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A Firma Comercial
(Licenciatura em Direito)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Carmélia José Mário
Dadinha Melino Mário
Januário Ernesto
Lucilio Simão Jemusse
Pierino Raul
Sedux Francsco Wairesse
A Firma Comercial
Universidade Rovuma
Extensão do Niassa
2022
Índice
Introdução....................................................................................................................................4
1. FIRMA COMERCIAL.............................................................................................................5
No conceito subjectivo.........................................................................................................5
Referencias Bibliográficas.............................................................................................................14
4
Introdução
O presente trabalho da cadeira de Direito Comercial I, faz um estudo relacionado com Firmas
comerciais, nele contempla aspectos importantíssimos, para o quotidiano, visto identifica um
determinado lugar que há realização de actividades comerciais. Importa referenciar que o
presente estudo apresentara no seu interior os seguintes aspectos: noções básicas relacionadas
com tema, sentidos do conceito de firma, composição, tipicidade ou espécies, princípios gerais,
formalidades, transmissão e caducidade de firmas.
Objectivos:
Objectivos gerais:
O presente trabalho tem como objectivos gerais, contextualizar, dar a conhecer as várias
esferas das firmas comerciais, a sua importância na sua globalidade, assim como a sua
transmissão e caducidade.
Objectivos específicos:
Metodologia
A revista bibliográfica foi a metodologia usada para dar lugar o presente trabalho, o culminou
com a consulta de diversos manuais doutrinários que abordam sobre o tema e para dar o seu
enquadramento jurídico foi necessário o uso da lei comercial moçambicana, cujo mesmo gozo a
sua mancha gráfica na seguinte vertente: em primeiro lugar apresenta aspectos pré-textuais, de
seguida vem o corpo do trabalho e por fim vem os aspectos pós textuais.
5
1. FIRMA COMERCIAL
1.1. Noções básicas relacionados com tema
A firma é o nome comercial dos comerciantes, o sinal que os individualiza ou os identifica,
todavia o professor Coutinho de Abreu reporta tal noção como insuficiente porque além de
identificar comerciantes a firma individualiza não comerciantes.
De outra maneira alguns comerciantes são individualizados não por uma firma, mas por uma
denominação. E numa distinção diferente da tradicional a firma seria o vocábulo preferido para
designar o signo individualizador de comerciantes e a denominação designaria preferencialmente
o sinal identificador de não comerciantes, podendo nalguns casos ser composto por nomes de
pessoas.
1.2. Sentido do conceito de firma
O Conceito pode ser entendido em dois sentidos sendo objectivo e subjectivo, como se descreve:
Conceito objectivo:
Firma é um sinal distintivo do estabelecimento comercial. Assim ela pode ser constituída
livremente e transmitida com o próprio estabelecimento comercial, havendo ou acordo expresso.
Consubstanciando o sinal de distinção de estabelecimento, a tutela do mesmo.
Por outro lado, o empresário só poderá (e deverá) utilizar, na sua actividade comercial, o
respectivo nome civil, que, como por direito de personalidade será insusceptível de transmissão
com o estabelecimento. Para além disso, não impedindo a lei civil a homonímia nenhum
comerciante poderá opor-se a que outrem com o nome idêntico utilize também em actividade
mercantil concorrente.
No conceito subjectivo
A firma é um sinal que pretende distinguir o empresar comercial em si dos demais, o seu
nome comercial ao lado do seu nome civil, tratando que o empresário comercial seja uma pessoa
singular, isto é o sinal que ele vai usar no exercicio da empresa comercial, donde resulta que
tratando do empresario ser uma pessoa singular a firma deve ser constituida com base no seu
nome civil, e por isso em principio é intrasmissivel, neste sentido a sua transmissibilidade
implicaria a transmissao do nome civil que como tal constitui a priopria firma. O nome que ele
usa no exercício da sua empresa é o nome comercial do comerciante. Daí que, em relação ao
comerciante individual, nesta concepção a firma deva ser formada a partir do seu nome civil e,
em princípio, intransmissível.
