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Carlos Samuel Chucua

Contratos administrativos
(Licenciatura em Direito)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
Carlos Samuel Chucua

Contratos administrativos

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Direito de Administrativo II
a ser entregue ao Departamento de
Direito, sob orientação do Dra. Cecilia
Katawala

Universidade Rovuma
Extensão do Niassa
2021

Índice
Introdução....................................................................................................................................4

Estrutura do trabalho:...............................................................................................................5

1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO SINDICAL NEGOCIAÇÃO COLECTIVA


GREVE E MEDIAÇÃO LABORAL...........................................................................................6

1.1. Noções Básicas Relacionados Com Tema....................................................................6

1.1.2. Dimensões da Liberdade Sindical.............................................................................7

1.1.2. Dimensão individual.................................................................................................8

1.1.3. Dimensão colectiva..................................................................................................8

1.2. Evolução histórica dos Movimentos Sindicais no ordenamento jurídico moçambicano


8

1.2.1. O percurso até a criação da Organização dos Trabalhadores de Moçambique..........9

1.2.2. Ou por outra, o Movimento Sindical de Moçambique antes e Pôs Independência..10

1.2.3. Quadro Legal Dos Sindicatos No Período Pôs Independência............................12

1.2.4. A Liberdade Sindical na Constituição da República de Moçambique....................12

1.2.5. Atribuições Do Sindicato........................................................................................13

1.2.6. Conceito De Greve.................................................................................................13

1.2.7. Formas de greve.....................................................................................................14

1.2.8. Requisitos Para Que Haja Greve.............................................................................14

1.2.9. Lock out..................................................................................................................15

1.3. Meios De Resolução De Conflitos Laborais...............................................................15

1.4. Negociação Colectiva.................................................................................................17

1.4.1. Direito Á Liberdade De Negociação Colectiva................................................17

1.4.2. As Partes Da Negociação Colectiva........................................................................17

1.4.3. O Processo De Negociação.....................................................................................17

1.4.4. Os Temas De Negociação Colectiva.......................................................................18

Conclusão...................................................................................................................................19

Referências bibliográficas......................................................................................................21
4

Introdução
O sindicato é um movimento constituído por trabalhadores de uma determinada
empresa, com objectivo de salvaguardar o cumprimento das cláusulas impostas no
âmbito do contrato laboral, assim como na melhoria das condições laborais. Em
Moçambique o movimento sindical remonta no período colonial, isto é, nos anos de
1943 a 1944 quando surgiram alguns sindicatos tais como: sindicato nacional dos
empregados do comércio e indústria, sindicatos dos motoristas e sindicatos ferroviários,
mas estes estavam ligados ao jugo colonial. Assim houve a necessidade após a
independência em 1976 desse criar uma organização dos trabalhadores de Moçambique
que visava em salvaguardar que não houvesse sabotagem das empresas dos portugueses
já expulsos no país, é dai onde surge em Novembro de 1983 a OTM, por outra importa
frisar que no período socialista em Moçambique os sindicatos eram instrumentos de
cooperação entre o Estado e A FRELIMO, em 1990 com a nova Constituição houve
introdução da democratização laboral dos sindicatos, está desamamentou a OTM no
jugo da FRELIMO, transformando-a em CONSILMO sendo Conferência Nacional Dos
Sindicatos Livres de Moçambique).

O presente trabalho da cadeira de Direito do Trabalho II, apresenta um estudo


relacionado a evolução histórica do direito sindical tendo como a negociação uma forma
de dirimir os conflitos laborais em casos de não haver consenso aparece elemento greve
dos trabalhadores, a mediação vem como recurso de apaziguar as partes envolvidas,
cujo legislador Moçambique proíbe a realização de lock out.

Obejctivos

Objectivos gerais: o trabalho tem como objectivos gerais, desenvolver, compreender a


matéria relativa a evolução histórica do movimento sindical no ordenamento jurídico
moçambicano.

Objectivos específicos
 Apresentar noções básicas relacionadas com a evolução histórica dos sindicatos;
 Apresenta as dimensões relativas aos sindicatos sendo no molde individual
assim como colectivo;
 Caracterizar a importância dos movimentos sindicais no ordenamento jurídico
moçambicano.

Palavras-chave
Sindicatos, greve, mediação, arbitragem e evolução histórica
5

Metodologias
Para a concretização do presente trabalho a metodologia recorrida para a compilação do
mesmo, foi o método bibliográfico que culminou na consulta de diversas obras relativas
a matéria e o seu enquadramento jurídico.
Estrutura do trabalho:
O presente trabalho tem a estrutura de um trabalho científico onde fazem parte os
seguintes elementos: introdução, desenvolvimento do trabalho, conclusão e referências
bibliográficas.
6

