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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

PUC Minas – Campus Poços de Caldas


Engenharia Civil

Filipe Dantas Vieira e Souza


Monica de Oliveira Salles
Ricardo Cunha Loyola Elias
Rogério Treno Ricarte

“ATIVIDADE FINAL: DIMENSIONAMENTO DE UMA ESTAÇÃO DE


TRATAMENTO DE ESGOTO”

Poços de Caldas
Novembro de 2016
Filipe Dantas Vieira e Souza
Monica de Oliveira Salles
Ricardo Cunha Loyola Elias
Rogério Treno Ricarte

“ATIVIDADE FINAL: DIMENSIONAMENTO DE UMA ESTAÇÃO DE


TRATAMENTO DE ESGOTO”

Trabalho apresentado à disciplina


SANEAMENTO II do curso de Engenharia
Civil Noturno da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais – Campus de
Poços de Caldas, como parte dos
requisitos necessários ao cumprimento do
plano da matéria.

Professor: Daniel Fernandes Novaes Pimenta

Poços de Caldas
Novembro de 2016
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Planta do tratamento preliminar - gradeamento e desarenador planta......................8


Figura 2 – Esquema do tratamento preliminar................................................................................8
Figura 3 - Decantador primário planta...........................................................................................15
Figura 4 - Tanque Imhoff circular planta........................................................................................16

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Tabela de eficiências máximas e mínimas em processos usuais de


tratamento de esgotos.................................................................................................10
Tabela 2 – Parâmetros de projeto para dimensionamento de um ETE.....................20
Tabela 3 - Limites de aplicação: medidores Parshall com escoamento livre, retirado
de NETTO, FERNANDEZ, et al. (2000)......................................................................24
Tabela 4 - Dimensões padronizadas (cm) de medidores Parshall, retirado de
NETTO, FERNANDEZ, et al. (2000)...........................................................................25
Tabela 5 - Limites de lançamento e dados do efluente após tratamento...................41
Tabela 6 - Dados do efluente após a mistura e os limites do CONAMA 357.............42
Tabela 7 - Parâmetros para o cálculo da autodepuração..........................................42
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................5
2. REVISÃO DE LITERATURA..............................................................................................17
3. JUSTIFICATIVA...................................................................................................................20
4. OBJETIVOS..........................................................................................................................20
5. MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO...................................................................21
5.1. Cálculo das vazões............................................................................................................21
5.1.1. Quota per capita (QPCe)...............................................................................................21
5.1.2. Cálculo da vazão doméstica média (Qd média):.......................................................21
5.1.3. Cálculo da vazão de infiltração:...................................................................................22
5.1.4. Cálculo da vazão mínima (Q mín):..............................................................................22
5.1.5. Cálculo da vazão média (Q méd):...............................................................................22
5.1.6. Cálculo da vazão máxima (Q máx):............................................................................23
5.2. Tratamento Preliminar.......................................................................................................23
5.2.1. Dimensionamento Da Calha Parshall.........................................................................23
5.2.2. Dimensionamento De Grades......................................................................................26
5.2.3. Dimensionamento do desarenador.............................................................................29
5.3. Tratamento Secundário..............................................................................................32
5.3.1. Dimensionamento reator anaeróbio de fluxo ascendente e manta de lodo (UASB)
33
5.4. Tratamento Terciário – Lagoas de Polimento.......................................................36
5.4.1. Concentrações e parâmetros antes do tratamento...................................................36
5.4.2. Concentrações e parâmetros após o tratamento......................................................38
5.4.3. Dimensionamento das lagoas de polimento..............................................................40
5.5. Avaliação de impacto de lançamento: esgoto in natura e após tratamento. 42
5.5.1. Determinação da concentração máxima de OD durante a autodepuração Esgoto
in natura 43
5.5.2. Determinação da concentração máxima de OD durante a autodepuração Esgoto
após tratamento na ETE...................................................................................................................44
6. CONCLUSÃO.......................................................................................................................46
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................47
8. ANEXO...................................................................................................................................48
5

1. INTRODUÇÃO

O conceito de saneamento vem sendo construído ao longo da história da


humanidade, a OMS define saneamento como: “o controle de todos os fatores do
meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos deletérios sobre seu
estado de bem-estar físico, mental ou social” (OMS apud FUNASA, 2015).
No Brasil, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão executivo do
Ministério da Saúde, é uma das instituições do Governo Federal é responsável em
promover a inclusão social por meio de ações de saneamento para prevenção e
controle de doenças. É também a instituição responsável por formular e implementar
ações de promoção e proteção à saúde relacionadas com as ações estabelecidas
pelo Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental.
Essa mesma supracitada organização (Funasa), publica manuais de
saneamento desde 1944, cujos quais traziam a definição de saneamento, levando
em conta as conjunturas nacionais e internacionais das respectivas épocas. Em
2015, a edição do Manual de Saneamento da Funasa, trouxe a seguinte definição
sobre o referido tema:
O saneamento básico, de acordo com a Lei do Saneamento,
inclui o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações
operacionais de: a) abastecimento de água potável, b)
esgotamento sanitário, c) limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
(FUNASA, 2015).

Percebe-se que a entrada de água potável na fase de abastecimento e saída


da mesma de volta ao sistema na forma de esgoto, porém, segundo FUNASA (2015)
os resíduos provenientes das atividades humanas geram poluição, entendida como
a degradação da qualidade ambiental que, direta ou indiretamente, prejudica a
saúde, o desenvolvimento das atividades sociais e econômicas, a segurança e o
bem-estar da população, afetando a biota e as condições estéticas e sanitárias do
meio ambiente.
A utilização de água normalmente traz a necessidade de se criar soluções
para o afastamento e o retorno de uma parcela desta água para o meio ambiente.
Após usada, a água tem suas características naturais alteradas, incorporando
inúmeras substâncias cuja constituição é vinculada à finalidade para a qual foi
empregada (FUNASA, 2015).
6

Os despejos provenientes do uso da água são intitulados esgotos, águas


servidas ou águas residuárias e carecem de tratamento antes do retorno direto ao
ambiente. No aspecto sanitário, o destino adequado dos esgotos é essencial para a
saúde pública, objetivando o controle e a prevenção de doenças relacionadas, por
meio de soluções que busquem eliminar focos de contaminação e poluição
(FUNASA, 2015). Desta maneira seriam evitadas a poluição do solo e a degradação
dos mananciais de abastecimento de água e o contato de vetores com as fezes;
seriam melhoradas as condições sanitárias locais e reduzidos os gastos públicos
com campanhas de imunização e/ou erradicação de moléstias endêmicas ou
epidêmicas (FUNASA, 2015).
Os sistemas convencionais de esgotos sanitários geralmente são compostos
pelas seguintes unidades: ligação predial, rede coletora e órgãos acessórios, coletor
principal, coletor tronco, interceptor, emissário, estação elevatória de esgoto (EEE),
estação de tratamento de esgoto (ETE) e dispositivo de lançamento final (FUNASA,
2015).
O Manual de Saneamento (FUNASA, 2015) enumera os elementos
necessários aos projetos de redes coletoras de esgoto:
 Estudo populacional
 Parâmetros para a previsão de vazões
o Contribuição per capita
o Coeficiente de retorno esgoto/água (R)
o Coeficientes de variação de vazão (k1, k2, k3)
 K1 = coeficiente de máxima vazão diária (relação entre a
maior vazão diária verificada no ano e a vazão média
diária anual);
 K2 = coeficiente de máxima vazão horária (relação entre
a maior vazão observada num dia e a vazão média
horária do mesmo dia);
 K3 = coeficiente de mínima vazão horária (relação entre a
vazão mínima e a vazão média).
 Vazão de contribuição do esgoto
o Esgoto doméstico (Qd)
o Águas de infiltração (Qinf)
7

