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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS


ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
9ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE ANÁPOLIS-GO

MINISTÉRIO PÚBLICO E SEU PAPEL


ARTICULADOR JUNTO AO SUS
MANUAL OPERACIONAL BÁSICO

GOIÂNIA
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
2011
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Sumário

Agradecimentos...................................................................... 7
Apresentação........................................................................... 9
Introdução................................................................................ 11
Considerações finais............................................................. 15
Da atenção básica................................................................... 17
Média e alta complexidade..................................................... 19
Ministério Público e o seu papel de articulação junto ao
CMS.......................................................................................... 21
Fortalecimento do CMS: Passo fundamental...................... 23
Ministério Público e fiscalização das unidades de saúde
públicas e privadas................................................................. 25
O Ministério Público e a fiscalização da ESF....................... 27
O MP e os mecanismos de fiscalização do financiamento
da saúde................................................................................... 29
Desprecarização da gestão do trabalho.............................. 33
Prestação de serviços pela rede privada do SUS...................... 35
Serviço de oncologia.............................................................. 37
Tratamento fora de domicílio................................................ 39
Ministério Público e fiscalização dos planos e programas
atinentes à saúde: proposições práticas.............................. 47
Acervo imprescindível para uma boa atuação da Promotoria
de Justiça com atribuições na área da saúde............................ 51
Glossário.................................................................................. 53
Anexo I - Legislação pertinente à saúde.............................. 57
1. Normas Principais................................................................. 57
2. Alta complexidade em terapia nutricional.............................. 59
3. Arquitetura e engenharia em saúde...................................... 60
4. Absestos/Amianto.................................................................. 62
5. Assistência Farmacêutica aos atingidos por desastres de
origem natural............................................................................ 62
6. Atenção Básica...................................................................... 62
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7. Células-tronco....................................................................... 66
8. Cidades saudáveis................................................................ 67
9. Código de Ética Médica - CEM............................................ 67
10. Colegiados de gestão regional - CGR................................ 67
11. Complexos Reguladores..................................................... 68
12. Componente especializado da assistência farmacêutica 68
(ex-medicamentos excepcionais e de alto custo)..................... 68
13. Conselho Nacional de Saúde.............................................. 74
14. Contratação de serviços da rede privada pelo SUS........... 75
15. Dengue................................................................................ 75
16. Direitos e deveres dos usuários da Saúde......................... 76
17. Enfermagem........................................................................ 77
18. Farmácia popular................................................................ 77
19. Farmácias e drogarias........................................................ 77
20. Financiamento e transferência recursos federais para as
ações e os serviços de saúde.............................................. 78
21. Fumo................................................................................... 81
22. Funcionamento de empresas especializadas na
prestação de serviço de controle de vetores e pragas
urbanas................................................................................ 82
23. HIV e outras DST................................................................. 82
24. Hospital DIA........................................................................ 83
25. Importação de medicamentos............................................. 83
26. Infecção hospitalar.............................................................. 84
27. Informação e informática..................................................... 85
28. Internação domiciliar no âmbito do SUS............................. 85
29. Média e alta complexidade................................................. 85
30. Medicamentos na atenção básica (dispensação pelo
Município)............................................................................. 87
31. Óbito.................................................................................... 87
32. Oncologia............................................................................ 88
33. Pacto pela saúde................................................................ 90
34. Pessoas ostomizadas........................................................ 92
35. Plano de carreiras, cargos e salários - PCCS no SUS....... 93
36. Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário........... 93
37. Política de atenção integral à saúde dos adolescentes
em conflito com a lei.................................................................. 94
38. Política Nacional de alimentação e nutrição....................... 95
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39. Política Nacional de atenção ao portador de doença renal.... 96


40. Política Nacional de atenção às urgências e emergências 96
41. Política Nacional de atenção cardiovascular de alta
complexidade....................................................................... 98
42. Política Nacional de atenção de alta complexidade em
tráumato-ortopedia.............................................................. 99
43. Política Nacional de atenção em oftalmologia.................... 99
44. Política Nacional de atenção integral em genética clínica...... 100
45. Política Nacional de atenção obstétrica e neonatal............ 100
46. Política Nacional de educação permanente em saúde....... 101
47. Política Nacional de gestão de tecnologia em saúde.......... 102
48. Política Nacional de saúde da pessoa idosa....................... 102
49. Política Nacional de saúde integral da população negra.... 102
50. Povos Indígenas.................................................................. 103
51. Processo Transexualizador................................................. 105
52. Programa de atenção integral para usuários de álcool
e outras drogas no âmbito do SUS...................................... 105
53. Programa de educação pelo trabalho para a saúde - PET
Saúde........................................................................................ 107
54. Programa nacional de fomento à produção pública e
inovação no complexo industrial da saúde........................... 108
55. Programa nacional de plantas medicinais e fitoterápicos... 108
56. Queimados.......................................................................... 109
57. Reajuste da tabela SUS...................................................... 109
58. Rede amamenta Brasil........................................................ 110
59. Registro de medicamentos.................................................. 110
60. Regulamento do SUS.......................................................... 111
61. Ressarcimento dos planos de Saúde ao SUS.................... 112
62. Saúde Bucal........................................................................ 117
63. Saúde do homem................................................................ 120
64. Saúde dos trabalhadores.................................................... 120
65. Serviços de atenção a saúde auditiva.............................. 121
66. Sistema de planejamento do SUS...................................... 122
67. Tabela de procedimentos, medicamentos, órteses, pró-
teses e materiais especiais - OPM do SUS....................... 124
68. Translado de restos mortais humanos.............................. 126
69. Transplantes........................................................................ 126
70. Tratamento Fora de Domicílio - TFD.................................. 128
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71. Vigilância em Saúde............................................................ 128


Anexo II – Modelos práticos para atuação da Curadoria
de Saúde.................................................................................. 131
I. Requisições relativas ao planejamento da Secretaria
Municipal de Saúde................................................................. 131
II. Requisições relativas à dispensação medicamentosa......... 135
III. Recomendações.................................................................. 139
IV. Termo de responsabilidade e ajustamento de conduta
pertinente a repasse de verbas fundo a fundo (EC. 29)......... 144
V. Termo de responsabilidade e ajustamento de conduta
pertinente a atendimento de urgência e emergência
(contratação de profissionais em caráter temporário).............. 152
VI. Termo de responsabilidade e ajustamento de conduta
pertinente à questão dos portadores de diabetes............. 161
VII. Termo de responsabilidade e ajustamento de conduta
pertinente à dispensação de insumos especiais................ 168
VIII. Ação Civil Pública relativa às cirurgias cardíacas.............. 175
IX. Mandados de Segurança individuais................................... 194
Anexo III – Links úteis............................................................. 219
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Agradecimentos

A Deus toda honra, glória e louvores. De forma muito


especial, agradeço ao apoio incomparável da ESMP, nas pessoas
de nossa dileta e incansável Diretora, Dra. Alice Freire extensiva-
mente a toda sua equipe, mas de maneira mais efusiva, ao despren-
dimento da Fabiana e da Lorraine, que com ímpar generosidade e
paciência foram decisivas para que alcançassemos êxito nesse
projeto, que entendemos possuir real interesse para a atuação
Ministerial, apesar de sua singeleza e necessidade de aprimora-
mentos. Agradeço ainda ao Colega Marcelo Celestino de Santana,
digno Coordenador do CAO-Saúde, que ao longo de sua coorde-
nação tem sido um referencial para o Ministério Público Brasileiro.
Seria impossível realizar tal missão, não fosse a Graça
divina e a unção de companheirismo, lançada por Ele, nos
caríssimos membros de minha equipe, Adriano, Caio, Davisson,
Joseval e Rafael, foram mais que partícipes, a rigor, foram os
artífices que me ajudaram nessa construção e que ao longo dos
dias, têm concorrido, para que nossas atribuições possam ser
adequadamente desenvolvidas, de maneira articulada e social-
mente relevante, a eles minha eterna gratidão, posto que esta
deve ser a principal memória do coração.
Dedico por fim esta obra, a todos os colegas de Minis-
tério Público, obreiros de sonhos possíveis (às vezes nem tanto),
e que a despeito das vicissitudes, continuam perseverando por
um amanhã menos injusto.

MARCELO HENRIQUE DOS SANTOS


Promotor de Justiça

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Apresentação

Há algum tempo, li que se desprendeu do Sol, há bilhões


e bilhões de anos, uma parte da sua porção externa que viajou
pelo espaço, nascendo o nosso Planeta Azul. Após as mudanças
através dos tempos, eis que emerge a sua primeira parte das
águas: o Planalto Central Brasileiro. Neste estabeleceu-se a pri-
meira Raça Humana: a Raça Vermelha. Nele nasceu a primeira
língua falada no Planeta Terra. Seu nome: Baratzil, que significa,
na Língua primitiva, "Terra do Cruzeiro do Sul".
Cremos em uma Revolução Silenciosa Positiva. Há uma
Força maior atuando, para integrar e conectar cidadãos, na
busca do equilíbrio planetário. Há um universalismo presente.
Há pessoas que são agentes dessas mudanças. Amam
o Ser Humano e lutam pela qualidade de vida dos outros. Uma
dessas pessoas é Marcelo Henrique Santos, que tem sólidos
propósitos de transformação social e pensa e propõe tudo o que
é capaz de melhorar a vida do ser humano.
No mesmo Planalto Central Brasileiro surge Marcelo
Henrique Santos, preparando um Manual para a Saúde. No con-
texto, lembra ao Ministério Público Brasileiro que o SUS - Sis-
tema Único de Saúde conta com um cliente: o(a) cidadão(a).
Como está sendo tratado(a)? Encantá-lo(a) é o norte correto.
Propõe, para isso, um caminho: uma Revolução Silenciosa Po-
sitiva, indicando os caminhos: conhecer os mecanismos que
regem o Sistema Único de Saúde e girar o PDCA: planejar, exe-
cutar, testando antes; dando certo, agir. Todas as necessidades
de saúde devem estar no Plano de Saúde (nacional, estadual e
municipal). Tudo deve contar com a deliberação do respectivo
Conselho de Saúde. Os indicadores devem ser acompanhados:
o que foi pactuado, os resultados alcançados e providências a
serem tomadas para a melhoria contínua do sistema. Quando há

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bons resultados para o cliente, houve investimentos em saúde.


Caso contrário, houve gastos na burocracia oficial.
Este Manual aponta alternativas, caminhos. Propõe.
Lembra, como já foi dito por um autor, que "estamos indivíduos,
mas somos universo", que tudo repercute em tudo, que estamos
no mesmo barco, que para o SUS só existe uma alternativa: DAR
CERTO. Aí está o seu valor.
Se fosse possível escolher um símbolo para o SUS, cer-
tamente Marcelo escolheria a espiral, pois ela propõe a eterna
evolução. A eterna evolução do Sistema Único de Saúde.
No contexto, Marcelo deixa claro que, para a prestação de
um serviço de qualidade, a Saúde deve contar com: 1) hardware
(infraestrutura); 2) humanware (ser humano que trabalha no
sistema de saúde, que deve ser capacitado permanentemente);
3) software ( maneira de trabalhar, de prestar um serviço de
qualidade); 4) motivação humana do trabalhador, portador de
necessidades do corpo e da alma).

JOSÉ ADALBERTO DAzzI


Membro do Ministério Público do Estado do Espírito Santo
Coordenador do Centro de Apoio de Defesa da Saúde

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Introdução

A fase de extrema complexidade do tratamento das


relações sociais, das quais o Ministério Público não apenas é
um dos integrantes, mas também se apresenta como um de seus
qualificados atores, para concorrência eficaz da construção de
mecanismos sociais importantes, o obriga a estabelecer práticas
de ação que sejam consentâneas com seu perfil constitucional e
que, ao mesmo tempo, lhe aproximem da sociedade, fortaleçam
o controle social e lhe permitam verificar se os marcos legais
existentes estão sendo adequadamente obedecidos.
Nesse contexto e dentro dos princípios norteadores das
metas estratégicas erigidas pelo Ministério Público do Estado de
Goiás, que perfeitamente podem ser replicadas ao Ministério Público
Brasileiro, é que está sendo apresentado O MANUAL OPERACIO-
NAL BÁSICO DOS PROMOTORES DE JUSTIÇA COM ATUAÇÃO
NA ÁREA DA SAÚDE. O foco inicial de tal iniciativa é o fortaleci-
mento das iniciativas Ministeriais, no que concerne ao seu posicio-
namento fiscalizatório e articulador, junto ao SUS, dando ênfase,
por exemplo, ao CONTROLE SOCIAL e ao seu ingente papel de
integração de políticas, notadamente na área em comento.
Para que tal desiderato seja alcançado de maneira ade-
quada, faz-se mister que se tenha conhecimento. Este, aliado a
dados qualificados e atualizados, inegavelmente são capazes de
nos ajudar a identificar os pontos de fragilidade e de força positiva
hábeis à construção de lógicas diferenciadas daquelas até então
assistidas no encaminhamento das questões afetas à saúde
pública, seja no âmbito individual ou coletivo, como também
de reordenar os rumos que têm gerado incertezas e, no mais
das vezes, desprestígio à dignidade humana e descaminhos
quanto aos recursos empregados nesta que representa uma
das mais importantes políticas públicas sociais de nosso tempo.

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A relação da saúde pública com o atendimento do cidadão


perpassa por alguns nós críticos e de hostilidade social inegável,
destacando-se, dentre todos, o FINANCIAMENTO PÚBLICO DOS
RECURSOS E A GESTÃO PÚBLICA.
A Constituição Federal, ao estabelecer em seu art. 196
o acesso universal e igualitário a todas as ações e serviços, de
tal modo que nenhuma das fases de tratamento do cidadão seja
desprestigiada quando este buscar atendimento público, afirma
o dever estatal em garantir com eficiência este que é um dos
mais importantes direitos inerentes ao homem.
Assim, é fundamental que os agentes ministeriais sejam
capazes de compreender, no binômio acima, quais os mecanismos
de sua formação e desenvolvimento, quais os limites de investi-
mento de cada ente da federação, o que deve priorizar o gestor
em relação ao momento social vivenciado, o que significa na
prática o fortalecimento da atenção básica e até que ponto os
níveis de atenção devem se interligar e fazer sentido para a
sociedade. Tudo isso, e muito mais, imprescinde ser recepcio-
nado pelos membros do Ministério Público que pretendem ter uma
atuação que vá além do “despachante processual”, para ser
introduzido no ambiente da INTERVENÇÃO CONSTITUTIVA
SOCIAL E RESOLUTIVA, que deve ser a meta programática da-
queles que foram cunhados para a produção e a concorrência de
novas dinâmicas sociais, que têm o cidadão e sua dignidade no
centro de todas as coisas.
Não se trata de um manual engessado e definitivo, mas
de uma proposta em constante avaliação. É ousado, mas ao
mesmo tempo cioso de sua responsabilidade contributiva.
Serão abordados mecanismos teóricos e práticos, com o
fito de se subsidiar os Promotores de Justiça com atribuições na
área de saúde, notadamente para que possam realizar atividades
que, de maneira ideal, concorram para a superação de nós críticos
e impactantes que perpassam pela efetiva implementação de
acesso dos cidadãos às políticas de saúde pública e obstaculari-
zam a consolidação dos princípios doutrinários e materiais do SUS.
A efetiva fiscalização dos mecanismos de financiamento
do sistema, como do exercício da gestão, é um desafio que,
se enfrentado de maneira articulada e dentro das perspectivas

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preconizadas pelas metas estratégicas desenvolvidas pela insti-


tuição, inegavelmente produzirá bons resultados.
Outra preocupação da obra é no sentido de apresentar
propostas de atuação que possam auxiliar na adoção de cami-
nhos efetivamente resolutivos para as demandas recorrentes, e,
também, para os novos desafios que eventualmente surjam.
Assim, encontram-se anexados modelos de atuação, tais como
Termos de Responsabilidade e Ajustamento de Condutas, volta-
dos para a tratativa de questões atinentes à dispensação medi-
camentosa, cirúrgicas; ademais, serão abojados exemplos de
recomendações aos gestores, requisições ministeriais, em suma,
tudo que de alguma maneira possa contribuir para a otimização
das atividades preconizadas pelo perfil de resolutividade ao qual
os membros do Ministério Público devem se afeiçoar e dele não
se afastar, para que a instituição seja a cada dia mais reconhe-
cida como a articuladora eficiente e presente em todas as situa-
ções de sua alçada e seus membros, os agentes político-sociais
efetivos que devem ser, em meio a tantas desventuras sociais,
carecedoras de substanciais alterações de seus quadros.

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Considerações Finais

É fato que a maioria dos membros de nossa instituição


possui a real percepção da importância de seu trabalho no
cenário da implementação de todos os mecanismos ideais do
SUS, desde a identificação da atenção básica até a mais alta
das complexidades do sistema.
Ao longo de nossa caminhada à frente da Curadoria de
Saúde, o que temos percebido de maneira recorrente é a dificuldade
do estabelecimento de ações programáticas e apropriadas para não
permitirmos a perpetuação das desventuras dos cidadãos, que, no
mais das vezes, sequer sabem onde encontrar amparo a seus
clamores. Uma das causas dessa mazela social é a própria in-
capacidade do Ministério Público de desenvolver atividades
concorrentes e articuladas para a resolutividade de tais ques-
tões, a uma, por não compreender adequadamente os meca-
nismos inerentes ao sistema, a duas, por desprezar seu imenso
potencial enquanto agente social qualificado e que pode se uti-
lizar de instrumentos extrajudiciais, hábeis para a promoção de
equidade nas diversas necessidades em saúde e de superação
dos enormes desafios que precisam ser tratados de maneira célere,
sem o desprezo à qualidade e à humanização em seu sentido mais
amplo e eficaz.
Em uma exortação final, gostaria de deixar o desafio da
leitura desta singela obra, com a lembrança continuada na inspi-
ração do beneditino francês, François Rabelais, no século XVI,
no seguinte sentido: "Conheço muitos que não puderam quando
deviam, porque não quiseram quando podiam".

Boa leitura e bom trabalho, colegas!

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Da Atenção Básica

Da Atenção
Básica
Atenção Básica (Atenção Primária) à saúde baseada em
tecnologia e métodos práticos, cientificamente comprovados e
socialmente aceitáveis, tornados universalmente acessíveis a
indivíduos e famílias na comunidade por meios aceitáveis para
eles e a um custo que tanto a comunidade como o país possa
arcar em cada estágio de seu desenvolvimento, um espírito
de autoconfiança e autodeterminação. É parte integral do sistema
de saúde do país, do qual é função central, sendo o enfoque prin-
cipal do desenvolvimento social e econômico global da comuni-
dade. É o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e
da comunidade com o sistema nacional de saúde, levando a aten-
ção à saúde o mais próximo possível do local onde as pessoas
vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um pro-
cesso de atenção continuada à saúde (Declaração de Alma-Ata).
É de responsabilidade direta do Município: planejamento,
gestão, gerência e execução, nos termos da Portaria n. 648/GM,
de 28.03.06, p. no DOU, Seção 1, de 29.03.06 – Política Nacional
de Atenção Básica, PSF e PACS. É executada por meio das Uni-
dades Básicas de Saúde, com ou sem a Estratégia da Saúde da
Família – ESF, conhecida como Programa da Saúde da Família
– PSF. A ESF é centrada no atendimento à demanda progra-
mada. Por isso, as pessoas devem ser cadastradas, cabendo à
equipe da ESF lutar para que o grupo cadastrado não fique
doente. A demanda espontânea é atendida, atualmente, pela
Unidade Básica de Saúde – UBS – tradicional.
Fortemente orientada para as ações de promoção e
prevenção em saúde, busca romper com a hegemonia do cuidado
curativo centrado na atenção hospitalar.
A Portaria n. 399/GM, de 22.02.06, do Ministério da
Saúde – Pacto Pela Saúde 2006, estabelece:

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ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE:


Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família como
modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador
das redes de atenção à saúde do SUS.

ATENÇÃO BÁSICA compreende:

UBS – Unidade Básica de Saúde (com ou sem ESF);


Saúde Mental, Álcool e outras Drogas;
Saúde da Mulher;
Vacinação;
Saúde da Criança;
Saúde do Adolescente;
Saúde do Idoso;
Saúde do homem (Portaria 1.944/GM, de 28.08.09);
Saúde bucal;
Eliminação da hanseníase;
Controle de tuberculose;
Controle da hipertensão;
Controle do diabetes mellitus;
Ações básicas de vigilância sanitária;
ESF – Programa Saúde da Família;
PACS – Programa Agentes Comunitários de Saúde;
DST/AIDS;
Medicamentos;
Insumos complementares (seringa, lanceta, fita para diabetes
mellitus).

LEGISLAÇÃO SOBRE ATENÇÃO BÁSICA:

Vide anexo I, item 06.

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Média e Alta Complexidades

Pelo conteúdo do Termo de Compromisso de Gestão


sabe-se o que ficou pactuado como de responsabilidade do

complexidades
Médias e altas
Estado (média e alta complexidades) e do Município (média e
alta complexidades). É sabido que o Termo de Compromisso de
Gestão, afinal, é homologado por Portaria do Ministro da Saúde
(“GM” que quer dizer “Gabinete do Ministro”). Com a homologação
antes referida, o Estado e o Município passam a receber recursos
financeiros do Fundo Nacional de Saúde para os seus Fundos, res-
pectivamente, relacionados ao que foi pactuado no Termo de Compro-
misso de Gestão. Lembremo-nos que a regionalização e a referência
devem estar previstas no PDR – Plano Diretor de Regionalização
e no Termo de Compromisso de Gestão, bem como na PPI –
Programação Pactuada e Integrada da Assistência à Saúde.
Depois da homologação dos Termos de Compromisso de Ges-
tão do Estados e dos Municípios, devem eles pactuar, na CIB, a PPI –
Programação Pactuada e Integrada da Assistência à Saúde, detalhando
as referências e os recursos financeiros para cada Fundo de Saúde.
Na média complexidade estão as consultas especializadas,
os exames especializados, as cirurgias eletivas, etc.
Na alta complexidade, estão os transplantes, as cirurgias
cardíacas, a oncologia, a hemodiálise, etc.

Componente Especializado da Assistência Farmacêutica


(ex-medicamento excepcional)

Estão contidos nos Protocolos Clínicos (relação oficial


do Ministério da Saúde). Há Estados, como o ES, que conta

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com a sua relação oficial, denominada de REMEME, contendo


um elenco de medicamentos um pouco maior do que a contida
nos Protocolos Clínicos do MS. No ES, há Portaria da Secretaria
de Saúde autorizando a prescrição por médico da rede pública e
privada. Quando prescreve fora das relações oficiais (Protocolos
Clínicos do MS ou da REMEME/ES), o médico deve justificar a
prescrição, com evidência científica inclusive.

ESSA É UMA IMPORTANTE ÁREA DE ATUAÇÃO MINISTE-


RIAL, NA MEDIDA EM QUE É PRECISO TER EM MENTE QUE
OS RECURSOS NÃO SÃO INFINITOS E SOBEJANTES A TAL
PONTO QUE POSSAMOS DISPENSAR MEDICAMENTOS,
APENAS ATENDENDO A INTERESSES QUE NÃO PASSEM
PELO CRIVO DO MAIS RELEVANTE DELES, QUAL SEJA: O
INTERESSE PÚBLICO EM SUA CONCEPÇÃO MAIS ABRAN-
GENTE E APROPRIADA.

A Promotoria de Justiça deve requisitar à Secretaria Estadual de


Saúde:
1) Relação dos componentes especializados da assistência
farmacêutica atualizada;
2) Índice médio mensal de cobertura (de abastecimento)
dessa relação.

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Ministério Público e Seu Papel


de Articulação Junto ao CMS

O Conselho Municipal de Saúde é um dos organismos mais


importantes dentro da estrutura organizacional do SUS. No contexto
da solidificação do controle social seu papel é de preponderância ímpar.
A lei local que o criou deve se adequar à Resolução n.
333/2003, do Conselho Nacional de Saúde. Composição: 50%
de representantes dos usuários do SUS; 25% de representantes
de profissionais de saúde; 25% de representantes do Poder Exe-

MP e seu papel de arti-


culação junto ao CMS
cutivo e de prestadores de serviços ao SUS.
O Conselho deve se reunir ao menos uma vez por mês,
lavando sucinta ata do acontecido. Suas decisões são mate-
rializadas por meio de RESOLUÇÕES. Estas devem ser homo-
logadas pelo Chefe do Poder Executivo ou pelo Secretário se
dele tiver delegação expressa (por Decreto). As resoluções
devem ser publicadas (art. 37, caput, da CF/88). Hoje, podem
sê-lo pela internet. Tudo de saúde deve ser submetido à
deliberação do Conselho de Saúde (art. 198, III da CF/88 e art.
1º, § 2º da Lei n. 8.142/90).

INTERAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO SUS, COM AS DO CMS.

Formulação de políticas de Saúde Pública;


Definição da destinação de recursos para o setor;
Determinação de prioridades;
Acompanhamento e avaliação dos serviços prestados;
Fiscalização dos órgãos públicos e privados que integram o Sis-
tema Municipal de Saúde;

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DESAFIOS A SEREM ENFRENTADOS PARA CONSOLIDAÇÃO


DO CMS

Maior aproximação com a sociedade;


Estruturação administrativa e técnica (Secretaria Executiva e
Assessoria Técnica);
Definição de Orçamento para efetiva autonomia (Proposta do
Poder Executivo, após discussão com os membros do CMS e do
Poder Legislativo);
Criação de conselhos gestores das unidades locais, com direta
ligação com os membros do CMS.

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Fortalecimento do CMS:
Passo Fundamental

Um dos passos mais relevantes que precisa ser identi-


ficado, na caminhada ministerial pela fiscalização e concorrência
para fortalecimento de suas atuações na respectiva Curadoria
de Saúde, ocorre a partir da visão inafastável da relevância do
CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE, vale dizer, quanto mais
forte o CMS, mais eficiente tende a ser a atuação ministerial.
A pergunta que não se cala é a seguinte, como equalizar as
necessidades das pessoas das camadas mais hipossuficientes com
o dever coletivo de proteção a valores das mais diversas ordens,
especialmente as de natureza sociais relacionadas à saúde?
O Ministério Público, não apenas em razão de sua
função institucional, deve participar do processo de enfrenta-
mento e resolubilidade desta questão, mas especialmente para
que o seu caminho se desenvolva por intermédio da criação de

Fortalecimento doCMS:
políticas de Estado que verdadeiramente preocupem-se com o

Passo Fundamental
desfazimento dos nós críticos e que busquem soluções efetivas
para os velhos e novos problemas. Não é razoável que este tipo
de questão de grande seriedade fique condicionada à boa von-
tade do governante de plantão, daí a relevância da aproximação
do Ministério Público destes cidadãos e, mais do que isto, do for-
talecimento do controle social, que, por si, já se apresenta como
um instrumento importantíssimo para a difusão do conhecimento.
Um dos ganhos jurídico-sociais de mais vulto previsto na
Constituição Federal é indubitavelmente o CONTROLE SOCIAL,
que deve se operacionalizar pelos CONSELHOS DE SAÚDE
e pelas CONFERÊNCIAS em todos os seus níveis, sendo os
municipais os mais significativos para que se possam elaborar
efetivas políticas em saúde, via discussão, fiscalização e cons-

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trução de modelos capazes de gerar BEM-ESTAR e DIGNI-


DADE, especialmente àquelas camadas sociais que se acham
apartadas dos mecanismos mais basilares da vida em socie-
dade e cujo acesso precisa ser mais severamente edificado.
Assim, o conceito de saúde ganha a cada dia mais corpo e sen-
sível mutação com nítido colorido social.
Dessa forma, é imperioso que o CMS, enquanto instru-
mento proativo para a gestão do Sistema de Saúde, seja cada
vez mais fortalecido e identificado socialmente, retirando-se
todos os entraves à sua efetividade operacional.
A humanização do sistema e de seus instrumentos
legitimadores, mais que um desafio, apresenta-se como uma
necessidade. Desta feita, a progressão sistemática do engaja-
mento de todos os níveis de participação comunitária precisa ser
cada vez mais estimulada e participada.

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Ministério Público e Fiscalização

Mp e Foscalicação das
unidades de Saúde
das Unidades de Saúde
Públicas e Privadas

Há uma importante atribuição Ministerial relacionada à


efetividade das ações em saúde desde a atenção primária até a
de mais alta complexidade. Assim, é fundamental que o membro
do Ministério Público conheça as unidades físicas componentes
da rede de atendimento, sejam públicas ou privadas (particulares
ou filantrópicas), especialmente se essas últimas forem creden-
ciadas junto ao SUS, embora as eminentemente particulares
também devam merecer atenção ministerial.
Dentro de tal perspectiva, verifica-se a possibilidade das
Curadorias estabelecerem importantíssimas parcerias para a con-
secução de seus ideais. Neste mister, tem-se como órgãos im-
prescindíveis a VISA, o CRM e o Conselho Municipal de Saúde,
para a construção de “INSPEÇÕES CRUZADAS LOCAIS” nas
unidades hospitalares, UBS, etc.
Um ganho real e significativo que se observa, a partir de
tal iniciativa, reside na possibilidade efetiva do membro ministerial
ser partícipe das dificuldades e das possíveis soluções que pos-
sam ser encaminhadas em cada caso concreto, tendo sempre
por premissa maior o interesse social e a continuidade do
atendimento ao cidadão. A visão da relevância do SUS precisa
fazer parte do entendimento de que quando, por exemplo, uma
unidade básica de saúde é interditada, centenas de cidadãos
ficam à mercê do agravamento de suas condições de saúde.
Outra perspectiva interessante a ser considerada em tais mis-
sões é a dos profissionais de saúde que, ao perceberem no agente
ministerial um parceiro-articulador, colaboram de maneira espontânea
com o mesmo, auxiliando-o a fiscalizar de maneira construtiva.

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O MP e a fiscalização da ESF

Dentro do cenário lógico-social da extrema relevância da

MP e a fiscalização
ATENÇÃO BÁSICA, importa destacar a ESTRATÉGIA DA
SAÚDE DA FAMÍLIA enquanto um de seus principais pilares e,

da ESF
mais do que isso, um verdadeiro exemplo de um mecanismo prá-
tico, concorrente para a dignificação do cidadão a partir de sua
conscientização quanto aos direitos estabelecidos no art. 196 da
Constituição Federal.
O desenvolvimento da ESF pode ser descrito por fases,
considerando-se indicadores como: cobertura populacional, lo-
calização geográfica e porte dos municípios onde se dá a implan-
tação, regras de transferência de recursos e vinculação
administrativa da coordenação da estratégia.

TRAJETÓRIA DA ESF:

Identificaram-se quatro momentos:


▪ Fase de emergência (1994-95);
▪ Fase da fusão entre PACS e ESF (1995-97);
▪ Fase de expansão (1998-2002);
▪ Fase de expansão e consolidação (a partir de 2003).

CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO


DA ESF:

▪ Estreita relação com o processo de descentralização, enfati-


zando-se inovações no âmbito da gestão;
▪ Existência de uma grande variedade de situações de implan-
tação e de modelos de ESF nos municípios do país;

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▪ Avaliação de sua efetividade como política de conversão do


modelo de atenção, redução de desigualdades e melhoria da
situação de saúde da população.

CONDIÇÕES GERAIS PARA IMPLANTAÇÃO DA ESF:


▪ Estar habilitado na norma operacional básica do SUS/NOB-
SUS/96;
▪ Elaborar projeto de implantação da ESF de acordo com as di-
retrizes do programa;
▪ Ter aprovação de sua implantação da ESF pelo Conselho Mu-
nicipal de Saúde/CMS;
▪ Garantir a inclusão da proposta de trabalho da ESF no Plano
Municipal de Saúde;
▪ Garantir a infraestrutura de funcionamento da unidade de saúde
da ESF;
▪ Garantir a integração da ESF à rede de serviços de saúde
complementares, de forma a assegurar a referência e contrar-
referência quando os problemas exigirem maior grau de com-
plexidade para sua resolução;
▪ Garantir a integração do ACS na rede básica dentro da área
de abrangência do PACS.

O MÉTODO DA ESF:

▪ Família como foco da atenção;


▪ Territorialização/adscrição da clientela;
▪ Integralidade, resolutividade, intersetorialidade de ações;
▪ Trabalho em equipe multiprofissional;
▪ Vínculos de corresponsabilidade entre profissionais e famílias
assistidas;
▪ Estímulo à participação social.

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O MP e os Mecanismos de
Fiscalização do
Financiamento da Saúde

O QUE PODEM SER DESPESAS DE SAÚDE? AS RESPOSTAS


DIRETAS ESTÃO:

▪ Na Portaria n. 2047/GM, de 05.11.2002: aprova, na forma do


anexo a esta Portaria, as Diretrizes Operacionais para a Apli-

MP e os mecanismos
cação da Emenda Constitucional n. 29, de 2000;

de fiscalização
▪ Na Resolução n. 322/CNS, de 08.05.2003: diretrizes
acerca da aplicação da Emenda Constitucional n. 29, de
13 de setembro de 2000 (o que pode e o que não pode ser
considerado como despesa de saúde).

Os recursos da saúde devem ser depositados em con-


tas especiais do Fundo de Saúde, na afirmação do art. 33 da Lei
n. 8080/90. O Fundo de Saúde deve contar com CNPJ matriz,
devendo constituir unidade orçamentária e gestora. O art. 195,
§ 2º tem esta redação:

Art. 195. [...]


§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada
de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência
social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a
cada área a gestão de seus recursos.

A gestão dos recursos da saúde deve ocorrer na Secre-


taria de Saúde, não na Secretaria de Finanças ou da Fazenda. A

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alimentação do Sistema de Informações sobre Orçamentos


Públicos em Saúde do Ministério da Saúde - SIOPS - também é
de responsabilidade da Secretaria de Saúde. A alimentação deve
ser realizada até trinta dias após o encerramento de cada semes-
tre (alimentação do 1º semestre e anual). Em síntese, dois dados
devem ser observados preferencialmente: percentual (%) inves-
tido em saúde (verificar percentual previsto na Lei Orçamentária
Anual – LOA – em vigor, não podendo ser inferior a 12% (Estado)
e 15% (Município), nos termos da EC 29/00; valor, em R$/habi-
tante, investido em cada período antes referido. Se o valor for
inferior a R$250,00/hab. não há saúde.

OBS: O CURADOR DE SAÚDE DEVE TER POR HÁBITO


ACESSAR O SIOPS, PARA CHECAR A VERACIDADE DAS
INFORMAÇÕES QUE LHE SÃO REPASSADAS PELO GESTOR,
COMO TAMBÉM PARA VERIFICAR SE NÃO HÁ INCONSISTÊN-
CIAS ENTRE AQUILO QUE ESTÁ DECLARADO E A PRÁTICA
EM SEU MUNICÍPIO.

O plano de saúde é a alma da ideal funcionalidade das


políticas propostas pelos gestores, tendo em vista, ainda, o rele-
vante papel do CMS nesse contexto e, mais ainda, em razão da
definição orçamentária para cada ano dos investimentos a serem
feitos, conforme os levantamentos realizados em face das prio-
ridades apontadas pela representação social.
Tudo de saúde, para ser executado, deve estar contido
no Plano de Saúde, nos termos do art. 36, § 1º da Lei n. 8.080/90,
denominada Lei Orgânica do SUS.
Tudo de saúde, para ser executado, deve ter a apre-
ciação e deliberação do Conselho de Saúde, segundo o art.
198, III da CF/88 e art. 1º, § 2º da Lei n. 8.142/90, que tem a
seguinte redação:

Art. 1º (...)
§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo,
órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores
de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de
estratégias e no controle da execução da política de saúde na

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instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos


e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder
legalmente constituído em cada esfera do governo (grifos meus).

De quatro em quatro anos, a Secretaria de Saúde elabora


o Plano de Saúde, contendo as ações e os serviços de saúde.
Este deve ser apreciado e deliberado pelo Conselho de Saúde, o
qual dita a política de Saúde. O Plano de Saúde integra o Plano
Plurianual de Aplicação – PPA.
Anualmente, a Secretaria de Saúde elabora a Progra-
mação Anual de Saúde (o que será executado na área de saúde
durante o ano). Após a apreciação e a deliberação do Conselho
de Saúde, ela integra a Lei de Diretrizes Orçamentária – LDO –
e a Lei Orçamentária Anual – LOA.
O SUS conta com direção única, nos termos do art. 198,
I da CF/88, por intermédio do Secretário de Saúde. Encerrado
cada trimestre (AQUI É INTERESSANTE QUE SE COBRE O

MP e os mecanismos
CRONOGRAMA ANUAL PARA A RELIZAÇÃO DE TAL PRESTA-

de fiscalização
ÇÃO JÁ NO INÍCIO DO ANO), presta ele contas da execução do
orçamento da saúde, em audiência pública, na sede do Poder
Legislativo. Para isso, no início do ano, ele deve agendar quatro
datas com o Presidente do Poder Legislativo. A data, o local e o
horário devem merecer a publicidade necessária. É um grande
momento para a interação entre a Secretaria de Saúde e os cida-
dãos, buscando proposições para a melhoria contínua do Sistema
Único de Saúde. É uma prestação de contas popular. Cabe ao
Secretário de Saúde informar o que pôde executar de saúde
durante o trimestre encerrado, apresentando os indicadores
pactuados, os índices pactuados para cada indicador, os resulta-
dos alcançados e as medidas a serem adotadas para melhorar os
índices. Da audiência é elaborada sucinta ata. A mencionada pres-
tação de contas é exigência do art. 12 da Lei n. 8689/93.
Até o final de março do ano seguinte, a Secretaria de
Saúde apresenta ao Conselho de Saúde, para apreciação e de-
liberação, o Relatório Anual de Gestão. A base do Relatório
Anual de Gestão (o que foi executado de saúde no ano anterior)
é a Programação Anual de Saúde (o que deve ser executado de
saúde no ano). Até 31 de maio do ano seguinte, a CIB recebe

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uma cópia da Resolução do Conselho Municipal de Saúde que a


aprovou e o Tribunal de Contas competente uma cópia do RAG
e da Resolução que o aprovou. A Secretaria Estadual de Saúde
encaminha, até o final de março do ano seguinte, o RAG ao Con-
selho Estadual de Saúde. Até 31 de maio do ano seguinte, a Se-
cretaria Estadual de Saúde remete uma cópia da Resolução do
Conselho Estadual de Saúde que o aprovou à Comissão Inter-
gestores de Saúde – CIT, que é o órgão de pactuação entre Es-
tados, Municípios e União encravado no Ministério de Saúde. Até
31 de maio do ano seguinte, uma cópia da Resolução que apro-
vou o RAG estadual e uma cópia do RAG estadual devem ser
enviados ao Tribunal de Contas competente.
Para o Ministério Público, interessa saber, por meio do
Relatório Anual de Gestão, os indicadores pactuados, os índices
pactuados para cada indicador, os resultados alcançados, as
causas que impediram alcançar o índice pactuado e as providên-
cias a serem adotadas para melhorar os resultados. As providên-
cias a serem adotadas devem fazer parte da Programação
Anual de Saúde do próximo ano. Para quê? Para obter a me-
lhoria contínua nos resultados.
Havendo resultados a favor do cliente do SUS, ou seja,
do seu rei, que é o cidadão, e da sua rainha, que é a cidadã,
houve investimento em saúde. Fora disso, houve gasto público
na burocracia oficial.

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Desprecarização da
Gestão do Trabalho

Aqui temos um dos maiores desafios no que concerne


à efetividade da prestação dos serviços em saúde, ou seja, a
identificação dos gargalos e entraves em relação aos profissionais,
que, no mais das vezes, possuem suas atividades precarizadas,
sem estabilidade e, portanto, sem planos de cargos e salários
dignos. É fundamental que o Membro do Ministério Público seja
capaz de articular e verificar tais situações para que, em última
análise, não reste prejudicado o usuário, como invariavelmente
acontece. Dentro de tais premissas, propõem-se os seguintes
passos:

1º) Estudo de lotações ideais nas unidades de saúde,


instaladas em seu município;
2º) Existência de Plano de Carreiras, Cargos e Venci-
mentos do Pessoal do SUS, analisando-o em relação

Desprecarização da
Gestão do Trabalho
aos demais existentes no município;
3º) Verificação do preenchimento dos cargos efetivos por
concurso público, a fim de se checar se o número de co-
missionados respeita o percentual constitucional e apro-
vado por lei municipal.

Em relação a tal orientação, indica-se o estudo da seguinte


base teórica, sempre tendo por base que não se deve ser inflexível
no que concerne à resolução de situações complexas e peculiares,
nas quais se observam graves riscos de solução de continuidade
e desatendimento ao cidadão.

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a) Art. 32, II da CF/88;


b) Art. 4º, VI da Lei n. 8.142/90: Plano de Carreira, Car-
gos e Salários – PCCS;
c) ADI 3430/ES, j. 12.08.2009, rel. Min. Ricardo Lewan-
dowski, do STF: contratação temporária de servidores
e excepcional interesse público. Por entender caracteri-
zada a ofensa aos incisos II e IX do art. 37 da CF/88, o
Tribunal julgou procedente o pedido formulado em Ação
Direta de Inconstitucionalidade proposta pelo PGR con-
tra a Lei Complementar 300/2004, prorrogada pela Lei
Complementar 378/2006, ambas do ES;
d) ADI 2135 MC/DF (medida cautelar em ADI), do STF:
manteve-se o então vigente caput do art. 39, que tratava
do regime jurídico único, incompatível com a figura do
emprego público.

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Prestação de Serviços pela

pela rede privada do SUS


Prestação de serviços
Rede Privada do SUS

A Atenção Básica deve ser prestada pela rede pública


municipal.
A média e a alta complexidade podem ser contratadas da
rede privada.
Podem ser contratados de forma complementar, mediante
contrato ou convênio, com preferência para as entidades filantró-
picas e sem fins lucrativos. Inexistindo, as entidades privadas com
fins lucrativos podem ser contratadas.
Regem o tema:

1) Portaria n. 1034/GM, de 2010, que dispõe sobre a


participação complementar das instituições privadas de assis-
tência à saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde;
2) Portaria n. 1606/GM, de 2001;
3) Art. 199, § 1º da CF/88.

O que deve ser contratado constará do Plano de Saúde,


devidamente aprovado pelo Conselho de Saúde, mediante
Resolução formal. Deve fazer parte de um Plano Operativo. O
contratante (Secretaria de Saúde) deve zelar pela qualidade e
quantidade dos serviços contratados (monitoramento, avaliação
e auditoria). Devem os serviços contratados ou conveniados
fazerem parte de instrumento formal.

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Serviço de Oncologia

O serviço de oncologia é um serviço disponibilizado para

Serviço de Oncologia
os pacientes com câncer que necessitam de tratamento quimiote-
rápico e eventuais internações por complicações da própria doença.
O SUS credencia hospitais públicos e privados como os
Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia
(CACON) ou Unidade de Assistência de Alta Complexidade em
Oncologia (UNACON), constituindo um pacote fechado, incluí-
dos os medicamentos.
A PROMOTORIA DE JUSTIÇA DEVE REQUISITAR À
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE QUAIS SÃO OS CACON E
UNACON EXISTENTES NO MUNICÍPIO E, NO CASO DE INEXIS-
TÊNCIA DESTES, AVALIAR AS REFERÊNCIAS PACTUADAS
PARA ENCAMINHAMENTO DE SEUS MUNÍCIPES.

