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PREFEITURA MUNICIPAL DE PETRÓPOLIS


SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA
EMERGÊNCIAS E DESASTRES
SOCIOAMBIENTAIS
(Revisão 2024/2026)
1

PREFEITURA DE PETRÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

Plano de Contingência para Emergências e Desastres


Socioambientais
2024/2026
RUBENS JOSÉ FRANÇA BOMTEMPO
Prefeito do Município de Petrópolis

MARCUS ANTONIO CURVELO DA SILVA


Secretário Municipal de Saúde

KATIA ALBUQUERQUE CERQUEIRA


Superintendente Hospitalar e de Urgência e Emergência.

CARLOS ALBERTO PEREIRA DA SILVA


Superintendente de Planejamento e Apoio á Gestão

MICHELE BERNARDO LAGO FIRME


Superintendente de Administração Finanças e Recursos Humanos

CLAUDIA CARVALHO RESPEITA DA MOTTA


Superintendente de Atenção à Saúde

ALESSANDRA SAUAN DO ESPIRITO SANTO CARDOSO


Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde

SIMONE SISNANDO CASAL


Coordenadora de Vigilância Ambiental e VIGIDESASTRE

ALESSANDRA COUTINHO PAINS MANHÃES


Coordenadora de Vigilância Epidemiológica

LUANA DE SOUZA LOPES DE MELO


Diretora do Departamento de Atenção Básica

DÉBORA FONTES CORREIA


Gerente do Núcleo de Assistência Farmacêutica

OSWALDO ALBERTO FILHO


Diretor do Departamento de Saúde Mental
2

Equipe de Elaboração do Plano:

KATIA ALBUQUERQUE CERQUEIRA


Superintendente Hospitalar e de Urgência e Emergência

CARLOS ALBERTO PEREIRA DA SILVA


Superintendente de Planejamento e Apoio á Gestão

CLAUDIA CARVALHO RESPEITA DA MOTTA


Superintendente de Atenção à Saúde

ALESSANDRA SAUAN DO ESPIRITO SANTO CARDOSO


Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde

SIMONE SISNANDO CASAL


Coordenadora de Vigilância Ambiental e VIGIDESASTRE

ALESSANDRA COUTINHO PAINS MANHÃES


Coordenadora de Vigilância Epidemiológica

LUANA DE SOUZA LOPES DE MELO


Diretora do Departamento de Atenção Básica
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Sumário

INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 5
Perfil Demográfico da População.................................................................................. 5
Determinantes Ambientais e Aspectos Geográficos.................................................... 6
Justificativa.................................................................................................................. 9
Objetivo Geral.............................................................................................................. 10
Objetivos Específicos.................................................................................................. 10

1 HISTÓRICO DOS DESASTRES SOCIOAMBIENTAIS NO MUNICÍPIO................. 12


1.1 HISTÓRICO RECENTE DE DESASTRES ......................................................... 13

2. DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE .................................................. 17


2.1 COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA .................................. 17
2.2. COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL ............................................. 40
2.3 COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ................................................ 43
2.4 CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR (CEREST) .......... 44

3. REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE ........................................................................... 46


3.1 SUPERINTENDÊNCIA DE ATENÇÃO À SAÚDE .................................................. 46
3.1.1 Departamento de Atenção Básica ...................................................................... 47
3.1.2 Centro de Saúde ................................................................................................ 48
3.1.3 Departamento de Saúde Mental ......................................................................... 48
3.1.4 Coordenadoria Geral de Média Complexidade ................................................... 49
3.1.5 Núcleo de Assistência Farmacêutica ................................................................. 49
3.1.6 Coordenadoria Geral de Áreas técnicas ............................................................ 53
3.2 SUPERINTENDÊNCIA HOSPITALAR E DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ......... 53

4. OPERACIONALIZAÇÃO DO CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA EM 58


SAÚDE (COES)………………………………………………………………………………
4.1 Organização do Comitê Operativo de Emergência – COE..................................... 58
4.2 Sala de Situação..................................................................................................... 59
4.3 Sistema de Alerta.................................................................................................. 59
4.4 Matriz de Responsabilidade.................................................................................. 60

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................... 72
4

Anexo I - Mapa do Município de Petrópolis por Distritos............................................... 73


Anexo II - Rede Municipal de Saúde.............................................................................. 74
Anexo III - Relação dos Pontos de Apoio................................................................................. 75
Anexo IV - Local de Instalação das Sirenes de Alerta e Pontos de Apoio..................... 76
Anexo V - Fluxograma de Acionamento para Atendimento a Vítimas em Situação de
Desastres...................................................................................................................... 77
Anexo VI – Fluxo de Acionamento da Central de Regulação Médico das Urgências
(SAMU 192)................................................................................................................. 78
Anexo VII - Fluxograma da Atenção Básica para Desastres Ambientais..................... 79
Anexo VIII – Relação de Unidades Básicas de Saúde Endereços.............................. 80
Anexo IX - Relação de Unidades Básicas com Estratégia Saúde da Família
Endereços..................................................................................................................... 81
Anexo X - Referências para abertura das Unidades em Emergências.................................. 84
Anexo XI - Gerentes e Encarregados da Atenção Básica....................................................... 86
Anexo XII - Gerentes e Encarregados de UBS......................................................................... 88
Anexo XIII - Investigação e busca ativa nos abrigos do município......................................... 89
Anexo XIV- Monitoramento Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica............................. 90
Anexo XV - Fluxograma da Vigilância Epidemiológica......................................................... 91
5

INTRODUÇÃO:

Desastre, hoje, se considera a qualificação e a quantificação dos danos


humanos e materiais após a ocorrência de um fenômeno natural (chuvas intensas
ou prolongadas, deslizamentos e etc.). Na perspectiva da saúde pública, os
desastres se definem por seu efeito sobre as pessoas e sobre a infraestrutura dos
serviços de saúde. Os principais efeitos de um desastre sobre a saúde humana são
ferimentos, óbitos, traumatismos, surtos e epidemias por doenças decorrentes de
um desastre ou pela exposição climática após um evento. Desastres de grande
magnitude podem provocar transtornos psicossociais para a população afetada;
muitas vezes, mais graves que os danos físicos e perduram no tempo se não forem
bem manejados (BRASIL, 2011).
Entre os desastres de origem natural no Brasil, as inundações são as que
ocorrem com maior frequência, tendo como característica relevante a possibilidade
de abranger uma grande área. Em decorrência da ação do homem sobre o
ambiente esse fenômeno passa a se constituir uma ameaça que pode trazer danos
e prejuízos à medida que os efeitos interferem no bem estar da sociedade. Quando
a inundação ocorre de forma brusca, a mesma figura-se entre os desastres que
proporcionam maiores danos à saúde e ao patrimônio público, além de causar
óbitos e traumas (BRASIL, 2011).
É possível preparar a sociedade para evitar, minimizar ou enfrentar esses
eventos, mediante o reconhecimento prévio das condições de risco e facilitando o
uso racional de recursos do setor saúde. Diante desse contexto, ressalta-se a
importância de que municípios potencialmente expostos a ameaças que
apresentam maior resiliência, ou seja, que tenham capacidade de adaptar se de
forma a manter um nível de organização e estrutura adequada para funcionamento
conseguem reduzir os riscos de desastres e responder com mais eficácia aos
efeitos decorrentes desses.

Perfil demográfico da população

Petrópolis localiza-se a aproximadamente 70 km ao norte da cidade do Rio


de Janeiro capital do Estado, entre as coordenadas: latitude - 22º30’17” S e
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longitude - 43º10’56” O, situada na serra do mar em altitude média de 845m e


apresenta encostas variando de 5°e 80° de declividade.
A extensão territorial é de 795.799 km2, representando 1,75% da área do
Estado do Rio Janeiro e 11,17% da região serrana, distribuídos em 5 distritos da
seguinte forma:
1º distrito - Centro: 136, 58 Km2
2º distrito - Cascatinha: 261, 70 km2
3º distrito - Itaipava: 115,57km2
4º distrito - Pedro do Rio: 200,57km2
5º distrito - Posse: 60,17km2

De acordo com o IBGE, a população estimada de Petrópolis em 2021 é de


307.144 habitantes, divididas pelos distritos conforme a tabela 1.
Tabela 1 - Estimativa da população local
Estimativa do IBGE para 2021
1º DISTRITO 192.928
2º DISTRITO 67.400
3º DISTRITO 20.804
4º DISTRITO 14.613
5º DISTRITO 10.983
TOTAL 307.144
Fonte: Elaboração própria com base nos
dados do IBGE de 2010 e 2021

Apresenta densidade demográfica de 385,37 habitantes/km2, com 94,36% da


população na área urbana e 5,4% na área rural. Tendo vias de acesso
exclusivamente terrestre através da BR 040 (Rodovia Washington Luiz), Estrada
Velha da Estrela, e Estrada União e Indústria.

Determinantes Ambientais e Aspectos Geográficos

A Área de Proteção Ambiental da Região Serrana de Petrópolis (APA


Petrópolis) está localizada na porção centro-oeste do Estado do Rio de Janeiro.
Abrange em sua maior parte áreas urbanas e rurais do município de Petrópolis e,
parte dos municípios de Duque de Caxias, Magé e Guapimirim. Encontra-se dentro
da área de distribuição da chamada Floresta ou Mata Atlântica.
Os principais problemas existentes em Petrópolis, que são comuns a outros
municípios da região, estão relacionados com as atividades conflitantes que
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ocorrem em seu interior. Dentre elas, destacam-se as expansões urbanas, que têm
levado a uma ocupação desordenada do solo e desmatamento descontrolado,
principalmente de áreas de encosta, causando risco de deslizamentos e levando a
frequentes catástrofes, ocasionadas principalmente pelas chuvas de verão. Embora
não muito frequentes (0,5% da área total da APA), as atividades agrícolas também
contribuem para a degradação do solo, dos mananciais hídricos, desmatamento e
voçorocas, decorrentes de práticas agrícolas inapropriadas, pecuária extensiva e
queimadas de pastagens.
Apresenta chuvas concentradas nos meses que vão de novembro a
março, possuindo áreas com índices pluviométricos de aproximadamente
2.200mm anuais.
Dado a sua geomorfologia caracteriza-se por constantes movimentos de
massa, principalmente deslizamentos, onde se encontra o maior número de
perdas humanas, seguido de muitos prejuízos financeiros.
Com o crescimento desordenado durante décadas, no qual houve
diversas construções executadas em áreas de risco, muitas pessoas ainda são
afetadas pelas inundações e deslizamentos de encostas, apresentando um
cenário preocupante.
Outro grave problema que enfrentamos é quanto ao descarte adequado do
lixo. Embora Petrópolis tenha um percentual alto de domicílios atendidos pela
Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis - COMDEP, a coleta não
se mostra totalmente satisfatória e o acondicionamento do lixo pelos munícipes é,
algumas vezes, inapropriado. Por esses motivos, não é raro vermos lixo espalhado
pela rua, principalmente, próximo às caçambas de coleta. Não há uma coleta
seletiva difundida no município. Ela ocorre somente em poucos bairros e não há
uma sensibilização da população para praticá-la, o que dificulta o reaproveitamento
de resíduos recicláveis. Um problema grave no município é a quantidade de lixo
jogado nos rios. Com o tempo este lixo vai se acumulando, provocando o
assoreamento do rio. Quando ocorrem chuvas de grande intensidade, a
capacidade de escoamento do rio diminui e provoca alagamento nas margens,
causando enchentes e graves prejuízos para as pessoas que moram nas
proximidades.
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Bacias Hidrográficas: Piabanha e Estrela-Inhomirim.

Clima: Segundo a classificação climática proposta por Nimer (1989) se classifica


como mesotérmico brando superúmido, com precipitação média anual de 2.200
mm e temperaturas inferiores a 18 graus no inverno e acima de 21 graus no verão
com umidade atmosférica em torno de 83% ao longo do ano.

Relevo: A área urbana se insere na região das escarpas e reversos da Serra do


Mar, em uma das quatro unidades que compõe essa região, Unidade
Geomorfológica da Serra dos Órgãos (Radam, 1883).

Trata-se de área resultante de desdobramentos, reativações de falhas


tectônicas e remobilização de blocos. A topografia esses condicionamentos
geológicos predominantes, e em toda a sua extensão são registrados vales
alongados, segmentos de drenagem retilíneos, maciços graníticos, linhas de cristais
e cumeadas paralelas, relevos com grandes desníveis altimétricos, escarpas
íngremes e alvéolos intermontanos (Impactos Ambientais Urbanos no Brasil –
Guerra e Cunha, 2004).
As Rochas apresentam-se intensamente seccionadas por fraturas e falhas de
extensão regional e são constituídas por migmatitos e granitóides da Idade Pré-
Cambriana e geomórficamente observa-se a seguinte distribuição:

 Unidade Santo Aleixo – 21,2% da extensão territorial do município


caracterizada por topografia bem acidentada e com morros alongados, com
encostas bastante inclinadas formando paredões desnudos.
 Unidade Bingen – 61,58% de área. Caracterizada pela presença de serras
alinhadas e assimétricas com vertentes íngremes e rochosas, paredões
lisos muito escarpados e verticalizados.
 Unidade Batólito Serra dos Órgãos – É frequente a presença de paredões
escarpados, com rocha exposta, morros de forma arredondada.
 Unidade Granito Andorinha – Caracteriza-se por vertentes arredondadas e
convexas. Sustentam morros e colinas, freqüentemente coberto por
matações, bem como os picos mais altos da região – Pedra do Sino e
Pedra Açú (DRM, 1981).
9

 Vegetação: O projeto RADAM (1983) subdividiu a mata atlântica em


diversos tipos florestais, que receberam a denominação de Floresta
Ombrófita Densa. Na área de Petrópolis ainda foram reconhecidos 4
subtipos por altitude:

 Floresta Sub Montana - entre 50 e 500m de altitude, possui além de estrato


arbóreo de até 25-30m, orquídeas, bromélias e lianas.

 Floresta Montana – Localiza-se entre 500 e 1.500m de altitude. Estrato


arbóreo de 25m de altura, com presença de palmito, samambaiaçu e xaxim,
além de grande quantidade de epífitas e lianas. É a porção mais atingida
pelo desmatamento. Inserida na malha urbana, na forma de pequenas ilhas.

 Floresta Alto Montana – Localiza-se em altitude superior a 1.500m. Estrato


arbóreo de 5 a 10m de altura.

 Vegetação Secundária – Substitutiva à vegetação original derrubada para o


desenvolvimento de horticultura, pastagens e exploração madeireira.
Caracteriza- se pela presença de capoeiras e capoeirões além do capim
melado e gordura. Essas áreas são mais propensas a movimentos de
massa por não desenvolverem estratos arbóreos e raízes profundas que
possibilitam proteção do solo contra chuvas mais intensas

JUSTIFICATIVA

Anualmente o Município de Petrópolis sofre com as chuvas fortes, devido


as suas características climáticas e geomorfológicas. Possui propensão natural
aos movimentos de massa e o constante assoreamento dos rios. As construções
em sua área de leito maior, também favorecem as enchentes.
Quando a precipitação pluviométrica tem sua maior concentração nas
áreas do 1º e 2º Distritos, onde se encontra um relevo mais abrupto e a maior
densidade populacional do Município, os deslizamentos são os eventos mais
freqüentes e incorrem freqüentes perdas humanas.
Já quando a concentração de precipitação se dá nos demais distritos onde
o relevo se torna mais ameno e diminui a densidade populacional, já se
obtém maior incidência de enchentes e menor freqüência de perdas humanas.
10

Em todas as áreas do Município já foram registrados casos de


deslizamentos e/ou enchentes ao longo das décadas, sendo que a partir da
década de 60, onde se intensificou o crescimento populacional e o
empobrecimento da população, o que fez com que as encostas fossem mais
duramente ocupadas, os movimentos de massa aumentaram em número e em
gravidade de conseqüências.
O Plano de Contingências para Emergências e Desastres Socioambientais,
tem como princípio definir ações orientadas para planejar, organizar e
melhorar a capacidade de resposta do setor saúde frente aos prováveis eventos
adversos, assim como, minimizar os agravos à população, danos às unidades de
saúde e ao funcionamento do SUS.

OBJETIVO GERAL:
Propor padrões de procedimentos e informação de forma intra e inter-setorial,
para otimizar o atendimento às vítimas de desastres naturais e demais
populações, e tomar medidas de identificação, avaliação e intervenção nas áreas
de risco previamente conhecidas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Criar Grupo de Trabalho COE (Comitê Operativo de Emergências) desta
Secretaria, que atue como referência das ações emergenciais a serem
realizadas;
 Identificar, em conjunto com outras instituições, as vulnerabilidades do
município com a finalidade de mapear as possíveis áreas de risco
 Planejar as ações emergenciais da área de saúde e de seus profissionais
para apoio operacional;
 Coordenar os eventos das ações de saúde relacionadas às necessidades
das vítimas;
 Fortalecer e garantir o atendimento pré-hospitalar e hospitalar;
 Estabelecer e fortalecer fluxos de atendimento para os agravos;
 Promover parceria junto aos órgãos de resposta envolvidos com o socorro
das vítimas;
 Intensificar as ações para a promoção da atenção psicossocial;
11

 Promover campanhas de vacinação e educativa, priorizando as áreas


envolvidas;
 Planejar medidas relacionadas ás vigilâncias: epidemiológica e ambiental,
que possam oferecer riscos à saúde das pessoas residentes nas áreas
afetadas;
 Fortalecer e direcionar os meios de comunicação;
 Promover reuniões técnicas a fim de que se possam avaliar as ações já
realizadas assim como planejar outras ações a serem desenvolvidas;
 Avaliar a possibilidade da ocorrência de fatores de riscos biológicos
(vetores) e riscos não biológicos (água para consumo humano), dentre
outras ações de vigilância em saúde ambiental;
 Avaliar as ações realizadas e emitir relatórios das ocorrências,
periodicamente para a Secretaria Municipal de Saúde.
12

2. HISTÓRICO DOS DESASTRES SOCIOAMBIENTAIS NO MUNICÍPIO

O regime de chuvas da cidade é conhecido pelo atual sistema de


observações meteorológicas, coletadas através da rede de monitoramento do
Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que mostra que o período chuvoso ocorre,
principalmente, de dezembro a março e de forma concentrada em poucos dias,
geralmente associado à entrada de sistemas frontais, prevalecendo chuvas
superiores a 50 mm.
Na medida em que se expande o processo de urbanização, aumenta também
a preocupação com os impactos dos desastres naturais e antrópicos sobre a
sociedade, os quais podem causar diferentes danos à vida humana, como:
elevados números de mortos e feridos, altos índices de desabrigados, prejuízos
econômicos, impactos sociais, perdas do meio ambiente, etc.
Muitos destes problemas urbanos refletem-se nos desastres que anualmente
ocorrem nesta cidade, como os movimentos de massa, as inundações bruscas,
dentre outros, expondo os munícipes a um aumento considerável dos riscos em
todas as regiões do município de Petrópolis que passam por um intenso processo
de crescimento físico e populacional, de característica desordenada e com
aumento da vulnerabilidade.

Deslizamentos de Grande Impacto

Locais - Quitandinha, Duques, Independência, São Sebastião, Siméria,


Valparaíso, Dr. Thouzet, Alto da Serra, Morin, Vila Felipe, Chácara Flora,
Sargento Boening, Centro, 24 de Maio, Floresta, Caxambu, Quissamã, Estrada da
Saudade, Bingen, Mosela, Duarte da Silveira, João Xavier, Pedras Brancas,
Quarteirão Brasileiro, Atílio Marotti, Retiro, Vale dos Esquilos, Carangola, Jardim
Salvador, Roseiral, Itamarati, Provisória, Alcobacinha, Nova Cascatinha,
Cascatinha, Glória, Frias, Castelo São Manoel, Corrêas, Calembe, Nogueira,
Moinho Preto, Fazenda Inglesa, Araras, Vale das Videiras, Mata Cavalo, Itaipava,
Madame Machado, Gentio, Cuiabá, Santa Mônica, Pedro do Rio, Vila Rica,
Posse, Brejal.

Obs. Estes locais foram apontados de acordo com o histórico de desastres e m


13

Petrópolis, com o Plano Municipal para Redução de Desastres.

Descrição - As regiões citadas são densamente habitadas e caracterizadas por


topografia acidentada. Na parte alta, localizam-se áreas de ocupações irregulares,
e, nas áreas baixas, edificações às margens de rios. Em sua maioria, os imóveis
apresentam baixos padrões construtivos e estruturas inadequadas aos seus
locais de implantações, desprovidos de sistemas de captação de águas pluviais
ou de elementos de estabilizações dos taludes de cortes.

