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Requalificação de Espaços Verdes:

Caso de Nampula
Universidade Lúrio-FAPF
Urbanismo e Ordenamento do Território
Ecologia Urbana

ABRIL, 2021

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Requalificação de Espaços Verdes: Caso de Nampula

Discentes

Ricardo Carlos Chandulale


Perpetua Sitora
Maiquel João
Eng. Julieta Muchuane

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Índices
CAPITULO I-DISPOSIÇÕES INICIAIS ................................................................................................. 5

Introdução........................................................................................................................................................ 5

Objetivos ......................................................................................................................................................... 5

Geral ................................................................................................................................................................ 5

Específicos ...................................................................................................................................................... 5

Método............................................................................................................................................................. 5

CAPITULO II- ESPAÇOS VERDES URBANOS .................................................................................. 6

Contextualização ............................................................................................................................................. 6

Conceito........................................................................................................................................................... 6

Importância dos espaços verdes ..................................................................................................................... 6

A regularização microclimática ..................................................................................................................... 7

O controlo da poluição ................................................................................................................................... 7

A proteção contra a erosão ............................................................................................................................. 7

O aumento da biodiversidade ......................................................................................................................... 7

A segurança rodoviária ................................................................................................................................... 7

A qualidade cénica .......................................................................................................................................... 7

Função Socioeconómica ................................................................................................................................. 8

CAPITULO II- Diagnóstico Da Situação Atual De Mavuco ................................................................. 9

Enquadramento da Área ................................................................................................................................. 9

No Âmbito Funcional e Social ....................................................................................................................... 9

No âmbito ambiental .................................................................................................................................... 10

Habitações ..................................................................................................................................................... 10

Acessibilidade ............................................................................................................................................... 11

CAPÍTULO IV – PROPOSTA ................................................................................................................. 12

Justificativas e Estratégias para a elaboração ............................................................................................. 12

Estratégia de Intervenção ............................................................................................................................. 12


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Mobilidade .................................................................................................................................................... 12

Pontos de retenção e recolha de resíduos sólidos ....................................................................................... 12

Equipamentos e Mobiliário Urbano ............................................................................................................ 12

Vegetação ...................................................................................................................................................... 13

Peças desenhadas .......................................................................................................................................... 13

Representação 3D ......................................................................................................................................... 14

Perfis .............................................................................................................................................................. 15

CAPÍTULO IV – DISPOSIÇÕES FINAIS................................................................................................. 16

Conclusão ...................................................................................................................................................... 16

Referencias Bibliográficas ........................................................................................................................... 17

Figura 1: Parque da Luz .................................................................................................................................. 8


Figura 2: Limites da Área de Intervenção ......................................................................................................... 9
Figura 3: Reuniões Comunitárias Partidárias em Mavuco ................................................................................. 9
Figura 4: Erosão .............................................................................................................................................. 10
Figura 5: Vazio Urbano .................................................................................................................................. 10
Figura 6: Casa do CFM .................................................................................................................................. 10
Figura 7: casa do CFM a 12anos atras.............................................................................................................. 10

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CAPITULO I-DISPOSIÇÕES INICIAIS

Introdução

Objetivos
Os espaços verdes urbanos podem reduzir os riscos para a saúde ambiental associados à vivência urbana,
através da melhoria da qualidade do ar e da água, amenização da poluição sonora e mitigação dos
impactos decorrentes de eventos extremos. Além disso, fomentam e promovem a saúde e o bem-estar,
possibilitando uma diminuição do stress e relaxamento, proporcionando oportunidades de realização de
atividade física, e induzindo a melhoria das interações sociais e a coesão da comunidade.

Geral
1. Propor a Requalificação ambiental e social do espaço Urbano de Mavuco.

Específicos
1. Identificar os Espaços Verdes Urbanos
2. Elaborar o Diagnostico Funcional e Ambiental do Espaço;

Método
O seguinte trabalho foi elaborado através da pesquisa bibliográfica, que nesta pesquisa foram usados
alguns manuais, teses, artigos e outros manuais eletrónicos.

Recolha de Dados Secundários

Esta fase constituiu na pesquisa de diferentes fontes bibliográficas Esta fase constituiu
1aFase na pesquisa de diferentes fontes bibliográficas.

