Argentina Anafe

Arquinita anastacio
Dino José Carlos Carimo
Rodrigues Bento Manuel
Salvador Carlos
Sonia Moiane
Isac Lopes

Solos Argilosos
(Licenciatura em Gestão Ambiental e desenvolvimento comunitário)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
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Dino José Carlos Carimo

Argentina Anafe

Solos Argilosos
(Licenciatura em Gestão Ambiental e desenvolvimento comunitário)

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira

de Estudos de Recursos Pedológicos (ERP),
a ser apresentado ao Departamento de
Ciências da Terra e Ambiente Curso Gestão
Ambiental e desenvolvimento comunitário ,
orientado pelo: Msc. Octávio Muleva

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
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Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 3
1. Objectivos ............................................................................................................................. 3
1.1. Geral .................................................................................................................................. 3
1.1.1. Específicos .................................................................................................................... 3
1.2. Metodologia ...................................................................................................................... 3
2. Solos Argilosos ..................................................................................................................... 4
2.1. Localização da zona de Niassa 1 ....................................................................................... 4
2.1.1. Diagnostico ambiental do bairro de Niassa 1 ................................................................ 4
2.2. ASPECTOS DA ÁREA DE OBSERVAÇÃO .................................................................. 4
2.3. Uso do espaço ................................................................................................................... 4
2.3.1. Definição do espaço ...................................................................................................... 4
3. Usos do espaço da zona de Niassa 1 ..................................................................................... 5
3.1. Uso do espaço para habitação ........................................................................................... 5
4. Em termo de solos ................................................................................................................. 6
4.1. Solo ................................................................................................................................... 7
4.2. Solo Argiloso .................................................................................................................... 7
4.2.1. Conceitos Básicos do Solo ............................................................................................ 7
4.3. Formas de uso de solos...................................................................................................... 9
5. Actividades Económicas ....................................................................................................... 9
5.1. Agricultura tradicional ou de subsistência ........................................................................ 9
5.1.1. Principais culturas ....................................................................................................... 10
5.2. Praticas da Extracção de pedra brita................................................................................ 10
6. Características do Solo Argiloso ......................................................................................... 11
6.1. Estrutura dos argilo-minerais .......................................................................................... 12
6.2. Os diferentes tipos de solos argilosos.............................................................................. 12
6.3. Física dos solos ............................................................................................................... 14
6.4. Diferença entre solo para construção do solo para agronomia ........................................ 14
7. Plasticidade em solos Argilosos .......................................................................................... 14
8. Os colóides em solo argiloso ............................................................................................... 15
9. Os factores essenciais no manejo do solo argiloso.............................................................. 15
Conclusão .................................................................................................................................... 16
Bibliografia…………………………………………………………………………………….17
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Introdução
O trabalho em destaque enquadra-se na cadeira de Recursos pedológicos e tem como
tema: Solos Argilosos. No decorrer do desenvolvimento do trabalho far-se-ão
abordagens relevantes ao tema pressuposto como: Localização geográfica, Solos
Argilosos, Morfologia, características de clima, Clima da área de estudo, Vegetação,
Formas de uso de solos.

É de ressaltar que para a efectivação deste trabalho, baseou-se no processo de colecta de

dados, isto é, consulta de obras e manuais de diferentes autores que ressaltam sobre o
tema. Contudo, tratando-se de um trabalho de carácter avaliativo, o trabalho obedece a
seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento (onde serão abordados assuntos acima
citados), conclusão e a respectiva bibliografia.

1. Objectivos
1.1.Geral
 Analisar os solos característicos na área de estudo.
1.1.1. Específicos
 Identificar os tipos de solos áreas de estudo;
 Descrever as características dos solos na área de estudo.

1.2.Metodologia
Contudo, de referir que o trabalho encontra-se estruturado em introdução,
desenvolvimento (onde consta o teórico do tema a ser tratado), conclusão e a respectiva
bibliografia. Para a efectivação desta tarefa de carácter científica, foi possível com base
em consulta de obras, manuais e artigos que retratam sobre os aspectos aqui
referenciados.
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2. Solos Argilosos
2.1.Localização da zona de Niassa 1
A zona de Niassa 1, localiza-se no bairro Nzinje, na cidade de Lichinga. O bairro Nzinje
faz limites a norte com o bairro Sanjala, a sul com o bairro Lulumile, a este com os
bairros Muchenga e Luchiringo e a este com o distrito de Lichinga.