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Tratamento fora de Domicílio

O Tratamento Fora de Domicílio – TFD, instituído pela Por-


taria n. 55 da Secretaria de Assistência à Saúde (Ministério da
Saúde), é um instrumento legal que visa garantir, por intermédio do
SUS, tratamento médico a pacientes portadores de doenças não
tratáveis no município de origem por falta de condições técnicas.
Assim, o TFD consiste em uma ajuda de custo ao pa-
ciente, e, em alguns casos, também ao acompanhante, encami-
nhados por ordem médica às unidades de saúde de outro
município ou Estado da Federação, quando esgotados todos os

Tratamento fora
meios de tratamento na localidade de residência do mesmo,

de domicílio
desde que haja possibilidade de cura total ou parcial, limitado no
período estritamente necessário a este tratamento e aos recursos
orçamentários existentes.
Destina-se a pacientes que necessitem de assistência
médico-hospitalar cujo procedimento seja considerado de alta e
média complexidade eletiva.

TFD E O DIREITO CONSTITUCIONAL À SAÚDE

Nos termos da Norma Constitucional (arts. 5º, 6º e 196),


o direito à saúde é marcado por sua "fundamentalidade", consi-
derando-se que sua garantia é expressão de resguardo da pró-
pria vida, maior bem de todos, do qual os demais direitos extraem
sentido. Analisando o conceito de "fundamentalidade", J. J.
Gomes Canotilho concebe-o sob duas perspectivas: a "funda-
mentalidade formal", correspondente à constitucionalização, à lo-
calização de direitos reputados fundamentais no ápice da
pirâmide normativa, com as consequências desse fato derivadas

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- demarcação das possibilidades do ordenamento jurídico e vin-


culatividade dos poderes públicos -, e a "fundamentalidade ma-
terial", identificadora dos direitos fundamentais a partir do seu
conteúdo "constitutivo das estruturas básicas do Estado e da so-
ciedade", permissiva do reconhecimento de outros direitos não
expressamente tipificados no rol constitucional, mas equiparáveis
em dignidade e relevância aos direitos formalmente constitucio-
nais ("norma de fattispecie aberta").
Em ambas as visões, exsurge a magnitude da essencia-
lidade, embora seja patente a maior significância compreensiva
da segunda:

No qualificativo fundamental acha-se a indicação de que se trata de


situações jurídicas sem as quais a pessoa humana não se realiza,
não convive e, às vezes, nem mesmo sobrevive; fundamentais do
homem no sentido de que todos, por igual, devem ser não apenas
formalmente reconhecidos, mas concreta e materialmente efetivados.
(José Afonso da Silva)

Os direitos fundamentais cumprem, nessa contextura,


determinadas funções: exigem prestações do Estado, protegem
diante do poder público e de terceiros, fomentam a paridade entre
os indivíduos, designam os alicerces sobre os quais se constrói
e se orienta o ordenamento jurídico ("eficácia irradiante"). Têm
força, ao mesmo tempo, por assim dizer, de princípio e de regra.
O SUS caracteriza-se pela descentralização, "com dire-
ção única em cada esfera de governo", devendo ser financiado
com recursos federais, estaduais e municipais (art. 198, §1º, da
CF/88). A Lei n. 8.080/90 fixa, em seu art. 7º, que o SUS é regido,
dentre outros, pelo princípio da "integralidade de assistência, en-
tendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para
cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema", bem
como pelo preceito da "conjugação dos recursos financeiros, tec-
nológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Dis-
trito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de
assistência à saúde da população".
O TFD do SUS, regulado pela Portaria n. 55/99, do

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Ministério da Saúde, é instrumento que se destina aos pacien-


tes que, já tendo exaurido as possibilidades de tratamento
médico para os seus males, no local de origem (município),
precisam se deslocar em busca da adequada assistência
médica, apenas encontrável em localidade diversa do ter-
ritório nacional. O programa inclui, além dos procedimentos
médicos, passagens de ida e volta e ajuda de custo para ali-
mentação e hospedagem do paciente e do acompanhante.
De conformidade com as diretrizes do sistema, a respon-
sabilidade pelo pagamento das despesas com deslocamento
dentro de um mesmo Estado é da Secretaria Municipal de Saúde,
e entre Estados é da Secretaria Estadual de Saúde.
Segundo preconiza, ademais, a Portaria n. 55/99, do
Ministério da Saúde,

caberá às Secretarias de Estado da Saúde/SES propor às respecti-


vas Comissões Intergestores Bipartite - CIB a estratégia de gestão
entendida como: definição de responsabilidades da SES e das SMS

Tratamento fora
de Domicílio
para a autorização do TFD; estratégia de utilização com o estabele-
cimento de critérios, rotinas e fluxos, de acordo com a realidade de
cada região e definição dos recursos financeiros destinados ao TFD.

Mais que isso, foi estabelecido um prazo:

A normatização acordada será sistematizada em Manual Estadual


de TFD a ser aprovado pela CIB, no prazo de 90 dias, a partir da
vigência desta portaria, e encaminhada, posteriormente, ao Depar-
tamento de Assistência e Serviços de Saúde/SAS/MS, para conhe-
cimento. (art. 5º)

Se o Estado-membro, confessadamente, não está hon-


rando com a obrigação de pagar as diárias para os trajetos inte-
restaduais, como lhe compete, na distribuição das incumbências
entre os entes da Federação, em relação à saúde, e, particular-
mente, se ele se omitiu, deixando de expedir, como se lhe foi exi-
gido, a regulamentação necessária à implementação adequada
do programa TFD (apenas o fazendo quando a ação civil pública
já havia sido ajuizada, transcorridos mais de sete anos desde a

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determinação de expedição de regulamento), deve ele ser impe-


lido a cumprir suas atribuições.

O QUE ESTE PROGRAMA OFERECE?

▪ Consulta, tratamento ambulatorial, hospitalar/cirúrgico previa-


mente agendado;
▪ Passagens de ida e volta - aos pacientes e se necessário a
acompanhantes, para que possam deslocar-se até o local onde
será realizado o tratamento e retornar a sua cidade de origem;
▪ Ajuda de custo para alimentação e hospedagem do paciente
e/ou acompanhante enquanto durar o tratamento.

QUANDO O TFD PODE SER AUTORIzADO


SIM NÃO
Para pacientes atendidos na rede pública, Para procedimentos não constantes na
ambulatorial e hospitalar, conveniada ou tabela do SIA e SIH/SUS;
contratada do SUS;
Quando esgotados todos os meios de Tratamento para fora do país;
tratamento dentro do município;
Somente para municípios referência com Para pagamento de diárias a pacientes
distância superior a 50 km do município de durante o tempo em que estiverem
destino em deslocamento por transporte hospitalizados no município de destino;
terrestre ou fluvial, e 200 milhas por
transporte aéreo;
Apenas quando estiver garantido o atendi- Em tratamentos que utilizem procedimentos
mento no município de destino, através do assistenciais contidos no Piso de Atenção
aprazamento pela Central de marcação Básica (PAB) ou em tratamentos de longa
de Consultas e Exames especializados e duração, que exijam a fixação definitiva no
pela Central de Disponibilidade de Leitos; local do tratamento;
Com exames completos, no caso de Quando não for explicitado na Programação
cirurgias eletivas; Pactuada Integrada – PPI dos municípios a
referência de pacientes em Tratamento
Fora de Domicílio;
Com a referência dos pacientes de TFD Para custeio de despesa de acompanhante,
explicitada na Programação Pactuada quando não houver indicação médica, ou
Integrada – PPI de cada município e na para custeio de despesas com transporte
programação Anual do Município/Estado. do acompanhante, quando este for
substituído.

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O QUE É PRECISO PARA OBTER O TRATAMENTO?

Laudo médico, próprio do TFD, devidamente preenchido


pelo médico solicitante (médico assistente do município), onde
será informada a necessidade de o paciente realizar o tratamento
fora de sua cidade. O laudo deverá ser preenchido em 03 (três)
vias, à máquina ou com letra de forma, no qual deverá ficar bem
caracterizada a problemática médica do paciente.
Para que seja concedido, o pedido deve ser formalizado
em processo próprio e constituído com os seguintes documentos:

▪ Pedido de Tratamento Fora de Domicílio – PTFD;


▪ Laudo Médico;
▪ Xerox de Exames;
▪ Xerox de: certidão de nascimento (paciente menor de idade)
ou carteira de identidade (paciente maior de idade); e
▪ Xerox da carteira de identidade do acompanhante, se houver.

Tratamento fora
de Domicílio
Este laudo será encaminhado à Coordenação do TFD do
Estado, onde será avaliado por equipe médica especializada, que
determinará o local do tratamento, sendo este realizado na loca-
lidade mais próxima de origem do paciente.
Compete ao médico da Unidade analisar e justificar a
necessidade do acompanhamento, de acordo com o caso e as
condições do paciente. No entanto, a Comissão Regional poderá
indeferir tal necessidade, depois de analisada a justificativa apre-
sentada. A autorização de acompanhamento que não seja impres-
cindível poderá estar prejudicando o orçamento necessário à
autorização para outros pacientes.
Nos casos de procedimentos constantes da Central
Nacional de Regulação de Alta Complexidade – CNRAC, compete
ao Ministério da Saúde o direcionamento dos pacientes.

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QUAIS DESPESAS PODEM SER PAGAS PELO TFD?

Aquelas relativas a transporte aéreo, terrestre e fluvial,


diárias para pernoite e ajuda de custo para alimentação para
paciente e acompanhante (se houver), bem como as despesas
com preparação e traslado do corpo, em caso de óbito em TFD.
A Secretaria de Estado da Saúde poderá reembolsar ao
paciente as despesas com diárias e passagens nos deslocamentos
para fora do estado, quando se tratar de casos de comprovada
urgência, sem que haja tempo hábil para formalizar a devida
solicitação, o que deverá ser providenciado após o retorno e
encaminhado via Gerência Regional de Saúde, caso o paciente
possua o processo de TFD autorizado previamente.

DE QUEM É A RESPONSABILIDADE PELO CUSTEIO DO TFD?

A responsabilidade pelo pagamento de despesas com


deslocamentos intraestadual será, via de regra, atribuído às
Secretarias Municipais de Saúde, que utilizarão a Tabela de Pro-
cedimentos do Sistema de Informações Ambulatoriais –
SIA/SUS, devendo ser autorizadas de acordo com a disponibili-
dade orçamentária dos municípios.
Entretanto, quando o deslocamento for realizado a partir
de um município não habilitado em Gestão Plena do Sistema
Municipal (GPSM), isto é, que esteja habilitado apenas na Gestão
Plena da Atenção Básica (GPAB), a competência para a conces-
são do benefício é da Regional de Proteção Social/SESPA a qual
o município está vinculado.
Já a responsabilidade pelo pagamento de despesas
nos deslocamentos interestaduais será atribuída à Secretaria
de Estado da Saúde, que também utilizará a Tabela de Proce-
dimentos do Sistema de Informações Ambulatoriais SIA/SUS,
devendo ser autorizadas de acordo com a disponibilidade orça-
mentária do Estado.

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REGRAS PARA RECEBIMENTO DA AJUDA DE CUSTO PELO


ACOMPANHANTE

Somente será admitido o custeio das despesas com


acompanhante nos casos de cirurgia de médio e grande porte
nos casos de paciente menor de idade, de idosos acima de 60
anos, ou de paciente impossibilitado em razão da doença de
adotar por seus próprios meios as providências necessárias ao
seu tratamento.
O acompanhante deverá ser membro da família, estar
em pleno gozo da saúde, ser maior de 18 anos e menor de 60
anos, e ter disponibilidade para permanecer acompanhando o
paciente até o término do tratamento. Caso não seja necessária
a permanência do acompanhante, este deverá retornar à locali-
dade de origem após a internação do paciente, e, quando de sua
alta, se houver necessidade de acompanhante para seu retorno, o
órgão de TFD de origem providenciará o deslocamento do mesmo.
O eventual acompanhante terá direito a ajuda de custo

Tratamento fora
de Domicílio
no pagamento das despesas com transporte, pernoite e alimen-
tação conforme Tabela SIA/SUS.

TFD E O ENCAMINHAMENTO DE PACIENTES PORTADORES DE


CÂNCER: O EXEMPLO DE ANÁPOLIS-GO

A maior parte das situações que envolvam radioterapia


possuem condições ideais para serem resolvidas no município
de Anápolis, ou pelo Ambulatório Mauá ou pela Unidade Oncológica.
As de quimioterapia são encaminhas, em sua maioria, para o
Hospital Araújo Jorge, a segunda maior pediatria oncológica do
Brasil (ACCG).
O setor de Oncologia Pediátrica é um dos setores mais
importantes do Hospital Araújo Jorge e se dedica ao tratamento
de crianças e adolescentes.
A pediatria do Hospital Araújo Jorge apresenta índices
de cura compatíveis aos índices mundiais (em torno de 75%) e
atende pacientes de Goiânia, interior de Goiás e outros estados.
Em média, o setor realiza 850 consultas mensais, 1270 aplica-

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ções de quimioterapia, e possui 30 leitos.


A Leucemia é o câncer mais comum entre crianças e
adolescentes, possui incidência de 33% dos casos.
O Tumor cerebral é o segundo tipo de câncer mais
comum na infância – os tumores cerebrais como gliomas, medu-
lobastomas e outros são o segundo tipo de câncer mais frequente,
com 18% de incidência.
O ideal seria que em municípios do porte populacional
semelhante a Anápolis-GO (cerca de 350.000 hab.) houvesse
uma estrutura mínima desse nível.
Infeliz Realidade – o SUS não autoriza aplicações de
radioterapia estereotáxica fracionada e realizações de radioci-
rurgia para pacientes com menos de 12 anos de idade.
Consequências Negativas desta realidade: diminuição da
qualidade de vida e impossibilidade de redução das sequelas.

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Ministério Público e Fiscalização


dos Planos e Programas
Atinentes à Saúde:
Proposições Práticas

PASSO A PASSO PARA A VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO


DE METAS PELOS GESTORES

Tendo em vista a séria necessidade de superação de um


dos mais graves nós críticos, concernente à efetividade da saúde
no sistema organizacional brasileiro, vale dizer, o da gestão,
conforme já afirmado em linhas pretéritas, insta evidenciar a
necessidade de conhecimento pelos Membros do Ministério
Público Brasileiro dos mais importantes instrumentos e marcos
estruturantes que devem ser observados quanto ao planeja-
mento, coordenação e difusão das atividades inerentes à saúde

MP e fiscalização dos
Planos e Programas
em nosso país.
Assim, apresentamos os principais elementos que
devem ser observados no desenvolvimento de nossas atividades
no cumprimento de tal missão, iniciando-se pela observância dos
Planos nacionais e estaduais de saúde, senão vejamos:

Plano Nacional de Saúde 2008-2011


▪ PPA 2008-2011

Plano Estadual de Saúde 2008-2011


▪ PPA 2008-2011

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Plano Municipal de Saúde 2010-2013


▪ PPA 2010-2013
PAS – Programação Anual de Saúde 2010 (Estados, Municípios)

LOA 2010
▪ O PAS serve de base para a elaboração do relatório
anual de gestão.

RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO DE 2009 (Município)

▪ Até final de março de 2010: apreciação pelo Conselho


Municipal de Saúde – CMS.

▪ Até 31.05.2010: cópia para CIB (Resolução do CMS) e


Tribunal de Contas competente (RAG + Resolução do
Conselho que o aprovou).

▪ Cópia para Ministério Público (Promotor de Justiça


com atribuição na área da saúde): Promotor verifica
resultados alcançados (indicadores) e solicita ao muni-
cípio as providências a serem adotadas para os índices
pactuados e não alcançados.

RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO DE 2009 (Estado)


Igual município; envia à CIT.

1º semestre de 2010
Solicitar à Secretaria Estadual de Saúde e à Secretaria
Municipal de Saúde o estágio atual da elaboração do “Programa
Anual de Saúde” para 2011 para ser incluída nos projetos das
LDO e da LOA para 2011.
Obs: A Programação Anual de Saúde passa pela deliberação do
Conselho de Saúde.
Verificar o estágio atual do “Termo de Compromisso de

48
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 49

Gestão” dos municípios e Estado (ver na página da CIT).


Verificar o estágio atual do “Relatório Anual de Gestão”.
(ver na página da CIT).
SIOPS - Alimentação, duas vezes por ano, até 30 dias
do encerramento de cada semestre (1º semestre e anual) (ver
na página da SIOPS - http://siops.datasus.gov.br).
Verificar dois dados:
- Percentual investido na saúde;
- Valor, em reais, por habitante (abaixo de R$250,00 não
há o mínimo de saúde).

MP e fiscalização dos
Planos e Programas

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Acervo Imprescindível para uma

para uma boa atuação


Acervo imprescindível
Boa Atuação da Promotoria
de Justiça com Atribuições
na Área da Saúde

É fundamental que mantenhamos, de maneira atuali-


zada, acervo básico para orientação e adoção de medidas, tanto
no plano administrativo quanto judicial. Abaixo seguem as prin-
cipais fontes que necessariamente devem conter o arcabouço da
Curadoria de Saúde:

▪ Saúde na CF/88;
▪ Lei n. 8080/90;
▪ Lei n. 8.142/90;
▪ EC 29/00;
▪ EC 51/06 e Lei n. 11.350/06; EC 63/10;
▪ Lei n. 11.107/05 e Decreto 6.017/07;
▪ Leis locais atualizadas que criaram o Conselho de Saúde
e o Fundo de Saúde;
▪ Regimento Interno do Conselho de Saúde;
▪ Atas sucintas das reuniões do Conselho de Saúde;
▪ Ata sucinta da audiência pública de prestação trimestral
de contas da execução do orçamento da saúde (esta-
dual/municipal);
▪ RELAÇÃO MUNICIPAL DE MEDICAMENTOS – REMUME;
▪ Índice médio mensal de cobertura (de abastecimento)
da REMUME;
▪ Relação do componente especializado da assistência
farmacêutica (Secretaria de Saúde do Estado);

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▪ Índice médio mensal de cobertura da relação do compo-


nente especializada da assistência farmacêutica;
▪ Termo de Compromisso de Gestão atualizado;
▪ Plano de Saúde em vigor (Estado: 2008-2011; Município:
2010-2013);
▪ Parte do PPA que inclui o Plano de Saúde em vigor;
▪ Programação Anual de Saúde em vigor;
▪ Parte da LDO e da LOA que integra a Programação
Anual de Saúde;
▪ Percentual (%) previsto na LOA em vigor para a saúde
(EC 29/00);
▪ Relatório Anual de Gestão do ano anterior;
▪ Calendário Anual das audiências públicas agendadas de
prestação de contas da execução do orçamento da saúde;
▪ SIOPS (alimentação semestral e alimentação anual).

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Glossário

CACON - Centro de Assistência de Alta Complexidade em


Oncologia: hospital que possui as condições técnicas, instalações
físicas, equipamentos e recursos humanos adequados à presta-

Glossário
ção de assistência especializada de alta complexidade para o
diagnóstico definitivo e tratamento de todos os tipos de câncer.

CIB - Comissão Intergestores Bipartite: espaços estaduais de


articulação e pactuação política que objetivam orientar, regula-
mentar e avaliar os aspectos operacionais do processo de des-
centralização das ações de saúde. São constituídas,
paritariamente, por representantes do governo estadual, indica-
dos pelo Secretário de Estado da Saúde, e por secretários mu-
nicipais de Saúde, indicados pelo órgão de representação do
conjunto dos municípios do estado, em geral denominado Con-
selho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems). Os secre-
tários municipais de Saúde, por meio de seus espaços de
representação, debatem entre si os temas estratégicos antes de
apresentarem suas posições na CIB. Os Cosems são, também,
instâncias de articulação política entre gestores municipais de
Saúde, sendo de extrema importância a participação dos gesto-
res locais nesses espaços. As CIBs foram institucionalizadas pela
Norma Operacional Básica n. 1 de 1993 e instaladas em todos
os estados do país.

CIT - Comissão Intergestores Tripartite: instância de articulação e


pactuação na esfera federal que atua na direção nacional do SUS,
integrada por gestores do SUS das três esferas de governo - União,
estados, DF e municípios. Tem composição paritária formada por
quinze membros, sendo cinco indicados pelo Ministério da Saúde
(MS), cinco pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de

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Saúde (Conass) e cinco pelo Conselho Nacional de Secretários


Municipais de Saúde (Conasems). A representação de estados e
municípios nessa Comissão é regional, sendo um representante
para cada uma das cinco regiões no País. Nesse espaço, as de-
cisões são tomadas por consenso e não por votação. A CIT
está vinculada à direção nacional do SUS.

CMS - Conselho Municipal de Saúde: o CMS é o órgão que deve


exercer o controle social do SUS. Tem competência para fiscali-
zar, planejar, propor e controlar os recursos da área de Saúde no
Orçamento Municipal. Pode e deve, ainda, elaborar o Plano Plu-
rianual de Saúde. O controle, o planejamento e a fiscalização do
Fundo Municipal de Saúde (para onde são destinados os recursos
a serem gastos com a Saúde no município) também competem
ao CMS.

CRM - Conselho Regional de Medicina.

Curadoria de Saúde: Promotoria de Justiça com atuação judicial


e extrajudicial na área da Saúde.

Hipossuficiente: segundo o Novo Dicionário Aurélio, hipossufi-


ciente é a “pessoa economicamente fraca, que não é autossufi-
ciente”. O Dicionário Houaiss traz o mesmo sentido para o
vocábulo: “diz-se de ou pessoa de parcos recursos econômicos,
que não é auto-suficiente”. No contexto do art. 6º, VIII, do Código
de Defesa do Consumidor, hipossuficiente é, genericamente, o
consumidor que se encontra, concretamente, em posição de
manifesta inferioridade perante o fornecedor.

LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias: lei periódica anual pre-


vista no Artigo 165 da Constituição Federal. Tem a finalidade,
dentre outras matérias, de nortear a elaboração dos orçamentos
anuais, compreendidos aqui o orçamento fiscal, o orçamento de
investimentos das empresas públicas e o orçamento da seguri-
dade social, de forma a adequá-los a diretrizes, objetivos e metas
da administração pública.

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LOA - Lei Orçamentária Anual: lei periódica, anual, de cunho


administrativo e de efeitos concretos, que contém a discriminação
da receita e da despesa pública, de forma a evidenciar a política
econômica financeira e o programa de trabalho do governo. Pre-
vista no artigo 165 da Constituição Federal. É também conhecida
como a Lei de Meios, pois possibilita os meios para o desenvolvi-
mento das ações relativas aos diversos órgãos e entidades que
integram a administração pública.

PAS – Programação Anual de Saúde: instrumento que operacio-


naliza as intenções expressas no Plano de Saúde, cujo propósito

Glossário
é determinar o conjunto de ações voltadas à promoção, proteção
e recuperação da saúde, bem como da gestão do SUS.

Política Pública: conceito de política e de administração que


designa certo tipo de orientação para a tomada de decisões em
assuntos públicos, políticos ou coletivos.

PPA – Plano Plurianual: instrumento de planejamento de médio


prazo do governo federal que estabelece, de forma regionali-
zada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
federal, as despesas de capital e outras delas decorrentes e as
relativas aos programas de duração continuada. Lei quadrienal
prevista no artigo 165 da Constituição Federal, entra em vigor a
partir do segundo ano de mandato do governante até o primeiro
ano do mandato seguinte.

RAG – Relatório anual de gestão: instrumento que apresenta os


resultados alcançados com a execução da Programação Anual
de Saúde, contemplando a comprovação da aplicação dos recursos
repassados do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos de Saúde
dos Estados, Distrito Federal e Municípios.

SIOPS - Sistema de Informações sobre Orçamento Público em


Saúde: coleta e sistematização de informações sobre as receitas
totais e despesas com ações e serviços públicos de saúde das
três esferas de governo, fornecendo subsídios aos gestores e à
sociedade para o planejamento e acompanhamento dos gastos

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públicos em saúde, conforme prevê as Leis que regulamentam


os princípios do Sistema Único de Saúde (Lei 8.080/90 e Lei
8.142/90).

Termo de Compromisso de Gestão: declaração pública dos


compromissos assumidos pelo gestor na condução do processo
de aprimoramento e consolidação do SUS. Deve ser aprovado
no Conselho de Saúde (da respectiva esfera de gestão), na
Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e Comissão Intergestores
Tripartite (CIT). Expressa a formalização do Pacto nas dimensões
Pela Vida e de Gestão;

UNACON - Unidade de Assistência de Alta Complexidade em


Oncologia: hospital que possui condições técnicas, instalações
físicas, equipamentos e recursos humanos adequados à presta-
ção de assistência especializada de alta complexidade para o
diagnóstico definitivo e tratamento dos cânceres mais prevalentes
no Brasil.

VISA-MUN. – Vigilância Sanitária Municipal.

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Anexo I - Lesgislação
Pertinente à saúde

1. NORMAS PRINCIPAIS:

Saúde na CF/88 – arts. 6º e 5º, § 1º; 23, II; 30, VII; 196-200;

Recomendação nº 31, de 30.3.2010: Recomendação do Con-

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
selho Nacional de Justiça (demandas judiciais envolvendo
a assistência à saúde)

EC 29/00 – vinculação de recursos orçamentários para a saúde

EC 51/06 – contratação de Agente Comunitário de Saúde e outros

Lei nº 11.350/06 – Regulamenta a EC 51/06 – ACS

EC 63, de 04.02.2010, p. DOU, Seção 1, de 05.02.2010: altera


o § 5º do art. 198 da CF para dispor sobre piso salarial profissio-
nal nacional e diretrizes para os Planos de Carreira de Agentes
Comunitários de Saúde e de Agentes de Combate às Endemias.

Lei nº 8.080/90 – Lei Orgânica da Saúde

Lei nº 8.142/90 – Conselho de Saúde, Conferência de Saúde e


transferência de recursos financeiros do Fundo Nacional de Saúde
para o Fundo Estadual de Saúde e o Fundo Municipal de Saúde

Lei nº 8.689/93 – SNA; art. 12: prestação trimestral de contas

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pelo gestor do SUS, estadual e municipal

Lei nº 9.452/97 – notificação à Câmara Municipal de liberação


de recursos federais

Lei nº 11.107/2005 – Consórcios Públicos;

Lei nº 12.305, de 02.8.2010, p. DOU, Seção de 03.8.2010: Ins-


titui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no
9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências;

Decreto nº 6.017, de 17.01.2007: regulamenta a Lei nº 11.107/05


- Consórcios Públicos;

Lei nº 11.934, de 05.5.2009, p. no DOU, Seção 1, de 06.5.2009:


dispõe sobre limites à exposição humana a campos elétricos,
magnéticos e eletromagnéticos; altera a Lei nº 4.771, de
15.9.1965; e dá outras providências;

Decreto nº 7.135, de 29.3.2010, p. DOU, Seção 1, págs. 3/13:


aprova Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo de Cargos
em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério da Saúde.

Portaria nº 3.965/GM, de 14.12.2010, p. DOU, Seção 1, de


15.12.2010, págs. 82/120: aprova os Regimentos Internos dos
órgãos do Ministério da Saúde; revoga a Portaria nº 2.123/GM,
de 07.10.2004, ressalvados os regimentos internos do Conselho
Nacional de Saúde – CNS e do Conselho de Saúde Suplementar;

Lei nº 12.101, de 27.11.2009: dispõe sobre a certificação das


entidades beneficentes de assistência social; regula os procedi-
mentos de isenção de contribuições para a seguridade social; e
dá outras providências;

Decreto nº 7.237, de 20.7.2010: regulamenta a Lei nº 12.101/2009;

Portaria nº 3.355/GM, de 04.11.2010, p. DOU, Seção 1, de


05.11.2010, págs. 52/57: dispõe sobre o processo de Certificação

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das Entidades Beneficente de Assistência Social na área da


Saúde – CEBAS – SAÚDE;

Normas locais: leis (estaduais e municipais) que criaram o


Conselho de Saúde e o Fundo de Saúde; Regimento Interno do
Conselho de Saúde; Decreto que designou os Conselheiros do
Conselho de Saúde; cópia das atas das reuniões do Conselho
de Saúde; cópia da ata da audiência pública de prestação trimes-
tral de contas da execução do orçamento da saúde aos cidadãos
pelo gestor do SUS, estadual e municipal; cópia do Plano de
Saúde (de 04 em 04 anos) aprovado pelo Conselho de Saúde e
inserido no PPA; cópia da PPI da Assistência em Saúde; cópia do
Termo de Compromisso de Gestão; cópia do Plano de Carreiras,
Cargos e Salários do SUS; cópia dos contratos com os presta-
dores de serviços ao SUS (art. 199, § da CF/88); cópia dos convê-
nios com as outras Pessoas Políticas; cópia da Programação Anual
de Saúde (o que vai ser realizado de saúde durante o ano); cópia

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
do Relatório Anual de Gestão (o que foi feito de saúde no ano
anterior); prova da alimentação dos bancos de dados nacionais
do Ministério da Saúde (SIOPS, SIAB, SINAN, etc) pelos Estados
e Municípios, cópia da ata das reuniões do Conselho gestor das
Unidades de Saúde do Estado local, etc.

2. ALTA COMPLEXIDADE EM TERAPIA NUTRICIONAL

Portaria nº 343/GM, de 07.3.2005: Institui, no âmbito do Sistema


Único de Saúde, mecanismos para a organização e implantação
da assistência de Alta Complexidade em Terapia Nutricional;

Portaria nº 2.529/GM, de 19.10.2006: regula a internação domi-


ciliar no SUS;

Portaria nº 120/SAS, de 14.4.2009, p. no DOU, Seção 1, de


20.4.2009: aprova normas de classificação/credenciamento/habili-
tação dos Serviços de Assistência de Alta Complexidade em Terapia
Nutricional Enteral e Enteral/Parentenal e dá outras providências.

59
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3. ARQUITETURA E ENGENHARIA EM SAÚDE:

Resolução – RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe


sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos
de serviços de saúde.

Resolução – RDC nº 189, de 18 de julho de 2003. Todos projetos


de arquitetura de estabelecimentos de saúde públicos e privados
devem ser avaliados e aprovados pelas vigilâncias sanitárias
estaduais ou municipais previamente ao início da obra a que se
referem os projetos.

Resolução - RE nº 9, de 16 de janeiro de 2003. Orientação


técnica revisada contendo padrões referenciais de qualidade de
ar interior em ambientes de uso público e coletivo, climatizados
artificialmente. A Resolução recomenda o índice máximo de
poluentes de contaminação biológica e química, além de parâ-
metros físicos do ar interior. A resolução prevê ainda métodos
analíticos e recomendações para controle e correção, caso os
padrões de ar forem considerados regulares ou ruins.

Resolução – RDC nº 307, de 14 de novembro de 2002. Reti-


ficou a Resolução - RDC nº 50, de 21/2/2002. As considerações
da Resolução - RDC nº 50 de 21 de fevereiro de 2002 passam a
vigorar com a seguinte redação: Art. 2º O Regulamento Técnico
contido na Resolução - RDC nº 50 de 21 de fevereiro de 2002
passa a vigorar com a seguinte redação.

Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 – ANVISA.


Alterada pela Resolução - RDC nº 189, de 18/7/2003. Atualizada
pela Resolução - RDC nº 307, de 14/11/2002. Substitui a Portaria
MS nº 1.884, de 11/11/1994. Dispõe sobre o Regulamento Técnico
para planejamento, programação, elaboração e avaliação de pro-
jetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Normas
para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
Normaliza a elaboração de projetos físicos de Estabelecimentos
Assistenciais de Saúde (EAS). Apresenta orientações aos plane-

60
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jadores, projetistas e avaliadores de estabelecimentos de saúde.


Cada EAS construído ou reformado deverá estar em consonância
com as definições e informações contidas neste documento, inde-
pendente de ser um estabelecimento público ou privado.

Resolução RDC nº 36, de 03.6.2008, da ANVISA, republicada


no DOU, Seção 1, de 09.7.2008: dispõe sobre o Regulamento
Técnico para Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica
e Neonatal (atos relacionados: Resolução RDC 50, de
21.02.2002, da ANVISA; Resolução RDC nº 189, de 18.7.2003,
da ANVISA; Lei nº 6.437, de 20.8.2007).

Resolução RE nº 176, de 24 de outubro de 2000. Substituída


pela Resolução RE n° 9, de 16 de janeiro de 2003. Orientação
técnica contendo padrões referenciais de qualidade de ar interior
em ambientes de uso público e coletivo, climatizados artificial-

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
mente. A Resolução recomenda o índice máximo de poluentes
de contaminação biológica e química, além de parâmetros físicos
do ar interior. A resolução prevê ainda métodos analíticos e
recomendações para controle e correção, caso os padrões de ar
forem considerados regulares ou ruins.

Portaria Interministerial nº 482, de 16 de abril de 1999. Regula-


mento técnico contendo disposições sobre o funcionamento e instala-
ção de unidades de esterilização por óxido de etileno e de suas
misturas, bem como estabelece as ações de inspeção sob responsa-
bilidade do Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho e Emprego.

Portaria MS nº 3.523, de 28 de agosto de 1998. Regulamento


técnico contendo medidas básicas referentes aos procedimentos
de verificação visual do estado de limpeza, remoção de sujidades
por métodos físicos e manutenção do estado de integridade e
eficiência dos componentes dos sistemas de climatização, para
garantir a qualidade do ar de interiores e prevenção de riscos à
saúde aos ocupantes de ambientes climatizados.

61
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4. ASBESTOS/AMIANTO

Portaria nº 1.644/GM, de 20.7.2009, p. DOU, Seção 1, de


21.7.09: veda ao Ministério da Saúde e aos seus órgãos vincu-
lados a utilização e a aquisição de quaisquer produtos e subpro-
dutos que contenham asbestos/amianto em sua composição e
disciplina demais providências.

5. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA AOS ATINGIDOS POR


DESASTRES DE ORIGEM NATURAL

Portaria nº 74/GM, de 20.01.2009, republicada no DOU, Seção


1, de 26.01.2009, pág. 33: estabelece os procedimentos para
aquisição e distribuição dos kits de medicamentos e insumos
estratégicos para a assistência farmacêutica aos atingidos por
desastres de origem natural;

6. ATENÇÃO BÁSICA (RESPONSABILIDADE DIRETA DO


MUNICÍPIO)

Portaria nº 648/GM, de 28.3.06, p. no DOU, Seção 1, de 29.3.06


– Política Nacional de Atenção Básica, ESF e PACS;

Portaria nº 2.527 GM, de 19 de outubro de 2006: Define os


conteúdos mínimos do Curso Introdutório para profissionais da
Saúde da Família;

Portaria nº 822/GM, de 17.4.06, alterou a Portaria nº 648/GM,


de 28.3.06, na parte das exigências de enquadramento das
ESF´s – Equipes Saúde da Família na modalidade 1;

62
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Portaria nº 1.625/GM, de 10.07.2007, altera atribuições dos


profissionais das Equipes de saúde da família – ESF.

Portaria nº 650/GM, de 28.3.06, p. no DOU, Seção 1, de


29.3.06 – PAB fixo e variável, ESF e PACS;

Portaria nº 3.178/GM, de 19.10.2010, p. no DOU, Seção 1, de


20.10.2110: fixa em R$714,00 por Agente Comunitário de Saúde,
a cada mês, o valor do incentivo financeiro aos ACS´s das Estra-
tégias, Agentes Comunitários de Saúde e Saúde da Família (a
partir da competência julho 2010);

Portaria nº 1.230/GM, de 25.5.2007: fixa o valor do incentivo de


custeio referente à implantação de Agentes Comunitários de Saúde;

Emenda Constitucional nº 51/06 – contratação do ACS e de agen-


tes de combate às endemias (regulamentada pela Lei nº 11.350/06);

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Portaria nº 971/GM, de 03.5.06 - Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares no SUS – PNPIC (acupuntura,
homeopatia, plantas medicinais e fitoterapia, termalismo
social/crenoterapia);

Portaria n. 84/SAS, de 25.03.2009: adequar o serviço especia-


lizado 134 – SERVIÇO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS – e sua
classificação 001 – acupuntura;

Portaria nº 3.318/GM, de 28.10.2010, p. DOU, Seção 1, de


29.10.2010, págs. 105/107: Institui em todo o território nacional
os calendários de vacinação da criança, calendário do adolescente
e o calendário do adulto e do idoso;

Portaria nº 1.602/GM, de 17.7.2006: Institui em todo o território


nacional os calendários de vacinação da criança, do adolescente,
do adulto e do idoso;

Portaria nº 1.946/GM, de 19.7.2010, p. DOU, Seção 1, de


20.7.2010: institui, em todo o território nacional, o Calendário de

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Vacinação para os Povos Indígenas;

Portaria nº 154/GM, de 24.01.08, republicada no DOU, Seção


1, págs. 38/42, de 04.3.2008: Cria Núcleos de Apoio à Saúde da
Família – NASF;

Portaria nº 424/SAS, de 03.12.2009, p. DOU, Seção 1, de


04.12.2009, pág. 64: institui a Ficha Complementar de Cadastro das
Equipes de Núcleo de Apoio à Saúde da Família – ENASF, no sis-
tema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde – SCNES.

Portaria nº 2.281/GM, de 1º.10.2009: altera a Portaria nº 154/GM,


de 04.3.2008;

Portaria nº 221/SAS, de 17.4.2008: Lista Brasileira de Interna-


ções por condições sensíveis à Atenção Primária;

LEI Nº 11.664, DE 29 DE ABRIL DE 2008, p. DOU 30.4.2008: Dispõe


sobre a efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção,
a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo ute-
rino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS;

Decreto Presidencial nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007:


institui o Programa Saúde na Escola (PSE), com a finalidade de
contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública
de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção
e atenção à saúde;

PORTARIA Nº 1.861/GM DE 4 DE SETEMBRO DE 2008:


Estabelece recursos financeiros pela adesão ao PSE para Muni-
cípios com equipes de Saúde da Família, priorizados a partir do
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que
aderirem ao Programa Saúde na Escola (PSE);

Portaria nº 2.931/GM, de 04.12.2008: altera a Portaria nº


1.861/GM, de 04.9.208, que estabelece recursos financeiros pela
adesão ao Programa Saúde na Escola – PSE e credencia muni-
cípios para o recebimento desses recursos.

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Portaria Interministerial (MS e MEC) nº 3.696, de 25.11.2010, p.


DOU, Seção 1, de 29.11.2010, págs. 64/73: estabelece critérios para
adesão ao Programa Saúde na Escola (PSE) para o ano de 2010 e
divulga lista de Municípios aptos para manifestação de interesse.

Portaria nº 2.007/GM, de 1º.9.2009, p. DOU, Seção 1, de


02.9.2009: Fixa, a partir da competência julho de 2009, o valor
mínimo da parte fixa do Piso de Atenção Básica – PAB Fixo em
R$ 18,00 (dezoito reais) por habitante ao ano, para efeito do cál-
culo do montante de recursos a ser transferido do Fundo Nacional de
Saúde aos Fundos de Saúde dos Municípios e do Distrito Federal;

PORTARIA Nº 2.662/GM, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2008:


Institui o repasse regular e automático de recursos financeiros
na modalidade fundo a fundo, para a formação dos Agentes
Comunitários de Saúde;

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Portaria nº 3.066/GM, de 23.12.2008: define valores de financiamento
do Piso de Atenção Básica Variável para a estratégia de Saúde da Fa-
mília e de Saúde Bucal, instituídos pela Política de Atenção Básica;

Portaria nº 302/GM, de 17.02.2008, rep. no DOU, Seção 1,


de 30.4.2008: estabelece que profissionais de Saúde Bucal da
Estratégia da Saúde da Família poderão ser incorporados às
Equipes de Agentes Comunitários de Saúde – EACS;

Portaria nº 3.128/GM, de 24.12.2008: define que as Redes Esta-


duais de Atenção à Pessoa com Deficiência Visual sejam compostas
por ações na atenção básica e Serviços de Reabilitação Visual;

Portaria Conjunta nº 125, de 26.3.2009, p. no DOU, Seção 1, de


27.3.2009, do Secretário de Vigilância em Saúde e do Secretário
de Atenção à Saúde: define as ações de controle da hanseníase;

Portaria nº 201/SAS, de 29.10.2010, p. DOU, Seção 1, de


04.11.2010: Serviço de Atenção Integral em Hanseníase;

Portaria nº 2.226/GM, de 18.9.2009, rep. no DOU, Seção 1, de

65
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20.11.2009: institui, no âmbito da Política Nacional de Atenção


Básica, o Plano Nacional de Implantação de Unidades Básicas
de Saúde para Equipes de Saúde da Família;

Portaria nº 2.198/GM, de 17.9.2009: dispõe sobre a transferência


fundo a fundo de recursos federais a Estados, DF e Municípios,
destinados à aquisição de equipamentos e material permanente
para o Programa de Atenção Básica de Saúde e da Assistência
Ambulatorial e Hospitalar;

Portaria nº 705/GM, de 31.3.2010, p. DOU, Seção 1, de 1º.4.2010,


pág. 46: prorroga, por 60 dias, o prazo estabelecido no art. 5º da
Portaria nº 2.198/GM, de 17.9.2009 (recursos federais para aquisi-
ção de equipamentos e material permanente para a Atenção
Básica, Assistência Ambulatorial e Hospitalar, etc);

Portaria nº 1.390/GM, de 31.5.2010, p. DOU, Seção 1, de


1º.6.2010: altera o art. 5º da Portaria nº 2.198/GM, de 17.9.2009;

Portaria nº 402/GM, de 24.02.2010, p. DOU, Seção 1, de 25.02.2010:


institui, em âmbito nacional, o Programa Telessaúde Brasil para
apoio à Estratégia da Saúde da Família no SUS; institui o Programa
Nacional de Bolsas do Telessaúde Brasil e dá outras providências;

Portaria nº 325/SAS, de 06.7.2010, p. DOU, Seção 1, de


07.7.2010, pág. 50: estabelece os prazos para o envio do banco
de dados do SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica
referente às competências de agosto 2010 a janeiro de 2011.

7. CÉLULAS-TRONCO

Portaria n. 87/GM, de 21.11.2009: autoriza o envio para o exte-


rior de amostras de células-tronco hematopoéticas de doadores
cadastrados no REDOME – Registro Brasileiro de Doadores
Voluntários de Medula Óssea, para a realização de transplantes.

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8. CIDADES SAUDÁVEIS

Portaria n. 687/GM, de 30.03.2006;

Portaria nº 2.729/GM, de 11.11.2009, p. DOU, Seção 1, de


12.11.2009: institui Grupo de Trabalho “Cidades Saudáveis” com
a finalidade de elaborar documento técnico determinando a
estrutura e o funcionamento do Movimento Nacional para Territórios
Saudáveis – MNTS.

9. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA – CEM

Resolução CFM nº 1931/2009, de 17.9.2009, publicado no DOU,

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Seção 1, de 24.9.2009: aprova o Código de Ética Médica.

10. COLEGIADOS DE GESTÃO REGIONAL – CGR

Portaria nº 399/GM, de 22.02.2006: Diretrizes Operacionais do


Pacto pela Saúde 2006;

Portaria nº 204/GM, de 29.01.2007: regulamenta o financia-


mento e a transferência dos recursos federais para ações e serviços
de saúde;

Portaria nº 2.485/GM, de 21.10.2009, p. DOU, Seção 1, de


22.10.2009: orientações para a operacionalização do repasse
dos recursos federais que compõem os blocos de financiamentos
a serem transferidos a Estados, DF e Municípios, fundo a fundo,
em conta única e especificada por bloco de financiamento;

Portaria nº 2.691/GM, de 15.7.2008: regulamenta as condições

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para a transferência dos recursos financeiros federais referentes


ao incentivo para apoio às ações de regionalização;

Portaria nº 1.440/GM, de 15.7.2008;

Portaria nº 1.971/GM, de 27.8.2009, p. DOU, Seção 1, de


28.8.2009: autoriza a transferência de recursos financeiros do
FNS ao Fundo Estadual de Saúde do Estado do Espírito Santo,
referentes ao incentivo destinado ao apoio da organização e
funcionamento dos Colegiados de Gestão Regional.

