivo é o aval do aval,, é um aval feito por uma quarta pessoa garantindo o pagamento sobre
o aval do terceiro

. aval simultâneo é aquele em que há mais de um aval para o mesmo devedor, duas pessoas diferentes
avalizando a mesma pessoa

4.1. Aval X Fiança

. aval é uma garantia do Direito Cambiário


. obrigações referentes aos títulos de crédito, feito no próprio título

. A obrigação do avalista é autônoma em relação a do avalizado

. a responsabilidade é solidária e o avalista responde sem se falar em benefício de ordem

. fiança é uma garantia do Direito Civil


. usada nas obrigações contratuais, pode ser feita em aato separado

. a obrigação do fiador não é autônoma, é uma obrigação acessória, que depende da obrigação
principal, se a principal for nula, a fiança também será nula

. na fiança o fiador, em regra, invoca o benefício de ordem, já que é uma obrigação subsid
subsidiária e não
solidária

5. Protesto
. ato praticado pelo credor do título de crédito que, insatisfeito com o descumprimento de alguma
obrigação no título, leva-o
o ao cartório
cartório,, para que seja incorporado ao título a prova de fato relevante da
relação cambial

. é um ato formal e solene,, pois deve ser feito nos parâmetros e exigências previstos em lei
. faz prova a favor do credor em relação a inadimplência e descumprimento de obrigação originada em
título de crédito

. Os órgãos e entidades do Poder Público ta


também
mbém se utilizam do instrumento do protesto para fazer
prova e materializar suas cobranças

. pode ser feito por falta de aceite


aceite, por falta de devolução ou por falta de pagamento

. possibilidade de poder cobrar o título dos codevedores ou coobrigados, como endossantes e seus
avalistas

. Se um título não for pago e o credor não fizer o protesto no prazo legal, os coobrigados ficam livres de
qualquer obrigação. Essa liberação já não acontece com o devedor principal que pode ser cobrado
mesmo que o título não seja protestado

. O protesto por falta de pagamento é classificado pela doutrina em dois tipos, pode ser obrigatório ou
pode ser facultativo

. obrigatório é aquele feito dentro do prazo legal e que dá condão para que seja feita a cobrança
também dos codevedores,
devedores, sacador, endossantes e avalistas desses

. facultativo é o que é feito fora do prazo legal, e que nem é necessário para que se cobre o principal
devedor, mas poderá ser feito mesmo assim para dar mais força probante na cobrança do título

Efeitos do protesto
. possibilidade de poder cobrar o título dos codevedores ou coobrigados, como endossantes e seus
avalistas

. quando o protesto é feito, o prazo de prescrição é interrompido, para de contar e volta a contar do
início. É um ato inequívoco de que o credor não está parado, de que ele tem a intenção de cobrar o
valor devido e não pago

. dá ao credor a possibilidade de pedir a falência do devedor, pois fica configurada a impontualidade


injustificada ensejadora do pedido de falência

. inscrição do devedor
dor no cadastro de inadimplentes o que gera ao credor uma restrição ao crédito no
mercado econômico

5.1. Procedimento
. é feito o PEDIDO, depois a INTIMAÇÃO e então a LAVRATURA

. O tabelião que recebe o título não tem responsabilidade em relação a prescr


prescrição
ição ou caducidade do
título e também não será cobrado nos casos em que for feito um protesto indevido

. Cabe ao tabelião averiguar os aspectos formais do título e aceitar o protesto caso o título esteja sem
vícios

5.2. Pagamento em Cartório


. O devedor intimado tem o prazo previsto na intimação do tabelião para pagar o título, comparecendo
ao cartório e pegando a sua quitação, isso evita que se lavre e registre o protesto

5.3. Cancelamento
5.4. Protesto Indevido Súmula STJ

5.5. Cláusula Sem Protesto


. cláusula que não se presume, para valer, tem que estar escrita no título

. não impede o protesto, mas torna


torna-o
o facultativo, já que esse escrito faz com que os codevedores,
endossantes e seus avalistas respondam e se obriguem pelo pagamento do título independentemente
do protesto

TÍTULOS DE CRÉDITO NO CÓDIGO CIVIL


. regras gerais dos títulos de crédito e podem ser aplicadas subsidiariamente aos títulos que possuem
leis específicas

1.1. Formalidades dos Títulos

. nos títulos atípicos:

“O
O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido,
somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.”
1.2. Títulos Eletrônicos

