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DIREITO EMPRESARIAL

Uma primeira abordagem


“Haverá dia em que o planeta será um único mercado”
(Fábio Ulhôa Coelho)

DONA
MARIA É
ÓTIMA
DOCEIRA...
Articulação dos fatores de produção:

• capital próprio ou alheio


• contratação de mão de obra
• compra de insumo
• desenvolvimento ou aquisição de tecnologia
1ª Etapa:
Direito aplicável aos membros de
determinada corporação dos
comerciantes.
Época do Renascimento Comercial,
no fim da Idade Média
2ª Etapa:
Desconsideração das atividades típicas dos
senhores feudais, com o advento do Código
Comercial da França, fruto da ideologia liberal
da Revolução. Teoria dos Atos de Comércio.
Código Comercial Brasileiro de 1850 e
Regulamento 737, de 1850
a) compra e venda de bens móveis ou semoventes,
no atacado ou varejo, para revenda ou aluguel; b)
indústria; c) bancos; d) logística; e) espetáculos
públicos; f) seguros; g) armação e expedição de
navios.
3ª Etapa:
Deixa de cuidar de determinadas atividades de mercancia
e passa a disciplinar uma forma específica de produzir ou
circular bens e serviços, a empresarial. Ideologia
fundada a partir da segunda guerra mundial, na Itália, em
1942.No Brasil, influencia a formulação do Código de
Defesa do Consumidor (1990), a Lei de Locação Predial
Urbana (1991), a Lei do Registro de Empresa (1994) e o
novo Código Civil, Lei 10.406/2002, que revoga toda a
primeira parte do Código Comercial de 1850.
“Considera-se empresário quem
exerce profissionalmente
atividade econômica organizada
para a produção ou circulação de
bens ou de serviços”.
Código Civil, art. 966
PROFISSIONALISM
O
ECONOMICIDADE
ORGANIZAÇÃO
VAMOS
AJUDAR DONA
MARIA A
ORGANIZAR-SE
COMO
EMPRESÁRIA?
Art. 967 do Código Civil:
É obrigatória a inscrição do empresário no
Registro Público de Empresas Mercantis da
respectiva sede, antes do início de sua
atividade.
Finalidades do Registro:
• dar garantia, publicidade, autenticidade,
segurança e eficácia aos atos jurídicos da empresas;
• cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em
funcionamento no país e manter atualizadas as
informações dessas empresas;
• matricular os agentes auxiliares do comércio, bem
como seu cancelamento.
Consequências para o empresário irregular:
• tem sua falência decretada somente como garantia de seus
credores;
• também não pode pedir recuperação empresarial;
• os seus livros não poderão ser autenticados na Junta
Comercial, ficando impossibilitado de utilizá-los como prova
(artigo 379 do CPC), e se for decretada sua falência, esta será
fraudulenta;
• sendo uma sociedade, a responsabilidade dos sócios será
ilimitada;
• não pode participar de licitações;
• não pode inscrever-se nos cadastros fiscais nem no INSS.
Estrutura do Sistema de Registro de Comércio
As Juntas Comerciais dos estados, subordinadas
administrativamente aos respectivos governos e
tecnicamente ao DNRC, têm a competência da
execução do registro das empresas.

Os atos administrativos das Juntas Comerciais


referem-se à matrícula dos auxiliares do comércio,
ao arquivamento dos documentos registrais e à
autenticação da escrituração empresarial.
A matrícula significa o ato pelo qual se registram
nas Juntas Comerciais os profissionais considerados
como auxiliares do comércio, os quais são:
•leiloeiros;
•tradutores públicos e intérpretes comerciais;
•trapicheiros;
•administradores de armazéns-gerais.
O arquivamento é o ato pelo qual se arquivam os documentos
relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de
empresas individuais, sociedades empresárias e cooperativas.
Compreendem ainda o arquivamento dos atos relativos a consórcios
e grupos de sociedades; às empresas estrangeiras que operam no
Brasil e às declarações de Microempresa (e Empresa de Pequeno
Porte). Estes atos são os que dão origem à empresa, e constituem:
•a declaração de empresário individual;
•o contrato social (nas sociedades contratuais);
•o estatuto social ( das sociedades por ações, comandita por ações, e
cooperativas)
A autenticação é o ato pelo qual a Junta Comercial procede à
autenticação dos instrumentos de escrituração das empresas
registradas e dos agentes auxiliares.
A autenticação é muito importante para que se dê veracidade à
documentação da empresa.