1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO SINDICAL NEGOCIAÇÃO


COLECTIVA GREVE E MEDIAÇÃO LABORAL
1.1. Noções Básicas Relacionados Com Tema
Um sindicato é uma associação de trabalhadores que se constituem para defender os
interesses sociais, económicos e profissionais relacionados com a actividade laboral dos
seus integrantes. Trata-se de organizações democráticas que se encarregam de negociar
as condições de contratações com as entidades patronais.1 Nos termos do número 2 do
artigo 137 do diploma da lei de trabalho diz que as associações sindicais e de
empregadores podem constituir outras organizações de nível superior ou nelas se
filiarem, bem como estabelecerem relações ou filiarem-se em organizações congéneres.
A sindicância pode ser equiparada à etapa preliminar de uma investigação
administrativa. Isso porque ela é um meio preventivo e cautelar que tenta impedir
decisões ruins para o servidor público. Além disso, evita que a administração pública e
o servidor sejam expostos por um fato que ainda está na fase inicial de apuração. Assim,
prevenindo despesas e eventuais danos morais.
Então, a principal finalidade da sindicância é esclarecer se houve, ou não, algum fato ou
ato irregular, mesmo que no início não haja uma pessoa a ser investigada. Se for
concluído que existe um potencial ato ilícito, é iniciado o processo administrativo
disciplinar contra o servidor público responsável.
O movimento sindical está umbilicalmente ligado ao surgimento do próprio Direito
de Trabalho. Partindo da origem histórica do Direito do Trabalho, a partir da segunda
metade do Séc. XVIII, a doutrina associa a esta a evolução histórica da liberdade
sindical. A liberdade sindical, tal como é conhecida hoje, foi bastante influenciada por
factos históricos ocorridos na França (a Revolução Francesa de 1789, a loi Le Chapelier
de 1791).
A revolução industrial e suas consequências fizeram surgir muitos problemas
sociais, o que fez nascer movimentos de reivindicação da classe operária contra a
injustiça social. É nesse contexto que, influenciada pelas ideias marxistas e doutrina
social da igreja, a classe operária francesa conquistou, com a chamada revolução social
de 1848, a possibilidade de reunir-se e depois, em 1884, com a lei Waldeck-Rousseau, a
base para a consagração do princípio da livre constituição das organizações sindicais.
1
Informação extraída do link:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://conceito.de/
sindicato&ved=2ahUKEwjQ9bjB4-
7xAhXNQkEAHR5jCzEQFjAAegQIAxAC&usg=AOvVaw0nGJmQnfYaZ_3h4fcihO-p
7

Apesar de reconhecer que os fenómenos do associativismo ligados ao trabalho, que


surgem como reacção às péssimas condições de trabalho e de vida dos trabalhadores
fabris da época, tenham origem bastante remota, Palma Ramalho reconhece dignidade
equiparável ao moderno associativismo sindical aos movimentos surgidos após a
Revolução Francesa porque, defende ela, só a partir desta época se conjugaram os
factores económicos e sócio políticos que viabilização a actual configuração destas
associações.
Segundo esta autora, do ponto de vista económico, o associativismo laboral e,
designadamente, o associativismo sindical, é viabilizado por dois factores. Por um lado,
a massificação do trabalho subordinado fabril na Revolução Industrial que se veio
sobrepor ao trabalho artesanal e, por outro, o modelo de organização do trabalho nas
fábricas, caracterizado por ser muito rígido e compartimentado, conduziu à
homogeneização do proletariado, permitindo que a representação colectiva dos
operários assumisse um perfil classista, que se mantém hodiernamente. Do ponto de
vista sócio político, o associativismo foi influenciado pela degradação das condições de
vida e de trabalho dos operários e pelo surgimento das ideologias marxistas e da
doutrina da igreja Católica na segunda metade do Séc. XIX, que lutavam contra o
capitalismo económico e o individualismo liberal. Do ponto de vista jurídico, o
desenvolvimento das associações passou por três fases: a fase da proibição, a fase da
tolerância e a fase do reconhecimento.2
1.1.2. Dimensões da Liberdade Sindical
Na doutrina clássica, a liberdade sindical, tal como é conhecida hodiernamente,
comporta várias acepções a saber: liberdade sindical como liberdade de associação,
liberdade de organização, liberdade de administração, liberdade de exercício das
funções e liberdade de filiação e desfiliação. Todavia, sem prejuízo destas concepções,
conhecem-se duas vertentes da liberdade sindical: por um lado, a liberdade sindical
como significando o livre exercício de direitos sindicais (na sua vertente individual) e
também, em outra acepção, como sendo a liberdade de organizar sindicatos para a
defesa e promoção dos interesses colectivos (na vertente colectiva).
A vertente individual da liberdade sindical está intimamente ligada à pessoa
singularmente considerada e a vertente colectiva, aos grupos profissionais.3

1.1.2. Dimensão individual


2
Miranda, Jorge. Direitos Fundamentais, Introdução Geral, Lisboa, 199, p.11
3
Canotilho, J.J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição, 5ª edição, Almedina, Coimbra,
p.391 e ss.
8