2.1.1. Diagnostico ambiental do bairro de Niassa 1

A zona de Niassa 1, em termos climáticos, é abrangida pelo clima característico da
cidade de Lichinga, portanto, clima tropical modificado pela altitude. Que se caracteriza
pela predominância de duas épocas principais (uma chuvosa e a outra seca e fresca).

2.2.ASPECTOS DA ÁREA DE OBSERVAÇÃO

2.3.Uso do espaço
2.3.1. Definição do espaço
Definir o conceito de espaço geográfico não constitui uma tarefa fácil. Uma das
primeiras referencias e definições de espaço foi feita por Aristóteles, onde o espaço era
a inexistência do vazio e lugar como posição de um corpo entre os outros corpos. Para
Aristóteles, não basta que esta área esteja preenchida, é necessário que haja um
referencial, outro corpo que dê ao primeiro uma localização. Esta concepção do espaço
foi dada na antiguidade, para estes para que exista o espaço é necessário que exista
conexão entre dois corpos ou objectos, em que um confere ao outro uma localização.

Na época moderna, pensadores como SANTOS (1999) e CÔRREA (1989),

definem o espaço urbano capitalista como o “conjunto de diferentes usos da
terra, divididos em centro da cidade, local de concentração comercial, dos
serviços, gestão, indústrias, lazer, de distintas áreas residenciais e reservas
para expansão futura da mancha urbana” Esse espaço se dispõe de forma
fragmentada, sendo articulado através de diferentes fluxos.

Além do fluxo visível (pessoas, veículos automotores), há fluxos menos visíveis,

manifestando-se ―[...] através das relações espaciais envolvendo a circulação de
decisões e investimentos de capital, mais-valia, salários, juros, rendas, envolvendo ainda
a prática do poder e da ideologia‖ (CÔRREA, 1989: 8).

Para CORRÉA (1982) o espaço geográfico é a morada do homem e abrange a superfície

da Terra, enfatiza em seus estudos 3 abordagens do espaço. A primeira é do espaço
absoluto, que seria o espaço em si; a segunda abordagem é a do espaço relativo, seria a
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distância e a terceira abordagem é a do espaço relacional, na qual o objecto só existe em

contacto com outras.
3. Usos do espaço da zona de Niassa 1
A zona de Niassa 1, esta localizada na parte oeste da cidade de Lichinga e encontra-se
confinada ao longo do bairro Nzinje. Esta zona constitui-se de uma zona com diferentes
usos do espaço.

Constitui um espaço com características únicas e que lhe conferem destacável

importância ao nível da cidade de Lichinga

. As observações levadas a cabo permitem conferir que na zona de Niassa 1

predominam 4 principais tipos de uso do espaço a saber: i) Uso do espaço para
habitação; ii) Uso do espaço para actividade de mineração artesanal de extracção de
rocha do tipo Gnaisse (ou seja, há pedreiras artesanais); iii) Uso do espaço para
exploração de madeira; iv) Uso do espaço para fins agro-pecuárias e florestais. Importa
ressaltar que os diferentes tipos de uso aqui mencionados acontecem de forma
simultânea, portanto, não são usos do espaço que acontecem de forma isolada.

Actualmente os diversos usos do espaço característicos na zona de Niassa 1 podem

comprometer a diversidade ecológica e geofísica do espaço. A seguir descrevemos os
usos da zona de Niassa 1.

Como mencionado anteriormente, existem 4 tipos de usos do espaço na zona de Niassa

1 a saber: 1) Uso do espaço para habitação; 2) Uso do espaço para actividade de
mineração artesanal de extracção de rocha do tipo Gnaisse (ou seja, há pedreiras
artesanais); 3) Uso do espaço para exploração de madeira; 4) Uso do espaço para fins
agro-pecuárias e florestais.

3.1.Uso do espaço para habitação

Na zona de Niassa 1 verifica-se o uso do espaço para a construção de infra-estruturas
habitacionais, estas habitações são na sua maioria de blocos de adobe e cobertas de
capim e colmo, este tipo de habitações geralmente são construídas pelos agregados
familiares de baixa renda, observou-se ainda habitações construídas de material
convencional que correspondem a famílias de media e alta renda económica. Assim, as
áreas que actualmente são usadas para habitação, eram antes usadas como campos de
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cultivo das populações. As habitações são de forma geral construídas espontaneamente

sem seguir as directrizes de ordenamento territorial, ou seja, a maior parte das
habitações são construídas a revelia das autoridades municipais. Constatou-se a
ausência das autoridades municipais no sentido de controlar a ocupação que esta ocorrer
de forma descontrolada.