o Contribuição concentrada ou singular


o Vazão total de cálculo (Q)
o Taxas de contribuição das redes coletoras

Conhecidos os parâmetros, pode-se dimensionar a estação de tratamento de


esgoto, iniciando pelo tratamento preliminar.
O tratamento preliminar consiste na passagem do esgoto que chega a ETE
por grades de ferro ou aço e pelo desarenador, sendo um processo exclusivamente
físico para a remoção de sólidos grosseiros em suspensão e de materiais inertes e
pesados, detritos, especialmente areia, que provêm de lavagem, enxurradas,
infiltrações, águas residuárias das indústrias e outros (FUNASA, 2015).
O tratamento preliminar é inevitável em qualquer um dos processos de
tratamento em sistemas de esgotos e também é usualmente empregado nas
chegadas das estações elevatórias de esgotos para a proteção dos equipamentos
de bombeamento, evitando abrasões, sedimentos incrustáveis nas canalizações e
em partes componentes das ETEs, como decantadores, digestores, filtros, tanques
de aeração e outras unidades. Objetiva, portanto, encaminhar para o tratamento
apenas as substâncias constituintes naturais dos esgotos (FUNASA, 2015).
São utilizadas duas unidades de tratamento nesta etapa: o gradeamento e o
desarenador (figuras 1 e 2). O primeiro pode ser mecanizado ou manual,
dependendo da vazão, sendo usualmente utilizado a limpeza manual para vazões
inferiores a 250 L/s.
Nas pequenas estações de tratamento de esgotos o gradeamento é
normalmente realizado através de grades de barras de ferro paralelas, fazendo-se
manualmente a remoção do material retido. O espaçamento entre barras classifica
as grades em: grossas, com abertura de 4,0 a 10,0 cm; médias, com abertura de 2,0
a 4,0 cm; e finas, com abertura de 1,0 a 2,0 cm. A inclinação de 45˚ é a mais
comumente usada com os espaçamentos de 4,0 cm e 2,0 cm, portanto nos limites
entre média/grosseira e fina/média (FUNASA, 2015)
Os desarenadores também podem ser manuais ou mecanizados, sendo os
manuais, tipo canal, os mais empregados nas pequenas estações de tratamento de
esgotos. A velocidade do fluxo do esgoto na passagem pelo desarenador condiciona
a decantação do material inerte (areia e outros minerais pesados), mas deve evitar a
8

deposição da matéria orgânica. Assim, busca-se a remoção de partículas com


diâmetros mínimos de 0,2 mm, o que implica na velocidade do fluxo ideal em torno
de 0,3 m/s, com a mínima de 0,15m/s e máxima de 0,40 m/s (FUNASA, 2015).

Figura 1 - Planta do tratamento preliminar - gradeamento e desarenador planta.

Fonte: Funasa (2015)

Figura 2 – Esquema do tratamento preliminar

Fonte: PIMENTA (2015)

Após o tratamento preliminar, conforme a carga poluidora do esgoto, é


definido um tipo de tratamento, sendo estes divididos em níveis primário, secundário
e terciário. Os mesmo podem ser aplicados isoladamente ou em conjunto,
aumentado a eficácia do tratamento do esgoto.
9

Além da carga poluidora do esgoto, a disponibilidade de espaço e custo são


fatores que influenciam diretamente a escolha do tipo de tratamento. MORAES
JUNIOR e BOM JUNIOR apud FUNASA (2015), descrevem os níveis de tratamento
e sua eficiência, evidenciando as alternativas disponíveis (Tabela 1)
10

Tabela 1 - Tabela de eficiências máximas e mínimas em processos usuais de tratamento de esgotos.


Fósforo Total Coliformes termotolerantes
Descrição da SS total (%) DBO Total (%) NTK total (%)
(%) (%)
NÍVEL Alternativa de
Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef.
Processo Ef. Mín Ef. Máx
Mín Máx Mín Máx Mín Máx Mín Máx
Tratamento Primário
Primário 50 65 25 35 10 25 10 25 30 40
Convencional
Tratamento Primário
Primário 60 90 50 70 25 35 70 90 90 99
Avançado

Primário Tanque Séptico 50 70 30 40 10 20 10 20 80 90

Reator Anaeróbio de
Secundári Fluxo Ascendente e
65 80 50 80 10 25 10 25 90 99
o Manta de Lodo (Reator
UASB)
Secundári
Lagoa Facultativa 70 80 70 85 20 30 20 30 95 99,99
o
Secundári Lagoa Anaeróbia +
70 80 70 85 20 30 20 30 95 99,99
o Lagoa Facultativa
Lagoa Anaer. + Lagoa
Secundári
Facul.+ Remoção 90 95 85 95 30 40 60 75 99,9 99,99
o
Algas
Secundári Lagoa Aerada
70 80 75 85 20 30 20 30 95 99
o Facultativa
Lagoa Aerada
Secundári
Mist.Completa+Lagoa 80 87 75 85 25 35 25 35 95 99
o
Sedimentação
11

Fósforo Total Coliformes termotolerantes


Descrição da SS total (%) DBO Total (%) NTK total (%)
(%) (%)
NÍVEL Alternativa de
Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef.
Processo Ef. Mín Ef. Máx
Mín Máx Mín Máx Mín Máx Mín Máx
Secundári Tanque Séptico +
70 85 70 85 15 30 15 30 90 99
o Filtro Anaeróbio
Secundári Tanque Séptico +
85 95 85 95 25 35 25 35 90 99
o Biodisco
Biofiltro Aerado
Secundári Submerso com
85 93 85 95 80 95 40 50 90 99
o Remoção Biológica de
Nitrogênio
Biofiltro Aerado
Secundári
Submerso com 85 95 85 95 80 95 35 45 90 99
o
Nitrificação
Filtro Biológico
Secundári
Percolador de Alta 85 93 80 90 30 40 30 40 90 99
o
Carga
Filtro Biológico
Secundári
Percolador de Baixa 87 93 85 93 60 95 35 45 90 99
o
Carga
Secundári UASB + Filtro
75 85 75 85 15 30 15 30 90 99
o Anaeróbio
Secundári UASB + Filtro Aerado
85 95 85 95 20 30 20 30 90 99
o Submerso ou Biodisco
Secundári UASB + Biofiltro
85 95 85 95 20 30 20 30 90 99
o Aerado Submerso
Secundári UASB + Filtro
85 95 80 92 20 30 20 30 90 99
o Biológico de Alta
12

