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Contratos administrativos
(Licenciatura em Direito)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
Carlos Samuel Chucua
Contratos administrativos
Universidade Rovuma
Extensão do Niassa
2021
Índice
Introdução....................................................................................................................................4
Estrutura do trabalho:...............................................................................................................5
Conclusão...................................................................................................................................19
Referências bibliográficas......................................................................................................21
4
Introdução
O sindicato é um movimento constituído por trabalhadores de uma determinada
empresa, com objectivo de salvaguardar o cumprimento das cláusulas impostas no
âmbito do contrato laboral, assim como na melhoria das condições laborais. Em
Moçambique o movimento sindical remonta no período colonial, isto é, nos anos de
1943 a 1944 quando surgiram alguns sindicatos tais como: sindicato nacional dos
empregados do comércio e indústria, sindicatos dos motoristas e sindicatos ferroviários,
mas estes estavam ligados ao jugo colonial. Assim houve a necessidade após a
independência em 1976 desse criar uma organização dos trabalhadores de Moçambique
que visava em salvaguardar que não houvesse sabotagem das empresas dos portugueses
já expulsos no país, é dai onde surge em Novembro de 1983 a OTM, por outra importa
frisar que no período socialista em Moçambique os sindicatos eram instrumentos de
cooperação entre o Estado e A FRELIMO, em 1990 com a nova Constituição houve
introdução da democratização laboral dos sindicatos, está desamamentou a OTM no
jugo da FRELIMO, transformando-a em CONSILMO sendo Conferência Nacional Dos
Sindicatos Livres de Moçambique).
Obejctivos
Objectivos específicos
Apresentar noções básicas relacionadas com a evolução histórica dos sindicatos;
Apresenta as dimensões relativas aos sindicatos sendo no molde individual
assim como colectivo;
Caracterizar a importância dos movimentos sindicais no ordenamento jurídico
moçambicano.
Palavras-chave
Sindicatos, greve, mediação, arbitragem e evolução histórica
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Metodologias
Para a concretização do presente trabalho a metodologia recorrida para a compilação do
mesmo, foi o método bibliográfico que culminou na consulta de diversas obras relativas
a matéria e o seu enquadramento jurídico.
Estrutura do trabalho:
O presente trabalho tem a estrutura de um trabalho científico onde fazem parte os
seguintes elementos: introdução, desenvolvimento do trabalho, conclusão e referências
bibliográficas.
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dos direitos e interesses dos trabalhadores. Desde logo, se, por um lado, são vários
sindicatos na mesma empresa a negociarem condições de trabalho melhoradas e outros
direitos com o empregador, por outro, o empregador pode furtar-se às exigências dos
seus trabalhadores representados por um ou por outro sindicato com a desculpa de estar
ainda em negociação, sobre os mesmos aspectos, com um e outro sindicato, quando,
efectivamente, não está a resolver as preocupações nem de um nem do outro. Uma outra
crítica que é feita aos sindicatos corporativos da era colonial, é que os requisitos de
admissão como membro por parte dos então operários moçambicanos centravam-se,
essencialmente, na qualidade de “assimilados” e, porque, eram poucos os
moçambicanos que alcançavam este estatuto social, poucos também integravam esses
sindicatos.
Por causa destes constrangimentos, foram surgindo, um pouco por todas as
grandes companhias de produção da era colonial, várias revoltas da classe operária,
algumas vezes com paralisação de trabalho, com destaque para os operários dos CFM e
dos Ferro-Carris, das plantações da cana-de-açúcar de Xinavane. Estas revoltas, que
marcam o início do movimento sindical em Moçambique, mereceram penas severas por
parte do regime colonial. O movimento sindical do período pós-independência foi
continuidade dos sindicatos corporativos da época colonial. Com a proclamação da
independência, o novo Estado escolheu como novo regime político a vigorar no país o
socialismo, que preconiza que os meios de produção pertencem ao Estado. Assim, de
1975 até 1976, assistiu-se um abandono massivo e sabotagem das unidades fabris por
parte dos proprietários portugueses.
1.2.1. O percurso até a criação da Organização dos Trabalhadores de
Moçambique
Face à sabotagem dos portugueses, obrigados abandonar o país, o Governo do
dia incumbiu aos trabalhadores o desafio de defender as unidades fabris e reorganizar a
economia. Neste contexto, no dia 13 de Outubro de 1976, o Presidente Samora Moisés
Machel reúne-se com os representantes dos trabalhadores moçambicanos em Lourenço
Marques para os incumbir a tarefa de se organizarem, em cada empresa, em grupos de
defesa da economia. Na mesma reunião, constituiu-se um núcleo coordenador,
encabeçado por um operário muito activo dos CFM, o Sr. Augusto Macamo, hoje
considerado embondeiro do movimento sindical em Moçambique. Foi neste contexto
que surgiram os “Grupos Dinamizadores (GD)” e “Milicianos” que eram estruturas
políticas compostas por trabalhadores treinados para defenderem as fábricas da
sabotagem dos patrões portugueses em fuga e divulgar a política da Frelimo. O grupo de
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Para mais desenvolvimentos veja-se Ribeiro, Fernando Bessa. Op. cit., p.376.
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uma iniciativa estatal (Assis, 1997). Em consequência, a acção dos sindicatos neste
período apenas procurava colaborar com o Estado socialista e nunca confrontá-lo.