Para consubstanciar as nossas ilações, como auxilio a imagem 1 ilustra o tipo de

habitação predominante na parte a montante da zona de Niassa 1 que ocorrem de forma
espontânea.

Figura 2: Vista parcial a área de ocupação espontânea da zona de Niassa 1

Fonte: Autora, 2022

Aliada a habitação estão problemas de deposição a céu aberto de resíduos sólidos que
traz impactos ambientais negativos dada a poluição da água, do solo e a poluição visual.
Além do cheiro nauseabundo produzido pelos mesmos.

4. Em termo de solos
a zona apresenta solos característicos da cidade de Lichinga, que são solos argilosos
vermelhos (Rhodic Ferralsols ou Ferralíticos) das zonas planálticas embora possam
ainda aparecer associados a solos ferralíticos de cores alaranjada, amarelada e cinzenta
dependendo da sua posição no terreno.
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4.1.Solo
solo é toda matéria consolidada formado na superfície dos continentes pela acção do
intemperismo e piogénese, e que é capaz de suportar a vida seja em sua forma vegetal
ou animal.

4.2.Solo Argiloso
O solo argiloso é representado por uma terra vermelho-escura, bastante húmida e macia.
Em sua composição, há mais de 30% de argila — daí o nome. Mas ele também é
composto por grandes quantidades de ferro e alumínio. É um tipo de solo característico
de regiões tropicais (quentes e húmidas)

4.2.1. Conceitos Básicos do Solo

Num sentido amplo, a palavra solo tem vários significados, mas normalmente a
definição mais tradicional afirma que o solo é o meio natural para o crescimento de
plantas terrestres. Portanto, o solo é um recurso natural vital para o funcionamento do
ecossistema terrestre, e representa um balanço entre os factores físicos, químicos e
biológicos.

Segundo Reinert & Reichert (2006), ―os solos são minerais constituídos por uma
mistura de partículas sólidas de natureza mineral e orgânica, ar e água, formando um
sistema trifásico, sólido, gasoso e líquido‖. As partículas da fase sólida variam
grandemente em tamanho, forma e composição química e a sua combinação nas várias
configurações possíveis forma a chamada matriz do solo.

Em termos de morfologia, a zona de Niassa 1, apresenta um relevo planáltico,

acidentado, sendo que a área considerada própria para habitação localiza-se ao longo da
avenida do trabalho e que é constituída por residências e infra-estruturas sociais como
hospital, escolas e residências.

Em termos de hidrografia, passa pela zona de Niassa 1, o rio Nzinje, que constitui um
dos afluentes do rio Lucheringo, que por sua vez este desagua na bacia do rovma.

Em termos de vegetação, a zona de Niassa 1, apresenta uma floresta artificial

constituída fundamentalmente pó espécies de pinheiro. Apresenta ainda uma floresta
tropical de miobo, constituída principalmente por savanas arbustivas e arbórea, com
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árvores de médio e pequeno porte, geralmente dos 5 a 7 metros de altura e capim que
varia dos 50 cm a 1,5 m.

Segundo Lepsch (2002;103), “quando se separam os constituintes minerais unitários

dos pequenos torrões, verifica- se que o solo é constituído de um conjunto de partículas
individuas que estão, em condições naturais, ligadas uma as outras”.

De acordo com Embrapa (2003;65), a textura do solo corresponde “á propagação

relativa em que se encontramos diferentes tamanhos de partículas, em determinadas
massas de solo”.

Referi-se especificamente, ás proporções relativas das partículas ou relações de areia,

silte, e argila na terra fina seca ao ar.

Solo argiloso, chamado de ―solo pesado‖, é uma terra húmida e macia, composto por
mais de 30% de argila, alumínio e ferro. Após a chuva, os terrenos de solos argilosos,
que absorvem bastante água, ficam encharcados. Por outro lado, na época de seca, esse
tipo de solo tende a formar uma camada dura e pouco arejada do terreno, prejudicando o
desenvolvimento da vegeta.