Todavia na generalidade dos sistemas jurídicos que adoptem este conceito permite por
motivos pragmáticos conservação da clientela pelo adquirente do estabelecimento, evitar a
pulverização dogoodwil que em certas condições a firma seja também transmitida. Assim como
6
1
Dec. Lei nº 2/2009 de 24 de Abril (BR nº 016, I Série, 3º Supl. de 24 de Abril de 2009, pág. 86 – (altera alguns
artigos do Código Comercial de Moçambique - Decreto-Lei nº 2/2005 de 27 de Dezembro de 2005)
7
Aquela em que um ou mais sócios concorrem unicamente com o seu trabalho, actividade ou
indústria, cabendo unicamente ao sócio capitalista a responsabilidade pelas obrigações sociais e
o direito de figurar na firma, que é vedado ao sócio de indústria. A firma das sociedades de
capital e indústria deve conter, o aditamento "Sociedade de Capital e
Indústria", ou, abreviadamente, "SCI". Código Comercial - Dec. Lei nº 2/2009 de 24 de Abril –
artigo 31º.
Pelo nome civil, completo ou abreviado, consoante se torne necessário para a perfeita
identificação da sua pessoa podendo aditar-lhe alcunha;
Pelo nome ou firma de um, alguns ou todos os sócios ou associados;
Por designação de fantasia;
Por expressões alusivas a actividades comercial desenvolvidas ou a desenvolver.
4
Dec. Lei nº 2/2009 de 24 de Abril (BR nº 016, I Série, 3º Supl. de 24 de Abril de 2009, pág. 30
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quanto à identidade dos sócios (tratando-se de uma empresa colectiva), quer ainda quanto à
natureza da sociedade e à índole ou ao âmbito do próprio estabelecimento.
Menezes Cordeiro acrescenta ao já referido que a firma não deve induzir em erro sobre a
pertença a algum grupo “hoje as sociedades estão muitas vezes interligadas; a pertença a um
grupo mesmo quando tenham objectos diferentes é um factor relevante sobre que não podem ser
enganados os consumidores”.5
De outra forma Carlos Olavo escreve que o princípio da verdade da firma é formulado
simultaneamente em termos positivos (os elementos devem ser verdadeiros) e em termos
negativos (devem não induzir em erro). Na primeira vertente o princípio da verdade exige, por
exemplo que a firma seja constituída pelo nome de um ou mais sócios da sociedade quando
firma nome. Na vertente negativa este princípio postula que a firma não seja enganosa. 6
5
Menezes Cordeiro, Manual de Direito Comercial, Vol. 1, Almedina, 2007, 2.ª Edição P 340 e 341
6
Artigo 26 do deccreto citado
11
Para esta análise da inconfundibilidade deve-se verificar como salienta Ferrer Correia
“com referência à diligência normal do homem médio se uma firma pode ser confundida com
outra se uma pessoa tinha em mente o nome de uma firma e poderia dirigir-se a esta, poderá ser
induzida em erro pela semelhança do nome e dirigir-se, portanto, a outra firma.7
Carlos Olavo prescreve que este princípio impõe que a firma de cada comerciante seja distinta da
dos outros comerciantes assegurando assim a respectiva função individualizadora que consiste
em distinguir o comerciante no exercício do seu comércio dos demais comerciantes. Permitindo
assim a fácil identificação por terceiros dos comerciantes com os quais se relacionam.
As firmas completamente distintas são, pois, aquelas que não são idênticas nem por tal forma
semelhantes que possam induzir em confusão ou erro sobre a realidade que visam individualizar.
Por isso haverá possibilidade de confusão sempre que um sinal possa ser tomado por outro ou na
possibilidade de o público criar uma ideia de que existe relação entre essas realidades. Falamos
aqui no caso de relação de grupo entre duas sociedades que poderá levar terceiros a supor que a
sociedade menor “ou sociedade filha” tem um suporte financeiro devido a uma relação com uma
entidade com poder económico de grande relevo.8
1.4.4. Princípio da exclusividade
A firma goza dum âmbito territorial de protecção, não é necessariamente o âmbito nacional. No
comerciante individual, se ele usar o seu nome, o âmbito de protecção é correspondente
territorial da conservatória de registos de entidades legais onde está registado. Se ele aditar ao
nome uma expressão distintiva já pode ser reconhecida extensão em todo o território nacional.
1.4.5. Princípio da Unidade
Segundo este princípio o comerciante só poderia girar sob uma única firma. Este princípio não
está expressamente consagrado na lei tal como estão os princípios da verdade e da novidade, mas
tem acolhimento doutrinal.