A valência individual da liberdade sindical traduz-se, conforme aponta Monteiro


Fernandes, na liberdade que o trabalhador tem de participar na constituição de um
sindicato, e de se tornar, ou não, sócio de um existente, ou ainda de deixar de ser
sindicalizado.
Cada trabalhador é assim, livre de ser ou não sindicalizado, podendo, ainda escolher o
sindicato de que pretende ser membro, mudar de sindicato ou deixar de pertencer a
determinado sindicato, sempre que pretender.
1.1.3. Dimensão colectiva
O conjunto dos trabalhadores organizados em sindicato é livre de, dentro deste e
dos estritos limites legais, se auto reger. Por outras palavras, este conjunto é livre de
estruturar o próprio sindicato, de regular o seu funcionamento, de eleger e destituir os
seus dirigentes, de associar o sindicato a outros em federações ou uniões, de definir as
formas e finalidades da acçãocolectiva.
Esta liberdade compreende a liberdade de constituição de associações sindicais a
todos os níveis, a liberdade de organização e regulamentação interna, o direito de
exercício da actividade sindical na empresa e o direito de tendência, nos termos
determinados pelos respectivos estatutos.
1.2. Evolução histórica dos Movimentos Sindicais no ordenamento jurídico
moçambicano
A liberdade sindical está intimamente ligada ao associativismo sindical. O
associativismo sindical surge, tal como em outro momento tivemos a oportunidade de
nos referir, num contexto de transformações sociais, como instrumento na mão da classe
trabalhadora para fazer face à debilidade negocial que os operários encontravam nas
negociações contratuais de trabalho.
O movimento sindical em Moçambique remonta do período colonial. Em 1943 e 1944,
constituíram-se o Sindicato Nacional dos Empregados do Comércio e Indústria e o
Sindicato Nacional dos Motoristas e Ferroviários de Moçambique. Todavia, a génese
dos sindicatos desta época era meramente corporativa, que consiste na característica da
constituição dos sindicatos por profissões, tal que, numa empresa poderia haver vários
sindicatos em função do número de profissões. Estes “sindicatos atuavam no sentido do
enquadramento dos trabalhadores brancos no sistema” e eram “estreitamente
controlados pela administração colonial”.4
Como aponta Florêncio Quetane, ao sistema corporativo de organização dos
sindicatos apontam-se várias críticas do ponto de vista de negociação colectiva e defesa
4
De Andrade, J.C. Vieira. Os Direitos fundamentais na Constituição Portuguesa de 1976, 3ª edição,
Coimbra, 2004, p.115.
9

dos direitos e interesses dos trabalhadores. Desde logo, se, por um lado, são vários
sindicatos na mesma empresa a negociarem condições de trabalho melhoradas e outros
direitos com o empregador, por outro, o empregador pode furtar-se às exigências dos
seus trabalhadores representados por um ou por outro sindicato com a desculpa de estar
ainda em negociação, sobre os mesmos aspectos, com um e outro sindicato, quando,
efectivamente, não está a resolver as preocupações nem de um nem do outro. Uma outra
crítica que é feita aos sindicatos corporativos da era colonial, é que os requisitos de
admissão como membro por parte dos então operários moçambicanos centravam-se,
essencialmente, na qualidade de “assimilados” e, porque, eram poucos os
moçambicanos que alcançavam este estatuto social, poucos também integravam esses
sindicatos.
Por causa destes constrangimentos, foram surgindo, um pouco por todas as
grandes companhias de produção da era colonial, várias revoltas da classe operária,
algumas vezes com paralisação de trabalho, com destaque para os operários dos CFM e
dos Ferro-Carris, das plantações da cana-de-açúcar de Xinavane. Estas revoltas, que
marcam o início do movimento sindical em Moçambique, mereceram penas severas por
parte do regime colonial. O movimento sindical do período pós-independência foi
continuidade dos sindicatos corporativos da época colonial. Com a proclamação da
independência, o novo Estado escolheu como novo regime político a vigorar no país o
socialismo, que preconiza que os meios de produção pertencem ao Estado. Assim, de
1975 até 1976, assistiu-se um abandono massivo e sabotagem das unidades fabris por
parte dos proprietários portugueses.
1.2.1. O percurso até a criação da Organização dos Trabalhadores de
Moçambique
Face à sabotagem dos portugueses, obrigados abandonar o país, o Governo do
dia incumbiu aos trabalhadores o desafio de defender as unidades fabris e reorganizar a
economia. Neste contexto, no dia 13 de Outubro de 1976, o Presidente Samora Moisés
Machel reúne-se com os representantes dos trabalhadores moçambicanos em Lourenço
Marques para os incumbir a tarefa de se organizarem, em cada empresa, em grupos de
defesa da economia. Na mesma reunião, constituiu-se um núcleo coordenador,
encabeçado por um operário muito activo dos CFM, o Sr. Augusto Macamo, hoje
considerado embondeiro do movimento sindical em Moçambique. Foi neste contexto
que surgiram os “Grupos Dinamizadores (GD)” e “Milicianos” que eram estruturas
políticas compostas por trabalhadores treinados para defenderem as fábricas da
sabotagem dos patrões portugueses em fuga e divulgar a política da Frelimo. O grupo de
10

coordenação criou os Conselhos de Produção (CP), que se encarregaram de reorganizar