Diagnóstico da Situação atual

2aFase Realizou-se uma visita de campo de todo o município de Monapo com o intuito de fazer
o levantamento fotográfico, observação direta. E fez-se a compilação e harmonização
dos dados e elaboração do relatório da Situação atual e a calibragem dos dados colhidos
através dos programas como: Microsoft Word, ArcGIS.
3aFase Proposta de Requalificação da Área de Intervenção

Nesta fase criasse as possíveis soluções para melhorar as condições sociais e ambientais
do espaço de intervenção para que se faça o máximo proveito do espaço.

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CAPITULO II- ESPAÇOS VERDES URBANOS

Contextualização
O desenvolvimento urbano conduz a um contínuo incremento da população que habita as cidades. A
vivência urbana limita o acesso à natureza, podendo induzir a exposição a diversos riscos ambientais,
tais como a poluição atmosférica e sonora. Muitas áreas urbanas enfrentam uma crescente pressão, com
o incremento da população, recursos naturais limitados e os impactos das alterações climáticas. Estes
são desafios que devem ser abordados para que as cidades proporcionem ambientes de vida saudáveis e
sustentáveis.

Os espaços verdes, assim como outras soluções baseadas na natureza, oferecem estratégias inovadoras
que visam a melhoria da qualidade dos aglomerados urbanos, o aumento da resiliência local e a
promoção de estilos de vida sustentáveis, fomentando tanto a saúde como o bem-estar dos urbanitas. Os
parques, parques infantis ou a própria vegetação em espaços públicos e privados constituem um
componente principal destas estratégias, os espaços verdes urbanos constituem um componente da
“infraestrutura verde”.

Conceito
Espaços verdes é uma área de terreno onde estão presentes espécies vegetais, num contexto urbano. São
exemplos de espaços verdes os parques, as praças.

Importância dos espaços verdes


As estruturas verdes constituem elementos identificáveis na estrutura urbana. Caracterizam a imagem da
cidade, têm individualidade própria e desempenham funções precisas: são elementos de composição do
desenho urbano; servem para organizar, definir e conter espaços. São muitas vezes erradamente
entendidos como sinónimos de parques e jardins quando, na realidade, correspondem a um somatório de
espaços com formas e usos variados, abarcando uma realidade bem mais ampla. (Fadigas, 1993).

Segundo Ávial (1982), o que faz com que um espaço livre possa ser considerado espaço verde são as
características que permitem o uso, o passeio, o repouso, o jogo e o desporto, e a composição que deve
ter como elemento dominante a vegetação. Abrange, portanto, um especto impreciso onde se misturam
parques e jardins urbanos, públicos e privados, as áreas proteção ambientais, áreas de integração
paisagística de vias e outras infraestruturas urbanas.

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Os espaços verdes na cidade desempenham um papel fundamental como contraponto ao artificialismo
dos elementos inertes, característicos dos outros componentes do sistema urbano. A cidade, devido à
concentração de massas construídas, apresenta condições climáticas específicas. Os pavimentos e
edifícios têm uma condutibilidade e capacidade térmicas mais elevadas que as superfícies naturais, o que
provoca um maior armazenamento de calor durante o dia, que é irradiado durante a noite. Por esta razão,
a temperatura nas cidades tende a ser mais elevada do que na sua envolvente, chegando por vezes essa
diferença a atingir os 6 a 8 °C. Este e outros fatores contribuem para o clima específico das cidades,
tendencialmente mais desfavorável que o da paisagem natural.

Os espaços verdes urbanos apresentam diversas propriedades que lhes conferem um papel único e
essencial à melhoria da qualidade de vida nas cidades. Entre as funções que desempenham destacam-se:

A regularização microclimática
Através da capacidade de termorregulação, do controle da humidade e das radiações solares, da proteção
contra o vento, contra as chuvas e granizo e através da retenção de poeiras suspensas na atmosfera;

O controlo da poluição
Como resultado da fotossíntese, contribuem para o aumento de Oxigénio na atmosfera e para a
diminuição de Dióxido de Carbono. Devido ao elevado poder de absorção para as ondas sonoras,
contribuem para a diminuição da poluição sonora;