Fósforo Total Coliformes termotolerantes


Descrição da SS total (%) DBO Total (%) NTK total (%)
(%) (%)
NÍVEL Alternativa de
Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef.
Processo Ef. Mín Ef. Máx
Mín Máx Mín Máx Mín Máx Mín Máx
Carga
Secundári UASB + Flotação por
85 97 75 92 15 25 70 85 90 99
o Ar Dissolvido
UASB + Lagoa Aerada
Secundári
Aeróbia (Mist. 80 87 75 85 20 30 20 30 95 99
o
Completa)
Secundári
UASB + " Wetlands" 87 93 85 95 30 60 25 35 99,9 99,9
o
Secundári UASB + Escoamento
85 97 85 97 40 75 25 50 99 99,9
o Subsuperficial
Secundári UASB + Escoamento
80 93 75 90 50 70 35 35 99 99,9
o Superficial
Secundári UASB + Lodos
85 95 85 95 20/80 30/95 20 30 90 99
o Ativados Convencional
Secundári Escoamento
75 93 70 90 40 70 25 40 90 99
o Superficial
Terras Úmidas
Secundári Construídas ou
87 93 80 90 30 60 25 35 99,9 99,99
o Tratamento por zona de
Raízes ("WETLANDS")
Lodos Ativados
Secundári
Convencional 87 95 85 95 30 40/95 35 45 90 99
o
(com/sem nitrific.)
Secundári Lodos Ativados
85 95 85 95 80 95 40 50 90 99
o Convencional +
13

Fósforo Total Coliformes termotolerantes


Descrição da SS total (%) DBO Total (%) NTK total (%)
(%) (%)
NÍVEL Alternativa de
Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef.
Processo Ef. Mín Ef. Máx
Mín Máx Mín Máx Mín Máx Mín Máx
Remoção Biológica de
Nitrogênio
Lodos Ativados
Secundári Convencional +
85 95 85 95 80 95 70 85 90 99
o Remoção Biológica de
Nitrogênio e Fósforo
Lodos Ativados por
Secundári
Batelada (Aeração 85 95 85 97 85 95 35 45 90 99
o
Prol.)
Secundári Lodos Ativados com
85 95 85 97 85 95 35 45 90 99
o Aeração Prolongada

Terciário* Infiltração Lenta 90 98 90 99 75 90 30 45 99,99 99,99

Terciário* Infiltração Rápida 80 95 85 95 60 75 30 40 99,99 99,99

Tanque Séptico +
Terciário* 93 95 90 98 60 90 30 40 99,99 99,99
Infiltração
Lagoa Anaeróbia +
Terciário Lagoa Facultativa + 70 85 75 85 25 65 25 50 99,99 99,99
Lagoa de Maturação
Lagoa Anaeróbia +
Terciário Lagoa Facultativa + 70 80 75 85 25 65 50 60 99,9 99,99
Lagoa Alta Taxa
UASB seguido de
Terciário 70 83 75 85 25 65 25 50 99,99 99,99
Lagoa de Polimento
14

Fósforo Total Coliformes termotolerantes


Descrição da SS total (%) DBO Total (%) NTK total (%)
(%) (%)
NÍVEL Alternativa de
Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef. Ef.
Processo Ef. Mín Ef. Máx
Mín Máx Mín Máx Mín Máx Mín Máx
UASB seguido de Vala
Terciário* 93 97 90 98 60 90 25 40 99,99 99,99
de Filtração
Lodo Ativado
Terciário Convencional + 93 97 90 98 35/80 45/95 40 50 99,99 99,99
Filtração Terciária

* Existe discussão sobre o enquadramento em nível terciário de alguns destes processos de disposição do esgoto no solo.
15

O tratamento primário visa remover os sólidos em suspensão sedimentáveis,


incluindo a parte da matéria orgânica em suspensão grossa, sendo predominante o
mecanismo físico de sedimentação e a fase de digestão e estabilização da matéria
orgânica sedimentada pela via anaeróbia. Tem a finalidade de permitir que os
esgotos sigam para as unidades de tratamento secundário, ou que eventualmente
sejam lançados nos corpos receptores, embora esta seja uma condição muito
especial, atualmente de difícil concessão em licenciamentos ambientais, por não
cumprir o padrão mínimo de lançamento estabelecido na legislação. (FUNASA,
2015).
As unidades de tratamento usuais nesta etapa são: decantador simples
(primário) (figura 3); flotador simples; precipitador químico; decanto/digestor
conjugado (tanque séptico, tanque “Imhoff”).

Figura 3 - Decantador primário planta.

Fonte:
Funasa (2015)
16

Figura 4 - Tanque Imhoff circular planta.

Fonte: Funasa (2015)

O tratamento secundário objetiva principalmente a remoção da matéria


orgânica, eventualmente de micro-organismos e nutrientes como nitrogênio e
fósforo, com predominância dos mecanismos biológicos (reações bioquímicas)
nestes processos. Consegue-se substancial redução na matéria orgânica em
suspensão fina, que não foi removida no tratamento primário, e na matéria orgânica
na forma de sólidos não sedimentáveis, dissolvidos (DBO solúvel) (FUNASA, 2015).
Os processos de tratamento secundário são inúmeros, conforme disposto na tabela
1.
O tratamento terciário é utilizado para completar a remoção de poluentes não
suficientemente reduzidos no nível secundário de tratamento e/ou a remoção de
compostos não biodegradáveis, de nutrientes, de poluentes tóxicos e/ou específicos,
de metais pesados, de sólidos inorgânicos dissolvidos e sólidos em suspensão
remanescentes, e de micro-organismos patogênicos. Apenas em condições muito
específicas no tratamento de esgotos domésticos, ou quando se pretende utilizar o
efluente do tratamento em algumas das formas de reuso de água, o grau de
eficiência terciário é exigido (FUNASA, 2015). O tipo de tratamento terciário mais
comum, são as chamadas lagoas de maturação, cuja principal finalidade é a
redução dos organismos patogênicos dos esgotos.
17

2. REVISÃO DE LITERATURA

Os efluentes originados em estações de tratamento de esgotos - ETEs -


podem ter duas destinações: reutilização ou disposição no ambiente, através de
descarga e diluição em ambientes aquáticos ou aplicação no solo. Uma série de
legislações ambientais, critérios e políticas procuram influir tanto na seleção dos
locais de descarga quanto no nível de tratamento exigido para garantir que os
impactos ambientais provocados pela disposição desses efluentes tratados sejam
aceitáveis (OLIVEIRA, 2006).
No Brasil, a CONAMA n° 357 de 2005, foi criada com o objetivo de assegurar
os usos preponderantes previstos dos corpos d’água e nortear o controle dos
efluentes líquidos. Os órgãos ambientais estaduais usualmente baseiam-se nos
padrões desta Resolução, mantendo-os, complementando-os ou eventualmente
aplicando padrões mais restritivos.
Muitos trabalhos têm sido elaborados sobre o projeto e a operação de
estações de tratamento de esgotos, envolvendo operações físicas unitárias e
processos químicos e biológicos unitários. Apesar da importância incontestável do
tema, estudos ligados à avaliação de desempenho de ETEs se mostram, hoje, tão
ou mais importantes no planejamento e projeto de sistemas de tratamento, uma vez
que a definição de bom desempenho envolve o alcance dos padrões de lançamento,
que se tornam cada vez mais restritivos (OLIVEIRA, 2006).
Como predito, o tratamento de esgoto pode passar por 4 etapas (preliminar,
primário, secundário e terciário), ou pode-se pular algumas etapas, desde que a
quantidade de poluentes seja passível de tratamento e, no lançamento, se adeque à
resolução no 357, de 17 de março de 2005 e resolução no 430, de 13 de maio de
2011 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
Em respeito às leis, várias formas de tratamento de águas residuárias foram
desenvolvidas, partindo-se do princípio da autodepuração, ou seja, empregando a
ação de microrganismos para a remoção da matéria orgânica presente nos esgotos.
Esse tipo de tratamento é denominado tratamento biológico. É importante ressaltar
que, nas ETE’s, procura-se otimizar esses processos, a fim de reduzir custos e
incrementar a eficiência de degradação, para se atingir o menor tempo de
tratamento no menor espaço possível (CAMPOS, 1994 apud OLIVEIRA, 2004).
18