o sector e, grande parte dos trabalhadores moçambicanos que integram esta CP, foram
os primeiros gestores das empresas estatais da época. Mais tarde, a partir de 1983, era
cada vez mais evidente que a “década do desenvolvimento não se concretizaria,
arrastando consigo o projecto socialista de transformação radical” inicialmente
adoptado. Assim, após sete anos de seu funcionamento, os CP são transformados na
OTM, isto é, em Novembro de 1983 é fundada a OTM.5
A partir de 1987 (altura em que Moçambique passa do regime socialista para o
capitalismo e adopta a economia do mercado) até a década de 90, começaram a surgir,
vários sindicatos ramais. Entre os movimentos sindicais conhecidos da época
encontramos o Sindicato da Metalurgia, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de
Caju (Sintic), o Sindicato do Aparelho do Estado67. A constituição dos sindicatos desta
época passa a respeitar o sistema de aglutinação, 68 abandonando o corporativismo
transitado do período colonial. Na década de 1990, a OTM transforma-se numa
estrutura de topo e, através da Resolução n. º 20/90, de 5 de Novembro, é reconhecida a
sua personalidade jurídica69. Seguiram-se momentos de afirmação do movimento
sindical em Moçambique, que não estiveram isentos de momentos conturbados e de
recuo, contudo, apesar dos erros e fracassos que não deixaram de marcar o percurso, o
movimento sindical moçambicano prosseguiu com as suas lutas e, conforme aponta
Fernando Ribeiro, em 1999, a greve geral realizada foi uma prova de afirmação sindical
de um movimento que se suplantando até aos dias de hoje.
1.2.2. Ou por outra, o Movimento Sindical de Moçambique antes e Pôs
Independência
O estado no período do regime socialista considerava os sindicatos como um
instrumento de cooperação do Estado e da Frelimo. No bojo das reformas do ajuste
estrutural o governo converteu os conselhos de produção na Organização dos
Trabalhadores Moçambicanos (OTM). Os conselhos eram organizações de
trabalhadores gerências pelos grupos dinamizadores.

A OTM era encarregada de elaborar os programas dos sindicatos, nomear os corpos


directivos. Já as decisões sobre questões trabalhistas continuavam sendo unilateralmente
pelo governo. Aos representantes dos trabalhadores cabia a tarefa de receber e difundir
as posições do governo. (Egero, 1992). Dessa forma, fica claro que a criação dos
sindicatos não surge através de um processo liderado pelos trabalhadores, mas como

5
Para mais desenvolvimentos veja-se Ribeiro, Fernando Bessa. Op. cit., p.376.
11

uma iniciativa estatal (Assis, 1997). Em consequência, a acção dos sindicatos neste
período apenas procurava colaborar com o Estado socialista e nunca confrontá-lo.

Em 1990, a constituição moçambicana introduziu a democracia liberal, multipartidária,


e ampliou os direitos e liberdades sindicais. A nova conjuntura fez com que a OTM
deixasse de ser uma organização filiada á Frelimo, transformando-se numa central
sindical e, emergiu uma nova central, embora pequena e composta por apenas três
sindicatos nacionais, a CONSILMO (Confederação Nacional dos Sindicatos Livres de
Moçambique).

Contudo, essa nova estrutura sindical moçambicana apresenta extrema dificuldade de


enfrentar o contexto neoliberal de insegurança no trabalho, pioras nas condições
trabalhistas e altas taxas de desemprego. A realidade é que no novo contexto político e
económico os sindicatos se transformaram em órfãos do governo e do Estado, na qual a
acção dos dirigentes sindicais é ambígua, repartida entre o apoio as velhas alianças
político-partidárias e a necessidade de confrontar os patrões ou o próprio Estado. Essa
incapacidade dos sindicatos em responder aos problemas colocados com a liberalização
é reveladora da dependência estatal existente no período do regime socialista, que até o
presente momento não foi superada. Assim as organizações sindicais moçambicanas se
encontram em uma verdadeira crise de identidade.

Além disso, os sindicatos enfrentam uma crise de legitimidade produto do


distanciamento em relação á base. O sintoma forte dessa crise é o fato dos trabalhadores
decidirem organizar determinadas acções à revelia dos organismos sindicais, como é o
caso rotineiro no sector se segurança privada e mais recentemente numa greve de
trabalhadores de uma usina de açúcar.

As dificuldades dos sindicatos Moçambicanos também estão relacionadas com a


natureza e complexidade dos problemas. Por serem confrontados com situações de
difícil compreensão e sem instrumentos de controlar, como é o caso das reformas
neoliberais. Para enfrentar estas questões é necessário formular estratégias de luta e de
mobilização social inovadoras, como a democratização interna das organizações,
articulação nacional e internacional, e envolvimento em lutas sociais locais como a
ampliação dos direitos a cidadania, etc.

Além disso, os sindicatos de Moçambique precisam se libertar dos tentáculos do estado


e confrontar o governo quando necessário, como, por exemplo, para conquistar o
reconhecimento do sindicato dos servidores públicos. É fundamentais as organizações
12

sindicais de Moçambique ampliarem suas actividades para abrangerem os sectores


trabalhistas mais relevantes que se encontram na área rural e informal.