11. COMPLEXOS REGULADORES

Portaria nº 1.571/GM, de 29.6.2007: estabelece incentivo financeiro


para implantação e/ou implementação de complexos regulares;

Portaria nº 1.559/GM, 8 de 1º.8.2008: Institui a Política Nacional de


Regulação do Sistema Único de Saúde – SUS;

Portaria nº 2.907/GM, de 23.11.2009: dispõe sobre o financia-


mento para a implantação e/ou implementação de Complexos
Reguladores e informatização das Unidades de Saúde, no âmbito
do Sistema Único de Saúde – SUS.

12. COMPONENTE ESPECIALIzADO DA ASSISTÊNCIA


FARMACÊUTICA (EX-MEDICAMENTOS EXCEPCIONAIS E
DE ALTO CUSTO)

Portaria n. 2.981/GM, de 26.11.2009, p. no DOU, Seção 1, de


30.11.09, rep. DOU, Seção 1, de 1º.12.2009: aprova o Compo-
nente Especializado da Assistência Farmacêutica (art. 1º Regu-
lamentar) e aprova, no âmbito do SUS, o Componente

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Especializado da Assistência Farmacêutica como parte da Polí-


tica Nacional de Assistência Farmacêutica, integrante do Bloco
da Assistência Farmacêutica, conforme definido no Capítulo I
desta Portaria;

Portaria n. 343/GM, de 22.02.2010, p. DOU, Seção 1, de


24.02.2010: altera os arts. 3º, 15, 16, 23, 24 e 63 e o Anexo IV à
Portaria n. 2.981/GM/MS, de 26.11.2009;

Portaria n. 1.645/GM, 24.06.2010, p. DOU, Seção 1,


25.06.2010: determina a liberação dos recursos para execução
de despesas destinadas à aquisição de medicamentos; quando
não regulamentada por portaria específica, será feita por meio
de transferência do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos
de Saúde Estaduais, Municipais e do DF;

Portaria n. 036-R/SESA/ES, de 07.07.2005: dispõe sobre a alte-

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
ração da Instrução de Serviço n. 327/2004, que trata da composi-
ção de processo, aquisição e dispensação de medicamentos
excepcionais comercializados no País e/ou importados;

“PROTOCOLOS CLÍNICOS”: relação dos medicamentos ex-


cepcionais do Ministério da Saúde: htpp://dtr2001.saude.gov.br/
sãs/dsra/protocolos/índex.htm;

Portaria n. 445/GM/MS, de 06.03.2006: estabelece que os


medicamentos classificados como imunossupressores (sub-
grupo 07) no Grupo 36 da Tabela SAI/SUS serão adquiridos por
intermédio de processo centralizado pelo Ministério da Saúde;

Portaria n. 495/SAS, de 11.09.2007: protocolo clínico e diretrizes


terapêuticas – imunodeficiência primária com predominância de
defeitos de anticorpos – Imunoglobulina Humana.

Portaria n. 496/SAS, de 11.09.2007: protocolo clínico e diretrizes te-


rapêuticas – síndrome de Guillain-Barré – Imunoglobulina Humana;

Portaria n. 307/SAS, de 17.09.2009, p. no DOU, Seção 1, de

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18.09.09, rep. DOU, Seção 1, de 26.05.2010, p. 50-51: aprova o


Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença Cilíaca;

Portaria n. 2.561/GM, de 28.10.2009, p. DOU, Seção 1, p. 59-71,


de 03.11.2009: aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
– Hepatite Viral Crônica B e Coinfecções;

Art. 9º da Portaria n. 288/SAS, de 19.05.2008: aprova, na forma


do Anexo IV, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de
Atenção ao Portador de Glaucoma (Primeira Linha: Timolol;
Segunda Linha: Dorzolamida, Brinzolamida, Brimonidina; Terceira
Linha: Latanoprost, Travoprost ou Bimatoprost);

Portaria n. 053-R, de 12.05.2009, SESA/ES, p. no DOE/ES de


13.05.2009: institui e homologa o Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para o manejo da DPOC – Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica;

Portaria n. 054-R, de 12.05.2009, SESA/ES, p. no DOE/ES, de


13.05.2009: institui e homologa as Diretrizes Terapêuticas para
o Manejo da Asma não Controlada;

Resolução – RDC n. 053, de 22.10.2009, da ANVISA, p. DOU,


Seção 1, de 27.10.2009: autoriza a utilização de fumarato de tenofovir
desoproxila no tratamento de hapatite B crônica em adultos;

Portaria n. 375/SAS, de 10.11.2009, p. DOU, Seção 1, de 11.11.09:


aprova o roteiro a ser utilizado na elaboração de Protocolos Clínicos
e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) no âmbito da Secretaria de
Atenção à Saúde – SAS/MS;

Portaria n. 376/SAS, de 10.11.2009, p. DOU, Seção 1, de


11.11.09: aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas –
Distonias Focais e Espasmo Hemifacial (Toxina Botulínica Tipo A);

Portaria n. 377/SAS, de 10.11.2009, p. DOU, Seção 1, de


11.11.09: aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas –
Espasticidade (Toxina Botulínica Tipo A);

70
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Portaria n. 13/SAS, de 15.01.2010, p. DOU, Seção 1, de


18.01.2010: aprova, na forma do Anexo desta Portaria, o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Ictioses Hereditárias;

Portaria n. 14/SAS, de 15.01.2010, p. DOU, Seção 1, de


18.01.2010: aprova, na forma do Anexo desta Portaria, o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Hipoparatireoidismo;

Portaria n. 15/SAS, de 15.01.2010, p. DOU, Seção 1, de


18.01.2010: aprova, na forma do Anexo desta Portaria, o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Insuficiência Adrenal Primária
(Doença de Addison);

Portaria n. 16/SAS, de 15.01.2010, p. DOU, Seção 1, de


18.01.2010: aprova, na forma do Anexo desta Portaria, o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Hiperplasia Adrenal Congênita;

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Portaria n. 004-R, de 26.01.2010, SESA/ES, p. DOE 27.01.2010,
rep. DOE, de 02.02.2010, p. 12-15: institui e homologa o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas para dispensação do análogo de
insulina de longa ação (Glargina);

Portaria n. 55/SAS, de 29.01.2010, p. DOU, Seção 1, de


1º.02.2010: aprova, na forma do Anexo desta Portaria, o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Doença Falciforme;

Portaria n. 56/SAS, de 29.01.2010, p. DOU, Seção 1, de


1º.02.2010, rep. DOU, Seção 1, de 26.04.2010, p. 44-46: aprova,
na forma do Anexo desta Portaria, o Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas – Hipotireoidismo Congênito;

Portaria n. 57/SAS, de 29.01.2010, p. DOU, Seção 1, de


1º.02.2010: aprova, na forma do Anexo desta Portaria, o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Insuficiência Pancreática Exócrina;

Portaria n. 109/SAS, de 23.04.2010, rep. DOU, Seção 1, de


26.04.2010, p. 46-48: aprova, na forma do Anexo desta Portaria,
o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Angioedema;

71
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Portaria n. 110/SAS, de 10.03.2010, p. DOU, Seção 1, de


11.03.2010, republicada no DOU, Seção 1, de 12.05.2010, p.
57-59: aprova, na forma do Anexo desta Portaria, o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Hipopituitarismo;

Portaria n. 743/GM, de 08.04.2010, p. DOU, Seção 1, de


09.04.2010, p. 97: estabelece processo de aquisição centralizada
pelo Ministério da Saúde para o medicamento lamivudina 150 mg
e lamivudina 10 mg/ml solução oral do Componente Especiali-
zado da Assistência Farmacêutica;

Portaria n. 111/SAS, de 10.03.2010, p. DOU, Seção 1, de


11.03.2010, rep. DOU, Seção 1, de 26.04.2010, p. 48-49:
aprova, na forma do Anexo desta Portaria, o Protocolo Clínico e
Diretrizes Terapêuticas – Puberdade Precoce Central;

Portaria n. 143/SAS, de 31.03.2010, p. DOU, Seção 1, de


1º.04.2010, p. 53-55: aprova, na forma do Anexo desta Portaria, o
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – ACNE GRAVE;

Portaria n. 144/SAS, de 31.03.2010, p. DOU, Seção 1, de


1º.04.2010: aprova, na forma do Anexo desta Portaria, o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas – ENDOMETRIOSE;

Portaria n. 206/SAS, de 23.04.2010, p. DOU, Seção 1, de


26.04.2010, p. 54-56: aprova, na forma do Anexo desta Portaria,
o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Dermatomiosite e
Polimiosite;

Portaria n. 208/SAS, de 23.04.2010, p. DOU, Seção 1, de


26.04.2010, p. 56-59: aprova, na forma do Anexo desta Portaria,
o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: Hiperprolactinemia;

Portaria n. 209/SAS, 23.04.2010, p. DOU, Seção 1, de


26.04.2010, p. 59-61: aprova, na forma do Anexo desta Portaria,
o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Raquitismo e
Osteomalácia;

72
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Portaria n. 212/SAS, de 23.04.2010, p. DOU, Seção 1, de


27.04.2010: aprova, na forma do Anexo desta Portaria, o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Anemia Aplástica, Mielodisplasia
e Neutropenias Constitucionais – Uso de Fatores Estimulantes de
Crescimento de Colônias de Neutrófilos;

Portaria n. 207/SAS, de 23.04.2010, p. DOU, Seção 1, de


28.04.2010, p. 213-214: aprova, na forma do Anexo desta Portaria,
o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Artrite Reativa
(Doença de Reiter);

Portaria n. 054-R, de 28.04.2010, p. DOE, de 29.04.2010, p. 25-


30: institui e homologa os critérios para dispensação de fórmulas
infantis e dietas enterais de uso adulto e infantil clínico na rede
pública estadual de saúde, conforme descrito nos Anexos I, II e
III a esta Portaria;

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Portaria n. 223/SAS, de 10.05.2010, p. DOU, Seção 1, de
11.05.2010, p. 31-32: aprova, na forma do Anexo desta Portaria, o
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Síndrome de Turner;

Portaria n. 224/SAS, de 10.05.2010, p. DOU, Seção 1, de


11.05.2010, p. 32-35: aprova, na forma do Anexo desta Portaria,
o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – FIBROSE CÍSTICA
– MANIFESTAÇÕES PULMONARES (Anexo I) e Protocolo Clínico
e Diretrizes Terapêuticas – FIBROSE CÍSTICA – INSUFICIÊNCIA
PANCREÁTICA (Anexo II);

Portaria n. 225/SAS, de 10.05.2010, p. DOU, Seção 1, de


11.05.2010, p. 35-37: aprova, na forma do Anexo desta Portaria,
o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Hiperfosfatemia
na Insuficiência Renal Crônica;

Portaria n. 226/SAS, de 10.05.2010, p. DOU, Seção 1, de


11.05.2010, p. 37-40: aprova, na forma do Anexo desta Portaria, o
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – anemia na insuficiên-
cia renal crônica e reposição de ferro (Anexo I) e Protocolo Clínico
e Diretrizes Terapêuticas – anemia na insuficiência renal crônica –

73
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eritropoetina recombinante humana (Anexo II);

Portaria n. 227/SAS, de 10.05.2010, p. DOU, Seção 1, de


11.05.2010, p. 40-42: aprova, na forma do Anexo desta Portaria,
o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Aplasia Pura
Adquirida Crônica da Série Vermelha;

Portaria n. 228/SAS, de 10.05.2010, p. DOU, Seção 1, de


11.05.2010, p. 42-45: aprova, na forma do Anexo desta Portaria, o
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Doença de Parkinson;

Portaria n. 229/SAS, de 10.05.2010, p. DOU, Seção 1, de


11.05.2010, p. 45-49: aprova, na forma do Anexo desta Portaria,
o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Miastenia Gravis
(retificação para o n. 229, DOU, Seção 1, p. 59);

Portaria n. 2.139/GM, de 27.07.2010, p. DOU, Seção 1, de


28.07.2010: institui Grupo de Trabalho com a finalidade de elabo-
rar diretrizes e estratégias para a organização, fortalecimento e
aprimoramento das ações e serviços das farmácias hospitalares
no âmbito dos hospitais, clínicas e estabelecimentos congêneres.

13. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE

Resolução n. 333/2003/CNS: aprova diretrizes para criação, re-


formulação, estruturação e funcionamento dos Conselhos de
Saúde.

Resolução n. 322/CNS, de 08.05.2003: diretrizes acerca da apli-


cação da Emenda Constitucional nº 29, de 13 de setembro de
2000 (o que pode e o que não pode ser considerado como des-
pesa de saúde)

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14. CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DA REDE PRIVADA PELO SUS

Portaria n. 1.606/GM, de 11.09.2001: diretrizes para os Estados,


DF e Municípios adotarem tabela diferenciada para remuneração
dos serviços assistenciais de saúde (complementação finan-
ceira com recursos próprios estaduais e/ou municipais);

Art. 199, § 1º da CF/88: de forma complementar, mediante


contrato, com preferência para as entidades filantrópicas e sem
fins lucrativos;

Portaria n. 1.034/GM, de 05.05.2010, p. DOU, Seção 1, de


06.05.2010, rep. DOU, Seção 1, de 19.05.2010, p. 34: dispõe
sobre a participação complementar das instituições privadas com
ou sem fins lucrativos de assistência à saúde no âmbito do SUS;

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Portaria n. 096-R, de 15.07.2009, SESA/ES, p. no DOE de
16.07.2009, p. 29-38: institui normas e procedimentos operacionais
para a celebração de convênios de cooperação entre o Estado e
as entidades prestadoras de serviços de saúde privadas sem fins
lucrativos e/ou de ensino;

Lei Complementar n. 101, de 04.05.2000: ver art. 25, § 3º;

Lei n. 12.017, de 12.08.2009: LDO para 2010 da União: ver


arts. 32 ao 38;

Lei n. 12.309, de 09.08.2010, p. DOU, Seção 1, de 10.08.2010:


LDO da União para 2011: ver art. 32 (subvenções sociais).

15. DENGUE

Portaria n. 044/GM, de 03 de janeiro de 2002: define as atribui-


ções do Agente Comunitário de Saúde – ACS – na prevenção e

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no controle da malária e da dengue;

Portaria n. 29/SVS, de 11.07.2002: define parâmetro que caracte-


riza situação de iminente perigo à saúde pública pela presença do
mosquito transmissor da Dengue;

Portaria n. 5/SVS, de 21.02.2002: inclui doenças na relação na-


cional de notificação compulsória, define doenças de notificação
imediata, relação dos resultados laboratoriais que devem ser noti-
ficados pelos Laboratórios de Referência Nacional ou Regional e
normas para notificação de casos;

Lei n. 12.235, de 19.05.2010, p. DOU, Seção 1, de 20.05.2010:


institui o Dia Nacional de Combate ao Dengue (penúltimo sábado
do mês de novembro);

Portaria n. 040/SVS, de 25.10.2007: define as atribuições dos


consultores do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD)
que atuam nas Secretarias de Estado de Saúde (SES), no apoio
e assessoria à implantação dos componentes do Programa;

Portaria n. 1.120/GM, de 05.06.2008: institui o Comitê Técnico


de Acompanhamento e Assessoramento do Programa Nacional
de Controle da Dengue (PNCD).

16. DIREITOS E DEVERES DOS USUÁRIOS DA SAÚDE

Portaria n. 1.820/GM, de 13.08.09, DOU, Seção 1, de


14.08.2009: dispõe sobre os Direitos e Deveres dos Usuários da
Saúde (Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde);

Lei n. 8.855, de 23.04.2008 (P. DOE de 25.04.2008): dispõe sobre


os direitos dos usuários e usuárias dos serviços e das ações de
saúde no Estado do Espírito Santo e dá outras providências.

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17. ENFERMAGEM

Lei n. 7.498, de 25.06.1986, p. DOU, Seção 1, de 26.06.1986:


dispõe sobre a regulamentação do exercício de enfermagem e
dá outras providências.

Decreto nº 94.406/87: Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25.6.1986, que


dispõe sobre o exercício da Enfermagem e dá outras providências.

18. FARMÁCIA POPULAR

Portaria nº 3.089/GM, de 16.12.2009, p. DOU, Seção 1, de


17.12.2009: dispõe sobre a expansão do Programa Farmácia

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Popular do Brasil – Aqui Tem Farmácia Popular.

19. FARMÁCIAS E DROGARIAS

Lei n. 9.782, de 26.01.1999;

Medida Provisória n. 2.190-32/2001;

Lei n. 5.991, de 17.12.1973;

Decreto n. 74.170, de 10.06.1974;

Lei n. 6.437, de 20.08.1977;

Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n. 1, de 13.01.2010,


p. no DOU, Seção 1, de 14.01.2010: dispõe sobre os critérios
para peticionamento de Concessão, Renovação, Cancelamento
a pedido, Alteração, Retificação de Publicação e Reconsideração

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de Indeferimento da Autorização de Funcionamento de Empresa


(AFE) dos estabelecimentos de comércio varejista de medica-
mentos: farmácias e drogarias.

20. FINANCIAMENTO E TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS


FEDERAIS PARA AS AÇÕES E OS SERVIÇOS DE SAÚDE

Lei nº 4.320, de 17.3.1964: Normas Gerais de Direito Financeiro


para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União,
dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal;

Lei n. 8.080/90;

Lei n. 8.142/90;

Decreto n. 1.232, de 30.08.1994: dispõe sobre as condições e


a forma de repasse regular e automático de recursos do Fundo
Nacional de Saúde para os Fundos de Saúde Estaduais, Municipais
e do DF e dá outras providências;

Decreto n. 1.651, de 28.09.1995: arts. 5º e 6º que versam sobre


a comprovação da aplicação de recursos financeiros transferidos
pela modalidade fundo a fundo, a Estados, DF e Municípios;

Portaria n. 204/GM, de 29.01.07: regulamenta o financiamento


e transferência dos recursos federais para as ações e os serviços
de saúde, na forma de blocos de financiamento;

Art. 38 da Portaria n. 204/GM, de 29.01.2007: institui o Termo


de Ajuste Sanitário – TAS;

Portaria n. 2.046/GM, de 03.09.2009, p. DOU, Seção 1, de


04.09.2009: regulamenta o Termo de Ajuste Sanitário – TAS,
instituído pela Portaria n. 204/GM, de 29.01.07;

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Portaria n. 2.642/GM, de 28.10.2009, p. DOU, Seção 1, de


30.10.2009: prorroga, por mais 90 dias, a partir de 30.10.2009, o
prazo previsto no art. 15, § 1º da Portaria n. 2.046/GM, de
03.09.2009, que regulamenta o Termo de Ajustamento Sanitário
– TAS, instituído pela Portaria n. 204/GM, de 29.01.2009;

Art. 11 da Portaria n. 3.237/GM, de 24.12.2007: revogou, a partir


de 1º.02.2008, os §§ 1º ao 7º do art. 25 da Portaria n. 204/GM,
de 29.01.07;

Portaria n. 2.981/GM, de 26.11.2009, rep. DOU, Seção 1, de


1º.12.2009: aprova o Componente Especializado da Assistência
Farmacêutica (art. 2º. Alterar a denominação do Componente de
Medicamentos de Dispensação Excepcional descrito no inciso III,
do art. 24, seção IV, da Portaria n. 204/GM, de 29.01.2007, para
Componente Especializado da Assistência Farmacêutica);
Obs.: Entra em vigor 90 dias da sua publicação;

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Portaria n. 837/GM, de 23.04.2009, p. no DOU, Seção 1, de
24.04.2009: altera e acrescenta dispositivos à Portaria nº
204/GM, de 29.01.2007, para inserir o Bloco de Investimentos
na Rede de Serviços de Saúde na composição dos blocos de
financiamento relativos à transferência de recursos federais para
as ações e os serviços de saúde no âmbito do SUS;

Art. 4º, III da Portaria n. 3.252/GM, de 22.12.2009, p. DOU,


Seção 1, de 23.12.2009: revoga os arts. 18, 19, 20, 21, 22 e 23
e o inciso III e o parágrafo único do art. 37 da Portaria n. 204/GM,
de 29.01.2007;

Portaria n. 2.485/GM de 21.10.2009, p. DOU, Seção 1, de


22.10.2009, p. 46-47 - Operacionalização do repasse dos re-
cursos federais que compõem os blocos de financiamento;

Portaria n. 1.045/GM, de 06.05.2010, p. DOU, Seção 1, de


07.05.2010, rep. o seu Anexo no DOU, Seção 1, de 31.05.2010:
regulamenta, para o ano de 2010, a transferência dos incentivos fi-
nanceiros referentes à Compensação de Especificidades Regionais

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– CER, componente da parte variável do Piso da Atenção Básica;

Portaria n. 329/SAS, de 14.07.2010, p. DOU, Seção 1, de


15.07.2010: publica, na forma dos anexos desta Portaria, os valores
dos incentivos às Compensações de Especificidades Regionais –
CER aos municípios, selecionados por Estado, e ao DF;

Portaria n. 1.074/GM, de 29.05.2008: aprova o “Manual de


Cooperação Técnica e Financeira, por meio de convênios”;

Lei n. 12.017, de 12.08.2009: LDO para 2010 da União: ver


arts. 32 ao 38;

Portaria n. 2047/GM, de 05.11.2002: aprova, na forma do Anexo


a esta Portaria, as Diretrizes Operacionais para a Aplicação da
Emenda Constitucional n. 29, de 2000;

Resolução n. 322/CNS, de 08.05.2003: diretrizes acerca da


aplicação da Emenda Constitucional n. 29, de 13 de setembro
de 2000 (o que pode e o que não pode ser considerado como
despesa de saúde);

Portaria n. 2.226/GM, de 18.09.2009, p. no DOU, Seção 1, de


23.09.2009: institui, no âmbito da Política Nacional de Atenção
Básica, o Plano Nacional de Implantação de Unidades Básicas
de Saúde para Equipes de Saúde da Família;

Portaria n. 2.198/GM, de 17.09.2009, rep. DOU, Seção 1, de


23.12.2009: dispõe sobre a transferência fundo a fundo de recursos
federais a Estados, DF e Municípios, destinados à aquisição de
equipamentos e material permanente para o Programa de Atenção
Básica de Saúde e da Assistência Ambulatorial e Hospitalar;

Portaria n. 1.020/GM, de 13.05.2009, p. no DOU, Seção 1, de


15.05.09: estabelece diretrizes para a implantação do compo-
nente pré-hospitalar fixo para a organização de redes locorre-
gionais de atenção integral às urgências, em conformidade com
a Política Nacional de Atenção às Urgências; UPA – Unidade de

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Pronto Atendimento; Sala de Estabilização – SE;

Portaria n. 2.907/GM, de 23.11.2009: dispõe sobre o financiamento


para a implantação e/ou a implementação de Complexos Regula-
dores e informatização das Unidades de Saúde, no âmbito do SUS;

Portaria n. 705/GM, de 31.03.2010, p. DOU, Seção 1, de


1º.04.2010, p. 46: prorroga, por 60 dias, o prazo estabelecido no
art. 5º da Portaria n. 2.198/GM, de 17.09.2009 (recursos federais
para aquisição de equipamentos e material permanente para a
Atenção Básica, Assistência Ambulatorial e Hospitalar, etc.);

Portaria n. 330/SAS, de 14.07.2010, p. DOU, Seção 1, de


15.07.2010: remaneja o limite financeiro anual referente à Assistên-
cia de Média e Alta Complexidade Hospitalar e Ambulatorial sob
Gestão Estadual, conforme descrito no Anexo I desta Portaria, e sob
a gestão dos Municípios habilitados na Gestão Plena do Sistema

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Municipal e aderidos ao Pacto pela Saúde 2006, conforme deta-
lhado nos Anexos II e III.

21. FUMO

Lei n. 9.294, de 15.09.1996: dispõe sobre as restrições ao uso e


à progaganda de produtos fumígenos, bebidas alcoólicas, medica-
mentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4º do art.
220 da CF/88;

Lei n. 9.220, de 17.06.2009, do Estado do Espírito Santo:


dispõe sobre as restrições ao uso de produtos fumígenos no
âmbito do Estado;

Decreto n. 2.348-R, ES, de 03.09.2009, rep. no DOE, de


17.09.2009: regulamenta a Lei n. 9.220, de 17.06.2009, que dispõe
sobre as restrições ao uso de produtos fumígenos no âmbito do SUS;

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Portaria n. 139-R, SESA/ES, de 17.09.2009, p. no DOE, de


18.09.2009: estabelece o regulamento técnico para o funciona-
mento das áreas destinadas exclusivamente para o uso de produ-
tos fumígenos derivados ou não do tabaco, nos recintos coletivos
públicos e privados.

22. FUNCIONAMENTO DE EMPRESAS ESPECIALIzADAS NA


PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE CONTROLE DE VETORES E
PRAGAS URBANAS

Resolução – RDC n. 52, de 22.10.2009, p. no DOU, Seção 1,


de 26.10.2009, da ANVISA: dispõe sobre o funcionamento de
empresas especializadas na prestação de serviço de controle de
vetores e pragas urbanas e dá outras providências;

Resolução – RDC nº 20, de 12.5.2010, p. DOU, Seção 1, de


13.5.2010, da ANVISA: dá nova redação ao disposto no art. 9º
da Resolução – RDC nº 52, de 22.10.2009.

23. HIV E OUTRAS DST

Portaria n. 1.626/GM, de 10.07.2007: regulamenta os procedi-


mentos e condutas para a abordagem consentida a usuários que
procuram os serviços de saúde com vistas a realizar testes de
HIV e outras DST;

Portaria nº 732/SAS, de 16 de dezembro de 2008: Habilitar, no


Estado do Espírito Santo, como Serviço de Assistência de Alta
Complexidade no Tratamento da Lipodistrofia do Portador de
HIV/AIDS, a Irmandade da Santa Casa de Vitória/ES;

Portaria Conjunta n. 01/SAS/SVS/1, de 20.01.2009, p. DOU,


Seção 1, de 23.01.09: define a Unidade de Assistência em Alta

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Complexidade no Tratamento Reparador da Lipodistrofia do


Portador de HIV/AIDS;

Portaria nº 2.451/GM, de 14.10.2009, p. no DOU, Seção 1, de


15.10.2009: atualizar a relação dos Municípios e valores para o
financiamento das ações desenvolvidas por Casas de Apoio para
Adultos vivendo com HIV/AIDS no Estado do Espírito Santo
(Vitória, Serra, Linhares e Cachoeiro de Itapemirim);

Portaria n. 151/SAS, de 14.10.2009, p. no DOU, Seção 1, de


16.10.2009: aprova, na forma dos Anexos a esta Portaria, etapas
sequenciadas e o Fluxograma Mínimo para o Diagnóstico Laboratorial
da Infecção pelo HIV em indivíduos com idade acima de 18 meses,
de uso obrigatório pelas instituições de saúde públicas e privadas.

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
24. HOSPITAL DIA

Portaria n. 44/GM, de 10.01.2001: aprova, no âmbito do SUS, a


modalidade de assistência Hospital Dia.

25. IMPORTAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Resolução-RDC n. 28, de 09.05.2008, p. DOU, Seção 1, de


12.05.08: autoriza a importação dos medicamentos constantes
na lista de medicamentos liberados em caráter excepcional
destinados unicamente a uso hospitalar ou sob prescrição médica,
cuja importação esteja vinculada a uma determinada entidade
hospitalar e/ou entidade civil representativa, para seu uso exclusivo,
não se destinando à revenda ou ao comércio.

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26. INFECÇÃO HOSPITALAR

É aquela infecção desenvolvida após a admissão do paciente na


unidade de saúde e que se manifesta durante a internação ou
mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a inter-
nação ou com os procedimentos hospitalares.

Lei n. 9.431, de 06.01.1997: dispõe sobre a obrigatoriedade de


os hospitais manterem um Programa de Controle de Infecções
Hospitalares – PCIH e criarem uma Comissão de Controle de
Infecções Hospitalares – CCIH para execução deste controle;

Portaria n. 2.616/GM, de 12.05.1998: expede, na forma dos


anexos I, II, III, IV e V, diretrizes e normas para a prevenção e
controle das infecções hospitalares;

Lei n. 9.782, de 1999: criação da ANVISA;

Resolução RDC n. 48/ANVISA, de 02.06.2000: aprova o Roteiro


de Inspeção do Programa de Controle de Infecção Hospitalar,
anexo a esta Resolução;

Sistema Nacional de Informação para o Controle de Infec-


ções em Serviços de Saúde (Sinais): programa gratuito desen-
volvido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
para - em tempo real - obter, de forma fácil, ágil e padronizada,
os indicadores de infecção nos serviços de saúde, alimentando
um banco de dados nacional, que será acessível aos municípios,
estados e ao governo federal;

Resolução RDC n. 8, de 27.02.2009, p. no DOU, Seção 1, de


02.03.2009, p. 62, da ANVISA: dispõe sobre as medidas para
redução da ocorrência de infecções por Micobactérias de
Crescimento Rápido – MCR em serviços de saúde.

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27. INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA

Portaria n. 2.466/GM, de 14.10.2009, p. DOU, Seção 1, de


16.10.2009: institui o Comitê de Informação e Informática em
Saúde – CIINFO/MAS.

28. INTERNAÇÃO DOMICILIAR NO ÂMBITO DO SUS

Portaria n. 2.529/GM, de 19.10.2006: institui a Internação


Domiciliar no âmbito do SUS;

Portaria n. 2.818, de 08.10.2006: restabelece na Tabela do


Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
(SIH/SUS) o grupo de código 85.100.12-9 - Internação Domiciliar
e seus respectivos procedimentos;

Portaria n. 1589, de 03.07.2007:altera a redação dos arts 1º e 2º


da Portaria n. 2.818/GM, de 08 de novembro de 2006;

Portaria n. 49, de 15.01.2008: altera para 30 de junho de 2008 o


prazo definido pela Portaria n. 1.589/GM, de 03 de julho de 2007.

29. MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE

Portaria n. 1.606/GM, de 11.09.2001: diretrizes para os Estados,


DF e Municípios adotarem tabela diferenciada para remunera-
ção dos serviços assistenciais de saúde (complementação
financeira com recursos próprios estaduais e/ou municipais);

Art. 199, § 1º da CF/88 e Portaria n. 3.277/GM, de 22.12.06: dis-


põem sobre a participação complementar dos serviços privados

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de assistência à saúde no SUS;

Portaria n. 598/GM, de 23.03.06: define que os processos


administrativos relativos à gestão do SUS sejam definidos e
pactuados no âmbito das Comissões Intergestores Bipartite –
CIB – “As decisões das Comissões Intergestores que versarem
sobre matéria da esfera de competência dos Conselhos de
Saúde deverão ser submetidas à apreciação do Conselho
respectivo”: Portaria n. 399/GM, de 22.02.06, Anexo II;

Termo de Compromisso de Gestão assinado pelo Estado e por


cada Município;

Portaria do Ministro da Saúde, homologando o Termo de Com-


promisso de Gestão do Estado e de cada Município;

Programação Pactuada e Integrada da Assistência em Saúde –


PPI – pactuada pelo Estado e por cada Município (deve estar de acordo
com o Plano Diretor de Regionalização – PDR – , com o Plano Diretor
de Investimento – PDI – e com o Termo de Compromisso de Gestão);
Portaria n. 1.097/GM, de 22.05.06, p. no DOU, Seção 1, de
23.05.06: define o processo da Programação Pactuada e Inte-
grada da Assistência em Saúde – PPI – no SUS;

Portaria n. 1.569/GM, de 28.06.2007: institui diretrizes para a


atenção à saúde, com vistas à prevenção da obesidade e assis-
tência ao portador de obesidade;

Portaria n. 1.919/GM, de 15.07.2010, p. DOU, Seção 1, de


16.07.2010, p. 36-37: redefine, no âmbito do SUS, a prestação
de Procedimentos Cirúrgicos Eletivos;

Portaria n. 663/SAS, de 14.11.2008: define o instrumento de


registro de procedimentos que integram o elenco de procedimentos
da Política Nacional de Procedimentos Cirúrgicos Eletivos de Média
Complexidade;

Portaria n. 330/SAS, de 14.07.2010, p. DOU, Seção 1, de 15.07.2010:

86
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remaneja o limite financeiro anual referente à Assistência de


Média e Alta Complexidade Hospitalar e Ambulatorial sob Gestão
Estadual, conforme descrito no Anexo I desta Portaria, e sob a
gestão dos Municípios habilitados na Gestão Plena do Sistema
Municipal e aderidos ao Pacto pela Saúde 2006, conforme detalhado
nos Anexos II e III;

30. MEDICAMENTOS NA ATENÇÃO BÁSICA (DISPENSAÇÃO


PELO MUNICÍPIO)

Portaria n. 2.982/GM, de 26.11.2009, rep. DOU, Seção 1, de


1º.12.2009: aprova as normas de execução e de financiamento
da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica;

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Portaria n. 156/GM, de 19.01.2006: dispõe sobre o uso da
penicilina na atenção básica e nas demais unidades do SUS;

Portaria n. 2.583/GM, de 10 de outubro de 2007: define elenco


de medicamentos e insumos disponibilizados pelo Sistema Único
de Saúde, nos termos da Lei n. 11.347, de 2006, aos usuários por-
tadores de diabetes mellitus (ver Lei n. 11.347, de 27.09.2006);

Portaria n. 1.151/GM, de 09.06.2008: aprova a descentralização


dos recursos financeiros federais, referentes ao componente
básico da assistência farmacêutica, aos municípios do Estado
do Espírito Santo, a partir de janeiro de 2008.

31. ÓBITO

Lei n. 11.976, de 07.07.2009, p. no DOU, Seção 1, de 08.07.09:


dispõe sobre a Declaração de Óbito e a realização de estatísticas
de óbitos em hospitais públicos e privados;

87
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Art. 3º da Lei n. 9.434, de 04.02.1997: morte encefálica;

Resolução n. 1.480, do CFM, de 08.08.1997: morte encefálica;

Resolução n. 1.779, do CFM, de 11.11.2005;

Portaria n. 1.119/GM, de 05.06.2008: regulamenta a Vigilância de


Óbitos Maternos (óbitos maternos e da mulher em idade fértil);

Portaria n. 1.405/GM, de 29.06.2006: institui a Rede Nacional


de Serviços de Verificação de Óbito e Esclarecimento da causa
mortis (SVO);
Portaria n. 116/SVS/MS, de 11.02.2009: regulamenta a coleta
de dados, fluxo e periodicidade de envio das informações sobre
óbitos e nascidos vivos para os Sistemas de Informações em
Saúde sob gestão da Secretaria de Vigilância em Saúde;

Portaria n. 72/GM, de 11.01.2010, p. DOU, Seção 1, de


12.01.2010, p. 29-31: estabelece que a vigilância do óbito infantil
e fetal é obrigatória nos serviços de saúde públicos e privados
que integram o SUS.

32. ONCOLOGIA

Hospitais são contratados (art. 199, § 1º CF/88) como UNACON ou


como CACON, para a oncologia (“pacote fechado”, incluindo tudo).

Portaria n. 2.439/GM, de 08.12.2005: institui a Política Nacional


de Atenção Oncológica;

Portaria n. 741/SAS, de 19.12.2005: define as Unidades de


Assistência de Alta Complexidade em Oncologia - UNACON , os
Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia -
CACON e os Centros de Referência de Alta Complexidade em
Oncologia e suas aptidões e qualidades;

88
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Portaria n. 1.344/GM, 21.06.2006: autoriza repasse financeiro


do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Estaduais e Municipais
de Saúde, visando o custeio das atividades desenvolvidas pelo
Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP);

Portaria n. 304/SAS, de 03.05.2006: estabelece o total dos leitos


dos hospitais gerais com alta complexidade e/ou habilitados na
área de oncologia;

Portaria n. 146/SAS, de 11.02.2008: inclui, na Tabela de Habili-


tações de Serviços Especializados do Sistema do Cadastro Na-
cional de Estabelecimentos de Saúde – SCNES – os códigos de
habilitações e define Complexo Hospitalar;

Lei n. 11.650, de 04.04.08: Dia Nacional de Combate ao Câncer


Infantil;

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Portaria n. 346/SAS, de 23.06.2008: mantém os formulários/ins-
trumentos do sub-sistema de Autorização de Procedimentos de
Alto Custo do Sistema de Informações Ambulatoriais – APAC-SIA
– na sistemática de autorização, informação e faturamento dos
procedimentos de radioterapia e de quimioterapia;

Portaria n. 347/SAS, de 23.06.08: estabelece parâmetros para o


controle e a avaliação da utilização de procedimentos quimiote-
rápicos da Leucemia Mielóide Crônica em suas diversas fases;

Portaria n. 649/SAS, de 11.11.2008: aprova as Diretrizes para o


Tratamento da Leucemia Mielóide Crônica do Adulto;

Portaria n. 779/SAS, de 31.12.2008: Sistema de Informação do


Controle do Câncer de Mama (SISMAMA);

Portaria n. 1.945/GM, de 27.08.2009, p. no DOU, Seção 1, de


28.08.2009: reformula os procedimentos urológicos da Tabela
de Procedimentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais do
SUS, em razão da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde
do Homem;

89
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Portaria n. 400/SAS, de 16.11.2009, p. DOU, Seção 1, de


18.11.2009: estabelece Diretrizes Nacionais para Atenção à
Saúde das Pessoas Ostomizadas no âmbito do SUS.

Portaria nº 2410/GM, de 25.8.2010, p. DOU, Seção 1,


26.8.2010: estabelece recursos a serem disponibilizados aos
Estados, a partir da competência setembro de 2010, conside-
rando a Portaria nº 420/SAS, de 25.8.2010 que recompõe e atua-
liza procedimentos de radioterapia e de quimioterapia;

Portaria nº 420/SAS, de 25.8.2010, p. DOU, Seção 1, de


26.8.2010, págs. 81/87: recompõe e atualiza procedimentos de
radioterapia e quimioterapia.

33. PACTO PELA SAÚDE

Portaria n. 399/GM, de 22.02.06, p. no DOU, Seção 1, de


23.02.06: Pacto Pela Saúde 2006;

Portaria n. 699/GM, de 30.03.06, p. no DOU, Seção 1, de


03.04.06: Regulamenta a Portaria n. 399/GM;

Portaria n. 161/GM, de 21.01.2010, p. DOU, Seção 1, de 22.01.2010:


dispõe sobre o art. 3º da Portaria n. 699/GM, de 30.03.2006, que versa
sobre o Termo de Cooperação Técnica entre Entes Públicos;

Art. 8º da Portaria nº 91/GM, de 10.01.07: altera as cláusulas 3ª


e 4ª dos Termos de Compromisso de Gestão dos Municípios,
Estados,..., da Portaria nº 699/GM, de 30.3.06;

Art. 40 da Portaria nº 204/GM, de 29.01.2007, altera a Portaria


nº 399/GM, de 22.02.06, no Anexo II;

Portaria n. 372/GM, de 16.02.2007: altera a Portaria 699/GM,


que Regulamenta as Diretrizes dos Pactos pela Vida e de Gestão;

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Portaria n. 153/GM, de 17.01.2007: prorroga o prazo para assi-


natura (setembro de 2007) do Termo de Compromisso de Gestão
por Municípios, Estados e Distrito Federal;

Portaria n. 1.510, de 25.06.2007: desvincula o repasse do


incentivo financeiro para a organização do Sistema de Planejamento
do SUS da adesão ao Pacto pela Saúde;

Portaria n. 91/GM, de 10.01.2007: regulamenta a unificação do


processo de pactuação de indicadores e estabelece os indicado-
res do Pacto pela Saúde, a serem pactuados por municípios, estados
e Distrito Federal (revogou a Portaria n. 493/GM, de 10.03.06);

Portaria n. 325/GM, de 21.02.2008, republicada no DOU,


Seção 1, de 13.03.2008, p. 26-30: estabelece prioridades, objetivos
e metas do Pacto pela Vida para 2008, os indicadores de
monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde e as orientações,

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
prazos e diretrizes para a sua pactuação;

Portaria n. 48/GM, de 12.01.2009: ficam mantidas, para o ano


de 2009, as prioridades, objetivos, metas e indicadores de mo-
nitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde, definidos no anexo
da Portaria n. 325/GM, de 21.02.2008, observadas as alterações
constantes no Anexo a esta Portaria;

Portaria n. 2.669/GM, de 03.11.2009, p. DOU, Seção 1, de


06.11.09: estabelece as prioridades, objetivos, metas e indicado-
res de monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde, nos com-
ponentes pela Vida e de Gestão, e as orientações, prazos e
diretrizes do seu processo de pactuação para o biênio 2010- 2011;

Portaria n. 700/GM, de 30.03.2010, p. DOU, Seção 1, de


31.03.2010: prorroga o prazo da etapa municipal do processo de
pactuação de prioridades, objetivos, metas e indicadores de
monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde do biênio
2010/2011 e o prazo, no ano de 2010, para revisão dos Termos
de Compromisso de Gestão – TCG, para 30.04.2010.

91
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34. PESSOAS OSTOMIzADAS

Portaria n. 400/SAS, de 16.11.2009, p. DOU, Seção 1, de


18.11.2009, com retificações p. DOU, Seção 1, de 07.12.2009,
p. 60: estabelece Diretrizes Nacionais para Atenção à Saúde das
Pessoas Ostomizadas no âmbito do SUS.

35. PLANO DE CARREIRAS, CARGOS E SALÁRIOS - PCCS


NO SUS

Art. 32, II da CF/88;

Lei n. 8.142/90;

Portaria n. 1.318/GM, de 05.06.07: Diretrizes Nacionais para a


Instituição ou Reformulação de Planos de Carreiras, Cargos e
Salários, a título de subsídios técnicos;

Portaria n. 1.963/GM, de 15.08.2007: institui Comissão para as-


sessorar os órgãos e as instituições integrantes do Sistema Único
de Saúde (SUS) na elaboração ou na reformulação de Planos de
Carreiras, Cargos e Salários;

ADI 3430/ES, j. 12.08.2009, rel. Min. Ricardo Lewandowski,


do STF: contratação temporária de servidores e excepcional in-
teresse público. Por entender caracterizada a ofensa aos incisos
II e IX do art. 37 da CF/88, o Tribunal julgou procedente o pedido
formulado em Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pelo
PGR contra a Lei Complementar 300/2004, prorrogada pela Lei
Complementar 378/2006, ambas do ES;

ADI 2135 MC/DF (medida cautelar em ADI), do STF: manteve-


se o então vigente caput do art. 39, que tratava do regime jurídico
único, incompatível com a figura do emprego público;

92
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Portaria n. 2.169/GM, de 28.07.2010, p. DOU, Seção 1, de 30.07.2010:


institui Comissão Especial para elaboração de proposta de Carrei-
ras do SUS, com vistas a buscar soluções para a ausência de pro-
fissionais permanentes na atenção à saúde da população brasileira.

36. PLANO NACIONAL DE SAÚDE NO SISTEMA PENITENCIÁRIO

Portaria Interministerial n. 1.777/GM/MS e MJ, de 09.09.2003:


aprova o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário e re-
voga a Portaria Interministerial n. 628/GM/MS e MJ, de 02.04.02;

Portaria Interministerial n. 3.343, de 28.12.2006: altera os


valores do Incentivo para Atenção à Saúde no Sistema Peni-
tenciário e dá outras providências;

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Portaria n. 268/SAS/MS, de 17.09.03: incluir, na Tabela de Serviços/
Classificação do SCNES e do Sistema de Informações Ambulato-
riais do Sistema Único de Saúde – SIA/SUS, os códigos relacio-
nados aos serviços prestados no sistema penitenciário;

Portaria n. 1.552/GM, de 28.07.2004: custeio do Plano Nacional


de Saúde no Sistema Penitenciário;

Portaria n. 240/GM, de 31.01.07: publica novos valores de


custeio do Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário;

Portaria n. 2.831/GM, de 1º.11.2007: atualiza o elenco e o quan-


titativo de medicamentos para o atendimento das pessoas presas
vinculadas às equipes de saúde do Sistema Penitenciário Brasi-
leiro inscritas no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde – CNES (Serviço/Classificação 065) – dos Estados quali-
ficados ao Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário;

g) Portaria nº 648/GM, de 28.3.06 – Plano Nacional de Atenção


Básica, ESF e PACS.