A quantidade de matéria orgânica presente no esgoto é medida indiretamente


por meio da quantidade de oxigênio necessária para a sua degradação. As duas
variáveis mais utilizadas são a DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) e a DQO
(Demanda Química de Oxigênio). Elas expressam a quantidade de oxigênio
necessária para a degradação biológica e química da matéria orgânica,
respectivamente (OLIVEIRA, 2004).
Por se tratar de matéria orgânica, o tratamento biológico tem uma posição de
destaque no processo de tratamento de esgoto, visto que, o mesmo consome
matéria orgânica em grande quantidade, seja por meios aeróbicos (lagoas) ou
anaeróbico (reator UASB) ou pela combinação de ambos.
Segundo OLIVEIRA (2004), no Brasil, mesmo havendo um grande número de
alternativas tecnológicas acessíveis, há um número bem maior de estações do tipo
Lodos Ativados, com geração de grandes quantidades de lodo. Os sistemas UASB,
são vistos como ineficientes, muito sensíveis e causadores de odores. Contudo,
alguns estudos contradizem essa ideia. KALLER et al, (1999) avaliaram dois casos
de aceitação de sistemas UASB, na Colômbia e na Índia, para tratamento de esgoto
sanitário, por meio de transferência de tecnologia e envolvimento com governantes e
responsáveis pela escolha e implantação do sistema.
Para a escolha do sistema de tratamento biológico deve-se ser considerado
alguns fatores, como: eficiência, partida (tempo em que começa a operar de fato,
costuma ser mais lenta em sistemas anaeróbicos, variando de acordo com o
desenvolvimento da população bacteriana), consumo de energia, estabilidade, custo
de implantação de manutenção, produção de odores, produção de lodos, área útil
para implantação.
O reator UASB Desenvolvido na década de 1970, na Holanda, pelo
pesquisador Lettinga e seus colaboradores (CAMPOS, 1994 apud OLIVEIRA, 2004).
Este reator possui como vantagens a baixa demanda por área, custo reduzido para
construção, e baixa produção de lodos, porém com sua eficiência inserida no
intervalo de 65 a 75 %, exige o tratamento de seu efluente (tratamento terciário) para
adequação às resoluções citadas alhures.
Uma grande desvantagem do reator UASB é a produção do metano, gás
causador do efeito estufa, com potencial muito maior que o gás carbônico, causando
impacto ambiental. Esse gás, quando coletado, pode ser utilizado para a geração de
energia, porém, é mais comum instalar incineradores para queima do gás.
19

Após o tratamento no reator UASB, com predito, é necessário o tratamento do


efluente para lançamento no corpo hídrico. Usualmente, este tratamento é realizado
por meio das lagoas de maturação. Através de processos naturais e eficientes de
redução de organismos patogênicos, as lagoas de maturação são os únicos
sistemas capazes de produzir efluente com qualidade adequada para o reuso em
irrigação irrestrita, sem a necessidade de uma etapa adicional de desinfecção
(SAMPAIO e MENDONÇA, 2006).
Segundo JUNGLES (2007) o tratamento terciário é normalmente empregado
para reduzir o teor de nutrientes e para reduzir o NMP (número mais provável) de
coliformes. Quanto à redução de coliformes, a eficiência das lagoas terciárias é
comparável à da cloração. Ainda conforme esta autora, real efetividade das lagoas
de maturação na remoção de organismos patogênicos é convenientemente avaliada
através da remoção dos coliformes fecais.
Este tipo de lagoa possui baixa profundidade devido à necessidade de
incidência da radiação ultravioleta sobre a mesma para eliminar patógenos, e desta
forma favorecer a produtividade de algas e consequentemente altíssimas
concentrações de oxigênio.
Os principais parâmetros de projeto para dimensionamento de uma lagoa
anaeróbia são: profundidade, tempo de detenção hidráulica e taxa de aplicação
volumétrica (JUNGLES, 2007). Dimensionamento das lagoas anaeróbias é baseado
na carga de DBO5 volumétrica, onde se propõe, que a carga volumétrica máxima
deve ser de 0,4 kg DBO5/m3.d. Isto evita o risco de maus odores causados pela
liberação do gás sulfídrico, e a carga não deve ser menor que 0,1 kg DBO 5/m3.d
garantindo que o meio permaneça totalmente anaeróbio (JUNGLES, 2007).
Um outro critério de importância utilizado no dimensionamento de lagoas
facultativas é o tempo de detenção hidráulica (TDH) e a profundidade. O TDH,
conforme relatado na literatura, possui uma faixa ampla de valores, já a
profundidade apresenta uma faixa mais restrita de valores (JUNGLES, 2007).
20

3. JUSTIFICATIVA

A importância dos cuidados no afastamento seguro, no tratamento e na


disposição final dos esgotos abrange aspectos sanitários, econômicos e ambientais,
interferindo diretamente na qualidade de vida humana.
Sendo assim, torna-se evidente a necessidade de construção de uma
Estação de Tratamento de Água que atenda à população, proporcionando uma
melhor qualidade de vida.

4. OBJETIVOS
O objetivo do presente trabalho é determinar as vazões e dimensionar uma
estação de tratamento de esgoto que atenda ao disposto na tabela 2:

Tabela 2 – Parâmetros de projeto para dimensionamento de um ETE


Parâmetro Quantidade Unidade
População atual 10000 Habitantes
População futura 14900 Habitantes
Vazão do Rio (Qr) 400 L/s
DBO5r 10 mg/L
Rio ODr 6 mg/L
K2 (coeficiente de reaeração) 3 -
velr 0,35 m/s
Vazão do efluente(Qe)
Efluente ODe 0 mg/L
K1 (coeficiente de desoxigenação) 0,3
Consumo de água 150 L/(dia.hab)
DBO 54 g/(hab.dia)
SS 60 g/(hab.dia)
Coliformes termotolerantes 108 Coliformes/(dia.hab)
NT 8 g/(hab.dia)
P 1,5 g/(hab.dia)
R (coeficiente de retorno) 80 %
21

5. MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO


5.1. Cálculo das vazões
Para cálculo da vazão de infiltração, vazão industrial e vazões mínima, média
e máxima, foram utilizadas as equações dispostas na norma ABNT NBR 9649
(1986), conforme descritras nos tópicos subsequentes.
Os valores de k1 (Coeficiente de máxima vazão diária), k 2 (Coeficiente de
máxima vazão horária) e k3 (Coeficiente de mínima vazão horária), utilizados nas
estimativas de vazão, foram obtidos conforme anexo A da norma ABNT NBR 9649
(1986), cujos valores são, respectivamente: 1,2; 1,5 e 0,5.