1.2.3. Quadro Legal Dos Sindicatos No Período Pôs Independência


Na Constituição Da República Popular de Moçambique não fazia menção a questão de
sindicatos, mais cria direitos dos trabalhadores, nos termos do artigo 7 e 11, assim como
à de 1990, nos seus artigos 75 e 76.
Já na Constituição da República de Moçambique de 2004 é que cria o direito à liberdade
de reunião e de manifestação, assim como a liberdade de associação, nos termos do
artigo 51 e 52.
Tendo em conta que Moçambique fez a Revisão Constitucional por meio da lei de
revisão número 1/2018 de 12 de Junho, está também faz menção sobre os sindicatos nos
artigos 85 e 86.6
1.2.4. A Liberdade Sindical na Constituição da República de Moçambique
Na história do constitucionalismo moçambicano, a liberdade sindical tem na
Constituição de 1990 os seus primórdios. Rompendo com a sistematização da
Constituição de Tofo, o art. 90 da CRM veio consagrar expressamente e pela primeira
vez, no seu n.º1 que “os trabalhadores têm a liberdade de se organizarem em
associações profissionais ou em sindicatos”. Este plasmado marca o início da era dos
direitos sindicais dos trabalhadores em Moçambique.
Com a consagração da liberdade sindical, o legislador constituinte de 1990,
reconheceu aos trabalhadores, igualmente, o direito à greve, embora remetesse ao plano
da lei ordinária a regulamentação do respectivo exercício (conforme resulta do n.º 1 do
art. 91 da CRM90). Por razões de “salvaguarda das necessidades inadiáveis da
sociedade”, o constituinte fixou uma limitação constitucional do exercício do direito à
greve nos “serviços e actividades essenciais” (n.º 2 do referido art.91).7

1.2.5. Atribuições Do Sindicato


São atribuições do sindicato, nomeadamente:

6
Kjeld Jakobsen e Daniela Sampaio de Carvalho.Da Pós-Independência Ao Projeto Neoliberal E Os
Desafios Para Os Trabalhadores Na África Austral: Analíse Comparativa De Moçambique, Ilhas
Maurício E Tanzânia, extraido do link:
https://global-labour-university.org/fileadmin/GLU_conference_Unicamp_2008/Submitted_papers/
Kjeld_e_Sampaio.pdf
7
MARTINEZ, Pedro Romano. Direito do Trabalho, 6ª edição, Almedina, 2013, pp. 1159-1160
13

a) Promover e defender os interesses dos trabalhadores que exerçam a mesma


profissão ou que se integrem no mesmo ramo de actividade ou actividade afim;
b) Representar os trabalhadores na negociação e celebração de instrumentos de
regulamentação colectiva de trabalho;
c) Prestar serviços de apoio económico, jurídico, social e cultural aos seus
associados;
d) Celebrar acordos de cooperação com organizações congéneres nacionais e
internacionais.
1.2.6. Conceito De Greve
Segundo Palma Ramalho a grave consiste na recusa voluntario da prestação de
trabalho por um conjunto de trabalhadores e com um objectivo comum no âmbito de
uma situação conflitual. Este neste molde considera a greve como um conflito laboral
colectivo por excelência, sendo um importante instrumento de pressão, exercido quando
as normas vigentes não atendem as exigências do grupo social.
Considera-se greve a abstenção colectiva e concertada, em conformidade com a lei, da
prestação de trabalho com o objectivo de persuadir o empregador a satisfazer um
interesse comum e legítimo dos trabalhadores envolvidos.
Greve é a suspensão temporária do trabalho; é um ato formal condicionado à
aprovação do sindicato mediante assembleia; é uma paralisação dos serviços que tem
como causa o interesse dos trabalhadores; é um movimento que tem por finalidade a
reivindicação e a obtenção de melhores condições de trabalho ou o cumprimento das
obrigações assumidas pelo empregador em decorrência das normas jurídicas ou do
próprio contrato de trabalho, definidas expressamente mediante indicação formulada
pelos empregados ao empregador, para que não haja dúvidas sobre a natureza dessas
reivindicações.8
A greve é um meio usado para se chegar a um fim: o debate das questões
pendentes na relação patrões - empregados. Exige, por lógica, um mínimo de
organização, agrupamento organizado e liderança eficaz. É considerada uma arma
essencial na luta de classe. A greve é uma demonstração de força e união da classe
trabalhadora, "de natureza violenta", mas controlada, "compreendida e consentida", no
dizer de SEGADAS VIANA.