Importante: a Junta não diz que a escrituração está exata;


apenas autentica o documento para que se possa provar sua
existência, naqueles termos em que foi autenticado.
Considera-se nome
empresarial a firma ou a
denominação adotada para o
exercício de empresa.
Cf. art. 1.155 do Código Civil
firma
- Constituída pelo nome civil do empresário, abreviado ou
não, podendo ser acrescido por sinal distintivo.
Exemplo: Luiz Pereira – Livreiro ou L. Pereira de Ilhéus
- A firma constituirá a assinatura do empresário ou sociedade
nos seus negócios

denominação
- Constituída pela designação do objeto da empresa, podendo
adotar nome civil ou qualquer outra expressão lingüistica.
Exemplo: A. Silva & Pereira Cosméticos Ltda. ou Alvorada
Cosméticos Ltda.
Art. 1.156.
O empresário opera sob firma constituída por
seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se
quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou
do gênero de atividade.

Exemplos:
Luiz Pereira – Livreiro
Luiz Pereira de Ilhéus
Art. 1.157.
 
A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará
sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando
para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou
sua abreviatura. (Sociedades: em Nome Coletivo, em Comandita Simples)

Exemplos:
Pereira, Silva & Souza
Pereira, Silva & Cia (ou & Companhia)
Antônio Silva & Cia (ou & Companhia)
 
OBS: Os sócios que figuram com seus nomes na firma social são solidária
e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma
social.
Art. 1.158.
 
Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação,
integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.

Exemplos:
Pereira, Silva & Souza Ltda.
Pereira, Silva & Cia Ltda.
Alvorada Livros Técnicos Ltda.
 
OBS: A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade
solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma
ou a denominação da sociedade.
Art. 1.160.
 
A sociedade anônima opera sob denominação designativa do
objeto social, integrada pelas expressões "sociedade anônima"
ou "companhia", por extenso ou abreviadamente.
 
Exemplos:
Alvorada Livros Técnicos SA.
Companhia Editora de Livros Técnicos Alvorada
Alvorada – Cia. Comercial de Livros Técnicos
 
OBS: Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou
pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa.
Art. 1.161.
 
A sociedade em comandita por ações pode, em lugar de
firma, adotar denominação designativa do objeto social,
aditada da expressão "comandita por ações".
 
Exemplos:
Antônio Silva e Companhia, Comandita por Ações
Livros Técnicos Alvorada C.A.
Comandita por Ações Silva, Pereira & Cia
Voluntária: Depende somente da vontade do empresário
 
Obrigatória:
 
a) Fundados no princípio da veracidade:
• composição de nome civil
• saída, retirada, exclusão ou morte de sócio cujo nome constava da firma
social;
• alteração da categoria de sócio, quanto à sua responsabilidade nas
obrigações sociais;
• alienação do estabelecimento por ato entre vivos (note-se que o nome
empresarial é inalienável)
 
b) Outras causas
Transformação: alteração do tipo societário
Proteção ao nome: lesão a direito de outro empresário
Preservação da clientela:
 Tenta evitar a usurpação da clientela pela imitação do nome
 
Preservação do Crédito:
Tenta evitar o abalo no crédito com o protesto de títulos, pedido
de falência ou de concordata.
 
Exclusividade do uso:
 Impedimento de outro empresário se identifique com nome
idêntico ou semelhante, que provoque confusão entre
consumidores ou no meio empresarial
Que tal ajudar Dona Maria a
preencher o Requerimento de
Inscrição como Empresária?

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