1.3. Assinatura de Mandatário em Título

1.4. Título que Representa Mercadoria

1.5. Outras Regras

2. Aval no Código

*As
As legislações específicas de títulos como cheque, letra de câmbio e nota promissória permitem que se
faça o aval parcial. Se a questão não citá
citá-las, vale o art.897
3. Transferência dos Títulos
. O título nominativo também pode ser transferido por meio do endosso, mas para que tenha eficácia
perante o emitente e devedor, é preciso que essa transferência seja averbada junto ao emitente e em
seus registros
Aula 10 - Títulos de Crédito ....................................................................................................
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LETRA DE CÂMBIO
. O sacador é garantidor tanto do pagamento como do aceite

. se a letra estiver incompleta, algum item ficar em branco, nesse caso, poderá, o credor de
boa-fé,
fé, completar a letra de acordo com o que estiver ajustado entre as partes na emissão,
mas só pode completar se fizer isso antes da cobrança ou do protesto

. Vencimento
ento é a data em que o título se torna exigível
. O endosso é feito com a assinatura do endossante na parte de trás do título
. Se a letra for protestada por falta de aceite não há necessidade de apresentar o título para que seja
pago e nem precisa protestar por falta de pagamento, pois já foi protestado por falta de aceite
NOTA PROMISSÓRIA
= devedor principal

. requisitos:

CHEQUE
. é uma ordem de pagamento, sempre à vista, por meio da qual o emitente, pessoa que assina o cheque,
também chamado de sacador, dá uma ordem para que o sacado, um banco ou instituição financeira,
pague ao tomador ou beneficiário determinada quantia expressa n
na cártula
5. Ação de Cobrança do Cheque
. O cheque apresentado ao banco e não pago pelo banco poderá ser cobrado pelo credor por meio de
ação de cobrança

. O banco recebe o cheque coloca um carimbo de que não pagou, acrescenta o motivo do não
pagamento e devolve o cheque ao credor

. O cheque, como todo título de crédito, é um título executivo extrajudicial e pode ser objeto de ação de
execução, essa ação pode ser promovida contra o emitent
emitentee e seus avalistas e contra os endossantes e
seus avalistas

. Há na lei do cheque a possibilidade outros dois tipos de ação que seriam a ação de enriquecimento
sem causa e a ação causal,, essas são ações de conhecimento e não de execução

5.1. Ação de Execução


ão do Cheque
. O credor pode promover ação de execução contra o emitente e seus avalistas desde o momento em
que o cheque é apresentado ao banco e não há fundos suficiente para ser pago o cheque
. Para executar os endossantes da cadeia de endossos bem como seus avalistas é preciso que o cheque
tenha sido apresentado dentro do prazo legal de apresentação e, após o seu não pagamento, ser
protestado

. O protesto é o ato formal que prova que o título não foi pago e que o devedor principal se encontra
inadimplente
te por essa obrigação

5.2. Perda do Direito de Ação de Execução Contra Emitente

5.3. Prazo para Protesto no Cheque


. O protesto deve ser feito no mesmo local em que o cheque foi emitido

. O protesto deve ser feito dentro do prazo legal previsto para apresentação. Então, o prazo para o
protesto é de 30 ou 60 dias

5.4. Prescrição da Ação de Execução


. A prescrição é a perda do direito de ação contra o devedor
. deve ser feita em até 6 meses contados do fim do prazo de apresentação

5.5. Ação de Enriquecimento sem Causa do Cheque


. Essa é uma ação de conhecimento, seria então classificado pela doutrina como ação cambial de
natureza não executiva

. Essa ação pode ser feita contra o emitente e contra os demais obrigados, desde que atendidos os
requisitos
sitos para cobrar os codevedores

. Essa ação é feita quando esgotado o prazo da ação de execução

. O credor tem um prazo prescricional de 2 anos para propor essa ação

. conta-se
se a partir do dia em que for esgotado o prazo de prescrição de 6 meses para a aç
ação de execução

5.6. Ação Causal


. ação em função da causa que deu origem à emissão do cheque

. Provando-se
se o não pagamento, o portador do cheque pode ainda ingressar com ação de conhecimento
para que seja analisada a causa do negócio que deu origem ao cheq
cheque

. Nesse caso a ação não é cambial, mas ação de conhecimento com vistas ao cumprimento de obrigação