1.2.7. Formas de greve

8
Cfr o artigo 195 da Lei 7/2007 de 1 de Agosto
14

A nível da doutrina no tocante a formas de greve encontra-se um leque de formas de


greve que se descrevem:
 Greve branca ou de braços cruzados;
 Greve de braços caídos ou operação tartaruga;
 Greve de ocupação ou de habitação;
 Greve selvagem;
 Greve activa.
a) Greve branca ou de braços cruzados é aquela em os trabalhadores param de
trabalhar, mas permanecem nos seus postos de trabalho.
b) Greve de braços caídos ou operação tartaruga: aqui os trabalhadores realizam o
trabalho com lentidão, sendo a redução do trabalho ou da produção sem que haja
suspensão colectiva do trabalho.
c) Greve de ocupação ou de habitação é aquela em que há invasão da empresa para
impedir o trabalho dos outros trabalhadores, a tentativa de paralisação de
produção, a recusa de sair na empresa, mesmo após o expediente.
d) Aquela greve que é realizada a revelia dos sindicatos que representa a classe.
e) Greve activa consiste em acelerar exageradamente o ritmo de trabalho.9
1.2.8. Requisitos Para Que Haja Greve
A lei que disciplina o direito de greve, estabeleceu alguns requisitos que devem ser
previamente verificados para que possa ocorrer a suspensão dos trabalhos de forma
lícita.
a) Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é
facultada a cessação colectiva do trabalho. Parágrafo único - A entidade patronal
correspondente ou os empregadores directamente interessados serão notificados,
com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, da paralisação.
b) Caberá à entidade sindical correspondente convocar, na forma do seu estatuto,
assembleia-geral que definirá as reivindicações da categoria e deliberará sobre a
paralisação colectiva da prestação de serviços;
c) O estatuto da entidade sindical deverá prever as formalidades de convocação e o
quorum para a deliberação, tanto da deflagração quanto da cessação da greve.
d) Na falta de entidade sindical, a assembleia-geral dos trabalhadores interessados.
Deliberará para os fins previstos no caput, constituindo comissão de negociação. Assim,
chegamos à conclusão de que, para se instaurar a greve, é preciso que haja prévia

9
Melo.Raimundo Simao(2011). A greve no Direito de Trabalho. 3 ed. São Paulo. Brazil
15

tentativa de conciliação, que deverá ser frustrada, Assembleia Geral convocada


especialmente para este fim e notificação prévia de, no mínimo, 48 horas.
No ordenamento jurídico moçambicano na lei de trabalho consta no artigo 197 o
requisito que a baixo se descreve:
a) O recurso à greve é decidido pelos organismos sindicais, após consulta aos
trabalhadores.
b) Nas empresas ou serviços onde não exista organismo sindical, o recurso à greve
é decidido em assembleia geral de trabalhadores expressamente convocada para
o efeito por um mínimo de vinte por cento do total dos trabalhadores da empresa
ou sector de actividade.
c) Os trabalhadores não devem recorrer à greve sem antes tentar resolver o conflito
colectivo através dos meios alternativos de resolução de conflitos.
d) Durante a vigência de instrumentos de regulamentação colectiva, os
trabalhadores não devem recorrer à greve, senão em face de graves violações por
parte do empregador e só depois de esgotados os meios de solução do conflito.
1.2.9. Lock out
O loco out é um acto de paralisação por parte dos empregadores, em que há
impossibilidade dos trabalhadores entrarem nos recintos de estabelecimento empresarial
para exercer as suas actividades habituais, ocorre para impedir a negociação ou a
reverificação dos direitos dos trabalhadores.
O legislador moçambicano proíbe o lock out, pelo facto de considerar o lock out
qualquer decisão do empregador de encerramento empresa ou suspensão da laboração
que atinge a parte ou totalidade dos sectores, com a intenção de exercer pressão sobre os
trabalhadores, no sentido da manutenção das condições de trabalho existente ou do
estabelecimento de outras menos favoráveis10.
1.3. Meios De Resolução De Conflitos Laborais
Todos os conflitos laborais devem ser obrigatoriamente submetidos, em primeiro
lugar, à mediação (com excepção das providências cautelares). Portanto, o que
verdadeiramente é facultativo é a submissão à conciliação e à arbitragem.
A resolução extrajudicial dos conflitos em causa pode ser efectuada junto de entidades
públicas ou privadas. No primeiro caso, as regras aplicáveis são as definidas pelo
Decreto n.º 50/2009, de 11 de Setembro – Regulamento da Comissão de Mediação e
Arbitragem Laboral e nos regulamentos internos dos respectivos centros. No caso de
centros privados, as normas são as definidas no âmbito da Lei n.º 11/99, de 8 de Julho –

10
Cfr o artigo 203 da lei 23/2007 de 1 de Agosto.
16

Lei da Arbitragem, Conciliação e Mediação, e regulamentos internos dos respectivos