93
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h) Portaria nº 204/GM, de 29.01.2007 – regulamenta o financia-


mento e a transferência dos recursos federais para as ações e
os serviços de saúde, na forma de blocos de financiamento, com
o respectivo monitoramento e controle.

i) Portaria nº 399/GM, de 22.02.06 – Pacto Pela Saúde 2006;

j) Portaria nº 749/SAS, de 10.10.06 - Ficha Complementar de


Cadastro de Equipes no Sistema de Cadastro Nacional de Esta-
belecimento de Saúde – SCNES.

Portaria nº 39/GM, de 10.01.2008 – qualifica o Estado do


Espírito Santo a receber o incentivo para Atenção à Saúde
no Sistema Penitenciário;

Portaria nº 3.270/GM, de 26.10.2010, p. DOU, Seção 1, de


28.10.2010, págs. 70/71: estabelece o elenco de medicamentos
para o atendimento das pessoas presas vinculadas às Equipes
de Saúde do Sistema Penitenciário Brasileiro, cadastradas no
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES
Serviço/Classificação 100, dos Estados qualificados para o Plano
Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário.

37. POLÍTICA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DOS ADO-


LESCENTES EM CONFLITO COM A LEI

Portaria Interministerial n. 1.426, de 14.07.2006, do Ministério


da Saúde, da Secretaria Especial de Direitos Humanos e da
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres: estabelece
as diretrizes para a implantação e implementação da atenção
à saúde de adolescentes em conflito com a lei, em regime de
internação provisória, em unidades masculinas e femininas;

Portaria n. 647/SAS, de 11.11.2008: aprova as Normas para a


Implantação e Implementação da Política de Atenção Integral à

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Saúde dos Adolescentes em Conflito com a Lei;

Portaria n. 647/SAS, de 11.11.2008: aprovar, na forma dos


Anexos I, II, III e IV desta Portaria, as Normas para a Implantação
e Implementação da Política de Atenção Integral à Saúde dos
Adolescentes em Conflito com a Lei, em Regime de Internação
e Internação Provisória - PNAISARI.

38. POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

Portaria n. 710/GM, de 28.03.2006: aprova a Política Nacional


de Alimentação e Nutrição;

Portaria n. 2.246/GM, de 18.10.2004: institui orientações básicas


para a implementação das Ações de Vigilância Alimentar e Nutri-

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
cional no âmbito das ações básicas de saúde do SUS;

Portaria Interministerial n. 2.509/MS/MEC n. 1.010, de


08.05.2006: institui as diretrizes para a Promoção da Alimentação
Saudável nas Escolas de educação infantil, fundamental e nível
médio das redes públicas e privadas em âmbito nacional;

Portaria n. 2.324/GM, de 06.10.2009, p. DOU, Seção 1,


07.10.2009: estabelece o repasse anual fundo a fundo para a
estruturação e implementação das ações de alimentação e nutri-
ção no âmbito das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde
(Municípios com mais de 150.000 habitantes) com base na Política
Nacional de Alimentação e Nutrição;

Portaria n. 1.630/GM, de 24.06.2010, p. DOU, Seção 1,


28.06.2010: estabelece o repasse anual fundo a fundo para a
estruturação e implementação das ações de Alimentação e Nutri-
ção no âmbito das Secretarias Estaduais e das Municipais de
Saúde com base na Política Nacional de Alimentação e Nutrição.

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39. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO AO PORTADOR DE


DOENÇA RENAL

Portaria n. 1.168/GM, de 15.06.2004: institui a Política Nacional


de Atenção ao Portador de Doença Renal, a ser implantada em
todas as unidades federadas, respeitadas as competências das
três esferas de gestão;

Portaria n. 432/SAS, de 06.06.2006: determinar que as Secre-


tarias de Estado da Saúde adotem as providências necessárias
para organizar e implantar as Redes Estaduais de Assistência
em Nefrologia na alta complexidade.

40. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E


EMERGÊNCIAS

Portaria n. 1.863/GM, de 29.09.2003: institui a Política Nacional de


Atenção às Urgências, a ser implantada em todas as unidades fe-
deradas, respeitadas as competências das três esferas de gestão;

Portaria n. 2.048/GM, de 05.11.2002: institui o Regulamento


Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência;

Portaria n. 3.125/GM, de 07.12.2006: Programa de Qualificação


da Atenção às Urgências no SUS – Programa QualiSUS-Urgência;

Portaria n. 2.970/GM, de 08.12.2008: institui diretrizes técnicas e fi-


nanceiras de fomento à regionalização da Rede Nacional SAMU 192;

Portaria n. 2.971/GM, de 08.12.2008: institui o veículo motoci-


cleta – motolância – como integrante da frota de intervenção do
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em toda a Rede
Samu 192 e define critérios técnicos para sua utilização;

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Portaria n. 2.972/GM, de 09.12.2008: orienta a continuidade do


Programa de Qualificação da Atenção Hospitalar de Urgência no
SUS – Programa QualiSUS, priorizando a organização e a quali-
ficação de redes locorregionais de atenção integral às urgências;

Portaria n. 1.020/GM, de 13.05.2009, p. no DOU, Seção 1, de


15.05.09: estabelece diretrizes para a implantação do compo-
nente pré-hospitalar fixo para a organização de redes locorregio-
nais de atenção integral às urgências, em conformidade com a
Política Nacional de Atenção às Urgências; UPA – Unidade de
Pronto Atendimento; Sala de Estabilização – SE;

Portaria n. 347/SAS, de 20.07.2010, p. DOU, Seção 1, de


21.07.2010, p. 119: incluir na Tabela de Estabelecimentos do
SCNES, o tipo de estabelecimento 73 – PRONTO ATENDIMENTO;

Portaria n. 109-R, de 21.12.2007, do Secretário de Estado da

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Saúde do Estado do Espírito Santo, p. no DOE de 27.12.2008
e republicada no DOE de 24.04.2009: instituir a Política de In-
centivo à Ampliação e Otimização dos Serviços de Terapia Inten-
siva (otimização dos serviços de UTI) nos Hospitais
Filantrópicos do SUS/ES, nos termos dos Anexos I, II, III e IV que
integram a presente Portaria (obs.: Verificar Portaria n. 059-R,
de 08.05.2009);

Portaria n. 059-R, de 08.05.2009, p. no DOE de 11.05.2009:


alterar a Portaria n. 109-R, p. no DOE de 27.12.2008 e republi-
cada no DOE de 24.04.2008; instituir a Política de Incentivo à
Ampliação e Otimização dos Serviços de Terapia Intensiva Adulto
(UTI) e Implementação dos Serviços de Alta Complexidade de
Cuidados (UADC) nos hospitais filantrópicos da rede do SUS/ES,
nos termos desta Portaria;

Portaria n. 140-R, da SESA/ES, de 18.09.2008, p. no DOE, de


21.09.2009, p. 18-23: institui a Política de Incentivo à Ampliação
e Otimização dos Serviços de Terapia Intensiva Pediátrica e Neo-
natal em hospitais prestadores de serviço ao SUS, nos termos
dos Anexos I, II, III e IV que integram a presente Portaria;

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Resolução-RDC n. 7, de 24.02.2010, p. DOU, Seção 1, de


25.02.2010, da ANVISA: dispõe sobre os requisitos mínimos
para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva – UTI e
dá outras providências.

41. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO CARDIOVASCULAR


DE ALTA COMPLEXIDADE

Portaria n. 1.169/GM, de 15.06.2004: institui a Política Nacional


de Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade, e dá outras
providências;

Portaria n. 210/SAS, 15.06.2004: definir Unidades de Assistên-


cia em Alta Complexidade Cardiovascular e os Centros de Refe-
rência em Alta Complexidade Cardiovascular e suas aptidões e
qualidades;

Portaria n. 346/SAS, de 20.07.2010, p. DOU, Seção 1, de


21.07.2010, p. 109-119: redefinir as compatibilidades entre pro-
cedimentos da Assistência Cardiovascular e as Órteses, Próteses
e Materiais Especiais de acordo com o anexo desta Portaria, etc.

Portaria nº 505/SAS, de 28.9.2010: Alterar os valores de remu-


neração dos procedimentos da Cirurgia Cardiovascular, a seguir
descritos, constantes da Tabela de Procedimentos, Medicamen-
tos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de
Saúde – SUS;

Portaria nº 654/SAS, de 02.12.2010, p. DOU, Seção 1, de


03.12.2010, págs. 112/114: define que para cálculo da média
de produção dos procedimentos de Cirurgia Cardiovascular
Pediátrica e geração do arquivo a ser importado no SIHD devem
ser considerados os procedimentos constantes do Anexo I desta
Portaria realizados em pacientes que tenham idade entre 01 dia
de vida e 11 anos, 11 meses e vinte e nove dias.

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42. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO DE ALTA COMPLE-


XIDADE EM TRÁUMATO-ORTOPEDIA

Portaria n. 221/GM, de 15.02.2005: institui a Política Nacional


de Atenção de Alta Complexidade em Tráumato-Ortopedia;

Portaria n. 2.923/GM, de 09.06.1998: institui o Programa de


Apoio à Implantação dos Sistemas Estaduais de Referência
Hospitalar para atendimento de Urgência e Emergência;

Portaria n. 479/GM, de 15.04.1999: cria mecanismos para a


implantação dos Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar
em Atendimento de Urgências e Emergências;

Portaria n. 90/SAS, de 27.03.2009, p. DOU, Seção 1, de


30.03.2009: define Unidade de Assistência de Alta Complexidade

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
em Traumatologia e Ortopedia e Centro de Referência em Trau-
matologia e Ortopedia de Alta Complexidade;

Portaria n. 1.883/GM, de 14.07.2010, p. DOU, Seção 1, de


15.07.2010: institui a Rede Multicêntrica de Avaliação de Implan-
tes Ortopédicos - REMATO cria seu Comitê Gestor.

43. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO EM OFTALMOLOGIA

Portaria n. 957/GM, de 15.05.2008: institui a Política Nacional


de Atenção em Oftalmologia;

Portaria n. 288/SAS, de 19.05.2008: definir as Redes Estaduais


e Regionais de Atenção em Oftalmologia (Regulamenta a Porta-
ria n. 957/GM, de 15.05.2008);

Portaria n. 386/SAS, de 15.07.2008, rep. no DOU, Seção 1, de


17.07.2008: publica os procedimentos da Política Nacional de

99
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Atenção em Oftalmologia com todos os seus atributos constantes


na Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS;

Portaria n. 429/SAS, de 03.12.2009, p. DOU, Seção 1, de


04.12.2009: prorrogar, para competência setembro de 2010, o prazo
estabelecido pela Portaria SAS/MS n. 288, de 19.05.2008, para o
novo credenciamento/habilitação dos serviços de Oftalmologia;

Portaria n. 3.128/GM, de 24.12.2008: define que as Redes Esta-


duais de Atenção à Pessoa com Deficiência Visual sejam compostas
por ações na atenção básica e Serviços de Reabilitação Visual.

Portaria nº 001-R, de 07.01.2009, da SESA/ES, p. DOE de


08.01.09, págs. 12/16: define critérios e fluxos para o tratamento
de glaucoma e a dispensação de antiglaucomatosos nas
Farmácias de dispensação de medicamentos excepcionais da
rede estadual de saúde.

44. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL EM


GENÉTICA CLÍNICA

Portaria n. 81/GM, de 20.01.2009: institui, no âmbito do Sistema


Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Atenção Integral
em Genética Clínica.

45. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO OBSTÉTRICA E


NEONATAL

Portaria n. 1.067/GM, de 04.07.2005: aprova a Política Nacional


de Atenção Obstétrica e Neonatal;

Lei n. 8.080/90: art. 19-J, §§ 1º e 2º;

100
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Lei n. 11.634, de 27.12.2007, p. no DOU, Seção 1, de 28.12.07:


dispõe sobre o direito da gestante ao conhecimento e à vinculação
prévia à maternidade onde receberá assistência no âmbito do SUS;

LEI n. 11.664, de 29.04.2008, p. DOU 30.04.2008: dispõe sobre


a efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção, a
detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo ute-
rino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS;

Resolução RDC n. 36, de 03.06.2008, da ANVISA, republicada


no DOU, Seção 1, de 09.07.2008: dispõe sobre o Regulamento
Técnico para Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica
e Neonatal (atos relacionados: Resolução RDC 50, de
21.02.2002, da ANVISA; Resolução RDC n. 189, de 18.07.2003,
da ANVISA; Lei n. 6.437, de 20.08.2007);

Lei n. 12.303, de 02.08.2010, p. DOU, Seção 1, de 03.08.2010:

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
dispõe sobre a obrigatoriedade de realização do exame denomi-
nado Emissões Otoacústicas Evocadas em todos os hospitais
e maternidades, nas crianças nascidas em suas dependências.

46. POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM


SAÚDE

Portaria n. 1.996/GM, de 20.08.07: dispõe sobre as diretrizes para


a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em
Saúde;

Portaria n. 2.813/GM, de 20.11.2008: define recursos financeiros


do Ministério da Saúde para a Política Nacional de Educação
Permanente em Saúde;

Portaria n. 2.970/GM, de 25.11.2009, p. DOU, Seção 1, de


26.11.2009, republicada no DOU, Seção 1, de 12.04.2010, p.
45-46: institui a Rede de Escolas Técnicas do SUS (RETSUS) e

101
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 102

dispõe sobre as diretrizes para a sua organização;

Portaria n. 3.189/GM, de 18.12.2009, p. DOU, Seção 1, de


23.12.2009: dispõe sobre as diretrizes para a implementação do
Programa de Formação de Profissionais de Nível Médio para a
Saúde – PROFAPS.

47. POLÍTICA NACIONAL DE GESTÃO DE TECNOLOGIA EM


SAÚDE

Portaria n. 2.690/GM,de 05.11.2009, p. DOU, Seção 1, de


06.11.2009: institui no âmbito do SUS a Política Nacional de Ges-
tão de Tecnologia em Saúde.

48. POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA

Portaria n. 2.528/GM, de 19.10.2006: aprova a Política Nacional


de Saúde da Pessoa Idosa.

49. POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPU-


LAÇÃO NEGRA

Portaria n. 992/GM, de 13.05.2009, p. no DOU, Seção 1, de


14.05.09: institui a Política Nacional de Saúde Integral da Po-
pulação Negra;

Lei n. 12.288, de 20.07.2010, p. DOU, Seção 1, de 21.07.2010:


institui o Estatuto da Igualdade Racial (arts. 6º ao 8º: o direito à
saúde da população negra).

102
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50. POVOS INDÍGENAS

Lei n. 8.080/90 – Lei Orgânica da Saúde: institui também o


Subsistema de Atenção à Saúde Indígena no âmbito do SUS;

Decreto n. 3.156, de 27.08.1999: estabelece as políticas e dire-


trizes para a promoção, a prevenção e a recuperação da saúde
do índio, cujas ações serão executadas pela FUNASA – Funda-
ção Nacional de Saúde;

Portaria n. 2.541/GM, de 31.01.2002: aprova a Política Nacional


de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e estabelece como
diretriz a preparação de recursos humanos para o trabalho em
contexto intercultural;

Portaria n. 2.656/GM, de 17.10.2007: dispõe sobre as respon-

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
sabilidades na prestação da atenção à saúde dos povos indíge-
nas no Ministério da Saúde e regulamentação dos Incentivos de
Atenção Básica e Especializada aos Povos Indígenas;

Portaria n. 2.760/GM, de 18.11.2008: altera a redação do art. 20


da Portaria n. 2.656/GM, de 17.10.2007;

Portaria n. 2.759/GM, de 25.10.2007: estabelece diretrizes ge-


rais para a Política de Atenção Integral à Saúde Mental das popu-
lações indígenas e cria o comitê gestor;

Portaria n. 14/GM, de 08.01.2008: dispõe sobre a criação do


Grupo de Trabalho Tripartite para o monitoramento da implanta-
ção e implementação das disposições previstas na Portaria n.
2.656/GM, de 17.10.2007;

Portaria n. 1.235/GM, de 19.06.2008: cria Comissão de Estudo


para elaboração de uma Política de Recursos Humanos para o
Subsistema de Saúde Indígena;

Portaria n. 475/SAS, de 01º.09.2008: inclui na Tabela de Esta-

103
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 104

belecimentos do Sistema Nacional dos Estabelecimentos em


Saúde – SCNES o tipo de estabelecimento 72 – Unidade de
Atenção à Saúde Indígenas e dá outras providências.

Portaria nº 3.185/GM, de 19.10.2010, p. DOU, Seção 1, de


20.10.2010: aprova a 2ª edição da Relação Nacional de Medi-
camentos Essenciais da Saúde Indígena;

Portaria nº 3.532/GM, de 16.11.2010, p. DOU, Seção 1, de


17.11.2010, pág. 76: institui Grupo de Trabalho com o objetivo
de coordenar as ações relativas à transição da Assistência Far-
macêutica da Saúde Indígena;

Portaria nº 1.946/GM, de 19.7.2010, p. DOU, Seção 1, de


20.7.2010: institui, em todo o território nacional, o Calendário de
Vacinação para os Povos Indígenas;

Decreto nº 7.336, de 19.10.2010, p. DOU, Seção 1, de


20.10.2010: aprova a Estrutura Regimental e o Quadro De-
monstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Grati-
ficadas do Ministério da Saúde e dá outras providências
(obs. Cria a Secretaria Especial de Saúde Indígena – SESAI
dentro da estrutura do Ministério da Saúde, cabendo ao MS ge-
renciar diretamente a atenção à saúde dos indígenas. Antes a
FUNASA era responsável pelas ações de saúde dos indígenas);

Art. 6º do Decreto nº 7.336, de 19.10.2010, p. DOU, Seção 1,


de 30.10.2010: “O Ministério da Saúde e a FUNASA terão o prazo
de cento e oitenta dias para efetivar a transição da gestão do
Subsistema de Atenção à Saúde Indígena para o Ministério da
Saúde” (obs. Prazo começa a ser contado do dia 30.10.2010);

Decreto nº 7.335, de 19.10.2010, p. DOU, Seção 1, de


20.10.2010: aprova o Estatuto e o Quadro Demonstrativo dos
Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas da Fundação
Nacional de Saúde – FUNASA, e dá outras providências (obs.
FUNASA deixa de ser responsável pelas ações de saúde dos
indígenas).

104
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51. PROCESSO TRANSEXUALIzADOR

Portaria n. 1.707/GM, de 18.08.2008: institui no âmbito do SUS o


Processo Transexualizador, a ser implantado nas unidades fede-
radas, respeitadas as competências das três esferas de gestão;
Resolução n. 1.652, de 06.11.2002, do Conselho Federal de
Medicina: dispõe sobre a cirurgia do transgenitalismo.

52. PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL PARA USUÁRIOS


DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NO ÂMBITO DO SUS

Portaria n. 2.197/GM, de 14.10.2004: redefine e amplia a atenção


integral para usuários de álcool e outras drogas no âmbito do SUS;

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Portaria n. 1.612/GM, de 09.09.2005: aprova as normas de fun-
cionamento e credenciamento/habilitação dos serviços hospita-
lares de referência para a atenção integral aos usuários de álcool
e outras drogas;

Decreto n. 6.117, de 22.05.2007: aprova a Política Nacional


sobre o Álcool, dispõe sobre as medidas para redução do uso in-
devido de álcool e sua associação com a violência e criminali-
dade, e dá outras providências;

Portaria n. 1.954/GM, de 18.09.2008: reajusta o valor do auxí-


lio-reabilitação, instituído pela Lei n. 10.708, de 31.07.2003, para
R$320,00, com efeitos financeiros a partir de novembro de 2008;

Portaria n. 1.190/GM, de 04.06.2009, p. no DOU, Seção 1, de


05.06.2009: institui o Plano Emergencial de Ampliação do
Acesso ao Tratamento e Prevenção em Álcool e outras Drogas
no SUS (PEAD 2009-2010) e define suas diretrizes gerais,
ações e metas;

105
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 106

Decreto nº 7.179, de 20.5.2010: Institui o Plano Integrado de


Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, cria o seu Comitê
Gestor e dá outras providências.

Resolução n° RDC nº 21, de 17.6.2010, p. DOU, Seção 1, de


18.6.2010, págs. 115/119: dispõe sobre a atualização do Anexo
I, Listas de Substâncias Entorpecentes, Psicotópicas, Precurso-
ras e Outras sobre Controle Especial, da Portaria nº SVS/MS nº
344, de 12.5.1998 e dá outras providências.

Portaria n.º 2.841, de 20.09.2010: Institui, no âmbito do Sistema


Único de Saúde - SUS, o Centro de Atenção Psicossocial de
Álcool e outras Drogas – 24 horas - CAPS AD III.

Portaria n.º 2.842, de 20.09.2010: Aprova as Normas de


Funcionamento e Habilitação dos Serviços Hospitalares de
Referência para a Atenção Integral aos Usuários de Álcool e
outras Drogas - SHRad.

Portaria nº 480/SAS, de 20.9.2010, p. DOU, Seção 1, de


21.9.2010, pág. 60: incluir, na Tabela de Procedimentos,
Medicamentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais do
SUS, os procedimentos a seguir especificados: ...... (dro-
gas);

Portaria nº 481/SAS, de 20.9.2010, p. DOU, Seção 1, pág. 60:


incluir, na Tabela de Tipo de Estabelecimento do SCNES – Cód.
70 – Centro de Atenção Psicossocial, os subtipos de Estabeleci-
mentos definidos a seguir: CAPS Álcool e Drogas – Municipal;
CAPS Álcool e Drogas – Regional;

Portaria n.º 2.843, de 20.09.2010: Cria, no âmbito do Sistema


Único de Saúde - SUS, os Núcleos de Apoio à Saúde da Família
- Modalidade 3 - NASF 3, com prioridade para a atenção integral
para usuários de crack, álcool e outras drogas.

Portaria nº 480/SAS, de 20.9.2010, p. DOU, Seção 1, de


21.9.2010, pág. 60: incluir, na Tabela de Procedimentos, Medi-

106
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camentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais do SUS, os


procedimentos a seguir especificados: ...... (drogas);

Portaria nº 481/SAS, de 20.9.2010, p. DOU, Seção 1, pág. 60:


incluir, na Tabela de Tipo de Estabelecimento do SCNES – Cód.
70 – Centro de Atenção Psicossocial, os subtipos de Estabeleci-
mentos definidos a seguir: CAPS Álcool e Drogas – Municipal;
CAPS Álcool e Drogas – Regional;

53. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A


SAÚDE - PET SAÚDE

Portaria Interministerial n. 421/MS/MEC, de 03.03.2010,


p. DOU, Seção 1, de 05.03.2010: institui o Programa de

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET Saúde e dá outras
providências;

Portaria Interministerial n. 422/MS/MEC, de 03.03.2010, p.


DOU, Seção 1, de 05.03.3010: estabelece orientações e diretri-
zes técnico-administrativas para a execução do PET SAÚDE,
instituído no âmbito do MS e do MEC;

Portaria Conjunta n. 2, de 03.03.2010, p. DOU, Seção 1, de


05.03.2010, da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Edu-
cação da Saúde: institui, no âmbito do PET SAÚDE, o PET
SAÚDE/SAÚDE DA FAMÍLIA;

Portaria Conjunta n. 3, de 03.03.2010, p. DOU, Seção 1, de


05.03.2010, da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Edu-
cação da Saúde: institui, no âmbito do PET SAÚDE, o PET
SAÚDE/VIGILÂNCIA EM SAÚDE;

Portaria Conjunta n. 4, de 03.03.2010, p. DOU, Seção 1,


de 05.03.2010, da Secretaria de Gestão do Trabalho e da
Educação da Saúde: institui, no âmbito do PET SAÚDE, o

107
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PRÓ-INTERNATO em apoio ao internato médico realizado em


Universidades Federais.

Portaria Conjunta nº 6, de 17.9.2010, p. DOU, Seção 1, de


30.9.2010, pág. 28: institui no âmbito do Programa de Educação
pelo Trabalho para a Saúde (PET – Saúde), o PET –
Saúde/Saúde Mental.

54. PROGRAMA NACIONAL DE FOMENTO À PRODUÇÃO PÚ-


BLICA E INOVAÇÃO NO COMPLEXO INDUSTRIAL DA SAÚDE

Portaria n. 374/GM, de 28.02.2008: institui, no âmbito do Sis-


tema Único de Saúde - SUS, o Programa Nacional de Fomento
à Produção Pública e Inovação no Complexo Industrial da Saúde;

Portaria n. 375/GM, de 28.02.2008: institui, no âmbito do Sis-


tema Único de Saúde - SUS, o Programa Nacional para Qualifi-
cação, Produção e Inovação em Equipamentos e Materiais de
Uso em Saúde no Complexo Industrial da Saúde;

Portaria n. 978/GM, de 16.05.2008, p. DOU, Seção 1, de


19.05.2008, rep. DOU, Seção 1, de 28.05.2008: dispõe sobre a lista
de produtos estratégicos, no âmbito do SUS, com a finalidade de
colaborar com o desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde;

Portaria n. 1.284/GM, de 26.05.2010, p. DOU, Seção 1, de


27.05.2010: altera o Anexo à Portaria n. 978/GM, de 16.05.2008.

55. PROGRAMA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E


FITOTERÁPICOS

Portaria Interministerial n. 2.960, de 09.12.2008: aprova o Pro-

108
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grama Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e cria o


Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos;

Decreto n. 5.813, de 22.0.6.2006: aprova a Política Nacional de


Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências;

Portaria n. 971/GM, de 03.05.2006, do Ministro da Saúde:


aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complemen-
tares (PNPIC) no SUS;

Portaria n. 886/GM, de 20.04.2010, p. no DOU, Seção 1, de


22.04.2010, p. 75: institui a Farmácia Viva no âmbito do SUS,
sob gestão estadual ou municipal (plantas medicinais e fitoterápicos);

Portaria n. 1.102/GM, de 12.05.2010, p. DOU, de 13.05.2010,


p. 59: constitui Comissão Técnica e Multidisciplinar de Elabora-
ção e Atualização da Relação Nacional de Plantas Medicinais e

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Fitoterápicos – COMAFITO.

56. QUEIMADOS

Portaria n. 1.273/GM, de 21.11.2000: queimados;

Portaria n. 1.274/GM, de 22.11.2000: queimados.

57. REAJUSTE DA TABELA SUS

Portaria n. 2.488/GM, de 02.10.2007: conceder reajuste da


Tabela SUS, a partir da competência setembro de 2007.

109
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58. REDE AMAMENTA BRASIL

Portaria n. 2.799/GM, de 18.11.2008: institui, no âmbito do SUS,


a Rede Amamenta Brasil.

59. REGISTRO DE MEDICAMENTOS

Lei n. 6.360, de 23.09.76;

Art. 12 da Lei nº 6.360/76: “Art. 12. Nenhum dos produtos de


que trata esta Lei, inclusive os importados, poderá ser in-
dustrializado, exposto à venda ou entregue ao consumo
antes de registrado no Ministério da Saúde”.

Lei n. 5.991, de 17.12.1973;

Portaria n. 1.883/GM, de 09.09.2008: aprova o Formulário Te-


rapêutico Nacional – FTN da Relação Nacional de Medicamentos
Essenciais – RENAME 2006.

Resolução – RDC nº 44, de 26.10.2010, p. DOU, Seção 1, de


28.10.2010, págs. 76/77: dispõe sobre o controle de medicamentos
à base de substâncias classificadas como ANTIMICROBIANOS,
de uso sob prescrição médica, isoladas ou em associação e dá ou-
tras providências.

Resolução – RDC nº 61, de 17.12.2010, da ANVISA, p. DOU,


Seção 1, de 23.12.2010, pág. 94: altera o anexo da RDC nº 44,
de 26.10.2010, que dispõe sobre o controle de medicamentos à
base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso
sob prescrição médica, isoladas ou em associação, e dá outras
providências (alterou o Anexo da RDC nº 44, de 26.10.2010);

Portaria nº 4.004/GM, de 16.12.2010, p. DOU, Seção 1, de

110
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17.12.2010, pág. 109: aprova o Formulário Terapêutico Nacional – FTN


da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME 2010;

Resolução – RDC nº 55, de 16.12.2010, da ANVISA, p. DOU,


Seção 1, de 17.12.2010, págs. 110/118: dispõe sobre o registro de
produtos biológicos novos e produtos biológicos e dá outras provi-
dências (estabelece os requisitos mínimos para o registro de pro-
dutos biológicos novos e produtos biológicos no país, visando
garantir a qualidade, a segurança e eficácia destes medicamentos);

Portaria nº 4.101/GM, de 17.12.2010, p. DOU, Seção 1, de


23.12.2010, págs. 101/102:estabelece normas para a aplicação,
controle e acompanhamento dos recursos federais transferidos
na modalidade fundo a fundo para os Estados, DF e Municípios,
destinados à execução de ações de vigilância sanitária, na forma
do Componente de Vigilância Sanitária, do bloco de Financia-
mento de Vigilância em Saúde.

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
60. REGULAMENTO DO SUS

a) Portaria n. 2.048/GM, de 03.09.2009, p. no DOU, Seção 1, de


04.09.2009: institui o Regulamento do Sistema Único de Saúde – SUS;

b) Portaria nº 2.230/GM, de 23.9.2009, p. no DOU, Seção 1, de


24.9.2009: altera a redação do art. 2º da Portaria nº 2.048/GM,
de 03.9.2009, com nova redação: “Art. 2º Esta Portaria entrará
em vigor 01 (um) ano após a sua publicação” (NR)

Portaria nº 2.792/GM, de 15.9.2010, p. DOU, Seção 1, de


17.9.2010: dá nova redação ao art. 2º da Portaria nº 2.048/GM,
de 03.9.2009, que aprova o Regulamento do SUS e dispõe sobre
sua consulta pública (Art. 1º Prorroga por mais 180 dias o prazo
estabelecido no art. 1º da Portaria nº 2.230/GM, de 23.9.09).

111
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61. RESSARCIMENTO DOS PLANOS DE SAÚDE AO SUS

Lei n. 9.656, de 03.06.1998 (Art. 32);

Lei n. 9.961, de 28.01.2000 (Art. 4º, V);

Resolução Normativa – RN n. 185, de 30.12.2008, da ANS –


Agência Nacional de Saúde Suplementar;

Resolução Normativa – RN n. 177, de 03.11.2008, da ANS;

Resolução Normativa – RN n. 217, de 13.05.2010, p. DOU,


Seção 1, de 17.05.2010, da ANS: altera a RN n. 185, de
30.12.2008, e a RN n. 177, de 03.11.2008;

Resolução Normativa – RN nº 239, de 05.11.2010, p. DOU,


Seção 1, de 08.11.10, pág. 72, da Diretoria Colegiada da
Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS: dispõe sobre
a Tabela Única Nacional de Equivalência de Procedimentos –
TUNEP para fins de ressarcimento dos atendimentos prestados
aos beneficiários de planos privados de assistência à saúde, por
instituições públicas ou privadas integrantes do SUS, alterando
as Resoluções RN 185, 177 e 217;

Resolução Normativa – RN nº 240, de 03.12.2010, da Agência


Nacional de Saúde Suplementar, p. DOU, Seção 1, pág. 44:
dispõe sobre a Tabela Única Nacional de Equivalência de Proce-
dimentos – TUNEP para fins de Ressarcimento dos atendimentos
prestados aos beneficiários de planos privados de assistência à
saúde, por instituições públicas ou privadas, integrantes do SUS,
alterando a RN nº 239, de 05.11.2010.

Há decisões do STF sobre o ressarcimento ao SUS pelos


Planos de Saúde.

112
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JULGADOS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ORDINÁRIA


9.656/98. PLANOS DE SEGUROS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À
SAÚDE. MEDIDA PROVISÓRIA 1730/98. PRELIMINAR. ILEGITIMI-
DADE ATIVA. INEXISTÊNCIA. AÇÃO CONHECIDA. INCONSTITU-
CIONALIDADES FORMAIS E OBSERVÂNCIA DO DEVIDO
PROCESSO LEGAL. OFENSA AO DIREITO ADQUIRIDO E AO ATO
JURÍDICO PERFEITO. (...) 4.Prestação de serviço médico pela rede
do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de
atendimento pela operadora de Plano de Saúde. Ressarcimento à Ad-
ministração Pública mediante condições preestabelecidas em resolu-
ções internas da Câmara de Saúde Complementar. Ofensa ao devido
processo legal. Alegação improcedente. Norma programática pertinente
à realização de políticas públicas. Conveniência da manutenção da vi-
gência da norma impugnada. (...) ADI-MC 1931 / DF - DISTRITO FEDERAL

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Julgamento: 21/08/2003, Órgão
Julgador: Tribunal Pleno DJ 28-05-2004 PP-00003, EMENT VOL-02153-
02 PP-00266).

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁ-


RIO. RESSARCIMENTO AO SUS. ARTIGO 32 DA LEI N. 9.656/98.
CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião
do julgamento da ADI n. 1.931-MC, Relator o Ministro Maurício Corrêa,
DJ de 28.5.04, decidiu pela constitucionalidade do ressarcimento ao
SUS instituído pela Lei n. 9.656/98. Agravo regimental a que se nega
provimento. (RE 488026 AgR / RJ - RIO DE JANEIRO, AG.REG.NO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO, Relator(a): Min. EROS GRAU, Julga-
mento: 13/05/2008, Órgão Julgador: Segunda Turma).

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁ-


RIO. RESSARCIMENTO AO SUS. ARTIGO 32 DA LEI N. 9.656/98.
CONSTITUCIONALIDADE. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião
do julgamento da ADI n. 1.931-MC, Relator o Ministro Maurício Corrêa,
DJ de 28.5.04, decidiu pela constitucionalidade do ressarcimento ao
SUS instituído pela Lei n. 9.656/98. Agravo regimental a que se nega

113
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 114

provimento. (RE 597261 AgR / RJ - RIO DE JANEIRO, AG.REG.NO


RECURSO EXTRAORDINÁRIO, Relator(a): Min. EROS GRAU, Julga-
mento: 23/06/2009, Órgão Julgador: Segunda Turma);

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RESSARCIMENTO AO SUS.


OPERADORA DE PLANO DE SAÚDE. ART. 32 DA LEI 9.656/1998.
CONSTITUCIONALIDADE. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento
da ADI 1.931-MC (rel. min. Maurício Corrêa, DJ 28.05.2004), entendeu
que o ressarcimento à Administração Pública pelos serviços prestados
pela rede do Sistema Único de Saúde - SUS e instituições conveniadas
- face à impossibilidade de atendimento pela operadora de Plano de
Saúde - mediante condições preestabelecidas em resoluções internas
da Câmara de Saúde Complementar, não ofende o devido processo
legal. Nos termos da jurisprudência deste Tribunal, é legítima a decisão
monocrática que decide controvérsia de acordo com orientação firmada
em julgamento efetuado pelo Pleno da Corte em exame de pedido de
medida cautelar. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE
510606 AgR / RJ - RIO DE JANEIRO, AG.REG.NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Julgamento:
04/12/2009, Órgão Julgador: Segunda Turma).

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESSAR-


CIMENTO AO SUS. ARTIGO 32 DA LEI N. 9.656/98. CONSTITUCIONA-
LIDADE. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da
ADI n. 1.931-MC, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 28.5.04,
decidiu pela constitucionalidade do ressarcimento ao SUS instituído
pela Lei n. 9.656/98. Agravo regimental a que se nega provimento. (STF
- AG. REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: RE 596815 RJ, Rela-
tor(a): Min. EROS GRAU, Julgamento: 02/02/2010, Órgão
Julgador: Segunda Turma, Publicação: DJe-035 DIVULG 25-02-2010
PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-10 PP-02098.)

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMEN-


TAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PRO-
CESSUAL CIVIL. RESSARCIMENTO AO SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE – SUS. ART. 32 DA LEI 9.656/1998. CONSTITUCIONALI-
DADE. MEDIDA CAUTELAR APRECIADA PELO PLENÁRIO. JUL-
GAMENTO IMEDIATO DE OUTRAS CAUSAS SOBRE IDÊNTICA

114
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 115

CONTROVÉRSIA. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DA TABELA


TUNEP. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. EMBARGOS DE-
CLARATÓRIOS REJEITADOS. I – A existência de decisão em controle
abstrato, na qual a medida cautelar foi indeferida, não impede o julga-
mento de outros processos sobre idêntica controvérsia. Precedentes.
II – A jurisprudência desta Corte ratificou a tese da constitucionalidade
do art. 32 da Lei 9.656/1998. Precedentes. III – A verificação da ade-
quação de utilização da tabela TUNEP aos valores a serem ressarcidos
ao SUS demanda o reexame de normas infraconstitucionais. Assim, a
ofensa à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. IV – Ausên-
cia dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil. V
– Embargos de Declaração rejeitados. (RE 561573 AgR-ED / RJ - RIO
DE JANEIRO, EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAOR-
DINÁRIO, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Julgamento:
02/12/2010, Órgão Julgador: Primeira Turma).

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
JULGADOS DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. INSCRIÇÃO NO CADIN.


NATUREzA DO DÉBITO (LEI 10.522/02, ART. 2º, § 8º). HIPÓTESES
LEGAIS AUTORIzADORAS DA SUSPENSÃO DO REGISTRO (LEI
10.522/02, ART. 7º). 1. O ressarcimento devido pelas operadoras de
planos de saúde à Agência Nacional de Saúde Suplementar, em decor-
rência de atendimentos a beneficiários de seus planos pelo Sistema
Único de Saúde, tem natureza indenizatória, não se considerando dé-
bito referente a "preços de serviços públicos ou a operações financeiras
que não envolvam recursos orçamentários", para fins do art. 2º, § 8º,
da Lei 10.522/02 (conversão da MP 2.176-79/01). 3. Agravo regimental
provido, para negar provimento ao recurso especial. AgRg no REsp
670807 / RJ AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL
2004/0098747-6 Relator(a) Ministro JOSÉ DELGADO (1105) Relator(a)
p/ Acórdão Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI (1124) Órgão Julgador
T1 - PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 08/03/2005 Data da
Publicação/Fonte DJ 04.04.2005 p. 211

115
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PROCESSUAL CIVIL. RESSARCIMENTO AO SUS. LEI Nº 9.656/98.


RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE ALEGAÇÃO ACERCA DE
AFRONTA AO ART. 535 DO CPC. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO.
SÚMULAS NºS 282 E 356 DO STF. TABELA TUNEP. VALORES NÃO
CONDIzENTES COM OS DE MERCADO. REEXAME DE MATÉRIA
PROBATÓRIA. INVIABILIDADE. SÚMULA Nº 7/STJ. DISPOSITIVOS
CONSTITUCIONAIS. PREQUESTIONAMENTO. IMPOSSIBILIDADE.
(...) II - A recorrente justificava a suposta violação ao art. 32, § 8º, da
Lei nº 9.656/98, pelo fato de que os preços cobrados com base na
tabela TUNEP não refletiriam o valor de mercado, questão essa que
não foi em momento algum abordada pelo Colegiado de origem, o que
obsta a apreciação do apelo nobre ante a incidência dos verbetes
sumulares nºs 282 e 356 do STF. III - Ademais, a verificação de tais
alegações não poderia mesmo dar-se nesta sede especial, tendo em
vista que implicariam em revolvimento de matéria fático-probatória, o
que é vedado pelo enunciado sumular nº 7 deste STJ. (...) V - Agravo
regimental improvido. AgRg no REsp 919734 / RJ AGRAVO REGIMEN-
TAL NO RECURSO ESPECIAL 2007/0013277-1 Relator(a) Ministro
FRANCISCO FALCÃO (1116) T1 - PRIMEIRA TURMA -Data do Julga-
mento 17/05/2007 Data da Publicação/Fonte DJ 04.06.2007 p. 323

JULGADOS DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS

ADMINISTRATIVO. RESSARCIMENTO DOS PLANOS DE SAÚDE À


AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR. CADIN. CADASTROS
DE INADIMPLENTES. INSCRIÇÃO. 1. O ressarcimento de planos de saúde
à ANS tem amparo na lei, sem que os Tribunais tenham se pronunciado
pela inconstitucionalidade de suas regras. Para que seja evitada a ins-
crição nos cadastros de inadimplentes, faz-se necessário consignar em
juízo o valor referente à parte tida como incontroversa, ou prestar cau-
ção idônea, ao prudente arbítrio do magistrado. (TRF4 – AI
2006.04.00.001059-7, Relator Juiz MÁRCIO ANTÔNIO ROCHA, Julga-
mento: 21/06/2006. Orgão Julgador: QUARTA TURMA, Publicação:
D.E. 12.07.2006).

116
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ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. RESSARCIMENTO AO


SUS. QUESTÕES CONTRATUAIS. 1. As pessoas jurídicas de direito
privado que operam planos de assistência à saúde têm o dever de res-
sarcir ao SUS quando seus consumidores e respectivos dependentes
forem atendidos em instituições públicas ou privadas, conveniadas ou
contratadas, integrantes do Sistema Único de Saúde -SUS. 2. O res-
sarcimento ao SUS é devido em relação às autorizações de internação
hospitalar quando as provas produzidas nos autos não forem suficientes
para afastar, de forma inequívoca, os procedimentos e serviços reali-
zados nos referidos atendimentos. 3. Apelação desprovida. (TRF2 -
APELAÇÃO CIVEL: AC 431555 RJ 2003.51.01.025827-8,
Relator(a): Juiz Federal Convocado MARCELO PEREIRA/no afast. Re-
lator, Julgamento: 27/01/2009, Órgão Julgador: OITAVA TURMA ESPE-
CIALIZADA, Publicação: DJU - Data::30/01/2009 – Página 167)

ADMINISTRATIVO. SUS. RESSARCIMENTO. ART. 32 DA LEI


Nº 9.656/98. É constitucional a cobrança do ressarcimento ao SUS, previsto

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
no art. 32 da Lei nº 9.656/98; cobrado pela ANS. Agravo desprovido. (TRF4
- APELAÇÃO CIVEL: AC 29653 RS 2007.71.00.029653-2, Relator(a): CAR-
LOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ, Julgamento: 12/01/2010,
Órgão Julgador: TERCEIRA TURMA, Publicação: D.E. 03/02/2010).

62. SAÚDE BUCAL

I – Na Atenção Básica:
Portaria n. 648/GM, de 28.03.06, p. no DOU, Seção 1, de
29.03.06: ESB (equipe de saúde bucal);

Portaria n. 1.625/GM, de 10.07.2007: altera atribuições dos


profissionais das Equipes de saúde da família – ESF;

Portaria n. 822/GM, de 17.04.06: altera parte das Portarias n.