Figura 3: solos Argilosos

fonte: autor , 2022

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4.3.Formas de uso de solos

Na área em estudo, o solo é estudado na sua maioria para o cultivo. E como já referi
anteriormente que a vegetação patente neste local em estudo é uma estepe que apresenta
herbáceas de pequenos portes, no entanto o solo é abundantemente por diversificadas
culturas, com grande proporção para as hortícolas e cereais, e estes adubados com
estercos de gados.

5. Actividades Económicas
Na área de estudo devido a declividade do terreno e pelo facto de apresentar um solo
rico em nutrientes, a principal actividade económica que se realiza é a agricultura –
sobretudo a agricultura tradicional de subsistência.

5.1.Agricultura tradicional ou de subsistência

agricultura de subsistência é uma modalidade que tem como principal objectivo a
produção de alimentos para garantir a sobrevivência do agricultor, da sua família e da
comunidade em que esta inserido, ou seja ela visa criar as necessidades alimentares das
famílias rurais (Oweng, 1991).

Em conformidade com a auto, percebo que a agricultura de subsistência é aquela em

que, basicamente, a plantação é feita geralmente em pequenas profundidades
(minifúndios), que, pouco (ou nenhum) recurso tecnológico.

Os instrumentos agrícolas ais usados são enxada, foice raramente são utilizados
tractores ou outro tipo de maquinas. A finalidade principal é a sobrevivência do
agricultor e da sua família, não para a venda dos produtos excedentes, em contraposição
á agricultura comercial. Esta agricultura usa métodos tradicionais de cultivo, realizados
por famílias camponesas ou por comunidades rurais. Essa modalidade é desenvolvida,
geralmente, propriedades e a produção é bem inferior se comparadas as áreas rurais
mecanizadas. Pois ,o camponês estabelece relação de produção para garantir a
subsistência da família e da comunidade que pertence.
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5.1.1. Principais culturas

Entre os principais produtos cultivados na área em estudo, destacam se os seguintes:
milho, couve – flor, batata – reno, feijão, banana, ervilha, e cana – de – açúcar . no
entanto, segundo um produtor que se fazia presente na sua horta afirmou o seguinte :

Para a produção de algumas culturas como é o caso da batata- reno, e algumas

hortícolas, usamos adubos químicos para facultar o processo de germinação. No
entanto, do decorrer da aula de campo, sobre as culturas, verificou- se uma técnica
tradicional mito importante avultar, para cana- de – açúcar, usou se uma técnica de
entulhar a cana- de – açúcar.

Esta técnica consiste em conservar á humidade através da cobertura vegetal(capim) por

parte dos raios solares, e que também é feita em camalhões na qual não se abri canal
para água em todas as camas de camalhões. No entanto, assim também vai permitir que
a cana – de – açúcar tenha seu poder germitivo num ambiente propicio para a sua
germinação.

Figura : culturas de Alface.

Fonte: autor, 2022.

5.2.Praticas da Extracção de pedra brita

As rochas são agregados sólidos compostos por um ou mis minerais .essas formações
são de grande utilidade para o ser humano e, actualmente, as rochas são utilizadas na
construção civil de diversas formas fabricação do concreto (britas). As rochas, para fins
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comercias são retiradas na natureza em estado bruto e, em seguida, são modeladas de

acordo coma finalidade de uso.

No local de estudo são extraídos as rochas britas para fins comercias consistindo como
auto-emprego das comunidades envolvidas. Essa actividade é desenvolvida na maior
parte.

6. Características do Solo Argiloso

 Grãos pequenos (microporoso) e compactos
 Impermeável a líquidos
 Grande retenção de água
 Alta impermeabilidade
 Grande concentração de nutrientes
 Pouca acidez
 Propício para o cultivo e actividade agrícola
 Mais resistentes à erosão Teores de argila acima de 30%;
 Solos profundos;
 Transição difusa entre camadas A e B, com formação de grãos pequenos e
compactos;
 Quantidades de óxidos de ferro e alumínio;
 Maior capacidade de retenção de água, mas não necessariamente essa água está
mais disponível para as plantas em crescimento;
 Mais resistente à erosão;
 Maior possibilidade de compactação.

A argila é a fracção do solo, cujas partículas apresentam um diâmetro inferior a

0,002mm(NBR 7250) e que, em contacto com a água, adquire plasticidade. A
fracção argila, no entanto, não é constituída só de partículas que apresentam
plasticidade. É constituída de diversos tipos de partículas, que podem ser
classificadas de acordo com a Tabela
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Argilo minerais

Hidróxidos de Fe e Al
Quartzo
Substâncias inorgânicas
Minerais não argílicos Micas
Feldspatos
Calcita e dolomita
Substâncias orgânicas Vegetal (húmus)
Animal(microorganismos)
Classificação em função do tipo de partícula (Lambe e Whittman, 1972).