centros. É de notar que a Lei n.º 11/99 é aplicada supletivamente com relação aos
centros públicos.
A Lei n.º 11/99, de 8 de Julho, ao fixar o regime jurídico dos meios alternativos de
resolução de conflitos por indicação à arbitragem, à conciliação e à mediação dá
liberdade as partes de cometerem à alternatividade a decisão dos seus litígios, desde que
os mesmos incidam sobre direitos disponíveis (artigos 4.º, 5.º e 62.º). Esta referência
legal retira assim aos tribunais o carácter exclusivo na apreciação de litígios. Chama a
participar, em concomitância com a justiça judicial, outros sujeitos jurídicos.
Não se encontra definido um regime específico para a conciliação, remetendo-se para
aplicação das regras sobre a mediação, com as necessárias adaptações. A conciliação e a
mediação designam, na verdade, a mesma realidade substantiva. A prova de que assim é
encontra-se, nomeadamente, no facto de o regime das duas figuras ser o mesmo: atente-
se, por exemplo, o artigo 61.º
E o que distingue o conciliador ou mediador do árbitro? O conciliador ou
mediador não julga o litígio; limita-se, quando muito, a propor uma solução, que as
partes aceitarão ou não, conforme entenderem. Diferentemente, o processo arbitral
culmina numa decisão, que é susceptível de ser executada coactivamente pelos tribunais
judiciais nos termos do artigo 49, n.º 2; há, pois, nesse processo uma heteroregulação de
um litígio, que não se verifica na conciliação ou mediação. A conciliação ou mediação
baseia-se integralmente na vontade das partes. Qualquer das partes pode pôr-lhe termo
unilateralmente, o que não é possível na arbitragem. A conciliação ou mediação é,
assim, um meio de auto-regulação de litígios.
A lei de trabalho moçambicana impôs como meios de resolução de conflitos laborais, o
seguinte: Os conflitos colectivos emergentes da celebração ou revisão de instrumentos
de regulamentação colectiva de trabalho podem ser resolvidos através de mecanismos
alternativos extrajudiciais, por via da conciliação, mediação ou arbitragem.
A resolução extrajudicial de conflitos colectivos pode ser efectuada por entidades
públicas ou privadas, com ou sem fim lucrativo, nos termos que as partes acordarem ou,
na falta de acordo.
Nos processos de mediação, o trabalhador pode fazer-se representar pelo
organismo sindical e o empregador pela associação de empregadores. A criação e
funcionamento dos órgãos de conciliação, mediação e arbitragem será regulada por
legislação específica.
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1.4. Negociação Colectiva


A negociação colectiva “aplica-se a todas as negociações que ocorram entre, por
um lado, um empregador, um grupo de empregadores ou uma ou mais organizações de
empregadores, e, por outro lado, uma ou mais organizações de trabalhadores, com o
objectivo de: mais organizações de trabalhadores”. Esta definição é proveniente do
Artigo 2º da Convenção (n.º 154) sobre Negociação Colectiva, de 1981).
1.4.1. Direito Á Liberdade De Negociação Colectiva
O Direito à negociação colectiva é reconhecido pela lei de trabalho. Os
sindicatos têm o direito de representar os trabalhadores na negociação e na assinatura de
acordos colectivos de trabalho. O acordo colectivo regulamenta a relação entre os
sindicatos e os empregadores que aderem a ele. São itens essenciais do acordo
colectivo, o seu prazo de validade, o âmbito territorial onde se aplica, quais os
sindicatos, associações de empregadores incluídos. Os acordos colectivos vigoram até
serem modificados ou substituídos por outro acordo colectivo.
1.4.2. As Partes Da Negociação Colectiva
A negociação colectiva diz respeito às relações bipartidas (entre duas partes
independentes). As partes da negociação colectiva são:
a) Um ou mais empregadores ou uma ou mais organizações de empregadores; e
b) Uma ou mais organizações de trabalhadores.
Quando se referem às partes da negociação colectiva, os instrumentos da OIT referem
se a “uma ou mais organizações de trabalhadores” (ver, por exemplo, a Convenção n.º
154). A maioria do direito do trabalho aplica os termos “sindicatos” ou “organizações
sindicais”. A Convenção n.º 98 utiliza os termos “filiação sindical”, “actividades
sindicais” e “organizações de trabalhadores” como sinónimos para se referir às mesmas
instituições. Para evitar a ambiguidade, este guia usa a palavra “sindicato”, excepto
quando se refere expressamente aos termos usados nas Convenções e Recomendações.
1.4.3. O Processo De Negociação
A negociação colectiva é um processo de negociação. A negociação envolve qualquer
forma de discussão, formal ou informal, com o objectivo de alcançar um acordo. Para
que a negociação colectiva seja eficaz, é importante que estas negociações sejam
realizadas de boa-fé. Nos termos artigo 165 da lei de trabalho.
A negociação colectiva envolve um processo conjunto de tomada de decisões que ajuda
a criar confiança e respeito mútuo entre as partes e a melhorar a qualidade das relações
laborais.
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O processo de negociação colectiva inicia com a apresentação de uma proposta ou de