1.5. Formalização da firma
O Estado em relação às firmas garante a tutela administrativa (essencialmente), por isso é
necessário que as pessoas tenham um certificado da firma ou de denominação. Em todo
o processo administrativo necessário para a firma, este certificado é o elemento estratégico
essencial, em termos de direito para se poder iniciar os trâmites necessários para a constituição
de firma ou sociedade.
7
Ferrer Correia, Lições de direito Comercial, vol 1, Universidade de Coimbra, 1973, P. 280 e 281
8
Artigo 20 do codigo cormercial moçambiccano
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O certificado serve para atestar que os requisitos estão preenchidos, é deste certificado que
depende tudo, escritura pública, elementos destinados à constituição de pessoas colectivas de
responsabilidade limitada.
A firma está sempre ligada ao estabelecimento (tendência real); a firma liga-se ao comerciante·
(tendência pessoal). A firma surge à partida com o nome comercial, designação usada pelo
comerciante no exercício do seu comércio. A firma deve ser registada na Conservatória de
registo de Entidades Legais.
1.6. Transmissão das firmas
Tal como outro direito, o código comercial faz menção no seu artigo 36 a transmissão das firmas
que se descreve: Pode ser transmitida em entre vivos, assim como sucedendo sócios ora falecidos
de uma empresa comercial, continuando gerido normalmente usando mesmo nome e sendo
mesma firma comercial, quando para tal seja autorizado, diante de uma declaração aditada de
sucessão.
1.7. Anulação da firma
A firma é anulável quando na respectiva composição se tenham violado direitos de terceiros, A
anulação da firma deve ser feita em acção judicial intentada pelo interessado no prazo de quatro
anos a contar da data da publicação, O direito de pedir a anulação da firma registada de má fé
não prescreve, a declaração da nulidade da firma deve ser registada e publicada.
Importa referenciar que empresário comercial deve, no primeiro trimestre de cada ano, fazer a
prova da continuidade do exercício da empresa perante a entidade competente para o registo da
firma.
1.9. Declaração de caducidade da firma
A caducidade da firma é declarada pela entidade competente para o registo a requerimento dos
interessados, Do pedido de caducidade é notificado o titular do registo para responder, no prazo
de um mês Decorrido esse prazo, a entidade competente para o registo decide, no prazo de
quinze dias, Da declaração de caducidade cabe recurso para o tribunal, A declaração de
caducidade do direito à firma é registada oficiosamente e deve ser publicadaConclusão
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Conclusão
Chegado a este capítulo concluímos que, quando se fala de firma trata-se de uma
designação que refere ao um nome comercial, cujo seu conhecimento é de extrema importância
no seio da comunidade, pôs ajuda identificar ou localizar em locais onde há pratica de actividade
comerciais, o termo firma pode ser entendido em dois sentido sendo subjectivo assim como
objectivo. Em sentido objectivo entende-se firma como sendo um sinal distintivo do
estabelecimento comercial enquanto o sentido subjectivo entende como sendo firma é um sinal
distintivo do próprio comerciante.
Em termos de composição das firmas as firmas podem ser formada conforme os casos
por um ou vários nomes de pessoas completos, como por exemplo na cidade de Lichinga pode-se
encontrar as seguintes firmas Socin Ltd, Salum Comercial, Aginur Comerciar. Como ilustram os
exemplos acima referenciados a primeira firma é composta por sócios irmãos que ambos
possuem apelido Socin, a segunda e terceira são firmas que tem nomes dos proprietários da
própria firma.
Para a sua criação segue diversos princípios orientadores tais como: princípio da verdade,
principio da qucapacidade distintiva, principio da novidade, da exclusividade e novidade, as
fimas também são susceptíveis em serem anuladas observando o seguinte critério quando na
respectiva composição se tenham violado direitos de terceiros, devendo ser feita em acção
judicial intentada pelo interessado no prazo de quatro anos a contar da data da publicação, a
anulação da firma registada de má fé não prescreve, a declaração da nulidade da firma deve ser
registada e publicada. As firmas também caducam na seguinte vertente, com o termo do prazo
contratual, por dissolução da pessoa colectiva, pelo não exercício da empresa por período
superior a quatro anos.
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Referencias Bibliográficas
Doutrina:
Base Legal