1.1 Histórico Recente de Desastres

Petrópolis está exposta a diversas ameaças, dentre as quais destacamos


as relacionadas ao incremento das precipitações hídricas como: movimentos de
massa, alagamentos, enxurradas e enchentes que ocorrem, principalmente, durante
os verões.
Fundada em 1843, Petrópolis possui registros de inundações a partir de 1850,
com recorrência em quase todos os verões. No século XX, se destacaram pela
intensidade e magnitude as inundações ocorridas nos anos de 1930, 1945, 1947,
1966, 1988, 2011 e 2022. O Atlas Brasileiro de desastres naturais registra em
seu volume “Rio de Janeiro” (2013) 28 desastres ocorridos em Petrópolis entre 1991
e 2010, sendo cinco inundações graduais, seis inundações bruscas e 17
movimentos de massa.
Um dos graves desastres naturais ocorreu entre o dia 11 e madrugada do
dia 12 janeiro de 2011. O município de Petrópolis sofreu um forte impacto
hidrometeorológico que ocasionou uma enxurrada com inundação brusca,
causando diversos danos. Este evento natural ocorreu em um pequeno espaço de
tempo, indicado pelo acúmulo pluviométrico de 230 mm, em apenas duas horas,
depositando elevado volume de material sólido sobre as vias, impossibilitando
totalmente as condições operacionais para atendimento e assistência, frente à
anormalidade criada nas áreas afetadas, pois, quanto mais se avançava em meio
ao cenário de destruição, mais se visualizava novas necessidades de intervenções
e de atendimento acima da capacidade do Sistema Municipal de Defesa Civil. A
predominância dos eventos hidrometeorológicos e o somatório de ocorrências
14

geraram perdas humanas, materiais e ambientais, causando elevados e variados


prejuízos econômicos, sociais e ambientais.
Várias ocorrências de pequenos movimentos de massa e inundações não
foram computadas como desastres, mas fazem parte de uma triste estatística do
município.
No presente ano, segundo o Cemaden, foram registrados 259,8 milímetros
de chuva durante o dia todo em 15 de fevereiro de 2022, sendo que 250 milímetros
de chuva foram somente entre 16h20 e 19h20. E, no dia 20 de março de 2022,
foram registrados 534,4 milímetros. Na primeira ocorrência, durante o evento, o
responsável pela Superintendência de Informações Estratégicas de Vigilância em
Saúde (SIEVS) da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro fez contato
telefônico com a direção do Departamento de Vigilância em Saúde (DEVISA), para
verificar o rumor, e em seguida a diretora do DEVISA enviou um e-mail ao SIEVS
comunicando oficialmente a ocorrência do evento no município. No dia seguinte ao
evento, foi instituído na Casa da Educação no município o Centro de Operações de
Emergência em Saúde (COES), com articulação entre três secretarias (Saúde,
Educação e Assistência Social). No segundo dia de ações a equipe do
VIGIDESASTRE do Ministério da Saúde e equipe do SIEVS se juntou ao COES
instituído na Casa da Educação. A partir deste momento, a direção do DEVISA em
conjunto com os coordenadores das Vigilâncias: Coord. Vigilância Epidemiológica
(COVIEP), Coord. Vigilância Ambiental (COVIAMB), Coord. Vigilância Sanitária
(COVISA) e Chefia do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST/
Vigilância em Saúde do Trabalhador), organizaram e implementaram ações que
foram além do previsto no Plano de Contingência para Emergência e Desastres
Socioambientais do município 2020-2022.
Todas as ações das quatro vigilâncias municipais foram fortalecidas pelas
equipes da SIEVS da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, da
Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (SVEA) da Secretaria
de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, e da Superintendência de Vigilância
Sanitária (SUVISA) também do Rio de Janeiro, bem como a equipe do
VIGIDESASTRE do Ministério da Saúde, e em um segundo momento equipes das
vigilâncias do Departamento de Vigilância Epidemiológica e do Departamento de
Vigilância Ambiental/MS e EPISUS/MS. Todas as ações que serão descritas a
seguir, foram realizadas em conjunto pelas três esferas do SUS. Todas as
15

equipes participaram das reuniões iniciais e de fechamento do dia (Briefing e


debriefing). Foi instituído um fluxo de informações com a superintendência de
Planejamento do município, sendo implantado um painel no site oficial da
prefeitura. Na ocorrência do segundo desastre natural, todas as equipes
municipais já estavam preparadas para as ações devido à experiência do primeiro
desastre, assim, não foi necessária a presença no município das equipes do
estado do Rio de Janeiro e do Ministério da Saúde, nem de envio de veículo e
material. Contudo, a comunicação entre as áreas foi restabelecida, principalmente
para relato e registro do ocorrido no município através de reuniões online.

ATUALIZAÇÃO DOS ÚLTIMOS DEZ ANOS


2013 – Chuvas em todo o município, no bairro independência 466 famílias
necessitaram aluguel social. Foram montados 15 abrigos em todos os distritos
menos no V, tivemos 34 óbitos e 49 feridos além de 1064 desabrigados e 1120
desalojados.
2016 – No primeiro distrito no dia 19/01/2016, no bairro quitandinha foram
constatados 02 mortos e 02 feridos, sem desabrigados e com 217 famílias de
desalojados totalizando 735 pessoas.
No dia 14/11/2016 – ocorreu movimento de massa com 28 famílias
desalojadas e 37 famílias desabrigadas, tivemos 02 mortes, uma no caxambu e
uma na Posse.
2017 – Uma imensa cratera se abriu na rodovia BR-040, tragando um imóvel
no dia 07/11/2017. Foram desalojadas 50 famílias em um total de 140 pessoas
Localidade: ZIZINHO, depois do motel Play Love.Por prevenção foram removidas
34 famílias, totalizando 103 pessoas, os custos couberam à CONCER.
2018 – Nos bairros Caxambú e Bela Vista tivemos 45 famílias desalojadas e
43 famílias no bairro Posse com duas mortes, um total de 105 famílias atingidas.
No 01 e 02 distritos tivemos no primeiro 17 famílias desalojadas num total de 60
pessoas; no terceiro distrito foram 88 famílias desalojadas num total de 277
pessoas.
2019- Ocorreram dois desplacamentos de rochas, um em janeiro no distrito
da Posse e um em setembro,no bairro Vista Alegre, em Corrêas.No mês de
outubro uma pequena inundação no bairro Vila Rica.
2020- Até o momento a maior parte de eventos sinistros foram incêndios
16

espalhados por vários bairros da cidade.


Os maiores desafios couberam à SAS – Secretaria de Assistência Social,
responsável por triagem e aluguel social.
2022- Foram 2 ocorrências importantes, sendo a primeira no mês de fevereiro
quando uma tempestade inesperada com 259,8mm de chuva caiu sobre a cidade
em apenas 3 horas; e a segunda no mês de março quando foram registrados
534,4mm de chuva. Totalizando 775 deslizamentos de terra em toda a cidade,
diversas ruas alagadas, 1491 pessoas desabrigadas e 241 mortes.

Inundações

Locais - Centro, Quitandinha, Bingen, Corrêas, Nogueira, Itaipava, Pedro do Rio


e Posse.

DESCRIÇÃO - Os principais rios de escoamentos e drenagens de Petrópolis,


considerando suas extensões e volumes, são: Quitandinha, Palatinato, Santo
Antônio, Bonfim e Piabanha.

MONITORAMENTO E ALERTA - O monitoramento dos rios em Petrópolis é


realizado pelo Inea, através das suas estações hidrológicas localizadas nos
bairros Alto da Serra, Bingen, Coronel Veiga, Centro, Corrêas e Itaipava, além
dos diversos pontos pluviométricos distribuídos nos demais bairros do município.

Alagamentos

LOCAIS - Centro, Quitandinha, Bingen, Corrêas, Nogueira, Itaipava, Pedro do Rio


e Posse.

DESCRIÇÃO - O município, por apresentar um relevo acidentado, encravado em


vales de águas (talvegues) e com diversos pontos de elevação (morros), torna-se
propício a concentrar pontos que recebem as águas que descem desses morros
formando enxurradas, vindo a se acumular nas partes mais baixas.

A população do município, tanto a que reside nas áreas de risco citadas


acima, quanto a que transita nestas áreas, está em situação de vulnerabilidade na
ocorrência dos eventos de alagamentos e inundações.
17

2. DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Em 2017 com a reforma administrativa foi instituído o Departamento de


Vigilância em Saúde. Antes da reforma a vigilância era constituída pela
Coordenação de Epidemiologia e Coordenação de Vigilância Sanitária. Após a
reforma, foram criadas as seguintes Coordenadorias que estão subordinadas ao
Departamento de Vigilância em Saúde: Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica
(COVIEP), Coordenadoria de Vigilância Ambiental (COVIAMB), Coordenadoria de
Vigilância Sanitária (COVISA), e o Centro de Referência em Saúde do trabalhador
(CEREST).
Entende-se por vigilância em saúde o processo contínuo e sistemático de
coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre
eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de
medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em
condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção da saúde da
população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças (BRASIL, 2009).

2.1 COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Através de suas ações, a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica


(COVIEP) busca “proporcionar o conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual
ou coletiva, com a finalidade de se recomendar e adotar as medidas de prevenção e
controle das doenças ou agravos”.
Seu propósito é fornecer orientação técnica permanente para os que têm a
responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e
agravos. Tem como funções, dentre outras: coleta e processamento de dados;
análise e interpretação dos dados processados; divulgação das informações;
investigação epidemiológica de casos e surtos; análise dos resultados obtidos; e
recomendações e promoção das medidas de controle indicadas.

Situação Epidemiológica de Petrópolis

Uma das principais ocorrências epidemiológicas após as inundações é


18

o aparecimento de surtos de a l g u m a s d o e n ç a s . P or conta disso, é


importante que as equipes de saúde monitorem o possível aparecimento dessas
doenças dentre elas, leptospirose, doenças diarreicas, arboviroses, doenças
exantemáticas, síndromes gripais, febre maculosa, acidentes com animais
peçonhentos, acidentes por mordedura de animais entre outros.
Doenças como a diarreia podem ocorrer por conta da ingestão de água e
alimentos contaminados. O deslocamento da população de suas residências e a
estadia temporária em alojamentos e abrigos, com uma grande quantidade de
pessoas convivendo em um mesmo espaço, pode favorecer a disseminação de
doenças de transmissão respiratória, por exemplo.
O objetivo dessa avaliação primária é garantir que a suspeita diagnóstica e o
tratamento sejam instituídos precocemente, visando à redução da mortalidade por
estas doenças.
As equipes da Coordenadoria de Vigilância E pidemiológica, da
Coordenadoria de Vigilância Ambiental, da Coordenadoria de
V i g i l â n c i a S a n i t á r i a e do Departamento de Atenção Básica devem visitar as
áreas atingidas pela inundação. Esse procedimento tem como objetivo determinar
as características da área e população atingidas, a busca ativa de casos,
encaminhamento de suspeitos e desencadeamento das ações de comunicação e
educação em saúde.
As equipes dos abrigos deverão ser orientadas para que se mantenham em
alerta no sentido de encaminhar para assistência médica imediata, todos os casos
de síndromes febris que possam vir a ocorrer na população sob sua
responsabilidade.
A equipe da Divisão de Imunização da Coordenadoria de Vigilância
Epidemiológica em parceria com o Departamento de Atenção Básica deverá
avaliar a situação vacinal da comunidade de abrangência, através da
identificação e busca de faltosos, dos grupos expostos aos riscos gerados pela
situação, bem como, verificar o estado vacinal de todos os trabalhadores de
saúde, defesa civil e limpeza urbana e completar o esquema conforme
calendário preconizado pelo Ministério da Saúde.

A) LEPTOSPIROSE
19

É uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição


direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria
Leptospira, que ao penetrar na pele por áreas com lesões, ou em pele íntegra
imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas (nasal e
oral, por exemplo) podem ocasionar a doença. Considerada endêmica no Brasil e
epidêmica em períodos chuvosos, principalmente nas capitais e áreas
metropolitanas.
O período de incubação pode variar de 1 a 30 dias, normalmente ocorrendo
entre 7 a 14 dias a partir da contaminação.
Portanto, deve-se estar alerta à possibilidade de ocorrência de casos e
surtos de leptospirose nas quatro ou cinco semanas que se seguem ao fim da
inundação, com o descenso total das águas.
Em situações de enchente (cujo alerta deve permanecer até 40 dias após a
baixa das águas), “o indivíduo que apresenta sinais e sintomas de processo
infeccioso inespecífico: febre, cefaléia e mialgia e que tenha sido exposto à água
ou lama de enchente nos últimos 30 dias anteriores à data de início dos
sintomas", devem ser monitorados.
Nos quadros graves de leptospirose, onde ocorre icterícia (coloração
amarelada em pele e mucosas), insuficiência renal, hemorragias e alterações
neurológicas, além do protocolo de caso suspeito citado anteriormente a
assistência deverá ser intensiva e a coleta de amostra sanguínea poderá ser
imediata.
GRÁFICO 1. NÚMERO DE CASOS CONFIRMADOS DE LEPTOSPIROSE, 1990 A 2022,
PETRÓPOLIS-RJ

Fonte: SINAN/DEVISA/COVIEP Petrópolis-RJ. Atualizado em: 20/07/2022. Dados


sujeitos a atualização.
20

Quando analisamos a série histórica, podemos verificar que o maior número


de casos confirmados em Petrópolis ocorreu no ano de 2002, 79 casos, ano no qual
o município também foi afetado pelas chuvas. No ano de 2011 a região Serrana foi
afetada por outra chuva, sendo os municípios de Petrópolis, Nova Friburgo e
Teresópolis os mais atingidos. Nesse ano foram registrados 19 casos confirmados
de leptospirose em Petrópolis.
Ao analisarmos o ano de 2021, verificamos que o Brasil registrou 1.612
casos da doença, o Estado do Rio de Janeiro apresentou 84 casos confirmados e
em Petrópolis no mesmo ano tivemos 6 casos confirmados, uma porcentagem de
7.14% no estado e de 0.37% no Brasil. A região Sudeste foi a que exibiu a maioria
dos casos do país, 506 no total. As condições que podem afetar o aparecimento da
doença nessa região são a aglomeração populacional, alta infestação de roedores e
condições inadequadas de saneamento.

b) ARBOVIROSES

DENGUE
A dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e que se manifesta de
maneira variável desde uma forma sintomática, até quadros graves, podendo levar
ao óbito. É a mais importante arbovirose que afeta o homem e vem se
apresentando como sério problema de saúde pública. No Brasil, e também em
outros países tropicais, as condições do meio ambiente favorecem o
desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito transmissor.
A transmissão se dá pela fêmea do mosquito que, após um período de 10 a 12 dias
depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus durante toda a sua
vida e transmitir aos seus descendentes. A dengue não é transmitida de pessoa
para pessoa. O Aedes aegypti procria numa velocidade prodigiosa e o mosquito
adulto vive em média 30 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral
de 3 a 15 dias para a doença se manifestar, sendo mais comum de 5 a 6 dias. Os
vírus são transmitidos por meio da picada do mosquito infectado das espécies
Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, o Aedes aegypti é o único vetor da
dengue.
21

FEBRE DE CHIKUNGUNYA
A chikungunya é uma arbovirose causada pelo vírus chikungunya (CHIKV),
da família Togaviridae e do gênero Alphavirus. A viremia persiste por até dez dias
após o surgimento das manifestações clínicas. A transmissão se dá através da
picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus infectadas pelo
CHIKV. Casos de transmissão vertical podem ocorrer quase que exclusivamente no
intraparto de gestantes virêmicas e, muitas vezes, provoca infecção neonatal grave.
Pode ocorrer transmissão por via transfusional, todavia é rara se os protocolos
forem observados. Não existem tratamento específico nem vacina disponível para
prevenir a infecção por esse vírus. O tratamento sintomático é o indicado. Os sinais
e sintomas são clinicamente parecidos aos da dengue – febre de início agudo,
dores articulares e musculares, cefaleia, náusea, fadiga e exantema. A principal
manifestação clínica que a difere são as fortes dores nas articulações, que muitas
vezes podem estar acompanhadas de edema. A doença pode evoluir em três fases:
aguda, subaguda e crônica. Após o período de incubação inicia-se a fase aguda ou
febril, que dura até o 14º dia. Alguns pacientes evoluem com persistência das dores
articulares após a fase aguda, caracterizando o início da fase subaguda, com
duração de até três meses. Quando a duração dos sintomas persiste além dos três
meses atinge a fase crônica. Nestas fases, algumas manifestações clínicas podem
variar de acordo com o sexo e a idade. Exantema, vômitos, sangramento e úlceras
orais parecem estar mais associados ao sexo feminino. Dor articular, edema e
maior duração da febre são mais prevalentes quanto maior a idade do paciente. A
chikungunya tem caráter epidêmico com elevada taxa de morbidade associada à
artralgia persistente, tendo como consequência a redução da produtividade e da
qualidade de vida (Brasil, 2017). O período de incubação intrínseco, que ocorre no
ser humano, é em média de três a sete dias (podendo variar de 1 a 12 dias). O
extrínseco, que ocorre no vetor, dura em média dez dias. O período de viremia no
ser humano pode perdurar por até dez dias e, geralmente, inicia-se dois dias antes
da apresentação dos sintomas, podendo perdurar por mais oito dias.

ZIKA VÍRUS
A febre por vírus Zika é descrita como uma doença febril aguda, autolimitada,
com duração de 3-7 dias, geralmente sem complicações graves e sem registro de
mortes. A taxa de hospitalização é potencialmente baixa. Até o momento, são
22

conhecidas e descritas duas linhagens do vírus Zika virus (ZIKAV): uma Africana e
outra Asiática. Segundo a literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não
desenvolvem manifestações clínicas, porém quando presentes, a doença se
caracteriza pelo surgimento do exantema maculopapular pruriginoso, febre
intermitente, artralgia, mialgia, dor de cabeça e menos frequentemente, edema, dor
de garganta, tosse, vômitos e hematospermia (sangue no esperma). No entanto, a
artralgia pode persistir por aproximadamente um mês. Recentemente, foi
observada uma possível correlação entre a infecção ZIKAV e a ocorrência da
síndrome de Guillain-Barré (SGB) em locais com circulação simultânea do vírus da
dengue, porém não confirmada a correlação. O principal modo de transmissão
descrito do vírus é por vetores. No entanto, está descrito na literatura científica, uma
possível ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, de
mãe para filho e sexual, além da possibilidade de transmissão transfusional. O
Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia
na região nordeste. O Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém
(PA), encaminhou o resultado de exames realizados em uma bebê, nascida no
Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de
sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika. A partir desse achado do
bebê que veio à óbito, o Ministério da Saúde considera confirmada a relação entre o
vírus e a ocorrência de microcefalia, sendo essa, é uma situação inédita na
pesquisa científica mundial.
Tabela 2 – Número de Casos confirmados de dengue, por ano e classificação
final, de 2012 a 2022, Petrópolis/RJ
ANO CONFIRMADOS PROVÁVEIS DESCARTADOS TX DE
INCIDÊNCIA
2012 21 8 94 9,76
2013 226 2 189 76,54
2014 13 2 43 5,03
2015 208 21 127 76,81
2016 772 45 132 274,02
2017 49 4 13 17,77
2018 9 6 13 4,91
2019 39 83 80 39,84
2020 5 2 29 2,28
2021 4 0 19 1,30
2022 16 5 65 6,83
Fonte: SINAN online – Departamento de Vigilância em Saúde/Coordenadoria de Vigilância
Epidemiológica
Atualizado: 31 de agosto de 2022. Dados sujeitos a revisão.
23

Na tabela 2 apresentamos uma séria histórica dos casos de dengue


notificados em residentes do município de Petrópolis. Nela constam os casos
confirmados, sejam eles por critério laboratorial ou clínico-epidemiológico, os casos
prováveis que são aqueles de preenchem o critério de definição de caso, mas que
por algum motivo não fizeram coleta laboratorial e casos descartados, que são
aqueles que após a investigação e realização de exames o resultado foi negativo.
Em relação ao ano de 2013 cabe destacar que foi o registrado o primeiro óbito
por dengue no município, tendo este ano um total de 226 casos confirmados e 2
prováveis. Já em 2016 houve a circulação viral em todos os distritos de Petrópolis, e
2 casos evoluíram ao óbito, sendo o ano com maior número de casos registrados,
772 casos confirmados e 45 prováveis. Em 2017 houve queda para 76 casos
confirmados, o que fez a incidência cair para 25,48 em comparação a 2016, que foi
de 278,97. Em 2019 foram registrados 201 casos confirmados, com incidência de
65,65.
Durante o ano de 2021 foram notificados 2.879 casos prováveis (casos
notificados exceto os descartados) de dengue no estado do Rio de Janeiro,
correspondendo a uma baixa incidência acumulada de 16,5 casos por 100 mil
habitantes. Dos casos notificados no ano de 2021 a região Serrana registrou 20
casos, destes 20 casos, 4 ocorreram no município de Petrópolis.
Já no ano de 2022 até agosto, o município de Petrópolis registrou 16 casos, o
que representa um aumento de 300% em números absolutos. Isso fez com que a
taxa de incidência passasse de 1,30 em 2021 para 6,83 em 2022.