uma proposta de celebração ou de revisão de um instrumento de regulamentação
colectiva de trabalho. Nos termos do artigo 167 da lei de trabalho.
1.4.4. Os Temas De Negociação Colectiva
A negociação colectiva regula as condições de trabalho, os termos de emprego e as
relações entre empregadores ou organizações de empregadores e um ou mais sindicatos.
As condições de trabalho e os termos de emprego podem incluir aspectos como os
salários, horas de trabalho, bónus anual, férias anuais, licença de maternidade,
segurança e saúde no trabalho e outros assuntos.
A greve é, sem sombra de dúvida, uma das maneiras mais eficazes de busca dos
interesses da classe trabalhadora no sistema laboral mundial. É a forma de obtenção
quase imbatível de aceite total ou parcial do empregador aos reclames quase sempre
justificados da classe trabalhadora, através da paralisação colectiva da força de trabalho,
de modo a pressionar a classe patronal a posicionar-se numa mesa de negociações,
situação inaceitável em dias arcaicos.
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Conclusão
Chegado a este ponto da realização do presente trabalho, conclui-se que os
movimentos sindicais no ordenamento jurídico moçambicano só começaram a se fazer
se fazer sentir nos anos de 1943 a 1944 com aparição dos sindicatos nacionais dos
empregados do comércio e indústria, aparição dos sindicatos dos motoristas e sindicato
da ferrovia de Moçambique, todavia estes estavam ligados no enquadramentos dos
trabalhadores brancos e o seu controlo era efectuado com a colónia portuguesa.
Nos anos de 1975 a 1976 com a proclamação da independência os colonos foram
obrigados a abandonar o país, assim sendo eles efectuaram um movimento de
sabotagem das empresas por eles administradas no período colonial, registando-se este
movimento houve a necessidade desse reunir no dia 13 de Outubro de 1976, reunião
está presidida pelo Marchal Samora Moisés Machel, o então presidente da República
Popular de Moçambique, com os representantes dos trabalhadores moçambicanos, com
o fim de se criar uma barreira de protecção para que não houve vandalismo, é dai onde
surge os primeiros passos da criação da OTM.
Esta ideia só foi se efectivar em Novembro de 1983, no âmbito da criação da
OTM, mas está no período socialista, isto é, após a independência na constituição de
1975, servia como elo de ligação entre o Estado e FRELIMO, que por sua vez nesta,
não havia liberdades.
A nova Constituição de 1990 trouxe consigo inovações, uma delas foi o principio de
democratização dos sindicatos eis a razão da criação do CONSILMO (a conferencia
nacional dos sindicatos livres de Moçambique).
A CRM de 2004 ate nesta última revisão de 2018, a única novidade que trouxe
relativamente aos sindicatos foi a introdução do direito a liberdade, de reunião e de
manifesto.
Greve é um elemento chave que serve para impor o cumprimento dos contratos
do trabalho, assim como na melhoria de condições de trabalho, e para que a greve se
efective no âmbito laboral é preciso que está observe alguns princípios ou requisitos a
saber: deve haver uma frustração da negociação, deve haver decisão por parte dos
organismo dos sindicatos, na ausência dos organismos dos sindicatos a greve deve ser
decidida em uma assembleia geral, os trabalhadores não devem recorrer a violência no
âmbito da vigência, no ordenamento jurídico Moçambique é proíbo a realização do lock
out por violar o direito dos trabalhadores.
Como dificuldades, no âmbito da elaboração do presente trabalho enfrentou-se diversas
dificuldades no tangente aos manuais moçambicanos que abordam com a exactidão
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sobre a matéria acima supracitada, assim recorreu-se ao uso das plataformas digitais que
por lado não são fiáveis.
Como nota de proposta, os sindicatos ate então não se fazem sentir no que concerne a
questão de resolução dos problemas que apoquenta está camada assim sendo, por mais
que sofra diversas evoluções, mas observando-se que a mesma não se faz sentir, precisa
que haja mais divulgação da legislação que aborda sobre a matéria, visto que nota-se um
desconhecimento por parte dos sujeito da relação laboral.
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Referências bibliográficas
Doutrina
1. Barbas, Stela Marcos de Almeida Neves (2007). Direito do genoma humano,
Almedina.
2. Canotilho, J.J. Gomes (2002), Direito Constitucional e Teoria da Constituição,
5.ª Edição, Almedina, Coimbra.
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Emprego Público, Almedina.
4. Da Silva, J. A (2008), Curso de Direito Constitucional Positivo, 31.ª Edição,
Malheiros Editores, São Paulo.
5. De Oliveira, Sílvio Luiz; Metodologia Científica Aplicada ao Direito, Thomson.
6. MARTINEZ, Pedro Romano (2013), Direito do Trabalho, 6ª Edição, Almedina.
7. Medeiros, António Henriques João Bosco (2003), Monografia no Curso de
Direito, Trabalho de Conclusão de Curso, Editora Atlas, 3.ª Edição.
Legislação
1. Constituição da Republica de Moçambique de 2018. Boletim da República
nº15/2018 de 12 Junho, 1ª Serie, 2º Suplemento. Maputo
2. _________________________de 1975. Boletim da República Popular nº1/1975.
Serie I. 1º Suplemento. Maputo
3. ___________________________ de 1990. Boletim da República de
Moçambique. Serie I. 2º Suplemento. Maputo
4. _________________________ de 2004 de 22 de Dezembro.
5. Lei 23/2007 de 1 Agosto. Lei de trabalho. Boletim da República nº31. Serie I, 2º
Suplemento. Maputo
6. Lei n.º 11/99 de 8 de Julho. Lei que aprova o Regulamento de Arbitragem. Serie
I. 2º Suplemento. Maputo

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