Os argilo-minerais compreendem uma grande família de minerais, que podem ser

classificados em diversos grupos, conforme a estrutura cristalina e as propriedades
semelhantes. Os principais grupos de argilo-minerais são os das caulinitas, ilitas e
montmorilonitas.

6.1.Estrutura dos argilo-minerais

A estrutura dos argilo-minerais é constituída, em sua essência, de camadas de sílica e
camadas de gibbsita (hidróxido de alumínio). A unidade cristalina da sílica é um
tetraedro, cujos vértices são ocupados por oxigénio e em cujo centro há um silício.

A camada de sílica é formada pelos tetraedros de sílica, ligados de modo a constituírem

uma rede de malha hexagonal. Os nós desta rede são ocupados pelo silício dos
tetraedros de sílica. As bases dos tetraedros estão num plano e os vértices, apontados
para a mesma direcção.

6.2.Os diferentes tipos de solos argilosos

Ao discutirmos o manejo de solo argiloso, é importante ressaltar que existem diferentes
tipos de argila. As argilas podem ser do tipo 1:1 e 2:1, as quais apresentam uma série
de propriedades completamente distintas, influenciando a aptidão agrícola e o manejo
adotado em solo argiloso.

As argilas 1:1 são as mais comuns, sendo encontradas em solo argiloso mais
intemperizado como Latossolo e Nitossolo.
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Os principais argilo-minerais 1:1 são a Caulinita, Gibbsita, Goethita e a Hematita.

Essas argilas são chamadas assim porque são compostas por argilo-minerais
organizados estruturalmente em uma camada de tetraedros de Silício seguida de uma
camada de octaedros de Alumínio.

Nessa região, ocorrem solos como Chernos-solos e Verti solos, os quais apresentam
argilo-minerais 2:1. Alguns dos principais minerais desse tipo de argila são a esmectita
e a vermiculita.

Os argilo-minerais 2:1 são denominados assim em função de possuírem estrutura

formada por uma camada de octaedros de Alumínio entre duas camadas de tetraedros de
Silício.

Esse arranjo estrutural permite a entrada de água e nutrientes nas entre camadas,
aumentando a área superficial específica e a CTC do solo argiloso. Por isso, os solos
com presença de argilo-minerais 2:1 são reconhecidos por possuírem alta saturação por
bases e óptima fertilidade natural.

Por outro lado, são muitos plásticos e pegajosos quando húmidos e extremamente duros
quando secos, dificultando as operações de preparo. Assim, apesar de um Verti solo ser
naturalmente fértil, ele é difícil de manejar em função de oferecer uma curta janela de
tempo para entrada de máquinas e preparo do solo conforme a humidade.

Classificação dos solos quanto à sua origem

Quanto à sua formação, podemos classificar os solos em três grupos principais:
solos residuais, solos sedimentares e solos orgânicos.
Solos residuais – são os que permanecem no local da rocha de origem (rochamãe),
observando-se uma gradual transição da superfície até a rocha. Para que ocorram,

os solos residuais, é necessário que a velocidade de decomposição de rocha seja maior

que a velocidade de remoção pelos agentes externos. Estando os solos residuais
apresentados em horizontes (camadas) com graus de intemperismos decrescentes
podem-se identificar as seguintes camadas: solo residual maduro, saprolito e a rocha
alterada.
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6.3.Física dos solos

O solo é constituído de uma fase fluida (água e/ou gases) e de uma fase sólida. Pode-se
dizer que solo é um conjunto de partículas sólidas que deixam espaços vazios entre si,
sendo que estes vazios podem estar preenchidos com água, com gases (normalmente o
ar), ou com ambos.

6.4.Diferença entre solo para construção do solo para agronomia

Pode-se afirmar que quando um solo é apropriado para construção civil, deve ser
impróprio para fins de agricultura. Assim um solo muito compacto, é conveniente para
obras civis, mas é péssimo para agricultura. Do mesmo modo que um solo poroso, com
muitos vazios, é bom para a agricultura, mas inadequado para construção.