648/GM e 650/GM;

Portaria n. 649/GM, de 28.03.06: define valores de financia-

117
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 118

mento para o ano de 2006, com vistas à estruturação de Unida-


des Básicas de Saúde para as equipes Saúde da Família, como
parte da Política Nacional de Atenção Básica;

Portaria n. 650/GM, de 28.03.06: define valores do PAB fixo e


variável, mediante a revisão de diretrizes e normas para a organi-
zação da Atenção Básica, para a estratégia de Saúde da Família
e para o PACS, instituídos pela Política Nacional de Atenção
Básica;

Portaria n. 1.230GM, de 25.05.2007: fixa o valor do incentivo de


custeio referente à implantação de Agentes Comunitários de Saúde;

Portaria n. 2.371/GM, de 07.10.2009, p. no DOU, Seção 1, de


09.10.09: institui, no âmbito da Política Nacional de Atenção Bá-
sica, o Componente Móvel da Atenção à Saúde Bucal – Unidade
Odontológica Móvel – UOM;

Portaria n. 2.372/GM, de 07.10.2009, p. no DOU, Seção 1, de


09.10.2009: cria o plano de fornecimento de equipamentos
odontológicos para as Equipes de Saúde Bucal na Estratégia
Saúde da Família;

Portaria n. 750/SAS, de 10.10.2006: institui a Ficha Complementar


de Cadastro das Equipes de Saúde da Família; Saúde da Família
com Saúde Bucal – Modalidade I e II e de Agentes Comunitários
de Saúde, no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento
de Saúde – SCNES, a partir da competência outubro de 2006,
conforme formulário modelo e orientação de preenchimento, anexos
I, II e III desta Portaria;

Portaria n. 334/SAS, de 07.10.2009, p. no DOU, Seção 1, de


09.10.2009: altera o § 2º do art. 1º da Portaria n. 750/SAS, de
10.10.2006.

Portaria nº 3.480/GM, de 07.12.2010, p. DOU, Seção 1, de


08.12.10, pág. 45, e republicada no DOU, Seção 1, de 10.12.2010,
pág. 72: inclui a Saúde Bucal no Monitoramento e na Avaliação do

118
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Pacto pela Saúde, e estabelece as diretrizes, orientações e prazos


do processo de ajuste de metas para o ano de 2011.

II – Centros de Especialidades Odontológicas – CEO’s e


Laboratórios Regionais de Prótese Dentária – LRPD’s:

Portaria n. 599/GM, de 23.03.06: define a implantação de


CEO’s e de LRPD’s e estabele critérios, normas e requisitos para
o seu credenciamento;

Portaria n. 2.373/GM, de 07.10.2009, p. no DOU, Seção 1, de


09.10.2009: altera a redação da Portaria n. 599/GM, de 23.03.2006;
Portaria n. 600/GM, de 23.03.06: institui o financiamento dos CEO’s;
Portaria n. 283/GM, de 22.02.05: antecipa o incentivo financeiro

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
para os CEO’s em fase de implantação;

Portaria n. 566/SAS, de 06.10.04: revisão e atualização das ta-


belas dos Sistemas de Informações do SUS (SIA/SUS e SCNES);

Portaria n. 562/SAS, de 30.09.04: alteração na Tabela


Serviço/Classificação dos Sistemas de Informações (SCNES,
SIA e SIH/SUS);

Portaria n. 2.304/GM, de 28.11.05: autoriza, em caráter excepcio-


nal, os estabelecimentos de saúde, devidamente cadastrados no
SCNES, que tiveram produção SIA/SUS, no período de janeiro a
julho de 2005, dos procedimentos de códigos 10.082.10-7 – Pró-
tese Total Mandibular, 10.082.11-5 – Prótese Total Maxilar e
10.083.02-2 – Próteses Parciais Removíveis Maxilar ou Mandibu-
lar (vigentes na tabela do SIA/SUS até a competência julho de 05),
a apresentarem produção a partir da competência outubro 2005;

Portaria n. 2.374/GM, de 07.10.2009, p. no DOU, Seção 1, de


09.10.2009: altera os valores dos procedimentos da Tabela de
Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais

119
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Especiais do SUS realizados pelos LRPD, segundo critérios


estabelecidos pela Política Nacional de Saúde Bucal;

Portaria n. 2.375/GM, de 07.10.2009, p. no DOU, Seção 1, de


09.10.1009: define os recursos anuais para financiamento de
procedimentos de prótese dentária.

63. SAÚDE DO HOMEM

Portaria n. 1.944/GM, de 27.08.2009, p. no DOU, Seção 1, de


28.08.2009: institui a Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde do Homem;

Portaria n. 1.945/GM, de 27.08.2009, p. no DOU, Seção 1, de


28.08.2009: altera, atualiza e recompõe os procedimentos uro-
lógicos da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses e
Próteses, e Materiais Especiais do SUS, em razão da Portaria n.
1.945/GM, de 28.08.2009, que instituiu a Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde do Homem;

Portaria n. 1.946/GM, de 27.08.2009, p. DOU, Seção 1, de


28.08.2009: estabelece recursos a serem incorporados ao limite
financeiro de Média e Alta Complexidade dos Estados e Municí-
pios, com efeito financeiro a partir da competência setembro
2009 (Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem).

Portaria nº 421/SAS, de 25.8.2010, p. DOU, Seção 1, de


26.8.2010: autorização de quimioterapia/hormonioterapia do
adenocarcinoma de próstata, etc.

64. SAÚDE DO TRABALHADOR

120
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Portaria n. 2.728/GM, de 11.11.2009, p. DOU, Seção 1, de


12.11.2009: dispõe sobre a Rede Nacional de Atenção Integral à
Saúde do Trabalhador (RENAST) e dá outras providências;

Portaria n. 2.871/GM, de 19.11.2009, p. DOU, Seção 1, de


20.11.2009: constitui o Comitê Nacional de Promoção da Saúde
do Trabalhador do SUS;

Portaria n. 238/GM, de 28.01.2010, p. DOU, Seção 1, de


29.01.2010: altera a Portaria n. 2.871/GM, de 19.11.2009, que
constitui o Comitê Nacional de Promoção da Saúde do Traba-
lhador do SUS;

Portaria n. 834/GM, de 14.04.2010, p. DOU, Seção 1, de


15.04.2010: prorroga o prazo para que o Comitê Nacional de Pro-
moção da Saúde do Trabalhador do SUS, instituído pela Portaria
n. 2.871/GM, de 19.11.2009, formule proposta de Diretrizes para a

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Política Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do SUS.

Portaria S/N/GM, p. DOU, Seção 1, de 08.12.2010, págs. 45/46:


institui as diretrizes da Política Nacional de Promoção da Saúde
do Trabalhador do SUS.

65. SERVIÇOS DE ATENÇÃO À SAÚDE AUDITIVA

Portaria n. 2.073/GM, de 28.11.2004: institui a Política Nacional


de Atenção à Saúde Auditiva;

Portaria n. 587/SAS, de 07.10.2004: determina a organização e


a implantação de Redes Estaduais de Atenção à Saúde Auditiva;

Portaria n. 589/SAS, de 08.10.2004: trata dos mecanismos para ope-


racionalização dos procedimentos de atenção à saúde auditiva no SUS;

Lei n. 11.291, de 26.04.2006: dispõe sobre a inclusão nos locais

121
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 122

indicados de aviso alertando sobre os malefícios resultantes do


uso de equipamentos de som em potência superior a 85 decibéis,
acarretando ao infrator as sanções e as penalidades previstas
na Lei n. 8.078, de 11.09.1990;

Portaria n. 308/SAS, de 10.05.2007: altera o Anexo II da Portaria


n. 589/SAS, de 08.10.2004;

Decreto n. 6.215, de 26.09.2007: estabelece o compromisso


pela inclusão das Pessoas com Deficiência e entre suas diretri-
zes, no seu art. 2º, II, ampliar o acesso das pessoas com defi-
ciência à política de concessão de órteses e próteses;

Portaria n. 389/GM, de 03.03.2008: redefine os Serviços de


Atenção à Saúde Auditiva e os limites físicos e financeiros dos
Estados, DF e Municípios.

66. SISTEMA DE PLANEJAMENTO DO SUS

Portaria n. 3.085/GM, de 01.12.2006: regulamenta o Sistema de


Planejamento do SUS;

Portaria n. 3.332/GM, de 28.12.2006: aprova orientações gerais


relativas aos instrumentos do Sistema de Planejamento do SUS
(Plano de Saúde; PPA com inserção do Plano de Saúde; Progra-
mação Anual de Saúde; inserção da Programação Anual de
Saúde na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO – e na – LOA –
Lei Orçamentária Anual; Relatório Anual de Gestão);

Portaria n. 1.885/GM, de 09.09.2008: institui incentivo financeiro


para o Sistema de Planejamento do SUS;

Portaria n. 1.964/GM, de 23.07.2010, p. DOU, Seção 1, de


27.07.2010: define o incentivo financeiro para o ano de 2010 des-
tinado ao Sistema de Planejamento do SUS;

122
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Portaria n. 3.176/GM, de 24.12.2008, publicada no DOU, Seção


1, de 30.12.08, republicada no DOU, Seção 1, de 11.01.2010:
aprova orientações acerca da elaboração, da aplicação e do fluxo
do Relatório Anual de Gestão;

Portaria n. 2.751/GM, de 11.11.2009, p. DOU, Seção 1, de


12.11.2009: dispõe sobre a integração dos prazos e processos
de formulação dos instrumentos do Sistema de Planejamento do
SUS e do Pacto pela Saúde (Plano de Saúde, PDR, Termo de
Compromisso de Gestão, PPA, Programação Anual de Saúde,
LDO, LOA, Relatório Anual de Gestão)

PDR – Plano Diretor de Regionalização;

PDI – Plano Diretor de Investimentos;

TCG – Termo de Compromisso de Gestão;

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
Portaria n. 1.101/GM, de 12.06.2002: parâmetros de cobertura
assistencial;

Plano Nacional de Saúde - PNS 2008/2011;

PPA 2008/2011 – Plano Plurianual de Aplicação da União,


contendo o Plano Nacional de Saúde 2008/2011;

Plano Estadual de Saúde 2008/2011;

PPA 2008/2011 – Plano Plurianual de Aplicação do Estado,


contendo o Plano Estadual de Saúde 2008/2011;

Plano Municipal de Saúde 2006/2009; 2010/2013;

PPA 2006/2009, 2010/2013 – Plano Plurianual de Aplicação


do Município, contendo o Plano Municipal de Saúde
2006/2009; 2010/2013;

Programação Anual de Saúde (do Estado e do Município):

123
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Portaria nº 3.332/GM/MS, de 28.12.2006 - o que vai ser execu-


tado de saúde durante o ano)

LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias (do Estado e do Muni-


cípio), contendo a Programação Anual de Saúde;

LOA – Lei Orçamentária Anual (do Estado e do Município), con-


tendo a Programação Anual de Saúde;

Relatório Anual de Gestão (do Estado e do Município): Portaria


nº 3.332/GM/MS, de 28.12.2006 (o que foi executado de saúde
no ano anterior); prazo para submeter ao Conselho de Saúde;
até o final do primeiro trimestre do ano subseqüente;

Portaria nº 2.483/GM, de 21.10.2009, p. DOU, Seção 1, de


22.10.2009: institui a Sala de Situação em Saúde;

Portaria nº 3.008/GM, de 1º.12.2009, rep. DOU, Seção 1, de


04.12.09, pág. 59: determina que a Programação das Ações
de Vigilância em Saúde (PAVS) seja um elenco norteador
que subsidia a inserção de ações de vigilância em saúde na
Programação Anual de Saúde – PAS do Ministério da Saúde,
das Secretarias Estaduais e das Municipais de Saúde, para o
alcance de metas do Pacto e demais prioridades de relevância
para o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Vigilância
Sanitária, eleitas pelas esferas Federal, Estadual e Municipal.

67. TABELA DE PROCEDIMENTOS, MEDICAMENTOS, ÓRTE-


SES, PRÓTESES E MATERIAIS ESPECIAIS – OPM DO SUS

Portaria n. 2.848/GM, de 06.11.2007: aprova a Tabela de


Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais
Especiais – OPM do SUS;

Portaria n. 321/GM, de 08.02.2007: institui a tabela de procedimen-

124
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 125

tos, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais do SUS;

Portaria n. 1541/GM, de 27.06.2007: estabelece a implementa-


ção da tabela de procedimentos, medicamentos, órteses, próte-
ses e materiais especiais do SUS;

Portaria n. 07/SAS, de 04.01.2008, republicada no DOU,


Seção 1, de 09.01.2008, p. 59: incluir os procedimentos, con-
forme anexo I desta Portaria, na Tabela de Procedimentos, Me-
dicamentos e OPM do SUS, com vigência a partir da
competência janeiro de 2008(OBS.: contém anexos: I ao XII);

Portaria n. 723/SAS, de 28.12.2007: altera a descrição em proce-


dimentos sequenciais de Coluna em Ortopedia e/ou neurocirurgia;

Portaria n. 247/SAS, de 25.04.2008: prorrogação, para a com-


petência junho/08, processamento julho/08, do prazo de até 6

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
meses para apresentação da produção hospitalar;

Portaria n. 312/SAS, de 05.06.2008: atualizar os atributos dos


Procedimentos, da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Ór-
teses e Próteses e Materiais Especiais (OPM) do SUS, relacio-
nados nos anexos I ao VII desta Portaria;

Portaria n. 316/GM, de 06.06.2008: recompor os atributos dos


Procedimentos da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Ór-
teses, Próteses e Materiais Especiais do SUS;

Portaria n. 343/GM, de 18.06.2008: inclui a habilitação de código


2502 – Centro de Referência de Alta Complexidade em traumato-
ortopedia, nos procedimentos da Tabela de Procedimentos, Me-
dicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS;

Portaria n. 344/GM, de 20.06.2008: exclui dos procedimentos


relacionados nesta Portaria a compatibilidade com o medica-
mento Daclizumabe 5 mg/ml injetável para transplante e o medi-
camento Muromonabe CD3 5mg injetável para transplante,
segundo também esta Portaria;

125
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 126

Portaria n. 383/SAS, de 11.07.2008, rep. no DOU, Seção 1, de


17.07.2008: atualizar os Atributos dos Procedimentos da Tabela
de Procedimentos e Materiais Especiais do SUS, relacionados
nos anexos I a VII desta Portaria;

Portaria n. 386/SAS, de 15.07.2008, rep. no DOU, Seção 1, de


17.07.2008: publica os procedimentos da Política Nacional de
Atenção em Oftalmologia com todos os seus atributos constantes
na Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS;

Portaria n. 2.867/GM, de 27.11.2008: estabelece recursos a


serem transferidos do Fundo de Ações Estratégicas e Compen-
sação – FAEC – para o Teto Financeiro Anual da Assistência Am-
bulatorial e Hospitalar de Média e Alta Complexidade dos
Estados, DF e Municípios e redefine o rol de procedimentos da
Tabela de Procedimentos, Medicamentos e Órteses e Próteses
e Materiais Especiais – OPM – do SUS financiados pelo FAEC;

Portaria n. 3.126/GM, de 26.12.2008: concede reajuste nos valo-


res dos procedimentos de Diária de Unidade de Terapia Intensiva
e Diária de Unidade de Cuidados Intermediários.

68. TRANSLADO DE RESTOS MORTAIS HUMANOS

Resolução RDC n. 68, de 10.10.2007: dispõe sobre o controle e


fiscalização do translado de restos mortais humanos.

69. TRANSPLANTES

Lei n. 9.434, de 04.02.1997: dispõe sobre a remoção de órgãos,


tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tra-

126
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 127

tamento e dá outras providências;

Decreto n. 2.268, de 30.06.1997: regulamenta a Lei n. 9.434, de


04.02.97, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e par-
tes do corpo humano para fim de transplante e tratamento e dá
outras providências;

Portaria n. 2.600/GM, de 21.10.2009, p. DOU, Seção 1, de


30.10.09, p. 77-118: aprova o Regulamento Técnico do Sistema
Nacional de Transplantes;

Portaria n. 2.601/GM, de 21.10.2009, p. DOU, Seção 1, de


30.10.09: institui, no âmbito do SUS, o Plano Nacional de Implan-
tação e Organização de Procura de Órgãos e Tecidos – OPO;

Portaria n. 2.602/GM, de 21.10.2009, p. DOU, Seção 1, de


30.10.2009: institui, no âmbito do SUS, o selo “Organização Par-

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
ceira do Transplante” e dá outras providências;

Portaria n. 2.620/GM, de 21.10.2009, p. DOU, Seção 1, de


30.10.09: inclui e altera procedimentos na Tabela de Habilitação
do Sistema Nacional de Cadastro Nacional dos Estabelecimentos
de Saúde e na Tabela de Medicamentos e OPM do SUS;

Resolução n. 1.480, do CFM, de 08.08.1997: morte encefálica;

Resolução – RDC n. 66, de 21.12.2009, p. no DOU, Seção 1,


de 23.12.2009: dispõe sobre o transporte no território nacional
de órgãos humanos em hipotermia para fins de transplantes.

Portaria nº 2.932/GM, de 27.9.2010, p. DOU, Seção 1, de


28.9.2010: institui, no âmbito do Sistema Nacional de Transplan-
tes – SNT, o Plano Nacional de Implantação de Bancos de Mul-
titecidos –Plano – BMT;

Portaria nº 2.931/GM, de 27.9.2010, p. DOU, Seção 1, de


28.9.2010: institui, no âmbito do Sistema Nacional de Transplantes
– SNT, o Plano Nacional de Implantação e Ampliação dos Centros

127
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de Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas – Plano – CTCTH;


Portaria nº 2.933/GM, de 27.9.2010, p. DOU, Seção 1, de
28.9.2010: institui, no âmbito do Sistema Nacional de Transplantes
– SNT, o Programa Nacional de Qualificação para a Doação de
Órgãos e de Tecidos para Transplantes – QUALIDOTT;

Portaria nº 184-R, SESA/ES, de 19.10.2010, p. DOE/ES,


de 20.10.2010, págs. 16/17: aprovar o Regimento Interno da
Câmara Técnica Estadual de Transplantes de Rim – CTE-R;

Portaria nº 185-R, SESA/ES, de 19.10.2010, p. DOE/ES, de


20.10.2010, págs. 17/18: aprovar o Regimento Interno da
Câmara Técnica Estadual de Transplantes de Fígado – CTE-F.

70. TRATAMENTO FORA DO DOMICÍLIO – TFD

Portaria n. 055/SAS, de 24.02.1999: Tratamento Fora do


Domicílio – TFD;

Portaria n. 064-R, de 10.06.2010, da SESA/ES, p. DOE de


11.05.2010: Tratamento Fora do Domicílio – TFD.

71. VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Portaria n. 1.052/GM, de 08.05.2007: aprova o Plano Diretor de


Vigilância Sanitária;

Portaria n. 3.252/GM, de 22.12.2009, p. DOU, Seção 1, de


23.12.2009: aprova as diretrizes para execução e financiamento
das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, DF e
Municípios e dá outras providências;

Portaria n. 1.106/GM, de 12.06.2010, rep. DOU, Seção 1, de

128
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02.07.2010: atualiza a regulamentação das transferências de


recursos financeiros federais do Componente de Vigilância
Sanitária do Bloco de Financiamento de Vigilância em Saúde,
destinados à execução das ações de Vigilância Sanitária;

Portaria n. 3.008/GM, de 1º.12.2009, rep. DOU, Seção 1, de


04.12.2009, p. 109-110 e 120: determina que a Programação das
Ações de Vigilância em Saúde – PAVS – seja um elenco norteador
que subsidia a inserção de ações de vigilância em saúde na Pro-
gramação Anual de Saúde – PAS – do Ministério da Saúde, das
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, para o alcance
de metas do Pacto e demais prioridades de relevância para o
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Vigilância Sanitária,
eleitas pelas esferas Federal, Estadual e Municipal;

Portaria n. 1.106/GM, de 12.05.2010, p. DOU, Seção 1, de


14.05.2010, p. 59-60 e 68-69: atualiza a regulamentação das

Anexo I - Legislação
Pertinente à Saúde
transferências de recursos financeiros federais do Componente de
Vigilância Sanitária do Bloco de Financiamento de Vigilância em
Saúde, destinados à execução das ações de vigilância sanitária;

Portaria n. 2.254/GM, de 05.08.2010, p. DOU, Seção 1, de


06.08.2010: institui a Vigilância Epidemiológica em Âmbito
Hospitalar, define as competências para a União, os Estados,
o DF, os Municípios, os critérios para a qualificação das unida-
des hospitalares de referência nacional e define também o es-
copo das atividades a serem desenvolvidas pelos Núcleos
Hospitalares de Epidemiologia;

Portaria nº 188/SVS/188, de 10.8.2010, do Secretário de


Vigilância em Saúde, p. DOU, Seção 1, de 16.8.2010, págs.
66/67: institui o Comitê Técnico Assessor das Leishmanioses
Visceral e Tegumentar Americana (CTALVT), que possui caráter
consultivo, com a finalidade de assessorar a Secretaria de Vigi-
lância em Saúde (SVS), nos aspectos relativos ao controle das
leishmanioses visceral e tegumentar americana.

Portaria nº 2472/GM, de 31.8.2010, p. DOU, Seção 1, de

129
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1º.9.2010, págs. 50/51: define as terminologias adotadas em


legislação nacional, conforme disposto no Regulamento Sanitário
Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e
eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o
território nacional e estabelecer fluxo, critérios, responsabilidades
e atribuições aos profissionais e serviços de saúde;

Portaria nº 201/SVS, de 03.11.2010, p. DOU, Seção 1, de


04.11.2010, págs. 88/89: parâmetros para monitoramento da
regularidade na alimentação do Sistema de Informação de Agra-
vos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informações sobre
Mortalidade (SIM), para fins de manutenção do repasse de
recursos do Componente de Vigilância e Promoção da Saúde do
Bloco de Vigilância em Saúde.

Resolução – RDC nº 57, de 16.12.2010, p. DOU, Seção 1, de


17.12.2010, págs. 119/138: determina o Regulamento Sanitário
para Serviços que desenvolvem atividades relacionadas ao ciclo
produtivo do sangue humano e componentes e procedimentos
transfusionais;

Resolução – RDC nº 58, de 17.12.2010, p. DOU, Seção 1, de


21.12.2010, págs. 81/82: dispõe sobre o regulamento técnico pra
procedimento de liberação de lotes de hemoderivados para
consumo no Brasil e exportação;

130
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 131

Anexo II - Modelos Práticos


para Atuação da
Curadoria de Saúde

I - REQUISIÇÕES RELATIVAS AO PLANEJAMENTO DA SECRETARIA


MUNICIPAL DE SAÚDE;

REQUISIÇÃO MINISTERIAL

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, por in-


termédio da 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Anápolis, com
fundamento no art. 129, VI, da Constituição Federal e Leis n. 7.347/85,
8.625/93 e art. 47, inciso I, alínea “b”, II e § 7º, da Lei Complementar
n. 25/98, Lei n. 8.080/90, e considerando a Portaria n. 3332/GM do
Ministério da Saúde, de 28.12.2006, que propôs orientações gerais
relativas aos instrumentos do Sistema de Planejamento do SUS, vem,
neste ato, REQUISITAR-LHE que esta Secretaria de Saúde encami-
nhe a programação anual de saúde do Município para o ano de 2011

práticos para atuação


até 30.11.10, com a aprovação do Conselho Municipal de Saúde.

Anexo II- Modelos


O desatendimento imotivado ou retardamento no cumpri-
mento das notificações e requisições implicará a responsabilidade de
quem lhe deu causa. (art. 47, I, alínea “b”, II e § 7º, da Lei Comple-
mentar Estadual n. 25, de 06.07.98 - LEI ORGÂNICA DO MINISTÉ-
RIO PÚBLICO ESTADUAL).

Anápolis, ____ de __________ de 2010.


PROMOTOR DE JUSTIÇA

SR. DR.
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE
NESTA.

131
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 132

REQUISIÇÃO MINISTERIAL

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, por


intermédio da 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Anápolis,
com fundamento no art. 129, VI, da Constituição Federal e Leis
n. 7.347/85, 8.625/93 e art. 47, inciso I, alínea “b”, II e § 7º, da Lei
Complementar n. 25/98, Lei n. 8.080/90, considerando a Portaria
n. 2.982/GM, de 26.11.2009, rep. DOU, Seção 1, de 1º.12.2009,
que aprovou as normas de execução e de financiamento da As-
sistência Farmacêutica na Atenção Básica, vem, neste ato, RE-
QUISITAR-LHE, DENTRO DO PRAZO MÁXIMO DE 30 (TRINTA)
DIAS, A CONTAR DO EFETIVO RECEBIMENTO DESTA, infor-
mações sobre a relação municipal de medicamentos do Município
de Anápolis, bem como os seguintes itens:
1 – Índice médio mensal de cobertura ou de abastecimento
dos medicamentos da REMUNE em vigor, a partir de março de 2010;
2 – Relação dos medicamentos da REMUNE em vigor
que faltaram, em cada mês, a partir de abril de 2010;
3 – Causas da falta do(s) medicamento(s);
4 – Providências adotadas no caso de falta do(s) medi-
camento(s);
5 – Índice médio mensal de cobertura ou de abastecimento
dos insumos para os diabéticos, mensalmente, a partir de abril de 2010.

O desatendimento imotivado ou retardamento no cum-


primento das notificações e requisições implicará a responsabi-
lidade de quem lhe deu causa. (Art. 47, I, alínea “b”, II e § 7º, da
Lei Complementar Estadual n. 25, de 06.07.98 - LEI ORGÂNICA
DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL).

Anápolis, ____ de __________ de 2010.

PROMOTOR DE JUSTIÇA

SR. DR.
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE
NESTA.

132
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 133

REQUISIÇÃO MINISTERIAL

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, por


intermédio da 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Anápolis,
com fundamento no art. 129, VI, da Constituição Federal e Leis
n. 7.347/85, 8.625/93 e art. 47, inciso I, alínea “b”, II e § 7º, da
Lei Complementar n. 25/98, Lei n. 8.080/90, vem, neste ato, RE-
QUISITAR-LHE, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, a
contar do efetivo recebimento desta, o encaminhamento dos se-
guintes documentos a esta Promotoria de Justiça:

1) Lei Municipal atualizada da criação do Conselho Municipal de


Saúde;
2) Lei Municipal atualizada da criação do Fundo Municipal de
Saúde;
3) Regimento Interno atualizado do Conselho Municipal de Saúde;
4) Termo de Compromisso de Gestão do Município atualizado e ho-
mologado por Portaria do Ministério da Saúde;
5) PPI – Programação Pactuada e Integrada Assistência em Saúde,
atualizada;
6) Plano Municipal de Saúde - 2010-2013;
7) Programação Anual de Saúde - 2010;

práticos para atuação


8) SIOPS: relatório sucinto do 1º semestre de 2009 e relatório anual

Anexo II- Modelos


de 2009; 1º semestre de 2010;
9) Calendário anual das reuniões ordinárias do Conselho Municipal
de Saúde;
10) Calendário anual das audiências públicas trimestrais previstas
no art. 12 da Lei n. 8.689/93;
11) Ata sucinta das reuniões do Conselho Municipal de Saúde;
12) Ata sucinta da audiência pública de prestação trimestral de con-
tas da execução do orçamento de saúde pelo Secretário Municipal
de Saúde (art. 12 da Lei n. 8.689/93);

O desatendimento imotivado ou retardamento no cum-


primento das notificações e requisições implicará a responsabi-
lidade de quem lhe deu causa (art. 47, I, alínea “b”, II e § 7º, da

133
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 134

Lei Complementar Estadual n. 25, de 06.07.98 - LEI ORGÂNICA


DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL).

Anápolis, ____ de __________ de 2010.

PROMOTOR DE JUSTIÇA

SR. DR.
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE
NESTA.

134
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 135

II - REQUISIÇÕES RELATIVAS À DISPENSAÇÃO MEDICAMENTOSA;

REQUISIÇÃO MINISTERIAL

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, atra-


vés de seu 9º representante nesta comarca, no uso de suas atri-
buições legais e com fundamento nos art. 129, III da CF, art. 25,
IV da Lei n. 8.625/93, art. 6º da Lei 7.853/89, art. 46, VI “a” da LC
Estadual n. 25/98 e Lei n. 8.080/90.
CONSIDERANDO que com o objetivo de regulamentar
esta rede protetora do Estado é que se ordenou o “Sistema Único
de Saúde”, previsto no art. 198 da CF, através da Lei n. 8.080/90,
que também em seu art. 2º reafirma o preceito constitucional de
que “a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo
o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exer-
cício”;
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público, em
cumprimento às suas funções institucionais preceituadas pela
Constituição Federal, “zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Pú-
blicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegu-
rados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias

práticos para atuação


a sua garantia” e “promover o inquérito civil público e a ação civil

Anexo II- Modelos


pública para proteção do patrimônio público e social, do meio am-
biente, e de outros interesses difusos e coletivos”, nos termos do
art. 129, II e III da Constituição Federal c/c a Lei Federal n.
8.080/90;
CONSIDERANDO, pari passu, que a meta institucional
prioritária do Ministério Público do Estado de Goiás é “dar conti-
nuidade à fiscalização da efetiva municipalização dos serviços
de saúde, garantindo a todos o atendimento com qualidade, dig-
nidade e a tempo”;
CONSIDERANDO o atendimento ofertado ao
____________________________, residente e domiciliado à
______________________, o qual veio invocar desta Promotoria
de Justiça a proteção Constitucional algures comentada, haja vista

135
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 136

necessitar dos medicamentos e insumos descritos em anexo;


CONSIDERANDO que o paciente possui cadastro junto à
Secretaria Municipal de Saúde e, mesmo assim, não recebe a as-
sistência médica necessária;
Vem, neste ato, REQUISITAR-LHE DENTRO DO
PRAZO MÁXIMO DE 15 (quinze) DIAS, a contar do efetivo rece-
bimento desta, a disponibilização do medicamento supracitado.

O desatendimento imotivado ou retardamento no cum-


primento das notificações e requisições implicará a responsabi-
lidade de quem lhe deu causa (art. 47, I, alínea “b”, II e § 7º, da
Lei Complementar Estadual n.º 25, de 06/07/98 - LEI ORGÂNICA
DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL).

Anápolis, ____ de __________ de 2010.

PROMOTOR DE JUSTIÇA

SR. DR.
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE
NESTA.

136
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 137

REQUISIÇÃO MINISTERIAL

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, atra-


vés de seu 9º representante nesta comarca, no uso de suas atri-
buições legais e com fundamento nos art. 129, III da CF, art. 25,
IV da Lei n. 8.625/93, art. 6º da Lei 7.853/89, art. 46, VI “a” da LC
Estadual n. 25/98 e Lei n. 8.080/90.
CONSIDERANDO que com o objetivo de regulamentar
esta rede protetora do Estado é que se ordenou o “Sistema Único
de Saúde”, previsto no art. 198 da CF, através da Lei n. 8.080/90,
que também em seu art. 2º reafirma o preceito constitucional de que
“a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Es-
tado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”.
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público, em
cumprimento às suas funções institucionais preceituadas pela
Constituição Federal, “zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Pú-
blicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegu-
rados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias
a sua garantia” e “promover o inquérito civil público e a ação civil
pública para proteção do patrimônio público e social, do meio am-
biente, e de outros interesses difusos e coletivos”, nos termos do
art. 129, II e III da Constituição Federal c/c a Lei Federal n.

práticos para atuação


8.080/90.

Anexo II- Modelos


CONSIDERANDO, pari passu, que a meta institucional
prioritária do Ministério Público do Estado de Goiás é “dar conti-
nuidade à fiscalização da efetiva municipalização dos serviços
de saúde, garantindo a todos o atendimento com qualidade, dig-
nidade e a tempo”.
CONSIDERANDO o atendimento ofertado ao Sr.
CLEIDE ANTONIO DE SOUZA [Avenida das Cerâmicas, Qd. E
Lt. 01, S/N – Casa 02, Vila Fabril, Anápolis - GO], o qual veio in-
vocar, desta Promotoria de Justiça, a proteção Constitucional al-
gures comentada, haja vista necessitar do medicamento descrito
em anexo, ou seja:

▪ CLOPIDOGREL

137
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 138

Vem, neste ato, REQUISITAR-LHE, DENTRO DO


PRAZO MÁXIMO DE 15 (quinze) DIAS, a contar do efetivo rece-
bimento desta, a disponibilização do medicamento supracitado.
O desatendimento imotivado ou retardamento no cum-
primento das notificações e requisições implicará a responsabi-
lidade de quem lhe deu causa. (art. 47, I, alínea “b”, II e § 7º, da
Lei Complementar Estadual n. 25, de 06.07.98 - LEI ORGÂNICA
DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL).

Anápolis, ____ de __________ de 2010.

PROMOTOR DE JUSTIÇA

SR. DR.
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE
NESTA.

138
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 139

III - RECOMENDAÇÕES;

RECOMENDAÇÃO MINISTERIAL

Recomendação n. ____/2010/Saúde

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, atra-


vés de seu representante legal, com fulcro no art. 129, VI, da
Constituição Federal, e nas Leis n. 7.347/85, 8.625/93, 8.080/90,
8.078/90, 10.406/02 e art. 47, inciso I, alínea “b”, II e § 7.º, da Lei
Complementar n. 25/98, bem como a Resolução Normativa n. 44
da Agência Nacional de Saúde Complementar, vem à presença
de V.S.ª expor o seguinte:

CONSIDERANDO que a Constituição Federal de 1988


conferiu à saúde pública no Brasil o status de direito fundamental,
previsto no Título II- Dos Direitos e Garantias Fundamentais- Capi-
tulo II - Dos Direitos Sociais (art. 6º da CF).
CONSIDERANDO que, inserida no rol dos direitos so-
ciais, a saúde recebeu destaque especial, porquanto suas ações
e serviços são considerados expressamente de “relevância pú-

práticos para atuação


blica”, por força do art. 197 da Carta Política.

Anexo II- Modelos


CONSIDERANDO que, ipso facto, incumbiu o legislador
constituinte ao Ministério Público, instituição permanente e essen-
cial à função jurisdicional do Estado, o dever de zelar pelo efetivo
respeito aos serviços de relevância pública (art. 129, II da CF).
CONSIDERANDO, pari passu, que a meta institucional
prioritária do Ministério Público do Estado de Goiás é “dar conti-
nuidade à fiscalização da efetiva municipalização dos serviços
de saúde, garantindo a todos o atendimento com qualidade, dig-
nidade e a tempo”.
CONSIDERANDO, nesse sentido, que uma das diretrizes
do Parquet Goiano é “cobrar do poder público a devida atenção à
área de saúde no município, de forma que os serviços sejam pres-
tados com eficiência e sem interrupção”.

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CONSIDERANDO, ainda, que o artigo 7º, inciso II, da Lei


n. 8.080/90, in verbis, reza:

Art. 7º. As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contra-


tados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são
desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constitui-
ção Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
[...]
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo
das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos
para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; (grifos nossos)

CONSIDERANDO a informação que alguns municípios


goianos estão sendo atingidos por uma epidemia de dengue,
haja vista que, segundo o último levantamento realizado pela Se-
cretaria Estadual de Saúde, 9.141 pessoas tinham contraído a
dengue no Estado até o dia 23 de janeiro, sendo que quatro mor-
reram, três na Capital e outro em Aparecida de Goiânia1.
CONSIDERANDO que, ao se comparar as três primeiras
semanas deste ano com o mesmo período de 2009, constata-se
que as contaminações aumentaram 439,93%.
CONSIDERANDO a informação de que o Município de
Anápolis também está sendo atingido pelo reaparecimento do
mosquito transmissor da Dengue - Aedes Aegypti, que se ex-
pande gradualmente, podendo chegar a um nível de epidemia
em caráter emergencial, a qual exigirá uma ação global e articu-
lada de impacto e que cubra todo o território deste município.
CONSIDERANDO que, neste tom, é indiscutível o prejuízo
causado à saúde e ao bem-estar das pessoas, tendo em vista que há
extrema relevância e urgência na adoção de ações eficazes para que
se alcancem resultados ideais no combate ao vetor e, consequente-
mente, se evitem os agravos.
CONSIDERANDO, portanto, que a eventual tardança em se
adotar providências efetivas agravará ainda mais esta preocupante si-
tuação, aumentando os riscos de ocorrência de surto, ou, o que é pior,
de epidemia de dengue, que pode ser identificada, de forma simples,
embora seja extremamente grave, tal como a modalidade hemorrágica.
1 www.saude.go.gov.br

140
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R E C O M E N D A, a V.S.ª, que adote as seguintes me-


didas preventivas e repressivas, no sentido de se evitar e comba-
ter a proliferação da dengue no Município de Anápolis:

▪ Aumentar o número de visitas domiciliares dos agentes de endemias, vi-


sando atingir o percentual de 80% recomendado pelo Ministério da Saúde.

SUGESTÃO: Contratação emergencial de 40 (quarenta) novos agen-


tes para preencher as vagas existentes nas áreas descobertas. Isso
também atende à pactuação Estado / Município (Portaria n. 3007 GM
16.12.2008), pactuado em 08.04.2008;

▪ Reuniões semanais do Comitê de Mobilização Contra a Dengue, em


locais estratégicos nos bairros onde a incidência de casos está muito
alta, até o final do mês de abril/2010. Com a mobilização e sensibili-
zação de toda a comunidade, imprensa, formadores de opinião, pro-
fissionais de saúde, associações de classe e moradores, escolas,
secretarias de governo, autoridades civis e militares;

▪ Construção de um cronograma (curto, médio e longo prazo) no sentido


de levantar e corrigir os locais com maior incidência de infestação e
consequente contaminação de pessoas, como também para efetiva-
ção de uma política preventiva.

práticos para atuação


A adoção de tais providências deverá ser comprovada

Anexo II- Modelos


documentalmente ao Ministério Público, dentro do prazo de 15
(quinze) dias a partir do recebimento da presente recomendação.
A não observância dos ditames contidos na presente re-
comendação implicará adoção das providências administrativas e
judiciais aplicáveis à espécie.

Gabinete da 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Anápolis

Anápolis, ____ de __________ de 2010.

PROMOTOR DE JUSTIÇA

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RECOMENDAÇÃO MINISTERIAL

Recomendação n. _____/2010/Saúde

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, através


de seu representante legal, com fulcro no art. 129, VI, da Constituição
Federal e Leis n. 7.347/85, 8.625/93, 8.080/90, 8.078/90, 10.406/02 e
art. 47, inciso I, alínea “b”, II e § 7.º, da Lei Complementar n. 25/98,
bem como a Resolução Normativa n. 44 da Agência Nacional de
Saúde Complementar, vem à presença de V.S.ª expor o seguinte:

CONSIDERANDO que a Constituição Federal de 1988


conferiu à saúde pública no Brasil o status de direito fundamental,
previsto no Título II- Dos Direitos e Garantias Fundamentais- Capi-
tulo II - Dos Direitos Sociais (art. 6º da CF).
CONSIDERANDO que, inserida no rol dos direitos
sociais, a saúde recebeu destaque especial, porquanto suas
ações e serviços são considerados expressamente de “relevân-
cia pública”, por força do art. 197 da Carta Política.
CONSIDERANDO que, ipso facto, incumbiu o legisla-
dor constituinte ao Ministério Público, instituição permanente e
essencial à função jurisdicional do Estado, o dever de zelar
pelo efetivo respeito aos serviços de relevância pública (art.
129, II da CF).
CONSIDERANDO, pari passu, que a meta institucional
prioritária do Ministério Público do Estado de Goiás é “dar conti-
nuidade à fiscalização da efetiva municipalização dos serviços
de saúde, garantindo a todos o atendimento com qualidade, dig-
nidade e a tempo”.
CONSIDERANDO, nesse sentido, que uma das diretrizes
do Parquet Goiano é “cobrar do poder público a devida atenção à
área de saúde no município, de forma que os serviços sejam pres-
tados com eficiência e sem interrupção”.
CONSIDERANDO, ainda, que o artigo 7º, inciso II, da Lei
n. 8.080/90, in verbis, reza:

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Art. 7º. As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contra-


tados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são
desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constitui-
ção Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
[...]
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado
e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais
e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de comple-
xidade do sistema; (grifos nossos)

CONSIDERANDO reclamações realizadas no Ministério


Público referentes à realização de procedimentos cirúrgicos em
consultórios locados pelo Hospital Evangélico Goiano S/A a
profissionais médicos.
CONSIDERANDO que este nosocômio dispõe de centro
cirúrgico para realização desse tipo de procedimento.
CONSIDERANDO que a Vigilância Sanitária deve avaliar
os espaços físicos para a realização de alguns procedimentos e
autorizá-los via Alvará Sanitário.
R E C O M E N D A, a V. S.ª, que oriente os médicos do
corpo clínico deste hospital para não realizarem procedimentos
cirúrgicos em consultórios sem a devida autorização da Vigilância
Sanitária e aquiescência da Direção deste Hospital.
A adoção de tais providências deverá ser comprovada

práticos para atuação


documentalmente ao Ministério Público, dentro do prazo de 15

Anexo II- Modelos


(quinze) dias a partir do recebimento da presente recomendação.
A não observância dos ditames contidos na presente re-
comendação implicará adoção das providências administrativas e
judiciais aplicáveis à espécie.

Gabinete da 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Anápolis

Anápolis, ___ de _________ de ______.

PROMOTOR DE JUSTIÇA

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IV - TERMO DE RESPONSABILIDADE E AJUSTAMENTO DE CONDUTA


PERTINENTE AO REPASSE DE VERBAS FUNDO A FUNDO (EC. 29)

TERMO DE COMPROMISSO, RESPONSABILIDADE E


AJUSTAMENTO DE CONDUTA

Celebrado perante o Ministério Público do


Estado de Goiás – 9ª Promotoria de Justiça,
nos expressos termos do artigo 5º, § 6º, da Lei
Federal n. 7.347, de 24 de julho de 1985; Lei
Federal n. 8.080, de 19 de setembro de 1990.

Aos ___ dias do mês de ______ do ano de _____, a Prefei-


tura Municipal de ___________, neste ato representada pelo prefeito,
____________, a Secretaria Municipal de Saúde, representada pelo
Secretário Municipal de Saúde, _____________, acompanhado pelo
Diretor de Controle, Administração e Auditoria da Secretaria Munici-
pal de Saúde, ______________, a Procuradoria Geral do Município,
representada pelo Procurador Geral, _____________, e a Secretaria
da Fazenda, representada pela Secretária, a ________________,
doravante chamada de 1º Ajustante, CELEBRA com o representante
do Ministério Público do Estado de Goiás, representado pela 9ª
Promotoria de Justiça de Anápolis, o presente Termo de Compromisso,
Responsabilidade e Ajustamento de Conduta, com fundamento do
artigo 5º, § 6º, da Lei Federal n. 7.347, de 24 de julho de 1985.

Nota Introdutória 1 – Da Legitimidade do Ministério Público

Cabe ao Ministério Público, em cumprimento às suas fun-


ções institucionais preceituadas pela Constituição Federal, “zelar pelo
efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância
pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo

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as medidas necessárias a sua garantia” e “promover o inquérito civil


público e a ação civil pública para proteção do patrimônio público e
social, do meio ambiente, e de outros interesses difusos e coletivos”,
nos termos do art. 129, II e III da Constituição Federal c/c a Lei Federal
n. 8.080/90; e dentro dessa premissa poderá “tomar dos interessados
compromisso de ajustamento de conduta às exigências legais,
mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extra-ju-
dicial” nos termos dos arts. 1º, II, e 5º, § 6º da Lei Federal n. 7.347/85.

Nota 2 – Do Direito fundamental à saúde pública

CONSIDERANDO que a tutela da saúde como direito


social, arraigado ao Estado Democrático Social de Direito, em
nosso ordenamento Pátrio, já vem apresentando feições desde a
Constituição da República de 1934, sendo definitivamente incor-
porada, em consonância com o primado na Declaração Universal
dos Direitos Humanos de 1948, em seu art. 25:

Toda pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e a
sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao
vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços

práticos para atuação


sociais necessários; e tem direito a segurança no desemprego, na doença, na

Anexo II- Modelos


invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos e perda de meios de subsis-
tência por circunstâncias independentes da sua vontade.2

CONSIDERANDO que, no mesmo tom, o Pacto Interna-


cional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1966,
cuida do direito à saúde, prevendo em seu art. 12: “Os Estados-
partes no Presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa
de desfrutar o mais elevado nível de saúde física e mental”3.