Tabela 3 - Número de casos prováveis notificados de Febre do Zika, 2015 a


2022 - Petrópolis/RJ
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Petrópolis 2 341 2 2 7 4 6 3
Fonte: SINAN online – Departamento de Vigilância em Saúde/Coordenadoria de Vigilância
Epidemiológica
Atualizado: 31 de agosto de 2022. Dados sujeitos a revisão.

A expressão “casos prováveis” foi utilizada para incluir todos os casos


notificados, exceto os que já foram descartados. Por orientação do Ministério da
Saúde, somente os casos em gestantes foram investigados e acompanhados em
2016, sendo 103 casos notificados, 15 confirmados, 88 descartados. Em 2017,
24

ocorreu somente 1 caso notificado de suspeita da febre do Zika que foi descartado.
Em 2021 foram notificados 58 casos prováveis (casos notificados exceto os
descartados) de Zika no estado do Rio de Janeiro, correspondendo a uma baixa
incidência acumulada de 0,3 casos por 100 mil habitantes. A taxa de incidência
baixa da Capital (0,2 casos por 100 mil habitantes) acompanha o cenário de grande
parte dos municípios, mostrando uma importante redução na transmissão desta
arbovirose no RJ.
No Brasil, a ocorrência de casos de Febre de Chikungunya foi identificada
pela primeira vez em 2014 com a circulação do vírus no país. Destacamos que o
município teve apenas 1 caso notificado em 2015 que foi descartado, já em 2016 e
2017 tivemos um aumento no número de notificações e de casos confirmados.
Em 2019 o município apresentou o maior número de casos da doença desde
o início da sua ocorrência, 644 casos entre confirmados e prováveis, com uma taxa
de incidência de 210,32 por 100 mil habitantes. Em 2020 a taxa de incidência caiu
para 0,97 e em 2021 para 0,65. O ano de 2022 até o momento apresenta uma taxa
de incidência de 1,95.

Tabela 4 - Número de casos notificados de Chikungunya, por ano e


classificação final, 2014 a 2022 - Petrópolis/RJ
Ano NOTIFICADOS CONFIRMADOS PROVÁVEIS DESCARTADOS TX DE
INCIDÊNCIA
2014 0 0 0 0 0
2015 1 0 0 1 0
2016 22 10 8 4 6,03
2017 11 4 7 0 3,68
2018 25 12 8 5 6,54
2019 812 513 131 168 210,32
2020 13 3 0 10 0,97
2021 8 2 0 6 0,65
2022 20 5 1 14 1,95
Fonte: SINAN online – Departamento de Vigilância em Saúde/Coordenadoria de Vigilância
Epidemiológica
Atualizado: 31 de agosto de 2022. Dados sujeitos a revisão.

c) FEBRE MACULOSA
É comum no momento da ocorrência do desastre, que algumas pessoas
atingidas necessitem ir para os abrigos. Pessoas que possuem animais de
estimação podem levar consigo seu animal e esses podem, caso possuam
25

carrapatos, transportá-los. Se este carrapato estiver contaminado pela doença, ao


picar uma pessoa, ele pode acabar transmitindo-a. Por conta disso, é importante
que a equipes estejam atentas ao aparecimento de sintomas de febre maculosa
bem como orientem aos profissionais dos abrigos e população quanto ao que fazer
em caso de suspeita da doença.
A febre maculosa, denominação utilizada para as riquetsioses no Brasil, é
uma doença infecciosa febril aguda causada por riquétsias transmitidas por
carrapatos, de gravidade variável, que pode cursar com formas leves e atípicas, até
formas graves com elevada taxa de letalidade.
No Brasil, os principais vetores e reservatórios são os carrapatos do gênero
Amblyomma, tais como A. sculptum (A. cajennense), A. aureolatum e A. ovale.
Entretanto, qualquer espécie de carrapato pode ser um potencial reservatório de
riquétsias.
O período de incubação da doença vai de 2 a 14 dias e pode apresentar um
curso clínico variável, desde quadros clássicos a formas atípicas sem exantema.
O início costuma ser abrupto e os sintomas são inespecíficos (febre, em
geral alta; cefaleia; mialgia intensa; mal-estar generalizado; náuseas; vômitos).
Em geral, entre o segundo e o sexto dia da doença, surge o exantema
máculo-papular, de evolução centrípeta e predomínio nos membros inferiores,
podendo acometer região palmar e plantar em 50% a 80% dos pacientes com essa
manifestação.
Embora seja o sinal clínico mais importante, o exantema pode estar ausente,
o que pode dificultar e/ou retardar o diagnóstico e o tratamento, determinando uma
maior letalidade.
Em 2022 tivemos um caso confirmado de febre maculosa de residente de
Petrópolis, porém a contaminação ocorreu fora do município. O último caso
registrado no município havia ocorrido em 2013.

d) ANIMAIS PEÇONHENTOS E ATENDIMENTO ANTIRRÁBICO

O município de Petrópolis possui um polo de atendimento situado na UPA


Cascatinha que disponibiliza atendimento, aplicação de vacinas antirrábica, vacina
antitetânica, além da administração de soro para os acidentes com animais
peçonhentos e antirrábicos.
26

Os acidentes com animais peçonhentos podem ser de vários tipos ofídico,


araneísmo, escorpiônico e acidente por Lonomia ou outras lagartas. Abaixo
apresentamos as definições e manifestações clínicas de acordo com o Guia de
Vigilância em Saúde de 2022 do Ministério da Saúde.

ACIDENTE OFÍDICO
Acidente causado pela mordedura de serpente peçonhenta, com ou sem
envenenamento, utilizando as presas inoculadoras de peçonha, podendo
determinar alterações locais (na região da picada) e sistêmicas.
No município o polo de atendimento dispõem dos soros para acidentes
ofídico de 3 tipos botrópico, elapídico e crotálico.O soro laquético não está
disponível pois nunca houve acidente ou captura do gênero das serpentes desse
grupo no município.
Os acidentes por serpentes peçonhentas de importância médica no Brasil
são divididos em quatro tipos:
 Botrópico: causado por serpentes dos gêneros Bothrops e Bothrocophias
(jararaca, jararacuçu, urutu, cruzeira, caissaca). É o de maior importância e
distribuição entre os acidentes ofídicos no Brasil.
 Crotálico: ocasionado por serpentes do gênero Crotalus (cascavel). No País,
é representado apenas pela espécie Crotalus durissus.
 Laquético: provocado por serpentes do gênero Lachesis (surucucu-pico-de-
jaca,
 surucucu-de-fogo, surucutinga). No País, é causado somente pela espécie
Lachesis muta.
 Elapídico: causado por serpentes dos gêneros Micrurus e Leptomicrurus. O
gênero Micrurus (coral-verdadeira) é o principal representante de importância
médica da família Elapidae no Brasil.
As manifestações clínicas, locais e sistêmicas, decorrentes dos acidentes
ofídicos de serpentes brasileiras:

ACIDENTE BOTRÓPICO
As manifestações locais são dor, edema e equimose na região da picada
(pode progredir ao longo do membro acometido). As marcas de picada e
sangramento nem sempre são visíveis nos pontos de introdução das presas. Bolhas
27

com conteúdo seroso ou sero-hemorrágico podem surgir e originar áreas de


necrose que, juntamente à infecção secundária, constituem as principais
complicações locais e podem levar à amputação e/ou ao deficit funcional do
membro.
Já nas manifestações sistêmicas são sangramentos em pele e mucosas são
comuns (gengivorragia, equimoses a distância do local da picada); hematúria,
hematêmese e hemorragia em outras cavidades. Hipotensão pode ser decorrente
de sequestro de líquido no membro picado ou de hipovolemia consequente a
sangramentos, que podem contribuir para o desenvolvimento de insuficiência renal
aguda.
ACIDENTE LAQUÉTICO
As manifestações locais e sistêmicas são indistinguíveis do quadro botrópico.
A diferenciação clínica se faz quando, nos acidentes laquéticos, estão presentes
alterações vagais (náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia, hipotensão,
choque).
ACIDENTE CROTÁLICO
Nas manifestações locais não se evidenciam alterações significativas. Dor e
edema são usualmente discretos e restritos ao redor da picada. Eritema e
parestesia são comuns.
Nas Manifestações sistêmicas ocorre manifestações neuroparalíticas com
progressão craniocaudal, iniciando-se por ptose palpebral, turvação visual e
oftalmoplegia. Distúrbios de olfato e paladar, ptose mandibular e sialorreia podem
ocorrer com o passar das horas. Raramente, a musculatura da caixa torácica é
acometida, a qual ocasiona insuficiência respiratória aguda. Essas manifestações
neurotóxicas regridem lentamente, porém são reversíveis. Também raramente
pode haver gengivorragia e outros sangramentos discretos. Progressivamente,
surgem mialgia generalizada e escurecimento da cor da urina (cor de Coca-Cola ou
de chá preto). A insuficiência renal aguda é a principal complicação e causa de
óbito.
ACIDENTE ELAPÍDICO
Manifestações locais como dor e parestesia na região da picada são
discretos, não havendo lesões evidentes.
Já nas manifestações sistêmicas temos fácies miastênica ou neurotóxica
(comum ao acidente crotálico). As possíveis complicações são decorrentes da
28

progressão da paralisia da face para músculos respiratórios.


ACIDENTES POR OUTRAS SERPENTES
A maioria das picadas causa apenas traumatismo local. Nos acidentes por
Phylodrias e Clelia, pode haver manifestações não graves na região da picada
(edema, dor e equimose).

ESCORPIONISMO
É o acidente causado pela inoculação de toxinas, por intermédio do aparelho
inoculador (ferrão) de escorpiões, podendo determinar alterações locais e
sistêmicas.
Os escorpiões de importância médica no Brasil pertencem ao gênero Tityus,
com quatro espécies principais:
• T. serrulatus (escorpião-amarelo).
• T. bahiensis (escorpião-marrom).
• T. stigmurus (escorpião-amarelo do Nordeste).
• T. obscurus (escorpião-preto da Amazônia).
Podem ser encontrados em áreas secas, biotas úmidos, áreas costeiras e
regiões urbanas. O hábito noturno é registrado para a maioria das espécies. Dentro
do domicílio, podem se esconder em armários, calçados ou sob peças de roupas
deixadas no chão, aumentando o risco de acidentes. No município de Petrópolis é
encontrada a espécie Tityus serrulatus.
São animais carnívoros e alimentam-se principalmente de insetos, como
grilos e baratas. Seus predadores incluem lacraias, aranhas, formigas, lagartos,
serpentes, sapos, aves e alguns mamíferos.
Em acidentes escorpiônicos classificados clinicamente como leves, não é
necessário o tratamento soroterápico, apenas o sintomático no entanto, crianças de
até 9 anos (principalmente as menores de 7 anos), sobretudo em acidentes
causados por T. serrulatus, apresentam maior risco de complicações sistêmicas e
de óbito. O quadro de envenenamento é dinâmico e pode evoluir para maior
gravidade em poucas horas.
Manifestações locais: a dor (instalação imediata em praticamente todos os
casos) é o principal sintoma, podendo se irradiar para o membro e ser
acompanhada de parestesia, eritema e sudorese local. Em geral, o quadro mais
intenso de dor ocorre nas primeiras horas após o acidente.
29

Manifestações sistêmicas: após intervalo de minutos até poucas horas (duas


a três), podem surgir, principalmente em crianças, os seguintes sintomas: sudorese
profusa, agitação psicomotora, tremores, náuseas, vômitos, sialorreia, hipertensão
ou hipotensão arterial, arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca congestiva, edema
pulmonar agudo e choque.
A presença dessas manifestações indica a suspeita do diagnóstico de
escorpionismo, mesmo na ausência de história de picada ou de identificação do
animal.
Apesar de a intensidade das manifestações clínicas depender da quantidade
de peçonha inoculada, os adultos apresentam quadro local benigno, enquanto
crianças constituem o grupo mais suscetível ao envenenamento sistêmico grave.

ARANEÍSMO
Acidente causado pela inoculação de toxinas, por intermédio do aparelho
inoculador (quelíceras) de aranhas, podendo determinar alterações locais e
sistêmicas.
As aranhas de interesse médico no Brasil são representadas pelos gêneros:
 Loxosceles (aranha-marrom): podem atingir 1 cm de corpo e até 4 cm de
envergadura de pernas. Constroem teias irregulares em fendas de barrancos,
sob cascas de árvores, telhas e tijolos, atrás de quadros e móveis, e em
vestimentas, geralmente ao abrigo da luz. Não são agressivas e picam, em
especial, quando comprimidas contra o corpo. As principais causadoras de
acidentes são: L. intermedia, L. laeta e L. gaucho.
 Phoneutria (aranha-armadeira, aranha-macaca, aranha-da-banana): atingem
3 cm a 4 cm de corpo e até 15 cm de envergadura de pernas. Não constroem
teia geométrica e são de hábito predominantemente noturno. Os acidentes
ocorrem, frequentemente, dentro das residências, ao se calçar sapatos e
botas ou manusear materiais de construção, entulho ou lenha. No Brasil,
ocorrem as espécies: P. nigriventer, P. bahiensis, P. keyserlingi, P. fera, P.
reidyi, P. boliviensis, P. pertyi e P. eickstedtae.
 Latrodectus (viúva-negra): constroem teias irregulares entre vegetações
arbustivas e gramíneas, podendo apresentar hábitos domiciliares e
peridomiciliares. Somente as fêmeas, que apresentam corpo de 1 cm de
comprimento e até 3 cm de envergadura de pernas, são causadoras de
30

acidentes, que ocorrem normalmente quando são comprimidas contra o


corpo. No Brasil, até o momento, são conhecidas duas espécies: L.
geometricus e L. curacaviensis (ou L. gr. mactans).
Outras aranhas comuns no peridomicílio, como as representantes da família
Lycosidae (aranha-de-grama, aranha-de-jardim) e as caranguejeiras, não
representam um problema de saúde pública.
Eventualmente, podem ocasionar acidente com picada dolorosa, porém sem
potencial de repercussão sistêmica de importância.
As principais manifestações clínicas dos acidentes por aranhas são:

LOXOSCELISMO
Manifestações locais: picada, usualmente pouco dolorosa, que pode não ser
percebida.
Após algumas horas: dor, eritema e edema na região da picada; equimose
central e áreas de palidez (placa marmórea). Eventualmente, bolhas com conteúdo
sero-hemorrágico; área endurecida à palpação. A lesão cutânea pode evoluir para
necrose seca e úlcera.
Manifestações sistêmicas: queixas inespecíficas (mal-estar, cefaleia, febre,
exantema).
A presença de hemólise intravascular caracteriza a chamada forma cutâneo-
hemolítica (cutâneo-visceral) do loxoscelismo, observada na minoria dos casos, em
geral nas primeiras 72 horas após a picada. Os casos graves podem evoluir para
insuficiência renal aguda.

FONEUTRISMO
Manifestações locais: dor irradiada e de início imediato (sintoma mais
característico), que pode ser bastante intensa nas primeiras três a quatro horas
após a picada. O quadro pode ser acompanhado por edema e sudorese no local e
por parestesia ao longo do membro.
As marcas dos pontos de inoculação podem ou não serem visualizadas.
Manifestações sistêmicas: associadas ao quadro local. Os pacientes podem
apresentar taquicardia, hipertensão arterial, agitação psicomotora e vômitos.
Crianças podem apresentar manifestações graves, como sudorese profusa,
31

sialorreia, priapismo, hipotensão, choque e edema pulmonar agudo, que


ocasionalmente podem evoluir para óbito.

LATRODECTISMO
Manifestações locais: dor local de pequena intensidade, que evolui com
sensação de queimação; pápula eritematosa e sudorese localizada.
Manifestações sistêmicas: são frequentemente alterações motoras (dor
irradiada; contrações espasmódicas dos membros inferiores; contraturas
musculares intermitentes; tremores; dor com rigidez abdominal, que pode simular
abdome agudo) e fácies latrodectísmica (contratura facial e trismo dos masseteres).
Manifestações menos frequentes: opressão precordial, taquicardia e
hipertensão arterial, náuseas, vômitos, sialorreia e priapismo.

Acidente por Lonomia ou outras lagartas


Acidente causado pela penetração de cerdas de lagartas (larvas de
lepidópteros) na pele, ocorrendo a inoculação de toxinas que podem determinar
alterações locais e, nos envenenamentos pelo gênero Lonomia, manifestações
sistêmicas.
As principais famílias de lepidópteros causadoras de acidentes são a
Megalopygidae e a Saturniidae. Os representantes da família Megalopygidae
(megalopigídeos), conhecidos como “lagartas cabeludas”, apresentam cerdas
pontiagudas, curtas e que contêm glândulas de veneno, entremeadas por outras
longas, coloridas e inofensivas. Já as lagartas da família Saturniidae (saturnídeos),
conhecidas como “lagartas espinhudas”, têm cerdas semelhantes a “espinhos”,
ramificadas e pontiagudas, de aspecto arbóreo, com tonalidades, em especial,
esverdeadas. Nessa família se inclui o gênero Lonomia.
As lagartas do gênero Lonomia apresentam toxinas capazes de provocar
envenenamentos moderados ou graves. Há duas espécies descritas para o Brasil:
L. obliqua e L. achelous, esta última encontrada principalmente na região Norte. O
gênero é o único, até o momento, responsável por manifestações sistêmicas
caracterizadas por quadros hemorrágicos. São conhecidas por diversos nomes
populares, entre eles taturana, oruga e ruga.
32

Alimentam-se durante a noite, permanecendo nos troncos das árvores


durante o dia. Os megalopigídeos são solitários, enquanto os saturnídeos têm
hábitos gregários, fazendo com que acidentes ocorram com várias lagartas.
Em relação as manifestações clínicas são descritas as seguintes
manifestações nos acidentes lonômicos:
Manifestações locais: dor imediata (queimação), irradiada para o membro,
com área de eritema e edema na região do contato. Podem-se evidenciar lesões
puntiformes eritematosas nos pontos de inoculação das cerdas e adenomegalia
regional dolorosa. Bolhas e necrose cutânea superficial são raras. Os sintomas
normalmente regridem em 24 horas, sem maiores complicações.
Manifestações sistêmicas: somente observadas nos acidentes por Lonomia.
Instalam-se algumas horas após o acidente, mesmo depois da regressão do quadro
local. Presença de queixas inespecíficas (cefaleia, mal-estar, náuseas e dor
abdominal), que muitas vezes estão associadas ou antecedem manifestações
hemorrágicas (gengivorragia, equimoses espontâneas ou traumáticas, epistaxe).
Hematúria, hematêmese e hemoptise podem indicar maior gravidade. Insuficiência
renal aguda e hemorragia intracraniana têm sido associadas a óbitos.
Em Petrópolis foi constatado que no bairro do Retiro há presença da lagarta
do tipo Lonomia.
No gráfico abaixo temos o número de notificações recebidas pela
Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica de acidentes por animais peçonhentos
de 2012 até 2022. Observamos que em 2019 registramos o maior número de
notificações em 10 anos, 204, e que esse número diminuiu nos dois anos
posteriores, provavelmente decorrente do isolamento provocada por conta da
pandemia de covid-19. Os dados apresentados de 2022 são sujeitos a alterações,
pois ainda podemos ter notificações de outubro a dezembro de 2022. Não
observamos aumento do número de acidentes no período das chuvas de fevereiro e
março.
33

Gráfico 2 – Número de notificações de acidentes por animais peçonhentos,


2012 a 2022, Petrópolis-RJ.

Fonte: SINAN. Atualizado em 27/10/2022.

No gráfico 3, apresentamos uma série histórica dos atendimentos


antirrábicos notificados. Em 2018 foram registrados 1.551 atendimentos
antirrábicos, o maior número desde 2015, com 1,554.

Gráfico3. Número de notificações de atendimentos antirrábico, 2012 a 2022,


Petrópolis-RJ.