Determinação da Classe Textural pelo Método do “Tato”

A determinação da classe textural é uma das primeiras habilidades de campo que um
cientista da área de solos deveria desenvolver. A determinação da classe textural pelo
tato é de grande valor prático no levantamento de solos, classificação da terra e qualquer
estudo no qual a textura poderá ter um papel importante. A precisão desse método
depende em grande parte da experiência, então praticar sempre que possível,
começando com solos de textura conhecida para calibrar os dedos.

7. Plasticidade em solos Argilosos

A plasticidade nas argilas ocorre pelo resultado da força atractiva entre as partículas de
argilo-minerais, estas estão carregadas electricamente mais a acção lubrificante da água
entre estas partículas. Para a plasticidade se desenvolver é necessário que a água forme
uma película sobre a superfície dos argilo-minerais.

Como se avalia a plasticidade nos solos Argilosos

Para uma extrusão aceitável a argila deve apresentar Índice de Plasticidade entre 10 e
34% e Limite de Plasticidade entre 18 e 31%. No entanto, para uma extrusão ótima a
argila deve apresentar Índice de Plasticidade entre 15 e 25% enquanto o Limite de
Plasticidade deve estar entre 18 e 25%.
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8. Os colóides em solo argiloso

Os colóides nada mais são do que partículas do solo de tamanho mais reduzido e que
contam com cargas negativas que podem reter nutrientes.

Quando falamos em colóides do solo argiloso, eles acabam retendo diversas

substâncias, como hidrogénio, cálcio, magnésio, sódio e potássio, que têm cargas
positivas. Na prática, isso significa que é preciso repensar os tipos de nutrientes
adicionados, visto que os colóides de solo argiloso já atraem boa parte. Ou mesmo fazer
a adubação adequada para garantir a movimentação desses nutrientes.

9. Os factores essenciais no manejo do solo argiloso

Agora que você já entendeu todas as características que envolvem o solo argiloso,
chegou a hora de acertar no manejo da sua terra. Lembre-se de que o mau manejo de um
solo argiloso leva à compactação e aumento da densidade. Quanto maior a densidade
aparente de um solo, menor é a porosidade dele. Então, veja quais cuidados são
essenciais de le

Repense o plantio directo

Sendo que a argila corresponde a partículas com diâmetro menor que 0,002 mm, ter um
solo argiloso traz limitações à adopção do sistema de plantio directo — isso porque as
partículas são susceptíveis à compactação ocasionada pelo tráfego de máquinas.
Atenção à humidade do solo argiloso
Ao fazer a preparação do solo, com arado e grade, é essencial contar com uma
humidade na faixa de 60 a 70% da capacidade de campo. Agora, se você for usar
escarificador e subsola dor, é interessante ter uma faixa de humidade de 30 a 40% da
capacidade de campo.
Com esse cuidado, a água atua como um agente lubrificante entre as partículas do solo,
diminuindo os riscos de compactação. Vale dizer que solo argiloso possibilita o alcance
de altas produtividades quando pensamos em culturas de trigo, soja e milho.

O cuidado principal é como o solo argiloso encharcado, uma vez que poucas culturas se
dão bem nesse alto grau de humidade — a única excepção é o arroz irrigado. Em muitos
casos, será necessário pensar em um sistema de drenagem para que não haja impacto na
produtividade.
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Conclusão
Após feitas pesquisas e árdua leitura conclui-se que A zona de Niassa 1, localiza-se no
bairro Nzinje, na cidade de Lichinga. O bairro Nzinje faz limites a norte com o bairro
Sanjala, a sul com o bairro Lulumile, a este com os bairros Muchenga e Luchiringo e a
este com o distrito de Lichinga.
Com os solos localizados na área de estudo e caracterizamos o solo em estudo da área é
húmido e com uma boa capacidade de retenção de água com uma boa fertilidade
Ao passo que os solos argilosos são caracterizados por serem adequados para o plantio,
mais sua regeneração requer a prática de longos alqueives de arbustos ou herbáceas. A
entrada de matéria orgânica é muito elevada, de modo que o horizonte está bem
desenvolvido. A lixiviação é muito baixa, e como o clima árido pode variar de castanho
para vermelho.
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Bibliografia
Lepsch The nature and properties of soils. (2002;103).
Reinert & Reichert Manual de Descrição e Colecta de Solo no Campo. 5ed. Viçosa,
MG, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2005.
SANTOS e CÔRREA Angola – O Meio Físico e Potencialidades Agrárias. Instituto da
Cooperação Portuguesa, Lisboa (1999).