2 Declaração proclamada pela Resolução n. 217 A da Assembléia Geral das Na-


ções Unidas, em 10 de dezembro de 1948, com adesão pelo Brasil.
3 Adotado pela Resolução n. 2.200-A da Assembléia Geral das Nações Unidas,

em 16 de novembro de 1966, e ratificado pelo Brasil em 24 de janeiro de 1922.

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CONSIDERANDO, ainda, que a Constituição Federal de


1988, em seu art. 1º, III, preceitua como um dos seus fundamentos
“a dignidade da pessoa humana” e enuncia no elenco dos direitos
e garantias fundamentais a “inviolabilidade do direito à vida” (art.
5º, caput) e, sequencialmente, proclama o rol dos direitos sociais,
neles incluindo a “saúde” (art.6º), cujos lineamentos constam de
outras disposições em título próprio.
Neste sentido, proclama o artigo 196 da Constituição:

A saúde é direito de todos e dever do Estado garantido mediante políticas


sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.

Em específico, no capítulo referente à família, a Consti-


tuição reforça a preocupação com a questão sanitária, em seu
art. 227, § 1º: “É dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade,
o direito à vida, à saúde [...]”.
CONSIDERANDO que a prestação de serviços de
Saúde Pública é explicitamente destacada como de relevância
nos termos do artigo 197 da Carta Política de 1988, verbis:

Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao


Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização
e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros
e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. (grifos nossos)

CONSIDERANDO as linhas gerais do Sistema Único de


Saúde compiladas no artigo 198, da carta Política de 1988:

Art. 198. As ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e


hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo coma as
seguintes diretrizes:
I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

CONSIDERANDO, por sua vez, a Constituição do Estado de


Goiás, que comanda:

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ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 147

Artigo 153. Ao sistema unificado e descentralizado de saúde, compete, além


de outras atribuições:
[...]
IX – Prestar assistência integral nas áreas médicas, odontológicas, fonoau-
diológica, farmacêutica, de enfermagem e psicológica aos usuários do sistema,
garantindo que sejam realizadas por profissionais habilitados. (grifos nossos)

CONSIDERANDO que o Supremo Tribunal Federal já deixou


assentado que existem normas definidoras de direitos e garantias fun-
damentais mesmo fora do elenco do artigo 5º da Constituição, inte-
ligência da ADIN n. 939-7, Pleno, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ
18/03/94 ( inconstitucionalidade da EC n. 3 ). Entre estes outros di-
reitos, de forma pacífica na doutrina, se encontram os direitos sociais
indicados e acima compilados, inseridos entre os direitos fundamen-
tais, chamados inclusive de direitos fundamentais sociais por alguns.
Tais direitos fundamentais sociais ensejam a exigibilidade de presta-
ções positivas do Estado consistente na atuação deste na efetiva en-
trega de um bem ou na satisfação de um interesse.
CONSIDERANDO que a extensa e firme normatização
constitucional e infraconstitucional sobre o direito à saúde, sua
proteção e garantias, exige efetiva implementação com instru-
mentos hábeis ao alcance dos seus fins.
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público, em
cumprimento às suas funções institucionais preceituadas pela

práticos para atuação


Constituição Federa, “zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Pú-

Anexo II- Modelos


blicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados
nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua ga-
rantia” e “promover o inquérito civil público e a ação civil pública
para proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente, e
de outros interesses difusos e coletivos”, nos termos do art. 129, II
e III da Constituição Federal c/c a Lei Federal n. 8.080/90; e dentro
dessa premissa poderá “tomar dos interessados compromisso de
ajustamento de conduta às exigências legais, mediante comina-
ções, que terá eficácia de título executivo extrajudicial” nos termos
dos arts. 1º, II, e 5º, § 6º da Lei Federal n. 7.347/85.
CONSIDERANDO que a obrigatoriedade dos Gestores
de Saúde, na esfera do Governo Municipal, em garantirem o finan-
ciamento da saúde, possui base constitucional, in verbis:

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Art. 30. Compete aos Municípios:


[...]
VII – prestar, com cooperação técnica e financeira da União e do Estado,
serviços de atendimento à saúde da população; (grifos nossos)

CONSIDERANDO que a Lei n. 8.142, de 28 de dezembro


de 1990, foi a que primeiro utilizou a expressão “contrapartida de
recursos municipais“ referindo-se à necessidade de que o Mu-
nicípio passasse também a financiar as ações de saúde. Se não,
vejamos:
Art. 4º. Para receberem os recursos, de que trata o art.
3.º desta lei4, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal de-
verão contar com:
[...]
VII – contrapartida de recursos para a saúde no respectivo
orçamento; [...] (grifos nossos)

CONSIDERANDO que a garantia do Direito à Saúde


prevista constitucionalmente ganhou efetivo implemento com
a promulgação da Emenda Constitucional 29, de 13 de setembro
de 2000. Por ela, a partir do ano de 2004, os Municípios deverão
reverter 15 % (quinze por cento) de um conjunto de Impostos
para o financiamento das ações de saúde em seu território.
Entretanto, em alguns municípios, como no município de Anápo-
lis, não está havendo a regularidade dos repasses, causando
transtornos e lesão ao direito dos cidadãos e a gravíssima
descontinuidade na dispensação dos serviços.
CONSIDERANDO que o atraso no repasse de verbas para
a saúde, além de uma violação aos direitos fundamentais, gera
consequências irreparáveis à crescente demanda populacional,
atualmente carecedora de assistência e integralidade na saúde.
CONSIDERANDO que nesta municipalidade, de forma
recorrente, ao longo dos anos, o atendimento médico e terapêu-
tico dos pacientes que procuram os órgãos do SUS tem se

4O Artigo 3.º da Lei 8.142/90 trata da alocação de recursos do Fundo Nacional de


Saúde em cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos
Municípios, Estados e Distrito Federal ( c/c Art. 2.º, IV ).

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tornado cada vez mais complexo, tendo em vista que a questão


do financiamento é de extrema gravidade, levando em conta a
plenitude das ações conferidas à administração.
CONSIDERANDO que esta Curadoria de Saúde tem
recebido diariamente pessoas que, em estado de hipossuficiência,
buscam no Ministério Público auxílio para que consigam receber
da Secretaria de Saúde local a realização de cirurgias, exames e,
principalmente, remédios de uso contínuo, imprescindíveis à sua
saúde e, na maioria dos casos, imprescindíveis à própria vida.
CONSIDERANDO o elevado número de Requisições Minis-
teriais encaminhadas à Secretária de Saúde de Anápolis para obten-
ção de exames diversos e remédios de uso continuado e a real
dificuldade no atendimento integral das mesmas, dado o notório
desequilíbrio no controle das contas da Administração Municipal.
CONSIDERANDO que este serviço de relevância
pública, na atual situação em que se encontra, não consegue
atender aos princípios constitucionais a que se destinam, princí-
pios estes de máxima efetividade, ou seja, operativos em relação
a todas e quaisquer normas constitucionais.
CONSIDERANDO a instauração do Procedimento Adminis-
trativo n. 06/06 que visa apurar o atraso no repasse de verbas des-
tinadas ao Fundo Municipal da Saúde, bem como a possibilidade de
ser efetivado o repasse automático das verbas destinadas à saúde.
CONSIDERANDO o manifesto interesse do Senhor

práticos para atuação


Secretário Municipal de Saúde e da Senhora Secretária Munici-

Anexo II- Modelos


pal da Fazenda no que concerne ao firmamento de Termo de
Compromisso, Responsabilidade e Ajustamento de Conduta,
com esta Curadoria de Saúde, a fim de se minimizar o problema
do financiamento público em saúde nesta municipalidade.
CONSIDERANDO que, segundo o levantamento feito pela
assessoria contábil da Administração Municipal de Anápolis, há uma
diferença de valores ainda não efetivamente repassados à saúde.
CONSIDERANDO a real necessidade de se estabelecer
cronograma de gestão dos serviços em saúde, de forma continuada
e com efetivo planejamento, o que seguramente torna-se possível
através do supra mencionado repasse de verbas, de maneira ime-
diata, em conformidade à progressiva recepção de tributos, os inte-
ressados resolvem ajustar suas condutas da seguinte forma:

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Nota 3 – Das Cláusulas

CLÁUSULA 1ª – Fica ajustado que a Administração Mu-


nicipal promoverá a transferência dos 15% (quinze por cento) dos
impostos que fazem a base de cálculo do financiamento das ações
em saúde pela municipalidade, nos termos da Emenda Constitu-
cional 29, para o Fundo Municipal de Saúde, de forma automática,
dentro do prazo máximo de sete dias, a contar da arrecadação
dos tributos nas contas-correntes do Município, devendo para
tanto estabelecer convênio com a gerência local do Banco Itaú,
Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Agências Lotéricas
responsáveis pela arrecadação de todos os tributos municipais.

CLÁUSULA 2ª – Os percentuais elucidados na cláusula


primeira do presente Termo de Ajustamento de Conduta serão re-
passados automaticamente, a contar da arrecadação dos impos-
tos nas contas-correntes do Município.

CLÁUSULA 3ª – Fica a cargo da administração municipal


a adoção de todas as medidas administrativas e operacionais ca-
pazes de garantir o repasse automático nos termos das cláusulas
anteriores.

CLÁUSULA 4ª – Fica ajustado que os valores ainda não


repassados, de acordo com o relatório contábil contido no presente
procedimento, deverão ser transferidos à Secretaria Municipal de
Saúde, em sua integralidade, até 22 de dezembro de 2008.

CLÁUSULA 5ª – Fica estipulada a multa de R$ 1.000,00


(hum mil reais) dia para o descumprimento de qualquer das obri-
gações assumidas pelos ajustantes, que, sendo imposta, será
destinada ao Fundo Municipal de Saúde.

CLÁUSULA 6ª – Fica eleito o Foro da Comarca de Aná-


polis - Goiás, para dirimir quaisquer dúvidas decorrentes deste
TERMO DE COMPROMISSO, RESPONSABILIDADE E AJUSTA-
MENTO DE CONDUTA, com renúncia de qualquer outro.

150
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E, para que tal compromisso possa surtir os seus jurídi-


cos e legais efeitos, foi lavrado o presente termo que, após lido
e achado conforme, vai devidamente assinado pelos Ajustantes
supramencionados, o qual foi digitado por mim
________________, assessor jurídico e secretário do Procedi-
mento Administrativo em epígrafe.

PREFEITO MUNICIPAL DE __________

SECRETÁRIA MUNICIPAL DA FAzENDA

PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE DIRETOR DE CONTROLE,


ADMINISTRAÇÃO E AUDITORIA DA SECRETARIA DE SAÚDE

práticos para atuação


PROMOTOR DE JUSTIÇA

Anexo II- Modelos

151
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V - TERMO DE RESPONSABILIDADE E AJUSTAMENTO DE CONDUTA


PERTINENTE AO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA (CON-
TRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM CARÁTER TEMPORÁRIO)

TERMO DE COMPROMISSO, RESPONSABILIDADE


E AJUSTAMENTO DE CONDUTA

Celebrado perante o Ministério Público do


Estado de Goiás – 9ª Promotoria de Justiça,
nos expressos termos do artigo 5º, § 6º, da Lei
Federal n. 7.347, de 24 de julho de 1985; Lei
Federal n. 8.080, de 19 de setembro de 1990.

Aos ___ dias do mês de ______ do ano de ________, a


PREFEITURA MUNICIPAL DE ANÁPOLIS, neste ato representada
pelo prefeito, ______________, e pela Procuradora Geral do
Município, _________________, Secretaria Municipal de Saúde,
representada pelo Secretário Municipal de Saúde, _____________,
acompanhado pelo Diretor de Planejamento, Regulação e Auditoria
da Secretaria Municipal de Saúde, _______________, doravante
chamada de Ajustante, CELEBRA, com o representante do Minis-
tério Público do Estado de Goiás, representado pela 9ª Promotoria
de Justiça de Anápolis, o presente Termo de Compromisso,
Responsabilidade e Ajustamento de Conduta, com fundamento do
artigo 5º, § 6º, da Lei Federal n. 7.347, de 24 de julho de 1985.

Nota Introdutória 1 – Da Legitimidade do Ministério Público

Cabe ao Ministério Público, em cumprimento às suas


funções institucionais preceituadas pela Constituição Federal,
“zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços
de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição,
promovendo as medidas necessárias a sua garantia” e “promover

152
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o inquérito civil público e a ação civil pública para proteção do


patrimônio público e social, do meio ambiente, e de outros
interesses difusos e coletivos”, nos termos do art. 129, II e III da
Constituição Federal c/c a Lei Federal 8.080/90; e dentro dessa
premissa poderá “tomar dos interessados compromisso de ajus-
tamento de conduta às exigências legais, mediante cominações,
que terá eficácia de título executivo extra-judicial” nos termos dos
arts. 1º, II, e 5º, § 6º da Lei Federal 7.347/85.

Nota 2 - Do Direito fundamental à saúde pública

CONSIDERANDO que a tutela da saúde como direito


social, arraigado ao Estado Democrático Social de Direito, em
nosso ordenamento Pátrio já vem apresentando feições desde a
Constituição da República de 1934, sendo definitivamente incor-
porada, em consonância com o primado na Declaração Universal
dos Direitos Humanos de 1948, em seu art. 25:

Toda pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e a
sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao
vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços

práticos para atuação


sociais necessários; e tem direito à segurança no desemprego, na doença,

Anexo II- Modelos


na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos e perda de meios de
subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.5

CONSIDERANDO que, no mesmo tom, o Pacto Interna-


cional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1966,
cuida do direito à saúde, prevendo, em seu art. 12: “Os Estados-
partes no Presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa
de desfrutar o mais elevado nível de saúde física e mental”6.

5 Declaração proclamada pela Resolução n. 217 A da Assembléia Geral das Na-


ções Unidas, em 10 de dezembro de1948, com adesão pelo Brasil.
6 Adotado pela Resolução n. 2.200-A da Assembléia Geral das Nações Unidas,

em 16 de novembro de 1966, e ratificado pelo Brasil em 24 de janeiro de 1922.

153
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CONSIDERANDO, ainda, que a Constituição Federal de


1988 em seu art. 1º, III, preceitua como um dos seus fundamentos
“a dignidade da pessoa humana” e enuncia no elenco dos direitos
e garantias fundamentais a “inviolabilidade do direito à vida” (art.
5º, caput), e, sequencialmente proclama o rol dos direitos sociais,
neles incluindo a “saúde” (art.6º), cujos lineamentos constam de
outras disposições em título próprio.
Nesse sentido, proclama o artigo 196 da Constituição:

A saúde é direito de todos e dever do Estado garantido mediante políticas


sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.

Em específico, no capítulo referente à família, a Consti-


tuição reforça a preocupação com a questão sanitária, em seu
art. 227, § 1º: “É dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade,
o direito à vida, à saúde [...]”.

CONSIDERANDO que a prestação de serviços de


Saúde Pública é explicitamente destacada como de relevância
nos termos do artigo 197 da Carta Política de 1988, verbis:

Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao


Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização
e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros
e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. (grifos nossos)

CONSIDERANDO as linhas gerais do Sistema Único de


Saúde, que estão compiladas no artigo 198, da carta Política de 1988:

Art. 198. As ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e


hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as
seguintes diretrizes:
I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo; [...]

CONSIDERANDO, por sua vez, que a Constituição do Estado

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de Goiás comanda:
Artigo 153. Ao sistema unificado e descentralizado de saúde, compete, além
de outras atribuições:
[...]
IX – Prestar assistência integral nas áreas médicas, odontológicas, fonoau-
diológica, farmacêutica, de enfermagem e psicológica aos usuários do sistema,
garantindo que sejam realizadas por profissionais habilitados. (grifos nossos)

CONSIDERANDO que o Supremo Tribunal Federal já


deixou assentado que existem normas definidoras de direitos e
garantias fundamentais mesmo fora do elenco do artigo 5º da
Constituição, inteligência da ADIN n. 939-7, Pleno, Rel. Min. Syd-
ney Sanches, DJ 18.03.94 ( inconstitucionalidade da EC n. 3 ).
Entre estes outros os direitos, de forma pacífica na doutrina, se
encontram os direitos sociais indicados e acima compilados,
inseridos entre os direitos fundamentais, chamados inclusive de
direitos fundamentais sociais por alguns. Tais direitos fundamen-
tais sociais ensejam a exigibilidade de prestações positivas do
Estado consistente na atuação deste na efetiva entrega de um
bem ou na satisfação de um interesse.
CONSIDERANDO que a extensa e firme normatização
constitucional e infraconstitucional sobre o direito à saúde, sua
proteção e garantias, exige efetiva implementação com instru-
mentos hábeis ao alcance dos seus fins.

práticos para atuação


CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público, em

Anexo II- Modelos


cumprimento às suas funções institucionais preceituadas pela
Constituição Federal, “zelar pelo efetivo respeito dos Poderes
Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegu-
rados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a
sua garantia” e “promover o inquérito civil público e a ação civil
pública para proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente, e de outros interesses difusos e coletivos”, nos termos
do art. 129, II e III da Constituição Federal c/c a Lei Federal
8.080/90; e dentro dessa premissa poderá “tomar dos interessados
compromisso de ajustamento de conduta às exigências legais, me-
diante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudi-
cial” nos termos dos arts. 1º, II, e 5º, § 6º da Lei Federal 7.347/85.
CONSIDERANDO que a saúde é um direito de todos e

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ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 156

dever do Estado, sendo irrelevante a alegação de ausência de


fonte de custeio, de previsão orçamentária e de prévio exauri-
mento da via administrativa, bem como inadmissível que tais pres-
supostos possam sobrepor-se aos mandamentos constitucionais.
CONSIDERANDO que as disposições constitucionais
rezam que a saúde pública é direito fundamental do homem e
dever da União, dos Estados-membros, do Distrito Federal e
Municípios, o que inclui, por razões lógicas, a realização de exa-
mes médicos a pessoas desprovidas de recursos financeiros
para a cura, controle ou atenuação de enfermidades.
CONSIDERANDO que esta Curadoria de Saúde vem
recebendo diversas reclamações quanto à ausência de profissio-
nais médicos no Hospital Municipal Jamel Cecílio do Município
de Anápolis, o que prejudica o atendimento da coletividade.
CONSIDERANDO que tem havido uma grande divulgação
nas redes de comunicação (escrita, falada e televisiva) quanto à
constante falta de médicos no Hospital Municipal de Anápolis, o que
confirma a consideração acima feita, em razão da referência
hospitalar, em diversas clínicas naquela unidade verificadas.
CONSIDERANDO que a escassez de mão de obra
técnica especializada para compor o corpo clínico do Hospital
Municipal Jamel Cecílio, necessário ao regular funcionamento do
nosocômio, não é apenas fato notório, mas também tem se
caracterizado como um nó crítico no atendimento ambulatorial,
assim como também noutras práticas de pequena e média
complexidades, que poderiam estar sendo desenvolvidas.
CONSIDERANDO que o Hospital Municipal é conside-
rado um centro de referência no atendimento em nosso Município
e em diversos Municípios circunvizinhos, tanto no atendimento
ambulatorial, quanto de algumas situações de emergência.
CONSIDERANDO que a continuidade do serviço dispo-
nibilizado no Hospital Municipal é imprescindível, principalmente
porque, com o passar do tempo, a demanda tem aumentado gra-
dativamente, a despeito da estrutura física e de pessoal não
terem se alterado.
CONSIDERANDO que outro fator de extrema relevância
é que tais ausências são mais frequentes e contínuas nos finais
de semana e em datas festivas.

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CONSIDERANDO que, em razão destas ausências, os


pacientes são orientados a procurarem outro hospital, sobrecar-
regando as demais unidades de Saúde de Anápolis.
CONSIDERANDO o aumento do número de casos de
dengue e a incidência dos casos da gripe H1N1 em Anápolis.
CONSIDERANDO o aumento populacional de nossa
cidade e o fechamento de estabelecimentos de saúde;
CONSIDERANDO o aumento do número de atendimen-
tos na atenção básica, que faz com que isso reflita nos atendi-
mentos de média complexidade.
CONSIDERANDO que Anápolis é município polo no aten-
dimento de urgência e emergência e que este atendimento gera
outros em unidades hospitalares pós-controle da urgência e emer-
gência, o que também sobrecarrega a rede de atendimento.
CONSIDERANDO que o referido Termo de Compro-
misso, Responsabilidade e Ajustamento de Conduta não visa
substituir o concurso público, mas apenas suprir tal necessidade
em caráter temporário.
CONSIDERANDO que, no que diz respeito aos venci-
mentos dos profissionais médicos, houve significativa melhora,
por parte da administração municipal, a fim de que o interesse de
tal categoria fosse incrementado, o que de fato não aconteceu.
CONSIDERANDO que, no caso em tela, há o preenchi-
mento dos requisitos indispensáveis à contratação emergencial

práticos para atuação


e com critérios diferenciados, baseados na excepcionalidade das

Anexo II- Modelos


circunstâncias, que não têm sido superadas em razão da espe-
cificidade do serviço e de suas condições.
CONSIDERANDO que tal contratação com tais critérios di-
ferenciados será um meio efetivo para o afastamento não apenas
da falta de profissionais, como também do evitamento de riscos se-
veros aos usuários do sistema, que invariavelmente tem sido
desatendidos ou submetidos a constrangimentos indesejáveis.
CONSIDERANDO a efetiva preocupação com a manu-
tenção da saúde coletiva, que imprescindivelmente necessita ser
preservada no nosocômio em comento, uma vez que a ausência
de atendimentos poderá comprometer a saúde de todos os que
em tais condições de hipossuficiência se encontram.
CONSIDERANDO a inegável verificação da emergen-

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ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 158

cialidade, da séria preocupação administrativa em se encaminhar


positiva e o mais rapidamente a questão, de uma forma organi-
zada, planejada e suficiente para que não haja descontinuidade
na prestação de serviço marcado por importante essencialidade.
CONSIDERANDO a imperiosa necessidade de suprimir,
em caráter emergencial, as lacunas existentes no corpo clínico do
Hospital Municipal Jamel Cecílio.
RESOLVEM formalizar o presente TERMO DE
COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTAS, me-
diante as seguintes cláusulas:

Nota 3 - Das Cláusulas:

CLÁUSULA 1ª – A Ajustante compromete-se a realizar


a contratação de 30 (trinta) profissionais médicos, para presta-
ção de serviços em regime de plantão (12 ou 24 horas), no Hos-
pital Municipal Jamel Cecílio e no CAIS Jardim Progresso, nas
seguintes especialidades: Clínica Geral, Cirurgia Geral, Pediatria
e Ortopedia.

CLÁUSULA 2ª – A Ajustante compromete-se a efetuar o


pagamento dos profissionais médicos, mensalmente, da seguinte
forma: Plantão de 12 horas no valor de R$450,00 (quatrocentos
e cinquenta reais), Plantão de 24 horas no valor de R$900,00
(novecentos reais), podendo o serviço ser prestado em dias
alternados durante o mês.

OBSERVAÇÕES: Para os profissionais médicos prestadores de serviços,


em regime de plantão de 12 ou 24 horas, já contratados (efetivos e cre-
denciados), ou que vierem a ser contratados mediante o pactuado neste
instrumento, será aplicado o disposto a seguir:

1. Adoção do sistema de gratificação por desempenho:


1.1. Pagamento do valor básico de R$450,00 para cada 12 horas de plantão,
ou R$ 900,00 para cada 24 horas de plantão;

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1.2. Pagamento de gratificação por desempenho no valor de R$ 5,00 para cada


atendimento/consulta efetivamente realizado (respeitados os critérios estabe-
lecidos no item 2);
1.3. Estabelecimento de critérios objetivos e subjetivos de qualidade do atendi-
mento, considerando os aspectos técnico-científico e de satisfação do usuário;
1.4. Avaliação periódica bimestral do desempenho individual de cada prestador
de serviço e/ou servidor público municipal.
2. Adoção do sistema de avaliação do comportamento funcional:
2.1. Implantação do sistema de ponto eletrônico digital;
2.2. A gratificação por desempenho prevista no item 1.2 deve ser precedida da
obrigatoriedade do cumprimento da carga horária pré-estabelecida, havendo
uma tolerância máxima de 30 minutos para o horário de entrada no serviço;
2.3. Caso o prestador de serviço e servidor público municipal não cumpra as
metas quanto à assiduidade e pontualidade, deixará de receber a gratificação
pelo desempenho prevista no item 1.2;
2.4. Caso o prestador de serviço ou servidor público municipal não cumpra as
metas quanto à assiduidade e pontualidade, será penalizado com o corte de
ponto proporcional ao tempo não trabalhado.

CLÁUSULA 3ª – A ajustante compromete-se a contratar


estes profissionais por intermédio de Processo Seletivo Simplifi-
cado, por um período máximo de 18 meses, até que se realize o
Concurso Público.

práticos para atuação


CLÁUSULA 4ª – Fica estipulada a multa de R$ 1.000,00

Anexo II- Modelos


(hum mil reais) dia para o descumprimento de qualquer das
obrigações assumidas, que, sendo imposta, será destinada ao
Fundo Municipal de Saúde.

CLÁUSULA 5ª – Fica eleito o Foro da Comarca de Anápolis


- Goiás, para dirimir quaisquer dúvidas decorrentes deste TERMO DE
COMPROMISSO, RESPONSABILIDADE E AJUSTAMENTO DE
CONDUTA, com renúncia de qualquer outro.

E, para que tal compromisso possa surtir os seus jurídi-


cos e legais efeitos, foi lavrado o presente termo que, após lido
e achado conforme, vai devidamente assinado pelos Ajustantes
supramencionados, o qual foi digitado por mim (Rafael Rocha

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ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 160

dos Reis)____________, assessor jurídico e secretário do


Procedimento Administrativo em epígrafe.

PREFEITO MUNICIPAL DE _________

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE

DIRETOR DE CONTROLE, ADMINISTRAÇÃO E


AUDITORIA DA SECRETARIA DE SAÚDE

PROCURADORA GERAL DO MUNICÍPIO DE ___________

PROMOTOR DE JUSTIÇA

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VI - TERMO DE RESPONSABILIDADE E AJUSTAMENTO DE CONDUTA


PERTINENTE À QUESTÃO DOS PORTADORES DE DIABETES

TERMO DE COMPROMISSO, RESPONSABILIDADE


E AJUSTAMENTO DE CONDUTA

Celebrado perante o Ministério Público


do Estado de Goiás – 9ª Promotoria de
Justiça, nos expressos termos do
artigo 5º, § 6º, da Lei Federal n. 7.347,
de 24 de julho de 1985; Lei Federal n.
8.080, de 19 de setembro de 1990.

Aos _______ dias do mês de ______ do ano de


_____________, a SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, neste
ato representada pelo Secretário Municipal de Saúde,
______________, acompanhado pelo Diretor Administrativo,
__________, doravante chamada de 1ª Ajustante, a ASSOCIAÇÃO
DOS DIABÉTICOS DE ANÁPOLIS - ADA, representada por sua
presidente, _______________, e pela classe médica de endocri-
nologistas, __________,__________, __________ e __________,
doravante denominados de 2º Ajustante, compareceram perante

práticos para atuação


esta Promotoria de Justiça para CELEBRAR , com o representante

Anexo II- Modelos


do Ministério Público do Estado de Goiás, representado pela 9ª Pro-
motoria de Justiça de Anápolis, o presente TERMO DE COMPRO-
MISSO, RESPONSABILIDADE E AJUSTAMENTO DE CONDUTA,
com fundamento no artigo 5º, § 6º, da Lei Federal n. 7.347, de 24
de julho de 1985 e a Lei Federal n. 8.080, de 19 de setembro de
1990, em conformidade às seguintes deliberações:

Nota Introdutória 1 – Da Legitimidade do Ministério Público

Cabe ao MINISTÉRIO PÚBLICO, em cumprimento à sua


função institucional preceituada pela Constituição Federal, “promover

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o inquérito civil público e a ação civil pública, para proteção do


patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interes-
ses difusos e coletivos”, nos termos do art. 129, III, da Constituição
Federal; e, dentro desta premissa, poderá “tomar dos interessados
compromisso de ajustamento de conduta às exigências legais,
mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extraju-
dicial”, nos termos dos arts. 1º, II, e 5º, § 6º, da Lei Federal 7.347/85.

Nota introdutória 2

CONSIDERANDO que a Constituição Federal de 1988


conferiu à saúde pública no Brasil o status de direito fundamental,
previsto no Título II- Dos Direitos e Garantias Fundamentais- Capi-
tulo II - Dos Direitos Sociais (art. 6º da CF).
CONSIDERANDO que, inserida no rol dos direitos sociais,
a saúde recebeu destaque especial, porquanto suas ações e servi-
ços são considerados expressamente de “relevância pública”, por
força do art. 197 da Carta Política.
CONSIDERANDO que, ipso facto, incumbiu o legislador cons-
tituinte ao Ministério Público, instituição permanente e essencial à função
jurisdicional do Estado, o dever de zelar pelo efetivo respeito aos serviços
de relevância pública (art. 129, II da CF).
CONSIDERANDO, pari passu, que a meta institucional
prioritária do Ministério Público do Estado de Goiás é “dar conti-
nuidade à fiscalização da efetiva municipalização dos serviços
de saúde, garantindo a todos o atendimento com qualidade,
dignidade e a tempo”.
CONSIDERANDO, nesse sentido, que uma das diretrizes
do Parquet Goiano é “cobrar do poder público a devida atenção à
área de saúde no município, de forma que os serviços sejam pres-
tados com eficiência e sem interrupção”.
CONSIDERANDO, ademais, o que preconiza a Carta da
República, em seu artigo 196, que assevera, ipsis litteris: “A
saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário

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às ações e serviços para sua promoção, proteção e recupera-


ção” (grifos nossos).
CONSIDERANDO que o direito à saúde – “além de quali-
ficar-se como direito fundamental que assiste a todas as pessoas –
representa conseqüência constitucional indissociável do direito à
vida. O Poder Público, qualquer que seja a esfera institucional de
sua atuação no plano da organização federativa, não pode mostrar-
se indiferente ao problema da saúde da população, sob pena de
incidir, ainda que por censurável omissão, em grave comportamento
inconstitucional“ (Recurso Extraordinário 271.286 – RS, STF, Relator
Ministro Celso de Mello).
CONSIDERANDO que o diabetes mellitus é uma doença
crônica, caracterizada pelo comprometimento do metabolismo da
glicose, cujo controle glicêmico inadequado resulta no apareci-
mento das graves complicações que reduzem a expectativa de vida
e comprometem a qualidade de vida do portador desta doença.
CONSIDERANDO que as intervenções terapêuticas do
diabetes visam ao rigoroso controle da glicemia e de outras
condições clínicas no sentido de prevenir ou retardar a progres-
são da doença para as complicações crônicas micro e macrovas-
culares, assim como evitar complicações agudas, em especial a
cetoacidose e o estado hiperglicêmico hiperosmolar. Essas inter-
venções objetivam minimizar os efeitos adversos do tratamento,
garantir adesão do paciente às medidas terapêuticas e garantir

práticos para atuação


o bem-estar do paciente e de sua família.

Anexo II- Modelos


CONSIDERANDO que o programa de cuidado integral
ao diabetes mellitus, desempenhado pela Secretaria Municipal,
deve ter como prioridades estratégicas: a prevenção primária da
doença com ações sobre os fatores de risco, a detecção precoce,
o tratamento adequado que permita modificar a evolução da
doença, previnir as complicações e melhorar a qualidade de vida
dos portadores.
CONSIDERANDO que a abordagem terapêutica deve
ser multiprofissional, incluindo a assistência farmacêutica, o
monitoramento da glicemia e outros parâmetros clínicos, plane-
jamento da atividade física e orientação nutricional, a participação
do paciente e seu envolvimento constante e harmonioso com a
equipe de saúde é fundamental para que as recomendações

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sejam seguidas e o tratamento efetivo.


CONSIDERANDO que o tratamento atual consiste: na
aplicação diária de insulina, sejam elas Glargina, Lenta, Lispro,
Ultra Lenta, Detemir, Aspart, NPH, Regular ou outras análogas,
de ação ultra rápida ou lenta (dependendo da indicação médica),
associada ao automonitoramento da glicemia capilar (tiras rea-
gentes), e da medição da Hemoglobina Glicada (A1c).
CONSIDERANDO que o respectivo tratamento é impres-
cindível ao controle e sobrevivência dos pacientes com diabetes,
além de fornecer informações fundamentais e complementares
para um tratamento adequado.
CONSIDERANDO que esta Curadoria de Saúde vem re-
cebendo diversas reclamações quanto à negligência no atendi-
mento destes pacientes, em especial no tocante à irregularidade
e intermitência na distribuição dos medicamentos necessários.
CONSIDERANDO que a justificativa da Secretaria local
baseia-se no elevado número de pacientes assistidos pelo res-
pectivo programa e no expressivo valor econômico gasto.
CONSIDERANDO a suspeita de utilização indevida dos
medicamentos entregues aos pacientes assistidos pelo pro-
grama, que também são responsáveis pelo sucesso ou não deste
tipo de política pública.
CONSIDERANDO a imperiosa necessidade de criação
de protocolos técnicos para a dispensação de insulinas especiais
e de tiras reagentes para garantir uma distribuição justa, iguali-
tária, eficaz e racionalizada às reais necessidades médicas, além
de estabelecer mecanismos de acompanhamento de uso e de
avaliação de resultados.
RESOLVEM formalizar o presente TERMO DE COM-
PROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTAS, mediante as
seguintes cláusulas:

Nota 3 – Das Cláusulas

CLÁUSULA 1ª – O presente compromisso visa estabe-


lecer as condições técnicas e estruturais de funcionamento do

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programa de dispensação de medicamentos aos diabéticos da


cidade de Anápolis.

CLÁUSULA 2ª – A Secretaria Municipal de Saúde compro-


mete-se a fornecer, aos usuários diabéticos residentes no município
e devidamente aprovados pelos critérios de inclusão do programa,
as tiras reagentes para medição de glicemia e insulinas especiais,
na quantidade indicada pelo médico e de forma ininterrupta.

CLÁUSULA 3ª – Para efeito de dispensação de insulinas


especiais, tais como Glargina, Lenta, Lispro, Ultra Lenta, Dete-
mir, Aspart ou outras análogas, de ação ultrarrápida ou lenta e
de fitas reagentes, os usuários deverão preencher os critérios
de inclusão para dispensação própria destes medicamentos
(conforme protocolo anexo).

CLÁUSULA 4ª – O não cumprimento das condições es-


tabelecidas na cláusula anterior, a partir de avaliações médicas,
desobrigará a 1ª Ajustante do seu fornecimento. O tratamento,
neste caso, implicará uso de insulinas comuns (NPH e/ou REGU-
LAR) do programa do Ministério da Saúde, sendo os exames gli-
cêmicos capilares realizados nas respectivas unidades de saúde.

Parágrafo Único. A primeira ajustante obriga-se a implementar pro-

práticos para atuação


grama permanente de educação continuada dos profissionais da área

Anexo II- Modelos


de saúde envolvidos no atendimento supra citado.

CLÁUSULA 5ª – A dispensação das tiras reagentes e das


insulinas especiais ocorrerá entre os dias 1º e 10º de cada mês
na Unidade de Saúde Jundiaí, podendo, progressivamente,
serem implantadas em outras unidades.

CLÁUSULA 6ª – Caso haja mudança dos medicamentos


prescritos ou alteração na dosagem terapêutica, o usuário deverá
apresentar as novas prescrições junto à Secretaria Municipal de
Saúde, que procederá com a atualização cadastral do paciente,
obedecendo às condições da cláusula 3ª.

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CLÁUSULA 7ª – É dever de cada paciente assistido


apresentar, a cada trimestre, os seguintes exames complemen-
tares: Hemoglobina Glicada, relatório de glicemias capilares rea-
lizadas, Clearance de Creatinina, Proteinúria de 24 ou 12 horas
(ambas anualmente), e, a cada semestre, o exame de fundo de
olho, ou anualmente, a critério médico.

PARÁGRAFO 1º - Os respectivos exames deverão ser juntados ao


cadastro de cada paciente, para análise da evolução do tratamento.
PARÁGRAFO 2º - As exigências contidas na cláusula 7ª consistem
em um trabalho de verificação da eficácia do tratamento instituído e
da prevenção das complicações, promovendo melhoria das condi-
ções e da qualidade de vida dos diabéticos.
PARÁGRAFO 3º - A inobservância das respectivas condições, bem
como a não evolução dos tratamentos, devidamente atestadas pelo
médico assistente, acarretará exclusão do paciente do programa de
dispensação de insulinas especiais.

CLÁUSULA 8ª – A exclusão de que trata o parágrafo 3º


da cláusula 7ª é específica à dispensação de insulinas especiais
(Glargina, Lenta, Lispro, Ultra Lenta, Detemir, Aspart ou outras
análogas, de ação ultra rápida ou lenta), não alcançando os de-
mais medicamentos incluídos na rede pública para o tratamento
do diabetes.

CLÁUSULA 9ª – Fica estipulada a multa de R$ 1.000,00


(hum mil reais) por dia para o descumprimento de qualquer das obri-
gações assumidas pelos ajustantes, que, sendo imposta, será desti-
nada ao Fundo Municipal de Saúde.

CLÁUSULA 10ª – Fica eleito o Foro da Comarca de Aná-


polis - Goiás, para dirimir quaisquer dúvidas decorrentes deste
TERMO DE COMPROMISSO, RESPONSABILIDADE E AJUS-
TAMENTO DE CONDUTA, com renúncia de qualquer outro.

E, para que tal compromisso possa surtir os seus jurídi-


cos e legais efeitos, foi lavrado o presente termo que, após lido
e achado conforme, vai devidamente assinado pelos Ajustantes

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supramencionados, o qual foi digitado por mim,


________________, assessor jurídico e secretário do Procedi-
mento Administrativo em epígrafe.

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE

DIRETOR ADMINISTRATIVO DA SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE

MÉDICO

MÉDICO

MÉDICO

MÉDICA

práticos para atuação


Anexo II- Modelos
PRESIDENTE DA ADA

PROMOTOR DE JUSTIÇA

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VII - TERMO DE RESPONSABILIDADE E AJUSTAMENTO DE CONDUTA


PERTINENTE À DISPENSAÇÃO DE INSUMOS ESPECIAIS

TERMO DE COMPROMISSO, RESPONSABILIDADE


E AJUSTAMENTO DE CONDUTA

Celebrado perante o Ministério Público


do Estado de Goiás – 9ª Promotoria de
Justiça, nos expressos termos do
artigo 5º, § 6º, da Lei Federal n. 7.347,
de 24 de julho de 1985; Lei Federal n.
8.080, de 19 de setembro de 1990.

Aos ____dias do mês de ______ do ano de __________,


a PREFEITURA MUNICIPAL DE ___________, neste ato repre-
sentada pelo prefeito, ___________, a Secretaria Municipal de
Saúde, representada pelo Secretário Municipal de Saúde,
________________, acompanhado pelo Diretor de Planeja-
mento, Regulação e Auditoria da Secretaria Municipal de Saúde,
____________________, doravante chamada de Ajustante, CE-
LEBRA, com o representante do Ministério Público do Estado de
Goiás, representado pela 9ª Promotoria de Justiça de Anápolis,
o presente Termo de Compromisso, Responsabilidade e Ajusta-
mento de Conduta, com fundamento do artigo 5º, § 6º, da Lei
Federal n. 7.347, de 24 de julho de 1985.

Nota Introdutória 1 – Da Legitimidade do Ministério Público

Cabe ao Ministério Público, em cumprimento às suas


funções institucionais preceituadas pela Constituição Federal,
“zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços
de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constitui-
ção, promovendo as medidas necessárias a sua garantia” e “pro-
mover o inquérito civil público e a ação civil pública para proteção

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do patrimônio público e social, do meio ambiente, e de outros in-


teresses difusos e coletivos”, nos termos do art. 129, II e III da
Constituição Federal c/c a Lei Federal n. 8.080/90; e dentro dessa
premissa poderá “tomar dos interessados compromisso de ajus-
tamento de conduta às exigências legais, mediante cominações,
que terá eficácia de título executivo extra-judicial” nos termos dos
arts. 1º, II, e 5º, § 6º da Lei Federal n. 7.347/85.

Nota 2 – Do Direito fundamental à saúde pública

CONSIDERANDO que a tutela da saúde como direito


social, arraigado ao Estado Democrático Social de Direito, em
nosso ordenamento Pátrio já vem apresentando feições desde a
Constituição da República de 1934, sendo definitivamente incor-
porada, em consonância com o primado na Declaração Universal
dos Direitos Humanos de 1948, em seu art. 25:

Toda pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e a
sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao
vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços
sociais necessários; e tem direito a segurança no desemprego, na doença,
na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos e perda de meios de

práticos para atuação


subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.7

Anexo II- Modelos


CONSIDERANDO que, no mesmo tom, o Pacto Interna-
cional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1966;
cuida do direito à saúde, prevendo em seu art. 12: “Os Estados-
partes no Presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa
de desfrutar o mais elevado nível de saúde física e mental”8.
CONSIDERANDO ainda que a Constituição Federal de
1988, em seu art. 1º, III, preceitua como um dos seus fundamentos

7 Declaração proclamada pela Resolução n. 217 A da Assembléia Geral das Na-


ções Unidas, em 10 de dezembro de 1948, com adesão pelo Brasil.
8 Adotado pela Resolução n. 2.200-A da Assembléia Geral das Nações Unidas,

em 16 de novembro de 1966, e ratificado pelo Brasil em 24 de janeiro de 1922.

169
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“a dignidade da pessoa humana” e enuncia no elenco dos direitos


e garantias fundamentais a “inviolabilidade do direito à vida” (art.
5º, caput) e, sequencialmente, proclama o rol dos direitos sociais,
neles incluindo a “saúde” (art.6º), cujos lineamentos constam de
outras disposições em título próprio.
Neste sentido, proclama o artigo 196 da Constituição:

A saúde é direito de todos e dever do Estado garantido mediante políticas


sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.

Em específico, no capítulo referente à família, a Consti-


tuição reforça a preocupação com a questão sanitária, em seu
art. 227, § 1º: “É dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade,
o direito à vida, à saúde [...]”.
CONSIDERANDO que a prestação de serviços de Saúde
Pública é explicitamente destacada como de relevância nos termos
do artigo 197 da Carta Política de 1988, verbis:

Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo


ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fisca-
lização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de
terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. (grifos
nossos)

CONSIDERANDO as linhas gerais do Sistema Único de


Saúde, que estão compiladas no artigo 198, da carta Política de 1988:

Art. 198. As ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hie-
rarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo como as se-
guintes diretrizes:
I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo; [...]