Fonte: SINAN. Atualizado em 27/102022.


34

Em março de 2022 a nota técnica nº8 de 2022 das Coordenação Geral de


Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial do Ministério da Saúde
informou sobre as atualizações no Protocolo de Profilaxia pré, pós e reexposição da
raiva humana no Brasil. Dentre as atualizações apresentadas está a relacionada a
administração de vacina antirrábica em caso de acidente com cães e gatos, onde
agora não há mais indicações de realização da vacina se o animal for observável.

e) DOENÇAS DE TRANSMISSÃO RESPIRATÓRIA

As doenças de transmissão respiratória são aquelas contraídas pelo contato


com pessoas infectadas através das secreções respiratórias, seja ao tossir, espirrar,
falar, entre outros.
No momento do desastre é comum que haja a presença de pessoas
desabrigadas ou desalojadas, aumentando assim o risco de aglomeração e por
consequência de transmissão dessas doenças por conta do contato próximo e
prolongado.
Por isso, é importante que as equipes de saúde estejam atentas quanto ao
aparecimento de doenças como a tuberculose, sarampo, rubéola, covid-19 ou
outras síndromes gripais. Na ocorrência de algumas dessas doenças, é importante
que haja a notificação para que medidas para evitar ou conter surtos sejam
realizadas.

Tuberculose
Além do monitoramento quanto ao possível aparecimento de casos, é
importante que ao avaliar as pessoas do abrigo, a equipe questione para saber se
há presença de alguém que esteja em tratamento para a tuberculose, realizando
assim o isolamento, caso necessário, e garantindo a continuidade do tratamento,
uma vez que a pessoa pode ter perdido todos os medicamentos.
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pelo
Mycobacterium tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa
acometer outros órgãos e sistemas.
Pode ser causada por qualquer uma das sete espécies que integram o
complexo Mycobacterium tuberculosis: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M.
35

canetti, M. microti, M. pinnipedi e M. caprae. Entretanto, do ponto de vista sanitário,


a espécie mais importante é a M. tuberculosis.
O principal reservatório é o ser humano. É uma doença de transmissão aérea
que ocorre a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, expelidos
pela tosse, pelo espirro ou pela fala de pessoas com TB pulmonar ou laríngea.
Somente pessoas com essas formas de TB ativa transmitem a doença. Os bacilos
que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos dificilmente se
dispersam em aerossóis e, por isso, não desempenham papel importante na
transmissão da doença.
Não tivemos registro de transmissão da doença nos abrigos no período das
chuvas de fevereiro e março.

Gráfico 4. Número de notificações de tuberculose, 2012 a 2021, Petrópolis-RJ

Fonte SINAN. Atualizado em 27/10/2022.

No gráfico 4 apresentamos o número de notificações recebidas pelo serviço


de tuberculose. Observamos um aumento ao longo do anos de 2017 até 2021.,
Tenfo a ano de 2021 registrado o maior número de notificações com 155.

Doenças exantemáticas
Sarampo
36

É uma doença viral, infecciosa aguda, potencialmente grave, transmissível,


extremamente contagiosa.
A transmissão ocorre de forma direta, por meio de secreções nasofaríngeas
expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Por isso, a elevada contagiosidade da
doença. Também tem sido descrito o contágio por dispersão de aerossóis com
partículas virais no ar, em ambientes fechados, como escolas, creches e clínicas.
Pela alta contagiosidade, até nove em cada dez pessoas suscetíveis com contato
próximo a uma pessoa com sarampo desenvolverão a doença.

Rubéola
A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que
apresenta alta contagiosidade. Sua importância epidemiológica está relacionada ao
risco de abortos, natimortos e à síndrome da rubéola congênita.
A transmissão Ocorre por meio de contato com secreções nasofaríngeas de
pessoas infectadas. O vírus é disseminado por gotículas ou pelo contato direto com
pessoas infectadas.
Em Petrópolis os últimos casos registrados de doenças exantemáticas foram
em 2020, com um total de 10 casos confirmados, todos de sarampo. Em 2019
tivemos um caso confirmado de sarampo no município. Nos anos de 2012 até 2018
e 2021 não tivemos casos confirmados dessas doenças.

SÍNDROMES GRIPAIS
Durante o desastre ocorrido em fevereiro e março de 2022 estávamos ainda
com a pandemia do Covid-19 em curso. Dessa forma, dois (2) abrigos do município
serviram de referência para abrigados com sintomas gripais, por conta dessa
estratégia, não observamos surtos de síndromes gripais ou de outras doenças
respiratórias nos abrigos do município. As equipes de saúde desses locais estavam
orientadas e realizavam o atendimento, monitoramento e isolamento dos pacientes
com suspeitas respiratórias.
Em matéria de notificação de síndromes gripais, a Coordenadoria de
Vigilância Epidemiológica recebe notificações de síndromes gripais de Covid-19 e
de Síndrome Respiratória Aguda Grave, está última podendo se ocasionada por
diversos vírus respiratórios, sendo os mais frequentes o da Covid-19 e da influenza.
37

f) DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA


Várias são as doenças que podem ser contraídas por transmissão hídrica,
por isso é de grande importância que no momento da enchente as equipes estejam
orientadas quanto ao aparecimento de sintomas de doenças, principalmente das
doenças diarréicas agudas.

DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS

As doenças diarréicas agudas (DDAs) correspondem a um grupo de doenças


infecciosas gastrointestinais caracterizadas por uma síndrome, na qual ocorre a
diminuição da consistência das fezes, o aumento do número de evacuações
(mínimo de 3 episódios em 24 horas) e, em alguns casos, há presença de muco e
sangue (disenteria). São autolimitadas, com duração de até 14 dias. O quadro
clínico pode evoluir para desidratação leve à grave. Quando tratadas
incorretamente ou não tratadas, podem levar à desidratação grave e ao distúrbio
hidroeletrolítico, podendo ocorrer óbito, principalmente quando associadas à
desnutrição.
A transmissão se dá principalmente por via fecal-oral, tanto na forma indireta
– por água e alimentos – quanto na direta – por contato pessoa a pessoa.
Na enchente de 2022 tivemos registro de um surto de doença diarreica
aguda em um dos abrigos no município.
As equipes de saúde devem realizar o monitoramento e informar do possível
surto através do preenchimento da ficha de notificação individual do SINAN.

Tabela 5 - Número de notificações de doença diarreica aguda, 2012 a 2022,


Petrópolis-RJ
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
210 197 170 89 43 10 17 38 69 7 81
Fonte SIVEP DDA, atualizado em 07/02/2023

Na tabela 5 apresentamos uma série histórica com os casos de doenças


diarreicas notificados a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica. Podemos
observar que o ano de 2012 concentrou o maior número de casos, 210. No ano de
2022 tivemos 81 casos notificados.

HEPATITE A
38

As hepatites virais são doenças causadas por diferentes vírus hepatotrópicos


que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas.
Têm distribuição universal, sendo observadas diferenças regionais de acordo com o
agente etiológico.
O ser humano é o reservatório de maior importância epidemiológica.
A hepatite A é transmitida pela via fecal-oral e está relacionada às condições
de saneamento básico, higiene pessoal, relação sexual desprotegida (contato boca-
ânus) e qualidade da água e dos alimentos. Por essa forma de transmissão, isso faz
com que haja risco de infecção em períodos de enchente.

Tabela 6 - Casos confirmados de hepatite A, 2012 a 2022, Petrópolis-RJ

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
6 7 21 1 0 0 2 1 3 1 3
Fonte SIVEP DDA, atualizado em 07/02/2023

Na tabela 6 observamos que o ano de 2022 apresentou 3 casos de hepatite


A, ao avaliarmos com anos anteriores, não houve aumento significativo de casos. O
ano de maior número de casos foi 2014, com 21 casos.

g) TÉTANO ACIDENTAL

Doença infecciosa aguda não contagiosa, prevenível por vacina, causada


pela ação de exotoxinas produzidas pelo Clostridium tetani (C. tetani), que
provocam um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso central.
O C. tetani e normalmente encontrado na natureza, sob a forma de esporo,
podendo ser identificado em pele, fezes, terra, galhos, arbustos, águas putrefatas,
poeira das ruas, trato intestinal dos animais (especialmente do cavalo e do ser
humano, sem causar doença).
A infecção ocorre pela introdução de esporos em solução de continuidade da
pele e de mucosas (ferimentos superficiais ou profundos de qualquer natureza). Em
condições favoráveis de anaerobiose, os esporos se transformam em formas
vegetativas, que são responsáveis pela produção de toxinas – tetanolisina e
tetanopasmina. A presença de tecidos desvitalizados, corpos estranhos, isquemia
39

e infecção contribui para diminuir o potencial de oxirredução e, assim, estabelecer


as condições favoráveis ao desenvolvimento do bacilo.
As manifestações clínicas são as Hipertonias musculares mantidas,
localizadas ou generalizadas, ausência de febre ou febre baixa, hiperreflexia
profunda e contraturas paroxísticas que se manifestam à estimulação do paciente
(estímulos táteis, sonoros, luminosos ou alta temperatura ambiente). Em geral, o
paciente se mantém consciente e lúcido.
Os sintomas iniciais costumam ser relacionados com a dificuldade de abrir a
boca (trismo e riso sardônico) e de deambular, devido à hipertonia muscular
correspondente. Com a progressão da doença, outros grupos musculares são
acometidos. Pode haver dificuldade de deglutição (disfagia), rigidez de nuca, rigidez
paravertebral (pode causar opistótono), hipertonia da musculatura torácica, de
músculos abdominais e de membros inferiores. As contraturas paroxísticas, ou
espasmos, acontecem sob a forma de abalos tonicoclônicos, que variam em
intensidade e intervalos, de acordo com a gravidade do quadro.
A hipertonia torácica, a contração da glote e as crises espásticas podem
determinar insuficiência respiratória, causa frequente de morte nos doentes de
tétano. Nas formas mais graves, ocorre hiperatividade do sistema autônomo
simpático (disautonomia), com taquicardia, sudorese profusa, hipertensão arterial,
bexiga neurogênica e febre. Tais manifestações agravam o prognóstico da doença.

Tabela 7 - Número de casos de tétano acidental, 2012 a 2022, Petrópolis-RJ

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fonte: Sinan, atualizado em 07/02/2023

Nos últimos 10 anos, não houve caso confirmado de tétano acidental no


município.

Atribuições da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica na ocorrência de desastres


socioambientais
1. Monitorar rumores e o aparecimento de doenças de notificação
compulsória em Unidades Hospitalares públicas e privadas, Unidades de
Pronto Atendimento, Unidades Básicas de saúde e outros unidades
assistenciais de saúde em parceria com estas instituições;
40

2. Sensibilizar as equipes assistências quanto à ocorrência de doenças de


notificação compulsória;
3. Fornecer fichas de notificação as unidades assistenciais de saúde;
4. Fornecer imunobiológicos para a imunização das pessoas atingidas, assim
como para os trabalhadores envolvidos no atendimento;
5. Realizar visitas aos abrigos para sensibilização e monitoramento quanto à
ocorrência de doenças de notificação compulsória;
6. Descentralizar a ficha de notificação de leptospirose;
7. Realizar o monitoramento de ocorrência de surtos de doenças nos abrigos
do município em parceria com o Departamento de Atenção Básica;
8. Fornecer Declarações de Óbito as Unidades;
9. Prover imunobiológicos ao polo de atendimento antirrábico e animais
peçonhentos do município, em parceria com a Secretaria Estadual de
Saúde e Ministério da Saúde;
10. Fornecer informações epidemiológicas quanto às doenças relacionadas
ao desastre socioambiental notificadas no período.

2.2. COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL

A atuação da Vigilância Ambiental tem como direcionamento o


monitoramento e análise dos fatores ambientais de riscos que interferem na saúde
humana. Grande parte destas atividades são ações voltadas à educação em saúde
da população, e implementação de programas e projetos que visam à proteção à
saúde ambiental. A estrutura da COVIAMB está constituída em dois blocos de
programas e projetos: A vigilância ambiental dos fatores de riscos não biológicos, e
a vigilância ambiental dos fatores de riscos biológicos.
A vigilância ambiental dos fatores de riscos não biológicos tem por princípio
monitorar: contaminantes ambientais, qualidade da água para consumo humano,
qualidade do ar, qualidade do solo, incluindo os resíduos tóxicos e perigosos; e
desastres naturais e acidentes com produtos perigosos. A vigilância estabelecida
para os fatores de risco não biológicos ocorre através do VIGIAGUA, VIGISOLO E
VIGIAR.
A vigilância ambiental dos fatores de riscos biológicos está organizada em
três áreas de concentração: vetores, hospedeiros/ reservatórios, e Agravos de
41

interesse à Saúde (animais peçonhentos). A abordagem da vigilância das zoonoses


e dos fatores de risco biológicos tem como objetivo viabilizar ações integradas de
vigilância e controle desses fatores permitindo que se tenha uma maior efetividade
de ações e maximização dos recursos aplicados.

FATORES DE RISCOS: NÃO BIOLÓGICOS E BIOLÓGICOS.

a) INFORMAÇÕES SOBRE A QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO


HUMANO (VIGIAGUA):
O programa da Vigilância Ambiental em Saúde Relacionada à Qualidade da
Água para Consumo Humano (VIGIAGUA) tem como objetivo monitorar o padrão
de potabilidade da água, preconizado pela Portaria GM/MS 888/ de 4 de maio de
2021 das diversas formas de abastecimento de água, utilizando o Sistema de
Informação de Vigilância da Qualidade da Água– SISAGUA, que fornece os dados
que subsidiam o processo de tomada de decisão do gestor. A COVIAMB realiza o
VIGIAGUA Escolar (coleta de amostras em escolas púbicas), VIGIAGUA Saúde
(coleta de amostras em unidades de saúde), VIGIAGUA Abastecimento Público,
análise de Agrotóxico (3 barragens) e Ações Emergenciais.
A concessionária “Águas do Imperador” abastece 92% do Município de
Petrópolis com água tratada. O restante do Município se utiliza de soluções
alternativas coletivas e individuais.
Como o consumo de água é uma necessidade básica, muitas vezes a
população acaba utilizando água contaminada, expondo-se ao risco de diarréia,
cólera, febre tifóide, meningites por enterovírus e hepatites A e E.
É necessário evitar que a população consuma água inadequada, através da
adoção de medidas emergenciais, tais como: educação em saúde e distribuição de
hipoclorito de sódio a 2,5% para desinfecção da água para beber e para
cozinhar.
Em ações emergenciais cabe a COVIAMB, através do Programa VIGIAGUA,
intensificar o monitoramento da rede de abastecimento de água do município
priorizando a área afetada no desastre, orientar e alertar a população quando houver
contaminação. De acordo com a dimensão do desastre este pode ser realizado com
o apoio do Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (LACEN/RJ) e
Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
42

b) PROGRAMA MUNICIPAL DE CONTROLE DE ROEDORES

O Programa Municipal de Controle de Roedores realiza atendimento após a


solicitação realizada pela população e também atua após encaminhamento da cópia
da ficha notificação de caso suspeito de Leptospirose pela COVIEP.
Para cada imóvel atendido a equipe realiza vistoria em todo o entorno.
Logradouros públicos também são periodicamente vistoriados. Coletoras de lixo e
bueiros são tratados sempre que solicitada a ação e permanecem em tratamento
até que não sejam mais identificados sinais de atividade de roedores. Cada
atendimento positivo entra para um calendário de retorno semanal até serem
considerados negativos.
As ações de vigilância e o controle de roedores devem ser inseridos dentro de
um contexto epidemiológico que permita tanto a adoção de medidas de controle
quanto de prevenção de doenças aos seres humanos, tendo, nas áreas urbanas,
como foco principal o controle das ratazanas e, conseqüentemente, da leptospirose,
haja vista essa espécie de roedor ser o principal reservatório ambiental da doença.
(BRASIL, 2016)
Em situações de desastre socioambiental, deve atuar intensificando as ações
nos pontos de apoio, abrigos e locais afetados.

c) ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS

A educação em saúde, visando à conscientização da população quanto à


prevenção de acidentes por animais peçonhentos e venenosos de relevância para
a saúde pública, deve ser realizada mesmo quando não há percepção da presença
desses animais no ambiente. Com esse propósito, o profissional de saúde deve
orientar os cidadãos quanto ao manejo do ambiente, a fim de desfavorecer a
atração, a ocorrência, a permanência e a proliferação desses animais. Além disso,
cabe ao profissional de saúde esclarecer quais ações devem ser realizadas pelo
cidadão quando ocorrer a presença desses animais e elucidar possíveis dúvidas
que possam surgir (BRASIL, 2016)
Em situações de desastres socioambientais estes animais tendem a sair do
seu habitat, havendo assim maior probabilidade de acidentes. Cabe a COVIAMB
43

realizar as orientações pertinentes à população nos abrigos e no território


acometido pelo desastre.

d) PROGRAMA MUNICIPAL DE CONTROLE DE ARBOVIROSES

Este atua de forma continua em todo território do município. Conta com 138
agentes de combate a endemias (ACE) divididos em 9 regiões, com grupos fixos (9
supervisores, sendo que cada supervisor é responsável por 2 grupos), permitindo
assim um olhar criterioso no território de atuação e o estabelecimento de vínculo
com a população, facilitando a entrada nas residências para realização das visitas.
Além do trabalho continuo também é realizado o Levantamento Rápido de
Infestação por Aedes Aegypti e Aedes Albopictus (LIRAa) O número de LIRAa’s e o
período a ser realizado são determinados pela SES.
O Programa também possui uma equipe para trabalhar os pontos
estratégicos (PE). Esta realiza visitas em locais onde há concentração de depósitos
do tipo preferencial para a desova da fêmea do Aedes ou especialmente
vulneráveis à introdução do vetor. Exemplos: cemitérios, borracharias, ferros-
velhos, depósitos de sucata ou de materiais de construção, garagens de ônibus e
de outros veículos de grande porte. Atualmente o município possui cadastrados 65
pontos estratégicos, que são visitados mensalmente.

2.3 COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA:

A vigilância sanitária é entendida como um conjunto de ações capazes de


eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários
decorrentes do meio ambiente, produção e circulação de bens e prestação de
serviços de interesse da saúde. Abrange o controle de bens de consumo que direta
ou indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e
processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que
direta ou indiretamente se relacionam com a saúde (BRASIL, 2009).
As ações de Vigilância Sanitária são voltadas a fiscalização dos locais de
abrigo, das unidades de saúde, instituições de longa permanência de idosos e
comércio local (principalmente da área afetada). Frente à situação de desastre uma
programação de ações será instituída para os casos em que for necessário ajustes,
44

visando a proteção da população. Será avaliado o ambiente (acesso, interdição,


qualidade da água, gerenciamento de resíduos, manutenção, dentre outros),
recursos humanos (trabalhadores, quantidade, atuação), alimentos
(armazenamento, preparo, transporte), medicamentos (armazenamento e
manipulação), bem como outros que ocasionem risco a saúde humana.

2.4 CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR (CEREST):

A Política Nacional de Vigilância em Saúde, em seu Art. 6º item XI, define a


Vigilância em Saúde do trabalhador e da trabalhadora, como um:
Conjunto de ações que visam promoção da saúde, prevenção da
morbimortalidade e redução de riscos e vulnerabilidades na população
trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nas
doenças e agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de
desenvolvimento, de processos produtivos e de trabalho (BRASIL, 2018, p.
4).