A proteção contra a erosão


A vegetação diminui a velocidade das águas, aumenta o volume da água infiltrada e estabiliza e consolida
os taludes;

O aumento da biodiversidade
Permite a existência de vida animal e vegetal dentro dos aglomerados, de modo a que os seus ciclos
biológicos se desenrolem sem desequilíbrios (d'Abreu, 1976);

A segurança rodoviária
Além da barreira física, a vegetação absorve o ruído e evita o encadeamento;

A qualidade cénica
Não podemos deixar de referir o papel ornamental que os espaços verdes urbanos desempenham na
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cidade. Como refere Ilídio Araújo (1961), na sua obra Problemas da Paisagem Urbana, as espécies
vegetais constituem elementos plásticos que contribuem para o aumento do interesse estético dos espaços
urbanos e equilibram a composição dos elementos construídos, pelas suas diferentes formas, coloridos,
texturas e volumes.
Os parques e jardins de uma cidade representam ainda uma mais-valia, uma vez que promovem o
turismo, a imagem de qualidade da cidade e oferecem espaço para grandes eventos.

Função Socioeconómica
Além de terem uma contribuição significativa nos aspetos bioclimáticos, os espaços verdes urbanos
trazem também consideráveis benefícios psicológicos para a população, uma vez que organizam o
território e estruturam diferentes zonas urbanas, criando espaços que favorecem a relação de vizinhança
e dignificam o ambiente (Falcón, 2007). São ainda espaços imprescindíveis para recriar o encontro entre
a cidade e a Natureza, proporcionando áreas destinadas ao lazer, bem como à prática de atividades
lúdicas e desportivas. Possuem também importantes funções didáticas, possibilitando o contacto das
populações urbanas com a sequência dos ritmos das estações e dos outros ciclos biológicos, com a fauna
e a flora.
Os espaços verdes têm ainda um importante papel na Economia. Os bairros mais desejados são aqueles
que contam com árvores nas ruas e muitos espaços verdes. Os principais benefícios da floresta urbana
não apresentam valor comercial e proporcionam ao utilizador mais-valias como o ar puro, a paz e a
tranquilidade, que estão intrinsecamente associadas a uma agradável.

Figura 1: Parque da Luz

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CAPITULO II- Diagnóstico Da Situação Atual De Mavuco

Enquadramento da Área

Mapa 1: Postos Administrativo

Figura 2: Limites da Área de Intervenção

No Âmbito Funcional e Social


O espaço de Mavuco é de grande importância para a cidade e porque neste são exercidas diversas
funções, normalmente é usado para celebrar datas comemorativas, alguns eventos particulares de
algumas associações da cidade entre outros eventos.
E com esta versatilidade do espaço este pode ser usado e reutilizado de diversas formas, mas da
observação direta que o grupo fez, o espaço não apresenta condições necessárias para os fins que este é
usado, e este espaço proporciona encontros socias de diversas personalidades e também proporciona a
interação de novas personalidades e melhora a interação social das pessoas com os espaços.
Os principais atividades praticadas neste espaço são inerentes as questões políticas normalmente para
reuniões comunitárias, entre outros eventos ligadas aos partidos.

Figura 3: Reuniões Comunitárias Partidárias em Mavuco

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No âmbito ambiental
Um dos principais problemas observados foi a falta de arborização no espaço, erosões, falta de
vegetação, mesmo que este espaço esteja projetado para a realização de eventos mas o espaço não
apresenta condições para tal, visto que nem sombras das árvores, bancadas entre outros aspetos
chamativos para ser considerado um espaço verde e que convide os a fazer uso daquele espaço.
E normalmente após as reuniões comunitárias as tendas construídas têm sido destruídas e o seu impacto
no ambiente não tem sido um dos melhores causando os problemas das quais o grupo citou no primeiro
parágrafo.

Figura 4: Erosão Figura 5: Vazio Urbano

Habitações
A área de intervenção encontrasse numa área residencial, que os mesmos residentes não fazem proveito
devido a falta de condições mínimas para socializar, tem de percorrer grandes distancias para o Jardim-
parque, o único espaço público da cidade que apresenta condições mínimas para estar em contacto com
a natureza e também para praticar diferentes atividades principalmente para a aptidão física.