CONSIDERANDO, por sua vez, que a Constituição do


Estado de Goiás comanda:

170
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Artigo 153. Ao sistema unificado e descentralizado de saúde, compete, além


de outras atribuições:
[...]
IX – Prestar assistência integral nas áreas médicas, odontológicas, fonoau-
diológica, farmacêutica, de enfermagem e psicológica aos usuários do sistema,
garantindo que sejam realizadas por profissionais habilitados. (grifos nossos)

CONSIDERANDO que o Supremo Tribunal Federal já


deixou assentado que existem normas definidoras de direitos e
garantias fundamentais mesmo fora do elenco do artigo 5º da
Constituição, inteligência da ADIN n. 939-7, Pleno, Rel. Min. Sydney
Sanches, DJ 18/03/94 ( inconstitucionalidade da EC n.º 3 ). Entre
estes outros os direitos, de forma pacífica na doutrina, se encon-
tram os direitos sociais indicados e acima compilados, inseridos
entre os direitos fundamentais, chamados inclusive de direitos
fundamentais sociais por alguns. Tais direitos fundamentais
sociais ensejam a exigibilidade de prestações positivas do
Estado consistente na atuação deste na efetiva entrega de um
bem ou na satisfação de um interesse.
CONSIDERANDO que a extensa e firme normatização
constitucional e infraconstitucional sobre o direito à saúde, sua
proteção e garantias, exige efetiva implementação com instru-
mentos hábeis ao alcance dos seus fins.
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público, em

práticos para atuação


cumprimento às suas funções institucionais preceituadas pela

Anexo II- Modelos


Constituição Federal, “zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Pú-
blicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegura-
dos nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a
sua garantia” e “promover o inquérito civil público e a ação civil pú-
blica para proteção do patrimônio público e social, do meio am-
biente, e de outros interesses difusos e coletivos”, nos termos do
art. 129, II e III da Constituição Federal c/c a Lei Federal 8.080/90;
e dentro dessa premissa poderá “tomar dos interessados compro-
misso de ajustamento de conduta às exigências legais, mediante
cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial” nos
termos dos arts. 1º, II, e 5º, § 6º da Lei Federal 7.347/85.
CONSIDERANDO a obrigação Constitucional da Secre-
tária Municipal, enquanto gestora em saúde, em fornecer, de

171
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forma contínua, satisfatória e a tempo, os medicamentos e insu-


mos necessários à manutenção da saúde de seus munícipes e
daqueles municípios com os quais possua pactuação.
CONSIDERANDO o elevado número de pacientes
cadastrados na Secretaria Municipal de Saúde que fazem uso
contínuo de leites especiais, mas que não os recebem, notada-
mente, por questões burocráticas nos processos de licitação
destinados a tais aquisições, que, mesmo sendo lícitos, dentro
do sistema de ponderação de valores não podem se sobrepor à
preservação da dignidade humana, direito à saúde e, consequen-
temente, à manutenção da vida.
CONSIDERANDO a efetiva preocupação na manuten-
ção da saúde dos pacientes que imprescindivelmente necessitam
ser assistidos, uma vez que a interrupção abrupta e injustificada
de atendimentos e da dispensação de suas terapias medicamen-
tosas poderão comprometer a saúde de todos os que em tais
condições de hipossuficiência se encontram.
CONSIDERANDO a inegável verificação da emergen-
cialidade, da séria preocupação administrativa em se encaminhar
positiva e o mais rapidamente a questão, de uma forma organi-
zada, planejada e suficiente para que não haja descontinuidade
na prestação de serviço marcado por importante essencialidade.
RESOLVEM formalizar o presente TERMO DE COMPRO-
MISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTAS, mediante as seguin-
tes cláusulas:

Nota 3 – Das Cláusulas

CLÁUSULA 1ª – A Ajustante compromete-se a realizar


o levantamento de todos os pacientes já cadastrados na Dire-
toria de Planejamento, Regulação e Auditoria até abril de 2010,
para promover a dispensação dos leites especiais, conforme
tabela anexa.

CLÁUSULA 2ª – Compromete-se, portanto, a adquirir


todas as espécies de leites especiais para atendimento dos

172
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 173

pacientes identificados, como também de uma perspectiva de


demanda, segundo as condições da cláusula primeira, com
reserva técnica suficiente para evitar a descontinuidade na
dispensação até 31 de dezembro de 2010.

CLÁUSULA 3ª – O prazo para aquisição dos leites espe-


ciais, incluindo-se os de reserva técnica, será obrigatoriamente
até o dia 31 de abril de 2010, data em que deverá ser entregue
ao Ministério Público comprovação documental do cumprimento
do ora avençado.

CLÁUSULA 4ª – Para garantia dos princípios da eficiên-


cia, impessoalidade, legalidade, moralidade e publicidade, esta-
belecidos no artigo 37 da Constituição Federal, deverão ser
realizadas no mínimo três tomadas de preços para aquisição dos
insumos contidos no presente termo, ressalvada a exclusividade
de comercialização, como também a obediência a critério cientí-
fico devidamente comprovado, relacionado à eficácia do medi-
camento ou insumo.

CLÁUSULA 5ª – Fica estipulada a multa de R$ 1.000,00


(hum mil reais) dia para o descumprimento de qualquer das
obrigações assumidas, que sendo imposta, será destinada ao
Fundo Municipal de Saúde.

práticos para atuação


Anexo II- Modelos
CLÁUSULA 6ª – Fica eleito o Foro da Comarca de Anápolis
- Goiás, para dirimir quaisquer dúvidas decorrentes deste
TERMO DE COMPROMISSO, RESPONSABILIDADE E AJUS-
TAMENTO DE CONDUTA, com renúncia de qualquer outro.

E, para que tal compromisso possa surtir os seus jurídi-


cos e legais efeitos, foi lavrado o presente termo que, após lido
e achado conforme, vai devidamente assinado pelos Ajustantes
supramencionados, o qual foi digitado por mim,
________________, assessor jurídico e secretário do Procedi-
mento Administrativo em epígrafe.

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PREFEITO MUNICIPAL DE ANÁPOLIS

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE

DIRETOR DE PLANEJAMENTO, REGULAÇÃO E


AUDITORIA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

PROMOTOR DE JUSTIÇA

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VIII - AÇÃO CIVIL PÚBLICA RELATIVA ÀS CIRURGIAS CARDÍACAS

Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara da Fazenda Pública Municipal da


Comarca de Anápolis/GO

AUTOS N.

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, por


seu órgão que a esta subscreve, vem, respeitosamente, perante
Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 127 e 129, III, da
Constituição da República Federativa do Brasil/88, art. 25, IV, “a”,
da Lei n. 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público), art.
6º, da Lei n. 7.853/89; Lei n. 7.347/85; Lei n. 8.080/90, Lei n.
8.078/90, art. 46, VI, “a”, da Lei Complementar Estadual n. 25, de
06 de julho de 1998, propor a presente AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA
O CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO
DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, em face da:

1) HOSPITAL ____________, pessoa jurídica de direito


privado, representado pelo Sr._________, inscrita no CNPJ n.
____________, com sede à _______________ – Anápolis-GO.
2) COOPERATIVA DOS CIRURGIÕES CARDIOVAS-

práticos para atuação


CULARES DE GOIÁS – COPACCARDIO, pessoa jurídica de di-

Anexo II- Modelos


reito privado, representada por seu Presidente, _________,
localizada na ___________________.
3) Sr. _______, médico cardiovascular, CPF n. ______CRM
– ______, o qual pode ser encontrado no estabelecimento médico
acima mencionado.
4) Sr. _________________, médico cardiovascular,
CPF n. ____________, CRM – ________, o qual pode ser en-
contrado no estabelecimento médico acima mencionado.
5) O MUNICÍPIO DE ___________, representando pelo
prefeito, Sr. _____________ e pelo Secretário Municipal de
Saúde, Sr. ___________.

175
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I. DA LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DOS


DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS ACERCA DA PROTEÇÃO À SAÚDE
COMO DIREITO SOCIAL

A Constituição Federal, em seu artigo 127, diz, litteratim:


O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis. (grifo nosso)

Por sua vez, comanda o inciso II, do artigo 129, desta


Carta Magna, que assegura ao Ministério Público: “zelar pelo
efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevân-
cia pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promo-
vendo as medidas necessárias a sua garantia” (grifos nossos).
No mesmo tom, a Lei n. 8.625, de 12 de fevereiro de
1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público dos Estados),
no seu art. 25, inciso IV, “a”, comanda, in verbis:

Art. 25. Além das funções previstas nas Constituições Federal e Estadual, na
Lei Orgânica e em outras leis, incumbe, ainda, ao Ministério Público:
[...]
IV - promover o inquérito civil e a ação civil pública, na forma da lei:
a) para a proteção, prevenção e reparação dos danos causados ao meio
ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico, e a outros interesses difusos, coletivos
e individuais indisponíveis e homogêneos; [...] (grifos nossos)

A Lei Complementar n. 025, de 06 de julho de 1998 (Lei


Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás), impõe a esta
Instituição, pelo Promotor de Justiça, no seu art. 58, inciso I:

Art. 58. Além das atribuições previstas na Constituição Federal, na Constituição


Estadual, na Lei Orgânica Nacional do Ministério Público e em outras leis, com-
pete aos Promotores de Justiça:
[...]
XV – atuar como substituto processual, na defesa dos interesses indivi-
duais e sociais indisponíveis, bem como aos hipossuficientes nos casos
previstos em lei (como neste caso).

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ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 177

Nos Termos do Convênio anterior celebrado pelos Ministérios


Públicos Estaduais e Ministério da Saúde, representados, respecti-
vamente, pelos Procuradores Gerais de Justiça dos Estados e pelo
Ministro da Saúde, Dr. José Serra, restou fixada, entre outras, a
incumbência do Ministério Público de:

[...] Acompanhamento sistemático das ações relativas à saúde pública


no País, no sentido de defender os preceitos constitucionais do Sistema
Único de Saúde (SUS) e a legislação ordinária em vigor, visando à sua
efetiva implementação.

Com pertinência, Hugo Nigro Mazzilli, na sua obra Regime


Jurídico do Ministério Público (Editora Saraiva, 3. ed., 1996, p. 226,
227, 229 e 230), faz a seguinte síntese:

É função institucional do Ministério Público zelar pelo efetivo respeito:


[...]
b) dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos
assegurados na Constituição relativa às ações e aos serviços de saúde [...]
Como instrumento de atuação para obter essas finalidades, a Lei Comple-
mentar n. 075/93 prevê o [...], ou outras ações, [...]

Dentro dessa função, fundado na LONMP e na LOMPJ,


poderá o Órgão do Ministério Público, entre outras providências

práticos para atuação


e na respectiva área de atuação funcional: “[...] g) propor as

Anexo II- Modelos


ações judiciais necessárias.”.
Também cabe ao Ministério Público defender os interes-
ses individuais homogêneos indisponíveis, desde que isto con-
venha de alguma forma à coletividade como um todo.
A propósito da atuação do Ministério Público em defesa
de interesses individuais homogêneos, vale invocar a Súmula
n. 07, do CSMP/SP, que encampa/ratifica tal tese: “o Ministério
Público está legitimado à defesa de interesses individuais
homogêneos que tenham expressão para a coletividade, como:
a) os que digam respeito à saúde [...]”.
Fundamentando esta Súmula,

a legitimação que o Código de Defesa do Consumidor confere ao Minis-

177
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 178

tério Público para a defesa de interesses individuais homogêneos há de


ser vista dentro da destinação institucional do Ministério Público, que sem-
pre deve agir em defesa de interesses indisponíveis ou de interesses que,
pela sua natureza ou abrangência, atinjam a sociedade como um todo.9

Ex positis, em síntese, é de se concluir que: a) A saúde


é um dos direitos das pessoas expresso na Carta Magna brasi-
leira, é direito individual indisponível e homogêneo; b) É serviço
de relevância pública; c) Do Estado (via SUS) é o dever de pro-
mover, proteger e recuperar a saúde do paciente; d) Direito
líquido e certo do impetrante, mormente porque, postergado,
repercute veementemente na sociedade como um todo.
Nesse caso, como a cargo desta Instituição está a efetiva im-
plementação do Sistema Único de Saúde, verificando-se lesão a direito
individual homogêneo por ato de omissão, há de se concluir que ca-
racteriza quantum satis a presente substituição processual extraordi-
nária, mormente pela expressão social que o meritum causae reflete.
Como tem sido pacífico o entendimento do E. Tribunal
de Justiça do Estado de Goiás, como no caso ora exemplificado,
tendo como relator o Desembargador Felipe Batista Cordeiro:

Razão assiste, pois ao recorrente em sua insurgência, haja vista que é


indiscutível a legitimidade do órgão do Ministério Público para substituir
processualmente Wesdra Barbosa Rosa, menor, doente mental, hipossufi-
ciente, na ação de Mandado de Segurança, como forma de preservar o direito
indisponível do substituído quando não recebeu o tratamento do Poder Público,
posto que a saúde é um bem cuja tutela está afeta ao Estado. (grifos nossos)

E diz mais:

De fato, o art. 129, II, da Constituição Federal autoriza ao Ministério


Público a adoção de medidas destinadas a compelir o Poder Público
ao cumprimento dos direitos assegurados na Constituição, dentre os
quais, a prestação de serviços de saúde aos que deles necessitam, ex vi
dos arts. 196, da Constituição Federal e 153, IX, da Constituição Estadual.
(grifos nossos)

9 Disponível em: wwws.mpsp.gov.br:8080/conselho/conselho.htm.

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ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 179

Considerando a extensão da gravidade do problema


pertinente à cidadania e, mais especificamente, a defesa do di-
reito à vida em suas mais significativas repercussões, nova-
mente, para este ano de 2010, é meta institucional prioritária do
Ministério Público do Estado de Goiás fiscalizar a correta apli-
cação dos recursos da saúde e exigir o cumprimento dos com-
promissos firmados pelos gestores do Sistema Único de Saúde,
no pacto pela saúde, que na realidade significa dar continuidade
à fiscalização efetiva dos serviços de saúde, garantindo a todos
o atendimento com qualidade, dignidade e a tempo.
Assim, uma das diretrizes do Parquet Goiano é cobrar do
Poder Público a devida atenção à área de saúde no município, de
forma que os serviços sejam prestados com eficiência e sem in-
terrupção, ou do Estado, quando a questão for de sua atribuição.
Arrematando a questão, vale transcrever a menção de
Hugo Nigro Mazzilli, em sua obra O Acesso à Justiça e o Minis-
tério Público (Editora Saraiva, 3. ed., 1998, São Paulo, p. 10-11):

O Ministério Público tanto provoca a prestação jurisdicional como órgão do


Estado, destinado a fazer valer normas indisponíveis de ordem pública,
como também a provoca quando auxilia um particular ou substitui sua
iniciativa, no zelo de interesses indisponíveis do indivíduo, ou zelo de
interesses de grande abrangência social. (grifos nossos)

práticos para atuação


Em síntese, temos pessoas hipossuficientes, care-

Anexo II- Modelos


cendo de proteção a um direito individual indisponível, cuja não
satisfação importa repercussão substancial no sentido coletivo.

II. DOS FATOS

Desde dezembro de 2009 tem havido uma grande divul-


gação nas redes de comunicação (escrita, falada e televisiva),
quanto à paralisação dos médicos cirurgiões cardiovasculares con-
veniados ao Sistema único de Saúde.
Ocorre que, em 21 de janeiro de 2010, a Cooperativa dos
Cirurgiões Cardiovasculares de Goiás encaminhou um expediente

179
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à Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis, contendo uma reco-


mendação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardíaca – SBCCV,
no sentido da necessidade da adequação da tabela da Classifica-
ção Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM),
5. ed., sob pena de descredenciamento do SUS-Anápolis/GO.
Cumpre ressaltar que tal expediente também foi enca-
minhado ao Município de Goiânia contendo o mesmo teor.
Os profissionais médicos acima nominados integram o qua-
dro clínico na realização de cirurgias cardiovasculares no Hospital
Evangélico Goiano, conveniado ao Sistema Único de Saúde, por
meio da Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis.
Neste diapasão, no dia 04 de abril de 2010, os médicos
cirurgiões cardiovasculares requeridos solicitaram o seu
“descredenciamento” do Sistema Único de Saúde.
A motivação deste suposto descredenciamento assenta-se
na falta de atendimento à reivindicação de ordem financeira, feita
pela Cooperativa dos Cirurgiões Cardiovasculares de Goiás –
COPACCARDIO, também ré. Pretendem obter reajuste da tabela
do SUS, relativa aos procedimentos na área de cardiologia de
alta complexidade, trazendo como valor mínimo aquele estabe-
lecido pela CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos), acrescido de 20%.
Ademais, com o desiderato precípuo de buscar uma
composição amigável, foram realizadas reuniões neste
Órgão Ministerial que, entretanto, restaram-se infrutíferas.
Neste tom, na última reunião realizada, o Secretário
Municipal de Saúde comprometeu-se a encaminhar nova
proposta de pagamento, a qual, após encaminhada, foi refutada
pela COPACCARDIO.
Ademais, insta ainda informar que, do ponto de vista mé-
dico, os problemas desta magnitude são, em sua grande maioria,
de natureza grave, e necessitam de um rápido e efetivo trata-
mento, sob pena de prejuízos significativos à vida dos pacientes.
Esta Curadoria de Saúde passou a receber reclamações
quanto à negligência no atendimento de pacientes, em especial
no tocante à ausência de um serviço especializado público na
cidade, bem como a diversos atendimentos que são encaminhados,
agendados, e, contudo, podem demorar meses para que alguma

180
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providência seja tomada. Isso é inaceitável, tendo em vista os


sérios agravos que podem advir aos pacientes que não venham
a ser atendidos prontamente.
A cada dia que passa, vem se observando que o aten-
dimento na rede pública municipal, no tocante às ações de
saúde de alta complexidade, fica mais precário, acentuando-se
mais ainda a necessidade de uma intervenção do Poder Judi-
ciário, com o fito de garantir o acesso aos cidadãos a este rele-
vante tipo de procedimento.
Percebe-se que não há, por parte do Poder Público
Municipal, a indisposição quanto ao atendimento das reivindica-
ções dos profissionais, desde que sejam compatíveis com seu
limite orçamentário, exatamente para que não houvesse solução
de continuidade no tratamento dos pacientes no caso em co-
mento, normalmente pertencentes à comunidade mais carente.
Em resumo, a desassistência em Anápolis, em razão
do descredenciamento, pode ser TOTAL neste tipo de serviço,
haja vista que os médicos nominados e nosocômio são os úni-
cos cadastrados junto ao SUS para o atendimento de alta e
média complexidades em cirurgias cardiovasculares.
Ademais, a situação dos cidadãos que estão na fila de es-
pera é dramática. Tal fato, por si, já agrava, sobremaneira, o estado
físico e emocional daqueles que precisam urgentemente da reali-
zação do ato cirúrgico, ainda mais associado à absoluta incerteza

práticos para atuação


e insegurança causada pelo “descredenciamento” dos profissionais

Anexo II- Modelos


médicos arrolados na primeira página da presente peça vestibular.
Dessa forma, exauridas as tentativas administrativas
para resolução da questão, não restando outro meio para se
efetivar a assistência médica acima descrita, vem este Órgão
Ministerial buscar a almejada e necessária tutela jurisdicional
coletiva de direitos indisponíveis a todos que do SUS necessi-
tarem, especialmente aos nominados abaixo, enquanto o Mu-
nicípio busca estruturar-se para sair das “amarras” da rede
conveniada, onde encontra-se como “refém”. É fato que deverá
o Município aparelhar nosocômios já existentes ou criar unida-
des próprias de alta complexidade cardiovascular para não so-
frer descontinuidade no serviço essencial como ora
experimenta, mas, até que isso ocorra, o cidadão não pode ficar

181
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desassistido.
A) DO DIREITO

A Constituição Federal, em seu artigo 129, inciso II, confere


ao Ministério Público a tarefa institucional de zelar pelo efetivo res-
peito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública
aos direitos por ela assegurados.
O Ministério Público tem um dever irrenunciável e im-
postergável de defesa da sociedade, cabendo-lhe exigir dos Po-
deres Públicos e dos que agem em atividades essenciais o
efetivo respeito aos direitos constitucionalmente assegurados
na prestação dos serviços relevantes e essenciais.
A Carta Magna consagra, em seu art.1º, inciso III, que
a República Federativa do Brasil constitui-se em um Estado De-
mocrático de Direito, o qual tem como princípio fundamental a
dignidade da pessoa humana.
Corolários desse princípio são o direito à vida e o direito
à saúde, os quais devem ser assegurados a todos os cidadãos.
Para atingir esse objetivo, no entanto, o Estado, por meio da ad-
ministração pública, deve agir na mais estrita observância dos
princípios da legalidade, moralidade e eficiência.
O artigo 196, da Constituição Federal dispõe que:

A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas


sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua
promoção, proteção e recuperação.

Os serviços públicos de saúde devem ser prestados de


forma adequada, eficiente, satisfatória, digna, igualitária, inte-
gral e contínua a todos os interessados, de modo a proporcionar
universalidade de acesso em todos os níveis de assistência.
Consoante os fatos anteriormente descritos, de-
preende-se ser desesperadora a situação em que se encontram
os pacientes cardiopatas usuários do SUS. Aumenta a angústia
daqueles que necessitam de cirurgias cardiovasculares, espe-
cialmente com a “greve” dos cirurgiões cardíacos da rede pri-

182
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vada e paralisação dos atendimentos, ante a situação de imi-


nente risco de morte em que vivem.
Na presente hipótese, o hospital da rede privada presta
serviços próprios da administração pública direta, por ser em-
presa privada prestadora de serviços de saúde, contratados
pelo Sistema Único de Saúde. Os entes da inciativa privada que
prestam esses serviços em colaboração com o poder público
são considerados agentes públicos em sentido amplo.
A Constituição de 1988, na Seção II, no capítulo con-
cernente à Administração Pública, emprega a expressão “Ser-
vidores Públicos Civis” para designar as pessoas que prestam
serviços, com vínculo empregatício, à Administração Pública di-
reta, autarquias e fundações públicas. É o que se infere dos dis-
positivos contidos nessa seção.
No entanto, a Seção I, que contém disposições gerais
concernentes à Administração Pública, contempla normas que
abrangem todas as pessoas que prestam serviços à Administração
Pública direta, indireta e fundacional, o que inclui não só as autar-
quias e fundações públicas, como também as empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações de direito privado.
Além disso, em outros capítulos existem preceitos apli-
cáveis a outras pessoas que exercem função pública, havendo,
ainda, pessoas que exerçem função pública sem vínculo em-
pregatício com o Estado.

práticos para atuação


Nesta última categoria entram as pessoas físicas que

Anexo II- Modelos


prestam serviços ao Estado, sem vínculo empregatício, com ou
sem remuneração, hipótese dos cirurgiões cardíacos que pres-
tam serviços ao SUS, em face de contrato/convênio existente
com hospitais da rede privada para a execução de atividade
própria do gestor público municipal de saúde, ou seja, gerir e
executar os serviços públicos de saúde.
De acordo com Maria Silvia Zanella di Pietro, autora de
Direito Administrativo (12. ed., São Paulo: editora Atlas, 2000,
p. 417), ao discorrer sobre agentes públicos particulares em co-
laboração com o poder público:

Nesta categoria entram as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado,


sem vínculo empregatício, com ou sem remuneração. Podem fazê-lo sob tí-

183
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 184

tulos diversos, que compreendem:


1. delegação do poder público, como se dá com os empregados das empre-
sas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, os que exercem
serviços notariais e de registro (art. 236 da Constituição), os leiloeiros, tra-
dutores e interpretes públicos; eles exercem função pública, em seu próprio
nome, sem vínculo empregatício, porém sob fiscalização do poder público.
A remuneração que recebem não é paga pelos cofres públicos mas pelos
terceiros usuários do serviço;
2. mediante requisição, nomeação e designação para o exercício de funções
públicas relevantes; é o que se dá com os jurados, os convocados para a
prestação de serviço militar ou eleitoral, os comissários de menores, os in-
tegrantes de comissões, grupos de trabalho, etc... também não têm vínculo
empregatício e, em geral, não recebem remuneração;
3. como gestores de negócio que, espontaneamente, assumem determinada fun-
ção pública em momento de emergência, como epidemia, incêndio, enchente, etc.

A Lei 8.429/92, que dispõe sobre as sanções aplicáveis


aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito na Ad-
ministração Pública, firmou o conceito que bem mostra a abran-
gência do que vem a ser agente público:

Art. 2º. Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomea-
ção, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, man-
dato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

Assim, considerando que o artigo anterior faz referência


a todos os agentes da União, Estados, Distrito Federal e Muni-
cípios, bem como a qualquer dos poderes dessas pessoas fe-
derativas, não é difícil constatar a amplitude da noção de
agentes públicos. Resta clara, pois, a qualidade de agentes pú-
blicos dos hospitais e médicos conveniados ao SUS.
Cumpre esclarecer que a Carta Federal de 1988 estabe-
leceu a responsabilidade objetiva do Estado, na medida em que
dispõe que “as pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviço público responderão pelos danos
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, asse-
gurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de

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dolo e culpa” (art. 37, §6º).


Assim, as pessoas jurídicas de direito privado prestado-
ras de serviço público respondem de forma objetiva pelos danos
que seus agentes causarem a terceiros, de acordo com o pre-
ceito constitucional supracitado. Consequentemente, as institui-
ções privadas que participem de forma complementar do Sistema
Único de Saúde respondem objetivamente em caso de prejuízo
aos usuários do serviço, na medida em que se aplica a sistemá-
tica da Carta Magna e do Código de Defesa do Consumidor, art.
14, caput c/c o art. 22.
Por certo, a atividade da livre iniciativa na assistência à
saúde não pode ser desempenhada como qualquer atividade em-
presarial. Como vimos, os serviços de assistência à saúde sub-
metem-se à fiscalização estatal por imposição constitucional e sob
fundamento do princípio-garantia da relevância pública.
No presente caso, é patente a responsabilidade do hos-
pital ora requerido, diante dos transtornos causados aos usuá-
rios do SUS em razão do não atendimento aos pacientes
cardiopatas. Nas demais especialidades, continuam prestando
os serviços sem qualquer intercorrência.
Ora, os hospitais da rede privada são contratados pelos
Municípios para prestarem atendimento à saúde de forma com-
plementar pelo Sistema Único de Saúde, devendo fazê-lo de
forma eficaz e adequada. Sendo assim, diante do descredencia-

práticos para atuação


mento do SUS e paralisação do atendimento pelos cirurgiões car-

Anexo II- Modelos


diovasculares, esses hospitais têm o dever de garantir a
continuidade do serviço, seja por meio da contratação de novos
profissionais, também filiados ao SUS, seja por qualquer outro
meio, sem causar prejuízos aos usuários.
A saúde é um serviço essencial, não podendo ser inter-
rompido sob qualquer pretexto. Os serviços essenciais são aque-
les de vital importância para a sociedade, pois afetam diretamente
o mínimo existencial de cada ser humano, compreendendo: a
saúde, a liberdade ou a vida da população, tendo em vista a natu-
reza dos interesses a cuja satisfação a prestação se endereça. Ver
artigo 2º e 3º da Lei Orgânica da Saúde – Lei Federal 8.080/90.
Isto ocorre porque, por serem atividades essenciais,
estão sujeitos ao princípio da continuidade do serviço público,

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de modo que não se permite a sua paralisação total, haja vista


que podem ocorrer danos irreversíveis a toda a coletividade,
fato este que não é tolerado pelo ordenamento jurídico pátrio,
o qual prevê, inclusive, sanções em caso de não atendimento.
O Código de Ética Médica, já em vigor, de 24 de setembro
de 2009, regulado pela Resolução n. 1.931/2009, do Conselho
Federal de Medicina, disciplina os deveres dos médicos, in verbis:

Capítulo I – Princípios Fundamentais


[...]
VI - O médico guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará sempre
em seu benefício. Jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofri-
mento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e
acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade.
VII - O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado
a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem
não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso
de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à
saúde do paciente.
IX - A Medicina não pode, em nenhuma circunstância ou forma, ser exercida
como comércio.
XIV - O médico empenhar-se-á em melhorar os padrões dos serviços médicos
e em assumir sua responsabilidade em relação à saúde pública, à educação
sanitária e à legislação referente à saúde.

Outrossim, apresenta as vedações aos médicos:

Capítulo III – Responsabilidade Profissional


Art. 1º. Causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como
imperícia, imprudência ou negligência.
[...]
Art. 7º. Deixar de atender em setores de urgência e emergência, quando for
de sua obrigação fazê-lo, expondo a risco a vida de pacientes, mesmo
respaldado por decisão majoritária da categoria.

Como se vê, a conduta dos médicos requeridos afronta


o próprio Código de Ética Médica e o princípios da continuidade
dos serviços públicos já que, ao prestarem o serviço de saúde,

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assumem a qualidade de agentes públicos.


Além disso, o “descredenciamento” desses médicos de
forma repentina, e em conluio com a Cooperativa dos Cirurgiões
Cardiovasculares de Goiás – COPACCARDIO, constitui mani-
festo abuso de direito, vedado pelo art. 187, do Código Civil:
“Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu
fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”.
Em nome de reivindicações da categoria, não podem os
médicos e a cooperativa requerida cessarem o atendimento pelo
SUS em detrimento dos direitos dos cidadãos à vida, à saúde e
à dignidade, bens estes mais valiosos do que interesses mera-
mente econômicos de uma determinada categoria. Para verem
atendidas as suas reivindicações, esses profissionais dispõem
de outros meios, que não o descredenciamento em massa do
Sistema Único de Saúde.
E não se diga que a simples continuidade do atendi-
mento nos casos de urgência e emergência confere legalidade
ao ato. E como ficam os pacientes cardiopatas eletivos? Certa-
mente terão agravos na saúde, caminhando inexoravelmente
para a emergência e Urgência, se não forem a óbito enquanto
se discute o óbvio: Direito de 2ª geração prestacional imposto ao
estado de garantir a vida digna daqueles que buscam atenção
junto ao SUS. Segundo informação prestada pela Secretaria Mu-

práticos para atuação


nicipal de Saúde, esses usuários estão sendo encaminhados a

Anexo II- Modelos


Brasília para obterem atendimento.
É sabido que os pacientes cardiopatas não podem ficar
sujeitos a constantes deslocamentos, tampouco em filas de
espera de atendimento, sob o risco de não sobreviverem.
É o caso da paciente ________________, 74 anos de
idade, com 03 cateterismos, 03 angioplastias em 6 meses e,
atualmente, com angina instável. A usuária precisa ser submetida
a cirurgia em hospital especializado, em caráter de urgência.
Na mesma situação se encontra __________________,
66 anos de idade, com Síndrome Bradi-taqui, com pausa e
taquiventicular. O paciente necessita de cuidados cardiovascu-
lares e corre iminente risco de morte, caso não obtenha atendi-
mento adequado e a tempo pelos médicos da especialidade.

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Conclui-se, pois, que, ante a conduta omissiva do hos-


pital credenciado e profissionais médicos prestadores de servi-
ços ao Sistema Único de Saúde em cumprir o seu mister,
compete ao Poder Judiciário a cessação dessa situação de imi-
nente risco de lesão irreparável desses direitos assegurados
constitucionalmente aos pacientes que necessitam de cirurgias
cardíacas. Os principais riscos, como já mencionado, relacio-
nam-se com a morte iminente ou riscos de danos irreversíveis
à saúde, tais como o infarto, acidentes vasculares cerebrais ou
sequelas (tromboses) decorrentes de moléstias cardiovasculares.
Infere-se, a partir de toda a situação exposta, que a
“desfiliação” dos médicos cirurgiões cardiovasculares que pres-
tam serviços no hospital requerido credenciados ao SUS na
média e alta complexidades cardiológicas afetam não um
paciente isolado ou um grupo determinado de pacientes, mas
toda a população destinatária potencial do serviço.
A população é titular do interesse transindividual à
prestação adequada, satisfatória e eficaz dos serviços públicos
essenciais, tendo os prestadores de serviço o dever de executá-los.
É inconcebível, dessa forma, que estabelecimentos pri-
vados de saúde e médicos prestadores de serviços de saúde de
forma complementar ao SUS, prejudiquem um direito perten-
cente a toda a coletividade, ignorando e descumprindo todo um
ordenamento jurídico, omitindo-se em seu dever de prestar ser-
viço de saúde – dito de relevância pública – de forma eficiente e
segura face a reivindicações de ordem econômica.
Ademais, os critérios e valores para remuneração de ser-
viços e os parâmetros de cobertura assistencial não dependem
exclusivamente do gestor público municipal ou estadual. São
estabelecidos pela direção nacional do SUS, aprovados previa-
mente pelo Conselho Nacional de Saúde, conforme dispõe o art.
26, da Lei 8.080/90, repassados ao Município com vistas à cele-
bração de contratos e convênios com estabelecimentos de saúde
de iniciativa privada para a sua execução.
Não estamos, aqui, eximindo os poderes públicos muni-
cipal e estadual de suas responsabilidades. Em verdade, a Secre-
taria Municipal de Saúde e Estadual deveriam dispor de um centro
de atendimento especializado apto a realizar os procedimentos de

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média e alta complexidades cardiológicas, enquanto a rede pri-


vada conveniada ao Sistema Único de Saúde atuaria de forma
complementar. Dos autos, extraí-se que ocorre o inverso nesta
especialidade médica, seja no âmbito Municipal ou Estadual.
Não se pode alegar que faltam recursos para a imple-
mentação deste projeto. Sabemos que, havendo planejamento, a
médio e a longo prazo, é possível a criação de tal centro de aten-
dimento, bem como a efetiva melhoria dos serviços públicos de
saúde ou, então, que se atenda à reivindicação dos “terceiriza-
dos”, preparando-se para o efeito “cascata” nas demais especia-
lidades médicas.
Entrando na seara dos valores reivindicados pelos cirur-
giões cardiovasculares, apenas para efeito de argumentação, não
é demais ressaltar que o Ministério Público Federal ajuizou inúme-
ras Ações Civis Públicas com vistas a declarar a nulidade da Re-
solução CFM 1.673/03, sob a fundamentação de que o Conselho
Federal de Medicina não possui competência para expedição do
ato normativo e que a adoção da CBHPM ensejaria em grave
infração da ordem econômica, porquanto manifestamente preju-
dicial à livre concorrência, implicando, outrossim, abusiva domina-
ção do relevante mercado de serviços médicos.
O Parquet Federal da Bahia ajuizou a ACP
2004.33.00.013832-9 com pedido de medida liminar, a qual foi
deferida. O Parquet Federal do Espírito Santo ajuizou a ACP

práticos para atuação


2005.50.01.005245-2. Em sede de apelação, a sentença de 1º grau

Anexo II- Modelos


foi confirmada, ou seja, a nulidade da Resolução CFM 1.673/03.
Portanto, o ato normativo exarado pela Resolução n.
1.673/03, que estabelece a utilização compulsória da Classifica-
ção Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos –
CBHPM, foi declarado nulo pelo Poder Judiciário, tendo em vista
a falta de legitimidade do Conselho Federal de Medicina para
expedição do ato normativo e a incontestável lesão à ordem
econômica e à livre concorrência. Ilegal, pois, a reivindicação
da COPACCARDIO.
Do exposto, cumpre ao Poder Judiciário, de forma
urgente e imperiosa, em defesa dos direitos fundamentais e serviços
essenciais previstos pela Constituição Federal (vida, dignidade da
pessoa humana, saúde) garantir a continuidade na execução dos

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serviços prestados pelos estabelecimentos privados conveniados


com o SUS citados.
Entre proteger a inviolabilidade do direito à vida que se
qualifica como direito subjetivo inalienável assegurado pela pró-
pria Constituição da República (art. 5º, caput), ou fazer prevale-
cer, contra essa prerrogativa fundamental, um interesse
financeiro e secundário dos estabelecimentos de saúde privados
e seus profissionais médicos, entendemos que razões de ordem
ético-jurídica impõem ao julgador uma só e possível ação: o
respeito indeclinável à vida.
Assim, ressalte-se, os preceitos constitucionais ligados
à saúde – direito social conforme o art. 6º da Constituição - não
são meras normas programáticas, não significam meras promessas
de atuação estatal. Tem, por outro lado, eficácia imediata.
Segundo José Afonso da Silva, os direitos sociais, como dimensão
dos direitos fundamentais do homem, são prestações positivas
do Estado, enunciadas na Carta Magna e que possibilitam
melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem
a realizar a equiparação das situações sociais desiguais. A saúde
encontra-se em tal contexto.

B) DO PEDIDO LIMINAR

A tutela liminar urge e impera, já que o provimento da


pretensão a final poderá ser inócuo para prevenir os danos cau-
sados ao público e à própria saúde pública, uma vez que a
população está exposta aos riscos de morte e dano irreversível
à saúde, caso permaneça a paralisação das cirurgias de média
e alta complexidade em cardiologia na rede credenciada ao SUS
do Município de Anápolis. Relevante é o fundamento da lide, pois
presentes estão o fumus boni juris e o periculum in mora, nos
termos do artigo 12, da Lei n. 7.347/85, e do artigo 461, parágrafo
3º do Código de Processo Civil.
Presente está a fumaça do bom direito, que significa a
mera plausibilidade de um direito. Dessa forma e, conforme já foi

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exaustivamente ressaltado, a prestação do serviço de saúde é


de relevância pública, e por isto os requeridos devem fazê-lo de
modo apropriado aos usuários. A obrigação da prestação ade-
quada desse serviço essencial é princípio que deve ser cumprido
plenamente para satisfazer à demanda. O perigo da demora tam-
bém está suficientemente ressaltado nesta petição inicial.
Existe justificado receio de ineficácia do provimento final,
razão pela qual é preciso que seja concedida medida liminar, a fim
de que seja determinada aos requeridos a continuidade do atendi-
mento dos pacientes cardiopatas, bem como que os atendimentos
de urgência e emergência sejam submetidos à Diretoria de Regu-
lação, Avaliação e Controle da Secretaria Municipal de Saúde.

V. DO PEDIDO

Em face do anteriormente exposto, o Ministério Público requer:

1º) a citação do estabelecimento, HOSPITAL


________________ e COOPERATIVA DOS CIRURGIÕES
CARDIOVASCULARES DE GOIÁS - COPACCARDIO, nas pes-
soas de seus representantes legais, nos endereços supracita-
dos, além dos cirurgiões cardiovasculares:

práticos para atuação


_____________________ e ______________________, pres-

Anexo II- Modelos


tadores de serviços ao SUS no mencionado hospital, com en-
dereço profissional nesse estabelecimento de saúde, a fim de
que contestem os pedidos, no prazo legal, sob pena de suportar
os efeitos da revelia (art. 319 do CPC), conforme o disposto no
artigo 285, última parte, do Código de Processo Civil;
2º) seja determinada a citação do MUNICÍPIO DE ANÁ-
POLIS, na pessoa de seus representantes legais;
3º) seja notificado o ESTADO DE GOIÁS, regulador dos
pacientes oriundos de outros municípios para atendimento em
Anápolis, na pessoa do seu Procurador Geral do Estado, em
seu gabinete, situado na PGE, Praça Pedro Ludovico Teixeira,
n. 26, Centro, Goiânia-GO, CEP 74.003-010, para, caso queira,
exercitar a faculdade prevista no art. 5º § 2º, da Lei 7.347/85,

191
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ou art. 6º, parágrafo 3º, da Lei n. 4.717/65;


4º) A concessão de medida liminar, a fim de que seja de-
terminada aos requeridos a continuidade do atendimento dos pa-
cientes cardiopatas, bem como a realização dos procedimentos
cirúrgicos de urgência e emergência, uma vez previamente sub-
metidos à Diretoria de Regulação, Avaliação e Controle da Secre-
taria Municipal de Saúde e/ou Estado, sob pena de pagamento
de multa diária no valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais) diário;
5º) Ao final, requer a procedência dos pedidos insertos
na presente ação civil pública, condenando-se os requeridos,
além do pagamento das custas e demais despesas proces-
suais, à obrigação de fazer conforme a seguir:
a) Seja determinado ao Hospital _________________,
por meio de seu representante, o fornecimento da prestação
adequada, contínua, ininterrupta, eficiente e segura dos serviços
de saúde, em cumprimento ao contrato firmado junto à Secreta-
ria Municipal de Saúde de Anápolis enquanto vigente, sob pena
de pagamento de multa diária no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais) por cada paciente ao qual tenha negado o atendimento;
b) Seja determinada aos médicos cirurgiões,
__________________ e _____________________, a realiza-
ção dos procedimentos de média e alta complexidade nos
casos de urgência e emergência enquanto integrantes do corpo
clínico da unidade conveniadas acima, sob pena de pagamento
de multa, por cada paciente recusado, no valor de R$ 5.000,00
(cinco mil reais);
c) Seja determinado ao Município de Anápolis, via Se-
cretaria Municipal de Saúde, que adote, de maneira imediata e
planejada, providências próprias, no sentido de credenciar os
nosocômios já existentes na rede ou criar unidades próprias de
alta complexidade cardiovasculares, para não sofrer desconti-
nuidade no serviço essencial como ora se experimenta, envi-
dando, ainda, esforços para credenciamento de outros
profissionais.

Por fim, as intimações do Ministério Público, por inter-


médio da 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Anápolis, de-
verão ser realizadas pessoalmente, na forma da lei.

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ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 193

Requer a oportunização de produção de todas as pro-


vas admitidas em Direito, especialmente no depoimento pes-
soal dos réus, outrossim: juntada de novos documentos, oitivas
de testemunhas, realização de perícias e inspeções judiciais,
caso se façam necessárias.
A dispensa do pagamento de custas, emolumentos e
outros encargos, desde logo, em face do previsto no artigo 18
da Lei n. 7.347/85 e do art. 87 da Lei n. 8.078/90;
Pede-se o benefício legal da inversão do ônus da prova
em prejuízo dos réus, quanto à matéria fática a ser debatida;

Nestes termos,
Pede deferimento.

Anápolis, 22 de abril de 2010.

PROMOTOR DE JUSTIÇA

práticos para atuação


Anexo II- Modelos

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IX - MANDADOS DE SEGURANÇA INDIVIDUAIS

EXMO. SR. DR. JUIz DA VARA DA FAzENDA PÚBLICA MUNICIPAL,


REGISTROS PÚBLICOS E AMBIENTAL DA COMARCA DE ANÁPOLIS - GO

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, por


seu Promotor de Justiça, subscritor, em substituição processual a
_______________________, brasileira, menor impúbere, nascida
aos 18 de abril de 2009, filha de ___________________ e
________________, residente e domiciliada a
_______________________, Anápolis-GO, como autorizado pelos
textos do artigo 127 (última parte) e artigo 129, II (última parte),
ambos da Constituição da República, vem respeitosamente a pre-
sença de Vossa Excelência IMPETRAR MANDADO DE SEGU-
RANÇA COM PEDIDO IN LIMINE, colimado de autoridade coatora
– o Senhor Secretário Municipal de Saúde (Gestor do Sistema
Único de Saúde - SUS), tudo consoante as arguições seguintes:

I - DA SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL

A Constituição Federal, em seu artigo 127, diz, littera-


tim: “O Ministério Público é instituição permanente, essencial à
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da
ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais
e individuais indisponíveis” (grifos nossos).
Por sua vez, comanda o inciso II, do artigo 129, desta
Carta Magna, que assegura ao Ministério Público: “Zelar pelo
efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevân-
cia pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promo-
vendo as medidas necessárias a sua garantia” (grifos nossos).
No mesmo tom, a Lei n. 8.625, de 12 de fevereiro de 1993 (Lei
Orgânica Nacional do Ministério Público dos Estados), em seu art. 32,
inciso I, comanda, in verbis:

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Art. 32. Além de outras funções cometidas nas Constituições Federal e Es-
tadual, na Lei Orgânica e demais lei, compete aos Promotores de Justiça
dentro de suas esferas de atribuições:

I – IMPETRAR HARBEAS CORPUS e MANDADO DE SEGURANÇA e re-


querer correição parcial inclusive perante aos Tribunais locais competentes.
(grifos nossos)

A Lei Complementar n. 025, de 06 de julho de 1998 (Lei


Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás), impõe a esta
Instituição, pelo Promotor de Justiça, em seu art. 58, inciso I:

Art. 58. Além das atribuições previstas na Constituição Federal, na Consti-


tuição Estadual, na Lei Orgânica Nacional do Ministério Público e em outras
leis, compete aos Promotores de Justiça:
I – impetrar HABEAS CORPUS e MANDADO DE SEGURANÇA e requerer
correição parcial, inclusive perante o Tribunal de Justiça.
[...]
XV – atuar como substituto processual, na defesa dos interesses individuais
e sociais indisponíveis, bem como aos hipossuficientes nos casos previstos
em lei (como neste caso).