Em cada município, visando a implantação da Vigilância em Saúde do


trabalhador e da trabalhadora ações em Saúde do Trabalhador (ST), foram
realizadas em serviços de complexidades variadas, em diferentes níveis de
atenção. Em 2002, por meio da Portaria GM MS n°1679, foi criada a Rede Nacional
de Atenção Integral em Saúde do Trabalhador – RENAST com o objetivo de
estruturar as ações em Saúde do Trabalhador em todos os níveis de atenção da
rede de serviços do SUS – Atenção Básica, Centros de Referência em Saúde do
Trabalhador - CEREST e Serviços de Alta e Média Complexidade. Portaria GM MS
n° 2437/2005 revisou e ampliou a RENAST e a Portaria GM MS n° 2728/2009
determinou a inclusão das ações de saúde do trabalhador na atenção básica, por
meio da definição de protocolos, estabelecimento de linhas de cuidado e outros
instrumentos que favoreçam a integralidade.
As ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador, equipe CEREST II Serrana
(Petrópolis), em caso de desastre serão voltadas à identificação de risco de
trabalhadores abrigados, bem como trabalhadores que atuem nas ações de
recuperação das áreas afetadas pelo desastre.
A equipe do CEREST irá realizar as seguintes ações:
 Aplicar questionário com o objetivo de traçar o perfil produtivo, para
avaliar possíveis impactos do desastre na saúde dos trabalhadores;
45

 Orientar os trabalhadores e voluntários quanto às condições de saúde


e segurança no trabalho nas ações de enfrentamento ao desastre;
 Realizar ações de promoção do conhecimento a todos os profissionais
da saúde sobre os possíveis agravos a saúde decorrentes de suas
atividades profissionais em uma situação de emergência;
 Realizar inspeções sanitárias em saúde do trabalhador para
mapeamento de risco a saúde, investigação de acidente de trabalho e
possível notificação do mesmo, priorizando as situações que conferem
maior exposição dos trabalhadores, com proposição de intervenção
coletiva e individual.
46

3. REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) os sistemas de saúde se


organizam por níveis de atenção a saúde, em que essas categorias correspondem
a um conjunto de serviços disponíveis para os indivíduos e são diferenciados pelo
nível de complexidade do caso. Os níveis de atenção à saúde existentes no Brasil
são três: primária, secundária e terciária. Assim, a presente seção apresenta a
descrição das ações desempenhadas e as unidades de saúde que compõem a
Rede de Atenção à Saúde do município.
A presente seção apresenta, seguindo a organização da estrutura
administrativa da secretaria de saúde, as ações da Superintendência de Atenção à
Saúde e da Superintendência Hospitalar e de Urgência e Emergência.

3.1 SUPERINTENDÊNCIA DE ATENÇÃO À SAÚDE

Subordinado à Superintendência de Atenção à Saúde, estão: o


Departamento de Atenção Básica, o Centro de Saúde Coletiva, o Departamento de
Saúde Mental, a Coordenadoria Geral de Média Complexidade, o Núcleo de
Assistência Farmacêutica, a Coordenadoria Geral de Áreas Técnicas e o
Departamento de Vigilância em Saúde (este último já contemplado na seção
anterior devido a complexidade dos indicadores de saúde). A seguir estão listados
os equipamentos de assistência da saúde de Petrópolis:

 Equipamentos de Saúde:
 01 equipe do Consultório na rua
 02 Ambulatórios de Especialidades;
 02 Centros de Saúde – Centro de Saúde Coletiva Professor Manoel José
Ferreira (CSCPMJF) e Centro de Saúde Itamarati;
 09 Unidades Básicas de Saúde;
 38 Unidades de Saúde da Família, com 46 equipes de saúde da família e
37 Equipes de Saúde Bucal;
 02 Centros Odontológicos – CEO;
 02 Centros de Atenção Psicossocial – CAPS (sendo 01 24h);
47

 01 Centro de Atenção Psicossocial Infantil – CAPSI;


 01 Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas 24h;
 05 Residências Terapêuticas;
 02 Ambulatórios de Saúde Mental;
 01 Unidade de Acolhimento Adulto - UAA
 04 Academias de Saúde.

3.1.1 Departamento de Atenção Básica

A Atenção Primária é o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza


por um conjunto de ações, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção
e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a
reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de
desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde
das coletividades. Trata-se da principal porta de entrada do SUS e o centro de
comunicação com toda a Rede de Atenção dos SUS, devendo se orientar pelos
princípios da universalidade, da acessibilidade, da continuidade do cuidado, da
integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização e da equidade.
No município a Atenção Básica possui cobertura de 70,99% da população
(dados E- GESTOR AB/ outubro de 2023), e é composta pelas seguintes categorias
profissionais: Médicos, Enfermeiros, Cirurgiões Dentistas, Psicólogos,
Fonoaudiólogo, Fisioterapeuta, Assistente Social, Nutricionista, Auxiliares e
Técnicos de Enfermagem, Técnicos de Saúde Bucal, Auxiliar de Saúde Bucal,
Agentes Comunitários de Saúde, e Agente de Apoio Administrativo.
Caso o acidente/ desastre ocorra em áreas com unidade básica com a
estratégia saúde da família, ou unidade básica tradicional, a unidade será
prontamente aberto e prestará assistência médica, medicamentos (inclusive
repondo os que os pacientes fazem uso e perderam) vacinação se necessário,
orientações de promoção da saúde e prevenção de doenças vinculadas à água,
vetores e etc.
Nos locais onde não houver uma unidade básica de saúde, a
assistência médica será prestada em uma equipe volante (em uma escola,
igreja e/ ou associação de moradores), ou em outra unidade de saúde mais
próxima.
48

Será constituída de pronto, uma equipe da saúde multidisciplinar


itinerante, prestando assistência e orientações junto às comunidades das áreas
atingidas;
Nos locais que possuem unidade com a estratégia saúde da família, a
valorização do acúmulo de conhecimento que esta equipe tem em relação ao
território, de ações em saúde e do vínculo com a população, só facilitará a
atuação das equipes de Emergência, Vigilância e Defesa Civil.

Se for preciso, serão remanejadas equipes de outras unidades: Agente


Comunitário de Saúde, administrativo, técnico de enfermagem, enfermeiro,
médico, equipe de saúde mental para o local do desastre.

Caso seja necessário, a equipe da atenção básica encaminhará o paciente


para atendimento em atenção especializada ou referenciará para uma unidade de
urgência/emergência, hospitalar conforme as necessidades de cada paciente e o
perfil da unidade.

3.1.2 Centro de Saúde

O Centro de Saúde Coletiva Professor Manoel José Ferreira, uma das


unidades ambulatoriais mais antigas do município em que culturalmente, o acesso
mais procurado devido a sua localização. Sediado no 1º Distrito, e que presta
serviços de atendimento em atenção primária, com algumas especialidades
médicas e exames complementares. Neste também está localizado o Laboratório
de Saúde Pública do município que realiza, entre outras, a análise microbiológica
da água de consumo humano do município.

3.1.3 Departamento de Saúde Mental

O Departamento de Saúde Mental foi criado pela Lei Municipal N.º 7.512 de
28/04/2017, está administrativamente subordinado à Superintendência de Atenção
à Saúde.
São objetivos específicos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS):
Promover cuidados em saúde especialmente para grupos mais vulneráveis (criança,
adolescente, jovens, pessoas em situação de rua e populações indígenas); Prevenir
49

o consumo e a dependência de crack, álcool e outras drogas; Reduzir danos


provocados pelo consumo de crack, álcool e outras drogas; Promover a reabilitação
e a reinserção das pessoas com transtorno mental e com necessidades decorrentes
do uso de crack, álcool e outras drogas na sociedade, por meio do acesso ao
trabalho, renda e moradia solidária; Promover mecanismos de formação
permanente aos profissionais de saúde; Desenvolver ações intersetoriais de
prevenção e redução de danos em parceria com organizações governamentais e da
sociedade civil; Produzir e ofertar informações sobre direitos das pessoas, medidas
de prevenção e cuidado e os serviços disponíveis na rede; Regular e organizar as
demandas e os fluxos assistenciais da Rede de Atenção Psicossocial; e monitorar e
avaliar a qualidade dos serviços por meio de indicadores de efetividade e
resolutividade da atenção.

3.1.4 Coordenadoria Geral de Média Complexidade

A média complexidade ambulatorial é composta por ações e serviços que


visam atender aos principais problemas e agravos de saúde da população, cuja
complexidade da assistência na prática clínica demande a disponibilidade de
profissionais especializados e a utilização de recursos tecnológicos, para o apoio
diagnóstico e tratamento. O principal desafio do gestor municipal é a garantia de
serviços e procedimentos com resolutividade e integralidade da assistência ao
cidadão.
No município, a Coordenadoria Geral de Média Complexidade foi criada em
2017, com o objetivo, dentre outros, de integrar e padronizar o atendimento dos
diversos serviços próprios e conveniados, que realizam ações neste nível de
assistência, tendo por finalidade garantir atendimento especializado à população
que demandam por consultas especializadas e procedimentos diagnósticos e/ou
terapêuticos.

3.1.5 Núcleo de Assistência Farmacêutica

O Núcleo de Assistência Farmacêutica do município irá planejar, coordenar,


acompanhar e avaliar as estratégias da Assistência Farmacêutica do município,
integrando as unidades assistenciais da rede de atenção à saúde para promoção do
50

acesso aos medicamentos essenciais para atender as vítimas que se encontrarem


nos pontos de apoio e que buscarem atendimento nas Unidades da Atenção Básica.

Banco de dados de pacientes crônicos cadastrados na farmácia central


Programas Usuários cadastrados
Hipertensão 6.516
Diabetes 4.975
Asma e Rinite 131
Vascular 335
Artrite 38
Saúde Mental 2.034
Total 14.029

Listagem de medicamentos do Programa Hiperdia dispensados por


quadrimestre
Item Apres. Atendido
Acido Acetilsalicilico 100 mg. Comp 110.000
Amiodarona 200 mg Comp 6700
Atenolol 25 mg. Comp 0
Atenolol 50 mg. Comp 27.000
Besilato De Anlodipina 5 mg. Comp 400
Captopril 25 mg. Comp 121.000
Carvedilol 12,5 mg. Comp 210
Carvedilol 3,125 mg Comp 18.000
Clopidogrel 75mg Comp 800
Digoxina 0,25mg Comp 150
Diltiazem 60 mg, Cloridrato De Comp 2.300
Enalapril 10 mg, Maleato De Comp 80.000
Furosemida 40 mg. Comp 48.000
Hidroclorotiazida 25mg Comp 109.560
Indapamida 1,5mg Sr Comp 27.590
Losartan 50 mg. Comp 14.260
Metildopa 250 mg Comp 9.470
Mononitrato De Isossorbida 20mg Comp 12.880
Mononitrato De Isossorbida 40mg Comp 2.420
Nifedipina 20 mg. Retard Comp 78.115
Propafenona 300mg Comp 800
Propranolol 40 mg, Cloridrato De Comp 2.500
Sinvastatina 20 mg. Comp 60
Valsartan 80mg Comp 8.200
Valsartan 160mg Comp 2.800
Verapamil 80mg Comp 4.600
51

Alogliptina 25mg Comp 2.200


Empagliflozina 10mg Comp 1.200
Glimepirida 2mg Comp 20.000
Glibenclamida 5mg Comp 35.000
Gliclazida Mr 30mg Comp 16.000
Linagliptina 5mg Comp 1.600
Metformina 500mg Comp 36.000
Metformina 500mg Xr Comp 120
Metformina 850mg Comp 81.000
Vildagliptina 50mg Comp 8.500
Insulina Humana NPH - 10ml Fr 1.300
Insulina Humana NPH - 3ml Fr 7.000
Insulina Humana R - 10ml Fr 330
Insulina Humana R - 3ml Fr 1.300
Insulina Glargina 100UI/ml - 3ml Unid 2.700
Insulina Glulisina Unid 20

Listagem de medicamentos do Programa de Artrite dispensados por


quadrimestre
Item Apres. Atendido
Alendronato De Sódio 70mg Comp 900
Vitamina D 2000ui - Sol.oral Fr 60

Listagem de medicamentos do Programa de Asma e Rinite dispensados por


quadrimestre
Item Apres. Atendido
Budesonida 32mcg Fr 20
Diproprionato De Beclometasona 200mcg
Fr 50
Spray
Domperidona 10mg Comp 200
Domperidona 1mg/Ml Comp 20
Furoato De Fluticasona 27,5mg Fr 2
Furoato De Mometasona 1mg Fr 3
Loratadina 10mg Comp 350
Loratadina 1mg/Ml Fr 220
Prednisona 20mg Comp 6.000
Prednisona 5mg Comp 3.400
Salbutamol 100mcg Spray Fr 300
Xinafoato De Salmeterol + Fluticasona Spray
Fr 30
25/50

Listagem de medicamentos do Programa de Saúde Mental dispensados por


quadrimestre
52

Item Apres. Atendido


Ac. Valproico 250mg Cp Comp. 600
Acido Valproico Xarope Frasco 325
Amitriptilina 25mg Comp. 24.000
Biperideno 2mg Comp. 13.000
Bromazepam 3mg Comp. 8.400
Carbamazepina 200mg Comp. 57.000
Carbamazepina Susp. Frasco 15
Carbonato De Litio 300mg Comp. 3.000
Clomipramina 25mg Comp. 120
Clonazepam 0,5mg Comp. 6.000
Clonazepam 2mg Comp. 30.000
Clonazepam Gts Frasco 160
Clorpromazina 100mg Comp. 13.000
Clorpromazina 25 mg Comp. 11.000
Clorpromazina Ampola Ampola 40
Diazepam 5mg Comp. 58.000
Diazepam Ampola Ampola 400
Fenitoina 100 Mg Comp. 18.000
Fenitoina Ampola Ampola 700
Fenobarbital 100mg Comp. 35.000
Fenobarbital Gts Frasco 6
Fenobarbital Injet. - Ampola Ampola 31
Flufenazina Ampola Ampola 10
Fluoxetina 20mg Comp. 28000
Haloperidol 1mg Comp. 400
Haloperidol 5mg Comp. 22.000
Haloperidol Ampola Ampola 530
Haloperidol Decanoato Ampola 650
Imipramina 25mg Comp. 2080
Levomepromazina 100 mg Comp. 16.000
Levomepromazina 25 mg Comp. 13.000

Listagem de medicamentos do Programa Vascular dispensados por


quadrimestre
Item Apres. Atendido
Cilostazol 100mg Comp 2.350
Cilostazol 50mg Comp 10.000
Cumarina + Troxerrutina Comp 1.400
Diosmina 450mg + Hesperidina 50mg Comp 21.000
Enoxaparina 20mg Seringa 1500
Enoxaparina 40mg Seringa 2.600
Enoxaparina 60mg Seringa 400
53

Enoxaparina 80mg Seringa 160


Rivaroxabana 15mg Comp 1.700
Rivaroxabana 20mg Comp 5.300

3.1.6 Coordenadoria de Geral de Áreas Técnicas

No município, a Coordenadoria Geral de Áreas Técnicas foi também criada


em 2017, com o objetivo, dentre outros, de formular, junto com os setores afins, as
estratégias e ações para o desenvolvimento das linhas de cuidado, conforme as
políticas da Secretaria de Estado de Saúde e do Ministério da Saúde; Criar
instrumentos gerenciais para apoiar a implementação, o acompanhamento, o
controle e a avaliação das políticas, ações e serviços a serem desenvolvidas nas
linhas de cuidado; Monitorar e avaliar os indicadores das linhas de cuidado.
As equipes das áreas técnicas irão atuar junto à gestão da superintendência
de Atenção a Saúde, visando auxiliar nas demandas que ocorram nos outros
departamentos.

3.2 SUPERINTENDÊNCIA HOSPITALAR E DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

A Superintendência Hospitalar e de Urgência e Emergência foi criada pela


Lei nº 7512, publicada em D.O. Nº 5179 em 29 de abril de 2017, que altera o
Organograma da Secretaria Municipal de Saúde de Petrópolis. Dentre várias
atribuições, tem o objetivo de organizar, integrar e articular esta Rede,
estabelecendo fluxos e protocolos de atendimento a fim de garantir o acesso à
assistência da urgência e emergência.
A rede de Urgência e Emergência do município que atende ao SUS é
composta pelos serviços próprios e privados complementares ao SUS, abaixo
relacionados:

a) Infraestrutura:
 Hospitais Públicos: 02;
54

 Hospital Alcides Carneiro (HAC);


 Hospital Municipal Dr Nelson de Sá Earp (HMNSE);

 Hospitais Conveniados: 04;


 Hospital Clínico de Corrêas (HCC);
 Sanatório Oswaldo Cruz (SOC);
 Hospital Santa Teresa (HST);

 Centrais de Regulação: 03
 Central de Regulação de Leitos;
 Central de Regulação Ambulatorial;
 Central de Regulação Médica das Urgências;

 Atendimento Pré-Hospitalar: 02;


 Base Descentralizada SAMU Petrópolis Centro;
 Base Descentralizada SAMU Petrópolis Posse;

 Unidades de Pronto Atendimento:


 03 Unidades de Pronto Atendimento – UPA Centro, UPA Itaipava e UPA
Cascatinha;
 01 Pronto Socorro Leônidas Sampaio (PSLS);
 02 Serviços de Pronto Atendimento (SPA) – Posse e Pedro do Rio;

 Laboratórios Públicos: 06
 01 HAC;
 01 HMNSE;
 01 CSCPMJF;
 01 UPA Centro (terceirizado);
 01 UPA Cascatinha (terceirizado);
 01 UPA Itaipava (terceirizado);
 01 PSLS (terceirizado).

 Laboratórios Credenciados: 05
55

 Laboratório de referência: 01
 01 laboratório estadual – Laboratório Central Noel Nutels (LACEN-RJ)

 Ambulâncias:
 Unidades de Suporte Avançado: 05
01 HMNSE;
01 SAMU
01 UPA Centro;
01 UPA Cascatinha;
01 UPA Itaipava;
01 HAC;
 Unidades de Suporte Básico: 10
03 HMNSE;
02 SAMU
01 Secretário
01 PSLS;
01 SPA Posse;
01 SPA Pedro do Rio;
01 UPA Cascatinha;
 01 Almoxarifado Central e 01 Divisão de Farmácia Central

b) Capacidade instalada do município para atendimento pré-hospitalar

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU - 192

O SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência é o setor com a


atribuição de prestar o primeiro atendimento às situações médicas de emergência
fora do ambiente hospitalar, por meio de ambulâncias tripuladas e equipadas para
tal fim. Para tanto, dispõe da seguinte estrutura:

Recursos do SAMU para socorro rotineiro:


 Central de Regulação Médica das Urgências:
 Localizada à Avenida Barão do Rio Branco, 1975 – Centro.
56

 Recebe as solicitações de atendimento às emergências, por intermédio do


número telefônico gratuito 192. A Central mantém, permanentemente, 02
Médicos Reguladores de plantão. As solicitações são selecionadas (triadas) em
função da sua pertinência ao serviço e despachadas segundo o grau de
priorização. A conversa telefônica é gravada e o recurso a ser enviado para
realizar o atendimento é selecionado de acordo com a gravidade da situação,
podendo ser despachadas viaturas de SAV (Suporte Avançado à Vida) ou SBV
(Suporte Básico à Vida) ou ainda em combinações de recursos no formato de
trem de socorro.

Base Descentralizada SAMU Petrópolis Centro:


 Localizada à Avenida Barão do Rio Branco, 1975 – Centro.
 Local onde permanecem estacionadas duas ambulâncias de emergência
quando não se encontram em atendimento: 01 de Suporte Avançado de Vida,
tripulada por 01 Médico, 01 Enfermeiro e 01 Condutor Socorrista; 01 ambulância
de Suporte Básico de Vida, tripulada por 01 Técnico de Enfermagem e 01
Condutor Socorrista. O local conta com infraestrutura para higienização, sistema
de comunicação, reposição de materiais, em um ponto estratégico para facilitar
o acesso rápido às ocorrências.

Base Descentralizada SAMU Petrópolis Posse:


 Localizada à Estrada União Indústria, nº 32.954 A – Posse
 Local onde permanece estacionada uma ambulância de Suporte Básico de
Vida,quando não se encontra em atendimento. É tripulada por 01 Técnico de
Enfermagem e 01 Condutor Socorrista. A Base encontra-se em um ponto
estratégico para facilitar o acesso rápido às ocorrências da região.
 A composição da tripulação das viaturas atende às determinações da Portaria
2048/2002, complementada pela 1010/2012 do Ministério da Saúde. O
acionamento dos recursos é feito através do Operador de Frota, lotado na
Central de Regulação Médica das Urgências, de acordo com Regulação Médica.
57

HOSPITAIS PRÓPRIOS, PRIVADOS CREDENCIADOS / HABILITADOS

HOSPITAL CARACTERÍSTICAS ESPECIALIDADES/ SUS


Geral: Urgência/ Emergência
referenciada, Clínica Médica, Pediatria,
Cirúrgica Geral, Oncológica,
Serviço social autônomo Pediátrica, Plástica, Urológica,
HOSPITAL ALCIDES CARNEIRO
Público/Municipalizado Vascular, Ginecológica, Obstetrícia
Rua Vigário Corrêa n°1345
Leitos existentes: 190 (inclusive gestantes de alto risco), UTI-
Correas Tel: 2236-6600
SUS: 190 Geral, UTI-Neonatal, UTI- Infantil,
Oncologia. Ambulatório de
Especialidades e procedimentos
diagnóstico
HOSPITAL MUNICIPAL DR. Clínica Médica, ortopedia não
Público/ Próprio Leitos
NÉLSON DE SÁ EARP Ambulatório de Ortopedia, DST/Aids, e
existentes: 79
Rua Paulino Afonso 455 – Centro de Referencia para Hepatites
SUS: 79
Centro - Tel: 2233-4600 Virais e procedimentos diagnósticos
Geral: Urgência/ Emergência
referenciada pelos bombeiros,
CONCER, Clínica Médica, Cirúrgica,
Filantrópico/ UTI Geral, UTI - Coronariana,
HOSPITAL SANTA TERESA
contratualizado Hemodinâmica, Cirurgia Cardiovascular
Rua Paulino Afonso 477 –
Leitos existentes: 156 Neurocirurgia, Neuroembolização,
Centro - Tel: 2233-4600
SUS: 65 Traumato-Ortopedia de média ealta
complexidade, Cirurgia Torácica, TRS-
Terapia Renal Substitutiva.
Procedimentos diagnósticos.
Privado/
SANATÓRIO OSWALDO
Credenciado/habilitado Geral: Clínica Médica, Cuidados
CRUZ Rua Rodolfo Figueira de
Leitos existentes: 456 Prolongados.
Melo 06 Corrêas Tel: 2221-9404
SUS: 344
Fonte: DRCAA/ SMS - 2024
58

4. OPERACIONALIZAÇÃO DO CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA EM


SAÚDE (COES)

O Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) é uma estrutura


organizacional que tem como objetivo promover a resposta coordenada por meio da
articulação e da integração dos atores envolvidos. A sua estruturação permite a
análise dos dados e das informações para subsidiar a tomada de decisão dos
gestores e técnicos, na definição de estratégias e ações adequadas e oportunas
para o enfrentamento de emergências em saúde pública. Ele é constituído por
profissionais dos diversos setores da Secretaria Municipal de Saúde com
competência para atuar na tipologia da emergência identificada e será acionado
pelo Secretário Municipal de Saúde.