. Essa ação só é feita nos casos de perda do prazo das ações anteriores

6. Tipos de Cheque

6.1. Cheque Visado

6.2. Cheque Cruzado


6.3. Cheque Para Ser Creditado em Conta

6.4. Cheque Administrativo


. é o cheque emitido pelo próprio banco contra ele mesmo, então, o banco é o emitente sacador e como
é ele mesmo que vai pagar, será também o sacado

. usado para transações de alto valor e com a devida segurança do recebimento desses valores, pois um
banco que emite um cheque com certeza terá fundos para pagar esse cheque

. O cheque administrativo tem que ser nominal

DUPLICATA
. é um título de crédito eminentemente brasileiro

. título emitido para documentar


entar e representar o crédito decorrente de contratos de compra e venda
mercantil e também é usada nos contratos de prestação de serviços

. emissão de um título de crédito para documentar o crédito que nasceu da operação de compra e
venda

. Emitida a fatura, o vendedor pode extrair uma duplicata para poder circular como crédito

. O vendedor que queira emitir duplicata precisa obrigatoriamente escriturar um livro chamado Livro de
Registro de Duplicatas
. a duplicata é uma ordem de pagamento
pagamento, de modelo vinculado, é um título nominal à ordem e quanto
a hipótese de emissão é um título causal

. Na letra de câmbio o sacado destinatário da ordem não era obrigado a aceitar, já na duplicata o aceite
é considerado obrigatório

. a lei exige os requisitos que devem existir para que título seja considerado uma duplicata:

. é um título nominal à ordem

. Cada duplicata só pode corresponder a uma fatura

. é um título causal: a duplicata só pode ser emitida nos casos de compra e venda mercantil ou
prestação de serviços (diferente dos abstratos)

ATENÇÃO:
O princípio da abstração é aquele aplicado aos títulos de crédito e que estabelece que os títulos de
crédito se desvinculam do negócio jurídico que lhe deu origem, essa desvinculação caracterizada a partir
da circulação desse título

. a maioria dos doutrinadores entendem que a duplicata é sim um título de modelo vinculado, mas que
a partir do momento em que esse título é passado para outra pessoa, aplica
aplica-se
se o princípio da abstração

PORTANTO, quanto a hipótese de emissão a duplicata é causal, e mesmo que haja uma certa vinculação
entre o título e a causa que deu origem ao título, até mesmo em função de ser colocado na duplicata o
número da fatura de compra e venda, a duplicata estará sujeita ao princípio da abstraç
abstração, segundo o
qual a duplicata se desvinculará do negócio jurídico que deu origem ao título quando endossado

2. Aceite na Duplicata

. aceite é o ato formal segundo o qual o sacado comprador se obriga a efetuar o pagamento
devido no título no dia do vencime
vencimento

. Nas duplicatas o aceite é obrigatório


. Aceite Ordinário: comprador recebe a duplicata, assina e devolve a duplicata

. Aceite Presumido: quando o comprador resolve não dar o aceite, e devolve o título sem aceitar ou pior
nem devolve. O ordenamento protege o negociante de boa
boa-fé
fé nesse caso e diz que, como as
mercadorias foram entregues e há comprovação de entrega de mercadorias por meio de algum
documento assinado pelo recebedor da mercadoria, o título será considerado aceito para todos oos
efeitos cambiais

. Aceite por Comunicação: É o caso em que o vendedor entrega a duplicata para remessa e cobrança ao
banco. O banco envia a duplicata ao comprador que, ao invés de aceitar e devolver, retém a duplicata
até a data do vencimento, mas comuni
comunica
ca o banco por escrito que aceitou o título e o reteve. Essa
comunicação poderá ser usada para protesto e execução se o título não for pago, já que o título está nas
mãos do comprador que não o devolveu

. há casos específicos na lei em que o comprador po


poderá se recusar a dar seu aceite
. a duplicata pode ser emitida à vista ou pode ser a prazo. Se for a prazo o vencimento deve estar
determinado na cártula como um dia certo

. A lei permite o pagamento antecipado

. importante que o pagador exija a prova de que o título foi pago, feita mediante recibo passado pelo
legítimo portador no verso da própria duplicata ou em outro documento que faça referência à duplicata
. Para que o credor não seja prejudicado em uma situação em que o devedor não devolve o título, a lei
permite que seja feito protesto mesmo sem o título em mãos, é o chamado protesto por indicação

Ação de Cobrança das Duplicatas

Prescrição nas Duplicatas


Duplicatas de Prestação de Serviços

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