Nos Termos do Convênio anterior celebrado pelos Mi-


nistérios Públicos Estaduais e Ministério da Saúde, representa-

práticos para atuação


dos, respectivamente, pelos Procuradores Gerais de Justiça dos

Anexo II- Modelos


Estados e pelo Ministro da Saúde, Dr. José Serra, restou fixada
entre outras, a incumbência do Ministério Público de:

[...] Acompanhamento sistemático das ações relativas à saúde pública no


País, no sentido de defender os preceitos constitucionais do Sistema Único
de Saúde (SUS) e a legislação ordinária em vigor, visando à sua efetiva
implementação. (grifos nossos)

Com pertinência, Hugo Nigro Mazzilli, em sua obra Re-


gime Jurídico do Ministério Público (Editora Saraiva, 3. ed.,
1996, p. 226, 227, 229 e 230), faz a seguinte síntese:

É função institucional do Ministério Público zelar pelo efetivo respeito:

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[...]
b) dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos
assegurados na Constituição relativa às ações e aos serviços de saúde [...]
Como instrumento de atuação para obter essas finalidades, a Lei Comple-
mentar nº 075/93 prevê o [...], ou outras ações, [...]

Dentro dessa função, fundado na LONMP e na LOMPJ,


poderá o órgão do Ministério Público, entre outras providências
e na respectiva área de atuação funcional, “propor as ações ju-
diciais necessárias”.
Também cabe ao Ministério Público defender os in-
teresses individuais homogêneos indisponíveis, desde que isto
convenha de alguma forma à coletividade como um todo.
A propósito da atuação do Ministério Público em de-
fesa de interesses individuais homogêneos, vale invocar a
Súmula n. 07, do CSMP/SP, que encampa e ratifica tal tese:
“o Ministério Público está legitimado à defesa de interesses indi-
viduais homogêneos que tenham expressão para a coletividade,
como: a) os que digam respeito à saúde [...]”.
Fundamentando esta Súmula,

a legitimação que o Código de Defesa do Consumidor confere ao Minis-


tério Público para a defesa de interesses individuais homogêneos há de
ser vista dentro da destinação institucional do Ministério Público, que
sempre deve agir em defesa de interesses indisponíveis ou de interesses
que, pela sua natureza ou abrangência, atinjam a sociedade como um
todo.10 (grifos nossos)

Ex positis, em síntese, é de se concluir que: a) A saúde


é um dos direitos das pessoas expresso na Carta Magna brasi-
leira, é direito individual indisponível e homogêneo; b) É serviço
de relevância pública; c) Do Estado (via SUS) é o dever de pro-
mover, proteger e recuperar a saúde do paciente; d) Direito lí-
quido e certo do impetrante, mormente porque, postergado,
repercute veementemente na sociedade como um todo.
Nesse caso, como a cargo desta Instituição está a efetiva

10 Disponível em: wwws.mpsp.gov.br:8080/conselho/conselho.htm.

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implementação do Sistema Único de Saúde, verificando-se lesão


a direito individual homogêneo por ato de omissão, há de se con-
cluir que caracteriza quantum satis a presente substituição pro-
cessual extraordinária, mormente pela expressão social que o
meritum causae reflete.
Como tem sido pacífico o entendimento do E. Tribunal
de Justiça do Estado de Goiás, como no caso ora exemplificado,
tendo como relator o Desembargador Felipe Batista Cordeiro:

Razão assiste, pois ao recorrente em sua insurgência, haja vista que é in-
discutível a legitimidade do órgão do Ministério Público para substituir pro-
cessualmente Wesdra Barbosa Rosa, menor, doente mental, hipossuficiente,
na ação de Mandado de Segurança, como forma de preservar o direito indis-
ponível do substituído quando não recebeu o tratamento do Poder Público, posto
que a saúde é um bem cuja tutela está afeta ao Estado. (grifos nossos)

E diz mais:

De fato, o art. 129, II, da Constituição Federal autoriza ao Ministério Público


a adoção de medidas destinadas a compelir o Poder Público ao cumpri-
mento dos direitos assegurados na Constituição, dentre os quais, a presta-
ção de serviços de saúde aos que deles necessitam, ex vi dos arts. 196, da
Constituição Federal e 153, IX, da Constituição Estadual. (grifos nossos)

práticos para atuação


Arrematando a questão, vale transcrever a menção de

Anexo II- Modelos


Hugo Nigro Mazzilli, em sua obra O Acesso à Justiça e o Minis-
tério Público (Editora Saraiva, 3. ed., 1998, São Paulo, p. 10-11):

O Ministério Público tanto provoca a prestação jurisdicional como órgão do


Estado, destinado a fazer valer normas indisponíveis de ordem pública,
como também a provoca quando auxilia um particular ou substitui sua ini-
ciativa, no zelo de interesses indisponíveis do indivíduo, ou zelo de in-
teresses de grande abrangência social. (grifos nossos)

Finaliza-se, expondo a recente decisão de Suspensão


de Segurança (n. 4229/2010), proferida pelo Min. Cezar Peluso,
do Supremo Tribunal Federal, em parte abaixo colacionada:

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Trata-se de pedido de suspensão de segurança, ajuizado pelo Estado de


Goiás, contra acórdão proferido pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de
Goiás que negou provimento a agravo regimental interposto contra decisão do
Presidente daquela Corte que manteve incólume decisão proferida no man-
dado de segurança originário n. 490381-51.2009.8.09.0000 impetrado pelo
Ministério Público Estadual, na qual o Desembargador-Relator deferiu li-
minar para “ordenar à autoridade coatora que forneça, no prazo de 48
horas, aos substituídos antes nominados, os medicamentos e exames
imprescindíveis aos seus respectivos tratamentos, segundo as recomen-
dações médicas que lhes foram prescritas sob pena de incorrer a autori-
dade coatora no crime de desobediência (art. 330, CP)” (fl. 19). Na origem,
o Ministério Público Estadual impetrou, como substituto processual,
mandado de segurança, com pedido liminar, em face da Secretária de
Saúde do Estado de Goiás para “[...] que a autoridade coatora promova e
acompanhe os tratamentos adequados dos pacientes, conforme prescrito
pelos médicos que as assistem, dispensando, na periodicidade e da
forma de que precisam todos os medicamentos que se fazem necessá-
rios” (fl. 44).O Relator deferiu a liminar, ”[...] O ilustre Procurador-Geral da Re-
pública, ROBERTO GURGEL, cujo parecer adoto como razões de decidir,
resumiu a hipótese e, em seguida, opinou, nos seguintes termos:“[...] Na pre-
sente hipótese, conforme consta dos autos, todos os pacientes substi-
tuídos pelo Parquet na ação originária são portadores de doenças raras
ou graves. A comprovação da existência das patologias e da necessidade
dos medicamentos, ao que parece, foi feita de forma individualizada, com
a juntada de documentação e pareceres técnicos para cada um dos subs-
tituídos. A necessidade dos fármacos para evitar o agravamento do es-
tado de saúde dos pacientes ficou evidenciada na decisão questionada
que, ao analisar a presença dos indispensáveis requisitos de verossimi-
lhança do direito invocado e do periculum in mora [...]. A suspensão dos
efeitos da decisão pode, portanto, ocasionar danos graves e irreparáveis
à saúde e à vida dos pacientes substituídos, parecendo indubitável, na
espécie, o chamado perigo de dano inverso, a demonstrar a elevada plau-
sibilidade da pretensão veiculada na ação originária, minando, em con-
trapartida, a razoabilidade da suspensão requerida” (fls. 201-202. Grifo
nosso) 3. Nestes exatos termos, indefiro o pedido.Publique-se. Int.. Bra-
sília, 1º de julho de 2010. STF. Ministro CEzAR P ELUSO - Presidente (Sus-
pensão de Segurança n. 4229 – 01.07.2010)

198
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Em síntese, temos uma pessoa hipossuficiente, care-


cendo de proteção a um direito individual indisponível, cuja não
satisfação importa repercussão substancial no sentido coletivo.

II – DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO DO SUBSTITUÍDO

A paciente ___________________________, é portadora


de FIBROSE CÍSTICA AGRAVADA PELO BAIXO PESO DA PA-
CIENTE E POR PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS, doença séria
e de repercussão por tempo indeterminado, pelo que sua pro-
teção e recuperação exigem o tratamento prescrito no Laudo
Médico, em anexo, receitado pelo profissional que o acompa-
nha, desde a detecção da enfermidade.
Considerando ainda que a Constituição Federal de
1988 conferiu à saúde pública no Brasil o status de direito
fundamental, previsto no Título II- Dos Direitos e Garantias Fun-
damentais - Capitulo II - Dos Direitos Sociais (art. 6º da CF),
dúvidas não há quanto à especialidade da pronta dispensação
da terapia medicamentosa indicada e ora postulada.
Inserida no rol dos direitos sociais, a saúde recebeu desta-
que especial, porquanto suas ações e serviços são considera-
dos expressamente de “relevância pública”, por força do art. 197

práticos para atuação


da Carta Política, conforme já anteriormente expressado.

Anexo II- Modelos


De mais a mais, preconiza a Carta da República, em
seu artigo 196, que assevera ipsis litteris:

A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas


sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação. (grifos nossos)

Na mesma linha de entendimento, o artigo 7º, inciso II,


da Lei 8.080/90, in verbis, assim ratifica:

Art. 7º. As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados


contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS),

199
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são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da


Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:

I. omissis [...]
II. integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e con-
tínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos,
exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
(grifos nossos)

Nessa toada, que com supedâneo na diretriz Constitu-


cional, en passant mencionada, o princípio do atendimento
integral, bem como da hipossuficiência do paciente angariaram
níveis Constitucionais de aplicação imediata e incondicio-
nada. Senão vejamos:

DIREITO À SAÚDE. ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA INTEGRAL. RESPON-


SABILIDADE DO PODER PÚBLICO. APLICAÇÃO IMEDIATA E INCONDI-
CIONADA DE DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL. I - Saúde é direito de todos
e dever do Estado e do Município (art. 241, CE). Elevado à condição de direito
social fundamental do homem, contido no art. 6º da CF, declarado por seus
artigos 196 e seguintes, é de aplicação imediata e incondicionada, nos termos
do parágrafo 1º do artigo 5º da C. Federal, que dá ao indivíduo a possibili-
dade de exigir compulsoriamente as prestações asseguradas. II - As des-
pesas com assistência terapêutica integral para pessoas carentes devem
correr por conta do Sistema Único de Saúde, incumbido indistintamente à
União, ao Estado ou ao Município provê-la. Provimento negado. Sentença
confirmada em reexame necessário. Negrito nosso. (TJRS – APC e Ree. Nec.
70001002732/2001 – Rel. Des. Genaro Jose Baroni Borges)

Este Egrégio Tribunal, na mesma linha de consolidação


do positivismo constitucional, reiteradamente tem sido sensível à
obediência a tais princípios. Neste diapasão, veja-se recente
ementa em caso de mesma grandeza social:

MANDADO DE SEGURANÇA. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS.


OBRIGATORIEDADE. Consoante dispõe o artigo 196 da Constituição Fede-
ral, é dever do Poder Público, em qualquer de suas esferas, assegurar a
todos os cidadãos, indistintamente, o direito à saúde, incluindo-se aí o

200
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fornecimento de medicamento. Segurança concedida. (Mandado de


Segurança n. 13564-0/101-200502449440 – 21.02.2006) (grifos nossos)

E mais:

DIREITO À SAÚDE – FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS – MANI-


FESTA NECESSIDADE – OBRIGAÇÃO DO PODER PÚBLICO – AUSÊNCIA
DE VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES – NÃO
OPONIBILIDADE DA RESERVA DO POSSÍVEL AO MÍNIMO EXISTENCIAL.
1. Não podem os direitos sociais ficar condicionados à boa vontade do Admi-
nistrador, sendo de fundamental importância que o Judiciário atue como órgão
controlador da atividade administrativa. Seria uma distorção pensar que o prin-
cípio da separação dos poderes, originalmente concebido com o escopo de
garantia dos direitos fundamentais, pudesse ser utilizado justamente como
óbice à realização dos direitos sociais, igualmente fundamentais. 2. Tratando-
se de direito fundamental, incluso no conceito de mínimo existencial, inexistirá
empecilho jurídico para que o Judiciário estabeleça a inclusão de determinada
política pública nos planos orçamentários do ente político, mormente quando
não houver comprovação objetiva da incapacidade econômico-financeira da
pessoa estatal. 3. In casu, não há empecilho jurídico para que a ação, que
visa a assegurar o fornecimento de medicamentos, seja dirigida contra
o município, tendo em vista a consolidada jurisprudência desta Corte,
no sentido de que "o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS)
é de responsabilidade solidária da União, Estados-membros e Municí-

práticos para atuação


pios, de modo que qualquer dessas entidades têm legitimidade ad cau-

Anexo II- Modelos


sam para figurar no pólo passivo de demanda que objetiva a garantia do
acesso à medicação para pessoas desprovidas de recursos financeiros.
(REsp 771.537/RJ, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJ 3.10.2009)

Pari passu, a meta institucional prioritária do Ministério


Público do Estado de Goiás é “dar continuidade à fiscalização da
efetiva municipalização dos serviços de saúde, garantindo a todos
o atendimento com qualidade, dignidade e a tempo”.
Assim, uma das diretrizes do Parquet Goiano é “cobrar do
poder público a devida atenção à área de saúde no município, de forma
que os serviços sejam prestados com eficiência e sem interrupção”.
Ainda, o artigo 198 da Carta Constitucional expressa:
“As ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada

201
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 202

e hierarquizada e constitutem um sistema único, organizado de


acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com
direção única em cada esfera de governo”.
Por sua vez, a Constituição do Estado de Goiás comanda:

Art. 153. Ao sistema unificado e descentralizado de saúde, compete, além


de outras atribuições:
[...] omissis.
[...]
IX – prestar assistência integral nas áreas médica, odontológica, fonoaudio-
lógica, farmacêutica, de enfermagem e psicológica aos usuários do sistema,
garantindo que sejam realizadas por profissionais habilitados. (grifos nossos)

No caso, pois, é direito impostergável da hipossuficiente,


posto que o Município de Anápolis (SUS – Secretaria Municipal
de Saúde) tem o dever de promover, proteger e recuperar a
saúde da pessoa, custeando o tratamento necessário, por meio
da terapêutica eficiente em todas as modalidades, seja ela
ambulatorial ou em internação.
A doença está instalada e comprometendo a saúde da
paciente a cada minuto, urge, assim, assegurar-lhe, nos termos da
Carta Política, a aquisição das terapias medicamentosas denominadas:

▪ SOURCE FC;
▪ LABEL;
▪ BUSONID – SPRAY AEROSOL – 50MCG;
▪ CYSTILAC.

Todas, conforme indicação do profissional médico anexa,


com a MÁXIMA URGÊNCIA que o caso requer, antes que se
agrave o quadro clínico desta paciente irremediavelmente, já que a
interrupção da terapia pode levar ao comprometimento de todo o
tratamento até então realizado, bem como ao seu óbito.

III – DO ATO DE AUTORIDADE E AUTORIDADE

202
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Na lição de Hely Lopes Meireles, em Mandado de Segu-


rança (Malheiros Editores, 21. ed., 1999, p. 31-32):

Ato de autoridade é toda manifestação ou omissão do Poder Público ou de seus


delegados, no desempenho de suas funções ou a pretexto de exercê-las. Por
autoridade entende-se a pessoa física investida de poder de decisão dentro da
esfera de competência que lhe é atribuída pela norma legal. (Grifos nossos)

Neste sentido:

Equiparam-se a atos de autoridade as omissões administrativas das quais


possa resultar lesão a direito - subjetivo da parte, ensejando mandado de
segurança para compelir a Administração e pronunciar-se sobre o requerido
pelo impetrante, e durante a inércia da autoridade pública não corre o prazo
de decadência da impetração.

IV - DA POSTERGAÇÃO (Ato Impugnado)

Tendo procurado auxílio médico, foi diagnosticado pelo


médico especialista ser a paciente portadora de FIBROSE CÍS-
TICA AGRAVADA PELO BAIXO PESO DA PACIENTE E POR
PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS, sendo prescrito o tratamento

práticos para atuação


clínico adequado. De antemão, buscou solução para a realização

Anexo II- Modelos


desta aquisição junto ao Senhor Secretário Municipal de Saúde,
não encontrando guarida em sua pretensão.
Em último rogo veio a esta Promotoria de Justiça solicitando
providências. Por intermédio das Requisições Ministeriais n. 233/09 e
298/09 (em anexo), foram requisitados os medicamentos à Autoridade
Coatora, porém não atendidas satisfatoriamente até a presente data,
dando assim azo a abuso de autoridade por omissão.
Observa-se que veementemente foram esgotadas todas
as medidas administrativas possíveis quanto à percepção dos
medicamentos à paciente em comento, inclusive através de di-
versos contatos telefônicos com a Autoridade Coatora, dos quais
restaram frustrados diante da real desídia do mesmo.
Há que se entender que tal negativa é absolutamente

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inadequada e inaceitável do ponto de vista dos princípios que in-


formam o SUS e mais ainda ao se considerar a construção de
impedimentos formais para a preservação da vida, o que se des-
taca com meridiana clareza no caso em desfile.
Tem sido corrente em nossos tribunais a discussão da
impropriedade dos protocolos que têm sido elaborados, para
que determinados medicamentos somente sejam incluídos na
categoria de alta complexidade, após uma via crucis injustificá-
vel do ponto de vista técnico, o que tem causado desatendi-
mento e, sobretudo, desrespeito ao princípio da preservação da
vida propugnado por nossa Carta Constitucional.
O problema crucial do SUS reside no financiamento da
gestão, pois observa-se que os valores estabelecidos em percen-
tuais pela Emenda Constitucional 29 não têm sido aplicados de
forma eficiente, o que desafia o art. 37, da CF, e, mais especifica-
mente, gera instabilidade em todos os níveis do sistema federativo.
Assim, o próximo e imprescindível passo do tratamento é a
dispensação de forma contínua dos medicamentos, objeto do presente
mandamus, conforme se destacam do relatório médico em anexo.
Observa-se que a doença compromete a saúde desta
cidadã a cada instante, devido ao atraso e à irregularidade no
cumprimento da terapia. Urge, pois, lhe seja assegurado, nos ter-
mos da Carta Política Brasileira, a dispensação integral do referido
medicamento para o atingimento de condições dignas de saúde
e, por via de consequência, sendo consolidado seu direito à vida.

V – DA AUTORIDADE COATORA

Por definição legal é o Senhor Secretário Municipal de


Saúde o Gestor do SUS no âmbito dessa esfera de governo.
Neste desiderato, comanda o artigo 9º, da Lei n. 8.080/90:

A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso


I, do artigo 198, da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de

Lei Nº12.016, de 07 de agosto de 2009 que revogou a Lei Nº1.533, de 31 de


11

dezembro de 1951.

204
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 205

governo pelos seguintes órgãos:


[...] omissis
[...]
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.

VI – DO PEDIDO

Vaticina o inciso LXIX, do artigo 5º, da Constituição Federal:

Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo,


não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; [...]

O dispositivo constitucional retro amalgama-se à nova


Lei n. 12.016, de 07 de agosto de 200911, a qual rege todo o pro-
cedimento do “MANDAMUS”, para garantir este direito assegu-
rado na Carta Maior.
Tendo-se, pois, o direito líquido e certo deste paciente sido
postergado por ato omissivo da Autoridade Coatora, suso nominada,
cumpre requerer, como REQUER:

práticos para atuação


Anexo II- Modelos
1 – DA CONCESSÃO DO WRIT IN LIMINE

Comporta, in casu, o deferimento liminarmente, posto


que ambos os fundamentos expressos no inciso III, do artigo 7º,
da nova Lei do Mandamus (Lei n. 12.016, de 07 de agosto de
2009) citada, estão presentes, uma vez que se trata da aquisição
e entrega das terapias medicamentosas prescritas pelo profis-
sional médico que a acompanha, em anexo, para a proteção
da total realização do tratamento desta impetrante, que pode gra-
vemente ser abalado sem a viabilização contínua e em tempo
hábil do tratamento clínico adequado.
12 Vide Art. 9ª da nova Lei n. 12.016, de 07 de agosto de 2009.

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Portanto, notória a relevância deste pleito e que, pela não


aquisição das terapias enumeradas, em razão do ato impugnado,
pode fatalmente resultar ineficaz, se deferida somente ao final, oca-
sionando prejuízos irrecuperáveis e irreversíveis à saúde da cidadã.
Deferida a liminar, seja notificada a Autoridade Coatora
para providenciar o pedido do médico que a assiste, inconti-
nente, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas 12 , conforme
receita técnica, ressaltando que o não cumprimento caracteriza
a conduta prevista no art. 330, do Código Penal Brasileiro.
Bem assim, para prestar as informações que achar necessárias,
juntando a documentação que nomeia o órgão que dirige como
Gestor Pleno do Sistema Único de Saúde, no âmbito do Muni-
cípio de Anápolis.

2 – DA CONCESSÃO DO WRIT EM DEFINITIVO

Afinal, seja concedido em definitivo o direito deste


impetrante para que a Autoridade Coatora promova e acompanhe
o tratamento técnico adequado, a partir do Mandado Concessivo
IN LIMINE, como prescrito pelo médico que o assiste, via do
competente Mandado.
E em caso de recalcitrância e imotivado descumpri-
mento da ordem, requer, desde já, o bloqueio e sequestro de
verbas públicas13 para o fiel atendimento da obrigação aqui
emanada em consonância ao art. 461, § 5º do Código de Processo
Civil, no importe de R$ 1.000,00 (um mil reais) mês, segundo

13 AGRAVO DE INSTRUMENTO. BLOQUEIO DE VERBA PÚBLICA. APLICABI-


LIDADE DO ART. 461, § 5º DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Seja por aplicação
direta do art. 5º, inciso XXXV, da CF, seja por aplicação subsidiária do § 5º do artigo
461 do CPC, o certo é que o juiz, diante da insistência da autoridade coatora em não
cumprir o que resta determinado na sentença concessiva de segurança, sem prejuízo
das sanções penais e administrativas cabíveis, pode adotar as medidas executivas
que se revelam mais adequadas ao caso concreto, a fim de assegurar a realização
prática do direito líquido e certo. Recurso conhecido e provido. (Agravo de Instrumento
nº 63.646-0/180, de Goiânia. Acórdão de 22 de julho de 2008)

206
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 207

orçamento que deverá ser atualizável, quando da eventual


verificação da desídia no atendimento à decisão judicial
(Orçamento em Anexo).
Dando-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil
reais), nos termos do artigo 258, do Código de Processo Civil.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Anápolis (GO), ____ de ___________ de __________.

PROMOTOR DE JUSTIÇA

práticos para atuação


Anexo II- Modelos

207
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EXMO. SR. DR. JUIz DA VARA DA FAzENDA PÚBLICA MUNICIPAL,


REGISTROS PÚBLICOS E AMBIENTAL DA COMARCA DE ANÁPOLIS - GO

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS, por


seu Promotor de Justiça, subscritor, em substituição processual a Sra.
________________, brasileira, portadora da Carteira de Identidade
n. ________, SSP/PA, inscrita no CPF (MF) sob o n. ___________,
nascida aos 30 dias do mês de dezembro de 1974, filha de
_____________ e ______________, residente e domiciliada a
________________________, Anápolis-GO, como autorizado pelos
textos do artigo 127 (última parte) e artigo 129, II (última parte), ambos
da Constituição da República, vem respeitosamente a presença de
Vossa Excelência IMPETRAR MANDADO DE SEGURANÇA COM
PEDIDO IN LIMINE, colimado de autoridade coatora – o Senhor
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE (Gestor do Sistema Único
de Saúde - SUS), tudo consoante as arguições seguintes:

I - DA SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL

A Constituição Federal, em seu artigo 127, diz, litteratim:

O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do


Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis. (grifos nossos)

Por sua vez, comanda o inciso II, do artigo 129, desta


Carta Magna, que assegura ao Ministério Público:

Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância
pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas
necessárias a sua garantia. (grifos nossos)

No mesmo tom, a Lei n. 8.625, de 12 de fevereiro de


1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público dos Estados),

208
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no seu art. 32, inciso I, comanda, in verbis:

Art. 32. Além de outras funções cometidas nas Constituições Federal e Esta-
dual, na Lei Orgânica e demais lei, compete aos Promotores de Justiça dentro
de suas esferas de atribuições:
I – IMPETRAR HARBEAS CORPUS e MANDADO DE SEGURANÇA e
requerer correição parcial inclusive perante aos Tribunais locais compe-
tentes. (grifos nossos)

A Lei Complementar n. 025, de 06 de julho de 1998 (Lei


Orgânica do Ministério Público do Estado de Goiás), impõe a esta
Instituição, pelo Promotor de Justiça, no seu art. 58, inciso I:

Art. 58. Além das atribuições previstas na Constituição Federal, na Constitui-


ção Estadual, na Lei Orgânica Nacional do Ministério Público e em outras leis,
compete aos Promotores de Justiça:

I – impetrar HABEAS CORPUS e MANDADO DE SEGURANÇA e requerer


correição parcial, inclusive perante o Tribunal de Justiça.
[...]
XV – atuar como substituto processual, na defesa dos interesses individuais
e sociais indisponíveis, bem como aos hipossuficientes nos casos previstos
em lei (como neste caso). (grifos nossos)

práticos para atuação


Nos Termos do Convênio anterior celebrado pelos

Anexo II- Modelos


Ministérios Públicos Estaduais e Ministério da Saúde, represen-
tados, respectivamente, pelos Procuradores Gerais de Justiça dos
Estados e pelo Ministro da Saúde, Dr. José Serra, restou fixada,
entre outras, a incumbência do Ministério Público de:

[...] Acompanhamento sistemático das ações relativas à saúde pública no País,


no sentido de defender os preceitos constitucionais do Sistema Único de Saúde
(SUS) e a legislação ordinária em vigor, visando à sua efetiva implementação.

Com pertinência, Hugo Nigro Mazzilli, em sua obra


Regime Jurídico do Ministério Público (Editora Saraiva, 3. ed.,
1996, p. 226, 227, 229 e 230), faz a seguinte síntese:

209
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 210

É função institucional do Ministério Público zelar pelo efetivo respeito:


[... ]
b) dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos
assegurados na Constituição relativa às ações e aos serviços de saúde [...]
Como instrumento de atuação para obter essas finalidades, a Lei Com-
plementar n. 075/93 prevê o [...], ou outras ações, [...].

Dentro dessa função, fundado na LONMP e na LOMPJ,


poderá o Órgão do Ministério Público, entre outras providências
e na respectiva área de atuação funcional: “g) propor as ações
judiciais necessárias”.
Também cabe ao Ministério Público defender os interes-
ses individuais homogêneos indisponíveis, desde que isto con-
venha de alguma forma à coletividade como um todo.
A propósito da atuação do Ministério Público em defesa
de interesses individuais homogêneos, vale invocar a Súmula n.
07, do CSMP/SP, que encampa e ratifica tal tese: “o Ministério
Público está legitimado à defesa de interesses individuais homo-
gêneos que tenham expressão para a coletividade, como: a) os
que digam respeito à saúde [...]”.
Fundamentando esta Súmula,

a legitimação que o Código de Defesa do Consumidor confere ao Ministério


Público para a defesa de interesses individuais homogêneos há de ser vista
dentro da destinação institucional do Ministério Público, que sempre deve agir
em defesa de interesses indisponíveis ou de interesses que, pela sua natureza
ou abrangência, atinjam a sociedade como um todo.14

Ex positis, em síntese, é de se concluir que: a) A saúde


é um dos direitos das pessoas expresso na Carta Magna brasi-
leira, é direito individual indisponível e homogêneo; b) É serviço
de relevância pública; c) Do Estado (via SUS) é o dever de pro-
mover, proteger e recuperar a saúde do paciente; d) Direito
líquido e certo do impetrante, mormente porque, postergado,
repercute veementemente na sociedade como um todo.
Nesse caso, como a cargo desta Instituição está a efetiva

14 Disponível em: wwws.mpsp.gov.br:8080/conselho/conselho.htm.

210
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 211

implementação do Sistema Único de Saúde, verificando-se lesão


a direito individual homogêneo por ato de omissão, há de se con-
cluir que caracteriza quantum satis a presente substituição pro-
cessual extraordinária, mormente pela expressão social que o
meritum causae reflete.
Como tem sido pacífico o entendimento do E. Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, como no caso ora exemplificado,
tendo como relator o Desembargador Felipe Batista Cordeiro:

Razão assiste, pois ao recorrente em sua insurgência, haja vista que é in-
discutível a legitimidade do órgão do Ministério Público para substituir pro-
cessualmente Wesdra Barbosa Rosa, menor, doente mental, hipossuficiente,
na ação de Mandado de Segurança, como forma de preservar o direito indispo-
nível do substituído quando não recebeu o tratamento do Poder Público, posto
que a saúde é um bem cuja tutela está afeta ao Estado. (grifos nossos)

E diz mais:

De fato, o art. 129, II, da Constituição Federal autoriza ao Ministério Público


a adoção de medidas destinadas a compelir o Poder Público ao cumprimento
dos direitos assegurados na Constituição, dentre os quais a prestação de ser-
viços de saúde aos que deles necessitam, ex vi dos arts. 196, da Constituição Fe-
deral e 153, IX, da Constituição Estadual. (grifos nossos)

práticos para atuação


Arrematando a questão, vale transcrever a menção de

Anexo II- Modelos


Hugo Nigro Mazzilli, em sua obra O Acesso à Justiça e o Ministé-
rio Público (Editora Saraiva, 3. ed., 1998, São Paulo, p. 10 e 11):

O Ministério Público tanto provoca a prestação jurisdicional como órgão do Es-


tado, destinado a fazer valer normas indisponíveis de ordem pública, como
também a provoca quando auxilia um particular ou substitui sua iniciativa,
no zelo de interesses indisponíveis do indivíduo, ou zelo de interesses
de grande abrangência social. (Grifo Nosso).

Em síntese, temos uma pessoa hipossuficiente, care-


cendo de proteção a um direito individual indisponível, cuja não
satisfação importa repercussão substancial no sentido coletivo.

211
ManualSUS_miolo:Layout 1 28/11/2011 14:43 Page 212

II – DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO DO SUBSTITUÍDO

A paciente ______________________________ é por-


tadora de CÂNCER DE MAMA METASTÁTICO (CID – C50.9),
doença séria e de repercussão por tempo indeterminado, pelo
que sua proteção e recuperação exigem o tratamento prescrito
no Laudo Médico em anexo, receitado pelo profissional que a
acompanha, desde a detecção da enfermidade.
Considerando ainda que a Constituição Federal de 1988
conferiu à saúde pública no Brasil o status de direito fundamental,
previsto no Título II- Dos Direitos e Garantias Fundamentais - Ca-
pitulo II - Dos Direitos Sociais (art. 6º da CF), dúvidas não há
quanto à especialidade da pronta dispensação da terapia medi-
camentosa indicada e ora postulada.
Inserida no rol dos direitos sociais, a saúde recebeu des-
taque especial, porquanto suas ações e serviços são considera-
dos expressamente de “relevância pública”, por força do art. 197
da Carta Política, conforme já anteriormente expressado.
De mais a mais, preconiza a Carta da República, em seu
artigo 196, que assevera ipsis litteris:

A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas


sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação. (grifos nossos)

Na mesma linha de entendimento, o artigo 7º, inciso II,


da Lei 8.080/90, in verbis, assim ratifica:

Art. 7º. As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados


ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvi-
dos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal,
obedecendo ainda aos seguintes princípios:
I. omissis [...]
II. integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo
das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para
cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;[...] (grifos nossos)

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Nessa toada, que com supedâneo na diretriz Constitucional,


en passant mencionada, o princípio do atendimento integral, bem
como da hipossuficiência do paciente, angariaram níveis constitucio-
nais de aplicação imediata e incondicionada. Senão vejamos:

DIREITO À SAÚDE. ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA INTEGRAL. RESPON-


SABILIDADE DO PODER PÚBLICO. APLICAÇÃO IMEDIATA E INCONDI-
CIONADA DE DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL. I - Saúde é direito de todos
e dever do Estado e do Município (art. 241, CE). Elevado à condição de direito
social fundamental do homem, contido no art. 6º da CF, declarado por seus ar-
tigos 196 e seguintes, é de aplicação imediata e incondicionada, nos termos
do parágrafo 1º do artigo 5º da C. Federal, que dá ao indivíduo a possibili-
dade de exigir compulsoriamente as prestações asseguradas. II - As des-
pesas com assistência terapêutica integral para pessoas carentes devem
correr por conta do Sistema Único de Saúde, incumbido indistintamente à
União, ao Estado ou ao Município provê-la. Provimento negado. Sentença con-
firmada em reexame necessário. Negrito nosso. (TJRS – APC e Ree. Nec.
70001002732/2001 – Rel. Des. Genaro Jose Baroni Borges)

Este Egrégio Tribunal, na mesma linha de consolidação


do positivismo constitucional, reiteradamente tem sido sensível à
obediência a tais princípios. Neste diapasão, veja-se recente
ementa em caso de mesma grandeza social:

práticos para atuação


MANDADO DE SEGURANÇA. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. OBRI-

Anexo II- Modelos


GATORIEDADE. Consoante dispõe o artigo 196 da Constituição Federal, é dever
do Poder Público, em qualquer de suas esferas, assegurar a todos os cidadãos,
indistintamente, o direito à saúde, incluindo-se aí o fornecimento de medica-
mento. Segurança concedida. (Mandado de Segurança n. 13564-0/101-
200502449440 – 21.02.2006) (grifos nossos)

Pari passu, a meta institucional prioritária do Ministério


Público do Estado de Goiás é “dar continuidade à fiscalização da
efetiva municipalização dos serviços de saúde, garantindo a todos
o atendimento com qualidade, dignidade e a tempo”.
Assim uma das diretrizes do Parquet Goiano é “cobrar do
poder público a devida atenção à área de saúde no município, de forma
que os serviços sejam prestados com eficiência e sem interrupção”.

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Ainda, o artigo 198 da Carta Constitucional, expressa:

As ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hie-


rarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com
as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
(grifos nossos)
Por sua vez, a Constituição do Estado de Goiás comanda:

Artigo 153. Ao sistema unificado e descentralizado de saúde, compete, além


de outras atribuições:
[...] omissis.
IX – prestar assistência integral nas áreas médica, odontológica, fonoaudio-
lógica, farmacêutica, de enfermagem e psicológica aos usuários do sistema,
garantindo que sejam realizadas por profissionais habilitados. (grifos nossos)

No caso, pois, é direito impostergável da hipossuficiente, posto


que o Município de Anápolis (SUS – Secretaria Municipal de Saúde)
tem o dever de promover, proteger e recuperar a saúde da pessoa,
custeando o tratamento necessário, por meio da terapêutica eficiente
em todas as modalidades, seja ela ambulatorial ou em internação.
A doença está instalada e comprometendo a saúde da pa-
ciente a cada minuto, urge, assim, lhe seja assegurada nos termos
da Carta Política a aquisição da terapia medicamentosa denomi-
nada TYKERB 250mg, conforme indicação do profissional médico
anexa, com a MÁXIMA URGÊNCIA que o caso requer, antes que
se agrave o quadro clínico desta paciente irremediavelmente, já que
a interrupção da terapia pode levar ao comprometimento de todo o
tratamento até então realizado, bem como ao óbito da mesma.

III – DO ATO DE AUTORIDADE E AUTORIDADE

Na lição de Hely Lopes Meireles, em Mandado de Segu-


rança (Malheiros Editores, 21. ed., 1999, p. 31-32:
Ato de autoridade é toda manifestação ou omissão do Poder Público ou de
seus delegados, no desempenho de suas funções ou a pretexto de exercê-las.

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Por autoridade entende-se a pessoa física investida de poder de decisão dentro


da esfera de competência que lhe é atribuída pela norma legal. (grifos nossos)

Neste sentido:

Equiparam-se a atos de autoridade as omissões administrativas das quais


possa resultar lesão a direito - subjetivo da parte, ensejando mandado de se-
gurança para compelir a Administração e pronunciar-se sobre o requerido pelo
impetrante, e durante a inércia da autoridade pública não corre o prazo de de-
cadência da impetração.

IV - DA POSTERGAÇÃO (Ato Impugnado)

Tendo procurado auxílio médico, foi diagnosticado pelo


médico especialista ser a paciente portadora de CÂNCER DE
MAMA METASTÁTICO (CID – C50.9), sendo prescrito o trata-
mento clínico adequado. De antemão, buscou solução para a
realização desta aquisição junto ao Senhor Secretário Municipal
de Saúde, não encontrando guarida em sua pretensão.
Em último rogo, veio a esta Promotoria de Justiça solici-
tando providências. Por intermédio da Requisição Ministerial n.
033/10 (em anexo), foi requisitada a medicação à Autoridade Coa-

práticos para atuação


tora (doc. anexo), porém não atendida satisfatoriamente até a pre-

Anexo II- Modelos


sente data, dando assim azo a abuso de autoridade por omissão.
Há que se entender que tal negativa é absolutamente ina-
dequada e inaceitável do ponto de vista dos princípios que infor-
mam o SUS e, mais ainda, ao se considerar a construção de
impedimentos formais para a preservação da vida, o que se des-
taca com meridiana clareza no caso em desfile.
Tem sido corrente em nossos tribunais a discussão da im-
propriedade dos protocolos que têm sido elaborados para que de-
terminados medicamentos somente sejam incluídos na categoria
de alta complexidade, após uma via crucis injustificável do ponto
de vista técnico, o que tem causado desatendimento e, sobretudo,
desrespeito ao princípio da preservação da vida propugnado por
nossa Carta Constitucional.

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O problema crucial do SUS reside no financiamento da


gestão. Observa-se que os valores estabelecidos em percentuais
pela Emenda Constitucional 29 não têm sido aplicados de forma
eficiente, o que desafia o art. 37, da CF, e, mais especialmente,
gera instabilidade em todos os níveis do sistema federativo.
Assim, o próximo e imprescindível passo do tratamento
é a dispensação de forma CONTÍNUA do medicamento TYKERB
250mg, objeto do presente mandamus, conforme se destaca do
relatório médico anexo.
Observa-se que a doença compromete a saúde desta
cidadã a cada instante. Devido ao atraso e à irregularidade no
cumprimento da terapia, urge, pois, lhe seja assegurada, nos ter-
mos da Carta Política Brasileira, a dispensação integral do referido
medicamento para o atingimento de condições dignas de saúde
e, por via de consequência, sendo consolidado seu direito à vida.

V – DA AUTORIDADE COATORA

Por definição legal, é o Senhor Secretário Municipal de


Saúde o Gestor do SUS no âmbito dessa esfera de governo.
Neste desiderato, comanda o artigo 9º, da Lei n. 8.080/90:

A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso


I, do artigo 198, da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de
governo pelos seguintes órgãos:

[...] omissis
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou
órgão equivalente. (grifos nossos)

VI – DO PEDIDO

Vaticina o inciso LXIX, do artigo 5º, da Constituição Federal:

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Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não


amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilega-
lidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público; [...]

O dispositivo constitucional retro amalgama-se à nova


Lei n. 12.016, de 07 de Agosto de 200915, a qual rege todo o pro-
cedimento do MANDAMUS, para garantir este direito assegurado
na Carta Maior.
Tendo, pois, o direito líquido e certo desta paciente sido
postergado por ato omissivo da Autoridade Coatora, suso nomi-
nada, cumpre requerer, como REQUER:

1 - DA CONCESSÃO DO WRIT IN LIMINE

Comporta, in casu, o deferimento liminarmente, posto que


ambos os fundamentos expressos no inciso III, do artigo 7º, da nova
Lei do Mandamus (Lei n. 12.016, de 07 de agosto de 2009) citada,
estão presentes, uma vez que trata-se da aquisição e entrega da te-
rapia medicamentosa prescrita pelo profissional médico que a acom-
panha, em anexo, para a proteção da total realização do tratamento
desta impetrante, que pode gravemente ser abalado, sem a viabili-
zação contínua e em tempo hábil do tratamento clínico adequado.

práticos para atuação


Portanto, notória a relevância deste pleito e que, pela não

Anexo II- Modelos


aquisição da terapia enumerada, em razão do ato impugnado, pode
fatalmente resultar ineficaz, se deferida somente ao final, ocasio-
nando prejuízos irrecuperáveis, irreversíveis à saúde da cidadã.
Deferida a liminar, seja notificada a Autoridade Coatora
para providenciar o pedido do médico que a assiste, incontinente,
no prazo de 48 (quarenta e oito) horas16, conforme receita técnica,
ressaltando que o não cumprimento caracteriza a conduta pre-
vista no art. 330, do Código Penal Brasileiro. Bem assim, para
prestar as informações que achar necessárias, juntando a docu-
mentação que nomeia o órgão que dirige como Gestor Pleno do

15 Lei n. 12.016, de 07 de agosto de 2009, que revogou a Lei n.1.533, de 31 de


dezembro de 1951.
16 Vide Art. 9ª da nova Lei n. 12.016, de 07 de agosto de 2009.

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Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município de Anápolis.

2 – DA CONCESSÃO DO WRIT EM DEFINITIVO

Afinal, seja concedido em definitivo o direito desta


impetrante para que a Autoridade Coatora promova e acompanhe
o tratamento técnico adequado, a partir do Mandado Concessivo
IN LIMINE, como prescrito pelo médico que a assiste, via do
competente Mandado.
Em caso de recalcitrância e imotivado descumprimento da
ordem, requer, desde já, o bloqueio e sequestro de verbas públi-
cas17 para o fiel atendimento da obrigação aqui emanada em con-
sonância ao art. 461, § 5º do Código de Processo Civil, no importe
de R$ 3.811,00 (três mil, oitocentos e onze reais) mês, segundo or-
çamento que deverá ser atualizado quando da eventual verificação
da desídia no atendimento à decisão judicial (orçamento anexo).
Dando-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais),
nos termos do artigo 258, do Código de Processo Civil.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Anápolis, ____ de _____________ de _____.

PROMOTOR DE JUSTIÇA

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Anexo III - Links Úteis

Anexo III - Links úteis


MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
www.mp.go.gov.br

SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS


www.saude.go.gov.br

MINISTÉRIO DA SAÚDE
www.saude.gov.br

SECRETARIA DE ATENÇÃO BÁSICA


http://www.saude.gov.br/sas/

CONSTITUIÇÃO FEDERAL E AS LEIS FEDERAIS ATUALIzADAS


www.presidencia.gov.br

CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE


http://conselho.saude.gov.br

SIOPS – Sistema de Informações sobre Orçamento Público


em Saúde
http://siops.datasus.gov.br

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA


http://portal.anvisa.gov.br

VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO ESTADO DE GOIÁS


http://www.visa.goias.gov.br/

SAÚDE LEGIS – SISTEMA DE LEGISLAÇÃO DA SAÚDE


http://portal2.saude.gov.br/saudelegis/LEG_NORMA_PESQ_CONSULTA.CFM

219
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ALERTA LEGIS (Divulgação de atos normativos do Poder


Executivo e Legislativo relacionados ao setor Saúde)
http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/legislacao/alertalegis.html

ACERVO LEGISLATIVO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA


www.anvisa.gov.br/legis/index.htm

IMPRENSA NACIONAL (DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO)


http://portal.in.gov.br/in

CONSULTA DE DADOS ENVIADOS POR MUNICÍPIO AO SIOPS


(Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde)
http://siops.datasus.gov.br/consmuntransm.php

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