4.1 Organização do Comitê Operativo de Emergência – COE

Instituição/ email Nome Telefone


Secretário de Saúde
Marcus Antonio Curvelo da Silva 24 998500123
ssa@petropolis.rj.gov.br
Superintendência de Atenção à Saúde Cláudia Carvalho Respeita da
24 999654025
Sup.atencaosaude.petropolis@gmail.com Motta
Superintendência de Urgência e Emergência
Katia Albuquerque Cerqueira 24 992780747
sueh@petropolis.rj.gov.br
Superintendente de Planejamento e Apoio á
Gestão Carlos Alberto Pereira da Silva 24 98806-9723
ssaplanejamentopetropolis@gmail.com
Superintendente de Administração Finanças
e Recursos Humanos Michele Bernardo Lago Firme 24 981825201

Departamento de Atenção Básica


Luana de Souza Lopes de Melo 21 99155-5175
atencaobasicapetropolis2020@gmail.com
Departamento de Vigilância em Saúde Alessandra Sauan do Espírito 24 988236430
vigsaudepetropolis@gmail.com Santo Cardoso
Coordenadoria de Vigilância Ambiental e
Municipal do VigiDesastres Simone Sisnando Casal 24 999632275
coviambpetropolis@gmail.com
Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica
Alessandra Coutinho Pains 24 988820977
acpmcovieppetropolis@gmail.com
Centro de Referência em Saúde do
Trabalhador (CEREST) Eliane Nunes de Aguiar 24 988192760
cerestpetropolis.coordenacao2@gmail.com
Coordenadoria de Vigilância Sanitária
Leandro P. Lopes Serrano 24 988296187
covisapetropolis@gmail.com
Departamento de Saúde Mental 24 988136593
Oswaldo Alberto Filho
depsaudementalpetropolis@gmail.com
Diretor do SAMU
Claudio Hernanes Morgado 24 988232285
samuserrana192@gmail.com
Núcleo de Assistência Farmacêutica
Débora Fontes Correia 24 981022911
nafpetropolis@gmail.com
59

Assistência de Suprimentos Jaqueline Teles dos Santos


24 988032230
almoxarifadocentralfms@hotmail.com Soares
Assessoria de Comunicação
Carla Cavalcanti 24 99322-3315
ascomsecretariadesaude@gmail.com
Assessoria Jurídica
Fernanda Lemos 24 992315310
juridicosmspetropolis@gmail.com

4.2 Sala de Situação

A sala de situação está localizada na Secretaria de Saúde, situada à Rua


Teresa, 1515 - Alto da Serra - (Hipershopping Petrópolis - Centro Administrativo Frei
Antônio Moser), CEP: 25635-530. Tel.: (24) 2291-1717 (e-
mail: ssa@petropolis.rj.gov.br).
Com a finalidade de coordenar operativamente todas essas ações, a
Secretaria Municipal de Saúde instituirá um Comitê Operativo de Emergência –
COE, que será composta pela equipe técnica da SMS, item 4.1.

4.3 Sistema de Alerta


Um evento de saúde pública caracteriza-se como uma situação que
demande um emprego urgente de medidas de prevenção, de controle, de
contenção de riscos, de danos e de agravos à saúde pública em situações que
podem ser epidemiológicas, de desastres ou de desassistência a população.
Níveis de aviso para a ativação do COES:
Sem eventos de saúde pública. Profissionais permanecem
VIGILÂNCIA
em sua rotina de trabalho
Previsão de ocorrência de evento de saúde pública.
Monitorar alertas da Defesa Civil. O COES fica atento
quanto à possibilidade de ser acionado. Não há
ATENÇÃO
desabrigados, desalojados ou vítimas fatais. Pode haver
presença temporária de pessoas nos pontos de apoio
preventivamente, sem danos a estrutura de moradias.
Ocorrência de evento de saúde pública. Acionamento do
COES pelo Secretário Municipal de Saúde. Há vítimas, e/ ou
ALERTA desalojados, e/ ou desabrigados, podendo haver danos a
edificações, interdição viária por inundações ou
desmoronamentos.
60

4.4 Matriz de Responsabilidade:


Setores/Responsáveis

Atividades Depart. Superit. de


Depart. de Gabinete
COVIE COVIAM de Urgência e CO
Vigilância do
P B Atenção emergênci E
em Saúde Secretario
Básica a
Realizar a aplicação dos
instrumentos de coleta de dados
R P P NA P P I
nas unidades de saúde e nos
abrigos
Treinamento das equipes que irão
R P P NA P P I
aplicá-lo
Analisar os dados dos
instrumentos de coletas de
informações nos abrigos e nas
P P P P P P R
unidades de saúde, com a
finalidade de estabelecer as
prioridades de atuação
Consolidar, analisar e Enviar as
informações coletadas ao CIEVS R NA NA I NA NA I
Estadual
Comunicar as informações
epidemiológicas referentes ao
P R NA I NA NA I
desastre ao Sistema Nacional de
Vigilância Epidemiológica
Realizar busca ativa de agravos de
importância de saúde pública com
P R P I P P I
ênfase nas doenças diarreicas
agudas, leptospirose e hepatite A
Identificar e monitorar em parceria
com atenção básica, grupos
vulneráveis: idosos, gestantes,
P P NA I R P I
portadores de doenças crônicas ou
degenerativas, portadores de
necessidades especiais
Investigar de imediato os casos
suspeitos das doenças notificadas P R P I P P I

Realizar ações de controle e


bloqueio das doenças P R P I P P
Detectar precocemente os surtos e
executar ações para o controle P P P I R P I
imediato.
Acionar equipe de laboratório para
desempenhar os serviços de
R P P I P P I
coleta de amostra e diagnóstico
das possiveis doenças e agravos
Analisar o padrão epidemiológico
do município com o intuito de
R P P I P P P
estabelecer a relação entre o
aumento de casos e o desastre.
Intensificar as ações de vigilância
epidemiológica hospitalar e em
outros serviços de saúde, por meio
da sensibilização dos profissionais P R P I P P I
da assistência, especialmente para
os agravos esperados após o
evento
Implantar a vigilância sindrômica,
para aumentar a sensibilidade de P R P I P P I
detecção de casos suspeitos
Viabilizar após avaliação das
necessidade,s a imunização dos R P R I P P I
grupos vulneráveis
61

P= participa na atividade C = Deve ser consultado I = deve ser informado A=


Aprova
R = Responsável pela atividade (apenas um por atividade)

a) RESPOSTA

A resposta compreende a execução das ações previamente definidas no


COE, as quais são direcionadas especificamente a cada área técnica
compreendendo atividades de rotina e intensificação de algumas ações
necessárias. As ações de resposta objetivam salvar vidas, reduzir o sofrimento
humano, reduzir as vulnerabilidades e os riscos de adoecimento, evitar
propagação de doenças, diminuir perdas materiais e proteger a integridade dos
serviços de saúde (OPS, 2003)
O Plano de Contingência de Desastres Naturais da Secretaria Municipal
de Petrópolis será ativado sempre que forem constatadas as condições e
pressupostos que caracterizam um dos cenários de riscos previstos, seja pela
evolução das informações climáticas monitoradas pela Defesa Civil Municipal,
seja pela ocorrência de eventos adversos, seja pela dimensão do impacto
ocorrido.

b) CENÁRIOS

 Danos humanos, materiais e ambientais;


 Chuvas fortes causando inundações e/ou deslizamentos;
 Famílias desabrigadas e desalojadas;
 Presença de grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos, mulheres
grávidas, pessoas enfermas ou portadores de necessidades especiais;
 Danos na rede de distribuição de água com contaminação da água para
consumo humano;
 Danos da rede elétrica;
 Proliferação de animais peçonhentos e de vetores de zoonoses;
 Ocorrência de acidentes como traumas, lesões e afogamentos e doenças
ligadas às inundações.

c) REABILITAÇÃO
62

A reabilitação constitui um dos componentes da etapa de recuperação, na qual


se executam medidas para restabelecer, em curto prazo, os serviços básicos
indispensáveis às condições de vida normais de uma população. Uma medida
indispensável se refere ao monitoramento das ações de prevenção, promoção
proteção e educação, com o propósito de minimizar ou prevenir danos à saúde
humana.
As atividades necessárias são:
 Avaliar os danos (complementar);
 Identificar as necessidades para reabilitação;
 Reabilitar a rede de serviços de saúde;
 Restabelecer os serviços de fornecimento de água, energia elétrica,
transporte e telecomunicações;
 Intensificar as ações de vigilância epidemiológica de doenças decorrentes de
inundações;
 Intensificar a necessidade de promover ações para a atenção psicossocial da
população e dos trabalhadores envolvidos no processo;
 Intensificar as ações de controle de vetores (mosquitos), reservatórios
(roedores) e animais peçonhentos;
 Intensificar as ações de Vigilância Sanitária e executar medidas de controle e
de higiene nos ambientes públicos, domiciliares e comércios;
 Fortalecer o atendimento pré-hospitalar e hospitalar;
 Fortalecer fluxo de atendimento para agravos prioritários;
 Apoiar e sistematizar o manejo e destino de animais mortos.

Atendimento no local do acidente / desastre (Pré-Hospitalar):


O atendimento no local é aquele realizado nos primeiros minutos
após ter ocorrido o agravo à saúde da vítima, levando-a a deficiência física
ou mesmo à morte.
Objetivos:
 Dimensionar o cenário;
 Iniciar o tratamento de modo precoce;
 Viabilizar as funções vitais;
63

 Prevenir complicações;
 Tratar as condições que possam levar o paciente a risco de morte;
 Transportar o paciente com segurança ao hospital.

Triagem:
A triagem e a avaliação médica serão realizadas no local do desastre e
referenciadas para os diferentes níveis de atenção.
A triagem é um procedimento contínuo, que tem por finalidade
identificar pacientes em risco de morte e que serão salvos caso recebam prioridade.
Resumo dos Procedimentos de Atendimento Pré-Hospitalar - APH
Ações Sistematizadas:
As diversas fases do atendimento pré-hospitalar - APH desenvolvem-se ao
longo da cadeia de evacuação e caracterizam-se pelas seguintes ações:

 Acompanhamento das equipes de busca e salvamento;


 Abordagem e exame dos feridos;
 Reanimação cardiorrespiratória básica;
 Primeiros socorros, compreendendo, especialmente proteção dos
ferimentos, estancamento e controle das hemorragias, redução da dor e
prevenção do choque;
 Imobilização temporária das fraturas suspeitas;
 Imobilização da coluna vertebral, especialmente da coluna cervical, através
de colares cervicais, a menor suspeita de comprometimento da mesma;
 Fixação de pacientes em padiolas;
 Transporte dos feridos e reunião dos mesmos em pontos de embarque de
ambulâncias ou postos de socorro;
 Registro das condições gerais dos pacientes e dos procedimentos nas
fichas de evacuação;
 Revisão de procedimentos;
 Exame, classificação e triagem de pacientes;
 Recuperação e manutenção das constantes biológicas;
 Transporte assistido dos pacientes em unidades móveis de emergência,
terrestres, aéreas;
 Entrega dos pacientes em condições de viabilidade nas unidades de
64

urgência /emergência.

Classificação de Prioridades:

a) Prioridade 1:
Para os pacientes muito graves, em situação de risco iminente, mas viáveis
(pacientes de alto risco).
b) Prioridade 2:
Para os pacientes graves e viáveis, mas que não se encontram em situação de
risco iminente (feridos graves).
c) Prioridade 3:

Para os pacientes extremamente graves, em situação de risco iminente e inviáveis


(moribundos).

d)Prioridade 4:
Para os pacientes sem gravidade, que não se encontram em situação de risco e
que podem aguardar seu atendimento, sem perigo de agravamento (feridos
leves).

Referência para as Unidades de Urgência / Emergência e Hospitalares:


Os pacientes serão referenciados, de acordo com o nível de prioridade para
as unidades de saúde do município.

Caso a demanda supere a capacidade de atendimento da unidade serão:

 Redimensionadas as funções dentro do turno habitual de trabalho e


convocação de recursos externos;
 Recrutamento de funcionários de outros setores disponíveis no hospital:
enfermaria;
 Esvaziar sala de emergência;
 Interromper classificação de risco da triagem;
 Selecionar coordenadores de especialidade;
 Bloquear cirurgias que ainda não se iniciaram e cancelar internações para
cirurgias eletivas;
65

 Recrutar leitos na sala de recuperação pós-anestésica;


 Providenciar leitos na enfermarias;
 Recrutar leitos em cuidado intensivo viabilizando altas;
 O atendimento ao fluxo habitual do PS terá de ser desviado para outras
unidades que tenham condições de atendimento dos casos, visando à
prioridade do evento.

SE NECESSÁRIO, DE ACORDO COM A GRAVIDADE DOS CASOS, SERÁ


SOLICITADO ATRAVÉS DA CENTRAL MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE
LEITOS REFERENCIA À SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO RIO DE
JANEIRO, ATRAVÉS DA CENTRAL ESTADUAL DE REGULAÇÃO E À
CENTRAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO.

Para pacientes com prioridade 2; exceto casos de ortopedia que serão


encaminhadas ao HAC, serão referenciados para as Unidades de Pronto
Atendimento – UPAS( menos UPA Centro) e para o Pronto Socorro do Hospital
Nélson de Sá Earp, onde serão estabilizados (exames, medicação, suturas e
etc.) e, se necessário, transferidos para uma Unidade Hospitalar através de
solicitação à Central Municipal de Regulação de Leitos.

Fluxograma para Encaminhamento das Vítimas com Traumatismo Crânio-


Encefálico:

Pacientes com traumatismo crânio encefálico leve serão referenciados


para Urgências/Emergências do município (Hospital Alcides Carneiro, Hospital
Municipal Nelson de Sá Earp, Unidade de Pronto Atendimento - UPA
Cascatinha. Pacientes com traumatismo grave são sempre encaminhados
diretamente para o Serviço de neurocirurgia do Hospital Santa Teresa.

Fluxograma para Encaminhamento dos Pacientes das


Urgências/Emergências que Necessitam de Assistência Ortopédica:
As vitimas com fratura deverão ser referenciadas para atendimento de
ortopedia no Hospital Municipal Dr. Nelson de Sá Earp. Se houver necessidade
de cirurgia serão internados através de regulação no Hospital Santa Teresa.
66

Se o tratamento for conservador, o atendimento será prestado e havendo


condições de alta, o paciente será liberado.
Os casos classificados como emergência deverão ser encaminhados ao
hospital de referência – Hospital Santa Teresa, para tratamento cirúrgico imediato.
São classificadas como emergência:

 Fraturas e luxações expostas;


 Luxações não reduzidas no primeiro atendimento;
 Lesões tendinosas abertas;
 Artrite séptica;
 Fratura associada à lesão neurovascular aguda;
 Lesão instável do anel pélvico;
 Descolamento epifisário com desvio;
 Joelho flutuante (fratura de fêmur e tíbia ipsilateral);
 Cotovelo flutuante (fratura de úmero e ossos do antebraço ipsilateral);
 Síndrome compartimental aguda;
 Traumatismo raquimedular;
 Fratura supracondiliana de úmero graus II e III de Gartland;

Se houver superlotação nas unidades hospitalares e o paciente estiver


estabilizado o mesmo poderá ser transferido para hospital de apoio através de
solicitação à Central Municipal de Regulação de Leitos.

Em situações de emergências e desastres que ultrapassem a capacidade de


resolução a nível municipal, de acordo com a dimensão, a Central de Regulação
Médica das Urgências poderá acionar os recursos disponíveis das bases
descentralizadas que compõem o serviço. Poderá ainda acionar recursos de outras
centrais regionais do estado do Rio de Janeiro.

FLUXOGRAMA DE REFERÊNCIA DOS PACIENTES DAS


URGÊNCIAS/EMERGÊNCIAS QUE NECESSITAM DE CIRURGIA GERAL DE
EMERGÊNCIA/URGÊNCIA GRANDES LESÕES COM NECESSIDADE DE
67

SUTURA EM CENTRO CIRÚRGICO, CIRURGIA PEDIATRICA, MATERNIDADE.

Os pacientes serão referenciados para o Hospital Alcides Carneiro:

 Se houver traumatismo abdominal leve, e a vítima necessitar de


realizar exames de avaliação, o paciente deverá ser referenciado para as
unidades de urgência e emergência – UPAs, HAC, HMNSE;
 Se a vítima for criança, com lesões leves ou com necessidade de avaliação,
deverá ser referenciada para as UPAs, Hospital de Ensino Alcides Carneiro -
HEAC, Hospital Municipal Dr. Nélson de Sá Earp - HMNSE;
 Caso haja necessidade de intervenção cirúrgica, a unidade solicitará à
Central Municipal de Regulação de Leitos a transferência para o
Hospital de Ensino Alcides Carneiro
 Nos casos de gestantes, as mesmas serão transferidas para o Hospital
de Ensino Alcides Carneiro.

FLUXOGRAMA PARA ENCAMINHAMENTO DAS VÍTIMAS


POLITRAUMATIZADAS, TRAUMATISMO DE TORAX, LESÃO ARTERIAL

Referenciar para o Hospital Santa Teresa.

UNIDADES DE REFERÊNCIA PARA TERAPIA INTENSIVA:

Vítimas que se encontram nas Unidades de Urgência/Emergência e nas


unidades hospitalares que necessitem de Unidade de Terapia Intensiva – UTI
deverão ser inseridas na Central Municipal de Regulação de Leitos, e reguladas
de acordo com a demanda, priorizando gravidade, viabilidade e disponibilidade de
vaga com o perfil da vítima.

REFERÊNCIA PARA OS DISTRITOS 1º DISTRITO:


 Atenção Básica:
1º Distrito
CENTRODESAÚDEITAMARATI(DrJorgeFerreiraMachado)
UBSARARAS
UBSRETIRO(Dr.LatufGibrailNeto)
UBS GLÓRIA
68

USFAGUASLINDAS
USFBOAVISTA
USFBONFIM
USFCARANGOLA
UBS MANOEL FRANCISCO ASSUMPÇÃO (VICENZO RIVETTI)
USFCASTELOSÃOMANOEL(SergioLuizBastos)
USFESTRADADASAUDADE
USFFAZENDAINGLESA
USFJARDIMSALVADOR
USFMACHADOFAGUNDES
USFMOINHOPRETO
USFNOVACASCATINHA
USFVALEDASVIDEIRAS
USFVALEDOCARANGOLA
CENTRODESAÚDEITAMARATI(DrJorgeFerreiraMachado)
UBSARARAS
UBSRETIRO(Dr.LatufGibrailNeto)
UBS GLÓRIA

 Pré- hospitalar: UPA Centro, Pronto Socorro Alto da Serra;


 Hospitalar: Conforme o perfil da demanda o paciente será
referenciado para as unidades hospitalares supracitadas;
 Estão localizados no 1º Distrito o Hospital Municipal Dr. Nélson de Sá Earp
e o Hospital Santa Teresa.