5.1.1. Quota per capita (QPCe)


Considerando o consumo diário de água de 150 L/(dia.hab), para um
coeficiente de retorno de 80%, tem-se a quota per capta de esgoto:
Qpce =0,8∗150
Qpce =0,8∗150
L
Qpce =120
hab . dia

5.1.2. Cálculo da vazão doméstica média (Qd média):

Qpc e . Pop
Qdmédia pop atual=
86400

120.10000
Qdmédia pop atual=
86400

L
Qdmédia pop atual=13,89
s

Qpc . Pop . R
Qdmédia pop futura =
86400

120.14900
Qdmédia pop futura =
86400

L
Qdmédia pop futura =20,70
s

5.1.3. Cálculo da vazão de infiltração:


22

Conforme equação disponível ABNT NBR 9649 (1986), e considerando que


trata-se de uma simulção, onde é impossível se precisar os dados, tem-se:

Qinf =Ti . L

Qinf popatual =0

Qinf pop futura=0

Qinf pop futura=0

5.1.4. Cálculo da vazão mínima (Q mín):

Conforme equação disponíel na norma ABNT NBR 9649 (1986), e com


o valor de k3 supracitado:

Qmin =k 3. Q d med +Qinf

Qmin popatual =0,5.13,89

L
Qmin popatual =6,945
s

Qmin popfutura =0,5.20,70+ 0

L
Qmin popfutura =10,35
s

5.1.5. Cálculo da vazão média (Q méd):


Conforme equação disponível na norma ABNT NBR 9649 (1986), e
considerando que não há contribuição de vazão proveniente da indústria, tem-se

Qméd =Qd média +Qinf +Qind

Qméd popatual =6,945+0+0

L
Qméd popatual =6,945
s
23

Qméd popfutura =10,35+ 0+0

L
Qméd popfutura =10,35
s

5.1.6. Cálculo da vazão máxima (Q máx):

Conforme equação disponíel na norma ABNT NBR 9649 (1986), e com


os valores de k1 e k2 supracitados:

Qmáx =k 1. k 2.Q d med +Qinf +k 2 . Qind

Qmáx popatual=1,2∗1,5.13,89+0+0

L
Qmáx popatual=25
s

Qmáx popfutura =1,2∗1,5.20.7 +0+0

L
Qmáx popfutura =37,26
s

5.2. Tratamento Preliminar

5.2.1. Dimensionamento Da Calha Parshall

Através da vazão máxima obtida, fazendo a correlação com as tabelas


3 e 4, determinou-se o tamanho da Calha Parshall. Como a vazão encontra-
se dentro do limite da calha Parshall de 3’’, adotou-se a mesma para os
cálculos.
24

Tabela 3 - Limites de aplicação: medidores Parshall com escoamento livre, retirado


de NETTO, FERNANDEZ, et al. (2000).
W Capacidade (L/s)
pol. cm Mínima Máxima
3" 7.6 0.85 53.8
6" 15.2 1.42 110.4
9" 22.9 2.55 251.9
1' 30.5 3.11 455.6
11/2' 45.7 4.25 696.2
2' 61.0 11.89 936.7
3' 91.5 17.26 1426.3
4' 122.0 36.79 1921.5
5' 152.5 45.30 2422.0
6' 183.0 73.60 2929.0
7' 213.5 84.95 3440.0
8' 244.0 99.10 3950.0
25

Tabela 4 - Dimensões padronizadas (cm) de medidores Parshall, retirado de NETTO, FERNANDEZ, et al. (2000).
w
A B C D E F G K N λ n
pol cm
1" 2.5 36.3 35.6 9.3 16.8 22.9 7.6 20.3 1.9 2.9 - -
3" 7.6 46.6 45.7 17.8 25.9 38.1 15.2 30.5 2.5 5.7 0.176 1.547
6" 15.2 62.3 61.0 39.4 40.3 61.0 30.5 61.0 7.6 11.4 0.381 1.580
9" 22.9 88.1 86.4 38.1 57.5 76.2 30.5 45.7 7.6 11.4 0.535 1.530
1' 30.5 137.1 134.4 61.0 84.5 91.5 61.0 91.5 7.6 22.9 0.690 1.522
11/2' 45.7 144.8 142.0 76.2 102.6 91.5 61.0 91.5 7.6 22.9 1.054 1.538
2' 61.0 152.3 149.3 91.5 120.7 91;5 61.0 91.5 7.6 22.9 1.426 1.550
. 3' 91.5 167.5 164.2 122.0 157.2 91.5 61.0 91.5 7.6 22.9 2.182 1.566
4' 122.0 182.8 179.2 152.5 193.8 91.5 61.0 91.5 7.6 22.9 2.935 1.578
5' 152.5 198.0 194.1 183.0 230.3 91.5 61.0 91.5 7.6 22.9 3.728 1.587
6' 183.0 213.3 209.1 213.5 266.7 91.5 61.0 91.5 7.6 22.9 4.515 1.595
7' 213.5 228.6 224.0 244.0 303.0 91.5 61.0 91.5 7.6 22.9 5.306 1.601
8' 244 244.0 239.0 274.5 340.0 91.5 61.0 91.5 7.6 22.9 6.101 1.606
10' 305 274.5 260.8 366.0 475.9 122.0 91.5 183.0 15.3 34.3 - -
26

Conforme tabela 4, os dados para calha Parshall de 6’’ são:


 W = 76 mm
 n = 1,547
 λ = 0,176

Os dados acima foram utilizados para calcular as dimensões de H mín, Hmáx da


calha, demonstrados na figura 2.

5.2.2. Dimensionamento De Grades


5.2.2.1. Cálculo de Hmín:

( )
1
Q
H= n
λ

( )
1
0,0006945
H mín = 1,547
0,176

H mín =0,1238 m

( )
1
0,03726
H máx = 1,547
0,176

H máx =0,3666 m

5.2.2.2. Cálculo do rebaixamento “Z” na entrada da caixa de areia:

Q máx . H mín −Q mín . H máx


Z=
Q máx −Q mín

37,26.0,1238−6,945.0,3666
Z=
37,26−6,945

Z=0,0681 m

5.2.2.3. Cálculo da Lâmina antes do rebaixo:


h máx=0,3666−0,0681
h máx=0,3666−0,0858
h máx=0,2984 m

5.2.2.4. Cálculo da Grade:


27

Para dimensionamenro das grades, foi utilizada a norma ABNT NBR 12209
(2011). Segundo a mesma, para uma grade média, os valores variam de 20 a 40
mm, sendo assim, foram adotados os seguintes valores:

Considerando a grade média, foram adotados os seguintes valores:

 Espaçamento entre barras (a) = 30 mm


 Espessura das barras (t) = 10 mm

5.2.2.5. Eficiência:

a
E=
a+t

30
E=
30+10

E=0,75

5.2.2.6. Cálculo da Velocidade de Passagem (Vmáx)

Ainda conforme norma ABNT NBR 12209 (2011), como vazão máxima
calculada foi inferior a 100 L/s, a limpeza é manual e, a velocidade máxima através
da grade não deve exceder 1,2 m/s portanto, foi adotado um valor de:

m
V máx =0,8
s

5.2.2.7. Cálculo da Área útil (Au)

Q máx
Au=
V máx

0,03726
Au=
0,8
2
Au=0,0466 m

5.2.2.8. Cálculo da Velocidade de aproximação (V0)


28

Qmáx . E
V 0=
Au

0,03726.0,75
V 0=
0,0466

m
V 0=0,60
s

5.2.2.9. Cálculo da Seção do canal no local da grade (S)

Au
S=
E

0,0466
S=
0,75

S=0,0621m

5.2.2.10. Cálculo da Largura do canal (L)

S
L=
hmáx

0,0621
L=
0,2984

L=0,2081m

5.2.2.11. Cálculo da Perda de Carga na Grade (hf)

2 2
1,43.(V −V 0)
hf =
2. g
2 2
1,43.(4 x 0,8 −0,6 )
hf =
2.9,8

h f =0,16051m

h f =0,16051m>0,15 m→ OK

5.2.2.12. Cálculo do comprimento da Grade (C):


29

hu
C=
senθ

Como a limpeza é manual, θ = 45º

hu =hmáx + hf

hu =0,2984+ 0,16051

hu =0,4589 m

0,4589
C=
sen 45

C ≈ 0,65 m

5.2.2.13. Cálculo do número de barras (Nb):

L−a
Nb=
a+t

0,2081−0,03
Nb=
0,03+0,01

Nb=4,45

Nb=4 barras

5.2.2.14. Cálculo do espaçamento das barras (Ne):

L−[N b . t+ ( N b−1 ) a ]
e=
2

e=0,03 m

5.2.3. Dimensionamento do desarenador


O desarenador foi dimensionado considerando o disposto na norma ABNT
NBR 12209 (2011), conforme descrito a seguir.
Para os cálculos do desarenador, foram adotados os valores da velocidade
horizontal (Vh) e de sedimentação (Vs), respectivamente:
m
Vh=0,3
s
m
Vs=0,02
s
30

Considerou-se também:

t 1=t 2

5.2.3.1. Cálculo do Comprimento da Caixa (C):

C
Vh=
t1

h
Vs=
t2

Como t1 = t2, igualando as equações, foi obtido:

Vh .h máx=C .Vs

0,3. hmáx =C .0,02

15 hmáx =C

Foi considerado um fator de segurança de 50 %, logo:

C=hmáx .22,5

C=0,2984.22,5

C ≈ 6,70 m

5.2.3.2. Cálculo da Largura da Caixa (L):

Q max
L=
hmax Vh

0,03726
L=
0,2984.0,3

L=0,4162m

L=0,42m

5.2.3.3. Cálculo da Taxa de aplicação superficial (TAS):

Qmáx
TAS=
L .C
31

0,03726.86400
TAS=
0,42.6,7
3
m
TAS=1.152 2
m . dia

m3 m3 m3
600 2
<1.152 2
<1300 2
→ OK
m . dia m .dia m .dia

5.2.3.4. Verificação da Velocidade horizontal (Vh):


h mín=H mín−Z
h mín=0,1238−0,0681
h mín=0,0557 m
At =h mín . L
At =0,0557.0,42
2
At =0,0234 m

Q mín
V h=
At

0,00695
V h=
0,0234

m
V h ≅ 0,3
s

m m
0,3 <0,40 →Ok
s s

5.2.3.5. Cálculo da Taxa Remoção de Areia:

30 L de areia
Para o cálculo do volume foi considerado :
1000m3
32

Qmed 0,030
Vol=
1000
20,7.0,030 .86400
Vol=
1000
L
Vol=53,6544
dia
Vol
H altura de areia =
As

0,536544
H altura deareia =
0,42∗6,7
m
H altura de areia =0,0192
dia

5.2.3.6. Cálculo da Tempo de limpeza da caixa de areia:

Para os cálculos considerou-se uma altura de areia de 20 cm, sendo assim:


H caixa
Tempo de limpeza=
H altura de areia

0,2
Tempo de limpeza=
0,0192

Tempo de limpeza ≅ 10 dias

5.3. Tratamento Secundário


O tratamento primário foi calculado com base no disposto na norma ABNT
NBR 12209 (2011), cujas equações, constantes e parametros foram descritos a
seguir.
Conforme a norma ABNT NBR 12209 (2011), para dimensionamento do
reator UASB, o mesmo deve ser precedido da remoção de sólidos grosseiros e
areia, sendo imprescindível a utilização do tratamento preliminar. Ainda conforme a
norma, o tempo de detenção hidráulica para a vazão média, considerando a
temperatura média do esgoto no mês mais frio do ano e o volume total do UASB,
deve ser igual ou superior a:
a) 6 h para temperatura do esgoto superior a 25 ºC;
33

b) 7 h para temperatura do esgoto entre 22 ºC e 25 ºC;


c) 8 h para temperatura do esgoto entre 18 ºC e 21 ºC;
d) 10 h para temperatura do esgoto entre 15 ºC e 17 ºC.

A norma ABNT 12209 (2011), ainda determina as dimensões e limites de


alguns parâmetros para o reator UASB, cujos quais foram seguidos nos cálculos.

5.3.1. Dimensionamento reator anaeróbio de fluxo ascendente e manta de lodo


(UASB)

5.3.1.1. Tempo de Detenção Hidráulica (TDH)


O tempo de detenção hidráulica utilizado, foi retirado da norma ABNT NBR
12209 (2011), conforme supracitado. Considerando uma temperatura de 20 ºC,
obteve-se:
TDH =8 horas
5.3.1.2. Volume útil
Foi escolhida uma peça retangular, sendo assim, para o cálculo do volume
útil, utilizou-se:
V u=TDH .Qmáx
3
8 horas 0,03726 m .86400 s
V u= .
24 horas s
3
V u=1073,088 m
Como o volume é inferior a 2500 m3 é necessário apenas um reator UASB.

5.3.1.3. Área Superficial


Conforme ABNT NBR 12209 (2011), a profundidade útil total dos reatores do
tipo UASB deve estar entre 4 me 6 m. A profundidade mínima do compartimento de
digestão (do fundo do reator à entrada do compartimento de decantação) deve ser
de 2,5 m. Sendo assim, adotou-se profundidade (H) de 4,5 metros.

Vu
A superficial=
H
1073,088
A superficial=
4
34

2
A superficial=238,464 m

5.3.1.4. Dimensões do reator UASB


Para o cálculo do reator UASB retangular, considerou-se:
Largura=2 x Comprimento
A superficial=Largura x Comprimento
2
A superficial=2 x Comprimento
2
238,464=2 x Comprimento
Comprimento=10,91 m ≅ 11 m
LArgura=21,83 m ≅ 22m

5.3.1.5. Área Superficial Corrigida

A superficial corrigida =Largura x Comprimento


A superficial corrigida =11 x 22

A superficial corrigida =242m2


5.3.1.6. Volume Útil Corrigido
V útil corrigido = A superficial corrigida x H
V útil corrigido =242 . 4,5
3
V útil corrigido =1089 m
5.3.1.7. Velocidade Ascensional
Conforme ABNT NBR 12209 (2011), a velocidade ascensional no
compartimento de digestão do reator deve ser igual ou inferior a 0,7 m/h para a
vazão média e inferior a 1,2 m/h para a vazão máxima.