6
Kjeld Jakobsen e Daniela Sampaio de Carvalho.Da Pós-Independência Ao Projeto Neoliberal E Os
Desafios Para Os Trabalhadores Na África Austral: Analíse Comparativa De Moçambique, Ilhas
Maurício E Tanzânia, extraido do link:
https://global-labour-university.org/fileadmin/GLU_conference_Unicamp_2008/Submitted_papers/
Kjeld_e_Sampaio.pdf
7
MARTINEZ, Pedro Romano. Direito do Trabalho, 6ª edição, Almedina, 2013, pp. 1159-1160
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8
Cfr o artigo 195 da Lei 7/2007 de 1 de Agosto
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9
Melo.Raimundo Simao(2011). A greve no Direito de Trabalho. 3 ed. São Paulo. Brazil
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10
Cfr o artigo 203 da lei 23/2007 de 1 de Agosto.
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Conclusão
Chegado a este ponto da realização do presente trabalho, conclui-se que os
movimentos sindicais no ordenamento jurídico moçambicano só começaram a se fazer
se fazer sentir nos anos de 1943 a 1944 com aparição dos sindicatos nacionais dos
empregados do comércio e indústria, aparição dos sindicatos dos motoristas e sindicato
da ferrovia de Moçambique, todavia estes estavam ligados no enquadramentos dos
trabalhadores brancos e o seu controlo era efectuado com a colónia portuguesa.
Nos anos de 1975 a 1976 com a proclamação da independência os colonos foram
obrigados a abandonar o país, assim sendo eles efectuaram um movimento de
sabotagem das empresas por eles administradas no período colonial, registando-se este
movimento houve a necessidade desse reunir no dia 13 de Outubro de 1976, reunião
está presidida pelo Marchal Samora Moisés Machel, o então presidente da República
Popular de Moçambique, com os representantes dos trabalhadores moçambicanos, com
o fim de se criar uma barreira de protecção para que não houve vandalismo, é dai onde
surge os primeiros passos da criação da OTM.
Esta ideia só foi se efectivar em Novembro de 1983, no âmbito da criação da
OTM, mas está no período socialista, isto é, após a independência na constituição de
1975, servia como elo de ligação entre o Estado e FRELIMO, que por sua vez nesta,
não havia liberdades.
A nova Constituição de 1990 trouxe consigo inovações, uma delas foi o principio de
democratização dos sindicatos eis a razão da criação do CONSILMO (a conferencia
nacional dos sindicatos livres de Moçambique).
A CRM de 2004 ate nesta última revisão de 2018, a única novidade que trouxe
relativamente aos sindicatos foi a introdução do direito a liberdade, de reunião e de
manifesto.
Greve é um elemento chave que serve para impor o cumprimento dos contratos
do trabalho, assim como na melhoria de condições de trabalho, e para que a greve se
efective no âmbito laboral é preciso que está observe alguns princípios ou requisitos a
saber: deve haver uma frustração da negociação, deve haver decisão por parte dos
organismo dos sindicatos, na ausência dos organismos dos sindicatos a greve deve ser
decidida em uma assembleia geral, os trabalhadores não devem recorrer a violência no
âmbito da vigência, no ordenamento jurídico Moçambique é proíbo a realização do lock
out por violar o direito dos trabalhadores.
Como dificuldades, no âmbito da elaboração do presente trabalho enfrentou-se diversas
dificuldades no tangente aos manuais moçambicanos que abordam com a exactidão
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sobre a matéria acima supracitada, assim recorreu-se ao uso das plataformas digitais que
por lado não são fiáveis.
Como nota de proposta, os sindicatos ate então não se fazem sentir no que concerne a
questão de resolução dos problemas que apoquenta está camada assim sendo, por mais
que sofra diversas evoluções, mas observando-se que a mesma não se faz sentir, precisa
que haja mais divulgação da legislação que aborda sobre a matéria, visto que nota-se um
desconhecimento por parte dos sujeito da relação laboral.
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Referências bibliográficas
Doutrina
1. Barbas, Stela Marcos de Almeida Neves (2007). Direito do genoma humano,
Almedina.
2. Canotilho, J.J. Gomes (2002), Direito Constitucional e Teoria da Constituição,
5.ª Edição, Almedina, Coimbra.
3. Comoane, Paulo Daniel (2010); A aplicação da Lei do Trabalho nas Relações de
Emprego Público, Almedina.
4. Da Silva, J. A (2008), Curso de Direito Constitucional Positivo, 31.ª Edição,
Malheiros Editores, São Paulo.
5. De Oliveira, Sílvio Luiz; Metodologia Científica Aplicada ao Direito, Thomson.
6. MARTINEZ, Pedro Romano (2013), Direito do Trabalho, 6ª Edição, Almedina.
7. Medeiros, António Henriques João Bosco (2003), Monografia no Curso de
Direito, Trabalho de Conclusão de Curso, Editora Atlas, 3.ª Edição.
Legislação
1. Constituição da Republica de Moçambique de 2018. Boletim da República
nº15/2018 de 12 Junho, 1ª Serie, 2º Suplemento. Maputo
2. _________________________de 1975. Boletim da República Popular nº1/1975.
Serie I. 1º Suplemento. Maputo
3. ___________________________ de 1990. Boletim da República de
Moçambique. Serie I. 2º Suplemento. Maputo
4. _________________________ de 2004 de 22 de Dezembro.
5. Lei 23/2007 de 1 Agosto. Lei de trabalho. Boletim da República nº31. Serie I, 2º
Suplemento. Maputo
6. Lei n.º 11/99 de 8 de Julho. Lei que aprova o Regulamento de Arbitragem. Serie
I. 2º Suplemento. Maputo