2º DISTRITO:

 Atenção Básica:
CENTRO DE SAÚDE ITAMARATI (Dr Jorge Ferreira Machado)
UBS ARARAS
UBS CASCATINHA
UBS RETIRO (Dr. Latuf Gibrail Neto) - interditado
USF AGUAS LINDAS
USF BOA VISTA
USF BONFIM
USF CARANGOLA
USF CASTELO SÃO MANOEL (Sergio Luiz Bastos)
USF ESTRADA DA SAUDADE
USF FAZENDA INGLESA
USF JARDIM SALVADOR
USF MACHADO FAGUNDES
USF MOINHO PRETO
USF NOVA CASCATINHA
USF VALE DAS VIDEIRAS
69

USF VALE DO CARANGOLA

 Pré-hospitalar: UPA Cascatinha, Urgência e Emergência do Hospital de


Ensino Alcides Carneiro.

 Hospitalar: Conforme o perfil da demanda o paciente será referenciado


para as unidades hospitalares supracitadas;

 Estão localizados no 2º Distrito o Hospital de Ensino Alcides Carneiro, e


Sanatório Oswaldo Cruz.

3º DISTRITO:
 Atenção Básica:
UBS ITAIPAVA
USF BOA ESPERANÇA
USF COMUNIDADE PRIMEIRO DE MAIO
USF LAJINHA

 Pré-hospitalar: o paciente será referenciado para as unidades


supracitadas localizadas no 1º e 2º Distritos, UPA Itaipava
 Hospitalar: Conforme o perfil da demanda o paciente será referenciado
para as unidades hospitalares supracitadas localizadas no 1º e 2º Distritos;

4º DISTRITO:

 Atenção Básica:
UBS PEDRO DO RIO (Jorge Chimelli)
USF SECRETARIO
USF VILA RICA

 Pré-hospitalar: o paciente será referenciado para o Serviço de Pronto


Atendimento Pedro do Rio, UPA Itaipava e para as unidades
supracitadas localizadas no 1º e 2º Distritos,
 Hospitalar: Conforme o perfil da demanda, o paciente será referenciado
para as unidades hospitalares supracitadas localizadas no 1º e 2º Distritos.

Caso haja impedimento para acessar o local do sinistro, as vitimas


receberão os primeiros socorros na tentativa de estabilizar o quadro. Este
70

ocorrerá na unidade de pronto atendimento de Pedro do Rio até que


necessitem de assistências em unidades com maior complexidade para
resolução dos casos.

5º DISTRITO:

 Atenção básica:
USF BREJAL
USF POSSE
AMBULATORIO DE ESPECIALIDADE JOAO CORREIA DE LIMA
(POSSE)

 Pré-hospitalar: o paciente será referenciado para o Serviço de Pronto


Atendimento da Posse e para as unidades supracitadas localizadas no 1º 2º
e 3º Distritos,

Caso haja impedimento para acessar o local do sinistro, as vitimas


receberão os primeiros socorros na tentativa de estabilizar o quadro. Este
ocorrerá na unidade de pronto atendimento da posse até que necessitem de
assistências em unidades com maior complexidade para resolução dos
casos.

 Hospitalar: Conforme o perfil da demanda o paciente será referenciado


para as unidades hospitalares supracitadas localizadas no 1º e 2º Distritos.

Caso haja impedimento físico de acessar locais dos sinistros pelas vias
terrestres, o poder público estadual será acionado ficando responsável pela
viabilização do transporte aéreo. Este transporte será como alternativa
para o paciente que receberá 1° assistência no SPA da Posse ou SPA de
Pedro do Rio.

EQUIPE ITINERANTE

Serão montadas equipes multiprofissionais para atuar e dar apoio às


unidades de saúde e abrigos existentes ou que possam ser montados
71

dependendo da demanda do município.

Voluntariado:
Devem:
Submeter-se à legislação vigente;
Assinar termo de responsabilidade e compromisso;
Participar de oficina para orientação e definição de ações;
Receber material de identificação.

Profissionais trabalhando em campo:


Os profissionais poderão contar com uma equipe, em local protegido para
receber suporte psicológico, realizar trocas de experiências, discutirem ações e
descansar.

Articulação com a Secretaria Municipal de Defesa Civil e Ações Voluntárias

Desde 2008 a Secretaria Municipal de Saúde mantém parceria com a Defesa


Civil. Atualmente temos uma relação de proximidade nas ações, inclusive com grupo
on-line onde acontece a comunicação diária sobre os dados metereológicos,
eventos e programações.
O Plano de Contingência da Secretaria de Saúde está incluído no Plano Verão
da Secretaria de Defesa Civil e Ações voluntárias e na sua Matriz de
Responsabilidades.
72

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de


Preparação e Resposta aos Desastres Associados às Inundações para a
Gestão Municipal do Sistema Único de Saúde. Ministério da Saúde. 2011

BRASIL. Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses: Normas


técnicas e operacionais. Ministério da Saúde. 2016

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente.


Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde e Ambiente. Guia
de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] Vol. 1, 2 e 3. 6. ed. Brasília: Ministério
da Saúde, 2023.

Plano de Atendimento – Preparação Hospitalar - Desastres e Incidentes com


Múltiplas Vítimas Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo – 2012;

Plano de Contingências para Emergências e Desastres – Orientações de


elaboração para as Secretarias Municipais de Saúde – Secretaria Estadual de
Saúde;

Plano Municipal de Saúde de Petrópolis 2022/2025

Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Universitário de Estudos e


Pesquisas sobre Desastres. Atlas Brasileiro de Desastres Naturais: 1991 a 2012.
2. ed. rev. ampl. – Florianópolis: CEPED UFSC, 2013
73

Anexo I: Mapa do município de Petrópolis por Distritos

Fonte: Mapas de Petrópolis – Bing Imagens


74

Anexo II - Rede Municipal de Saúde

Departamento de Atenção Básica – SMS de Petrópolis.


75

Anexo III - Relação dos Pontos de Apoio

Bairro Escola
SUPORTE
1 Amazonas E.M. Stefan Zweig - Rua Sergipe, 49 2245-6737 PSF Amazonas
E. M. Governador Marcelo Alencar Avenida
2 Quitandinha Amaral Peixoto, s/n – 2245- 7780 PSF Amazonas
Petrópolis - RJ - CEP: 25651-010

3 Quitandinha PSF - Vila Saúde 2235-0359 PSF Vila Saúde

Colégio Princesa Isabel General


4 Quitandinha UBS Quitandinha
Rondon, 2291-0723
Escola M.João Paulo II Rua São
5 São Sebastião Sebastião, 625 São Sebastião - Petrópolis - PSF São Sebastião
RJ – 2291- 2244; 2220-1156
Escola Rosalina Nicolay - R. Presidente
6 Siméria PSF Alto Siméria
Sodre,1026 – 2291-0560 (Alexandre)
Escola N. S. da Glória Rua Augusto Severo, s/n
7 Morin UBS Morin
Petrópolis - RJ – 2245-8243

E.M. Ana Mohamed - Etr do Paraiso, 701


8 Sargento Boening PSF Sargento Boening
- Sarg. Boening – 2247-8908

E.M. Augusto Mechick Rua 24 de Maio, s/n Alto


9 24 de Maio PSF 24 de Maio
Serra - Petrópolis - RJ – 2246-0278

Esc. Geraldo Ventura Dias (contato


10 Meio da Serra PSF Meio da Serra
Rafaela) 2235-0793

Esc. M. Ver. José Fernandes da Silva - Rua


11 Alto da Serra PSF Alto da Serra
Teresa, 1781 (2231-1668)
PSF São João Batista
12 Bingen - João Xavier Igreja São Jorge – 2246-5440 e Menino Jesus de
Praga
UBS Alto
13 Alto Independência CIEP - Santos Dumont
Independência

UBS Alto
14 Alto Independência IGREJA METODISTA
Independência
E.M Alto Independência (Esc. Rosa) - Rua
UBS Alto
Alto Independência Leonor Maia, 1670
15 Independência
Independência - Petrópolis - RJ – 2247- 2235
Atílio Marotti Escola Paroquial N. S. do Carmo – 2245- 4318 UBS Retiro
16
Escola Paula Saldanha - (Solimar) - 2291-5484 PSF Estrada da
17 Estrada da Saudade
Etr. Da Saudade s/nº Saudade

E.M. Senador Mario Martins - Rua Flávio


18 Caxambu PSF Caxambu
Cavalcante, s/nº - 2242-2679

Obs: De acordo com a necessidade ou criação de novos abrigos, outras


unidades de saúde, poderão prestar suporte e atendimento.
76

Anexo IV - Local de Instalação das Sirenes de Alerta e Pontos de Apoio.

SIRENES E PONTOS DE APOIO


24 de Maio 1 E.E. Professor Augusto
S1 Rua Nova
C1 24 de Maio PA 1 Meschick
24 de Maio 2
S2 Morro do Estado 2291-1560
S3
E.M. José Fernandes da Silva
C2 Alto da Serra Ferroviários PA2
2242-3090 2231-0862

S4 Vila Felipe 1 - Campinho


E.M. Rubens Bomtempo
C3 Vila Felipe PA3
S5
Vila Felipe 2 – Chácara 2248-3835
Flora
Sargento E.M. Ana Mohammad
C4 S6 Sargento Boening PA4
Boening 2291-2372
São Sebastião 1
S7 E.M. Papa João Paulo II
C5 São Sebastião PA5
S8
São Sebastião 2 2291-2244
E.M. Rosalina Nicolay
C6 Siméria S9 Siméria PA6
2248-1835
Independência
S10 Rua O E. M. Alto Independência
C7 Independência PA7
S11
Independência 2247-2235
Taquara
E.P. Bom Jesus
C8 Thouzet S12 Dr. Thouzet PA8
2247-9610
E.M. Stefan Zweig
S13 Amazonas PA9
2245-6737

S14 Ceará

E.M. Marcelo Alencar


C9 PA10
Quitandinha 2291-4196
S15 Espirito santo

E.M. Odette Fonseca


S16 Duques PA11
22492123
E.M. Chiquinha Rolla
S17 Rio de Janeiro PA12
2242-7437
Salão Paroquial São Paulo
C10 Bingen S18 João Xavier PA13 Apóstolo

E.M. Paula Buarque


C11 Gentio S19 Gentio PA14
2222-6445
C12 Vale do Cuiabá S20 Boa Esperança PA15 Quadra Boa Esperança

C – Comunidades = 12 S – Sirenes = 20 PA – Ponto de Apoio = 15


77

Anexo V - Fluxograma de Acionamento para Atendimento a Vítimas em


Situação de Desastres

Conhecimento da situação de emergências


em situação de desastre
Via Central 192 ou Comitê Operativo de Emergências SMS (COE)

Fonte confiável?

SIM NÃO

Checar as informações com órgãos


Acionar oficiais Defesa Civil e CBMERJ

Confirmado Não Confirmado


CENTRAL DE REGULAÇÃO MÉDICA DE
EMERGÊNCIAS – SAMU
 Acionar CBMERJ para apoio; Monitorar a situação
 Enviar recurso disponível mais próximo;
 Acionar Operacional CPTRANS para
informação de rotas alternativas e, se
necessário, apoio em deslocamento.
 Informar Rede Referenciada após avaliação
da cena
 Considerar solicitar apoio de outras
regionais

Comite Operacinal de Emergências COE SMS


 Comunicar equipe COE PMP
 Acionar Apoiador Regional e Agente
Comunitário de Saúde Regional
 Informar Unidades de Urgência / Emergência
(Próprias e conveniadas)
 Monitorar ações
78

Anexo VI – Fluxo de Acionamento da Central de Regulação Médico das Urgências


(SAMU 192)

Entrada do chamado através do 192


Atendimento pelo TARM - abertura da ocorrência
Nome do solicitante, motivo do chamado, nome da vítima, idade, grau de
parentesco, endereço (Rua, nº, bairro, município, ponto de referência)

Em situações de URGÊNCIA VERMELHA a


ligação é passada para o médico antes da
abertura do chamado com posterior devolução
para identificação dos dados.

Médico Regulador
Realiza a triagem do atendimento decidindo
por orientação ou envio de recurso.

Operador de Frota Em situações de interdição de vias o


Operador de Frota entra em contato via
Aciona a equipe de acordo com recurso celular ou rádio (canal 1) com o setor
definido pelo Médico Regulador operacional da CPTRANS para buscar
informações de vias alternativas.

Base Descentralizada Petrópolis Centro Base Descentralizada Petrópolis Centro Base Descentralizada Posse
USB 12 USA 02 USB 11
Unidade de Suporte Básico de Vida Unidade de Suporte Avançado de Vida Unidade de Suporte Básico de Vida
Condutor Socorrista Condutor Socorrista Condutor Socorrista
Técnico de Enfermagem Enfermeiro Técnico de Enfermagem
Médico Intervencionista

Avaliação da cena
Avaliação primária e secundária

Médico Regulador Panorama das unidades de


Regulação Médica realizada via telefone após emergência atualizado através de
grupo WhattsApp (GT
avaliação da cena Planejamento e Monitoramento
SMS)

Contato realizado com a unidade


de referência para passagem do
caso e preparação da equipe
Liberação no Local Encaminhamento para para recepção do paciente
unidade hospitalar
de acordo com a grade de referências
79

Anexo VII - Fluxograma da Atenção Básica para Desastres Socioambientais


80

Anexo VIII – Relação de Unidades Básicas de Saúde Endereços

CENTRO DE SAÚDE ITAMARATI Dr Jorge Ferreira Machado CNES 2276003


RUA BERNARDO PROENÇA, Nº 32 - BAIRRO - ITAMARATY
Tel: 2243-5432

UBS ALTO INDEPENDENCIA CNES 2275899


RUA ÂNGELO JOÃO BRAND S/N° - BAIRRO - ALTO INDEPENDENCIA
Tel: 2243-8386

UBS ARARAS CNES 2275937


ESTRADA BERNARDO COUTINHO N° 2.256 - BAIRRO - ARARAS
Tel: 2225-1320

UBS ITAIPAVA CNES 2275902


ESTRADA PHILÚVIO CERQUEIRA RODRIGUES S/N°- BAIRRO - ITAIPAVA
Tel: 2291-1356

UBS MORIN CNES: 2275945


RUA PEDRO IVO n°81 - BAIRRO -MORIN
Tel: 2243-9825

UBS MOSELA (Joгo Werneck de Carvalho) CNES : 6574106


RUA MOSELA, 744 - BAIRRO - MOSELA
Tel: 2249-6909

UBS PEDRO DO RIO (Jorge Chimelli) CNES : 2276011


ESTRADA UNIAO INDÚSTRIA - BAIRRO -PEDRO DO RIO
Tel: 2223-2035 / 2223-1676

UBS QUITANDINHA CNES 2275880


RUA GEN ERAL RONDON, N° 400 e 490 - BAIRRO QUITANDINHA –
Tel: 2246-9195

UBS RETIRO (Dr. Latuf Gibrail Neto) CNES : 2275775


AV. BARÃO DO RIO BRANCO, PROX AO SACOLÃO - BAIRRO - RETIRO
Tel: 2231-6707

UBS GLÓRIA CNES4204867


RUA RAIMUNDO NORATO BRUNO 685 – BAIRRO CORREAS
TEL: 99208-0898

UBS MANOEL FRANCISCO ASSUMPÇÃO (VICENZO RIVETTI)


Estrada VicenzoRivetti S/N – Bairro Carangola
Tel: (24) 98853 – 1742 Gerente Carla Klin
81

Anexo IX - Relação de Unidades Básicas com Estratégia Saúde da Família


Endereços

USF AGUAS LINDAS CNES : 2766744


ESTRADA DO PALMITAL Nº 768 - BAIRRO - NOGUEIRA
Tel: 2236-2353

USF ALTO DA SERRA CNES : 3340635


RUA ALYNTHOR WERNECK N° 68 - BAIRRO- ALTO DA SERRA
Tel:2231-3686

USF ALTO SIMÉRIA CNES: 2275686


RUA MANUEL FRANCISCO DE PAULA, S/N. º - BAIRRO -ALTO SIMERIA
Tel: 2242-6980

USF BAIRRO CASTRIOTO CNES: 2275856


RUA SANTA RITA DE CASSIA, N º 114 BAIRRO CASTRIOTO
Tel: 2246-5440

USF BATAILLARD CNES : 3616851


RUA E ,N° 35 - PARQUE RESIDENCIL MOSELA
Tel: 2246-6481

USF BOA ESPERANÇA CNES : 2275910


ESTRADA MINISTRO SALGADO FILHO S/Nº - BAIRRO - CUIABÁ
Tel: 2222-7675

USF BOA VISTA CNES : 3049825


R. HENRIQUE JOÃO DA CRUZ Nº 300 - BAIRRO - BOA VISTA
Tel: 2247-5511

USF BONFIM CNES : 2275716


ESTRADA DO BONFIM S/N- BAIRRO - BONFIM
Tel: 2236-0268

USF BREJAL CNES : 3049795


ESTRADA DO BREJAL, KM 06 POSSE -
BAIRRO - POSSE
Tel: 2259-2016

USF CARANGOLA CNES : 2275872


ESTRADA DO CARANGOLA, N ° 860 BAIRRO CARANGOLA -
Tel: 2247-4573

USF CASTELO SÃO MANOEL (Sergio Luiz Bastos) CNES : 5997674


RUA CAPITÃO JOÃO AMÂNCIO DE SOUZA COUTINHO , Nº436 - BAIRRO - CASTELO
SAO MANOEL
Tel: 2291-1394

USF CAXAMBU SANTA IZABEL CNES : 2275791


ESTRADA JOSÉ DE ALMEIDA AMADO, s/n° - BAIRRO -CAXAMBU
Tel: 2235-5561
82

USF CAXAMBU LUZITANO CNES :


RUA FLAVIO CAVALCANTE N°154 - BAIRRO - CAXAMBU
Tel: 2291--7536

USF COMUNIDADE 24 DE MAIO CNES : 2766736


RUA 24 DE MAIO, N°197 - BAIRRO - CENTRO
Tel: 2243-8713

USF COMUNIDADE MENINO JESUS DE PRAGA CNES : 2275724


RUA JOÃO XAVIER N°269,- BAIRRO DUARTE DA SILVEIRA
Tel: 2248-9522

USF COMUNIDADE PRIMEIRO DE MAIO CNES : 2275740


ESTRADA PHILÚVIO C. RODRIGUES, KM 05 - BAIRRO - MADAME MACHADO
Tel: 2222-6454

USF COMUNIDADE SÃO JOAO BATISTA CNES : 2275783


R LUIZ WINTER, Nº 560, BAIRRO-DUARTE DA SILVEIRA
Tel: 2248-9604

USF DR THOUZET CNES : 2275708


RUA DOUTOR THOUZET, 609 - BAIRRO QUITANDINHA
Tel: 2247-9590

USF ESTRADA DA SAUDADE CNES: 2275996


ESTRADA DA SAUDADE, N º 160 - BAIRRO - ESTRADA DA SAUDADE -
Tel: 2243-5516

USF FAZENDA INGLESA CNES : 2275953


ESTRADAFAZENDA INGLESA, S/N- BAIRRO - FAZENDA INGLESA
Tel: 2246-6229

USF JARDIM SALVADOR CNES : 2766752


RUA RICARDO SALVINI N°69 - BAIRRO ROSEIRAL-
Tel: 2247-7952

USF LAJINHA CNES : 2275732


EST RADA PHILÚVIO CERQ UEIRA RODRIGUES S/ N- BAIRRO - ITAIPAVA
Tel: 2222-5196 (TEMPORARIAMENTE)

USF MACHADO FAGUNDES CNES: 3049809


RUA DR. PAULO HUDGE, Nº 238 - BAIRRO - CASCATINHA
Tel: 2248-8752

USF MEIO DA SERRA CNES : 2275988


ESTRADA VELHA DA ESTRELA, S/Nº - BAIRRO MEIO DA SERRA
Tel: 2249-6786

USF MOINHO PRETO CNES : 2766760


RUA JOÃO XAVIER , Nº 2.109 - BAIRRO - MOINHO PRETO
Tel: 2247-4707

USF NOVA CASCATINHA CNES : 3049817


RUA HÍVIO NALIATO ,Nº 951 BAIRRO - SAMAMBAIA
Tel: 2280-1966
83

USF PEDRAS BRANCAS CNES : 6970435


RUA PEDRAS BRANCAS , Nº 1.190 - BAIRRO PEDRAS BRANCAS
Tel: 2235-4078

USF POSSE CNES : 2275767


ESTRADA UNIÃO INDUSTRIA, Nº 33.530 - BAIRRO - POSSE
Tel: 2259-2251

USF SANTISSIMA TRINDADE CNES: 5662370


RUA PRESIDENTE NEREU RAMOS N°100 BAIRRO - VALPARAISO - CEP - 25655367
Tel: 2248-8497

USF SÃO SEBASTIAO CNES : 2275864


RUA SÃO SEBASTIÃO, N ° 625 - BAIRRO- SÃO SEBASTIÃO
Tel: 2291-7569

USF SARGENTO BOENING CNES : 3370240 -


ESTRADA DO PARÍSO N° 663-BAIRRO- CASTELÂNEA
(IGREJA SAGRADA FAMÍLIA TEMPORARIAMENTE)

USF SECRETARIO CNES: 2275848


RUA VISCONDE DE SÃO BERNARDES, 320 - BAIRRO - SECRETARIO
Tel: 2228-1420

USF VALE DAS VIDEIRAS CNES : 2275805


ESTR. ALMIRANTE PAULO M. MEIRA, N º 8.201 BAIRRO VALE DAS VIDEIRAS
Tel: 2225-3341

USF VALE DO CARANGOLA CNES : 2275759


ESTRADA SERTÃO DO CARANGOLA, S/Nº - BAIRRO - SERTAO DO CARANGOLA -
Tel: 2291-8254

USF VILA FELIPE CNE: 2275813


RUA ERMÍNIO SCHIMIDT , S/N.º - BAIRRO VILA FELIPE
Tel: 2246-9057

USF VILA RICA CNES: 2275678


RUA A, AO LADO DA QUADRA 28 BAIRRO VILA RICA
Tel: 2223-5405

USF VILA SAUDE CNES : 2275694


RUA SANTA CATARINA, 23 - QUADRA 41 BAIRRO - QUITANDINHA
Tel: 2235-0359
84

Anexo X - Referências para abertura das Unidades em Emergências

Quando não conseguir contato, o Gerente deverá ser acionado.