Q máx
V as =
A superficial corrigida
m3
3219,264
dia
24 h
V as =
242m2
35

m
V as=0,5542 →OK
h

5.3.1.8. Cálculo e verificação da Carga Orgânica Volumétrica (COV)


5.3.1.9.
carga=carga per capta x população
54 g
carga= x 14900 hab
hab . dia
kg
carga=804,6
dia

carga
[ DBO]=
Qmed
804,6.1000
[ DBO]=
20,70.86400
kg
[ DBO]=0,4498
m3

[ DQO ]=2 xDBO


kg
[ DQO]=0,8997
m3
20,7020.86400
Q=
1000

m3
Q=1.788,48
dia
1.788,48 x 0,6997
COV =
1069

kg
COV =1,1706 →OK
m3 dia

5.4. Tratamento Terciário – Lagoas de Polimento

5.4.1. Concentrações e parâmetros antes do tratamento.

5.4.1.1. Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)


36

Carga=Carga per capita× POP


g 1 kg
Carga=54 × 14900 hab ×
hab . dia 1000 g
kg
Carga=804,60
dia

Carga
[ DBO ] =
Qmáx

106 mg
[ DBO ] =804,60 kg × 1 s
×
1 dia
×
dia 37,26 L 86400 s 1 kg
mg
[ DBO]=250
L

Para todos os parâmetros seguem-se os mesmos passos acima, portanto


simplificando temos:

g
5.4.1.2. Nitrogênio (NT): 8
hab . dia

Carga=Carga per capita× POP


kg
Carga=119,20
dia

Carga
[ NT ] =
Qmáx
mg
[NT ]=37,03
L

8 NMP
5.4.1.3. Coliformes Termotolerantes: 10
hab . dia

Carga=Carga per capita× POP


12 NMP
Carga=1,49× 10
dia
37

Carga
[ Coliformes ] =
Qmáx
NMP
[Coliformes]=46283,87
100 ml

g
5.4.1.4. Fósforo (P): 1,50
hab .dia

Carga=Carga per capita× POP


kg
Carga=22,35
dia

Carga
[ P ]=
Qmáx
mg
[P ]=6,94
L

g
5.4.1.5. Sólidos Suspensos (SS): 60
hab . dia

Carga=Carga per capita× POP


kg
Carga=894
dia

Carga
[ SS ] =
Qmáx
mg
[SS ]=277,70
L
5.4.2. Concentrações e parâmetros após o tratamento.
5.4.2.1. Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO): Ef adotada=83 %

mg
[ DBO ] inicial=250
L

[ DBO ] final=[ DBO ] inicial × 1− Ef ( 100 )


38

(
[ DBO ] final=250 × 1− 83
100 )
mg
[ DBO]final=42,50
L
Qe × [ DBO ] final+ Qr × DBO 5 r
[ DBO ] após mistura=
Qe+Qr
mg
DBO 5 r=10 ( LIMITE )→ adotado
L
37,26 × 42,50+400 ×10
[ DBO ] após mistura=
400+37,26
mg
[ DBO ] após mistura=12,77
L

5.4.2.2. 1.1.2.2 Nitrogênio (NT): Ef adotada=65 %

mg
[ NT ] inicial=37,03
L

(
[ NT ] final=[ NT ] inicial × 1− Ef
100 )
(
[ NT ] final=37,03 × 1− 65
100 )
mg
[NT ]final=12,96
L
Qe × [ NT ] final+ Qr × NT r
[ NT ] após mistura=
Qe+Qr
mg
NTr=3,70 (LIMITE )→ adotado
L
37,26 ×12,96+ 400 ×3,70
[ NT ] após mistura=
400+37,26
mg
[ NT ] após mistura=4,49
L
5.4.2.3. Coliformes Termotolerantes: Ef adotada=99,9999 %

NMP
[ Coliformes ] inicial=46283,87
100 ml

[ Coliformes ] final=[ Coliformes ] inicial× 1− ( Ef


100 )
39

(
[ Coliformes ] final=46283,87× 1− 99,9999
100 )
NMP
[Coliformes]final=0,04628
100 ml

Qe × [ Coliformes ] final +Qr ×Coliformes r


[ Coliformes ] após mistura=
Qe+Qr
mg
Coliformes r=1000 ( LIMITE)→ adotado
L
37,26 ×0,04628+ 400 ×1000
[ Coliformes ] após mistura=
400+37,26
NMP
[ Coliformes ] após mistura=914.79
100 ml

5.4.2.4. Fósforo (P): Ef adotada=75 %

mg
[ P ] inicial=6,94
L

(
[ P ] final=[ P ] inicial × 1− Ef
100 )
(
[ P ] final=6,94 × 1− 75
100 )
mg
[P ]final=1,74
L
Qe× [ P ] final+Qr × P r
[ P ] após mistura=
Qe+Qr
mg
Pr=0,10 (LIMITE )→ adotado
L
37,26 ×1,74+ 400 ×0,10
[ P ] após mistura=
400+37,26
mg
[ P ] após mistura=0,24
L
5.4.2.5. Sólidos Suspensos (SS): Ef adotada=80 %

mg
[ SS ] inicial=277,70
L
40

(
[ SS ] final=[ SS ] inicial × 1− Ef
100 )
(
[ SS ] final=277,70 × 1− 80
100 )
mg
[SS ]final=55,54
L
Qe × [ SS ] final+Qr × SS r
[ SS ] após mistura=
Qe+Qr
mg
SSr=100 ( LIMITE )→ adotado
L
37,26 ×55,54+ 400 ×100
[ SS ] após mistura=
400+37,26
mg
[ SS ] após mistura=96,21
L
5.4.3. Dimensionamento das lagoas de polimento

Para o dimensionamento foram adotados os seguintes valores:


1) TDHtotal= 12 dias;
2) Profundidade (H)= 1,0m;
3) Nº de lagoas= 3 lagoas;
4) Relação L/B = 1, ou seja, quadrada;
5) TDH p/ lagoa= 4dias.

vol1=vol 2=vol 3=TDH ×Qmáx


3
L m
Qmáx=37,26 =3219,26
s dia
vol1=vol 2=vol3=4 ×3219,26
vol1=vol 2=vol3=12.877,04 m ³
vol
Asup1= Asup2=Asup 3=
H
12.877,04
Asup1= Asup2=Asup 3=
1
Asup1= Asup2=Asup 3=12.877,04 m ²

Lagoa quadrada → L=B=√ Asup


41

L=B=√12.877,04
L=B=113,47 m≅ 115 m

Asup=L × B
Asup=115 ×115
Asup corrig .=13225 m ²
vol= Asup× H
vol=13225 ×1
volcorrig .=13225 m³

Comparando os limites legais para lançamento de efluentes, conforme as


resoluções CONAMA supracitada alhures, gerou-se as tabelas 5 e 6.

Tabela 5 - Limites de lançamento e dados do efluente após tratamento.


Concentração após o Limites para Resulta
Parâmetros
tratamento (mg/L) lançamento do
DBO 42,50 120 OK
NT 12,96 20 OK
Coli.Termotoler
0,04628 NMP/100 ml 1000 OK
antes
P 1,74 - OK
SS 55,54 100 OK

Tabela 6 - Dados do efluente após a mistura e os limites do CONAMA 357.