Figura 7: casa do CFM a 12anos atras


Figura 6: Casa do CFM

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Acessibilidade
O espaço de Mavuco, sendo um espaço público aberto, diretamente ligado ao espaço urbano central, é
muito acessível a sua população, a uns 6 metros podemos encontrar habitações e este espaço encontrasse
numa área de alta densidade habitacional, aos redores podemos encontrar o pavilhão municipal, posto
de saúde 1o de Maio, Hotel Lúrio, entre outros pontos que que precisam de um espaço para puder passar
tempo e outras atividades sociais urbanas.

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CAPÍTULO IV – PROPOSTA
A proposta para área de intervenção é de um parque, que visa a valorização do espaço publico, e também
com a criação de alternativas para o Jardim-Parque na área mais central da cidade.

Justificativas e Estratégias para a elaboração


No na cidade de Nampula concretamente a escassez de espaços verdes, trazendo vários problemas
urbanos no âmbito social, ambiental e paisagístico. O único Espaço Verde Urbano que temos acesso é o
Jardim-Parque, que sofre de superlotação devido a escassez de Parques dentro da urbe. Dai que surgia
necessidade de criação de outros espaços verdes públicos como o espaço de Mavuco
Os principais objetivos do parque de Mavuco são:
 Promover o contacto dos residentes urbanos com a natureza;
 Manter a biodiversidade urbana e protegida;
 Minimizar os riscos ambientais como a poluição atmosférica ou sonora;
 Mitigar os impactos advindos de eventos climáticos extremos (como ondas de calor, precipitação
extrema ou inundações);
 Promover a qualidade da vida urbana;
 Fomentar a saúde e o bem-estar dos residentes.

Estratégia de Intervenção

Mobilidade
A circulação no Parque de Mavuco será feito de forma livre sem restrições de modo a todas as pessoas
sentirem se confortáveis, por a acessibilidade e mobilidade em espaços são de grande importância para
que o espaço de conforto as mesmos usuários do espaço.

Pontos de retenção e recolha de resíduos sólidos


Consiste em criação de ponto de retenção e remoção dos resíduos sólidos, de modo a preservar o bom
saneamento do espaço e principalmente para evitar a degradação dos mesmos espaços.

Equipamentos e Mobiliário Urbano


São propostos parque de estacionamentos para que as pessoas que moram distante deste espaço sejam
convidadas a interação e participação social, os equipamentos de lazer como Baloiços e escorregas que
servira como catalisador para interação do espaço com a camada mais jovem. E alguns bancos que
servirão como ponto de encontro, espera, repouso e interação social entre várias pessoas.
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Vegetação
O material vegetal a utilizar deverá ser baseado ou adaptada às características climáticas do local, e para
a área de intervenção a vegetação proposta será de Palmeiras, quanto ao tipo de grama será a relva que
será aplicada na maior parte da extensão do parque para que não só os bancos assim como o relvado
sirva de espaço de convívios.

Peças desenhadas

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Representação 3D

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Perfis

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CAPÍTULO IV – DISPOSIÇÕES FINAIS

Conclusão
O espaço verde urbano deve ser considerado como parte de todo o processo de planeamento urbano,
assim como integrante da infraestrutura verde. As intervenções de ecologia urbana devem ser
incorporadas em planos de ordenamento e gestão territorial, bem como refletidas noutras políticos
sectoriais.
O planeamento e desenho das intervenções em espaços verdes urbanos devem envolver ativamente a
comunidade local e os utilizadores finais a quem se dirigem. Isso garantirá o envolvimento da
comunidade bem como a realização de intervenções que atendam às necessidades da comunidade.

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Referencias Bibliográficas
SERPA, Angelo. Espaço público e acessibilidade: Notas para uma abordagem geográfica. GEOUSP –
Espaço e Tempo, São Paulo, v. 15, 2004.
SILVA, Ana Marina Ribeiro. Requalificação urbana - O exemplo da intervenção Polis em
Leiria. p. 47, Coimbra. 2011.
SERPA, Angelo. O espaço público na cidade contemporânea. São Paulo: Contexto, 2007.
VARGAS, H.C.; CASTILHO, A. L. H. de. Intervenção em Centros Urbanos: Objetivos, Estratégias e
Resultados. Ed. Manoele: Português. 2006.

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