I REGIÃO:
UNIDADE NOME TELEFONE
PSF AMAZONAS I Esther/Andrea 99223-9026/99205-2611
PSF AMAZONAS II Esther/Andrea 99223-9026/99205-2611
PSF SIMÉRIA Rosangela/Aparecida 99285-3410/21-98417-0994
PSF DR. THOUZET Viviane 98847-3308
PSF VILA SAÚDE Isabel/Gabriela 98812-8597/98812-4914
PSF SANTÍSSIMA TRINDADE Rodrigo/Felipe Gomes 988053192/98175-3264
PSF SÃO SEBASTIÃO I E II Vânia/Gisele 98853-1546/98134-7980

II REGIÃO
UNIDADE NOME TELEFONE
PSF ALTO DA SERRA I Jozilene 98803-5396
PSF ALTO DA SERRA II Jozilene 98803-5396
PSF ALTO DA SERRA III Jozilene 98803-5396
PSF MEIO DA SERRA Juliana 992731850
PSF SGTO. BOENING Ana Eiras 988394389
PSF VILA FILIPE Carla/Vanessa 98843-8031/98806-5414
PSF 24 DE MAIO Lucia Fátima/Milena 988425650/22438713
PSF CAXAMBU Sta. ISABEL Janaína S./Viviane R. 988146311/ 999873355
PSF CAXAMBÚ LUSITANO Glaucia 988684648

III REGIÃO:
UNIDADE NOME TELEFONE
PSF MENINO JESUS Ana Stutzel 998496924 / 988219223
Raiza 992220629
PSF MOINHO PRETO Ana Lucia/Sueli 98828-1517/99273-5276
PSF Bairro Castrioto Rosimere/Letícia 98806-1754/98815-6114
PSF Fazenda Inglesa Daniele/Lilian 992526780/981616726
PSF Pedras Brancas Sônia/ Maria Luiza 99330-0649/99221-
4637
PSF Bataillard Edna A./Lúcia 99310-5065/999937438

PSF São João Batista Bernardete 992575559

IV REGIÃO :
AS UNIDADES SÃO CONVENIADAS COM A FMP/UNIFASE, (2244-6464).
UNIDADE NOME TELEFONE
PSF BOA VISTA Simone A./Flavia C. 99993-9380/99258-0517
85

PSF ESTRADA DA Anna 99931-3993/ 32-99921-


SAUDADE I Beatriz/Lucas/Leandro 9530/98815-1128
PSF ESTRADA DA Anna 99931-3993/ 32-99921-
SAUDADE II Beatriz/Lucas/Leandro 9530/98815-1128
PSF MACHADO Adriana/Wilma 99278-3537/98841-8499
FAGUNDES
PSF NOVA CASCATINHA Jeferson/Daniela F./Ana 98823-5373/98818-
Luiza 9652/98168-0269

V REGIÃO:
UNIDADE NOME TELEFONE
PSF CASTELO S. Natécia /Talita 99293-0828/99249-4502
MANOEL
PSF CARANGOLA I e II Jaqueline 99289-0141/99232-5024
Machado/Renata
Regina da Silva
PSF JARDIM Alessandra/Rejane 98833-4971/98807-3310
SALVADOR
PSF VALE DO Laudelice/Raquel 998338-8365/99854-1299
CARANGOLA

VI REGIÃO
UNIDADE NOME TELEFONE
PSF ÁGUAS LINDAS Léa/Andrea Coelho 99269-6841/99815-6452
PSF BOA ESPERANÇA Angela Silva 993026161/22227675
PSF BONFIM Ana Claudia 99212-8928/2236-0268
PSF PRIMEIRO DE Vanessa Santos 992475309/22226454
MAIO
PSF LAJINHA Patrícia 99204-1084
PSF VALE DAS Marcos (21)99849-5244
VIDEIRAS

VII REGIÃO
UNIDADE NOME TELEFONE
PSF BREJAL Maria Auxiliadora 98819-1352/2259-2016
PSF POSSE I Ana Angélica 99947-8272
PSF POSSE II Ana Angélica 99947-8272
PSF POSSE III Ana Angélica 99947-8272
PSF SECRETÁRIO Maria de Fátima/Cleusa 99280-1330/98856-3544
PSF VILA RICA Laura 99247-7468
PSF BREJAL Maria Auxiliadora 98819-1352/2259-2016
86

ANEXO XI - GERENTES e ENCARREGADOS DA ATENÇÃO BÁSICA

I REGIÃO
UNIDADE TEL. GERENTE / ENCARREGADO
USF ALTO SIMÉRIA 2242-6980 CAROLINA FARIA RODRIGUES 21 98256-5597
USF SANTÍSSIMA TRINDADE 2248-8497 CAROLINA FARIA RODRIGUES 21 98256-5597
USF SÃO SEBASTIÃO I 2291-7569 CAROLINA FARIA RODRIGUES 21 98256-5597
USF SÃO SEBASTIÃO II 2291-7569 CAROLINA FARIA RODRIGUES 21 98256-5597
USF AMAZONAS I 2249-6917 CARLA M.SOARES DE AVELLAR 24 99253-3266
USF AMAZONAS II 2249-6917 CARLA M.SOARES DE AVELLAR 24 99253-3266
USF VILA SAÚDE 2235-0359 CARLA M.SOARES DE AVELLAR 24 99253-3266
USF DOUTOR THOUZET 2246-5849 CARLA M.SOARES DE AVELLAR 24 99253-3266
UBS ALTO INDEPENDÊNCIA 2243-8386 CATIA OLIVEIRA ROLIM SILVA 24 99266-2492
ARIANA GOMES MEDINA DA SILVA CAMPOS
UBS QUITANDINHA - DNIT 2246-9195 24 99218-5804

II REGIÃO
UNIDADE TEL. GERENTE / ENCARREGADO
USF ALTO DA SERRA I (SAÚDE
NA HORA) 2231-3686 GISELLE DA S. C. NUNES 24 98822-3298
USF ALTO DA SERRA II (SAÚDE
NA HORA) 2231-3686 GISELLE DA S. C. NUNES 24 98822-3298
USF ALTO DA SERRA III (SAÚDE
NA HORA) 2231-3686 GISELLE DA S. C. NUNES 24 98822-3298
USF MEIO DA SERRA 2235-0816 GISELLE DA S. C. NUNES 24 98822-3298
UBS MORIN 2243-9825 MARISA RODRIGUES 24 99839-5978
VILA FELIPE 2246-9057 MARISA RODRIGUES 24 99839-5978
USF 24 DE MAIO 2243-8713 DANIELE CAMPOS DA SILVA 21 99818-9586
USF CAXAMBU SANTA ISABEL 2235-5561 DANIELE CAMPOS DA SILVA 21 99818-9586
USF CAXAMBU LUZITANO 2291-7536 DANIELE CAMPOS DA SILVA 21 99818-9586
SARGENTO BOENINNG DANIELE CAMPOS DA SILVA 21 99818-9586

III REGIÃO
UNIDADE TEL. GERENTE / ENCARREGADO
USF BAIRRO CASTRIOTO 2246-5440 BIANCA PRATA RONDON 98848-5328
USF BATAILLARD 2246-6481 BIANCA PRATA RONDON 98848-5328
USF PEDRAS BRANCAS 2235-4078 BIANCA PRATA RONDON 98848-5328
UBS MOSELA 2249-6909 BIANCA PRATA RONDON 98848-5328
USF COM. MENINO JESUS DE
PRAGA 2248-9522 ADRIANA SAMPAIO BARBOSA 21 99969-9801
USF COM. SÃO JOÃO BATISTA 2248-9604 ADRIANA SAMPAIO BARBOSA 21 99969-9801
USF MOINHO PRETO 2247-4707 ADRIANA SAMPAIO BARBOSA 21 99969-9801
USF FAZENDA INGLESA 2246-6229 ADRIANA SAMPAIO BARBOSA 21 99969-9801

IV REGIÃO
UNIDADE TEL. GERENTE / ENCARREGADO
CAROLINA DE OLIVEIRA LACHI LARANJA 24
USF BOA VISTA (FMP/FASE) 2247-5511 98803-1122
USF ESTRADA DA SAUDADE I CAROLINA DE OLIVEIRA LACHI LARANJA 24
(FMP/FASE) 2243-5516 98803-1122
87

USF ESTRADA DA SAUDADE II CAROLINA DE OLIVEIRA LACHI LARANJA 24


(FMP/FASE) 2243-5516 98803-1122
USF MACHADO FAGUNDES CAROLINA DE OLIVEIRA LACHI LARANJA 24
(FMP/FASE) 2248-8752 98803-1122
USF NOVA CASCATINHA CAROLINA DE OLIVEIRA LACHI LARANJA 24
(FMP/FASE) 2280-1694 98803-1122
CÁTIA REGINA R.B. FERNANDES 24 99327-
CENTRO DE SAÚDE ITAMARATI 2243-5432 5358

V REGIÃO
UNIDADE TEL. GERENTE / ENCARREGADO
USF CARANGOLA I 2247-4573 CARLA KILNG DOS REIS 24 98853 1742
USF CARANGOLA II 2247-4573 CARLA KLING DOS REIS 24 98853-1742
UBS VICENZO RIVETTI CARLA KILNG DOS REIS 24 98853-1742
USF VALE DO CARANGOLA 2291-8254 CARLA KILNG DOS REIS 24 98853-1742
USF JARDIM SALVADOR 2247-7952 CARLA KLING DOS REIS 24 98853-1742
CAROLINA DE OLIVEIRA LACHI LARANJA
UBS BAIRRO DA GLÓRIA (98803-1122
HELEN ROBERTA WEBLER DOS SANTOS 24
USF CASTELO SÃO MANOEL 2291-1394 99273-8495
UBS RETIRO (PACS) 2231-6707 MARISA RODRIGUES 24 99839-5978

VI REGIÃO
UNIDADE TEL. GERENTE / ENCARREGADO
JOICE SANTOS GOMES CHAVES LOPES 24
USF BOA ESPERANÇA 2222-7675 98816-0811
JOICE SANTOS GOMES CHAVES LOPES 24
USF COM. PRIMEIRO DE MAIO 2222-6454 98816-0811
JOICE SANTOS GOMES CHAVES LOPES 24
USF LAJINHA 2222-5196 98816-0811
HELEN ROBERTA WEBLER DOS SANTOS 24
USF ÁGUAS LINDAS 2236-2353 99273-8495
HELEN ROBERTA WEBLER DOS SANTOS 24
USF BONFIM 2236-0268 99273-8495
HELEN ROBERTA WEBLER DOS SANTOS 24
UBS ARARAS (PACS) 2225-1320 99273-8495
HELEN ROBERTA WEBLER DOS SANTOS 24
USF VALE DAS VIDEIRAS 2225-3341 99273-8495
UBS ITAIPAVA 2291-1356 ELVIRA DE FÁTIMA R. DE MELLO AMARAL

VII REGIÃO
UNIDADE TEL. GERENTE / ENCARREGADO
USF BREJAL 2259-2016 CATIA REGINA SILVA PINTO 24 98834-3682
USF POSSE I (SAÚDE NA HORA) 2259-2251 CATIA REGINA SILVA PINTO 24 98834-3682
USF POSSE II (SAÚDE NA
HORA) 2259-2251 CATIA REGINA SILVA PINTO 24 98834-3682
USF POSSE III (SAÚDE NA
HORA) 2259-2251 CATIA REGINA SILVA PINTO 24 98834-3682
POSSE (AMBULATÓRIO) 2259-1998 CATIA REGINA SILVA PINTO 24 98834-3682
JOICE SANTOS GOMES CHAVES LOPES
USF SECRETÁRIO 2228-1420 (988160811
JOICE SANTOS GOMES CHAVES LOPES
USF VILA RICA 2223-5405 (988160811)
UBS / SPA PEDRO DO RIO 2223-
(AMBULATÓRIO) 2035/1676 SABRINA DA SILVA PIZANO 24 99269-9359
88

ANEXO XII - GERENTES e ENCARREGADOS DE UBS.

ENCARREGADOS DE UBS´S.

1 ARIANA GOMES MEDINA S. CAMPOS- 200581 -UBS QUITANDINHA (99218-


5804)
2 BRUNO JOÃO DE OLIVEIRA UBS PEDRO DO RIO (99328-9846)
3 CATIA OLIVEIRA ROLIM SILVA - UBS ALTO INDEPENDÊNCIA (98822-
9839)
4 ALINE KLIPPEL FOFANO - Enfermeira (99965-9058)
5 DANILO RIBEIRO DE SOUZA VIEIRA C. S. ITAMARATI (98823-6734)
5 ELVIRA DE FÁTIMA RIBEIRO DE MELLO AMARAL - UBS ITAIPAVA (98845-
1138)
6 JORGE ANTONIO SIMÕES - Enfermeiro (21-99417-6934 )

RENATO SALDANHA FREITAS GARCIA (SUPERVISOR DAS ACADEMIAS DA


SAÚDE).Tel.: 99200-6387

1 ACADEMIA DA SAÚDE JACOB JOSÉ HAMMES - CREMERIE - Tel.: 2243-4153


2 ACADEMIA DA SAUDE GERALDO MENDES DA SILVA - CASTELO SÃO
MANOEL - Tel.: 2243-9901
3 ACADEMIA DA SAUDE ARMANDO DA SILVA GONÇALVES - VALE DO
CARANGOLA - Tel.: 2291-8310
4 ACADEMIA DA SAÚDE TELÊ SANTANA - ITAIPAVA - Tel.: 2233-8882

NORMA DE S. THIAGO PONTES (DENTISTA) - EDUCAÇÃO POPULAR EM


SAÚDE / APOIO ÀS ESB DA ESF (99845-5030)

MONICA DA SILVA COELHO MAIA (GERENTE DOS ACS)


Enfermeira (99295-8734)

SANDRA MARIA NEGREIROS FURTADO (GERENTE RESNIT / PASTA


DEFICIÊNCIA)
FONOAUDIÓLOGA (98143-1576)

JULIANA ERTHAL RIBEIRO TAVARES (COORDENADOR NASF TODAS


REGIÕES)
FISIOTERAPEUTA (98146-8247 /)
89

Anexo XIII - Fluxograma da Vigilância Epidemiológica:


90

ANEXO XIV - Investigação e busca ativa nos abrigos do município

Secretaria Municipal de Saúde de Petrópolis


Superintendência de Atenção à Saúde
Departamento de Vigilância em Saúde
Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica

1. Justificativa:
 Diminuir a subnotificação, prevenir quanto à ocorrência de doenças de
notificação compulsória e sensibilizar as equipes.

2. Objetivos:
 Busca ativa de casos suspeitos nos abrigos;
 Sensibilização das equipes de saúde quanto ao aparecimento de casos
suspeitos de doenças de notificação compulsória;
 Sensibilização das equipes de saúde quanto ao preenchimento das
notificações.

3. Equipe:
 1 Técnico da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica do município de
Petrópolis;
 1 Enfermeiro/técnico de enfermagem da divisão de imunização;
 1 Motorista.

4. Material necessário:
 Ficha de notificação leptospirose, arboviroses, hepatites virais, sinan,
sarampo, rubéola, febre maculosa, sinan individual, notificação de surto.
 Planilha de controle de Doenças Diarreicas Agudas;
 Ficha de controle de surtos;
 Planilha de monitoramento da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica;
 Caneta;
 Máscara cirúrgica;
 Jaleco;
 Álcool líquido 70%;
 Luvas de procedimento;
91

 Carro;
 Combustível.

5. Ações a serem desenvolvidas:


 Organizar escala de visitas aos abrigos pelos profissionais. A escala irá
contemplar no mínimo uma visita semanal aos abrigos do município no
período de até 30 dias depois da ocorrência.
 Aplicar questionário (modelo em anexo) nas visitas aos abrigos;
 Orientar a equipe de saúde a realizar a notificação da DNC, caso a equipe
tenha dúvida quanto ao preenchimento da notificação, orientar.
 Avaliar os casos onde a notificação deverá ser feita ser feita pela equipe de
visita;
 Nos abrigos que não houver profissional de saúde a notificação deverá ser
feita pela equipe da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica que está
realizando a visita ao abrigo;
 Realizar orientações sobre as Doenças de Notificação compulsória.
92

ANEXO XV- MONITORAMENTO COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA


EPIDEMIOLÓGICA

Nome do abrigo:
______________________________________________________
Data da visita: _____/_____/__________ Total de Abrigados:
__________________
Responsável pelo abrigo:_______________________________________________
Telefone do responsável:
_______________________________________________
Equipe de saúde atende o abrigo? ( ) sim ( ) não Qual?
_____________________
Se PSF ou UBS, identificar a Unidade
_____________________________________
A equipe está baseada na unidade ou vai de forma itinerante? ( ) baseada ( )
itinerante
Os atendimentos são realizados em quais dias da semana? ( ) Segunda-feira ( )
Terça-feira ( ) Quarta-feira ( ) Quinta-feira ( ) Sexta-feira ( ) Sábado ( )
Domingo
Horário: ____________________________________________________________
Contato da equipe de saúde: ___________________________________________
Situação do abrigo
 As pessoas estão aglomeradas? ( ) sim ( ) não
 Estão utilizando máscara? ( ) sim ( ) não
 Há álcool gel ou líquido (70%)? ( ) sim ( ) não
 Há animais? ( ) sim ( ) não. Se sim, quais animais? ( ) gato ( ) cachorro
( ) outro, qual?_________________________________________________
 Quantos animais? ______________________________________________

Situação vacinal
Necessita de vacina? ( ) covid pediátrica ( ) covid adulto ( ) dT ( ) Outra, qual,
___________________________________________________________________
Sintomas
 Febre ( ) sim ( ) não
 Cefaleia ( ) sim ( ) não
 Mialgia ( ) sim ( ) não
 Diarreia ( ) sim ( ) não
 Tosse ( ) sim ( ) não
 Coriza ( ) sim ( ) não
 Exantema ( ) sim ( ) não
 Náusea/êmese ( )sim ( ) não
 Prurido ( )sim ( ) não
93

 Conjuntivite ( )sim ( ) não


 Outro, qual? ___________________________________________________
 Suspeita de Surto ( ) sim ( ) não

Se sim, de qual doença? ____________________________________________


 Outras observações:
_____________________________________________

________________________________________________________________
________________________________________________________________

Existe suspeita de doença de notificação compulsória? Se sim, qual doença? _____


___________________________________________________________________

Em caso de suspeita de DNC, foi feita notificação? ( ) sim ( ) não


Em caso de suspeita de DNC, quantos casos?
______________________________
Em caso de suspeita de DNC, as pessoas estão no mesmo local? ( ) sim ( ) não

Avaliação realizada por: (colocar nome completo)

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