Concentraç
ão após Limites para Classe II (CONAMA Resulta
Parâmetros
mistura 357)(mg/L) do
(mg/L)
DBO 12,77 10 NÃO OK
42

NT 4,49 3,70 NÃO OK


Coli.Termotolera 914.79
1000 OK
ntes NMP/100ml
P 0,24 0,10 NÃO OK
SS 96,21 100 OK

5.5. Avaliação de impacto de lançamento: esgoto in natura e após


tratamento.

Os cálculos da autodepuração foram realizados conforme disposto na tabela


7.

Tabela 7 - Parâmetros para o cálculo da autodepuração.


Qr (L/s) 400
DBO5r (mg/L) 10
Rio ODr (mg/L) 6
ODsat (mg/L) 7,8
k2 3
Velr (m/s) 0,35
Qe (L/s) 37,26
DBO5e (mg/L) 250
Efluente antes do tratamento
ODe (mg/L) 0
k1 0,30
Qe (L/s) 37,26
DBO5e (mg/L) 42,50
Efluente após o tratamento
ODe (mg/L) 0
k1 0,30

5.5.1. Determinação da concentração máxima de OD durante a autodepuração


Esgoto in natura
43

Qr ×ODr +Qe ×ODe


C 0=
Qr+Qe
400 ×6+ 37,26× 0
C 0=
400+ 37,26
mg
C 0=5,4887
L

D 0=Cs−C 0
D 0=7,80−5,4887
mg
D 0=2,3113
L

Qr × DBOr+Qe × DBOe
DBO 0=
Qr +Qe
400× 10+37,26 ×250
DBO 0=
400+37,26
mg
DBO 0=30,4509
L
−k 1 ×5
kt =1 /(1−e )
1
kt= −0,30× 5
1−e
kt=1,2872
L 0=DBO 0 × kt
L 0=30,4509 ×1,2872
mg
L 0=39,1965
L

tc=
1
k 2−k 1 { [
× ln
k2
k1
× 1−
(Cs−C 0)×(k 2−k 1)
L0×k1 ]}
tc=
1
3−0,30
× ln { [
3
0,30
× 1−
( 7,80−5,4887 ) × ( 3−0,30 )
39,1965× 0,30 ]}
tc=0,5726 dias
k1
Dc= × L 0× e−k 1 ×tc
k2
0,30 −0,30 × 0,5726
Dc= ×39,1965 ×e
3
44

mg
Dc=3,3009
L

Cc=Cs−Dc
Cc=7,80−3,3009
mg
Cc=4,4990
L

mg mg
Cc=4,4990 <5 →CRÍTICO !
L L
A concentração máxima de oxigênio dissolvido está abaixo do limite
permitido, conclui-se, portanto que o lançamento de esgoto in natura causaria sim,
impacto ao rio, sendo que a vida aquática encontraria um ambiente alterado e com
condições insuficientes à sua sobrevivência dada a baixa quantidade de oxigênio
dissolvido (OD) no ponto de lançamento.

5.5.2. Determinação da concentração máxima de OD durante a autodepuração


Esgoto após tratamento na ETE

Qr ×ODr +Qe ×ODe


C 0=
Qr+Qe
400 ×6+ 37,26× 0
C 0=
400+ 37,26
mg
C 0=5,4887
L

D 0=Cs−C 0
D 0=7,80−5,4887
mg
D 0=2,3113
L
Qr × DBOr+Qe × DBOe
DBO 0=
Qr +Qe
400× 10+37,26 × 42,50
DBO 0=
400+37,26
45

mg
DBO 0=12,7694
L

kt =1 /(1−e−k 1 ×5 )
1
kt=
1−e−0,30× 5
kt=1,2872

L 0=DBO 0 × kt
L 0=12,7694 × 1,2872
mg
L 0=16,4367
L

tc=
1
k 2−k 1 { [
× ln
k2
k1
× 1−
(Cs−C 0)×(k 2−k 1)
L0×k1 ]}
tc=
1
3−0,30
× ln { [
3
0,30
× 1−
( 7,80−5,4887 ) × ( 3−0,30 )
16,4367× 0,30 ]}
tc=0 dias

mg
C 0=Cc=5,4887
L

mg mg
Cc=5,4887 >5 → OK !
L L

Fica configurado, portanto que após o tratamento do efluente, o mesmo já


está em condições de manter a vida aquática no ponto de seu lançamento.
6. CONCLUSÃO
Conclui-se que, na simulação, para a vazão de esgoto gerada pela população
em questão, o tratamento primário não é indispensável, visto que alguns nutrientes
ainda ficaram acima do limite de aceitação das resoluções do CONAMA. Outra
46

alternativa seria a adoção de um método mais eficiente no tratamento secundário.


47

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT NBR 12209. ABNT NBR 12209:2011 - Elaboração de projetos hidráulico-


sanitários de estações de tratamento de esgotos sanitários. Associação
Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, p. 60. 2011.
ABNT NBR 9649. ABNT NBR 9649:1986 - Projeto de redes coletoras de esgoto
sanitário. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, p. 7. 1986.
CONAMA. RESOLUÇÃO No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 - Dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento
de efluentes, e dá outras providências. CONSELHO NACIONAL DO MEIO
AMBIENTE. Brasília, p. 27. 2005.
CONAMA. RESOLUÇÃO No 430, DE 13 DE MAIO DE 2011 - Dispõe sobre as
condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a
Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente-CONAMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Brasília, p. 9.
2011.
FUNASA. Manual de Saneamento. 4ª. ed. Brasília: Ministério da Sáude - Fundação
Nacional de Saúde, 2015.
JUNGLES, M. K. Dissetação: TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO EM
LAGOA DEMATURAÇÃO COM BIOFILME. Universidade Federal de Santa
Catarina. FLORIANÓPOLIS, p. 151. 2007.
KALLER, T. J. J.; MAAS, J. A. W.; ZWAAG, R. R. Transfer and acceptance of UASB
technology for domestic wastewater: Two case studies. Water Science and
Technology, London, v. 39, n. 5, p. 219-225, 1999.
NETTO, A. et al. Hidrometria. Processos de medidas hidráulicas. In: NETTO, A., et
al. MANUAL DE HIDRÁULICA. 8ª. ed. São Paulo: Editora Edgard Blücher LTDA.,
2000. p. 423-464.
OLIVEIRA, S. M. A. C. Tese: Análise de desenpenho e confiabilidade de
estações de tratamento de esgotos. UFMG. Belo Horizonte, p. 232. 2006.
OLIVEIRA, S. V. W. B. D. Tese: Modelo para tomada de decisão na escolha de
sistema de tratamento de esgoto sanitário. USP. São Paulo, p. 197. 2004.
PIMENTA, D. F. N. Saneamento II - Tratamento Preliminar. Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais. Poços de Caldas, MG, p. 37. 2015.
SAMPAIO, L. F. S.; MENDONÇA, L. C. Desempenho de um sistema de lagoas de
estabilização, localizado em São Cristóvão, SE - Brasil, no tratamento de
esgotos domésticos. VIII Simpósio Ítalo Brasileiro de Engenharia Sanitária e
Ambiental – SIBESA. Fortaleza: [s.n.]. 2006. p. 1-5.
48

8. ANEXO
Imagens de uma Estação de tratamento de esgoto, composta por
gradeamento, calha Parshall, Reator UASB e Lagoas de polimento. Projeto e
renderização das imagens realizadas por Filipe Dantas.
49
50

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